Pub Date : 2023-02-17DOI: 10.57167/rev-sbph.v25.481
Greice Herédia dos Santos-Moura, Deborah Nimtzovitch Cualhete, Maria Thereza de Almeida Fernandes
Os Cuidados Paliativos (CP) são cuidados holísticos a indivíduos que se encontram em intenso sofrimento relacionados à saúde, proveniente de doença ameaçadora da vida. Por isso, percebemos a importância dos CP para o paciente oncológico. Nesse sentido, deve-se reunir as habilidades de uma equipe multidisciplinar, pois a compreensão multideterminada e contextual do paciente e do seu processo de adoecimento favorece a humanização. No presente estudo, tem-se como objetivo compreender a atuação e a percepção dos cuidados da equipe multiprofissional do Hospital Santa Marcelina de Itaquera acerca da assistência aos pacientes oncológicos em CP. Na construção e análise de dados, utilizou-se o paradigma metodológico qualitativo. Como instrumentos, foram utilizados questionário sociodemográfico e entrevista semiestruturada. Participaram da pesquisa diferentes profissionais que atuam na assistência em CP. Os resultados foram submetidos à análise de conteúdo temática segundo Bardin (1997), de forma a elaborar uma síntese interpretativa que dialogue com objetivos e apresentados em seis categorias: conceito de CP; relação com a Oncologia; itinerário de cuidado; papel profissional; interdisciplinaridade; e desafios. A atuação em CP deve ser reflexiva e multiplicadora, já que, dessa forma, o trabalho será de promoção de qualidade de vida aos pacientes e familiares e de ampliação da rede de cuidados.
{"title":"Percepção dos cuidados da equipe multiprofissional na assistência ao paciente oncológico em Cuidados Paliativos","authors":"Greice Herédia dos Santos-Moura, Deborah Nimtzovitch Cualhete, Maria Thereza de Almeida Fernandes","doi":"10.57167/rev-sbph.v25.481","DOIUrl":"https://doi.org/10.57167/rev-sbph.v25.481","url":null,"abstract":"Os Cuidados Paliativos (CP) são cuidados holísticos a indivíduos que se encontram em intenso sofrimento relacionados à saúde, proveniente de doença ameaçadora da vida. Por isso, percebemos a importância dos CP para o paciente oncológico. Nesse sentido, deve-se reunir as habilidades de uma equipe multidisciplinar, pois a compreensão multideterminada e contextual do paciente e do seu processo de adoecimento favorece a humanização. No presente estudo, tem-se como objetivo compreender a atuação e a percepção dos cuidados da equipe multiprofissional do Hospital Santa Marcelina de Itaquera acerca da assistência aos pacientes oncológicos em CP. Na construção e análise de dados, utilizou-se o paradigma metodológico qualitativo. Como instrumentos, foram utilizados questionário sociodemográfico e entrevista semiestruturada. Participaram da pesquisa diferentes profissionais que atuam na assistência em CP. Os resultados foram submetidos à análise de conteúdo temática segundo Bardin (1997), de forma a elaborar uma síntese interpretativa que dialogue com objetivos e apresentados em seis categorias: conceito de CP; relação com a Oncologia; itinerário de cuidado; papel profissional; interdisciplinaridade; e desafios. A atuação em CP deve ser reflexiva e multiplicadora, já que, dessa forma, o trabalho será de promoção de qualidade de vida aos pacientes e familiares e de ampliação da rede de cuidados.","PeriodicalId":117070,"journal":{"name":"Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar","volume":"33 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126267779","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Alícia Vanessa Silva de Santana, Bruna Manuele Ramos de Oliveira, Edivana Almeida Aguiar dos Santos
O câncer infantil causa impactos na vida da criança e da família, diante disso, o papel do psicólogo utilizando a sua escuta como intervenção na oncologia pediátrica visa promover uma melhor qualidade de vida e um auxílio na construção de estratégias de enfrentamento. O objetivo deste estudo consistiu em identificar as principais contribuições da escuta psicológica na oncologia pediátrica hospitalar aos pacientes que estão em tratamento do câncer no hospital. Foi realizada revisão da literatura publicada entre 2010 e 2020, a partir da busca em bases de dados eletrônicos. Os resultados indicaram que o impacto do diagnóstico do câncer infantil repercute tanto na dimensão individual quanto familiar, e diante desse contexto a escuta psicológica, pelo olhar da Gestalt-Terapia, como intervenção dentro da oncologia pediátrica hospitalar, é fundamental de importância como suporte frente às adversidades enfrentadas. Concluiu-se que muitas mudanças ocorrem na vida da criança e da família durante o adoecimento oncológico e para uma melhor adaptação a esse contexto se fazem necessárias intervenções psicológicas através da escuta empática e de ferramentas funcionais como o lúdico que possibilitem a criação de estratégias de enfrentamento diante do adoecer.
