Pub Date : 2023-05-12DOI: 10.12957/geouerj.2023.64880
Bruno Saggiorato
Resumo: A produção moveleira é uma das atividades mais tradicionais da indústria de transformação. Nesse segmento, há predominância da madeira como matéria-prima, que também passa por um processo de transformação industrial para posteriormente ser destinada aos produtores de mobiliário. Além disso, a cadeia do setor de móveis possui encadeamentos nos ramos de bens de capital (máquinas e equipamentos) e de bens intermediários (têxteis, tintas, embalagens, peças e partes metálicas etc.). O objetivo do artigo é apresentar um panorama geral da produção de móveis, enfatizando as análises na dinâmica do setor no Brasil durante os anos 2000. Para atingir o objetivo, recorre-se à pesquisa bibliográfica por meio do estado da arte publicado sobre o tema, além de dados dos principais repositórios. Argumenta-se que a produção brasileira de móveis foi alçada a um novo patamar de desenvolvimento ensejado a partir das políticas econômicas e sociais colocadas em prática nos governos Lula-Dilma. Essa constatação está fundamentada em dados da realidade, os quais serão expostos no texto. No melhor momento para o setor, o número de empregos formais cresceu 4,15% entre 2007-13, desempenho bem diferente se comparado aos -3,40% entre 2014-19 (RAIS, 2019). Já o valor da produção industrial cresceu 10,23% e -0,15% respectivamente nos mesmos períodos (IBGE, 2018).
{"title":"DINÂMICA GEOECONÔMICA DA INDÚSTRIA DE MÓVEIS NO BRASIL","authors":"Bruno Saggiorato","doi":"10.12957/geouerj.2023.64880","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.64880","url":null,"abstract":"Resumo: A produção moveleira é uma das atividades mais tradicionais da indústria de transformação. Nesse segmento, há predominância da madeira como matéria-prima, que também passa por um processo de transformação industrial para posteriormente ser destinada aos produtores de mobiliário. Além disso, a cadeia do setor de móveis possui encadeamentos nos ramos de bens de capital (máquinas e equipamentos) e de bens intermediários (têxteis, tintas, embalagens, peças e partes metálicas etc.). O objetivo do artigo é apresentar um panorama geral da produção de móveis, enfatizando as análises na dinâmica do setor no Brasil durante os anos 2000. Para atingir o objetivo, recorre-se à pesquisa bibliográfica por meio do estado da arte publicado sobre o tema, além de dados dos principais repositórios. Argumenta-se que a produção brasileira de móveis foi alçada a um novo patamar de desenvolvimento ensejado a partir das políticas econômicas e sociais colocadas em prática nos governos Lula-Dilma. Essa constatação está fundamentada em dados da realidade, os quais serão expostos no texto. No melhor momento para o setor, o número de empregos formais cresceu 4,15% entre 2007-13, desempenho bem diferente se comparado aos -3,40% entre 2014-19 (RAIS, 2019). Já o valor da produção industrial cresceu 10,23% e -0,15% respectivamente nos mesmos períodos (IBGE, 2018).","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46329273","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-12DOI: 10.12957/geouerj.2023.54616
Annahid Burnett, L. Mota, Ingrid Rodrigues Leite
Este artigo se propõe a investigar as transformações das dinâmicas comerciais na região de Campina Grande na Paraíba, a partir da introdução das redes globalizadas de vendas de atacarejo. Como metodologia empregamos a revisão bibliográfica sobre o assunto específico, a análise documental pertinente à área, o tratamento dos dados estatísticos relevantes ao campo de pesquisa, como também à coleta de informação através de entrevistas semiestruturadas com os agentes sociais envolvidos nessas dinâmicas. Concluímos que a introdução das redes globalizadas atacarejistas não só redesenharam o espaço socioeconômico da região, como também transformaram os costumes dos agentes sociais da região.Palavras-chave: Desenvolvimento regional. Redes globalizadas. Atacarejo. Campina Grande. Agreste da Paraíba.
