Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.5216/bgg.v43i01.63965
Juliete dos Santos, Leandro Antonio Oliveira, José Lidemberg de Sousa Lopes
O presente trabalho avaliou o nível de vulnerabilidade socioambiental da cidade de Arapiraca no estado de Alagoas. Foi adaptado os aspectos metodológicos das pesquisas de Lopes (2013) e Adger (2006) para a criação de critérios e indicadores afim de identificar o Índice de Vulnerabilidade Socioambiental (IVSA) da cidade. Em uma escala de 0,0 (valor mínimo) a 1,0 (valor máximo) a análise dos indicadores encontrou um índice de 0,35 que coloca a cidade de Arapiraca em um nível de baixa vulnerabilidade. De acordo com o nosso trabalho, o critério que influência decisivamente no Índice de Vulnerabilidade Socioambiental de Arapiraca-AL, é o de sensibilidade. Esse critério, avaliou a dimensão risco social com as características da população com o intuito de demostrar a fragilidade quando exposto a um dano, possuindo a maior quantidade de indicadores, sete no total. Os valores obtidos por cada indicador foram satisfatórios e inevitavelmente se sobressaíram em relação aos demais. Conclui-se, que na cidade de Arapiraca, populações socialmente vulneráveis tendem a se localizar em áreas ambientalmente vulneráveis.
{"title":"VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DE ARAPIRACA/AL","authors":"Juliete dos Santos, Leandro Antonio Oliveira, José Lidemberg de Sousa Lopes","doi":"10.5216/bgg.v43i01.63965","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.63965","url":null,"abstract":"O presente trabalho avaliou o nível de vulnerabilidade socioambiental da cidade de Arapiraca no estado de Alagoas. Foi adaptado os aspectos metodológicos das pesquisas de Lopes (2013) e Adger (2006) para a criação de critérios e indicadores afim de identificar o Índice de Vulnerabilidade Socioambiental (IVSA) da cidade. Em uma escala de 0,0 (valor mínimo) a 1,0 (valor máximo) a análise dos indicadores encontrou um índice de 0,35 que coloca a cidade de Arapiraca em um nível de baixa vulnerabilidade. De acordo com o nosso trabalho, o critério que influência decisivamente no Índice de Vulnerabilidade Socioambiental de Arapiraca-AL, é o de sensibilidade. Esse critério, avaliou a dimensão risco social com as características da população com o intuito de demostrar a fragilidade quando exposto a um dano, possuindo a maior quantidade de indicadores, sete no total. Os valores obtidos por cada indicador foram satisfatórios e inevitavelmente se sobressaíram em relação aos demais. Conclui-se, que na cidade de Arapiraca, populações socialmente vulneráveis tendem a se localizar em áreas ambientalmente vulneráveis.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136036628","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.5216/bgg.v43i01.70626
Lucas Espíndola Rosa, Luís Felipe Soares Cherem, Lionel Siame
O Bioma Cerrado Brasileiro, importante região ecológico-econômica com grande produção de commodities, tem, em sua porção norte, a recente fronteira agrícola fora da Amazônia. Nesse contexto, este trabalho analisa as variabilidades espaço-temporais nas taxas de perdas de solo calculadas para bacias hidrográficas que drenam o Parque Nacional das Emas (PNE), e o Parque Nacional de Brasília (BNP), e seus arredores, aplicando a Equação Universal de Perda de Solo Revisada (RUSLE) para os anos 1970, 1985 e 2018. Os resultados indicam que as maiores taxas médias foram calculadas para o entorno do BNP, 10 ton.h-1.a-1, variando de 3,8 a 20,8. Ao contrário, para o ENP as taxas de perda de solo foram 10 vezes menores que as do BNP, onde não foram observadas diferenças significativas, com taxa média de 0,3 ton.h-1.a-1 (variando de 0,1 a 0,5). Os fatores de controle da perda de solo diferiram entre os dois locais, pois para o BNP as mudanças no uso da terra controlaram as variabilidades espaço-temporais, e para o ENP apenas as diferenças morfológicas desempenharam esse papel. As taxas calculadas para o ENP e arredores diferem da tendência geral observada para outras savanas do mundo.