{"title":"importância da escuta psicológica na oncologia pediátrica hospitalar","authors":"Alícia Vanessa Silva de Santana, Bruna Manuele Ramos de Oliveira, Edivana Almeida Aguiar dos Santos","doi":"10.57167/rev-sbph.25.25","DOIUrl":"https://doi.org/10.57167/rev-sbph.25.25","url":null,"abstract":"O câncer infantil causa impactos na vida da criança e da família, diante disso, o papel do psicólogo utilizando a sua escuta como intervenção na oncologia pediátrica visa promover uma melhor qualidade de vida e um auxílio na construção de estratégias de enfrentamento. O objetivo deste estudo consistiu em identificar as principais contribuições da escuta psicológica na oncologia pediátrica hospitalar aos pacientes que estão em tratamento do câncer no hospital. Foi realizada revisão da literatura publicada entre 2010 e 2020, a partir da busca em bases de dados eletrônicos. Os resultados indicaram que o impacto do diagnóstico do câncer infantil repercute tanto na dimensão individual quanto familiar, e diante desse contexto a escuta psicológica, pelo olhar da Gestalt-Terapia, como intervenção dentro da oncologia pediátrica hospitalar, é fundamental de importância como suporte frente às adversidades enfrentadas. Concluiu-se que muitas mudanças ocorrem na vida da criança e da família durante o adoecimento oncológico e para uma melhor adaptação a esse contexto se fazem necessárias intervenções psicológicas através da escuta empática e de ferramentas funcionais como o lúdico que possibilitem a criação de estratégias de enfrentamento diante do adoecer.","PeriodicalId":117070,"journal":{"name":"Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar","volume":"13 24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124398876","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O luto de pais que perderam filhos recém-nascidos é um processo de muita dor e sofrimento, especialmente pelo curto tempo de vida que tiveram juntos. O objetivo deste trabalho é analisar se o Memory Box influenciou o processo de luto do casal que perdeu seu filho na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN). Para isso, foi realizado um estudo de caso único, na modalidade situacional com um casal, com o qual foi realizada uma entrevista em profundidade. A entrevista foi gravada e transcrita na íntegra, sendo analisada com base nos pressupostos de Minayo (2014). A partir da análise, emergiram três categorias: À espera de Pedrinho, sua chegada prematura e o ser pai e mãe na UTIN; A partida de Pedrinho; e O aconchego de lembrá-lo a partir do Memory Box. Com base nos resultados, foi possível perceber que o Memory Box tem influenciado positivamente o processo de luto dos entrevistados de diferentes formas, ficando evidente o quanto a possibilidade de recorrer aos objetos reais usados pelo filho auxilia na narrativa e na comprovação da existência real deste filho para as pessoas que não puderam conhecê-lo, provando a concretude de sua vida.
