Introdução: A esporotricose (complexo Sporothrix sp.) e a criptococose (Cryptococcus sp.) são doenças fúngicas induzidas por leveduras. Elas causam lesões de forma aguda ou crônica nos tecidos dos mamíferos como principal meio de manifestação clínica. Ambas de carater zoonótico, sendo o gato a espécie mais suceptível a elas. São dermatologicamente idênticas e, portanto, de diagnóstico macroscópico impreciso. Elas clinicamente possuem morfologias microscópicas semelhantes, e por isso são a maior causa de confusão no diagnóstico durate a fase analítica. Embora isto, elas apresentam particularidades morfológicas diferentes. Objetivo: Destrinchar a morfologia microscópica das amostras de esporotricose e cripitococose a fim de auxiliar na identificação sugestiva das amostras. Metodologia: Foram coletadas amostras de gatos com suspeita das doenças pela técnica de imprint e biópsia para obtenção de amostras citológicas e para cofecção das preparações histopatológicas, respectivamente. As amotras foram fixadas em formol tamponado a 10%, coradas com Ácido Periódico de Schiff (PAS) e posteriormente analisadas por microscopia óptica. Resultado: A histopatologia de ambas as doenças caracterizaram-se por inflamações granulomatosa ou piogranulomatosa, com quantidade e tipo de leucócitos variados, incluindo: neutrófilos, macrófagos, eosinófilos, linfócitos, células gigantes multinucleadas, mastócitos e plasmócitos. A carga fúngica variou de acordo com o quadro clínico do animal, influenciando na quantidade de leucócitos encontradas. Em ambos os casos é possível observar as leveduras fagocitadas por macrófagos e neutrófilos, bem como no meio extracelular. Como diferencial, no entanto, a esporotricose apresenta levedura com morfologia oval, redonda ou alongada em “forma de charuto” com halo claro, medindo de 4μm a 8μm e geralmente exibe brotamento de base estreita. Já a criptococose apresenta leveduras esféricas, medindo de 2μm a 10μm com presença de uma cápsula gelatinosa em seu entorno que não se cora. Conclusão: Portanto, a citologia e/ou histopatologia é um método de triagem confiável, que garante resultados preciso para clínicos e veterinários evitarem erros durante a fase analítica.
{"title":"COMPARAÇÃO CLÍNICA DE AMOSTRAS MICÓTICAS DE GATOS DOMÉSTICOS (FELIS CATUS): ESPOROTRICOSE E CRIPITOCOCOSE","authors":"Bruna Sthephany dos Santos Marinho","doi":"10.51161/conalab/7839","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/7839","url":null,"abstract":"Introdução: A esporotricose (complexo Sporothrix sp.) e a criptococose (Cryptococcus sp.) são doenças fúngicas induzidas por leveduras. Elas causam lesões de forma aguda ou crônica nos tecidos dos mamíferos como principal meio de manifestação clínica. Ambas de carater zoonótico, sendo o gato a espécie mais suceptível a elas. São dermatologicamente idênticas e, portanto, de diagnóstico macroscópico impreciso. Elas clinicamente possuem morfologias microscópicas semelhantes, e por isso são a maior causa de confusão no diagnóstico durate a fase analítica. Embora isto, elas apresentam particularidades morfológicas diferentes. Objetivo: Destrinchar a morfologia microscópica das amostras de esporotricose e cripitococose a fim de auxiliar na identificação sugestiva das amostras. Metodologia: Foram coletadas amostras de gatos com suspeita das doenças pela técnica de imprint e biópsia para obtenção de amostras citológicas e para cofecção das preparações histopatológicas, respectivamente. As amotras foram fixadas em formol tamponado a 10%, coradas com Ácido Periódico de Schiff (PAS) e posteriormente analisadas por microscopia óptica. Resultado: A histopatologia de ambas as doenças caracterizaram-se por inflamações granulomatosa ou piogranulomatosa, com quantidade e tipo de leucócitos variados, incluindo: neutrófilos, macrófagos, eosinófilos, linfócitos, células gigantes multinucleadas, mastócitos e plasmócitos. A carga fúngica variou de acordo com o quadro clínico do animal, influenciando na quantidade de leucócitos encontradas. Em ambos os casos é possível observar as leveduras fagocitadas por macrófagos e neutrófilos, bem como no meio extracelular. Como diferencial, no entanto, a esporotricose apresenta levedura com morfologia oval, redonda ou alongada em “forma de charuto” com halo claro, medindo de 4μm a 8μm e geralmente exibe brotamento de base estreita. Já a criptococose apresenta leveduras esféricas, medindo de 2μm a 10μm com presença de uma cápsula gelatinosa em seu entorno que não se cora. Conclusão: Portanto, a citologia e/ou histopatologia é um método de triagem confiável, que garante resultados preciso para clínicos e veterinários evitarem erros durante a fase analítica.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128888897","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ana Kelvia Araujo Arcanjo, Antonio Neudimar Bastos Costa, Rafaela Linhares Ponte Rangel, Izabelly Linhares Ponte Brito, Claudio Roberto Ferreira DE Sousa
Introdução: A leucemia promielocítica (LPA) é um dos subtipos mais graves de leucemia mieloide aguda (LMA), conhecida como LMA-M3 segundo a classificação Franco Américo Britânica (FAB). Os avanços na terapêutica vêm contribuindo para o aumento das taxas de sobrevida na doença, e melhorando o prognóstico. Objetivos: Apresentar um caso de um paciente diagnosticado com Leucemia Promielocítica Aguda. Metodologia: Informações foram obtidas por meio de dados de exame clínico e análise do prontuário, além de revisão bibliográfica sobre o tema. Resultados: Paciente feminino, 26 anos de idade, encaminhado ao serviço de referência com história de aumento de volume abdominal há 1 mês, seguido de aumento de metrorragia, gengivorragia, astenia, adinamia progressiva, com risco de complicação, associado ao hemograma demonstrando uma pancitopenia, com leucometria total 10.990/mm3, 74% de blastos (promielócitos anômalos); plaquetas 18 mil/mm3. Realizou-se a avaliação morfológica do aspirado de medula óssea para sua confirmação, porém como já havia a suspeita da leucemia, o tratamento foi iniciado, mesmo antes da conclusão dos exames complementares. No mielograma, foi verificado uma expansão clonal de promielócitos anômalos (blastos) de tamanho médio, com núcleo excêntrico, granulação abundante e numerosos bastonetes de Auer. A imunofenotipagem apresentou os seguintes marcadores positivos: CD33 e CD13, marcadores de linhagem mieloide, e identificou imunofenótipo sugestivo de Leucemia Promielocítica Aguda, com 57% de blastos com marcação positiva para CD11c, sugerindo maturação dos promielócitos e compatível com uso de terapia alvo. Além da caracterização dos antígenos expressos pelas células envolvidas, a citometria de fluxo forneceu informação quanto ao tamanho e à granulosidade celular. Conclusão: Conclui-se que importância do tratamento e diagnóstico precoce da Leucemia Promielocítica Aguda são necessários para evitar sérios problemas de hemorragia e coagulação. A evolução do paciente necessita de avaliações clínicas detalhadas, além de amplo conhecimento acerca das opções terapêuticas.