{"title":"Perda de solos no bioma Cerrado: estudo comparativo entre áreas protegidas e não protegidas por Unidades de Conservação","authors":"Lucas Espíndola Rosa, Luís Felipe Soares Cherem, Lionel Siame","doi":"10.5216/bgg.v43i01.70626","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.70626","url":null,"abstract":"O Bioma Cerrado Brasileiro, importante região ecológico-econômica com grande produção de commodities, tem, em sua porção norte, a recente fronteira agrícola fora da Amazônia. Nesse contexto, este trabalho analisa as variabilidades espaço-temporais nas taxas de perdas de solo calculadas para bacias hidrográficas que drenam o Parque Nacional das Emas (PNE), e o Parque Nacional de Brasília (BNP), e seus arredores, aplicando a Equação Universal de Perda de Solo Revisada (RUSLE) para os anos 1970, 1985 e 2018. Os resultados indicam que as maiores taxas médias foram calculadas para o entorno do BNP, 10 ton.h-1.a-1, variando de 3,8 a 20,8. Ao contrário, para o ENP as taxas de perda de solo foram 10 vezes menores que as do BNP, onde não foram observadas diferenças significativas, com taxa média de 0,3 ton.h-1.a-1 (variando de 0,1 a 0,5). Os fatores de controle da perda de solo diferiram entre os dois locais, pois para o BNP as mudanças no uso da terra controlaram as variabilidades espaço-temporais, e para o ENP apenas as diferenças morfológicas desempenharam esse papel. As taxas calculadas para o ENP e arredores diferem da tendência geral observada para outras savanas do mundo.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136036830","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.5216/bgg.v43i01.73540
Denis Richter, Carlos Henrique Camilo de Matos
A Cartografia Escolar se constituiu como um campo de pesquisa no ensino de Geografia no Brasil a partir de 1978. Ao longo desse percurso inúmeras abordagens e problemas de investigação foram consolidando os estudos sobre a linguagem cartográfica no contexto do ambiente escolar. Sendo assim, o presente artigo busca analisar a produção científica da Cartografia Escolar em periódicos online brasileiros entre os anos de 2000 a 2020, com o objetivo de compreender as contribuições e os avanços dessa linha de pesquisa para o ensino de Geografia. Para isso, esse estudo do tipo estado de conhecimento, organizou um banco de dados com 214 artigos publicados nesse período, o qual foi analisado sob diferentes categorias. Como resultado, foi possível observar uma consolidação nas publicações sobre Cartografia Escolar a partir do ano de 2011 e o fortalecimento das reflexões teórico-metodológicas desta temática articulada com o pensamento espacial, bem como o crescimento dos estudos sobre a Cartografia Social, Digital e Inclusiva. Para além disso, esse estudo busca contribuir com o desenvolvimento de futuras pesquisas que poderão ser estruturadas com base nos resultados e análises promovidas por este trabalho, potencializando as perspectivas para o campo da Cartografia Escolar.
