Pub Date : 2023-06-22DOI: 10.12957/geouerj.2023.74649
Josiane Oliveira De Campos, A. Figueiró, Vera Conrad De Menezes, Ana Paula Kiefer
No Brasil, os livros didáticos são distribuídos gratuitamente pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). No entanto, esses livros possuem um caráter comercial na escala do país, trazendo exemplificações de escala nacional e internacional. Não obstante, as teorias pedagógicas mais atuais afirmam que o discente se sente mais motivado em sala de aula quando faz ligações entre o conteúdo programático e seu cotidiano, além de aprender sobre o que lhe rodeia sentindo-se parte desse território, buscando conservá-lo. Atualmente há um déficit de materiais didáticos que cumpram esse papel, sendo necessário produzi-los. Diante disso, o presente trabalho tem por objetivo apresentar a construção de dois cadernos didáticos (um de conteúdos e outro de atividades) acerca do território do Geoparque Quarta Colônia Aspirante UNESCO, a fim de colaborar nas práticas e metodologias de ensino desenvolvidas nas aulas de Geografia do Ensino Fundamental, oferecendo auxílio à qualificação do conhecimento em educação patrimonial nas escolas do território. Metodologicamente foi utilizada a abordagem qualitativa-exploratória, sendo realizadas pesquisas bibliográficas e documentais que foram orientadas por reuniões semanais. Os resultados alcançados referentes aos produtos finais foram satisfatórios, sendo estruturalmente organizados em 5 unidades que apresentam, respectivamente, a caracterização geral/política do território, os municípios e elementos heráldicos de cada um, o relevo, a hidrografia e a paisagem. Por fim, cabe dizer que o material está em processo de revisão e em breve será fornecido, ao menos de maneira virtual, para as escolas que compõem o território do Geoparque Quarta Colônia Aspirante Unesco.
{"title":"O GEOPARQUE QUARTA COLÔNIA ASPIRANTE UNESCO SOB A ÓTICA DA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NAS AULAS DE GEOGRAFIA","authors":"Josiane Oliveira De Campos, A. Figueiró, Vera Conrad De Menezes, Ana Paula Kiefer","doi":"10.12957/geouerj.2023.74649","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.74649","url":null,"abstract":"No Brasil, os livros didáticos são distribuídos gratuitamente pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). No entanto, esses livros possuem um caráter comercial na escala do país, trazendo exemplificações de escala nacional e internacional. Não obstante, as teorias pedagógicas mais atuais afirmam que o discente se sente mais motivado em sala de aula quando faz ligações entre o conteúdo programático e seu cotidiano, além de aprender sobre o que lhe rodeia sentindo-se parte desse território, buscando conservá-lo. Atualmente há um déficit de materiais didáticos que cumpram esse papel, sendo necessário produzi-los. Diante disso, o presente trabalho tem por objetivo apresentar a construção de dois cadernos didáticos (um de conteúdos e outro de atividades) acerca do território do Geoparque Quarta Colônia Aspirante UNESCO, a fim de colaborar nas práticas e metodologias de ensino desenvolvidas nas aulas de Geografia do Ensino Fundamental, oferecendo auxílio à qualificação do conhecimento em educação patrimonial nas escolas do território. Metodologicamente foi utilizada a abordagem qualitativa-exploratória, sendo realizadas pesquisas bibliográficas e documentais que foram orientadas por reuniões semanais. Os resultados alcançados referentes aos produtos finais foram satisfatórios, sendo estruturalmente organizados em 5 unidades que apresentam, respectivamente, a caracterização geral/política do território, os municípios e elementos heráldicos de cada um, o relevo, a hidrografia e a paisagem. Por fim, cabe dizer que o material está em processo de revisão e em breve será fornecido, ao menos de maneira virtual, para as escolas que compõem o território do Geoparque Quarta Colônia Aspirante Unesco. ","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-06-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48646964","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-22DOI: 10.12957/geouerj.2023.74311
Isabel Cristina Moroz-Caccia Gouveia, J. L. S. Ross
A pesquisa efetuou a comparação dos Índices de Dissecação do Relevo (IDR) do mapa geomorfológico do estado de São Paulo (ROSS e MOROZ, 1997) elaborado a partir de técnicas analógicas, e dados obtidos de forma automatizada com a aplicação do Índice de Concentração da Rugosidade – ICR (SAMPAIO e AUGUSTIN, 2014). 0bservou-se semelhanças visuais entre os resultados obtidos no ICR e IDR. Entretanto, ao efetuar a análise espacial em ambiente SIG (Sistema de Informações Geográficas), observou-se que as semelhanças entre limites de polígonos se restringem à 36,2%. A comparação indicou 37% de áreas coincidentes, 41% de classificações uma classe acima ou abaixo e, 22% de incongruências. Em relação à delimitação de subunidades morfoesculturais obteve-se correlações que variaram de 67,29 a 92,42%. Para a área toda, o percentual de semelhanças é de 89,15%. Os resultados apontam que o ICR apresenta grande potencial, entretanto, embora possa ser usado para compartimentações prévias de unidades espaciais homogêneas, deve ser complementado com levantamentos de campo e análises qualitativas uma vez que só a utilização de dados morfométricos pode implicar em resultados que não contemplam as complexidades do meio físico.