{"title":"RELATO DE CASO: LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA (LPA)","authors":"Ana Kelvia Araujo Arcanjo, Antonio Neudimar Bastos Costa, Rafaela Linhares Ponte Rangel, Izabelly Linhares Ponte Brito, Claudio Roberto Ferreira DE Sousa","doi":"10.51161/conalab/8975","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/8975","url":null,"abstract":"Introdução: A leucemia promielocítica (LPA) é um dos subtipos mais graves de leucemia mieloide aguda (LMA), conhecida como LMA-M3 segundo a classificação Franco Américo Britânica (FAB). Os avanços na terapêutica vêm contribuindo para o aumento das taxas de sobrevida na doença, e melhorando o prognóstico. Objetivos: Apresentar um caso de um paciente diagnosticado com Leucemia Promielocítica Aguda. Metodologia: Informações foram obtidas por meio de dados de exame clínico e análise do prontuário, além de revisão bibliográfica sobre o tema. Resultados: Paciente feminino, 26 anos de idade, encaminhado ao serviço de referência com história de aumento de volume abdominal há 1 mês, seguido de aumento de metrorragia, gengivorragia, astenia, adinamia progressiva, com risco de complicação, associado ao hemograma demonstrando uma pancitopenia, com leucometria total 10.990/mm3, 74% de blastos (promielócitos anômalos); plaquetas 18 mil/mm3. Realizou-se a avaliação morfológica do aspirado de medula óssea para sua confirmação, porém como já havia a suspeita da leucemia, o tratamento foi iniciado, mesmo antes da conclusão dos exames complementares. No mielograma, foi verificado uma expansão clonal de promielócitos anômalos (blastos) de tamanho médio, com núcleo excêntrico, granulação abundante e numerosos bastonetes de Auer. A imunofenotipagem apresentou os seguintes marcadores positivos: CD33 e CD13, marcadores de linhagem mieloide, e identificou imunofenótipo sugestivo de Leucemia Promielocítica Aguda, com 57% de blastos com marcação positiva para CD11c, sugerindo maturação dos promielócitos e compatível com uso de terapia alvo. Além da caracterização dos antígenos expressos pelas células envolvidas, a citometria de fluxo forneceu informação quanto ao tamanho e à granulosidade celular. Conclusão: Conclui-se que importância do tratamento e diagnóstico precoce da Leucemia Promielocítica Aguda são necessários para evitar sérios problemas de hemorragia e coagulação. A evolução do paciente necessita de avaliações clínicas detalhadas, além de amplo conhecimento acerca das opções terapêuticas.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129054091","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A medicina regenerativa é um tema atual e simultaneamente antigo, uma vez que décadas de pesquisa são empregados no seu estudo. Porém, não é possível utilizar a tecnologia, uma vez que a capacidade de diferenciação e regeneração de novos tecidos não é viável. Ademais, é notório que parte da população brasileira ainda não conhece ou nunca ouviu falar da medicina regenerativa. Objetivo: conscientizar o público universitário e as comunidades, por meio de estratégias educativas sobre a importância da temática. Ainda, monitorar por meio da urinálise a função renal como prevenção para complicações renais e alertar para a incapacidade da medicina regenerativa na terapêutica. Metodologia: Foi aplicado questionário com perguntas simples e diretas, divulgado vídeo em rede social e plataformas de mídia, bem como feito um encontro remoto para debate e sanar duvidas dos participantes quanto a temática. Por fim, foi avaliado marcadores renais na urina de 10 voluntários inicialmente que participaram do encontro remoto, mas foi reduzido a 5 voluntários com o decorrer dos experimentos. Resultados: Na primeira fase do trabalho, o aspecto educativo como ferramenta de conhecimento foi enfatizado, no qual obtivemos um resultado muito positivo, com mais de cem pessoas participando ativamente. A segunda etapa ainda está em andamento, com nove análises completas de urinálise, fazendo dosagens de creatinina, glicose e ureia, no qual demonstra alterações do sistema excretor de 3 dos 5 pacientes. Conclusão: A primeira etapa foi satisfatória, e a segunda etapa está em andamento, faltando como perspectiva avaliar a uréia nos pacientes, bem como o impacto da conscientização referente à temática nos pacientes selecionados.
