Pub Date : 2019-03-28DOI: 10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_110-121
Aleksei Zolnerkevic
O tema de estudo que trata da influência da geografia nas eleições, mais especificamente da influência do contexto social ou “lugar” onde o eleitor vive, é pouco explorado pela literatura geográfica brasileira. O artigo apresenta as principais teorias sobre esse tema na literatura anglo-saxônica, buscando demostrar como o desenvolvimento das pesquisas nessa área no Brasil pode fazer com que a geografia alcance uma posição de maior destaque dentro dos estudos eleitorais. Por fim, apresentamos o resultado de uma pesquisa de survey na cidade de São Paulo, onde encontramos evidências da influência do contexto social de vizinhança no comportamento eleitoral.
{"title":"A influência da geografia no comportamento eleitoral: contexto social de vizinhança","authors":"Aleksei Zolnerkevic","doi":"10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_110-121","DOIUrl":"https://doi.org/10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_110-121","url":null,"abstract":"O tema de estudo que trata da influência da geografia nas eleições, mais especificamente da influência do contexto social ou “lugar” onde o eleitor vive, é pouco explorado pela literatura geográfica brasileira. O artigo apresenta as principais teorias sobre esse tema na literatura anglo-saxônica, buscando demostrar como o desenvolvimento das pesquisas nessa área no Brasil pode fazer com que a geografia alcance uma posição de maior destaque dentro dos estudos eleitorais. Por fim, apresentamos o resultado de uma pesquisa de survey na cidade de São Paulo, onde encontramos evidências da influência do contexto social de vizinhança no comportamento eleitoral.","PeriodicalId":85416,"journal":{"name":"Revista brasileira de geografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46357577","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-28DOI: 10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_85-97
P. Aguiar
Nos últimos anos os fluxos de imigrantes entre a Bolívia e o Brasil cresceram, isso fez com que houvesse mudanças nas dinâmicas do mercado de trabalho dos países. Essas mudanças impactariam de forma diferenciada dentro da Zona de Fronteira entre os países, já que existiria uma tendência para que esse fluxo estivesse muito presente na região. Sendo assim, essa pesquisa teve como objetivo analisar a dinâmica do mercado de trabalho na Zona de Fronteira entre Brasil e Bolívia, observando a migração da população boliviana e as atividades exercidas por esses migrantes. Para isso foram coletados dados relativos a entrada e registros dos migrantes, setores de atividade de trabalho e tipo de trabalho formal e informal dos bolivianos no Brasil.
{"title":"A fronteira como espaço de trabalho: o mercado de trabalho no contexto das regiões de fronteira de Brasil e Bolívia","authors":"P. Aguiar","doi":"10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_85-97","DOIUrl":"https://doi.org/10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_85-97","url":null,"abstract":"Nos últimos anos os fluxos de imigrantes entre a Bolívia e o Brasil cresceram, isso fez com que houvesse mudanças nas dinâmicas do mercado de trabalho dos países. Essas mudanças impactariam de forma diferenciada dentro da Zona de Fronteira entre os países, já que existiria uma tendência para que esse fluxo estivesse muito presente na região. Sendo assim, essa pesquisa teve como objetivo analisar a dinâmica do mercado de trabalho na Zona de Fronteira entre Brasil e Bolívia, observando a migração da população boliviana e as atividades exercidas por esses migrantes. Para isso foram coletados dados relativos a entrada e registros dos migrantes, setores de atividade de trabalho e tipo de trabalho formal e informal dos bolivianos no Brasil.","PeriodicalId":85416,"journal":{"name":"Revista brasileira de geografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48651603","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-28DOI: 10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_64-84
M. Mondardo
No estado do Mato Grosso do Sul, na faixa de fronteira do Brasil com o Paraguai, em relação à condição humana dos povos indígenas, existe um Estado de exceção declarado. Muitos direitos consuetudinário-constitucionais são negados, como os direitos territoriais e humanos. Devido aos processos de demarcação e ao movimento de autodemarcação das terras indígenas, esses grupos étnicos vivenciam a condição de insegurança social ao se tornarem alvos de violência, de assassinatos, suicídios e genocídios. Se os conflitos e confrontos colocam em xeque ainda mais a “vida nua” e a condição de exceção desses povos, as ações de retomadas de tekoha são a possibilidade concreta do devir indígena no estado.