{"title":"ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE MÉTODOS ANALÓGICO E AUTOMATIZADO PARA A COMPARTIMENTAÇÃO GEOMORFOLÓGICA E OBTENÇÃO DE DADOS MORFOMÉTRICOS","authors":"Isabel Cristina Moroz-Caccia Gouveia, J. L. S. Ross","doi":"10.12957/geouerj.2023.74311","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.74311","url":null,"abstract":"A pesquisa efetuou a comparação dos Índices de Dissecação do Relevo (IDR) do mapa geomorfológico do estado de São Paulo (ROSS e MOROZ, 1997) elaborado a partir de técnicas analógicas, e dados obtidos de forma automatizada com a aplicação do Índice de Concentração da Rugosidade – ICR (SAMPAIO e AUGUSTIN, 2014). 0bservou-se semelhanças visuais entre os resultados obtidos no ICR e IDR. Entretanto, ao efetuar a análise espacial em ambiente SIG (Sistema de Informações Geográficas), observou-se que as semelhanças entre limites de polígonos se restringem à 36,2%. A comparação indicou 37% de áreas coincidentes, 41% de classificações uma classe acima ou abaixo e, 22% de incongruências. Em relação à delimitação de subunidades morfoesculturais obteve-se correlações que variaram de 67,29 a 92,42%. Para a área toda, o percentual de semelhanças é de 89,15%. Os resultados apontam que o ICR apresenta grande potencial, entretanto, embora possa ser usado para compartimentações prévias de unidades espaciais homogêneas, deve ser complementado com levantamentos de campo e análises qualitativas uma vez que só a utilização de dados morfométricos pode implicar em resultados que não contemplam as complexidades do meio físico. ","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-06-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45120916","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-22DOI: 10.12957/geouerj.2023.72130
F. Peixoto
Seguindo uma postura epistemológica de visão ampla e histórica nas abordagens da geografia, a relação sociedade-natureza se estabelece como ponto comum nas variadas escolas de pensamento, suportando, ademais, na contemporaneidade, uma geografia socioambiental, sob a qual uma geografia das águas emerge. Assim, as reflexões aqui realizadas são de cunho teórico e prático, propondo uma maior significação geográfica das abordagens de pesquisa envolvendo a água, recursos hídricos e segurança hídrica, contribuindo para pressupostos teóricos-metodológicos em torno da Hidrogeografia. Para isso, duas aproximações foram inicialmente realizadas, esclarecendo as escalas global, regional e local de atuação do ciclo hidrológico, e pressupondo uma concepção epistemológica da água como recurso no território e este como categoria para revelar a forma pela qual a apropriação e usos desse recurso ocorrem, condições importantes para melhor delimitar a crise hídrica, a qual, produz o aumento dos conflitos decorrentes de atividades agro e mineroexportadoras, e revelam o Brasil como um dos principais exportadores de água virtual, enquanto uma parcela significativa, cerca de 35 milhões de brasileiros são oficialmente desprovidos de acesso água.