{"title":"A CONSCIENTIZAÇÃO E A PREVENÇÃO COMO FERRAMENTA DE CONHECIMENTO DA MEDICINA REGENERATIVA E DAS CÉLULAS TRONCO","authors":"Artur Rodrigues DE Miranda, A. M. M. Basso","doi":"10.51161/conalab/8933","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/8933","url":null,"abstract":"Introdução: A medicina regenerativa é um tema atual e simultaneamente antigo, uma vez que décadas de pesquisa são empregados no seu estudo. Porém, não é possível utilizar a tecnologia, uma vez que a capacidade de diferenciação e regeneração de novos tecidos não é viável. Ademais, é notório que parte da população brasileira ainda não conhece ou nunca ouviu falar da medicina regenerativa. Objetivo: conscientizar o público universitário e as comunidades, por meio de estratégias educativas sobre a importância da temática. Ainda, monitorar por meio da urinálise a função renal como prevenção para complicações renais e alertar para a incapacidade da medicina regenerativa na terapêutica. Metodologia: Foi aplicado questionário com perguntas simples e diretas, divulgado vídeo em rede social e plataformas de mídia, bem como feito um encontro remoto para debate e sanar duvidas dos participantes quanto a temática. Por fim, foi avaliado marcadores renais na urina de 10 voluntários inicialmente que participaram do encontro remoto, mas foi reduzido a 5 voluntários com o decorrer dos experimentos. Resultados: Na primeira fase do trabalho, o aspecto educativo como ferramenta de conhecimento foi enfatizado, no qual obtivemos um resultado muito positivo, com mais de cem pessoas participando ativamente. A segunda etapa ainda está em andamento, com nove análises completas de urinálise, fazendo dosagens de creatinina, glicose e ureia, no qual demonstra alterações do sistema excretor de 3 dos 5 pacientes. Conclusão: A primeira etapa foi satisfatória, e a segunda etapa está em andamento, faltando como perspectiva avaliar a uréia nos pacientes, bem como o impacto da conscientização referente à temática nos pacientes selecionados. ","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"101 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122848056","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
J. V. D. O. Melo, Tahiná DE Almeida Lima, Andrei Santos Siqueira
Introdução: É observado dentre países emergentes, em especial o Brasil, grande incidência de casos relacionados ao Epstein bar vírus (EBV) e Helicobater pylori, que apesar de causarem os sintomas amplamente conhecidos por parte da população tem sua patologia vinculada à metilação de genes oncossupressores e super expressão de genes apoptóticos. Objetivos: Relacionar a infecção desses dois microrganismos ao aparecimento de câncer gástrico devido a defasagem vivenciada pelo DNA e sua expressão. Metodologia: A pesquisa foi feita através da leitura de artigos científicos em bases de dados do site PubMed, avaliando sua relação temática como critério de escolha para sua análise. Utilizou-se os descritores H. pylori e Epstein-Barr vírus, sendo datados, os artigos publicados averiguados, entre os anos de 2014 e 2021 Resultados: Percebe-se que existe relação entre metilação de regiões do DNA as infecções por EBV e H. pylori. isoladamente. A coinfecção não tem se mostrado como fator de risco aumentado para aparecimento de carcinomas, quando comparada à carcinogênese de infecções separadamente, indicando diferenciação das vias oncológicas em cada caso. Já foram catalogadas alterações genéticas só encontradas em pacientes com câncer gástrico junto à infecção com, pelo menos um dos microrganismos. Exemplo de tal fato, o gene CDK2, regulador do ciclo celular da fase S, encontrado metilado em pacientes infectados com EBV por vias ainda obscuras, em contraparte, a H. pylori por via de sua inflamação crônica e fatores ainda não especificados, metila o gene CDKN2A, repressor tumoral e regulador da fase G1 do ciclo celular. Nos dois casos, a metilação do DNA está associada à repressão da expressão gênica. Conclusão: Embora ainda não se saiba com grande precisão todos os genes e vias relacionadas ao câncer, as mudanças genéticas e epigenéticas devem ser acompanhadas nos pacientes considerados com um potencial oncológico. Destaca-se ainda, o acompanhamento epidemiológico das duas infecções promovendo a prevenção da carcinogênese como ocorre com o HPV. Percebe-se então, uma contínua necessidade de pesquisa para desvendar quais são os biomarcadores da oncogênese gerados pela infecção de H. pylori e EBV, para propiciar um diagnóstico prévio sobre o câncer gástrico possibilitando maiores chances para efetividade de seu tratamento.