本文旨在从阿塔卡雷霍全球化销售网络的引入来研究帕拉伊巴坎皮纳格兰德地区商业动态的转变。作为方法论,我们使用了关于特定主题的文献综述、与该领域相关的文献分析、与研究领域相关的统计数据的处理,以及通过对参与这些动态的社会主体进行半结构化访谈来收集信息。我们的结论是,全球化的阿塔卡雷吉斯塔网络的引入不仅重新设计了该地区的社会经济空间,而且改变了该地区社会代理人的习俗。关键词:区域发展。全球化网络。Shoelace。坎皮娜·格兰德。Agreste da Paraíba。
{"title":"LOJAS ATACAREJISTAS EM CAMPINA GRANDE NA PARAÍBA: Transformações na dinâmica do desenvolvimento regional","authors":"Annahid Burnett, L. Mota, Ingrid Rodrigues Leite","doi":"10.12957/geouerj.2023.54616","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.54616","url":null,"abstract":"Este artigo se propõe a investigar as transformações das dinâmicas comerciais na região de Campina Grande na Paraíba, a partir da introdução das redes globalizadas de vendas de atacarejo. Como metodologia empregamos a revisão bibliográfica sobre o assunto específico, a análise documental pertinente à área, o tratamento dos dados estatísticos relevantes ao campo de pesquisa, como também à coleta de informação através de entrevistas semiestruturadas com os agentes sociais envolvidos nessas dinâmicas. Concluímos que a introdução das redes globalizadas atacarejistas não só redesenharam o espaço socioeconômico da região, como também transformaram os costumes dos agentes sociais da região.Palavras-chave: Desenvolvimento regional. Redes globalizadas. Atacarejo. Campina Grande. Agreste da Paraíba.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42629166","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-12DOI: 10.12957/geouerj.2023.70309
Nina Aureliano Apparicio Da Silva, Hipólita Siqueira
A retomada do papel do Estado em infraestrutura urbana nas últimas décadas repercutiu em um grande ciclo de investimentos em infraestrutura de transporte no Brasil, e, particularmente, na RMRJ, apoiado sobretudo por recursos federais. O objetivo deste artigo é analisar esse ciclo de investimentos, destacando a distribuição dos recursos financeiros e sua espacialização na RMRJ. A ausência de prioridade ao desafio histórico das desigualdades socioespaciais teve como resultado a concentração dos investimentos na capital fluminense o que, por sua vez, acentuou o quadro de urbanização desigual e excludente.
{"title":"O Ciclo Recente de Investimentos em Transporte Urbano e o Desafio da Urbanização Desigual: o caso da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ)","authors":"Nina Aureliano Apparicio Da Silva, Hipólita Siqueira","doi":"10.12957/geouerj.2023.70309","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.70309","url":null,"abstract":"A retomada do papel do Estado em infraestrutura urbana nas últimas décadas repercutiu em um grande ciclo de investimentos em infraestrutura de transporte no Brasil, e, particularmente, na RMRJ, apoiado sobretudo por recursos federais. O objetivo deste artigo é analisar esse ciclo de investimentos, destacando a distribuição dos recursos financeiros e sua espacialização na RMRJ. A ausência de prioridade ao desafio histórico das desigualdades socioespaciais teve como resultado a concentração dos investimentos na capital fluminense o que, por sua vez, acentuou o quadro de urbanização desigual e excludente.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47355768","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-12DOI: 10.12957/geouerj.2023.70362
Francisco Nivaldo Ferreira dos Santos, Lindemberg Medeiros de Araujo
Os destinos turísticos são influenciados por diversos fatores que afetam sua dinâmica e desenvolvimento. Por exemplo, a criação de algum atrativo novo pode trazer benefícios para o turista, mas pode impactar negativamente a vida do residente. É o que tem acontecido com a criação de objetos instagramáveis para que o turista tire fotos junto a eles e as publique nas redes sociais online. Esse é o caso da instalação de uma “cadeira gigante” na orla de Maceió. Este trabalho examina como o poder público se serviu indiretamente dos turistas para que eles divulgassem esse destino com fotos tiradas junto a esse objeto. A metodologia incluiu a leitura de posts sobre esse objeto, publicados na internet, entrevistas circunstanciais abertas com 250 residentes de Maceió, e observação de longa duração in loco. Os resultados ilustram como os chamados objetos instagramáveis estão sendo usados pelo poder público para promover destinos e como os residentes podem ter que se adaptar às consequências espaciais, sociais e culturais decorrentes da implantação de tais objetos.