{"title":"ÁGUA, RECURSOS E SEGURANÇA HÍDRICA: UMA ANÁLISE A PARTIR DA HIDROGEOGRAFIA","authors":"F. Peixoto","doi":"10.12957/geouerj.2023.72130","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.72130","url":null,"abstract":"Seguindo uma postura epistemológica de visão ampla e histórica nas abordagens da geografia, a relação sociedade-natureza se estabelece como ponto comum nas variadas escolas de pensamento, suportando, ademais, na contemporaneidade, uma geografia socioambiental, sob a qual uma geografia das águas emerge. Assim, as reflexões aqui realizadas são de cunho teórico e prático, propondo uma maior significação geográfica das abordagens de pesquisa envolvendo a água, recursos hídricos e segurança hídrica, contribuindo para pressupostos teóricos-metodológicos em torno da Hidrogeografia. Para isso, duas aproximações foram inicialmente realizadas, esclarecendo as escalas global, regional e local de atuação do ciclo hidrológico, e pressupondo uma concepção epistemológica da água como recurso no território e este como categoria para revelar a forma pela qual a apropriação e usos desse recurso ocorrem, condições importantes para melhor delimitar a crise hídrica, a qual, produz o aumento dos conflitos decorrentes de atividades agro e mineroexportadoras, e revelam o Brasil como um dos principais exportadores de água virtual, enquanto uma parcela significativa, cerca de 35 milhões de brasileiros são oficialmente desprovidos de acesso água.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-06-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45943853","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-22DOI: 10.12957/geouerj.2023.74504
Mayra Barros Da Silva, E. Bulhões
Os ecossistemas costeiros são reconhecidos como complexos e sensíveis e são também singulares em razão das influências mútuas de processos marinhos e continentais, além de ações sociais que os impactam. A linha de costa, seja de forma natural ou potencializada pela ação humana, apresenta movimentos periódicos de avanço e de recuo, o que pode representar riscos para os ecossistemas e áreas urbanas adjacentes. Este trabalho apresenta resultados sobre as taxas de mobilidade da linha de costa na escala nacional e algumas correlações possíveis com padrões de uso e ocupação nos municípios defrontantes com o mar. Detectou-se o perfil majoritariamente rural (87%) do litoral brasileiro onde a vegetação florestal é a cobertura predominante. A erosão costeira ocorre em 32% do litoral brasileiro com taxas que variam de fracas (7,4%) a extremas (11,2%) com expressivas discrepâncias regionais. As áreas onde há tendência à erosão costeira em áreas urbanizadas ou áreas com algum tipo de ocupação são localizadas em cerca de 10% do litoral brasileiro, mas não menos relevantes uma vez que há uma concentração populacional relevante neste recorte. A boa notícia é que o foco das análises de erosão costeira visando a mitigação dos seus impactos pode ser concentrado nas áreas ocupadas e com maiores riscos e, a nível federal, considera-se necessário aprofundar diagnósticos com métodos unificados, prognósticos frente às mudanças climáticas e elaborar planos setoriais de mitigação considerando as particularidades de cada região litorânea, estabelecendo ainda critérios para o licenciamento ambiental de empreendimentos que afetem a estabilidade da linha de costa.