{"title":"RELAÇÃO ENTRE O SISTEMA ONCORREPRESSOR DEFASADO E AS INFECÇÕES POR EPSTEIN-BARR VÍRUS (EBV) E HELICOBACTER PYLORI","authors":"J. V. D. O. Melo, Tahiná DE Almeida Lima, Andrei Santos Siqueira","doi":"10.51161/conalab/7099","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/7099","url":null,"abstract":"Introdução: É observado dentre países emergentes, em especial o Brasil, grande incidência de casos relacionados ao Epstein bar vírus (EBV) e Helicobater pylori, que apesar de causarem os sintomas amplamente conhecidos por parte da população tem sua patologia vinculada à metilação de genes oncossupressores e super expressão de genes apoptóticos. Objetivos: Relacionar a infecção desses dois microrganismos ao aparecimento de câncer gástrico devido a defasagem vivenciada pelo DNA e sua expressão. Metodologia: A pesquisa foi feita através da leitura de artigos científicos em bases de dados do site PubMed, avaliando sua relação temática como critério de escolha para sua análise. Utilizou-se os descritores H. pylori e Epstein-Barr vírus, sendo datados, os artigos publicados averiguados, entre os anos de 2014 e 2021 Resultados: Percebe-se que existe relação entre metilação de regiões do DNA as infecções por EBV e H. pylori. isoladamente. A coinfecção não tem se mostrado como fator de risco aumentado para aparecimento de carcinomas, quando comparada à carcinogênese de infecções separadamente, indicando diferenciação das vias oncológicas em cada caso. Já foram catalogadas alterações genéticas só encontradas em pacientes com câncer gástrico junto à infecção com, pelo menos um dos microrganismos. Exemplo de tal fato, o gene CDK2, regulador do ciclo celular da fase S, encontrado metilado em pacientes infectados com EBV por vias ainda obscuras, em contraparte, a H. pylori por via de sua inflamação crônica e fatores ainda não especificados, metila o gene CDKN2A, repressor tumoral e regulador da fase G1 do ciclo celular. Nos dois casos, a metilação do DNA está associada à repressão da expressão gênica. Conclusão: Embora ainda não se saiba com grande precisão todos os genes e vias relacionadas ao câncer, as mudanças genéticas e epigenéticas devem ser acompanhadas nos pacientes considerados com um potencial oncológico. Destaca-se ainda, o acompanhamento epidemiológico das duas infecções promovendo a prevenção da carcinogênese como ocorre com o HPV. Percebe-se então, uma contínua necessidade de pesquisa para desvendar quais são os biomarcadores da oncogênese gerados pela infecção de H. pylori e EBV, para propiciar um diagnóstico prévio sobre o câncer gástrico possibilitando maiores chances para efetividade de seu tratamento.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"45 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116647035","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Thainá de Almeida Lima, Gleicyane Silva Gomes, Polyanne Soares DE Barros, J. V. D. O. Melo
Introdução: A Síndrome do Ovário Policístico (SOP), é um distúrbio com um expressivo grau epidemiológico, que é caracterizada por hiperandrogenemia, hiperinsulinemia e secreção desordenada de adipocinas. A Resistência à Insulina (RI) demonstra ser uma alteração metabólica pertinente em relação a homeostase, com alto grau de incidência em portadoras de SOP podendo afetar uma grande parcela das pacientes. Objetivo: Compreender os fatores que influenciam a Resistência à Insulina e as mudanças fisiológicas geradas em portadoras da SOP. Metodologia: Foi realizado um levantamento nas bases de dados PubMed, Scielo e Google acadêmico, com estudos que abordassem a relação e influência da resistência à insulina em casos de SOP. Foram utilizados os descritores “Insulin resistance” e “Polycystic ovary syndrome”. Resultados: Por intermédio de pesquisas nas bases de dados, o presente resumo relata a RI como uma característica marcante em casos de SOP, mesmo na ausência de sobrepeso. Esse comprometimento se deve a uma resposta celular inadequada à ação da insulina, em que sua homeostase pode manifestar algumas alterações como glicemia de jejum alterada, tolerância diminuída a glicose ou um risco aumentado para obesidade, intolerância à glicose, Diabetes Mellitus tipo 2 e doenças cardiovasculares.A resistência à insulina provoca dificuldades relacionadas a maturação do óvulo e folículos, pois há um defeito na sinalização do receptor da insulina ovariana (aumento da fosforilação da serina do receptor e do substrato-1). A insulina modula a esteroidogênese ovariana por meio do receptor cognato, o que resulta na interrupção da sinalização da insulina. Consequentemente em resposta a RI as células teca do ovário secretam mais andrógenos. Conclusão: É importante salientar que, embora possa ser controlada através de bons hábitos e meios farmacológicos, as mudanças homeostáticas causadas por esse distúrbio não apresentam cura, sendo necessário uma vigilância em portadoras de SOP, como feito em pacientes com hipertensão. Percebe-se também, a obscuridade ligada aos mecanismos que provocam a insensibilidade celular a insulina, necessitando de uma continua pesquisa relacionada ao descobrimento dos mesmos, visando a elaboração de tratamentos mais eficazes.
{"title":"CORRELAÇÃO DA RESISTÊNCIA À INSULINA (RI) EM PORTADORAS DA SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO (SOP)","authors":"Thainá de Almeida Lima, Gleicyane Silva Gomes, Polyanne Soares DE Barros, J. V. D. O. Melo","doi":"10.51161/conalab/7872","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/7872","url":null,"abstract":"Introdução: A Síndrome do Ovário Policístico (SOP), é um distúrbio com um expressivo grau epidemiológico, que é caracterizada por hiperandrogenemia, hiperinsulinemia e secreção desordenada de adipocinas. A Resistência à Insulina (RI) demonstra ser uma alteração metabólica pertinente em relação a homeostase, com alto grau de incidência em portadoras de SOP podendo afetar uma grande parcela das pacientes. Objetivo: Compreender os fatores que influenciam a Resistência à Insulina e as mudanças fisiológicas geradas em portadoras da SOP. Metodologia: Foi realizado um levantamento nas bases de dados PubMed, Scielo e Google acadêmico, com estudos que abordassem a relação e influência da resistência à insulina em casos de SOP. Foram utilizados os descritores “Insulin resistance” e “Polycystic ovary syndrome”. Resultados: Por intermédio de pesquisas nas bases de dados, o presente resumo relata a RI como uma característica marcante em casos de SOP, mesmo na ausência de sobrepeso. Esse comprometimento se deve a uma resposta celular inadequada à ação da insulina, em que sua homeostase pode manifestar algumas alterações como glicemia de jejum alterada, tolerância diminuída a glicose ou um risco aumentado para obesidade, intolerância à glicose, Diabetes Mellitus tipo 2 e doenças cardiovasculares.A resistência à insulina provoca dificuldades relacionadas a maturação do óvulo e folículos, pois há um defeito na sinalização do receptor da insulina ovariana (aumento da fosforilação da serina do receptor e do substrato-1). A insulina modula a esteroidogênese ovariana por meio do receptor cognato, o que resulta na interrupção da sinalização da insulina. Consequentemente em resposta a RI as células teca do ovário secretam mais andrógenos. Conclusão: É importante salientar que, embora possa ser controlada através de bons hábitos e meios farmacológicos, as mudanças homeostáticas causadas por esse distúrbio não apresentam cura, sendo necessário uma vigilância em portadoras de SOP, como feito em pacientes com hipertensão. Percebe-se também, a obscuridade ligada aos mecanismos que provocam a insensibilidade celular a insulina, necessitando de uma continua pesquisa relacionada ao descobrimento dos mesmos, visando a elaboração de tratamentos mais eficazes.