Pub Date : 2020-04-30DOI: 10.33958/revig.v41i1.699
Corpo Editorial
Este número especial da Revista do Instituto Geológico resgata as cartas geomorfológicas clássicas desenvolvidas no âmbito do convênio entre o Laboratório de Pedologia e Sedimentologia do Instituto de Geografia / Departamento de Geografia da FFLCH da Universidade de São Paulo e o Centre de Géomorphologie du CNRS – Caen, sob a coordenação de J.P. Queiroz Neto e A. Journaux, na década de 1970. Este convênio foi um importante marco para os estudos pedogeomorfológicos no Brasil, trazendo avanços significativos para a cartografia geomorfológica, tema que está em pleno debate na atualidade. A organização desse número foi conduzida pelos professores Rosely Pacheco Dias Ferreira e Marcos Roberto Pinheiro, do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Além da republicação das cartas clássicas, o número apresenta um histórico dos trabalhos que adotaram a legenda de cartografia geomorfológica francesa (RPC.77), bem como artigos com mapas inéditos elaborados em diferentes contextos paisagísticos do Brasil. Realizou-se nova editoração eletrônica dos memoriais explicativos das cartas geomorfológicas clássicas, incluindo modificações de termos em desuso na literatura científica ou com grafia desatualizada e de nomes de localidades, conforme o Novo Acordo Ortográfico. As cartas foram tratadas digitalmente, visando sua melhor leitura.
本期《地质研究所评论》特刊在J.P.Queiroz Neto和A.Journaux的协调下,抢救了根据圣保罗大学地理研究所/FFLCH地理系土壤学和沉积学实验室与CNRS–Caen地球物理研究中心之间的协议开发的经典地貌图,20世纪70年代。这项协议是巴西土壤地貌研究的一个重要里程碑,为地貌制图带来了重大进展,这一主题今天正在进行充分的辩论。圣保罗大学哲学、文学和人文科学学院地理系的Rosely Pacheco Dias Ferreira和Marcos Roberto Pinheiro教授主持了本期的组织工作。除了重新出版经典信件外,本期还介绍了采用法国地貌制图传说(RPC.77)的作品历史,以及在巴西不同景观背景下阐述的未出版地图文章。根据《新正交协定》,对经典地貌字母的解释性回忆录进行了新的电子出版,包括修改科学文献中废弃的术语或使用过时的拼写和地名。这些信件经过数字处理,目的是达到最佳阅读效果。
{"title":"Editorial","authors":"Corpo Editorial","doi":"10.33958/revig.v41i1.699","DOIUrl":"https://doi.org/10.33958/revig.v41i1.699","url":null,"abstract":"Este número especial da Revista do Instituto Geológico resgata as cartas geomorfológicas clássicas desenvolvidas no âmbito do convênio entre o Laboratório de Pedologia e Sedimentologia do Instituto de Geografia / Departamento de Geografia da FFLCH da Universidade de São Paulo e o Centre de Géomorphologie du CNRS – Caen, sob a coordenação de J.P. Queiroz Neto e A. Journaux, na década de 1970. Este convênio foi um importante marco para os estudos pedogeomorfológicos no Brasil, trazendo avanços significativos para a cartografia geomorfológica, tema que está em pleno debate na atualidade. A organização desse número foi conduzida pelos professores Rosely Pacheco Dias Ferreira e Marcos Roberto Pinheiro, do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Além da republicação das cartas clássicas, o número apresenta um histórico dos trabalhos que adotaram a legenda de cartografia geomorfológica francesa (RPC.77), bem como artigos com mapas inéditos elaborados em diferentes contextos paisagísticos do Brasil. Realizou-se nova editoração eletrônica dos memoriais explicativos das cartas geomorfológicas clássicas, incluindo modificações de termos em desuso na literatura científica ou com grafia desatualizada e de nomes de localidades, conforme o Novo Acordo Ortográfico. As cartas foram tratadas digitalmente, visando sua melhor leitura.","PeriodicalId":52114,"journal":{"name":"Revista do Instituto Geologico","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45357640","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-04-30DOI: 10.33958/revig.v41i1.700
J. P. Q. Queiroz Neto, Rosely Pacheco Dias Ferreira, C. R. Espindola