{"title":"Entre a saudade e o aconchego","authors":"Thaís Caroline Guedes Lucini, Carmen Esther Rieth","doi":"10.57167/rev-sbph.25.28","DOIUrl":"https://doi.org/10.57167/rev-sbph.25.28","url":null,"abstract":"O luto de pais que perderam filhos recém-nascidos é um processo de muita dor e sofrimento, especialmente pelo curto tempo de vida que tiveram juntos. O objetivo deste trabalho é analisar se o Memory Box influenciou o processo de luto do casal que perdeu seu filho na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN). Para isso, foi realizado um estudo de caso único, na modalidade situacional com um casal, com o qual foi realizada uma entrevista em profundidade. A entrevista foi gravada e transcrita na íntegra, sendo analisada com base nos pressupostos de Minayo (2014). A partir da análise, emergiram três categorias: À espera de Pedrinho, sua chegada prematura e o ser pai e mãe na UTIN; A partida de Pedrinho; e O aconchego de lembrá-lo a partir do Memory Box. Com base nos resultados, foi possível perceber que o Memory Box tem influenciado positivamente o processo de luto dos entrevistados de diferentes formas, ficando evidente o quanto a possibilidade de recorrer aos objetos reais usados pelo filho auxilia na narrativa e na comprovação da existência real deste filho para as pessoas que não puderam conhecê-lo, provando a concretude de sua vida.","PeriodicalId":117070,"journal":{"name":"Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121164048","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Patrícia Haruko Hikita, Venicius Scott Schneider, Bruno Vinícius Borges de Seabra Santos
O trabalho consiste em um relato de experiência sobre a agressividade, fundamentado pelo referencial da obra de Freud e do ensino de Lacan no início da década de 1950, descrito através de um caso clínico, observado em um hospital público situado no estado do Paraná, no qual o familiar de um paciente internado no setor de cuidados paliativos apresentou manifestações agressivas ao se deparar com a morte de seu irmão. No estudo, percorreu-se o caminho no sentido de fundamentar a origem da agressividade, suas manifestações e seus possíveis manejos. Propomos que a agressividade emerge correlata ao eu, comportando uma dimensão recíproca especular imaginária, orientando que a intervenção ocorra pela via simbólica, a partir do esquema L, estabelecido por Lacan em 1954, da dialética intersubjetiva, possibilitando ao sujeito receber a sua própria mensagem de forma invertida.
{"title":"agressividade no hospital como questão para a psicanálise","authors":"Patrícia Haruko Hikita, Venicius Scott Schneider, Bruno Vinícius Borges de Seabra Santos","doi":"10.57167/rev-sbph.25.34","DOIUrl":"https://doi.org/10.57167/rev-sbph.25.34","url":null,"abstract":"O trabalho consiste em um relato de experiência sobre a agressividade, fundamentado pelo referencial da obra de Freud e do ensino de Lacan no início da década de 1950, descrito através de um caso clínico, observado em um hospital público situado no estado do Paraná, no qual o familiar de um paciente internado no setor de cuidados paliativos apresentou manifestações agressivas ao se deparar com a morte de seu irmão. No estudo, percorreu-se o caminho no sentido de fundamentar a origem da agressividade, suas manifestações e seus possíveis manejos. Propomos que a agressividade emerge correlata ao eu, comportando uma dimensão recíproca especular imaginária, orientando que a intervenção ocorra pela via simbólica, a partir do esquema L, estabelecido por Lacan em 1954, da dialética intersubjetiva, possibilitando ao sujeito receber a sua própria mensagem de forma invertida.","PeriodicalId":117070,"journal":{"name":"Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar","volume":"105 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132067050","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) é uma terapia contextual que apresenta uma versão breve de aplicação, chamada FACT. Objetivou-se caracterizar a aplicação da FACT e de intervenções breves baseadas na ACT e investigar possibilidades de sua aplicação no cenário brasileiro. Vinte e sete publicações de caráter interventivo entre 2010 e 2020 foram analisadas conforme as características metodológicas e dos pilares da flexibilidade psicológica abordados. As intervenções foram majoritariamente voltadas a pessoas com uma condição clínica de adoecimento, em grupo, com até 4 encontros de 1 a 2 horas de duração, seguidas de follow-up. Os estudos em geral abordaram os três pilares de flexibilidade psicológica. Os EUA foram o país com mais publicações. Não se encontrou publicações brasileiras. Notou-se o interesse pela ACT e pela busca de evidências de sua efetividade por diversos grupos de pesquisa e o caráter flexível desta quanto à procedimentos e à população-alvo. O sistema de saúde brasileiro tem características que o situam como um campo viável de experimentação desta terapia. A FACT é um modelo de terapia promissor, cada vez mais estudada, especialmente no campo da saúde. No Brasil, a falta de estudos da FACT evidencia um campo de pesquisa potencialmente vasto e inexplorado.