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126434200","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A água é um elemento indispensável para a vida das pessoas, porém pode trazer riscos à saúde. Poucos são os estudos voltados para parasitos provenientes da água, a maioria refere-se às bactérias do grupo Coliformes, assim sendo, a análise parasitológica da água proveniente dos bebedouros ocupa um papel fundamental, visto que crianças, adolescentes e jovens permanecem grande parte do dia nestas instituições de ensino. Objetivo: Desta forma, o objetivo do trabalho foi avaliar a contaminação por parasitos em águas provenientes de bebedouros localizados em instituições de ensino na cidade de Serra Talhada – PE. Materiais e métodos: A metodologia aplicada no trabalho baseou-se nos princípios da técnica de sedimentação espontânea de Hoffman, Pons & Janer (1934). Dessa forma, foram coletadas trinta amostras de água de dez instituições de ensino, no horário da manhã, além de ter sido feito sorteio aleatório tanto do bebedouro como da torneira que seria realizada a coleta. Uma vez coletadas as amostras foram analisadas no Laboratório de Biologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica de Serra Talhada (LABIOO), com o auxílio do microscópio ótico. Resultados: Foram coletadas 30 amostras de água oriundas de dez instituições de ensino, das quais em análise apresentaram resultados positivos para seis amostras, sendo observada presença de protozoário, nematoide e artrópode. De uma forma geral o trabalho apresentou resultados bastante satisfatórios, sendo que 20% (6/30) das amostras apresentaram resultados positivos para a presença de parasitos. Conclusão: Conclui-se então que existe uma prevalência de parasitos em bebedouros pertencentes a instituições de ensino. É claro que a porcentagem de vinte por centro não é alta, contudo, torna-se preocupante, pois, os parasitos são causadores de enfermidades que, dependendo da infecção podem acarretar a morte, principalmente em crianças.
{"title":"FREQUÊNCIA DE PARASITOS EM ÁGUAS PROVENIENTES DE BEBEDOUROS EM INSTITUIÇÕES DE ENSINO LOCALIZADAS NA CIDADE DE SERRA TALHADA – PE","authors":"Amanda Teresa da Silva Novaes, M. M. D. Lima","doi":"10.51161/conalab/7782","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/7782","url":null,"abstract":"Introdução: A água é um elemento indispensável para a vida das pessoas, porém pode trazer riscos à saúde. Poucos são os estudos voltados para parasitos provenientes da água, a maioria refere-se às bactérias do grupo Coliformes, assim sendo, a análise parasitológica da água proveniente dos bebedouros ocupa um papel fundamental, visto que crianças, adolescentes e jovens permanecem grande parte do dia nestas instituições de ensino. Objetivo: Desta forma, o objetivo do trabalho foi avaliar a contaminação por parasitos em águas provenientes de bebedouros localizados em instituições de ensino na cidade de Serra Talhada – PE. Materiais e métodos: A metodologia aplicada no trabalho baseou-se nos princípios da técnica de sedimentação espontânea de Hoffman, Pons & Janer (1934). Dessa forma, foram coletadas trinta amostras de água de dez instituições de ensino, no horário da manhã, além de ter sido feito sorteio aleatório tanto do bebedouro como da torneira que seria realizada a coleta. Uma vez coletadas as amostras foram analisadas no Laboratório de Biologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadêmica de Serra Talhada (LABIOO), com o auxílio do microscópio ótico. Resultados: Foram coletadas 30 amostras de água oriundas de dez instituições de ensino, das quais em análise apresentaram resultados positivos para seis amostras, sendo observada presença de protozoário, nematoide e artrópode. De uma forma geral o trabalho apresentou resultados bastante satisfatórios, sendo que 20% (6/30) das amostras apresentaram resultados positivos para a presença de parasitos. Conclusão: Conclui-se então que existe uma prevalência de parasitos em bebedouros pertencentes a instituições de ensino. É claro que a porcentagem de vinte por centro não é alta, contudo, torna-se preocupante, pois, os parasitos são causadores de enfermidades que, dependendo da infecção podem acarretar a morte, principalmente em crianças.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"82 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121206144","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Laura Targino Luque, A. Miranda, Daniela Ferrari Micheletti, Katiany Rizzieri Caleffi-Ferracioli, Regiane Bertin de Lima Scodro
Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é a segunda infecção mais comum na população em geral, podendo causar graves consequências à saúde do paciente. A pandemia pelo SARS-CoV-2 tem modificado a epidemiologia de várias patologias. Alguns estudos têm mostrado que pacientes infectados pelo coronavírus podem apresentar alguma repercussão sobre o aparelho urinário. Objetivo: Este trabalho teve por objetivo avaliar o perfil das bactérias isoladas em uroculturas positivas, durante o período pandêmico por COVID-19 (2020 a 2022), provenientes de pacientes internados num hospital público. Material e Métodos: Foi realizado um levantamento retrospectivo dos resultados de amostras de urinas positivas, quanto ao tipo de bactéria e perfil de sensibilidade aos antimicrobianos, realizadas pelo laboratório de Bacteriologia Médica, lotado no LEPAC/UEM. Resultados: Neste estudo, foi observado maior prevalência de infecção urinária causada por bactérias Gram negativas, tais como Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Enteroccus faecalis. Entre as espécies mais prevalentes, de modo geral, foi observado aumento da resistência bacteriana em 2021 e 2022 quando comparado a 2020, o que pode ter sido influenciado pela pandemia da COVID-19. Conclusão: Por fim, pudemos observar uma correlação entre o número de casos de COVID-19 na população local com o aumento do número de uroculturas positivas analisadas no mesmo período. Os dados sugerem o impacto da pandemia pelo coronavírus nas infecções do trato urinário de origem bacteriana, evidenciando a necessidade de uma maior atenção e intervenção, especialmente nos casos de pacientes com comorbidades, a fim de reduzir o número de óbitos, o consequente aumento de resistência bacteriana os gastos públicos com esta patologia.
