Pub Date : 2021-07-19DOI: 10.11606/ISSN.2176-8099.PCSO.2021.188462
C. Cunha
São inúmeras as investigações produzidas a partir dos anos 1990 cuja atenção recai sobre as mudanças identificadas no campo religioso brasileiro e suas repercussões em outras esferas da vida social. Neste artigo, retomo as formulações do memorável antropólogo Pierre Sanchis sobre “cultura popular urbana” com o objetivo de refletir, comparativamente, a respeito do crescimento pentecostal nas periferias a partir dos anos 2000. Este crescimento revelou composições entre referenciais culturais até então predominantes e novas formas de apropriação estética e gramatical com repercussões na sociabilidade, na economia e na política local e supralocal. Como base empírica das análises aqui propostas conto com entrevistas, dados e observações produzidos durante trabalho de campo realizado de modo intermitente em favelas cariocas, com ênfase na favela de Acari, além de dados de uma pesquisa realizada na Universidade Federal Fluminense mapeando templos religiosos na cidade do Rio de Janeiro.
{"title":"Cultura pentecostal em periferias cariocas: grafites e agenciamentos políticos nacionais","authors":"C. Cunha","doi":"10.11606/ISSN.2176-8099.PCSO.2021.188462","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2176-8099.PCSO.2021.188462","url":null,"abstract":"São inúmeras as investigações produzidas a partir dos anos 1990 cuja atenção recai sobre as mudanças identificadas no campo religioso brasileiro e suas repercussões em outras esferas da vida social. Neste artigo, retomo as formulações do memorável antropólogo Pierre Sanchis sobre “cultura popular urbana” com o objetivo de refletir, comparativamente, a respeito do crescimento pentecostal nas periferias a partir dos anos 2000. Este crescimento revelou composições entre referenciais culturais até então predominantes e novas formas de apropriação estética e gramatical com repercussões na sociabilidade, na economia e na política local e supralocal. Como base empírica das análises aqui propostas conto com entrevistas, dados e observações produzidos durante trabalho de campo realizado de modo intermitente em favelas cariocas, com ênfase na favela de Acari, além de dados de uma pesquisa realizada na Universidade Federal Fluminense mapeando templos religiosos na cidade do Rio de Janeiro.","PeriodicalId":55834,"journal":{"name":"Plural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41999702","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-19DOI: 10.11606/ISSN.2176-8099.PCSO.2021.188499
B. Carranza, Renan William dos Santos, L. Jácomo
Neste texto são apresentadas reflexões acerca das complexas relações entre religião e política no Brasil, especificamente na última década. A radicalização política tem sido a tônica da governabilidade institucional e da participação popular nas relações de poder, e nesse ínterim a dimensão religiosa tem se tornado cada vez mais saliente. Grupos religiosos estreitam relações entre conservadorismo político e cristianismo, deflagrando uma politização reativa que não se limita a acionar as moralidades religiosas como fiadoras da gestão da res publica, mas também recorrem a um amplo instrumental secular, composto de mecanismos jurídicos e legislativos. Após apresentação sobre a materialização desses fatores no cenário nacional contemporâneo, segue-se uma apreciação das análises e pesquisas que compõem o presente dossiê, o qual procura problematizar, à luz de interpretações sociológicas, a interação entre religião e política e suas consequências na realidade social brasileira.
{"title":"Dimensões religiosas da radicalização política no Brasil contemporâneo","authors":"B. Carranza, Renan William dos Santos, L. Jácomo","doi":"10.11606/ISSN.2176-8099.PCSO.2021.188499","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2176-8099.PCSO.2021.188499","url":null,"abstract":"Neste texto são apresentadas reflexões acerca das complexas relações entre religião e política no Brasil, especificamente na última década. A radicalização política tem sido a tônica da governabilidade institucional e da participação popular nas relações de poder, e nesse ínterim a dimensão religiosa tem se tornado cada vez mais saliente. Grupos religiosos estreitam relações entre conservadorismo político e cristianismo, deflagrando uma politização reativa que não se limita a acionar as moralidades religiosas como fiadoras da gestão da res publica, mas também recorrem a um amplo instrumental secular, composto de mecanismos jurídicos e legislativos. Após apresentação sobre a materialização desses fatores no cenário nacional contemporâneo, segue-se uma apreciação das análises e pesquisas que compõem o presente dossiê, o qual procura problematizar, à luz de interpretações sociológicas, a interação entre religião e política e suas consequências na realidade social brasileira.","PeriodicalId":55834,"journal":{"name":"Plural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47602038","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-19DOI: 10.11606/ISSN.2176-8099.PCSO.2021.179714
B. Weber
Este artigo trata de como a liberdade religiosa é apresentada no legislativo federal brasileiro, e está estruturado da seguinte maneira: primeiro, apresenta-se uma breve discussão conceitual sobre as categorias secularização e laicidade, compreendendo que ambas categorias se referem ao deslocamento do religioso na modernidade, mas traduzem movimentos distintos: secularização remete à “separação” entre Estado e religião, enquanto laicidade à participação das diversas perspectivas religiosas no espaço público – inclusive a ateia. Laicidade tornou-se um princípio constitucional através do instituto da liberdade de crença. Na sequência, é apresentada a análise qualitativa de 72 propostas de lei em tramitação no Congresso Nacional brasileiro que propõem regulamentar a pauta da liberdade religiosa. Conclui-se que tanto a separação entre Estado e religião quanto a participação religiosa no espaço público são acionadas pelos representantes eleitos em nome da liberdade de crença, porém especificamente sob o prisma axiológico cristão. Dessa forma, o pluralismo religioso, fundamental para a construção da laicidade e das liberdades religiosas, vem sendo posto em questão pela própria prática legislativa.