{"title":"Terapia Focal de Aceitação e Compromisso (FACT)","authors":"Jennifer David Silva Sakai, O. Cunha","doi":"10.57167/rev-sbph.25.33","DOIUrl":"https://doi.org/10.57167/rev-sbph.25.33","url":null,"abstract":"A Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) é uma terapia contextual que apresenta uma versão breve de aplicação, chamada FACT. Objetivou-se caracterizar a aplicação da FACT e de intervenções breves baseadas na ACT e investigar possibilidades de sua aplicação no cenário brasileiro. Vinte e sete publicações de caráter interventivo entre 2010 e 2020 foram analisadas conforme as características metodológicas e dos pilares da flexibilidade psicológica abordados. As intervenções foram majoritariamente voltadas a pessoas com uma condição clínica de adoecimento, em grupo, com até 4 encontros de 1 a 2 horas de duração, seguidas de follow-up. Os estudos em geral abordaram os três pilares de flexibilidade psicológica. Os EUA foram o país com mais publicações. Não se encontrou publicações brasileiras. Notou-se o interesse pela ACT e pela busca de evidências de sua efetividade por diversos grupos de pesquisa e o caráter flexível desta quanto à procedimentos e à população-alvo. O sistema de saúde brasileiro tem características que o situam como um campo viável de experimentação desta terapia. A FACT é um modelo de terapia promissor, cada vez mais estudada, especialmente no campo da saúde. No Brasil, a falta de estudos da FACT evidencia um campo de pesquisa potencialmente vasto e inexplorado.","PeriodicalId":117070,"journal":{"name":"Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar","volume":"93 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121085187","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Natália de Sousa Almeida, Rosely Abramowicz Goldstein
A prematuridade constitui motivo de preocupação para a saúde pública, tendo em vista a significativa taxa de óbito neonatal e morbidade, além dos riscos psíquicos que podem advir do nascimento prematuro. A literatura aponta que ter um bebê com baixo peso, pouco responsivo aos apelos dos pais e diferente do que foi imaginado, pode provocar desinvestimento afetivo da mãe em relação ao bebê, ocasionando dificuldades no processo de vinculação entre eles. Assim, esse estudo teve como finalidade analisar as vivências de mães de bebê prematuro com extremo baixo peso (<1.000g) internado na UTI Neonatal, bem como os impactos no interesse da mãe pelo bebê. A pesquisa foi transversal descritiva, de natureza qualitativa. Foram entrevistadas 8 mães dentro dos critérios elegíveis da pesquisa e os dados coletados foram examinados mediante a análise de conteúdo. Os resultados apontaram que a experiência do parto prematuro gerou desamparo, angústia e sensação de impotência para a mulher. Entretanto, as mães mantiveram a aposta no filho, a idealização do mesmo e a esperança de desenvolvimento contínuo.