{"title":"INFECÇÃO URINÁRIA EM TEMPOS DE COVID-19","authors":"Laura Targino Luque, A. Miranda, Daniela Ferrari Micheletti, Katiany Rizzieri Caleffi-Ferracioli, Regiane Bertin de Lima Scodro","doi":"10.51161/conalab/8549","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/8549","url":null,"abstract":"Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é a segunda infecção mais comum na população em geral, podendo causar graves consequências à saúde do paciente. A pandemia pelo SARS-CoV-2 tem modificado a epidemiologia de várias patologias. Alguns estudos têm mostrado que pacientes infectados pelo coronavírus podem apresentar alguma repercussão sobre o aparelho urinário. Objetivo: Este trabalho teve por objetivo avaliar o perfil das bactérias isoladas em uroculturas positivas, durante o período pandêmico por COVID-19 (2020 a 2022), provenientes de pacientes internados num hospital público. Material e Métodos: Foi realizado um levantamento retrospectivo dos resultados de amostras de urinas positivas, quanto ao tipo de bactéria e perfil de sensibilidade aos antimicrobianos, realizadas pelo laboratório de Bacteriologia Médica, lotado no LEPAC/UEM. Resultados: Neste estudo, foi observado maior prevalência de infecção urinária causada por bactérias Gram negativas, tais como Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae e Enteroccus faecalis. Entre as espécies mais prevalentes, de modo geral, foi observado aumento da resistência bacteriana em 2021 e 2022 quando comparado a 2020, o que pode ter sido influenciado pela pandemia da COVID-19. Conclusão: Por fim, pudemos observar uma correlação entre o número de casos de COVID-19 na população local com o aumento do número de uroculturas positivas analisadas no mesmo período. Os dados sugerem o impacto da pandemia pelo coronavírus nas infecções do trato urinário de origem bacteriana, evidenciando a necessidade de uma maior atenção e intervenção, especialmente nos casos de pacientes com comorbidades, a fim de reduzir o número de óbitos, o consequente aumento de resistência bacteriana os gastos públicos com esta patologia.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"62 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127941526","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Gabrielle do Prado Scarabel, Rubia Andreia Falleiros de Pádua, Vanessa Lumi Koga, Regiane Bertin de Lima Scodro, Katiany Rizzieri Caleffi-Ferracioli
Introdução: As infecções sanguíneas bacterianas são uma das principais causas de mortalidade e morbidade no ambiente hospitalar, principalmente em pacientes internados em UTIs. A rápida disseminação da síndrome respiratória aguda grave pelo SARS-CoV-2 durante a pandemia iniciada em 2019 levou a um aumento dramático no número de hemoculturas executadas pelos laboratórios de análises clínicas. Considerando o impacto do coronavírus na epidemiologia de várias patologias, mudanças no perfil da bacteremia e infecções sistêmicas de origem bacteriana são esperadas. Objetivo: avaliar o perfil das bactérias isoladas em hemoculturas positivas durante a epidemia por SARS-CoV-2 em pacientes internados num hospital público de Maringá. Metodologia: O trabalho foi elaborado a partir de um estudo transversal retrospectivo baseado na análise dos resultados de exames de hemoculturas realizadas pelo Laboratório de Bacteriologia Médica do LEPAC/UEM durante o período de 2020 a 2022. Através da disposição dos dados em tabelas e gráficos, foi possível visualizar que os picos de casos graves de COVID-19 foram acompanhados de aumentos significativos de exames de hemoculturas positivas em ambiente hospitalar, de modo que no ano de 2021 o número total de hemoculturas positivas analisadas aumentou 145,54% quando comparado ao ano anterior. Também foi possível relacionar a queda progressiva dos casos de positivação de hemoculturas com o início das campanhas de vacinação no município de Maringá. Além disso, foram analisadas as bactérias causadoras das infecções sanguíneas e seu perfil de resistência, observando-se uma maior presença das bactérias Gram-positivas Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus aureus e Enterococcus faecalis, as quais foram testadas para 12, 12 e 8 tipos distintos de antibióticos, respectivamente; e desses, 7, 3 e 3 antibióticos resultaram resistência maior que 50%. Conclusão: Os dados analisados em conjunto evidenciam que houve uma correlação entre os casos de infecções graves por coronavírus e infecções sanguíneas no período estudado, fato que pode estar intimamente relacionado com a hospitalização de casos graves de COVID-19 em UTIs, onde os pacientes estão mais suscetíveis a adquirir infecções nosocomiais oportunistas e consequentemente evoluir para infecções sanguíneas. Com os resultados obtidos neste estudo esperamos contribuir para implementação de medidas de vigilância e controle das infecções sistêmicas.
