Introdução: a Hepatite C é uma doença infectocontagiosa transmitida pelo vírus HCV. Algumas complicações podem ser correlacionadas com essa infecção, entre estas há prevalência da Diabetes Mellitus tipo 2 como uma forma extra-hepática. Apesar de o mecanismo não ser completamente conhecido este tipo de diabetes pode se apresentar como uma forma crônica da infecção, pois o vírus HCV pode atuar como um fator importante na instalação desta complicação em indivíduos que apresentam fatores de risco. Objetivos: o presente resumo tem como objetivo apresentar a comunidade acadêmica a correlação da doença infecciosa HCV com a manifestação clinica da Diabete Mellitus do tipo 2. Metodologia: este estudo foi realizado por meio de revisão bibliográfica utilizando artigos científicos publicados nas seguintes plataformas PubMed, Scielo, Google Acadêmico, entre outras, foram empregados os seguintes termos: Hepatite C, Hepatite C e Diabetes, Hepatite C e resistência a insulina. Resultados: estudos demonstraram uma taxa maior de portadores de hepatite C no grupo de pacientes que apresentavam diabetes do tipo 2 em relação aos que apresentavam diabetes do tipo 1, sendo respectivamente 2% de infectados para 0%. Em comparação a pacientes não diabéticos o resultado foi de 0,65%, demonstrando assim uma maior prevalência da hepatite C em pacientes que apresentam a diabetes do tipo 2. Sendo que após o tratamento do HCV ocorre uma forte redução da incidência da DM2. Outros estudos não revelam diferença significativa na infecção nos grupo de diabéticos e não diabéticos, tendo demonstrado percentual de 1,4% de infectados no grupo de diabéticos e 1% no grupo de não diabéticos. O HCV gera diversos distúrbios metabólicos que quando combinados com fatores externos podem agravar os mecanismos de resistência a insulina em pacientes predispostos, levando possivelmente ao desenvolvimento da DM2. Conclusão: embora o mecanismo não seja totalmente conhecido, observa-se que a infecção por esse vírus pode contribuir para o surgimento da doença diabética, isso em indivíduos que possuem predisposição ou presença de outros fatores como obesidade e sedentarismo.
{"title":"HEPATITE C E DIABETES MELLITUS: UMA BREVE REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Leticia Auda Scislowski, M. L. Mendes, P. Xavier","doi":"10.51161/conalab/7676","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/7676","url":null,"abstract":"Introdução: a Hepatite C é uma doença infectocontagiosa transmitida pelo vírus HCV. Algumas complicações podem ser correlacionadas com essa infecção, entre estas há prevalência da Diabetes Mellitus tipo 2 como uma forma extra-hepática. Apesar de o mecanismo não ser completamente conhecido este tipo de diabetes pode se apresentar como uma forma crônica da infecção, pois o vírus HCV pode atuar como um fator importante na instalação desta complicação em indivíduos que apresentam fatores de risco. Objetivos: o presente resumo tem como objetivo apresentar a comunidade acadêmica a correlação da doença infecciosa HCV com a manifestação clinica da Diabete Mellitus do tipo 2. Metodologia: este estudo foi realizado por meio de revisão bibliográfica utilizando artigos científicos publicados nas seguintes plataformas PubMed, Scielo, Google Acadêmico, entre outras, foram empregados os seguintes termos: Hepatite C, Hepatite C e Diabetes, Hepatite C e resistência a insulina. Resultados: estudos demonstraram uma taxa maior de portadores de hepatite C no grupo de pacientes que apresentavam diabetes do tipo 2 em relação aos que apresentavam diabetes do tipo 1, sendo respectivamente 2% de infectados para 0%. Em comparação a pacientes não diabéticos o resultado foi de 0,65%, demonstrando assim uma maior prevalência da hepatite C em pacientes que apresentam a diabetes do tipo 2. Sendo que após o tratamento do HCV ocorre uma forte redução da incidência da DM2. Outros estudos não revelam diferença significativa na infecção nos grupo de diabéticos e não diabéticos, tendo demonstrado percentual de 1,4% de infectados no grupo de diabéticos e 1% no grupo de não diabéticos. O HCV gera diversos distúrbios metabólicos que quando combinados com fatores externos podem agravar os mecanismos de resistência a insulina em pacientes predispostos, levando possivelmente ao desenvolvimento da DM2. Conclusão: embora o mecanismo não seja totalmente conhecido, observa-se que a infecção por esse vírus pode contribuir para o surgimento da doença diabética, isso em indivíduos que possuem predisposição ou presença de outros fatores como obesidade e sedentarismo.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123516467","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Edna Olímpia da Cunha, Fernanda Verdini Guimarães Abreu, R. Heinen
Introdução: Os glicocorticoides são anti-inflamatórios esteroidais que são utilizados em episódios agudos de inflamação e em doenças autoimunes, com o intuito de reduzir a resposta imunológica. O uso desta classe de medicamentos está relacionado a uma série de alterações metabólicas no organismo, podendo interferir nos níveis de glicose, lipídios e eletrólitos no sangue e na urina, deste modo, eles podem provocar alterações durante a realização de exames bioquímicos. Objetivos: Este trabalho apresentou como objetivo a realização de uma revisão bibliográfica sobre os possíveis erros em resultados de exames laboratoriais mediante ao uso de glicocorticoides pelo paciente. Metodologia: Este é um estudo de revisão bibliográfica, onde foram utilizados sites de busca, como PUBMED e SCIELO, através das palavras-chave: glicocorticoides, efeitos adversos dos glicocorticoides, alterações bioquímicas provocadas por glicocorticoides. Resultados: Mediante ao apanhado de informações obtidas neste estudo, foi possível observar que uso de glicocorticoides pode promover alteração no quantitativo de células sanguíneas como leucócitos, plaquetas e hemácias além de interferências nos níveis de hemoglobina e hematócritos. Também foi notado a possibilidade de aumento nos níveis séricos de glicose e sódio e redução nos níveis séricos de potássio e de cálcio. Sobre o perfil lipídico, os glicocorticoides podem provocar aumento nos níveis séricos de colesterol total, LDL- C e triglicerídeos. Conclusão: Concluiu-se então que é importante saber se o paciente que irá ser submetido a um exame laboratorial está fazendo uso de glicocorticoides, uma vez que estes medicamentos podem alterar o resultado de diversos exames, gerando equívocos em diagnósticos. Portanto, faz-se necessária a educação continuada sobre as interferências de medicamentos nos exames laboratoriais, destacando a importância da fase pré-analítica, onde o paciente deve passar por uma série de questionamentos sobre hábitos diários que possam prejudicar a análise final.