{"title":"A Cartografia Escolar no ensino de Geografia: uma análise da produção científica em periódicos online entre os anos 2000 a 2020","authors":"Denis Richter, Carlos Henrique Camilo de Matos","doi":"10.5216/bgg.v43i01.73540","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.73540","url":null,"abstract":"A Cartografia Escolar se constituiu como um campo de pesquisa no ensino de Geografia no Brasil a partir de 1978. Ao longo desse percurso inúmeras abordagens e problemas de investigação foram consolidando os estudos sobre a linguagem cartográfica no contexto do ambiente escolar. Sendo assim, o presente artigo busca analisar a produção científica da Cartografia Escolar em periódicos online brasileiros entre os anos de 2000 a 2020, com o objetivo de compreender as contribuições e os avanços dessa linha de pesquisa para o ensino de Geografia. Para isso, esse estudo do tipo estado de conhecimento, organizou um banco de dados com 214 artigos publicados nesse período, o qual foi analisado sob diferentes categorias. Como resultado, foi possível observar uma consolidação nas publicações sobre Cartografia Escolar a partir do ano de 2011 e o fortalecimento das reflexões teórico-metodológicas desta temática articulada com o pensamento espacial, bem como o crescimento dos estudos sobre a Cartografia Social, Digital e Inclusiva. Para além disso, esse estudo busca contribuir com o desenvolvimento de futuras pesquisas que poderão ser estruturadas com base nos resultados e análises promovidas por este trabalho, potencializando as perspectivas para o campo da Cartografia Escolar.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136036831","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.5216/bgg.v43i01.63274
Pablo Henrique de Souza Assis
O cultivo dos grãos de café vem se mostrando cada vez mais como uma das culturas predominantes no mercado atual. Com isso, faz-se necessário compreender e monitorar as variabilidades existentes nas grandes lavouras pelo mundo. Para tanto, as técnicas de Sensoriamento Remoto direcionadas ao monitoramento das variabilidades espectrais de uma cultura torna possível mapear e estudar as variabilidades espaciais e os fatores limitantes da produção. Dentre diversas variáveis, este trabalho objetivou o mapeamento de parâmetros relacionados à produtividade, tais como o Teor de Clorofila e a Área Foliar de uma cultura cafeeira localizada nas proximidades do município de Monte Carmelo - MG. O mapeamento foi gerado a partir de modelos de regressão através da relação entre amostras obtidas in situ com o valor radiométrico de imagens tomadas por uma aeronave remotamente pilotada à 70 e 120 metros de altitude. Os resultados mostraram que para o voo de maior altitude a correlação entre as medidas de campo e a radiometria das imagens foi melhor. A precisão dos modelos estimadores apresentou melhor correlação com os índices TGI (r = 0,536 e RMSE = 16,43%) para a clorofila e NDVI (r = 0,484 e RMSE = 15,87%) para a área foliar.
{"title":"MAPEAMENTO DE PARÂMETROS AGRONÔMICOS DO CAFEEIRO A PARTIR DE IMAGENS TOMADAS POR AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA","authors":"Pablo Henrique de Souza Assis","doi":"10.5216/bgg.v43i01.63274","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.63274","url":null,"abstract":"O cultivo dos grãos de café vem se mostrando cada vez mais como uma das culturas predominantes no mercado atual. Com isso, faz-se necessário compreender e monitorar as variabilidades existentes nas grandes lavouras pelo mundo. Para tanto, as técnicas de Sensoriamento Remoto direcionadas ao monitoramento das variabilidades espectrais de uma cultura torna possível mapear e estudar as variabilidades espaciais e os fatores limitantes da produção. Dentre diversas variáveis, este trabalho objetivou o mapeamento de parâmetros relacionados à produtividade, tais como o Teor de Clorofila e a Área Foliar de uma cultura cafeeira localizada nas proximidades do município de Monte Carmelo - MG. O mapeamento foi gerado a partir de modelos de regressão através da relação entre amostras obtidas in situ com o valor radiométrico de imagens tomadas por uma aeronave remotamente pilotada à 70 e 120 metros de altitude. Os resultados mostraram que para o voo de maior altitude a correlação entre as medidas de campo e a radiometria das imagens foi melhor. A precisão dos modelos estimadores apresentou melhor correlação com os índices TGI (r = 0,536 e RMSE = 16,43%) para a clorofila e NDVI (r = 0,484 e RMSE = 15,87%) para a área foliar.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135782679","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-31DOI: 10.5216/bgg.v43i01.71874
Rafael Lima Dessart, Jacson Gosman Gomes de Lima, Henrique Garcia Pereira
Este artigo apresenta as análises das imagens sombreadas do Shuttle Radar Topography Mission (SRTM) da NASA para o município de Bagé/RS, onde é possível evidenciar a influência de estruturas geológicas na distribuição do relevo e de unidades geomorfológicas, em um estudo voltado para a prospecção de água subterrânea. Foram identificados os lineamentos negativos, que apresentam duas direções preferenciais das morfoestruturas: NW e NE. Estas direções preferenciais estão relacionadas com as litologias ocorrentes na região e relacionadas com o sistema de recarga do Sistema Aquífero Embasamento Cristalino II. A ocorrência destes dois sistemas de morfoestruturas está relacionada com as diferentes litologias, sendo responsável pela morfologia de Bagé.