{"title":"Impactos psíquicos nas vivências de mães de bebê com extremo baixo peso internado em UTI Neonatal","authors":"Natália de Sousa Almeida, Rosely Abramowicz Goldstein","doi":"10.57167/rev-sbph.25.30","DOIUrl":"https://doi.org/10.57167/rev-sbph.25.30","url":null,"abstract":"A prematuridade constitui motivo de preocupação para a saúde pública, tendo em vista a significativa taxa de óbito neonatal e morbidade, além dos riscos psíquicos que podem advir do nascimento prematuro. A literatura aponta que ter um bebê com baixo peso, pouco responsivo aos apelos dos pais e diferente do que foi imaginado, pode provocar desinvestimento afetivo da mãe em relação ao bebê, ocasionando dificuldades no processo de vinculação entre eles. Assim, esse estudo teve como finalidade analisar as vivências de mães de bebê prematuro com extremo baixo peso (<1.000g) internado na UTI Neonatal, bem como os impactos no interesse da mãe pelo bebê. A pesquisa foi transversal descritiva, de natureza qualitativa. Foram entrevistadas 8 mães dentro dos critérios elegíveis da pesquisa e os dados coletados foram examinados mediante a análise de conteúdo. Os resultados apontaram que a experiência do parto prematuro gerou desamparo, angústia e sensação de impotência para a mulher. Entretanto, as mães mantiveram a aposta no filho, a idealização do mesmo e a esperança de desenvolvimento contínuo.","PeriodicalId":117070,"journal":{"name":"Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar","volume":"76 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122272847","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
INTRODUÇÃO: apesar do avanço tecnológico na área médica, alguns quadros de saúde podem ameaçar a vida, sendo necessário promover e viabilizar práticas do serviço de Cuidados Paliativos. Esse estudo teórico tem como objetivo caracterizar variáveis relacionadas à atuação analítico-comportamental em contexto de Cuidados Paliativos, por meio de: (1) uma análise sobre as contingências históricas que podem interferir na discriminação de saúde e doença, (2) caracterização do processo de análise funcional em Cuidados Paliativos e (3) descrição de possíveis demandas para intervenções analítico-comportamentais em Cuidados PaliativosMÉTODO: Para tais proposições, foram utilizadas bibliografias das duas áreas: Cuidados Paliativos e Análise do Comportamento, a partir de uma revisão assistemática da literatura. Resultados e Discussão: Foram propostas variáveis referentes ao histórico cultural das práticas em saúde, como as relações entre as condutas médicas e os movimentos sociais, variáveis de estímulo e resposta para análise funcional e de atuação analítico-comportamental em comportamentos que caracterizam conspiração do silêncio, dificuldade de comunicação profissional e luto complicado. A caracterização de variáveis relacionadas à atuação em Cuidados Paliativos cria condições para avaliação das intervenções, demonstrando a importância do profissional no contextoCONCLUSÃO: Tais reflexões contribuem para aumentar a clareza sobre variáveis específicas do contexto de Cuidados Paliativos
{"title":"Caracterização de variáveis envolvidas na atuação analítico-comportamental em contexto de cuidados paliativos","authors":"Bianca Reis, Josiane de Fátima Farias Knaut","doi":"10.57167/rev-sbph.25.26","DOIUrl":"https://doi.org/10.57167/rev-sbph.25.26","url":null,"abstract":"INTRODUÇÃO: apesar do avanço tecnológico na área médica, alguns quadros de saúde podem ameaçar a vida, sendo necessário promover e viabilizar práticas do serviço de Cuidados Paliativos. Esse estudo teórico tem como objetivo caracterizar variáveis relacionadas à atuação analítico-comportamental em contexto de Cuidados Paliativos, por meio de: (1) uma análise sobre as contingências históricas que podem interferir na discriminação de saúde e doença, (2) caracterização do processo de análise funcional em Cuidados Paliativos e (3) descrição de possíveis demandas para intervenções analítico-comportamentais em Cuidados PaliativosMÉTODO: Para tais proposições, foram utilizadas bibliografias das duas áreas: Cuidados Paliativos e Análise do Comportamento, a partir de uma revisão assistemática da literatura. Resultados e Discussão: Foram propostas variáveis referentes ao histórico cultural das práticas em saúde, como as relações entre as condutas médicas e os movimentos sociais, variáveis de estímulo e resposta para análise funcional e de atuação analítico-comportamental em comportamentos que caracterizam conspiração do silêncio, dificuldade de comunicação profissional e luto complicado. A caracterização de variáveis relacionadas à atuação em Cuidados Paliativos cria condições para avaliação das intervenções, demonstrando a importância do profissional no contextoCONCLUSÃO: Tais reflexões contribuem para aumentar a clareza sobre variáveis específicas do contexto de Cuidados Paliativos","PeriodicalId":117070,"journal":{"name":"Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar","volume":"101 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115073988","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Suzane Bandeira de Magalhães, Ângela Bandeira de Magalhães, Camila Santos de Jesus, F. Brain, Raquel de Sousa Ribeiro, Rocío Andrea Cornejo Quintana, Roseani Novaes de Sousa, Shirley Fernandes Costa, Tatiele Santos dos Reis
O câncer é uma doença considerada estigmatizante, envolta em representações de dor, sofrimento e morte. A covid-19 compartilha a mesma característica, muito embora tenham-se avançado em seu conhecimento, ainda paira a incerteza de seu desfecho. A instauração da pandemia, impôs à equipe de saúde novas demandas de atuação, com isso, o objetivo deste trabalho é descrever a experiência de um Serviço de Psicologia em um hospital de referência em oncologia na Bahia durante a pandemia. Trata-se de um relato de experiência, ocorrido no período de março de 2020 a julho de 2021. A atuação da Psicologia nos ambulatórios, unidade de terapia intensiva, serviço de atendimento domiciliar, enfermarias adulto e pediátrico foi coletivamente reconfigurada, desde o impacto inicial até a atual possibilidade de trabalho. Conclui-se que durante a pandemia o cenário de sofrimento, perdas e lutos de diversos tipos foram potencializados, tornando o trabalho na oncologia ainda mais desafiador.