{"title":"A INFLUÊNCIA DOS GLICOCORTICOIDES NO RESULTADO DE EXAMES LABORATORIAIS.","authors":"Edna Olímpia da Cunha, Fernanda Verdini Guimarães Abreu, R. Heinen","doi":"10.51161/conalab/8919","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/8919","url":null,"abstract":"Introdução: Os glicocorticoides são anti-inflamatórios esteroidais que são utilizados em episódios agudos de inflamação e em doenças autoimunes, com o intuito de reduzir a resposta imunológica. O uso desta classe de medicamentos está relacionado a uma série de alterações metabólicas no organismo, podendo interferir nos níveis de glicose, lipídios e eletrólitos no sangue e na urina, deste modo, eles podem provocar alterações durante a realização de exames bioquímicos. Objetivos: Este trabalho apresentou como objetivo a realização de uma revisão bibliográfica sobre os possíveis erros em resultados de exames laboratoriais mediante ao uso de glicocorticoides pelo paciente. Metodologia: Este é um estudo de revisão bibliográfica, onde foram utilizados sites de busca, como PUBMED e SCIELO, através das palavras-chave: glicocorticoides, efeitos adversos dos glicocorticoides, alterações bioquímicas provocadas por glicocorticoides. Resultados: Mediante ao apanhado de informações obtidas neste estudo, foi possível observar que uso de glicocorticoides pode promover alteração no quantitativo de células sanguíneas como leucócitos, plaquetas e hemácias além de interferências nos níveis de hemoglobina e hematócritos. Também foi notado a possibilidade de aumento nos níveis séricos de glicose e sódio e redução nos níveis séricos de potássio e de cálcio. Sobre o perfil lipídico, os glicocorticoides podem provocar aumento nos níveis séricos de colesterol total, LDL- C e triglicerídeos. Conclusão: Concluiu-se então que é importante saber se o paciente que irá ser submetido a um exame laboratorial está fazendo uso de glicocorticoides, uma vez que estes medicamentos podem alterar o resultado de diversos exames, gerando equívocos em diagnósticos. Portanto, faz-se necessária a educação continuada sobre as interferências de medicamentos nos exames laboratoriais, destacando a importância da fase pré-analítica, onde o paciente deve passar por uma série de questionamentos sobre hábitos diários que possam prejudicar a análise final.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121408276","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ana Clara Carneiro Fernandes de Melo, Isabela Iguatemy Forny, Rayssa Gabriele Vieira Ribeiro
Introdução: A sepse neonatal pode ser definida como uma síndrome clínica decorrente da colonização de líquidos estéreis, como sangue e líquido cefalorraquidiano, por patógenos. As manifestações clínicas inespecíficas produzidas por este quadro gera muita dúvida no diagnóstico e pode levar a administração desnecessária de antimicrobianos e, consequentemente, o aparecimento de germes multirresistentes. Logo, a busca por exames mais sensíveis é fundamental para uma certeza diagnóstica. Objetivo: Discorrer sobre os impasses no diagnóstico da sepse neonatal e o potencial uso de novos biomarcadores. Metodologia: Realizou-se o estudo de revisão bibliográfica baseado em artigos científicos indexados na base de dados Scielo e Pubmed, datados no período de 2011 a 2022, usando os descritores Biomarcadores; Diagnóstico; Sepse Neonatal e sendo selecionados 4 artigos deste intervalo temporal. Resultados: Observou-se que a sepse neonatal pode ser dividida em precoce, com início nas primeiras 72 horas de vida, e tardia, após 72 horas de vida. Ademais, esta patologia pode estar associada a vários desfechos desfavoráveis para os recém-nascidos, como atraso cognitivo e paralisia cerebral, justificando a necessidade de uma rápida confirmação e tratamento, uma vez que a administração desnecessária de antibióticos podem gerar danos. Atualmente, o diagnóstico da sepse neonatal é realizado através da análise conjunta do quadro clínico, técnicas de cultura, hemograma completo e reagentes de fase aguda. Entretanto, existem algumas limitações como sintomas inespecíficos, culturas falso-negativas, interferências na contagem de neutrófilos e variada sensibilidade dos biomarcadores atuais. Para ser considerado um biomarcador ideal é necessário que sua sensibilidade e o seu valor preditivo negativo seja o mais próximo de 100%, além de especificidade e valor preditivo positivo maior que 85%. Assim, recentes exames laboratoriais sugerem uma potencial utilização no diagnóstico da sepse neonatal, como métodos de amplificação para análise molecular, uso da expressão gênica e o estudo de metabolômicos e proteômicos. Conclusão: Portanto, existem desafios no diagnóstico da sepse neonatal a serem superados a fim de uma identificação rápida e correta instituição do tratamento e, assim, diminuir a mortalidade neonatal.