{"title":"O INSTAGRAMÁVEL NO MARKETING DE DESTINOS TURÍSTICOS","authors":"Francisco Nivaldo Ferreira dos Santos, Lindemberg Medeiros de Araujo","doi":"10.12957/geouerj.2023.70362","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.70362","url":null,"abstract":"Os destinos turísticos são influenciados por diversos fatores que afetam sua dinâmica e desenvolvimento. Por exemplo, a criação de algum atrativo novo pode trazer benefícios para o turista, mas pode impactar negativamente a vida do residente. É o que tem acontecido com a criação de objetos instagramáveis para que o turista tire fotos junto a eles e as publique nas redes sociais online. Esse é o caso da instalação de uma “cadeira gigante” na orla de Maceió. Este trabalho examina como o poder público se serviu indiretamente dos turistas para que eles divulgassem esse destino com fotos tiradas junto a esse objeto. A metodologia incluiu a leitura de posts sobre esse objeto, publicados na internet, entrevistas circunstanciais abertas com 250 residentes de Maceió, e observação de longa duração in loco. Os resultados ilustram como os chamados objetos instagramáveis estão sendo usados pelo poder público para promover destinos e como os residentes podem ter que se adaptar às consequências espaciais, sociais e culturais decorrentes da implantação de tais objetos.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43568057","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-12DOI: 10.12957/geouerj.2023.65452
Sidclay Cordeiro Pereira
As discussões sobre o semiárido brasileiro seguem vertentes construídas em contextos distintos, constitui-se como um território definido por critérios naturais de regionalização, bem como por delimitação legal. Porém, historicamente foi chamado de sertão, possuindo uma carga de simbologia, percepções e representações em espacialidades e temporalidades distintas. Neste sentido, faz-se aqui o uso da teoria das representações territoriais objetivando identificar e contextualizar quais são as representações dominantes sobre o semiárido. O recorte temporal compreende entre fins do século XVI até às primeiras décadas do século XXI. As fontes de informações foram autores e publicações de instituições que se debruçaram em estudar e entender o sertão e o semiárido. Como resultado, tem-se a identificação de quatro representações territoriais, a saber: o sertão como fronteira da colonização e dos espaços vazios, o sertão como uma região problema, o sertão como representação do passado e dos espaços das memórias e, por fim, o sertão como fronteira econômica na convivência com o semiárido. Espera-se que essas representações possam nortear futuras pesquisas.
{"title":"O SERTÃO, A REGIÃO SEMIÁRIDA E SUAS REPRESENTAÇÕES TERRITORIAIS","authors":"Sidclay Cordeiro Pereira","doi":"10.12957/geouerj.2023.65452","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.65452","url":null,"abstract":"As discussões sobre o semiárido brasileiro seguem vertentes construídas em contextos distintos, constitui-se como um território definido por critérios naturais de regionalização, bem como por delimitação legal. Porém, historicamente foi chamado de sertão, possuindo uma carga de simbologia, percepções e representações em espacialidades e temporalidades distintas. Neste sentido, faz-se aqui o uso da teoria das representações territoriais objetivando identificar e contextualizar quais são as representações dominantes sobre o semiárido. O recorte temporal compreende entre fins do século XVI até às primeiras décadas do século XXI. As fontes de informações foram autores e publicações de instituições que se debruçaram em estudar e entender o sertão e o semiárido. Como resultado, tem-se a identificação de quatro representações territoriais, a saber: o sertão como fronteira da colonização e dos espaços vazios, o sertão como uma região problema, o sertão como representação do passado e dos espaços das memórias e, por fim, o sertão como fronteira econômica na convivência com o semiárido. Espera-se que essas representações possam nortear futuras pesquisas.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49373726","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-12DOI: 10.12957/geouerj.2023.74388
Kamir Freire Gemal
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{"title":"Forma, função e estrutura em O Capital","authors":"Kamir Freire Gemal","doi":"10.12957/geouerj.2023.74388","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.74388","url":null,"abstract":"<jats:p>-</jats:p>","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48860387","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-12DOI: 10.12957/geouerj.2023.51824
Rubiamara de Sousa
As encantarias dos rios povoam o imaginário das populações ribeirinhas amazônicas, de forma que há uma intrincada relação mítica que ressignifica a água. É neste contexto que mito do boto se apresenta fortemente vinculado a corporeidade e sexualidade das mulheres que vivem nestes espaços. Interessante observar que além do sentido tradicionalmente dado a este mito, foi identificado outro significado, sendo este distanciado do encanto libidinoso e, por conseguinte, da conotação sexual, aproximando-se de questões relacionadas à religião e a espiritualidade. Assim sendo, este artigo tem como objetivo analisar as configurações de gênero existentes no outro significado dado ao mito do boto, de modo a compreender suas implicações diretas no viver das mulheres que residem na comunidade ribeirinha de Nazaré - RO. A pesquisa foi desenvolvida na comunidade ribeirinha de Nazaré, localizada na margem esquerda do Rio Madeira, há aproximadamente 120 km do município de Porto Velho. Este estudo se constitui de caráter qualitativo e os procedimentos metodológicos utilizados foram a pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, caracterizada pela realização de entrevistas semiestruturadas com quatro mulheres e conversas informais com outras dez.