{"title":"ASPECTOS RELACIONADOS ÀS TAXAS DE MOBILIDADE DA LINHA DE COSTA NO LITORAL BRASILEIRO.","authors":"Mayra Barros Da Silva, E. Bulhões","doi":"10.12957/geouerj.2023.74504","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.74504","url":null,"abstract":"Os ecossistemas costeiros são reconhecidos como complexos e sensíveis e são também singulares em razão das influências mútuas de processos marinhos e continentais, além de ações sociais que os impactam. A linha de costa, seja de forma natural ou potencializada pela ação humana, apresenta movimentos periódicos de avanço e de recuo, o que pode representar riscos para os ecossistemas e áreas urbanas adjacentes. Este trabalho apresenta resultados sobre as taxas de mobilidade da linha de costa na escala nacional e algumas correlações possíveis com padrões de uso e ocupação nos municípios defrontantes com o mar. Detectou-se o perfil majoritariamente rural (87%) do litoral brasileiro onde a vegetação florestal é a cobertura predominante. A erosão costeira ocorre em 32% do litoral brasileiro com taxas que variam de fracas (7,4%) a extremas (11,2%) com expressivas discrepâncias regionais. As áreas onde há tendência à erosão costeira em áreas urbanizadas ou áreas com algum tipo de ocupação são localizadas em cerca de 10% do litoral brasileiro, mas não menos relevantes uma vez que há uma concentração populacional relevante neste recorte. A boa notícia é que o foco das análises de erosão costeira visando a mitigação dos seus impactos pode ser concentrado nas áreas ocupadas e com maiores riscos e, a nível federal, considera-se necessário aprofundar diagnósticos com métodos unificados, prognósticos frente às mudanças climáticas e elaborar planos setoriais de mitigação considerando as particularidades de cada região litorânea, estabelecendo ainda critérios para o licenciamento ambiental de empreendimentos que afetem a estabilidade da linha de costa.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-06-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45516530","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-22DOI: 10.12957/geouerj.2023.74354
Felipe Pacheco Silva
A abordagem dessa pesquisa tem como base as propostas metodológicas em geomorfologia tectônica, presente nos trabalhos desenvolvidos por Keller e Pinter (1996). A geomorfologia tectônica busca elucidar aspectos da história geológica das paisagens terrestres e como os processos tectônicos exerceram influência na emolduração do relevo. Diante disso, o objetivo dessa pesquisa é identificar os esforços tectônicos na rede de drenagem da Serra da Mantiqueira e avaliar as implicações neotectônicas na rede de drenagem da Mantiqueira Meridional e Setentrional. Selecionou-se a bacia do rio Caparaó (Mantiqueira Setentrional) e a bacia do rio Bananal (Mantiqueira Meridional) para investigação e aplicação de três índices geomorfométricos: Fator de Simetria Transverso – T (COX, 1994), Integral e Curva Hipsométrica – IH (KELLER e PINTER, 1996) e Assimetria de Bacia de Drenagem – AF (HARE e GARDNER, 1985). De modo geral, as bacias selecionadas apresentam uma distinta configuração da rede de drenagem, sendo constatado uma menor assimetria na bacia do rio Caparaó, a qual apresentou deformações pontuais na rede de drenagem para o índice T; em contrapartida, a bacia hidrográfica do rio Bananal apresentou um conjunto de anomalias e assimetrias mais contundentes a um quadro de deformações mais recentes, reunindo elevados valores de T e Af. Neste contexto, foi possível registrar como a drenagem do segmento Meridional da Serra da Mantiqueira possuí fortes elos com os esforços oriundos da reativação tectônica mesozoico-cenozoica.
{"title":"ANÁLISE TECTÔNICA NA REDE DE DRENAGEM DA MANTIQUEIRA MERIDIONAL E SETENTRIONAL (MG)","authors":"Felipe Pacheco Silva","doi":"10.12957/geouerj.2023.74354","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.74354","url":null,"abstract":"A abordagem dessa pesquisa tem como base as propostas metodológicas em geomorfologia tectônica, presente nos trabalhos desenvolvidos por Keller e Pinter (1996). A geomorfologia tectônica busca elucidar aspectos da história geológica das paisagens terrestres e como os processos tectônicos exerceram influência na emolduração do relevo. Diante disso, o objetivo dessa pesquisa é identificar os esforços tectônicos na rede de drenagem da Serra da Mantiqueira e avaliar as implicações neotectônicas na rede de drenagem da Mantiqueira Meridional e Setentrional. Selecionou-se a bacia do rio Caparaó (Mantiqueira Setentrional) e a bacia do rio Bananal (Mantiqueira Meridional) para investigação e aplicação de três índices geomorfométricos: Fator de Simetria Transverso – T (COX, 1994), Integral e Curva Hipsométrica – IH (KELLER e PINTER, 1996) e Assimetria de Bacia de Drenagem – AF (HARE e GARDNER, 1985). De modo geral, as bacias selecionadas apresentam uma distinta configuração da rede de drenagem, sendo constatado uma menor assimetria na bacia do rio Caparaó, a qual apresentou deformações pontuais na rede de drenagem para o índice T; em contrapartida, a bacia hidrográfica do rio Bananal apresentou um conjunto de anomalias e assimetrias mais contundentes a um quadro de deformações mais recentes, reunindo elevados valores de T e Af. Neste contexto, foi possível registrar como a drenagem do segmento Meridional da Serra da Mantiqueira possuí fortes elos com os esforços oriundos da reativação tectônica mesozoico-cenozoica. ","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-06-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42169288","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-22DOI: 10.12957/geouerj.2023.73613