{"title":"Fronteira, conflitos e Estado de exceção","authors":"M. Mondardo","doi":"10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_64-84","DOIUrl":"https://doi.org/10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_64-84","url":null,"abstract":"No estado do Mato Grosso do Sul, na faixa de fronteira do Brasil com o Paraguai, em relação à condição humana dos povos indígenas, existe um Estado de exceção declarado. Muitos direitos consuetudinário-constitucionais são negados, como os direitos territoriais e humanos. Devido aos processos de demarcação e ao movimento de autodemarcação das terras indígenas, esses grupos étnicos vivenciam a condição de insegurança social ao se tornarem alvos de violência, de assassinatos, suicídios e genocídios. Se os conflitos e confrontos colocam em xeque ainda mais a “vida nua” e a condição de exceção desses povos, as ações de retomadas de tekoha são a possibilidade concreta do devir indígena no estado.","PeriodicalId":85416,"journal":{"name":"Revista brasileira de geografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42510514","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-28DOI: 10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_24-37
Igor Venceslau
Este trabalho tem o objetivo de revelar como a capilaridade de agências postais no território brasileiro e o serviço de logística dos Correios se tornaram fundamentais para a execução de políticas públicas. Sustenta-se a ideia do correio como um braço logístico do Estado, atualizando a sua relevância como um serviço público. A partir da instalação de fixos geográficos em todos os municípios, os Correios agem como um braço logístico do Estado. Dentre essas políticas públicas, destacam-se: o planejamento e ordenamento territorial urbano, o Banco Postal, a distribuição de vacinas, a distribuição de livros didáticos e logística dos materiais dos exames nacionais de educação, a emissão de documentos, a distribuição de donativos. Por fim, evocou-se a ideia de modelo cívico do território para problematizar a relação entre Estado, logística e cidadania na contemporaneidade.
{"title":"O Correio como braço logístico do Estado: a execução de políticas públicas por meio da rede de agências postais no território brasileiro","authors":"Igor Venceslau","doi":"10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_24-37","DOIUrl":"https://doi.org/10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_24-37","url":null,"abstract":"Este trabalho tem o objetivo de revelar como a capilaridade de agências postais no território brasileiro e o serviço de logística dos Correios se tornaram fundamentais para a execução de políticas públicas. Sustenta-se a ideia do correio como um braço logístico do Estado, atualizando a sua relevância como um serviço público. A partir da instalação de fixos geográficos em todos os municípios, os Correios agem como um braço logístico do Estado. Dentre essas políticas públicas, destacam-se: o planejamento e ordenamento territorial urbano, o Banco Postal, a distribuição de vacinas, a distribuição de livros didáticos e logística dos materiais dos exames nacionais de educação, a emissão de documentos, a distribuição de donativos. Por fim, evocou-se a ideia de modelo cívico do território para problematizar a relação entre Estado, logística e cidadania na contemporaneidade.","PeriodicalId":85416,"journal":{"name":"Revista brasileira de geografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42562000","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-28DOI: 10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_52-63
Rodolfo Quiróz
A partir das profundas transformações econômicas e das mudanças institucionais acontecidas no Chile entre 1973-1990, se reflete sobre o caráter geopolítico do processo de regionalização territorial efetuada pelo regime autoritário. Se discutem os sentidos políticos e geopolíticos da regionalização como parte do projeto hegemônico do regime, no qual a regionalização cumpre uma função fundamentalmente política-social, projetando a lógica de poder do Estado-territorial. Longe de uma geopolítica tradicional associada às tarefas estritamente militares, se analisa a regionalização em termos de verticalidade, persistência institucional e vigilância política. Se enfatiza assim que ditos elementos marcam um tipo de estratégia geopolítica e uma regionalização política que, em consonância às novas transformações econômicas do período, são também funcionais a um princípio da geopolítica clássica: o Estado acima da sociedade.
{"title":"Política y geopolítica en el proceso de regionalización del regimen autoritario chileno (1973-1990)","authors":"Rodolfo Quiróz","doi":"10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_52-63","DOIUrl":"https://doi.org/10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_52-63","url":null,"abstract":"A partir das profundas transformações econômicas e das mudanças institucionais acontecidas no Chile entre 1973-1990, se reflete sobre o caráter geopolítico do processo de regionalização territorial efetuada pelo regime autoritário. Se discutem os sentidos políticos e geopolíticos da regionalização como parte do projeto hegemônico do regime, no qual a regionalização cumpre uma função fundamentalmente política-social, projetando a lógica de poder do Estado-territorial. Longe de uma geopolítica tradicional associada às tarefas estritamente militares, se analisa a regionalização em termos de verticalidade, persistência institucional e vigilância política. Se enfatiza assim que ditos elementos marcam um tipo de estratégia geopolítica e uma regionalização política que, em consonância às novas transformações econômicas do período, são também funcionais a um princípio da geopolítica clássica: o Estado acima da sociedade.","PeriodicalId":85416,"journal":{"name":"Revista brasileira de geografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47513418","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-28DOI: 10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_10-23
C. Vitte
Esta pesquisa enfocou o Acordo Estratégico Transpacífico (TPP/TPP-11), a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (Alba) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), considerando a institucionalidade de cada organização e suas caracterizações. Na metodologia de pesquisa foi feito um balanço preliminar da literatura sobre organizações regionais e sobre os casos específicos, em tentativa de correlacioná-las entre si, observando semelhanças e diferenças. Como resultados, verificamos que a arquitetura regional latino-americana é complexa e o regionalismo latino-americano não vive seu melhor momento. Com crise econômica, os processos de integração regional na América Latina refluem. O cenário político mais instável na região também dificulta a integração regional.