{"title":"OS DESAFIOS NO DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL DA SEPSE NEONATAL","authors":"Ana Clara Carneiro Fernandes de Melo, Isabela Iguatemy Forny, Rayssa Gabriele Vieira Ribeiro","doi":"10.51161/conalab/8898","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/8898","url":null,"abstract":"Introdução: A sepse neonatal pode ser definida como uma síndrome clínica decorrente da colonização de líquidos estéreis, como sangue e líquido cefalorraquidiano, por patógenos. As manifestações clínicas inespecíficas produzidas por este quadro gera muita dúvida no diagnóstico e pode levar a administração desnecessária de antimicrobianos e, consequentemente, o aparecimento de germes multirresistentes. Logo, a busca por exames mais sensíveis é fundamental para uma certeza diagnóstica. Objetivo: Discorrer sobre os impasses no diagnóstico da sepse neonatal e o potencial uso de novos biomarcadores. Metodologia: Realizou-se o estudo de revisão bibliográfica baseado em artigos científicos indexados na base de dados Scielo e Pubmed, datados no período de 2011 a 2022, usando os descritores Biomarcadores; Diagnóstico; Sepse Neonatal e sendo selecionados 4 artigos deste intervalo temporal. Resultados: Observou-se que a sepse neonatal pode ser dividida em precoce, com início nas primeiras 72 horas de vida, e tardia, após 72 horas de vida. Ademais, esta patologia pode estar associada a vários desfechos desfavoráveis para os recém-nascidos, como atraso cognitivo e paralisia cerebral, justificando a necessidade de uma rápida confirmação e tratamento, uma vez que a administração desnecessária de antibióticos podem gerar danos. Atualmente, o diagnóstico da sepse neonatal é realizado através da análise conjunta do quadro clínico, técnicas de cultura, hemograma completo e reagentes de fase aguda. Entretanto, existem algumas limitações como sintomas inespecíficos, culturas falso-negativas, interferências na contagem de neutrófilos e variada sensibilidade dos biomarcadores atuais. Para ser considerado um biomarcador ideal é necessário que sua sensibilidade e o seu valor preditivo negativo seja o mais próximo de 100%, além de especificidade e valor preditivo positivo maior que 85%. Assim, recentes exames laboratoriais sugerem uma potencial utilização no diagnóstico da sepse neonatal, como métodos de amplificação para análise molecular, uso da expressão gênica e o estudo de metabolômicos e proteômicos. Conclusão: Portanto, existem desafios no diagnóstico da sepse neonatal a serem superados a fim de uma identificação rápida e correta instituição do tratamento e, assim, diminuir a mortalidade neonatal.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"42 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115090342","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O Staphylococcus aureus é uma bactéria Gram-positiva, catalase e coagulase positiva, encontrada também na epiderme humana, de fácil adaptação e responsável por boa parte das infecções bacterianas, desde foliculites e pneumonias a endocardites e septicemias. Os betalactâmicos fazem parte de um grupo de antimicrobianos bastante prescrito pelos profissionais da saúde contra algumas infecções, que possui o anel betalactâmico, uma estrutura química que inibe a síntese de peptidoglicano na parede celular da bactéria. O uso irracional de antimicrobianos pode contribuir para o desenvolvimento de resistência bacteriana e a disseminação de microrganismos resistentes, causando problemas sérios à saúde pública. Objetivo: Demonstrar como o uso indiscriminado de antimicrobianos, em especial, os betalactâmicos, pode desencadear resistência bacteriana de Staphylococcus aureus em infecções, relacionar o uso irracional desses antimicrobianos com a resistência bacteriana do Staphylococcus aureus e o papel do farmacêutico frente a esse uso indiscriminado. Metodologia: Através da revisão bibliográfica de estudo de artigos científicos disponíveis pela busca na base de dados, como SciELO e bibliotecas de universidades publicados entre os anos de 2010 e 2021. Resultados: Alguns fatores contribuem para o uso indiscriminado de antimicrobianos, entre elas: a facilidade de aquisição, a falsa ideia de utilizar um antimicrobiano de amplo espectro em infecções simples e a interrupção do tratamento após o desaparecimento dos primeiros sintomas, contribuindo para o processo de resistência bacteriana e o fracasso do tratamento. Com a inserção do profissional farmacêutico em equipes multiprofissionais poderia minimizar muitos desses fatores, pelo seu conhecimento técnico em medicamentos e pela amplitude de atuação desse profissional, desde drogarias a laboratórios clínicos e hospitais. Conclusão: O uso irracional de antimicrobianos se tornou uma das principais causas para o aumento do índice de resistência bacteriana, sendo os betalactâmicos, o grupo mais utilizado indiscriminado e, consequentemente, se tornando menos eficazes. O farmacêutico é o profissional da saúde que tem como uma de suas atribuições relacionadas, a atenção farmacêutica, na qual abrange a conduta ética, o compromisso com o bem estar dos pacientes, a orientação e a dispensação farmacêuticas, dentre outras, que contribuem na promoção da saúde, incluindo o uso racional de medicamentos, e na prevenção de doenças.