{"title":"HEMOCULTURAS POSITIVAS EM TEMPOS DE COVID-19","authors":"Gabrielle do Prado Scarabel, Rubia Andreia Falleiros de Pádua, Vanessa Lumi Koga, Regiane Bertin de Lima Scodro, Katiany Rizzieri Caleffi-Ferracioli","doi":"10.51161/conalab/8543","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/8543","url":null,"abstract":"Introdução: As infecções sanguíneas bacterianas são uma das principais causas de mortalidade e morbidade no ambiente hospitalar, principalmente em pacientes internados em UTIs. A rápida disseminação da síndrome respiratória aguda grave pelo SARS-CoV-2 durante a pandemia iniciada em 2019 levou a um aumento dramático no número de hemoculturas executadas pelos laboratórios de análises clínicas. Considerando o impacto do coronavírus na epidemiologia de várias patologias, mudanças no perfil da bacteremia e infecções sistêmicas de origem bacteriana são esperadas. Objetivo: avaliar o perfil das bactérias isoladas em hemoculturas positivas durante a epidemia por SARS-CoV-2 em pacientes internados num hospital público de Maringá. Metodologia: O trabalho foi elaborado a partir de um estudo transversal retrospectivo baseado na análise dos resultados de exames de hemoculturas realizadas pelo Laboratório de Bacteriologia Médica do LEPAC/UEM durante o período de 2020 a 2022. Através da disposição dos dados em tabelas e gráficos, foi possível visualizar que os picos de casos graves de COVID-19 foram acompanhados de aumentos significativos de exames de hemoculturas positivas em ambiente hospitalar, de modo que no ano de 2021 o número total de hemoculturas positivas analisadas aumentou 145,54% quando comparado ao ano anterior. Também foi possível relacionar a queda progressiva dos casos de positivação de hemoculturas com o início das campanhas de vacinação no município de Maringá. Além disso, foram analisadas as bactérias causadoras das infecções sanguíneas e seu perfil de resistência, observando-se uma maior presença das bactérias Gram-positivas Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus aureus e Enterococcus faecalis, as quais foram testadas para 12, 12 e 8 tipos distintos de antibióticos, respectivamente; e desses, 7, 3 e 3 antibióticos resultaram resistência maior que 50%. Conclusão: Os dados analisados em conjunto evidenciam que houve uma correlação entre os casos de infecções graves por coronavírus e infecções sanguíneas no período estudado, fato que pode estar intimamente relacionado com a hospitalização de casos graves de COVID-19 em UTIs, onde os pacientes estão mais suscetíveis a adquirir infecções nosocomiais oportunistas e consequentemente evoluir para infecções sanguíneas. Com os resultados obtidos neste estudo esperamos contribuir para implementação de medidas de vigilância e controle das infecções sistêmicas.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121872290","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Antônio Felipe Silva Carvalho, T. Ferreira, L. M. S. E. Silva, Rodrigo Mendonça Cardoso Pestana, José Antônio Costa Leite
Introdução: As doenças ou infecções que acometem o trato respiratório superior ou inferior e que levam a obstrução da passagem de ar, tanto no nível nasal como no nível bronquiolar, são definidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doenças respiratórias. As infecções das vias respiratórias superiores (IVRS) são muito frequentes e raramente oferecem risco de morte. Por outro lado, as infecções das vias respiratórias inferiores (IVRI) são responsáveis por doenças mais graves, como gripe, tuberculose e pneumonias, as quais são consideradas as principais causas de mortalidade por infecções respiratórias agudas (IRAs). Dentre os principais agentes etiológicos causadores de infecções do trato respiratório inferior, pode-se citar fungos, vírus e bactérias. Objetivo: Diante disso, esse trabalho tem a finalidade de apresentar os dados de morbidade hospitalar por pneumonia no SUS durante 2021. Metodologia: A pesquisa foi realizada por meio de consulta ao departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), um órgão com a responsabilidade de coletar, processar e disseminar informações sobre saúde. Resultados: Em 2021, 356.393 pessoas foram internadas por pneumonia no Brasil, sendo 53,5% do sexo masculino e 46,5% do sexo feminino. A região sudeste foi responsável pela maioria dos casos (145.840, 40,9%) com o estado de São Paulo apresentando o maior percentual (48,9%), seguido por Minas Gerais (27%), Rio de Janeiro (18,5%) e Espírito Santo (5,4%). A faixa etária mais acometida pela doença foi de idosos com 60 anos ou mais (45,6%) seguida pelo grupo de pacientes com idade entre 1 e 4 anos (14,7%). A pneumonia foi responsável pelo óbito de 13% dos pacientes internados, sendo mais letal em homens, com 53,3% dos óbitos. Conclusão: A pneumonia foi uma das principais causas de internação no Brasil durante 2021, sendo uma doença de importância ao SUS devido à alta morbimortalidade e origem multicausal. Dessa forma, o estudo das pneumonias é essencial para descobertas de novas alternativas terapêuticas necessárias para a redução dos casos dessa doença.