{"title":"Em nome do Laico, do Cisma, da Liberdade Religiosa, amém","authors":"B. Weber","doi":"10.11606/ISSN.2176-8099.PCSO.2021.179714","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2176-8099.PCSO.2021.179714","url":null,"abstract":"Este artigo trata de como a liberdade religiosa é apresentada no legislativo federal brasileiro, e está estruturado da seguinte maneira: primeiro, apresenta-se uma breve discussão conceitual sobre as categorias secularização e laicidade, compreendendo que ambas categorias se referem ao deslocamento do religioso na modernidade, mas traduzem movimentos distintos: secularização remete à “separação” entre Estado e religião, enquanto laicidade à participação das diversas perspectivas religiosas no espaço público – inclusive a ateia. Laicidade tornou-se um princípio constitucional através do instituto da liberdade de crença. Na sequência, é apresentada a análise qualitativa de 72 propostas de lei em tramitação no Congresso Nacional brasileiro que propõem regulamentar a pauta da liberdade religiosa. Conclui-se que tanto a separação entre Estado e religião quanto a participação religiosa no espaço público são acionadas pelos representantes eleitos em nome da liberdade de crença, porém especificamente sob o prisma axiológico cristão. Dessa forma, o pluralismo religioso, fundamental para a construção da laicidade e das liberdades religiosas, vem sendo posto em questão pela própria prática legislativa.","PeriodicalId":55834,"journal":{"name":"Plural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43373956","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-19DOI: 10.11606/ISSN.2176-8099.PCSO.2021.176957
Jordana de Moraes Neves, Rafael de Oliveira Wachholz
O presente artigo apresenta uma análise da relação entre religião e esfera pública no Brasil contemporâneo. Para isso, observa-se a influência da filiação religiosa de Damares Alves na agenda do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos por ela comandado, contextualizando-a como expoente de uma ascendente Direita Cristã na política nacional. O texto é metodologicamente baseado na averiguação documental de oito discursos proferidos pela ministra enquanto representante do Brasil na ONU, coletados via Lei de Acesso à Informação. Problematiza-se de que maneira os valores religiosos da ministra se relacionam com os constrangimentos de uma esfera social pautada por regras laicas e seculares. Conclui-se que uma possível defesa de valores religiosos de Damares é constrangida pela institucionalidade do cargo e da instância de debate, ainda que seja possível vislumbrar a influência de seu posicionamento religioso em algumas posições sustentadas em seus discursos.
{"title":"A influência da religião na atuação de Damares Alves na Organização das Nações Unidas (ONU)","authors":"Jordana de Moraes Neves, Rafael de Oliveira Wachholz","doi":"10.11606/ISSN.2176-8099.PCSO.2021.176957","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2176-8099.PCSO.2021.176957","url":null,"abstract":"O presente artigo apresenta uma análise da relação entre religião e esfera pública no Brasil contemporâneo. Para isso, observa-se a influência da filiação religiosa de Damares Alves na agenda do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos por ela comandado, contextualizando-a como expoente de uma ascendente Direita Cristã na política nacional. O texto é metodologicamente baseado na averiguação documental de oito discursos proferidos pela ministra enquanto representante do Brasil na ONU, coletados via Lei de Acesso à Informação. Problematiza-se de que maneira os valores religiosos da ministra se relacionam com os constrangimentos de uma esfera social pautada por regras laicas e seculares. Conclui-se que uma possível defesa de valores religiosos de Damares é constrangida pela institucionalidade do cargo e da instância de debate, ainda que seja possível vislumbrar a influência de seu posicionamento religioso em algumas posições sustentadas em seus discursos.","PeriodicalId":55834,"journal":{"name":"Plural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42945975","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-07-19DOI: 10.11606/ISSN.2176-8099.PCSO.2021.176937
Valdevino José dos Santos Júnior
As religiões de matriz africana sempre encontraram dificuldades de manifestação no território brasileiro e os seus praticantes passaram a sofrer com múltiplas adversidades, como a intolerância religiosa e a proibição-criminalização de liturgias em Unidades de Conservação (UC). Atualmente, com a nova institucionalidade político-econômico-religiosa de extrema direita brasileira, as adversidades podem estar sendo efervescidas, gerando ameaças aos afrorreligiosos. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo verificar se as religiões de matriz africana se encontram em risco e/ou limitação de manifestação litúrgica em UC. Verificou-se que a nova institucionalidade brasileira, tal como se caracteriza, é uma geradora de riscos socioambientais e religiosos e tem limitado e colocado, sob risco de perda, os direitos de manifestações afrorreligiosas, a partilha e a liberdade religiosa em UC. A partir disso, o pensar em serviços ecossistêmicos culturais em UC, como aqueles que trazem benefícios religiosos e espirituais às pessoas, pode contribuir para a construção de políticas públicas democráticas, partilhando o meio ambiente sem restrições, respeitando a visão de uma população geralmente excluída, valorizando tradições, garantindo liberdade religiosa e desenvolvimento sustentável e humano com liberdade.