{"title":"STAPHYLOCOCCUS AUREUS E SUA RESISTÊNCIA BACTERIANA A BETALACTÂMICOS CAUSADA PELO USO INDISCRIMINADO DE ANTIMICROBIANOS","authors":"Müller Maciel de Almeida Porto, Josiane Avila","doi":"10.51161/conalab/8977","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/8977","url":null,"abstract":"Introdução: O Staphylococcus aureus é uma bactéria Gram-positiva, catalase e coagulase positiva, encontrada também na epiderme humana, de fácil adaptação e responsável por boa parte das infecções bacterianas, desde foliculites e pneumonias a endocardites e septicemias. Os betalactâmicos fazem parte de um grupo de antimicrobianos bastante prescrito pelos profissionais da saúde contra algumas infecções, que possui o anel betalactâmico, uma estrutura química que inibe a síntese de peptidoglicano na parede celular da bactéria. O uso irracional de antimicrobianos pode contribuir para o desenvolvimento de resistência bacteriana e a disseminação de microrganismos resistentes, causando problemas sérios à saúde pública. Objetivo: Demonstrar como o uso indiscriminado de antimicrobianos, em especial, os betalactâmicos, pode desencadear resistência bacteriana de Staphylococcus aureus em infecções, relacionar o uso irracional desses antimicrobianos com a resistência bacteriana do Staphylococcus aureus e o papel do farmacêutico frente a esse uso indiscriminado. Metodologia: Através da revisão bibliográfica de estudo de artigos científicos disponíveis pela busca na base de dados, como SciELO e bibliotecas de universidades publicados entre os anos de 2010 e 2021. Resultados: Alguns fatores contribuem para o uso indiscriminado de antimicrobianos, entre elas: a facilidade de aquisição, a falsa ideia de utilizar um antimicrobiano de amplo espectro em infecções simples e a interrupção do tratamento após o desaparecimento dos primeiros sintomas, contribuindo para o processo de resistência bacteriana e o fracasso do tratamento. Com a inserção do profissional farmacêutico em equipes multiprofissionais poderia minimizar muitos desses fatores, pelo seu conhecimento técnico em medicamentos e pela amplitude de atuação desse profissional, desde drogarias a laboratórios clínicos e hospitais. Conclusão: O uso irracional de antimicrobianos se tornou uma das principais causas para o aumento do índice de resistência bacteriana, sendo os betalactâmicos, o grupo mais utilizado indiscriminado e, consequentemente, se tornando menos eficazes. O farmacêutico é o profissional da saúde que tem como uma de suas atribuições relacionadas, a atenção farmacêutica, na qual abrange a conduta ética, o compromisso com o bem estar dos pacientes, a orientação e a dispensação farmacêuticas, dentre outras, que contribuem na promoção da saúde, incluindo o uso racional de medicamentos, e na prevenção de doenças.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"87 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115150102","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Jane Cristina da Silva Soares, Jane Cristina da Silva Soares
Introdução: Os antibióticos são medicamentos usados para tratar infecções bacterianas. A resistência de bactérias a antibióticos é resultado de mudanças genéticas na estrutura destes organismos, que podem ser aleatórias, resultante de seleção natural ou por falhas na dosagem do medicamento. As bactérias apresentam diversos fatores que as tornam resistentes a antibióticos, dentre eles: produção de enzimas que degradam ou modificam antibióticos; redução da permeabilidade da membrana externa; sistemas de efluxo hiper expressos; alteração do sítio alvo (de ligação) do antibiótico; bloqueio ou proteção do sítio alvo do antibiótico. Outro fator que contribui para esse aumento é o uso indiscriminado de medicamentos sem a prescrição médica, favorecendo assim a resistência. Objetivo: Descrever os mecanismos de resistência a antibióticos desenvolvidos pelas bactérias. Material e métodos: A pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura, onde foram selecionados artigos científicos, disponíveis nas bases de dados online: PubMed, SciELO e Google Acadêmico, publicados nos anos de 2015 a 2022. A seleção dos artigos foi por meio dos descritores: “bactérias”, “antibióticos”, “resistência”, e “mecanismos”, foram incluídos apenas publicações em português, sendo excluídos os artigos que não tinham relação com o tema. Resultados: De acordo com o estudo, as pesquisas indicam que os mecanismos de resistência bacteriana foram desenvolvidos com o passar dos anos, como uma forma de proliferação das espécies. As falhas humanas em relação a produção dos antibióticos também é um importante fator que contribuiu para a resistência bacteriana. Conclusão: Diante os diversos mecanismos apresentados as pesquisas apontam como o principal local de resistência bacteriana os hospitais, justamente por receber pacientes já doentes que podem transmitir para outros não contaminados. Meios para combater a resistência aos antibióticos já são tomados, mas devem ter mais estudos de medicamentos que atendam a demanda atual para diminuir os casos e conter as super bactérias.