{"title":"PROSPECÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA A PARTIR DA ANÁLISE ESTRUTURAL DO MUNICÍPIO DE BAGÉ, RS.","authors":"Rafael Lima Dessart, Jacson Gosman Gomes de Lima, Henrique Garcia Pereira","doi":"10.5216/bgg.v43i01.71874","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.71874","url":null,"abstract":"Este artigo apresenta as análises das imagens sombreadas do Shuttle Radar Topography Mission (SRTM) da NASA para o município de Bagé/RS, onde é possível evidenciar a influência de estruturas geológicas na distribuição do relevo e de unidades geomorfológicas, em um estudo voltado para a prospecção de água subterrânea. Foram identificados os lineamentos negativos, que apresentam duas direções preferenciais das morfoestruturas: NW e NE. Estas direções preferenciais estão relacionadas com as litologias ocorrentes na região e relacionadas com o sistema de recarga do Sistema Aquífero Embasamento Cristalino II. A ocorrência destes dois sistemas de morfoestruturas está relacionada com as diferentes litologias, sendo responsável pela morfologia de Bagé.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136036629","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-27DOI: 10.5216/bgg.v43i01.67023
Everton Rodrigues da Silva, João Marcos Veiga de Oliveira
Este artigo explora o conceito de produção do espaço de Henri Lefebvre, destacando dois de seus princípios essenciais: a ontologia espacial de caráter relacional e a tríade espacial percebido-concebido-vivido. Tais desdobramentos, importantes nas proposições do filósofo, são pouco abordados a partir de um aspecto fundamental de sua obra, aquele que afirma a realidade como socialmente produzida e o engajamento prático no mundo como um ato permanente de produção e criação dessa realidade. Assim, este trabalho propõe uma aproximação do pensamento lefebvriano com a Antropologia, esquadrinhando um direito à cidade renovado, que inspire práticas progressistas, emancipatórias e participativas, frente aos desafios urbanos contemporâneos.
{"title":"ENGAJAMENTO PRÁTICO NO MUNDO: IMPLICAÇÕES E EXTENSÕES DA ANALÍTICA ESPACIAL EM HENRI LEFEBVRE","authors":"Everton Rodrigues da Silva, João Marcos Veiga de Oliveira","doi":"10.5216/bgg.v43i01.67023","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.67023","url":null,"abstract":"Este artigo explora o conceito de produção do espaço de Henri Lefebvre, destacando dois de seus princípios essenciais: a ontologia espacial de caráter relacional e a tríade espacial percebido-concebido-vivido. Tais desdobramentos, importantes nas proposições do filósofo, são pouco abordados a partir de um aspecto fundamental de sua obra, aquele que afirma a realidade como socialmente produzida e o engajamento prático no mundo como um ato permanente de produção e criação dessa realidade. Assim, este trabalho propõe uma aproximação do pensamento lefebvriano com a Antropologia, esquadrinhando um direito à cidade renovado, que inspire práticas progressistas, emancipatórias e participativas, frente aos desafios urbanos contemporâneos.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135503762","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-28DOI: 10.5216/bgg.v43i01.70655
Julia Rosa Goncalves, M. L. Peluso
A cidade de Brasília está carregada de sentidos simbólicos. Sede dos Poderes da República, cidade ainda jovem e marcada pela migração, a Capital Federal oferece a seus moradores um complexo contexto para formação identitária, sempre tensionada entre disputas de significados. A compreensão da base territorial da cidade também é cercada de controvérsias. Diferentemente de uma cidade tradicional, Brasília é composta por manchas urbanas descontínuas. Constituem-na desde grandes unidades urbanas – as cidades-satélites e seu núcleo central, o Plano Piloto – até vários condomínios urbanos horizontais progressivamente instalados no interregno rural existente na Capital desde sua fundação. Propõe-se, aqui, apresentar as diferentes