Diego Tarley Ferreira Nascimento, Giuliano Tostes Novais
Os sistemas de classificação visam sintetizar as características dos parâmetros climáticos, atmosféricos e paisagísticos. Para definir a classificação climática do município de Goiânia, foi utilizada a classificação de Novais, que emprega dados de reanálise e modelagem. A metodologia compreende um estudo de caso, com a aplicação da metodologia de classificações do clima de Novais, baseada em modelos empíricos e genéticos e estruturada numa hierarquia que se estende da escala zonal, regional e local, considerando variáveis e fatores distintos. Os resultados indicam que Goiânia pertence ao domínio climático Tropical, com dois subdomínios: um semiúmido (5 meses secos) e outro semisseco (6 meses secos). O referido município se situa numa área de transição entre dois tipos climáticos: Central e Centro-Sul do Brasil. Por sua vez, baseado em aspectos do relevo foram atribuídos como subtipos climáticos: o Planalto Dissecado de Goiânia, os Chapadões de Goiânia e o Planalto Embutido de Goiânia. Dessa forma, com a associação dos subdomínios, tipos e subtipos climáticos, foram identificadas três unidades climáticas para o município de Goiânia, sendo elas: Tropical Semisseco Centro-Sul do Brasil, do Planalto Embutido de Goiânia; Tropical Semiúmido Central do Brasil, dos Chapadões de Goiânia; e Tropical Semiúmido Central do Brasil, do Planalto Dissecado de Goiânia.
{"title":"APLICAÇÃO DO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE NOVAIS PARA GOIÂNIA-GO","authors":"Diego Tarley Ferreira Nascimento, Giuliano Tostes Novais","doi":"10.12957/geouerj.2023.73613","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.73613","url":null,"abstract":"Os sistemas de classificação visam sintetizar as características dos parâmetros climáticos, atmosféricos e paisagísticos. Para definir a classificação climática do município de Goiânia, foi utilizada a classificação de Novais, que emprega dados de reanálise e modelagem. A metodologia compreende um estudo de caso, com a aplicação da metodologia de classificações do clima de Novais, baseada em modelos empíricos e genéticos e estruturada numa hierarquia que se estende da escala zonal, regional e local, considerando variáveis e fatores distintos. Os resultados indicam que Goiânia pertence ao domínio climático Tropical, com dois subdomínios: um semiúmido (5 meses secos) e outro semisseco (6 meses secos). O referido município se situa numa área de transição entre dois tipos climáticos: Central e Centro-Sul do Brasil. Por sua vez, baseado em aspectos do relevo foram atribuídos como subtipos climáticos: o Planalto Dissecado de Goiânia, os Chapadões de Goiânia e o Planalto Embutido de Goiânia. Dessa forma, com a associação dos subdomínios, tipos e subtipos climáticos, foram identificadas três unidades climáticas para o município de Goiânia, sendo elas: Tropical Semisseco Centro-Sul do Brasil, do Planalto Embutido de Goiânia; Tropical Semiúmido Central do Brasil, dos Chapadões de Goiânia; e Tropical Semiúmido Central do Brasil, do Planalto Dissecado de Goiânia.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-06-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"66409344","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-22DOI: 10.12957/geouerj.2023.75467
Maurício Mendes Von Ahn, A. Figueiró
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de elaborar uma metodologia de classificação e valoração dos Locais de Interesse Paisagístico - LIP's dos municípios de Itapema, Porto Belo e Bombinhas (litoral centro-norte do estado de Santa Catarina), a fim de contribuir com ações de conservação do patrimônio paisagístico do território estudado. Os LIP’s foram identificados a partir de trabalhos de campo realizados e, a partir disso, construiu-se uma ficha de avaliação elaborada com informações básicas como a localização e identificação do LIP com o intuito de contemplar uma avaliação qualitativa. A avaliação quantitativa e numérica que originou o valor paisagístico (100%) foi subdividida em valor geocientífico (20%), valor ecológico (20%), valor cultural (20%) e valor estético (40%), contemplando os elementos bióticos, abióticos e antropogênicos da paisagem. Além desses valores, foram analisados o Valor de Uso e o Risco de Degradação. Ao total 34 LIP's foram reconhecidos e passaram para a etapa de sistematização e busca de informações aprofundadas, contudo, apenas 10 foram apresentados neste trabalho. Os resultados obtidos se mostraram satisfatórios para a avaliação do patrimônio paisagístico e aproveitamento turístico, considerando as potencialidades do território, mas sem esquecer dos riscos da utilização dos LIP’s sem um adequado monitoramento dos impactos decorrentes das ações humanas.