{"title":"RESISTÊNCIA BACTERIANA A ANTIBIÓTICOS","authors":"Jane Cristina da Silva Soares, Jane Cristina da Silva Soares","doi":"10.51161/conalab/8921","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/8921","url":null,"abstract":"Introdução: Os antibióticos são medicamentos usados para tratar infecções bacterianas. A resistência de bactérias a antibióticos é resultado de mudanças genéticas na estrutura destes organismos, que podem ser aleatórias, resultante de seleção natural ou por falhas na dosagem do medicamento. As bactérias apresentam diversos fatores que as tornam resistentes a antibióticos, dentre eles: produção de enzimas que degradam ou modificam antibióticos; redução da permeabilidade da membrana externa; sistemas de efluxo hiper expressos; alteração do sítio alvo (de ligação) do antibiótico; bloqueio ou proteção do sítio alvo do antibiótico. Outro fator que contribui para esse aumento é o uso indiscriminado de medicamentos sem a prescrição médica, favorecendo assim a resistência. Objetivo: Descrever os mecanismos de resistência a antibióticos desenvolvidos pelas bactérias. Material e métodos: A pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura, onde foram selecionados artigos científicos, disponíveis nas bases de dados online: PubMed, SciELO e Google Acadêmico, publicados nos anos de 2015 a 2022. A seleção dos artigos foi por meio dos descritores: “bactérias”, “antibióticos”, “resistência”, e “mecanismos”, foram incluídos apenas publicações em português, sendo excluídos os artigos que não tinham relação com o tema. Resultados: De acordo com o estudo, as pesquisas indicam que os mecanismos de resistência bacteriana foram desenvolvidos com o passar dos anos, como uma forma de proliferação das espécies. As falhas humanas em relação a produção dos antibióticos também é um importante fator que contribuiu para a resistência bacteriana. Conclusão: Diante os diversos mecanismos apresentados as pesquisas apontam como o principal local de resistência bacteriana os hospitais, justamente por receber pacientes já doentes que podem transmitir para outros não contaminados. Meios para combater a resistência aos antibióticos já são tomados, mas devem ter mais estudos de medicamentos que atendam a demanda atual para diminuir os casos e conter as super bactérias.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116620087","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Elaine Cristina Rodrigues da Costa, Fabíola Ribeiro Martins
Introdução: O exame de prevenção do câncer cervicouterino é considerado um procedimento relevante para detectar precocemente lesões pré-invasivas e, em consequência, é um instrumento fundamental para a redução da morbimortalidade das mulheres. No Brasil, o exame citopatológico (CP) é a estratégia principal de rastreamento do câncer recomendada pelo Ministério da Saúde (MS). Ainda ocorre a falta de conhecimento das mulheres com relação ao exame citopatológico, sendo criada uma barreira para a não realização do exame. Por muitas vezes, as mulheres só procuram fazer o exame quando ocorre a presença de sintomas ou sinais de que algo está errado, o que acaba caracterizando a falta de conhecimento com relação a finalidade do exame Papanicolau. Objetivos: Identificar as dificuldades das mulheres na realização do exame papanicolau, e como isso influência na saúde feminina. Metodologia: Este estudo se trata de uma revisão integrativa com busca de artigos na Base de Dados de Enfermagem (BDENF), no Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram utilizados como Descritores: Exame Citopatológico. Papanicolau e Saúde da Mulher. Resultados: Observou-se que, em grande parte, a não realização do exame se deve a falta de conhecimento, vergonha e medo de realizá-lo. Porém, é importante que as mulheres entendam que o procedimento é considerado a principal estratégia de rastreamento utilizada pelo Ministério da Saúde para identificar possíveis problemas precocemente. A dificuldade de acesso ao exame e o tempo de espera para realizá-lo são fatores importantes para a realização ou não do exame citopatológico. Conclusão: É necessária uma avaliação sobre o acesso das mulheres ao exame Papanicolau na Estratégia de Saúde da Família, além de conhecer a concepção das mesmas acerca deste exame preventivo e os motivos pelos quais elas não o realizam. É importante a elaboração e implementação de ações educativas sobre a temática que visem esclarecer a importância do exame Papanicolau como ação preventiva ao câncer cervicouterino e estimular a iniciativa da mulher na busca e realização do exame.
{"title":"FATORES QUE DIFICULTAM A REALIZAÇÃO DO EXAME PAPANICOLAU","authors":"Elaine Cristina Rodrigues da Costa, Fabíola Ribeiro Martins","doi":"10.51161/conalab/8926","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/8926","url":null,"abstract":"Introdução: O exame de prevenção do câncer cervicouterino é considerado um procedimento relevante para detectar precocemente lesões pré-invasivas e, em consequência, é um instrumento fundamental para a redução da morbimortalidade das mulheres. No Brasil, o exame citopatológico (CP) é a estratégia principal de rastreamento do câncer recomendada pelo Ministério da Saúde (MS). Ainda ocorre a falta de conhecimento das mulheres com relação ao exame citopatológico, sendo criada uma barreira para a não realização do exame. Por muitas vezes, as mulheres só procuram fazer o exame quando ocorre a presença de sintomas ou sinais de que algo está errado, o que acaba caracterizando a falta de conhecimento com relação a finalidade do exame Papanicolau. Objetivos: Identificar as dificuldades das mulheres na realização do exame papanicolau, e como isso influência na saúde feminina. Metodologia: Este estudo se trata de uma revisão integrativa com busca de artigos na Base de Dados de Enfermagem (BDENF), no Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram utilizados como Descritores: Exame Citopatológico. Papanicolau e Saúde da Mulher. Resultados: Observou-se que, em grande parte, a não realização do exame se deve a falta de conhecimento, vergonha e medo de realizá-lo. Porém, é importante que as mulheres entendam que o procedimento é considerado a principal estratégia de rastreamento utilizada pelo Ministério da Saúde para identificar possíveis problemas precocemente. A dificuldade de acesso ao exame e o tempo de espera para realizá-lo são fatores importantes para a realização ou não do exame citopatológico. Conclusão: É necessária uma avaliação sobre o acesso das mulheres ao exame Papanicolau na Estratégia de Saúde da Família, além de conhecer a concepção das mesmas acerca deste exame preventivo e os motivos pelos quais elas não o realizam. É importante a elaboração e implementação de ações educativas sobre a temática que visem esclarecer a importância do exame Papanicolau como ação preventiva ao câncer cervicouterino e estimular a iniciativa da mulher na busca e realização do exame.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"11 3","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"120989925","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Daniel Paiva Matos, Marina Pereira Soares, P. D. A. Machado
Introdução: Leishmania é um protozoário intracelular obrigatório que reside em macrófagos do hospedeiro mamífero. Cerca de 20 espécies de Leishmania são capazes de infectar o ser humano, causando as leishmanioses, que podem se apresentar em três manifestações clínicas: cutânea, mucocutânea e visceral. Aproximadamente 30 espécies de flebotomíneos são responsáveis pela transmissão da doença. As leishmanioses têm sido relatadas como uma das doenças tropicais negligenciadas mais importantes, que afetam principalmente países em desenvolvimento. Estima-se que mais de um bilhão de pessoas vivam em áreas endêmicas e que ocorram anualmente mais de 1 milhão de novos casos da doença. De acordo com a OMS, no Brasil foram reportados 17.526 casos de leishmanioses em 2017. O tratamento das leishmanioses é rodeado por inúmeros problemas e apesar da disponibilidade de diferentes abordagens, as ferramentas terapêuticas não são adequadas para erradicar a infecção. Objetivo: Verificar estudos sobre os problemas relacionados aos tratamentos disponíveis para as leishmanioses, através de uma revisão de literatura. Metodologia: Foram analisados quatro estudos publicados originalmente em inglês e português, na base de dados MEDLINE sobre tratamento das leishmanioses. Foram utilizados os descritores: Leishmaniasis, Leishmania Infection, Therapeutics, Treatment, juntamente com os booleanos. Resultados: Há vários tratamentos disponíveis: antimoniais pentavalentes (Glucantime disponível no Brasil), anfotericina B (desoxicolato ou lipossomal), miltefosina e pentamidina. Na maioria das vezes, esses tratamentos não conseguem induzir uma cura estéril porque não eliminam completamente os parasitos no hospedeiro mamífero. A escolha do tratamento varia de acordo com as manifestações clínicas, com a espécie envolvida e com as características do paciente. Entretanto, os medicamentos disponíveis apresentam elevada toxicidade, muitos efeitos adversos, tempo longo de tratamento, administração intravenosa ou intramuscular e eficácia variável (24 a 97%) devido à resistência parasitária. A alternativa mais eficaz, anfotericina B lipossomal, tem custo muito elevado. Associado a esses problemas, muitas vezes observa-se baixa adesão do paciente ao tratamento devido à dificuldade de administração e longa duração. Conclusão: Existe uma necessidade contínua e urgente por novas alternativas que complementem ou substituam as atuais terapias disponíveis para o tratamento das leishmanioses.