{"title":"A nova institucionalidade brasileira e os riscos às práticas afrorreligiosas","authors":"Valdevino José dos Santos Júnior","doi":"10.11606/ISSN.2176-8099.PCSO.2021.176937","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/ISSN.2176-8099.PCSO.2021.176937","url":null,"abstract":"As religiões de matriz africana sempre encontraram dificuldades de manifestação no território brasileiro e os seus praticantes passaram a sofrer com múltiplas adversidades, como a intolerância religiosa e a proibição-criminalização de liturgias em Unidades de Conservação (UC). Atualmente, com a nova institucionalidade político-econômico-religiosa de extrema direita brasileira, as adversidades podem estar sendo efervescidas, gerando ameaças aos afrorreligiosos. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo verificar se as religiões de matriz africana se encontram em risco e/ou limitação de manifestação litúrgica em UC. Verificou-se que a nova institucionalidade brasileira, tal como se caracteriza, é uma geradora de riscos socioambientais e religiosos e tem limitado e colocado, sob risco de perda, os direitos de manifestações afrorreligiosas, a partilha e a liberdade religiosa em UC. A partir disso, o pensar em serviços ecossistêmicos culturais em UC, como aqueles que trazem benefícios religiosos e espirituais às pessoas, pode contribuir para a construção de políticas públicas democráticas, partilhando o meio ambiente sem restrições, respeitando a visão de uma população geralmente excluída, valorizando tradições, garantindo liberdade religiosa e desenvolvimento sustentável e humano com liberdade.","PeriodicalId":55834,"journal":{"name":"Plural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43574628","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-22DOI: 10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.179834
I. Travancas, Jacques Mick, Alexandre Bergamo, P. Serra
Entrevista com Isabel Travancas
Isabel Travancas访谈
{"title":"Entrevista com Isabel Travancas","authors":"I. Travancas, Jacques Mick, Alexandre Bergamo, P. Serra","doi":"10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.179834","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.179834","url":null,"abstract":"Entrevista com Isabel Travancas","PeriodicalId":55834,"journal":{"name":"Plural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49661097","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-22DOI: 10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.179833
P. Serra, Alexandre Bergamo
Apresentação do Dossiê Sociologia do Jornalismo: por uma agenda de pesquisa: por uma agenda de pesquisa.
新闻社会学档案的呈现:研究议程:研究议程。
{"title":"Apresentação do dossiê Sociologia do Jornalismo","authors":"P. Serra, Alexandre Bergamo","doi":"10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.179833","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.179833","url":null,"abstract":"Apresentação do Dossiê Sociologia do Jornalismo: por uma agenda de pesquisa: por uma agenda de pesquisa.","PeriodicalId":55834,"journal":{"name":"Plural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42734078","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-22DOI: 10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.167086
Anne-Marie Thiesse, Weslei Estradiote Rodrigues, P. Pires
Tradução de Thiesse, Anne-Marie. “Rôles de la presse dans la formation des identités nationales”
泰斯的翻译,安妮·玛丽。“新闻界在塑造国家身份方面的作用”
{"title":"Papéis da imprensa na formação das identidades nacionais","authors":"Anne-Marie Thiesse, Weslei Estradiote Rodrigues, P. Pires","doi":"10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.167086","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.167086","url":null,"abstract":"Tradução de Thiesse, Anne-Marie. “Rôles de la presse dans la formation des identités nationales”","PeriodicalId":55834,"journal":{"name":"Plural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43112015","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-22DOI: 10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.172247
C. Guebert
Este artigo resultou de uma pesquisa qualitativa sobre as publicações de periódicos em torno do concurso infantil de desenhos “Como vê você Paris Libertada?”, organizado em 1945 por Beatrix Reynal a partir do Rio de Janeiro. A iniciativa privada, lançada por meio de veículos dos Diários Associados, envolveu cerca de seis mil crianças e foi acolhida pelo Ministério da Educação. Compreendendo a memória individual e coletiva em inter-relação e transformando os periódicos em fontes históricas das práticas culturais que as constituem, é possível mapear traços do processo de comunicação de uma memória celebrativa da Resistência Francesa e da Libertação de Paris em formação naquele momento. Problematiza-se essa memória, também como um investimento social e um recurso de distinção no meio das elites, relacionado à persona Beatrix Reynal. Trata-se da configuração de um enquadramento memorial gaullista, ligado às políticas diplomáticas e à importância atribuída pelo público de artistas e intelectuais brasileiros ao legado cultural francês, apostando na reconversão do passado recente perante as crises geradas pela guerra.