{"title":"CLASSIFICAÇÃO E VALORAÇÃO DOS LOCAIS DE INTERESSE PAISAGÍSTICO DOS MUNICÍPIOS DE ITAPEMA, PORTO BELO E BOMBINHAS","authors":"Maurício Mendes Von Ahn, A. Figueiró","doi":"10.12957/geouerj.2023.75467","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.75467","url":null,"abstract":"Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de elaborar uma metodologia de classificação e valoração dos Locais de Interesse Paisagístico - LIP's dos municípios de Itapema, Porto Belo e Bombinhas (litoral centro-norte do estado de Santa Catarina), a fim de contribuir com ações de conservação do patrimônio paisagístico do território estudado. Os LIP’s foram identificados a partir de trabalhos de campo realizados e, a partir disso, construiu-se uma ficha de avaliação elaborada com informações básicas como a localização e identificação do LIP com o intuito de contemplar uma avaliação qualitativa. A avaliação quantitativa e numérica que originou o valor paisagístico (100%) foi subdividida em valor geocientífico (20%), valor ecológico (20%), valor cultural (20%) e valor estético (40%), contemplando os elementos bióticos, abióticos e antropogênicos da paisagem. Além desses valores, foram analisados o Valor de Uso e o Risco de Degradação. Ao total 34 LIP's foram reconhecidos e passaram para a etapa de sistematização e busca de informações aprofundadas, contudo, apenas 10 foram apresentados neste trabalho. Os resultados obtidos se mostraram satisfatórios para a avaliação do patrimônio paisagístico e aproveitamento turístico, considerando as potencialidades do território, mas sem esquecer dos riscos da utilização dos LIP’s sem um adequado monitoramento dos impactos decorrentes das ações humanas.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-06-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47284254","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-22DOI: 10.12957/geouerj.2023.74576
Claudinei Taborda da Silveira, Ricardo Michael Pinheiro Silveira, Willian Bortolini, Victor Pierobom de Almeida
É proposto e apresentado as unidades de relevo do novo Mapa Geomorfológico do Paraná, que contemplam um avanço na escala e no táxon geomorfológico, cuja representação é por meio de padrões de formas do relevo. O método utilizou um Modelo Digital do Terreno (MDT) para a obtenção de quatro variáveis geomorfométricas: amplitude altimétrica, declividade, média da declividade e índice de posição topográfica, que foram combinadas para a identificação de classes de mapeamento. O cálculo das variáveis foi realizado por meio de janelas móveis, cujo raio de abrangência variou conforme o comprimento médio das vertentes das unidades de relevo. Foram classificados 16 padrões de formas do relevo no mapeamento geomorfológico do estado do Paraná: 1) Colinas Suaves; 2) Colinas; 3) Colinas Onduladas; 4) Feições dissecadas entre colinas; 5) Morrotes; 6) Morros; 7) Morros Dissecados; 8) Morros Elevados; 9) Morros Alongados Estruturais;10) Serras Montanhosas Baixas;11) Serras Montanhosas Altas;12) Serras de Bordas de Planaltos; 13) Patamares Dissecados e Cânions;14) Planície Fluviomarinha; 15) Planície Fluvial e 16) Rampas Coluvionares. Essas unidades de relevo foram compatibilizadas com a escala de representação do quarto táxon geomorfológico, na escala cartográfica 1:100.000. O método foi condizente à escala, às características geomorfológicas, à representação pretendida e, depois de submetido a um conjunto de expedições de campo, no qual foram percorridos cerca de 9000km em vias terrestres, com coleta de 225 pontos amostrais durante um conjunto de viagens de campo, demonstrou fidedignidade com o nível de representação desejado, denotando a exequibilidade do método.