{"title":"OS DESAFIOS DO TRATAMENTO DAS LEISHMANIOSES: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA","authors":"Daniel Paiva Matos, Marina Pereira Soares, P. D. A. Machado","doi":"10.51161/conalab/8465","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/8465","url":null,"abstract":"Introdução: Leishmania é um protozoário intracelular obrigatório que reside em macrófagos do hospedeiro mamífero. Cerca de 20 espécies de Leishmania são capazes de infectar o ser humano, causando as leishmanioses, que podem se apresentar em três manifestações clínicas: cutânea, mucocutânea e visceral. Aproximadamente 30 espécies de flebotomíneos são responsáveis pela transmissão da doença. As leishmanioses têm sido relatadas como uma das doenças tropicais negligenciadas mais importantes, que afetam principalmente países em desenvolvimento. Estima-se que mais de um bilhão de pessoas vivam em áreas endêmicas e que ocorram anualmente mais de 1 milhão de novos casos da doença. De acordo com a OMS, no Brasil foram reportados 17.526 casos de leishmanioses em 2017. O tratamento das leishmanioses é rodeado por inúmeros problemas e apesar da disponibilidade de diferentes abordagens, as ferramentas terapêuticas não são adequadas para erradicar a infecção. Objetivo: Verificar estudos sobre os problemas relacionados aos tratamentos disponíveis para as leishmanioses, através de uma revisão de literatura. Metodologia: Foram analisados quatro estudos publicados originalmente em inglês e português, na base de dados MEDLINE sobre tratamento das leishmanioses. Foram utilizados os descritores: Leishmaniasis, Leishmania Infection, Therapeutics, Treatment, juntamente com os booleanos. Resultados: Há vários tratamentos disponíveis: antimoniais pentavalentes (Glucantime disponível no Brasil), anfotericina B (desoxicolato ou lipossomal), miltefosina e pentamidina. Na maioria das vezes, esses tratamentos não conseguem induzir uma cura estéril porque não eliminam completamente os parasitos no hospedeiro mamífero. A escolha do tratamento varia de acordo com as manifestações clínicas, com a espécie envolvida e com as características do paciente. Entretanto, os medicamentos disponíveis apresentam elevada toxicidade, muitos efeitos adversos, tempo longo de tratamento, administração intravenosa ou intramuscular e eficácia variável (24 a 97%) devido à resistência parasitária. A alternativa mais eficaz, anfotericina B lipossomal, tem custo muito elevado. Associado a esses problemas, muitas vezes observa-se baixa adesão do paciente ao tratamento devido à dificuldade de administração e longa duração. Conclusão: Existe uma necessidade contínua e urgente por novas alternativas que complementem ou substituam as atuais terapias disponíveis para o tratamento das leishmanioses.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"96 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116571058","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: Além das defesas das células do sistema imune inato, o nosso organismo conta com o sistema complemento com o propósito de potencializar a resposta imunológica, composto por proteínas produzidas pelas células hepáticas. Essas proteínas denominadas como prefixo C variando de 1 a 9, quando ativadas em cascata são capazes de iniciar uma resposta inflamatória e causar a morte do patógeno. Objetivo: Abordar os principais mecanismos de ativação do sistema complemento, e sua importância na defesa imunológica. Metodologia: Foi utilizado a metodologia descritiva e explicativa, visando compreender a fisiologia do sistema complemento. Resultado: Existem três vias de ativação do sistema complemento: a via clássica, depende da ligação do complexo C1 qrs com anticorpos que se ligam a microrganismos, se tornando um componente humoral da imunidade adaptativa, já a via alternativa atua sem a interação antígeno anticorpo ,iniciada com a molécula c3b, é deflagrada quando proteínas são ativadas em superfícies microbianas, por último a via lectina, é iniciada com a lectina ligadora de manose liga-se aos carboidratos de microrganismos. Esse sistema cumpre três passos: a opsonização: a porção C3b recobre o antígeno deixando-o marcados para serem fagocitados pelas células com receptores próprios. Inflamação: os fragmentos proteolíticos C5 e C3, recrutam leucócitos e proteínas plasmáticas gerando inflamação. Lise celular: A ativação da cascata culmina um complexo proteico polimérico na membrana microbiana ocasionando lise celular. Além dessas proteínas proteolíticas, outras proteínas estão envolvidas na defesa imune contra infecção, como a proteína c reativa que se liga a fosforicolina dos microrganismos opsonizando-os para serem fagocitados e também podendo ativar proteínas da via clássica, considerando um dos principais marcadores clínicos de infecção da fase aguda. Conclusão: Portanto, a ativação do sistema complemento é de extrema importância pois apesar do reconhecimento de patógenos ser um mecanismo de resposta inata, também participa da imunidade humoral adaptativa para exterminar o agente invasor.