{"title":"América Latina: uma integração regional agônica? A institucionalidade da integração regional E alguns de seus principais desafios","authors":"C. Vitte","doi":"10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_10-23","DOIUrl":"https://doi.org/10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_10-23","url":null,"abstract":"Esta pesquisa enfocou o Acordo Estratégico Transpacífico (TPP/TPP-11), a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (Alba) e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), considerando a institucionalidade de cada organização e suas caracterizações. Na metodologia de pesquisa foi feito um balanço preliminar da literatura sobre organizações regionais e sobre os casos específicos, em tentativa de correlacioná-las entre si, observando semelhanças e diferenças. Como resultados, verificamos que a arquitetura regional latino-americana é complexa e o regionalismo latino-americano não vive seu melhor momento. Com crise econômica, os processos de integração regional na América Latina refluem. O cenário político mais instável na região também dificulta a integração regional.","PeriodicalId":85416,"journal":{"name":"Revista brasileira de geografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42950070","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-28DOI: 10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_98-109
Antônio Gomes de Resende Neto
A história da Internet, no Brasil e no mundo, é indissociável da história da comunidade científica. Neste sentido, ao se pensar a integração informacional do território brasileiro com o exterior, é imprescindível ter em mente tanto o papel desempenhado pelas redes acadêmicas, quanto a importância de infraestruturas como cabos (sobretudo submarinos) de fibra ótica neste processo. Assim, o presente trabalho busca compreender a construção da integração informacional das redes acadêmicas brasileiras com as Américas e a África, tendo como base a articulação entre seus aspectos técnicos e políticos.
{"title":"As redes acadêmicas e a integração informacional do Brasil com as Américas e a África","authors":"Antônio Gomes de Resende Neto","doi":"10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_98-109","DOIUrl":"https://doi.org/10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_98-109","url":null,"abstract":"A história da Internet, no Brasil e no mundo, é indissociável da história da comunidade científica. Neste sentido, ao se pensar a integração informacional do território brasileiro com o exterior, é imprescindível ter em mente tanto o papel desempenhado pelas redes acadêmicas, quanto a importância de infraestruturas como cabos (sobretudo submarinos) de fibra ótica neste processo. Assim, o presente trabalho busca compreender a construção da integração informacional das redes acadêmicas brasileiras com as Américas e a África, tendo como base a articulação entre seus aspectos técnicos e políticos.","PeriodicalId":85416,"journal":{"name":"Revista brasileira de geografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44669125","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-22DOI: 10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_122-140
Cibele Oliveira Lima, J. Bonetti
Tendo em vista a intensificação dos efeitos dos eventos extremos nas zonas costeiras do Brasil, particularmente na Região Sul, são oportunos estudos que considerem a vulnerabilidade social das populações locais de forma a entender como estas podem ser mais ou menos afetadas por esses eventos. Neste sentido, diferentes estratégias para a caracterização da população sob risco e sua vulnerabilidade, tendo por base o uso de dados de censos demográficos, têm sido propostas por diversos autores, sobretudo ao longo das duas últimas décadas. Todavia, no país ainda é pequeno o debate relativo à seleção dos descritores mais efetivos e à representatividade espacial das amostragens censitárias disponíveis. Esse artigo tem por objetivo avaliar as limitações do uso de variáveis censitárias, através do desenvolvimento de uma metodologia capaz de ajustar o recorte espacial dos setores censitários do IBGE às áreas costeiras expostas a eventos extremos. Os resultados obtidos ilustram a importância de se realizar ajustes prévios quando da utilização dos setores censitários para estudos de vulnerabilidade social costeira.