{"title":"Prefácio","authors":"J. P. Q. Queiroz Neto, Rosely Pacheco Dias Ferreira, C. R. Espindola","doi":"10.33958/revig.v41i1.700","DOIUrl":"https://doi.org/10.33958/revig.v41i1.700","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":52114,"journal":{"name":"Revista do Instituto Geologico","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-04-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43729496","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-23DOI: 10.33958/revig.v40i2.644
Marcos Massoli
A região compreendida entre Ribeirão Preto e Sertãozinho, na porção nordeste do estado de São Paulo, apresenta um arcabouço de altos e baixos estruturais, tendo como referência os contatos entre as formações Serra Geral/Botucatu e Botucatu/Piramboia. O primeiro contato (Serra Geral/Botucatu) foi estabelecido a partir de perfis geológicos de poços existentes, enquanto o segundo (Botucatu/Piramboia), nem sempre bem definido por esses perfis, foi também interpretado com base em perfilagens de raios gama de poços, disponíveis principalmente na região de Ribeirão Preto. Os altos e baixos estruturais identificados apresentam direção predominante NE-SW e estariam associados, principalmente, a corpos de diabásio intrudidos na Formação Pirambóia.
{"title":"Altos e baixos estruturais do grupo São Bento na região entre Ribeirão Preto e Sertãozinho, nordeste do estado de São Paulo","authors":"Marcos Massoli","doi":"10.33958/revig.v40i2.644","DOIUrl":"https://doi.org/10.33958/revig.v40i2.644","url":null,"abstract":"A região compreendida entre Ribeirão Preto e Sertãozinho, na porção nordeste do estado de São Paulo, apresenta um arcabouço de altos e baixos estruturais, tendo como referência os contatos entre as formações Serra Geral/Botucatu e Botucatu/Piramboia. O primeiro contato (Serra Geral/Botucatu) foi estabelecido a partir de perfis geológicos de poços existentes, enquanto o segundo (Botucatu/Piramboia), nem sempre bem definido por esses perfis, foi também interpretado com base em perfilagens de raios gama de poços, disponíveis principalmente na região de Ribeirão Preto. Os altos e baixos estruturais identificados apresentam direção predominante NE-SW e estariam associados, principalmente, a corpos de diabásio intrudidos na Formação Pirambóia.","PeriodicalId":52114,"journal":{"name":"Revista do Instituto Geologico","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41923093","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-01DOI: 10.33958/revig.v40i2.647
E. Teramoto, J. Navarro, C. Kiang
Os mecanismos relacionados à interação rocha-água são importantes processos para o entendimento da qualidade da água subterrânea. A composição química de 38 marcas de água envasada dos aquíferos cristalinos nas regiões Sul e Sudeste do Brasil foram avaliadas para um diagnóstico preliminar dos processos de interação rocha-água atuantes. Os resultados apontam que as diversas amostras de água apresentam graus distintos de interação com a rocha, e que estes podem ser mensurados pela concentração do íon HCO3-. A análise exploratória indica que águas pouco mineralizadas, provavelmente provenientes de recarga recente, são do tipo misto. Por outro lado, águas mais mineralizadas são do tipo bicarbonatado, variando do sódico ao cálcico, ambas com elevada proporção de magnésio. A despeito da ampla variabilidade composicional das rochas que compõe os aquíferos analisados, nota-se que a assembleia mineralógica que mais contribui para a composição da água são os silicatos cálcio-magnesianos, representados predominantemente pela hornblenda. O sódio e parte do cálcio na água são provenientes da hidrólise de plagioclásios, enquanto o potássio é proveniente da dissolução de feldspato potássico.