{"title":"IMPORTÂNCIA DA ATIVAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO PARA A RESPOSTA IMUNOLÓGICA","authors":"Letícia Britto dos Santos","doi":"10.51161/conalab/8150","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/8150","url":null,"abstract":"Introdução: Além das defesas das células do sistema imune inato, o nosso organismo conta com o sistema complemento com o propósito de potencializar a resposta imunológica, composto por proteínas produzidas pelas células hepáticas. Essas proteínas denominadas como prefixo C variando de 1 a 9, quando ativadas em cascata são capazes de iniciar uma resposta inflamatória e causar a morte do patógeno. Objetivo: Abordar os principais mecanismos de ativação do sistema complemento, e sua importância na defesa imunológica. Metodologia: Foi utilizado a metodologia descritiva e explicativa, visando compreender a fisiologia do sistema complemento. Resultado: Existem três vias de ativação do sistema complemento: a via clássica, depende da ligação do complexo C1 qrs com anticorpos que se ligam a microrganismos, se tornando um componente humoral da imunidade adaptativa, já a via alternativa atua sem a interação antígeno anticorpo ,iniciada com a molécula c3b, é deflagrada quando proteínas são ativadas em superfícies microbianas, por último a via lectina, é iniciada com a lectina ligadora de manose liga-se aos carboidratos de microrganismos. Esse sistema cumpre três passos: a opsonização: a porção C3b recobre o antígeno deixando-o marcados para serem fagocitados pelas células com receptores próprios. Inflamação: os fragmentos proteolíticos C5 e C3, recrutam leucócitos e proteínas plasmáticas gerando inflamação. Lise celular: A ativação da cascata culmina um complexo proteico polimérico na membrana microbiana ocasionando lise celular. Além dessas proteínas proteolíticas, outras proteínas estão envolvidas na defesa imune contra infecção, como a proteína c reativa que se liga a fosforicolina dos microrganismos opsonizando-os para serem fagocitados e também podendo ativar proteínas da via clássica, considerando um dos principais marcadores clínicos de infecção da fase aguda. Conclusão: Portanto, a ativação do sistema complemento é de extrema importância pois apesar do reconhecimento de patógenos ser um mecanismo de resposta inata, também participa da imunidade humoral adaptativa para exterminar o agente invasor.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"86 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129265533","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Patricia Barbosa de Castro Prudencio, Simone dos Santos Sousa, R. Heinen
Introdução: A água é um reagente utilizado na maioria dos testes laboratoriais e por isso deve seguir um padrão de controle de qualidade rigoroso. Para que seja considerada reagente ela precisa ser pura, isto é, esta água utilizada em laboratórios deve conter quantidades mínimas de contaminantes, como, íons, matéria orgânica, inorgânica e microrganismos. Para remover essas impurezas, existem várias organizações que estabelecem padrões para a água de laboratório, dentre elas , a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a American Society for Testing and Materials (ASTM) e o Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Objetivo: Este trabalho tem como objetivo descrever a importância da qualidade da água utilizada como reagente em laboratórios clínicos. Material e métodos: O estudo foi realizado através de uma revisão bibliográfica, com artigos encontrados pela base de dados do Google acadêmico, Scielo, Lilacs, utilizando os seguintes descritores: “água reagente”, “tecnologias de purificação”, “métodos de purificação de água”. Resultados: Como observado nas pesquisas bibliográficas, são aplicadas diversas técnicas para se obter a purificação da água a ser utilizada, pois dependerá de sua complexidade e necessidade específica. As principais técnicas são: a destilação, a filtração, a micro, ultra e nanofiltração, a osmose reversa, a deionização, a eletrodeionização, a adsorção e a oxidação ultravioleta, além de combinações entre estas técnicas. Conclusão: Para o sucesso da purificação da água é necessário rigoroso monitoramento e manutenção adequada aos equipamentos de purificação, para que não ocorra a contaminação e alterações dos resultados de exames. A água é essencial e contribui para que o laboratório tenha um desenvolvimento de qualidade.