{"title":"Proposta metodológica para adequação das informações do Censo Demográfico do IBGE na análise da vulnerabilidade social a eventos extremos na zona costeira","authors":"Cibele Oliveira Lima, J. Bonetti","doi":"10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_122-140","DOIUrl":"https://doi.org/10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N2_122-140","url":null,"abstract":"Tendo em vista a intensificação dos efeitos dos eventos extremos nas zonas costeiras do Brasil, particularmente na Região Sul, são oportunos estudos que considerem a vulnerabilidade social das populações locais de forma a entender como estas podem ser mais ou menos afetadas por esses eventos. Neste sentido, diferentes estratégias para a caracterização da população sob risco e sua vulnerabilidade, tendo por base o uso de dados de censos demográficos, têm sido propostas por diversos autores, sobretudo ao longo das duas últimas décadas. Todavia, no país ainda é pequeno o debate relativo à seleção dos descritores mais efetivos e à representatividade espacial das amostragens censitárias disponíveis. Esse artigo tem por objetivo avaliar as limitações do uso de variáveis censitárias, através do desenvolvimento de uma metodologia capaz de ajustar o recorte espacial dos setores censitários do IBGE às áreas costeiras expostas a eventos extremos. Os resultados obtidos ilustram a importância de se realizar ajustes prévios quando da utilização dos setores censitários para estudos de vulnerabilidade social costeira.","PeriodicalId":85416,"journal":{"name":"Revista brasileira de geografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43679829","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-30DOI: 10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N1_P129-155
Rodrigo De Mendonça, Carla Gheler Costa
O Cerrado é um dos maiores biomas brasileiros e uma das savanas mais ricas e ameaçadas do mundo, e no estado de São Paulo cobria originalmente cerca de 14% do território estadual em um domínio que chegava a 33%. Uma avaliação histórica mostra que de 1962 a 2001 foram perdidos 88,5% do Cerrado paulista, correspondendo a cerca de 1.625.229 hectares de vegetação. As unidades de conservação (UC) detêm apenas 0,51% do Cerrado original do estado, sendo as UCs uma estratégia relevante e urgente para manutenção da biodiversidade deste bioma no estado. Neste sentido foi realizado uma análise crítica da situação do bioma em São Paulo, das políticas públicas existentes e da representatividade das unidades de conservação existentes. Recomenda-se desta forma urgência ao poder público na definição de estratégias de conservação.
{"title":"O negligenciado Cerrado paulista","authors":"Rodrigo De Mendonça, Carla Gheler Costa","doi":"10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N1_P129-155","DOIUrl":"https://doi.org/10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N1_P129-155","url":null,"abstract":"O Cerrado é um dos maiores biomas brasileiros e uma das savanas mais ricas e ameaçadas do mundo, e no estado de São Paulo cobria originalmente cerca de 14% do território estadual em um domínio que chegava a 33%. Uma avaliação histórica mostra que de 1962 a 2001 foram perdidos 88,5% do Cerrado paulista, correspondendo a cerca de 1.625.229 hectares de vegetação. As unidades de conservação (UC) detêm apenas 0,51% do Cerrado original do estado, sendo as UCs uma estratégia relevante e urgente para manutenção da biodiversidade deste bioma no estado. Neste sentido foi realizado uma análise crítica da situação do bioma em São Paulo, das políticas públicas existentes e da representatividade das unidades de conservação existentes. Recomenda-se desta forma urgência ao poder público na definição de estratégias de conservação.","PeriodicalId":85416,"journal":{"name":"Revista brasileira de geografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48135688","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-08-30DOI: 10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N1_P73-97
F. Lins-de-Barros, K. L. Mansur
O presente trabalho propõe apontar os principais desafios para a gestão costeira da Região dos Lagos (RJ) tendo como conceitos norteadores a vulnerabilidade costeira integrada e os serviços ecossistêmicos da geodiversidade. Através dessa abordagem, foi possível identificar e destacar os principais problemas da zona costeira da região, em especial a erosão costeira e os efeitos das ressacas, a pressão urbana e turística nos ecossistemas costeiros, a fragilidade econômica dos municípios, e as ameaças à geodiversidade. Espera-se, com a análise espacial desses problemas, contribuir para a melhor gestão costeira integrada e para a conservação ambiental da região.
{"title":"Desafios da gestão costeira integrada da Região dos Lagos (RJ): uma análise baseada na vulnerabilidade costeira e nos serviços ecossistêmicos da geodiversidade","authors":"F. Lins-de-Barros, K. L. Mansur","doi":"10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N1_P73-97","DOIUrl":"https://doi.org/10.21579/ISSN.2526-0375_2018_N1_P73-97","url":null,"abstract":"O presente trabalho propõe apontar os principais desafios para a gestão costeira da Região dos Lagos (RJ) tendo como conceitos norteadores a vulnerabilidade costeira integrada e os serviços ecossistêmicos da geodiversidade. Através dessa abordagem, foi possível identificar e destacar os principais problemas da zona costeira da região, em especial a erosão costeira e os efeitos das ressacas, a pressão urbana e turística nos ecossistemas costeiros, a fragilidade econômica dos municípios, e as ameaças à geodiversidade. Espera-se, com a análise espacial desses problemas, contribuir para a melhor gestão costeira integrada e para a conservação ambiental da região.","PeriodicalId":85416,"journal":{"name":"Revista brasileira de geografia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47212949","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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