{"title":"Relato de experiência do Serviço de Psicologia de um hospital oncológico durante a pandemia","authors":"Suzane Bandeira de Magalhães, Ângela Bandeira de Magalhães, Camila Santos de Jesus, F. Brain, Raquel de Sousa Ribeiro, Rocío Andrea Cornejo Quintana, Roseani Novaes de Sousa, Shirley Fernandes Costa, Tatiele Santos dos Reis","doi":"10.57167/rev-sbph.25.35","DOIUrl":"https://doi.org/10.57167/rev-sbph.25.35","url":null,"abstract":"O câncer é uma doença considerada estigmatizante, envolta em representações de dor, sofrimento e morte. A covid-19 compartilha a mesma característica, muito embora tenham-se avançado em seu conhecimento, ainda paira a incerteza de seu desfecho. A instauração da pandemia, impôs à equipe de saúde novas demandas de atuação, com isso, o objetivo deste trabalho é descrever a experiência de um Serviço de Psicologia em um hospital de referência em oncologia na Bahia durante a pandemia. Trata-se de um relato de experiência, ocorrido no período de março de 2020 a julho de 2021. A atuação da Psicologia nos ambulatórios, unidade de terapia intensiva, serviço de atendimento domiciliar, enfermarias adulto e pediátrico foi coletivamente reconfigurada, desde o impacto inicial até a atual possibilidade de trabalho. Conclui-se que durante a pandemia o cenário de sofrimento, perdas e lutos de diversos tipos foram potencializados, tornando o trabalho na oncologia ainda mais desafiador.","PeriodicalId":117070,"journal":{"name":"Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127687333","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sustentado pela premissa psicanalítica de uma subjetividade aberta (Silva Junior, 1998/2019), esse artigo abordará a linguagem, a fala e teoria narrativa, ressaltando o aspecto narrativo, dinâmico, intersubjetivo e essencialmente ficcional de toda subjetividade. Abordaremos, especificamente, a narrativa parental sobre o adoecimento de um filho durante a internação em um hospital pediátrico, quando o terror da perda e da morte da criança se torna ponto de fratura das narrativas parentais, fazendo ruir toda ficcionalidade. Desta perspectiva, a experiência hospitalar é didática: da fenda aberta pelo adoecimento ressurge, em plena ebulição subjetiva, a potência do encontro, fonte de possíveis traumas e possíveis curas (Silva, 2007). Esse é um trabalho teórico-clínico, iluminado pela prática clínica hospitalar, que tem por objetivo favorecer que os profissionais de saúde reconheçam não apenas a potência ficcional das narrativas, mas a específica potência subjetiva das palavras que brotam ou se desfazem no encontro entre equipe de saúde, o paciente e a família e que, cientes dessa potência ontológica, se posicionem eticamente, atentos aos desdobramentos presentes e futuros de seus atos e palavras.