{"title":"UNIDADES DE RELEVO DO NOVO MAPA GEOMORFOLÓGICO DO PARANÁ: avanço na escala e táxon","authors":"Claudinei Taborda da Silveira, Ricardo Michael Pinheiro Silveira, Willian Bortolini, Victor Pierobom de Almeida","doi":"10.12957/geouerj.2023.74576","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.74576","url":null,"abstract":"É proposto e apresentado as unidades de relevo do novo Mapa Geomorfológico do Paraná, que contemplam um avanço na escala e no táxon geomorfológico, cuja representação é por meio de padrões de formas do relevo. O método utilizou um Modelo Digital do Terreno (MDT) para a obtenção de quatro variáveis geomorfométricas: amplitude altimétrica, declividade, média da declividade e índice de posição topográfica, que foram combinadas para a identificação de classes de mapeamento. O cálculo das variáveis foi realizado por meio de janelas móveis, cujo raio de abrangência variou conforme o comprimento médio das vertentes das unidades de relevo. Foram classificados 16 padrões de formas do relevo no mapeamento geomorfológico do estado do Paraná: 1) Colinas Suaves; 2) Colinas; 3) Colinas Onduladas; 4) Feições dissecadas entre colinas; 5) Morrotes; 6) Morros; 7) Morros Dissecados; 8) Morros Elevados; 9) Morros Alongados Estruturais;10) Serras Montanhosas Baixas;11) Serras Montanhosas Altas;12) Serras de Bordas de Planaltos; 13) Patamares Dissecados e Cânions;14) Planície Fluviomarinha; 15) Planície Fluvial e 16) Rampas Coluvionares. Essas unidades de relevo foram compatibilizadas com a escala de representação do quarto táxon geomorfológico, na escala cartográfica 1:100.000. O método foi condizente à escala, às características geomorfológicas, à representação pretendida e, depois de submetido a um conjunto de expedições de campo, no qual foram percorridos cerca de 9000km em vias terrestres, com coleta de 225 pontos amostrais durante um conjunto de viagens de campo, demonstrou fidedignidade com o nível de representação desejado, denotando a exequibilidade do método.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":"12 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-06-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136287067","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-19DOI: 10.12957/geouerj.2023.75073
Matheus Pereira, Thiago Pereira
A planície costeira de Cabo Frio fica localizada em uma área onde coexistem elementos naturais (lagunas, vegetação de restinga, dunas estacionárias e transgressivas, etc.) com o sítio urbano do município. Ao investigar a dinâmica e comportamento da megaforma, constatou-se uma assimetria no seu deslocamento sobre a planície, com diferentes taxas de migração: 12,2m/ano em seu eixo central, e 7,3m/ano na face de avalanche. Em termos de área de abrangência a mesma apresentou uma perda de 9,4 ha de sua área, resultando assim em uma diminuição de 13,6%. Além da presença humana os ambientes costeiros também podem ser sensíveis a mudanças ambientais, como as mudanças climáticas e mudanças nos climas de ondas, podendo assim levar esses ambientes a um processo de transformação da paisagem, que possivelmente ocorre nesta área.