{"title":"Avaliação geoquímica das águas envasadas de aquíferos cristalinos no sul e sudeste do Brasil","authors":"E. Teramoto, J. Navarro, C. Kiang","doi":"10.33958/revig.v40i2.647","DOIUrl":"https://doi.org/10.33958/revig.v40i2.647","url":null,"abstract":"Os mecanismos relacionados à interação rocha-água são importantes processos para o entendimento da qualidade da água subterrânea. A composição química de 38 marcas de água envasada dos aquíferos cristalinos nas regiões Sul e Sudeste do Brasil foram avaliadas para um diagnóstico preliminar dos processos de interação rocha-água atuantes. Os resultados apontam que as diversas amostras de água apresentam graus distintos de interação com a rocha, e que estes podem ser mensurados pela concentração do íon HCO3-. A análise exploratória indica que águas pouco mineralizadas, provavelmente provenientes de recarga recente, são do tipo misto. Por outro lado, águas mais mineralizadas são do tipo bicarbonatado, variando do sódico ao cálcico, ambas com elevada proporção de magnésio. A despeito da ampla variabilidade composicional das rochas que compõe os aquíferos analisados, nota-se que a assembleia mineralógica que mais contribui para a composição da água são os silicatos cálcio-magnesianos, representados predominantemente pela hornblenda. O sódio e parte do cálcio na água são provenientes da hidrólise de plagioclásios, enquanto o potássio é proveniente da dissolução de feldspato potássico.","PeriodicalId":52114,"journal":{"name":"Revista do Instituto Geologico","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43543298","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Rodrigo Esteves Rocha, Marcelo Donadelli Sacchi, Ludmila Vianna Batista, Matheus Bezerra de Oliveira, D. Gastmans
A condutividade hidráulica de solos constitui informação importante para a compreensão dos processos de infiltração de água, reduzindo incertezas nas estimativas de balanços hídricos em bacias hidrográficas. Além de possibilitar a compreensão da distribuição espacial da recarga em aquíferos livres, auxilia também na elaboração de estratégias de uso racional e integrado de águas superficiais e subterrâneas. Nesse sentido, o trabalho teve como objetivo geral determinar a variabilidade espacial da condutividade hidráulica em uma bacia hidrográfica localizada na sub-bacia do Alto Jacaré-Pepira, importante zona de recarga do Sistema Aquífero Guarani (SAG), comparando as variações observadas com aspectos fisiográficos e geológicos. A condutividade hidráulica foi medida em campo utilizando-se um Permeâmetro de Guelph, que possibilita a medição da recarga líquida estática responsável pela manutenção da carga hidráulica em um furo artificial no solo. A condutividade hidráulica dos solos na área variou de 1,99E-6 até 6,02E-2 cm s-1, sendo os maiores valores associados a solos arenosos derivados de arenitos das formações Botucatu e Pirambóia, enquanto os menores a solos argilosos, provenientes da alteração de rochas basálticas da Formação Serra Geral. A distribuição espacial da condutividade hidráulica na área da microbacia permitiu verificar a forte correlação entre a condutividade hidráulica e o tipo litológico aflorante, a partir da comparação visual com o mapa geológico da área. A variabilidade da condutividade é correlacionada aos solos na área, e ambos são essencialmente controlados pelas litologias aflorantes e por sua posição no relevo.