{"title":"Ficcionalidade das narrativas parentais e a ética do cuidar em pediatria","authors":"G. Silva","doi":"10.57167/rev-sbph.25.29","DOIUrl":"https://doi.org/10.57167/rev-sbph.25.29","url":null,"abstract":"Sustentado pela premissa psicanalítica de uma subjetividade aberta (Silva Junior, 1998/2019), esse artigo abordará a linguagem, a fala e teoria narrativa, ressaltando o aspecto narrativo, dinâmico, intersubjetivo e essencialmente ficcional de toda subjetividade. Abordaremos, especificamente, a narrativa parental sobre o adoecimento de um filho durante a internação em um hospital pediátrico, quando o terror da perda e da morte da criança se torna ponto de fratura das narrativas parentais, fazendo ruir toda ficcionalidade. Desta perspectiva, a experiência hospitalar é didática: da fenda aberta pelo adoecimento ressurge, em plena ebulição subjetiva, a potência do encontro, fonte de possíveis traumas e possíveis curas (Silva, 2007). Esse é um trabalho teórico-clínico, iluminado pela prática clínica hospitalar, que tem por objetivo favorecer que os profissionais de saúde reconheçam não apenas a potência ficcional das narrativas, mas a específica potência subjetiva das palavras que brotam ou se desfazem no encontro entre equipe de saúde, o paciente e a família e que, cientes dessa potência ontológica, se posicionem eticamente, atentos aos desdobramentos presentes e futuros de seus atos e palavras.","PeriodicalId":117070,"journal":{"name":"Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134080237","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Deisy Rocio Lizarazo Velasco, Fabiane Rossi dos Santos Grincenkov, Luana Dutra Santiago, Patrícia Santa Rosa Lourenço Trindade
A pandemia de COVID-19 trouxe, entre os inúmeros desafios impostos aos pesquisadores da área da saúde, a necessidade de compreensão dos comportamentos adotados para a prevenção da doença, uma vez que atitudes de negação da doença e consequente não adesão às ações de prevenção se tornaram uma realidade. Desta forma, o presente estudo teve como objetivos compreender, por meio de uma revisão narrativa da literatura, os motivos que levam os indivíduos a adotarem comportamentos negacionistas diante da pandemia de COVID-19, a partir de referenciais teóricos da Teoria Cognitivo-Comportamental, buscando-se analisar os principais determinantes dos comportamentos de não adesão às orientações de prevenção. Observou-se, por meio deste levantamento, que as crenças de saúde, aspectos motivacionais e fatores contextuais estão associados à adesão a comportamentos preventivos da doença. Compreendendo a vivência da pandemia como um evento estressor e potencialmente traumático, o negacionismo se apresenta, assim, como um mecanismo coletivo de enfrentamento diante do temor do desconhecido, da possibilidade de contágio pela doença e medo da morte.
{"title":"Negacionismo na pandemia de COVID-19","authors":"Deisy Rocio Lizarazo Velasco, Fabiane Rossi dos Santos Grincenkov, Luana Dutra Santiago, Patrícia Santa Rosa Lourenço Trindade","doi":"10.57167/rev-sbph.25.31","DOIUrl":"https://doi.org/10.57167/rev-sbph.25.31","url":null,"abstract":"A pandemia de COVID-19 trouxe, entre os inúmeros desafios impostos aos pesquisadores da área da saúde, a necessidade de compreensão dos comportamentos adotados para a prevenção da doença, uma vez que atitudes de negação da doença e consequente não adesão às ações de prevenção se tornaram uma realidade. Desta forma, o presente estudo teve como objetivos compreender, por meio de uma revisão narrativa da literatura, os motivos que levam os indivíduos a adotarem comportamentos negacionistas diante da pandemia de COVID-19, a partir de referenciais teóricos da Teoria Cognitivo-Comportamental, buscando-se analisar os principais determinantes dos comportamentos de não adesão às orientações de prevenção. Observou-se, por meio deste levantamento, que as crenças de saúde, aspectos motivacionais e fatores contextuais estão associados à adesão a comportamentos preventivos da doença. Compreendendo a vivência da pandemia como um evento estressor e potencialmente traumático, o negacionismo se apresenta, assim, como um mecanismo coletivo de enfrentamento diante do temor do desconhecido, da possibilidade de contágio pela doença e medo da morte.","PeriodicalId":117070,"journal":{"name":"Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129949180","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}