{"title":"“Como Vê Você Paris Libertada?”","authors":"C. Guebert","doi":"10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.172247","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.172247","url":null,"abstract":"Este artigo resultou de uma pesquisa qualitativa sobre as publicações de periódicos em torno do concurso infantil de desenhos “Como vê você Paris Libertada?”, organizado em 1945 por Beatrix Reynal a partir do Rio de Janeiro. A iniciativa privada, lançada por meio de veículos dos Diários Associados, envolveu cerca de seis mil crianças e foi acolhida pelo Ministério da Educação. Compreendendo a memória individual e coletiva em inter-relação e transformando os periódicos em fontes históricas das práticas culturais que as constituem, é possível mapear traços do processo de comunicação de uma memória celebrativa da Resistência Francesa e da Libertação de Paris em formação naquele momento. Problematiza-se essa memória, também como um investimento social e um recurso de distinção no meio das elites, relacionado à persona Beatrix Reynal. Trata-se da configuração de um enquadramento memorial gaullista, ligado às políticas diplomáticas e à importância atribuída pelo público de artistas e intelectuais brasileiros ao legado cultural francês, apostando na reconversão do passado recente perante as crises geradas pela guerra.","PeriodicalId":55834,"journal":{"name":"Plural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49275156","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-22DOI: 10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.169591
Alex Niche Teixeira, E. Fernandes, Marcelo Kunrath Silva
O tema deste artigo são as disputas travadas por veículos midiáticos na cobertura a ações de movimentos sociais. Busca-se, empiricamente, identificar os enquadramentos interpretativos construídos por três jornais (Zero Hora, Diário Gaúcho e Sul21) sobre o ciclo de protestos de 2013, em Porto Alegre/RS. Metodologicamente, foi construído um banco de dados com todas as publicações de cada jornal, na cobertura ao ciclo de manifestações, bem como foram entrevistados(as) jornalistas responsáveis pela produção do conteúdo dessas publicações. A partir da análise de dados, formulou-se uma tipologia dos enquadramentos interpretativos adotados em diferentes momentos do ano. A análise cronológica denotou disputas entre esses diferentes modelos de cobertura, com a constituição de um “campo de batalha” interpretativo. Conclusivamente, (a) afirma-se a necessidade de estudos que identifiquem o enquadramento midiático como processo interativo e (b) questiona-se a parcela da teoria que assume que os enquadramentos midiáticos teriam necessariamente uma valoração “negativa” em relação ao ativismo.
{"title":"Enquadrando eventos de protesto","authors":"Alex Niche Teixeira, E. Fernandes, Marcelo Kunrath Silva","doi":"10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.169591","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2176-8099.pcso.2020.169591","url":null,"abstract":"O tema deste artigo são as disputas travadas por veículos midiáticos na cobertura a ações de movimentos sociais. Busca-se, empiricamente, identificar os enquadramentos interpretativos construídos por três jornais (Zero Hora, Diário Gaúcho e Sul21) sobre o ciclo de protestos de 2013, em Porto Alegre/RS. Metodologicamente, foi construído um banco de dados com todas as publicações de cada jornal, na cobertura ao ciclo de manifestações, bem como foram entrevistados(as) jornalistas responsáveis pela produção do conteúdo dessas publicações. A partir da análise de dados, formulou-se uma tipologia dos enquadramentos interpretativos adotados em diferentes momentos do ano. A análise cronológica denotou disputas entre esses diferentes modelos de cobertura, com a constituição de um “campo de batalha” interpretativo. Conclusivamente, (a) afirma-se a necessidade de estudos que identifiquem o enquadramento midiático como processo interativo e (b) questiona-se a parcela da teoria que assume que os enquadramentos midiáticos teriam necessariamente uma valoração “negativa” em relação ao ativismo.","PeriodicalId":55834,"journal":{"name":"Plural","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45765011","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}