{"title":"CARACTERIZAÇÃO DA MORBIDADE HOSPITALAR POR PNEUMONIA NO SUS DURANTE 2021","authors":"Antônio Felipe Silva Carvalho, T. Ferreira, L. M. S. E. Silva, Rodrigo Mendonça Cardoso Pestana, José Antônio Costa Leite","doi":"10.51161/conalab/8357","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/8357","url":null,"abstract":"Introdução: As doenças ou infecções que acometem o trato respiratório superior ou inferior e que levam a obstrução da passagem de ar, tanto no nível nasal como no nível bronquiolar, são definidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doenças respiratórias. As infecções das vias respiratórias superiores (IVRS) são muito frequentes e raramente oferecem risco de morte. Por outro lado, as infecções das vias respiratórias inferiores (IVRI) são responsáveis por doenças mais graves, como gripe, tuberculose e pneumonias, as quais são consideradas as principais causas de mortalidade por infecções respiratórias agudas (IRAs). Dentre os principais agentes etiológicos causadores de infecções do trato respiratório inferior, pode-se citar fungos, vírus e bactérias. Objetivo: Diante disso, esse trabalho tem a finalidade de apresentar os dados de morbidade hospitalar por pneumonia no SUS durante 2021. Metodologia: A pesquisa foi realizada por meio de consulta ao departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), um órgão com a responsabilidade de coletar, processar e disseminar informações sobre saúde. Resultados: Em 2021, 356.393 pessoas foram internadas por pneumonia no Brasil, sendo 53,5% do sexo masculino e 46,5% do sexo feminino. A região sudeste foi responsável pela maioria dos casos (145.840, 40,9%) com o estado de São Paulo apresentando o maior percentual (48,9%), seguido por Minas Gerais (27%), Rio de Janeiro (18,5%) e Espírito Santo (5,4%). A faixa etária mais acometida pela doença foi de idosos com 60 anos ou mais (45,6%) seguida pelo grupo de pacientes com idade entre 1 e 4 anos (14,7%). A pneumonia foi responsável pelo óbito de 13% dos pacientes internados, sendo mais letal em homens, com 53,3% dos óbitos. Conclusão: A pneumonia foi uma das principais causas de internação no Brasil durante 2021, sendo uma doença de importância ao SUS devido à alta morbimortalidade e origem multicausal. Dessa forma, o estudo das pneumonias é essencial para descobertas de novas alternativas terapêuticas necessárias para a redução dos casos dessa doença.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"77 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132648295","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A vitamina D, é um hormônio esteroide que atua bem em diversos aspectos no nosso organismo. No sistema imunológico, os receptores de Vitamina D (RVD) estão presentes nos linfócito T e B, célula NK, macrófagos e linfócitos CD8 maduros, desempenhando papel importante no mecanismo de ação da vitamina D, que podemos citar o aumento na geração de surfactantes e diminuição da pressão nos alvéolos, elementos que são comprometidos na infecção por Covid-19, como também o controle na distinção dos linfócito CD4 e CD8, redução das citocinas TNF alfa e IL-2, que recentemente estudos mostraram que estas duas se encontram relacionadas com os níveis de mortalidade pela Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), uma grave evolução dos pacientes com Covid-19. A hipovitaminose coopera para o quadro de linfopenia e a elevação das citocinas inflamatórias. Objetivo: Devido à sua importância no sistema imune, o objetivo desse estudo é descrever o mecanismo de ação desta vitamina no sistema imunológico durante a infecção por Covid 19. Material e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica com base nos artigos publicados no SciElo, PubMed e Sociedade Brasileira de Imunologia, obedecendo critérios de inclusão os artigos que tinha como palavra-chave "Vitamina D, Sistema Imunológico, Covid-19", publicações nos últimos 10 anos, idioma português e ensaios clínicos realizados apenas em seres humanos. Foram excluído artigos com período acima de 10 anos por serem classificado como desatualizados, artigos em outro idioma, ensaios clínicos com animais e com difícil acesso. Resultados: Com base nos artigos que obedeceram os critério de inclusão, a Vitamina D em seus níveis suficientes é de extrema importância para indivíduos saudáveis e principalmente para pessoas que receberam diagnóstico positivo para Covid-19, isto porquê ela trabalha na imunidade inata e adquirida, com atuação eficiente como resposta na interação antigeno-hospedeiro, protege o trato respiratório e vascular. Conclusão A Vitamina D contribui significativamente para um melhor prognóstico do paciente com Covid-19, seus valores suficientes no sangue são capazes de reduzir os riscos para danos cardiovasculares, aumenta a concentração de citocinas anti-inflamatórias, e aumenta a tolerância imunogênica. Sendo assim, é indicado a suplementação para indivíduos com níveis insuficientes no sangue.
{"title":"VITAMINA D E SEU DESENVOLVIMENTO NO COMBATE À COVID 19: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA","authors":"Lídia Maria Freitas da Silva","doi":"10.51161/conalab/7057","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/conalab/7057","url":null,"abstract":"Introdução: A vitamina D, é um hormônio esteroide que atua bem em diversos aspectos no nosso organismo. No sistema imunológico, os receptores de Vitamina D (RVD) estão presentes nos linfócito T e B, célula NK, macrófagos e linfócitos CD8 maduros, desempenhando papel importante no mecanismo de ação da vitamina D, que podemos citar o aumento na geração de surfactantes e diminuição da pressão nos alvéolos, elementos que são comprometidos na infecção por Covid-19, como também o controle na distinção dos linfócito CD4 e CD8, redução das citocinas TNF alfa e IL-2, que recentemente estudos mostraram que estas duas se encontram relacionadas com os níveis de mortalidade pela Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), uma grave evolução dos pacientes com Covid-19. A hipovitaminose coopera para o quadro de linfopenia e a elevação das citocinas inflamatórias. Objetivo: Devido à sua importância no sistema imune, o objetivo desse estudo é descrever o mecanismo de ação desta vitamina no sistema imunológico durante a infecção por Covid 19. Material e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica com base nos artigos publicados no SciElo, PubMed e Sociedade Brasileira de Imunologia, obedecendo critérios de inclusão os artigos que tinha como palavra-chave \"Vitamina D, Sistema Imunológico, Covid-19\", publicações nos últimos 10 anos, idioma português e ensaios clínicos realizados apenas em seres humanos. Foram excluído artigos com período acima de 10 anos por serem classificado como desatualizados, artigos em outro idioma, ensaios clínicos com animais e com difícil acesso. Resultados: Com base nos artigos que obedeceram os critério de inclusão, a Vitamina D em seus níveis suficientes é de extrema importância para indivíduos saudáveis e principalmente para pessoas que receberam diagnóstico positivo para Covid-19, isto porquê ela trabalha na imunidade inata e adquirida, com atuação eficiente como resposta na interação antigeno-hospedeiro, protege o trato respiratório e vascular. Conclusão A Vitamina D contribui significativamente para um melhor prognóstico do paciente com Covid-19, seus valores suficientes no sangue são capazes de reduzir os riscos para danos cardiovasculares, aumenta a concentração de citocinas anti-inflamatórias, e aumenta a tolerância imunogênica. Sendo assim, é indicado a suplementação para indivíduos com níveis insuficientes no sangue.","PeriodicalId":107474,"journal":{"name":"Anais do I Congresso Brasileiro On-line Multiprofissional de Análises Clínicas e Laboratoriais","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-07-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130681174","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
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