{"title":"MAPEAMENTO ESPAÇO-TEMPORAL DA DUNA MÃE DA PLANICIE COSTEIRA DO CABO FRIO (RJ) DE 2005-2020","authors":"Matheus Pereira, Thiago Pereira","doi":"10.12957/geouerj.2023.75073","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.75073","url":null,"abstract":"A planície costeira de Cabo Frio fica localizada em uma área onde coexistem elementos naturais (lagunas, vegetação de restinga, dunas estacionárias e transgressivas, etc.) com o sítio urbano do município. Ao investigar a dinâmica e comportamento da megaforma, constatou-se uma assimetria no seu deslocamento sobre a planície, com diferentes taxas de migração: 12,2m/ano em seu eixo central, e 7,3m/ano na face de avalanche. Em termos de área de abrangência a mesma apresentou uma perda de 9,4 ha de sua área, resultando assim em uma diminuição de 13,6%. Além da presença humana os ambientes costeiros também podem ser sensíveis a mudanças ambientais, como as mudanças climáticas e mudanças nos climas de ondas, podendo assim levar esses ambientes a um processo de transformação da paisagem, que possivelmente ocorre nesta área.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-06-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45124291","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-06-19DOI: 10.12957/geouerj.2023.65896
Bartolomeu Israel Souza
Desertificação é um tipo de degradação intensa passível de ocorrer em zonas de clima seco. Este trabalho teve o objetivo de fazer um levantamento sobre o estado da arte até o momento existente sobre essa questão ambiental, destacando como ela tem se processado especialmente no bioma Caatinga, a partir das relações dinâmicas entre a vegetação, os solos e a forma como esses recursos são utilizados pela população. A metodologia foi baseada na análise de diversos trabalhos científicos, considerados os mais relevantes pelo autor da pesquisa. Os resultados identificaram que a desertificação é o resultado, em parte, da falta de conhecimento de formas sustentáveis de usos dos recursos naturais, passando por questões relacionadas às demandas nacional e mundial por determinadas commodities, assim como a diversos problemas das estruturas sociais e econômicas históricas ainda hoje persistentes entre os habitantes da Caatinga, agravados por intervenções governamentais que, no geral, tem intensificado muitos efeitos ambientais negativos, com possibilidade de piora dessa situação, em virtude das mudanças climáticas previstas. Como solução, recomenda-se a elevação do investimento em Ciência para melhorar a compreensão do funcionamento desse bioma, subsidiando as formas de intervenção nessas terras, e de um amplo debate político nacional entre os gestores e a sociedade civil organizada, capaz de trazer resultados positivos e sustentáveis de uso dos recursos naturais para essa parte do país.
{"title":"DESERTIFICAÇÃO E DINÂMICA DA COBERTURA VEGETAL: conhecimentos acumulados e desafios vigentes","authors":"Bartolomeu Israel Souza","doi":"10.12957/geouerj.2023.65896","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.65896","url":null,"abstract":"Desertificação é um tipo de degradação intensa passível de ocorrer em zonas de clima seco. Este trabalho teve o objetivo de fazer um levantamento sobre o estado da arte até o momento existente sobre essa questão ambiental, destacando como ela tem se processado especialmente no bioma Caatinga, a partir das relações dinâmicas entre a vegetação, os solos e a forma como esses recursos são utilizados pela população. A metodologia foi baseada na análise de diversos trabalhos científicos, considerados os mais relevantes pelo autor da pesquisa. Os resultados identificaram que a desertificação é o resultado, em parte, da falta de conhecimento de formas sustentáveis de usos dos recursos naturais, passando por questões relacionadas às demandas nacional e mundial por determinadas commodities, assim como a diversos problemas das estruturas sociais e econômicas históricas ainda hoje persistentes entre os habitantes da Caatinga, agravados por intervenções governamentais que, no geral, tem intensificado muitos efeitos ambientais negativos, com possibilidade de piora dessa situação, em virtude das mudanças climáticas previstas. Como solução, recomenda-se a elevação do investimento em Ciência para melhorar a compreensão do funcionamento desse bioma, subsidiando as formas de intervenção nessas terras, e de um amplo debate político nacional entre os gestores e a sociedade civil organizada, capaz de trazer resultados positivos e sustentáveis de uso dos recursos naturais para essa parte do país.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-06-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46817369","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}