土壤的水力传导率是了解水入渗过程的重要信息,减少了流域水平衡估计的不确定性。除了有助于了解自由含水层补给的空间分布外,它还有助于制定合理和综合利用地表水和地下水的战略。从这个意义上说,这项工作的总体目标是确定位于瓜拉尼含水层系统(SAG)重要补给带Alto jacare -Pepira子流域的水力传导率的空间变异性,并将观察到的变化与自然和地质方面进行比较。水力传导率是在现场使用圭尔夫渗透计测量的,该渗透计可以测量负责维持土壤中人工钻孔水力负荷的静态液体补给。该地区土壤的水力传导率从1.99 e -6到6.02 e -2 cm s-1不等,较高的值与Botucatu组和piramboia组砂岩的沙土有关,较低的值与Serra Geral组玄武岩蚀变的粘土有关。通过与该地区地质图的视觉比较,流域内导水率的空间分布证实了导水率与露头岩性类型之间的强相关性。电导率的变化与该地区的土壤有关,两者基本上都受露头岩性及其在地形中的位置的控制。
{"title":"Variações espaciais na condutividade hidráulica do solo em área de recarga do Sistema Aquífero Guarani","authors":"Rodrigo Esteves Rocha, Marcelo Donadelli Sacchi, Ludmila Vianna Batista, Matheus Bezerra de Oliveira, D. Gastmans","doi":"10.14295/RAS.V0I0.29383","DOIUrl":"https://doi.org/10.14295/RAS.V0I0.29383","url":null,"abstract":"A condutividade hidráulica de solos constitui informação importante para a compreensão dos processos de infiltração de água, reduzindo incertezas nas estimativas de balanços hídricos em bacias hidrográficas. Além de possibilitar a compreensão da distribuição espacial da recarga em aquíferos livres, auxilia também na elaboração de estratégias de uso racional e integrado de águas superficiais e subterrâneas. Nesse sentido, o trabalho teve como objetivo geral determinar a variabilidade espacial da condutividade hidráulica em uma bacia hidrográfica localizada na sub-bacia do Alto Jacaré-Pepira, importante zona de recarga do Sistema Aquífero Guarani (SAG), comparando as variações observadas com aspectos fisiográficos e geológicos. A condutividade hidráulica foi medida em campo utilizando-se um Permeâmetro de Guelph, que possibilita a medição da recarga líquida estática responsável pela manutenção da carga hidráulica em um furo artificial no solo. A condutividade hidráulica dos solos na área variou de 1,99E-6 até 6,02E-2 cm s-1, sendo os maiores valores associados a solos arenosos derivados de arenitos das formações Botucatu e Pirambóia, enquanto os menores a solos argilosos, provenientes da alteração de rochas basálticas da Formação Serra Geral. A distribuição espacial da condutividade hidráulica na área da microbacia permitiu verificar a forte correlação entre a condutividade hidráulica e o tipo litológico aflorante, a partir da comparação visual com o mapa geológico da área. A variabilidade da condutividade é correlacionada aos solos na área, e ambos são essencialmente controlados pelas litologias aflorantes e por sua posição no relevo.","PeriodicalId":52114,"journal":{"name":"Revista do Instituto Geologico","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45992926","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-01DOI: 10.33958/revig.v40i2.645
Vanessa Maronezi, Marília Mayumi Augusto dos Santos, Danielle Bittencourt Faria, M. Rosa, Mirian Chieko Shinzato
A contaminação do solo e águas por cromo (Cr) tem ocorrido frequentemente em áreas industriais e em suas proximidades, muitas vezes devido a acidentes e, também, ao mal gerenciamento de seus resíduos. O cromo na forma hexavalente (Cr(VI)) é extremamente tóxico e cancerígeno, enquanto que na forma trivalente (Cr(III)) e em níveis traço é considerado benéfico aos seres humanos e animais. O presente estudo apresenta uma revisão sobre os principais mecanismos relacionados à interação do Cr(VI) com alguns componentes do solo, quando associado a um evento de contaminação do meio. Observa-se que os principais agentes responsáveis pela remoção do Cr(VI) do meio são aqueles capazes de reduzi-lo à forma trivalente (Cr(III)), como a fração orgânica do solo e o Fe(II). No entanto, minerais e compostos ricos em Fe(III) também podem auxiliar na redução do Cr(VI). Nesse caso, o Fe(III) pode ser reduzido pelo carbono orgânico à forma divalente que, por sua vez, reduz o cromo à forma trivalente, imobilizando-o no solo. Para que isso ocorra, além da presença de matéria orgânica, o pH ácido do meio também auxilia nesse processo – cujas condições são comumente encontradas em solos tropicais, como o Latossolo Vermelho. Portanto, entender como o Cr(VI) reage com os principais componentes do solo é muito importante para auxiliar nos processos de remediação de áreas contaminadas.