{"title":"A QUALIDADE DA ÁGUA REAGENTE EM LABORATÓRIOS CLÍNICOS","authors":"Patricia Barbosa de Castro Prudencio, Simone dos Santos Sousa, R. Heinen","doi":"10.51161/conalab/8891","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/8891","url":null,"abstract":"Introdução: A água é um reagente utilizado na maioria dos testes laboratoriais e por isso deve seguir um padrão de controle de qualidade rigoroso. Para que seja considerada reagente ela precisa ser pura, isto é, esta água utilizada em laboratórios deve conter quantidades mínimas de contaminantes, como, íons, matéria orgânica, inorgânica e microrganismos. Para remover essas impurezas, existem várias organizações que estabelecem padrões para a água de laboratório, dentre elas , a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a American Society for Testing and Materials (ASTM) e o Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Objetivo: Este trabalho tem como objetivo descrever a importância da qualidade da água utilizada como reagente em laboratórios clínicos. Material e métodos: O estudo foi realizado através de uma revisão bibliográfica, com artigos encontrados pela base de dados do Google acadêmico, Scielo, Lilacs, utilizando os seguintes descritores: “água reagente”, “tecnologias de purificação”, “métodos de purificação de água”. Resultados: Como observado nas pesquisas bibliográficas, são aplicadas diversas técnicas para se obter a purificação da água a ser utilizada, pois dependerá de sua complexidade e necessidade específica. As principais técnicas são: a destilação, a filtração, a micro, ultra e nanofiltração, a osmose reversa, a deionização, a eletrodeionização, a adsorção e a oxidação ultravioleta, além de combinações entre estas técnicas. Conclusão: Para o sucesso da purificação da água é necessário rigoroso monitoramento e manutenção adequada aos equipamentos de purificação, para que não ocorra a contaminação e alterações dos resultados de exames. A água é essencial e contribui para que o laboratório tenha um desenvolvimento de qualidade.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"29 11","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114128851","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
S. Accioly, Samara Pires Machado, Giovana DE Quadros Cavalli Oliveira, Giselle Lucena Rios
Introdução: A anemia hemolítica imunomediada (AHIM) caracteriza-se pela redução do número de eritrócitos circulantes por consequência da destruição induzida por imunoglobulinas ou por opsonização do sistema complemento. A infecção viral chamada de cinomose acomete cães e outros carnívoros e possui alta taxa de contágio. Cães jovens estão mais predispostos a adquirir a infecção devido ao término da imunidade passiva transmitida pela mãe e ausência ou falha vacinal. Os sinais clínicos variam de acordo com o poder de virulência da estirpe viral e podem afetar diversos sistemas como o respiratório, oftálmico, gastrointestinal, tegumentar e nervoso. Objetivo: O objetivo deste relato é descrever o caso de um canino da raça Chihuahua que apresentou um quadro de AHIM agravado pela infecção de cinomose, abordando as principais alterações hematológicas presentes nas respectivas patologias. Relato de caso: Canino jovem com prostração, diarreia, vômito e anorexia foi diagnosticado com AHIM. O paciente foi internado para tratamento com glicocorticoide em dose imunossupressora, entretanto também foi diagnosticado com cinomose através da observação de corpúsculos de Lentz durante exame de sangue para controle da anemia realizado oito dias após o primeiro exame. Discussão: Foram observados fatores patognomônicos tanto de cinomose, com a presença de corpúsculos de Lentz observado durante a fase de viremia; quanto para a AHIM, com a presença de policromasia com aglutinação eritrocitária ou em salina e esferocitose em anemia de início agudo. Não foram localizados estudos que apresentassem correlação entre cinomose e AHIM, uma vez que o vírus da cinomose tem predileção por órgãos linfoides e a anemia causada é do tipo normocítica nomocrômica, característica associada ao estresse desencadeado pela doença. Possivelmente, a imunossupressão realizada para o tratamento da AHIM do paciente associada a falha vacinal foi uma porta de entrada para o vírus infectar o paciente de maneira oportunista. Conclusão: Apesar de não estar comprovado que a AHIM e a cinomose, neste caso, tiveram suas ocorrências relacionadas, é importante ressaltar a necessidade de manter a vacinação dos animais em dia. Animais imunocomprometidos são os mais suscetíveis a contrair doenças infecto-contagiosas.
{"title":"ANEMIA HEMOLITICA IMUNOMEDIADA SEGUIDO DE CINOMOSE EM CÃO - RELATO DE CASO","authors":"S. Accioly, Samara Pires Machado, Giovana DE Quadros Cavalli Oliveira, Giselle Lucena Rios","doi":"10.51161/conalab/8976","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/8976","url":null,"abstract":"Introdução: A anemia hemolítica imunomediada (AHIM) caracteriza-se pela redução do número de eritrócitos circulantes por consequência da destruição induzida por imunoglobulinas ou por opsonização do sistema complemento. A infecção viral chamada de cinomose acomete cães e outros carnívoros e possui alta taxa de contágio. Cães jovens estão mais predispostos a adquirir a infecção devido ao término da imunidade passiva transmitida pela mãe e ausência ou falha vacinal. Os sinais clínicos variam de acordo com o poder de virulência da estirpe viral e podem afetar diversos sistemas como o respiratório, oftálmico, gastrointestinal, tegumentar e nervoso. Objetivo: O objetivo deste relato é descrever o caso de um canino da raça Chihuahua que apresentou um quadro de AHIM agravado pela infecção de cinomose, abordando as principais alterações hematológicas presentes nas respectivas patologias. Relato de caso: Canino jovem com prostração, diarreia, vômito e anorexia foi diagnosticado com AHIM. O paciente foi internado para tratamento com glicocorticoide em dose imunossupressora, entretanto também foi diagnosticado com cinomose através da observação de corpúsculos de Lentz durante exame de sangue para controle da anemia realizado oito dias após o primeiro exame. Discussão: Foram observados fatores patognomônicos tanto de cinomose, com a presença de corpúsculos de Lentz observado durante a fase de viremia; quanto para a AHIM, com a presença de policromasia com aglutinação eritrocitária ou em salina e esferocitose em anemia de início agudo. Não foram localizados estudos que apresentassem correlação entre cinomose e AHIM, uma vez que o vírus da cinomose tem predileção por órgãos linfoides e a anemia causada é do tipo normocítica nomocrômica, característica associada ao estresse desencadeado pela doença. Possivelmente, a imunossupressão realizada para o tratamento da AHIM do paciente associada a falha vacinal foi uma porta de entrada para o vírus infectar o paciente de maneira oportunista. Conclusão: Apesar de não estar comprovado que a AHIM e a cinomose, neste caso, tiveram suas ocorrências relacionadas, é importante ressaltar a necessidade de manter a vacinação dos animais em dia. Animais imunocomprometidos são os mais suscetíveis a contrair doenças infecto-contagiosas.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"128 ","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"120885579","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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