concepções sobre os significados (territoriais) de Brasília que se assentam, sobretudo, em dois polos. De um lado, há quem defenda um entendimento territorial mais restrito, com limites reduzidos ao plano inicial para a cidade e, de outro, há quem compreenda que a Capital possui delimitações mais abrangentes, ampliando o “ser Brasília” para próximo da conformação territorial do Distrito Federal. São, por fim, duas concepções fundamentadas em perspectivas político-urbanas em colisão: enquanto a primeira está associada a compreensões mais conservadoras sobre a cidade, a segunda fundamenta-se no reconhecimento da mutável e fluida dinâmica da vida urbana.
{"title":"E BRASILIA, O QUE É? DIGA LÁ, MEU IRMÃO Concepções sobre os limites territoriais da capital do Brasil","authors":"Julia Rosa Goncalves, M. L. Peluso","doi":"10.5216/bgg.v43i01.70655","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v43i01.70655","url":null,"abstract":"A cidade de Brasília está carregada de sentidos simbólicos. Sede dos Poderes da República, cidade ainda jovem e marcada pela migração, a Capital Federal oferece a seus moradores um complexo contexto para formação identitária, sempre tensionada entre disputas de significados. A compreensão da base territorial da cidade também é cercada de controvérsias. Diferentemente de uma cidade tradicional, Brasília é composta por manchas urbanas descontínuas. Constituem-na desde grandes unidades urbanas – as cidades-satélites e seu núcleo central, o Plano Piloto – até vários condomínios urbanos horizontais progressivamente instalados no interregno rural existente na Capital desde sua fundação. Propõe-se, aqui, apresentar as diferentes concepções sobre os significados (territoriais) de Brasília que se assentam, sobretudo, em dois polos. De um lado, há quem defenda um entendimento territorial mais restrito, com limites reduzidos ao plano inicial para a cidade e, de outro, há quem compreenda que a Capital possui delimitações mais abrangentes, ampliando o “ser Brasília” para próximo da conformação territorial do Distrito Federal. São, por fim, duas concepções fundamentadas em perspectivas político-urbanas em colisão: enquanto a primeira está associada a compreensões mais conservadoras sobre a cidade, a segunda fundamenta-se no reconhecimento da mutável e fluida dinâmica da vida urbana.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43741889","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Josinaldo Reis do Nascimento, Arthur Boscariol da Silva, Patrick Heleno dos Santos Passos
A produtividade pesqueira do litoral da Amazônia está diretamente relacionada à dinâmica das florestas de mangue. Nesses maretórios, a cadeia produtiva do caranguejo (U. cordatus) tem grande relevância socioeconômica. O objetivo deste artigo é realizar uma análise da dinâmica sócio-espacial da cadeia produtiva do caranguejo no maretório da RESEX Marinha Caeté-Taperaçu, Bragança/PA. Entre maio e junho de 2017, e em outubro de 2018, entrevistamos 100 pescadores tiradores de caranguejo que atuam diariamente nos mangues circunvizinhos à rodovia PA-458, e uma amostra de 20% destes foram novamente ouvidos em julho de 2021 com o intuito de atualizar os dados econômicos. Nas últimas décadas, a captura de caranguejo evoluiu de uma atividade meramente esporádica e de autoconsumo para uma complexa cadeia produtiva. A intensificação do beneficiamento da carne do crustáceo, que vem inserindo cada vez mais as mulheres no processo produtivo, tem aumentado os esforços de pesca gerando uma captura por unidade de esforço (CPUE) média de 152 unidades/pescador/dia. Os agentes intermediários envolvidos na cadeia têm contribuído para a perda de independência e autonomia dos pescadores, que atrelados a eles não escolhem para quem e com quem comercializar os resultados das pescarias, aumentando a complexidade das relações de trabalho. Palavras-chave: Maretório. Dinâmica sócio-espacial. Cadeia produtiva do caranguejo U. cordatus. Caeté-Taperaçu.