{"title":"Mecanismos de remoção de Cromo(VI) do solo pela interação entre matéria orgânica e Ferro(III)","authors":"Vanessa Maronezi, Marília Mayumi Augusto dos Santos, Danielle Bittencourt Faria, M. Rosa, Mirian Chieko Shinzato","doi":"10.33958/revig.v40i2.645","DOIUrl":"https://doi.org/10.33958/revig.v40i2.645","url":null,"abstract":"A contaminação do solo e águas por cromo (Cr) tem ocorrido frequentemente em áreas industriais e em suas proximidades, muitas vezes devido a acidentes e, também, ao mal gerenciamento de seus resíduos. O cromo na forma hexavalente (Cr(VI)) é extremamente tóxico e cancerígeno, enquanto que na forma trivalente (Cr(III)) e em níveis traço é considerado benéfico aos seres humanos e animais. O presente estudo apresenta uma revisão sobre os principais mecanismos relacionados à interação do Cr(VI) com alguns componentes do solo, quando associado a um evento de contaminação do meio. Observa-se que os principais agentes responsáveis pela remoção do Cr(VI) do meio são aqueles capazes de reduzi-lo à forma trivalente (Cr(III)), como a fração orgânica do solo e o Fe(II). No entanto, minerais e compostos ricos em Fe(III) também podem auxiliar na redução do Cr(VI). Nesse caso, o Fe(III) pode ser reduzido pelo carbono orgânico à forma divalente que, por sua vez, reduz o cromo à forma trivalente, imobilizando-o no solo. Para que isso ocorra, além da presença de matéria orgânica, o pH ácido do meio também auxilia nesse processo – cujas condições são comumente encontradas em solos tropicais, como o Latossolo Vermelho. Portanto, entender como o Cr(VI) reage com os principais componentes do solo é muito importante para auxiliar nos processos de remediação de áreas contaminadas.","PeriodicalId":52114,"journal":{"name":"Revista do Instituto Geologico","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"69567267","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-06-26DOI: 10.33958/REVIG.V40I1.631
Cleide Rodrigues, I. C. M. Gouveia, Rodolfo Alves da Luz, Yuri Veneziani, Iury Tadashi Hirota Simas, Juliana De Paula Silva
Este artigo reúne resultados de pesquisas nas quais a abordagem da Antropogeomorfologia, a Geomorfologia do Antropoceno, foi aplicada, testada e desenvolvida, buscando identificar e dimensionar mudanças geomorfológicas ocorridas no processo centenário de urbanização da região metropolitana de São Paulo. Foram especialmente considerados intervalos históricos de aproximadamente um século ou menos, sistemas fluviais e flúvio-lacustres e geoindicadores, obtidos por estudos de caso, com diferentes recortes geográficos e escalas espaço-temporais. Por meio da metodologia utilizada comprovou-se a possibilidade de identificação de mudanças quanto à sua origem, se antrópica ou não, ou de origem complexa, assim como a possibilidade de mensuração de sua magnitude. A maior parte das mudanças observadas, sejam morfológicas, sedimentares, erosivas ou de balanços e taxas de processos, foram consideradas de alta magnitude para intervalos decadais ou centenários. Em sistemas preservados, mudanças deste tipo tendem a ocorrer em milhares ou centenas de milhares de anos. A magnitude das mudanças geomorfológicas observadas ajuda a caracterizar a necessidade de ampliação e de consideração dos estudos de Ciências da Terra nas atuais discussões sobre o Antropoceno, bem como na direção de uma participação efetiva dessa área do conhecimento no ordenamento do território e na busca de parâmetros para ampliação da resiliência dos sistemas físicos da superfície terrestre.
{"title":"Antropoceno e mudanças geomorfológicas: sistemas fluviais no processo centenário de urbanização de São Paulo","authors":"Cleide Rodrigues, I. C. M. Gouveia, Rodolfo Alves da Luz, Yuri Veneziani, Iury Tadashi Hirota Simas, Juliana De Paula Silva","doi":"10.33958/REVIG.V40I1.631","DOIUrl":"https://doi.org/10.33958/REVIG.V40I1.631","url":null,"abstract":"Este artigo reúne resultados de pesquisas nas quais a abordagem da Antropogeomorfologia, a Geomorfologia do Antropoceno, foi aplicada, testada e desenvolvida, buscando identificar e dimensionar mudanças geomorfológicas ocorridas no processo centenário de urbanização da região metropolitana de São Paulo. Foram especialmente considerados intervalos históricos de aproximadamente um século ou menos, sistemas fluviais e flúvio-lacustres e geoindicadores, obtidos por estudos de caso, com diferentes recortes geográficos e escalas espaço-temporais. Por meio da metodologia utilizada comprovou-se a possibilidade de identificação de mudanças quanto à sua origem, se antrópica ou não, ou de origem complexa, assim como a possibilidade de mensuração de sua magnitude. A maior parte das mudanças observadas, sejam morfológicas, sedimentares, erosivas ou de balanços e taxas de processos, foram consideradas de alta magnitude para intervalos decadais ou centenários. Em sistemas preservados, mudanças deste tipo tendem a ocorrer em milhares ou centenas de milhares de anos. A magnitude das mudanças geomorfológicas observadas ajuda a caracterizar a necessidade de ampliação e de consideração dos estudos de Ciências da Terra nas atuais discussões sobre o Antropoceno, bem como na direção de uma participação efetiva dessa área do conhecimento no ordenamento do território e na busca de parâmetros para ampliação da resiliência dos sistemas físicos da superfície terrestre.","PeriodicalId":52114,"journal":{"name":"Revista do Instituto Geologico","volume":"9 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-06-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83156779","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-06-26DOI: 10.33958/REVIG.V40I1.626
A. U. G. Peloggia
Apresentam-se neste trabalho as questões conceituais fundamentais referentes ao campo que denominamos Análise de Terrenos Tecnogênicos, que envolve o estudo de processos, depósitos e modelados criados direta ou indiretamente pela agência geológico-geomorfológica humana, caracterizando um enfoque multidisciplinar que, conquanto fundamentado nas Ciências da Terra, dialoga fortemente com as Humanidades. Esta abordagem teórica visa fornecer os subsídios metodológicos para o estudo da época geológica contemporânea, o Antropoceno, bem como dos registros antropogênicos quaternários (holocênicos e, eventualmente, pleistocênicos).
{"title":"Conceitos fundamentais da análise de terrenos antropogênicos: o estudo da agência geológico-geomorfológica humana e de seus registros","authors":"A. U. G. Peloggia","doi":"10.33958/REVIG.V40I1.626","DOIUrl":"https://doi.org/10.33958/REVIG.V40I1.626","url":null,"abstract":"Apresentam-se neste trabalho as questões conceituais fundamentais referentes ao campo que denominamos Análise de Terrenos Tecnogênicos, que envolve o estudo de processos, depósitos e modelados criados direta ou indiretamente pela agência geológico-geomorfológica humana, caracterizando um enfoque multidisciplinar que, conquanto fundamentado nas Ciências da Terra, dialoga fortemente com as Humanidades. Esta abordagem teórica visa fornecer os subsídios metodológicos para o estudo da época geológica contemporânea, o Antropoceno, bem como dos registros antropogênicos quaternários (holocênicos e, eventualmente, pleistocênicos).","PeriodicalId":52114,"journal":{"name":"Revista do Instituto Geologico","volume":"51 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-06-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76560923","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-06-26DOI: 10.33958/REVIG.V40I1.630
Antônio Manoel dos Santos Oliveira, J. P. Q. Neto