{"title":"Nós somos metade gente, outra de caranguejo: a dinâmica sócio-espacial da pesca do caranguejo (Ucides cordatus) no maretório da RESEX Marinha Caeté-Taperaçu, Bragança/PA","authors":"Josinaldo Reis do Nascimento, Arthur Boscariol da Silva, Patrick Heleno dos Santos Passos","doi":"10.5216/bgg.v42.73208","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v42.73208","url":null,"abstract":"A produtividade pesqueira do litoral da Amazônia está diretamente relacionada à dinâmica das florestas de mangue. Nesses maretórios, a cadeia produtiva do caranguejo (U. cordatus) tem grande relevância socioeconômica. O objetivo deste artigo é realizar uma análise da dinâmica sócio-espacial da cadeia produtiva do caranguejo no maretório da RESEX Marinha Caeté-Taperaçu, Bragança/PA. Entre maio e junho de 2017, e em outubro de 2018, entrevistamos 100 pescadores tiradores de caranguejo que atuam diariamente nos mangues circunvizinhos à rodovia PA-458, e uma amostra de 20% destes foram novamente ouvidos em julho de 2021 com o intuito de atualizar os dados econômicos. Nas últimas décadas, a captura de caranguejo evoluiu de uma atividade meramente esporádica e de autoconsumo para uma complexa cadeia produtiva. A intensificação do beneficiamento da carne do crustáceo, que vem inserindo cada vez mais as mulheres no processo produtivo, tem aumentado os esforços de pesca gerando uma captura por unidade de esforço (CPUE) média de 152 unidades/pescador/dia. Os agentes intermediários envolvidos na cadeia têm contribuído para a perda de independência e autonomia dos pescadores, que atrelados a eles não escolhem para quem e com quem comercializar os resultados das pescarias, aumentando a complexidade das relações de trabalho. \u0000Palavras-chave: Maretório. Dinâmica sócio-espacial. Cadeia produtiva do caranguejo U. cordatus. Caeté-Taperaçu.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46839083","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O objetivo do estudo foi estimar, por meio de sensoriamento remoto (OLI/LANDSATA 8 – LS8), as concentrações de clorofila-a (Cl-a) e carbono orgânico total (COT). Entre 2017 e 2018 foram realizadas seis coletas de amostras de água nos reservatórios de Umari e Mendubim, no semiárido nordestino, para determinação dos valores Cl-a e COT. Foram calculados os coeficientes de correlação entre as bandas espectrais das imagens OLI/LS8 e os valores de Cl-a e COT para selecionar as bandas a serem utilizadas nas regressões lineares simples e múltiplas entre os valores de reflectância e os valores das variáveis limnológicas. Houve correlação entre os dados de campo e os valores estimados a partir da combinação das bandas B4 e B5 para Cl-a (R²=0,87) e B2 e B5 para COT (R²=0,80). Houve correlação entre os dados obtidos nos reservatórios e os recuperados a partir das imagens OLI/LS8, com coeficientes de correlação de 0,76 para Cl-a e 0,71 para COT em Umari e de 0,78 para Cl-a e 0,72 para COT em Mendubim. Os modelos foram eficientes na estimativa de Cl-a e COT nos ambientes estudados, mostrando a viabilidade no uso de imagens no monitoramento remoto destas variáveis limnológicas em reservatórios do semiárido brasileiro.