O quadro geológico do Planalto Ocidental Paulista (220.000 km2) no estado de São Paulo é marcado pela ocorrência de depósitos sedimentares que assoreiam os fundos de vale de primeira e segunda ordem, resultantes de uma excessiva produção de sedimentos, com abrangência regional, num curto intervalo de poucas dezenas de anos. Estes sedimentos têm como origem a manifestação de intensos processos erosivos consequentes à devastação das florestas primitivas, realizada pelo processo de colonização de origem europeia no século XX. Os depósitos podem ser reconhecidos no campo pela alternância nos sedimentos de camadas mais argilosas e mais arenosas, contendo artefatos que constituem indicadores inequívocos de sua origem antrópica. Podem ser detectados em imagens de satélite e em fotografias aéreas que permitem, de uma parte, verificar a extensão de suas ocorrências nos fundos dos vales e, de outra parte, a sua dinâmica ao longo do tempo. Assim, constata-se que ocorrem em toda a rede de drenagem do Planalto Ocidental Paulista, apesar de individualmente ocuparem extensões relativamente reduzidas em cada berço de drenagem. Por apresentarem expressão regional de ocorrência, características persistentes e por representarem um epiciclo geotecnogênico de grande importância, é cientificamente relevante que estes depósitos, que marcam a colonização do Planalto Ocidental Paulista, sejam reconhecidos como uma nova formação: a aloformação Andradina, cujos critérios de definição seguiram o Léxico Estratigráfico do Brasil. A denominação Andradina, além de representar a localidade que teve o primeiro depósito a ser estudado (em 1994), constitui um dos principais locais de referência das pesquisas pioneiras realizadas por Pierre Monbeig, nos anos de 1940, e onde é possível reconhecê-la como um estratótipo, que não é resultante de um evento fortuito ou localizado, mas representa um quadro geológico configurado no Antropoceno, como vem sendo definida a nova época do Quaternário pela Comissão Estratigráfica da IUGS, marcada pela ação da humanidade como agente geológico.
{"title":"Aloformação Andradina: expressão do Antropoceno no Planalto Ocidental Paulista","authors":"Antônio Manoel dos Santos Oliveira, J. P. Q. Neto","doi":"10.33958/REVIG.V40I1.630","DOIUrl":"https://doi.org/10.33958/REVIG.V40I1.630","url":null,"abstract":"O quadro geológico do Planalto Ocidental Paulista (220.000 km2) no estado de São Paulo é marcado pela ocorrência de depósitos sedimentares que assoreiam os fundos de vale de primeira e segunda ordem, resultantes de uma excessiva produção de sedimentos, com abrangência regional, num curto intervalo de poucas dezenas de anos. Estes sedimentos têm como origem a manifestação de intensos processos erosivos consequentes à devastação das florestas primitivas, realizada pelo processo de colonização de origem europeia no século XX. Os depósitos podem ser reconhecidos no campo pela alternância nos sedimentos de camadas mais argilosas e mais arenosas, contendo artefatos que constituem indicadores inequívocos de sua origem antrópica. Podem ser detectados em imagens de satélite e em fotografias aéreas que permitem, de uma parte, verificar a extensão de suas ocorrências nos fundos dos vales e, de outra parte, a sua dinâmica ao longo do tempo. Assim, constata-se que ocorrem em toda a rede de drenagem do Planalto Ocidental Paulista, apesar de individualmente ocuparem extensões relativamente reduzidas em cada berço de drenagem. Por apresentarem expressão regional de ocorrência, características persistentes e por representarem um epiciclo geotecnogênico de grande importância, é cientificamente relevante que estes depósitos, que marcam a colonização do Planalto Ocidental Paulista, sejam reconhecidos como uma nova formação: a aloformação Andradina, cujos critérios de definição seguiram o Léxico Estratigráfico do Brasil. A denominação Andradina, além de representar a localidade que teve o primeiro depósito a ser estudado (em 1994), constitui um dos principais locais de referência das pesquisas pioneiras realizadas por Pierre Monbeig, nos anos de 1940, e onde é possível reconhecê-la como um estratótipo, que não é resultante de um evento fortuito ou localizado, mas representa um quadro geológico configurado no Antropoceno, como vem sendo definida a nova época do Quaternário pela Comissão Estratigráfica da IUGS, marcada pela ação da humanidade como agente geológico.","PeriodicalId":52114,"journal":{"name":"Revista do Instituto Geologico","volume":"57 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-06-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84396120","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-06-26DOI: 10.33958/REVIG.V40I1.628
A. U. G. Peloggia, T. Cruz, William Fernandes de Queiroz
Este trabalho estuda a evolução pós-tecnogênica da paisagem (processos geomorfológicos e formação de biomas antropogênicos) em uma área de expansão urbana no município de Guarulhos (SP), denominada Parque Continental II. O processo de formação dos terrenos antropogênicos da área, ocorrido na década de 1990, estudado anteriormente por outros pesquisadores (assim como sua cobertura vegetal), insere-se num sistema tecnogênico de urbanização periférica que implicou processos de degradação (escavação) e agradação (aterramento e sedimentação induzida correlativa à erosão acelerada). A particularidade do caso estudado consiste em que o processo de urbanização propriamente dito (loteamento) não foi implementado, tendo os terrenos evoluído sem intervenções significativas após os distúrbios iniciais. Foram revisados e atualizados o mapeamento e a classificação desses terrenos artificiais, caracterizados os processos de evolução geomorfológica e verificadas as particularidades dos fenômenos de sucessão ecológica, de forma a caracterizar um sistema de sucessão tecnogênica, ou seja, um conjunto de comunidades ecológicas desenvolvidas em uma paisagem fortemente impactada pela agência geológica humana. Em função da relação entre tais comunidades (ou subsistemas de sucessão tecnogênica) e as características do substrato tecnogênico, foram classificadas e mapeadas áreas de tecnobiomas (ecossistemas formados por associações de espécies e novos substratos derivados da transformação da paisagem). Considera-se, em decorrência, a conveniência da preservação de tal área de diversidade tecnogênica e ecológica.
{"title":"Formação de novos biomas em terrenos tecnogênicos: estudo de caso de área de expansão urbana em Guarulhos (SP)","authors":"A. U. G. Peloggia, T. Cruz, William Fernandes de Queiroz","doi":"10.33958/REVIG.V40I1.628","DOIUrl":"https://doi.org/10.33958/REVIG.V40I1.628","url":null,"abstract":"Este trabalho estuda a evolução pós-tecnogênica da paisagem (processos geomorfológicos e formação de biomas antropogênicos) em uma área de expansão urbana no município de Guarulhos (SP), denominada Parque Continental II. O processo de formação dos terrenos antropogênicos da área, ocorrido na década de 1990, estudado anteriormente por outros pesquisadores (assim como sua cobertura vegetal), insere-se num sistema tecnogênico de urbanização periférica que implicou processos de degradação (escavação) e agradação (aterramento e sedimentação induzida correlativa à erosão acelerada). A particularidade do caso estudado consiste em que o processo de urbanização propriamente dito (loteamento) não foi implementado, tendo os terrenos evoluído sem intervenções significativas após os distúrbios iniciais. Foram revisados e atualizados o mapeamento e a classificação desses terrenos artificiais, caracterizados os processos de evolução geomorfológica e verificadas as particularidades dos fenômenos de sucessão ecológica, de forma a caracterizar um sistema de sucessão tecnogênica, ou seja, um conjunto de comunidades ecológicas desenvolvidas em uma paisagem fortemente impactada pela agência geológica humana. Em função da relação entre tais comunidades (ou subsistemas de sucessão tecnogênica) e as características do substrato tecnogênico, foram classificadas e mapeadas áreas de tecnobiomas (ecossistemas formados por associações de espécies e novos substratos derivados da transformação da paisagem). Considera-se, em decorrência, a conveniência da preservação de tal área de diversidade tecnogênica e ecológica.","PeriodicalId":52114,"journal":{"name":"Revista do Instituto Geologico","volume":"6 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-06-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82430591","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}