{"title":"ESTIMATIVA POR SENSORIAMENTO REMOTO DAS CONCENTRAÇÕES DE CLOROFILA-A E CARBONO ORGÂNICO TOTAL EM RESERVATÓRIOS DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO, A PARTIR DE IMAGENS DO SENSOR OLI/ LANDSAT8.","authors":"Herbster De-Carvalho, G. G. Henry-Silva","doi":"10.5216/bgg.v42.67672","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v42.67672","url":null,"abstract":"O objetivo do estudo foi estimar, por meio de sensoriamento remoto (OLI/LANDSATA 8 – LS8), as concentrações de clorofila-a (Cl-a) e carbono orgânico total (COT). Entre 2017 e 2018 foram realizadas seis coletas de amostras de água nos reservatórios de Umari e Mendubim, no semiárido nordestino, para determinação dos valores Cl-a e COT. Foram calculados os coeficientes de correlação entre as bandas espectrais das imagens OLI/LS8 e os valores de Cl-a e COT para selecionar as bandas a serem utilizadas nas regressões lineares simples e múltiplas entre os valores de reflectância e os valores das variáveis limnológicas. Houve correlação entre os dados de campo e os valores estimados a partir da combinação das bandas B4 e B5 para Cl-a (R²=0,87) e B2 e B5 para COT (R²=0,80). Houve correlação entre os dados obtidos nos reservatórios e os recuperados a partir das imagens OLI/LS8, com coeficientes de correlação de 0,76 para Cl-a e 0,71 para COT em Umari e de 0,78 para Cl-a e 0,72 para COT em Mendubim. Os modelos foram eficientes na estimativa de Cl-a e COT nos ambientes estudados, mostrando a viabilidade no uso de imagens no monitoramento remoto destas variáveis limnológicas em reservatórios do semiárido brasileiro.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48037217","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo se propõe a discutir a concepção de corpo-sujeito em Merleau-Ponty como possibilidade para analisar a territorialidade afro-indígena brasileira. Partimos da concepção de que os corpos dos religiosos afro-indígenas brasileiros produzem territorialidades. O corpo assume a característica de um território imediato da religiosidade. A espacialidade religiosa é aqui analisada pela categoria território. O texto abarca um debate teórico conceitual, partindo das percepções de campo da autora em terreiros de Candomblé nos estados do Rio de Janeiro. Consideramos que os corpos controlam, afetam e influenciam o espaço em que ocorre a gira ou xirê através dos gestos e movimentos. Dessa forma, o poder e a dominação do espaço (sua conformação simbólica) são dados pelas práticas culturais e religiosas mediante a ação dos orixás e entidades através incorporação.
{"title":"A TERRITORIALIDADE DO CORPO AFRO-INDÍGENA BRASILEIRO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES","authors":"Denise David Caxias","doi":"10.5216/bgg.v42.72066","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/bgg.v42.72066","url":null,"abstract":"Este artigo se propõe a discutir a concepção de corpo-sujeito em Merleau-Ponty como possibilidade para analisar a territorialidade afro-indígena brasileira. Partimos da concepção de que os corpos dos religiosos afro-indígenas brasileiros produzem territorialidades. O corpo assume a característica de um território imediato da religiosidade. A espacialidade religiosa é aqui analisada pela categoria território. O texto abarca um debate teórico conceitual, partindo das percepções de campo da autora em terreiros de Candomblé nos estados do Rio de Janeiro. Consideramos que os corpos controlam, afetam e influenciam o espaço em que ocorre a gira ou xirê através dos gestos e movimentos. Dessa forma, o poder e a dominação do espaço (sua conformação simbólica) são dados pelas práticas culturais e religiosas mediante a ação dos orixás e entidades através incorporação.","PeriodicalId":52054,"journal":{"name":"Boletin Goiano de Geografia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44783274","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}