{"title":"PARA ALÉM DO ENCANTO LIBIDINOSO: o mito do boto e o viver das mulheres ribeirinhas da comunidade de Nazaré – RO","authors":"Rubiamara de Sousa","doi":"10.12957/geouerj.2023.51824","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.51824","url":null,"abstract":"As encantarias dos rios povoam o imaginário das populações ribeirinhas amazônicas, de forma que há uma intrincada relação mítica que ressignifica a água. É neste contexto que mito do boto se apresenta fortemente vinculado a corporeidade e sexualidade das mulheres que vivem nestes espaços. Interessante observar que além do sentido tradicionalmente dado a este mito, foi identificado outro significado, sendo este distanciado do encanto libidinoso e, por conseguinte, da conotação sexual, aproximando-se de questões relacionadas à religião e a espiritualidade. Assim sendo, este artigo tem como objetivo analisar as configurações de gênero existentes no outro significado dado ao mito do boto, de modo a compreender suas implicações diretas no viver das mulheres que residem na comunidade ribeirinha de Nazaré - RO. A pesquisa foi desenvolvida na comunidade ribeirinha de Nazaré, localizada na margem esquerda do Rio Madeira, há aproximadamente 120 km do município de Porto Velho. Este estudo se constitui de caráter qualitativo e os procedimentos metodológicos utilizados foram a pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, caracterizada pela realização de entrevistas semiestruturadas com quatro mulheres e conversas informais com outras dez.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47798211","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-12DOI: 10.12957/geouerj.2023.69241
Emiliana Barros Cerqueira, Jaíra Maria Alcobaça Gomes
Objetiva-se analisar a crescimento das lavouras permanente e temporárias nos biomas piauienses, apontando as alterações que esses cultivos causaram na cobertura vegetal da terra. Para tanto, utilizaram-se os dados da Pesquisa Agrícola Municipal e as imagens de satélite do projeto MapBiomas no período de 1985 a 2019. Os resultados desvelaram que os plantios permanentes praticamente não alteraram a cobertura natural. As savanas foram o tipo de cobertura mais suprimido. Na Caatinga, as principais transformações decorreram do uso da terra para pastagens. No Cerrado, as plantações temporárias provocaram as maiores transições, sobretudo a soja. Assim, sugere-se que haja intensificação no monitoramento do crescimento da sojicultura.
{"title":"EXPANSÃO AGROPECUÁRIA E DINÂMICAS DE USO E COBERTURA DO SOLO NO PIAUÍ","authors":"Emiliana Barros Cerqueira, Jaíra Maria Alcobaça Gomes","doi":"10.12957/geouerj.2023.69241","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.69241","url":null,"abstract":"Objetiva-se analisar a crescimento das lavouras permanente e temporárias nos biomas piauienses, apontando as alterações que esses cultivos causaram na cobertura vegetal da terra. Para tanto, utilizaram-se os dados da Pesquisa Agrícola Municipal e as imagens de satélite do projeto MapBiomas no período de 1985 a 2019. Os resultados desvelaram que os plantios permanentes praticamente não alteraram a cobertura natural. As savanas foram o tipo de cobertura mais suprimido. Na Caatinga, as principais transformações decorreram do uso da terra para pastagens. No Cerrado, as plantações temporárias provocaram as maiores transições, sobretudo a soja. Assim, sugere-se que haja intensificação no monitoramento do crescimento da sojicultura.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47097872","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-12DOI: 10.12957/geouerj.2023.66306
Paulo Roberto Mendes Pereira, Mariana Monteiro Navarro de Oliveira, É. L. Bolfe, Lucrêncio Silvestre Macarringue
Os mapas de uso e cobertura da terra são instrumentos basilares para a compreensão detalhada dos padrões da organização do espaço, instrumento essencial para o gerenciamento agroambiental. Este artigo objetivou comparar e avaliar a precisão da classificação digital de uso e cobertura das terras no cerrado maranhense, a partir de imagens OLI (Operational Terra Imager) do Landsat-8 e MSI (Multispectral Instrument) do Sentinel-2. As imagens analisadas são de 2021, as quais foram pré-processadas, segmentadas e classificadas utilizado o algoritmo Random Forest. As análises mostraram que ambas as classificações foram qualificadas como “muito bom”, obtendo-se Índice Kappa (0,706) e Exatidão Global (76%) para as imagens OLI e Índice Kappa (0,775) e Exatidão Global (84%) para as imagens MSI. Os resultados obtidos podem subsidiar o planejamento e execução de novos mapeamentos e monitoramentos agrícolas no Cerrado, contribuindo com as tomadas de decisão de grupos de pesquisa.
{"title":"COMPARAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DO USO E COBERTURA DA TERRA EM IMAGENS LANDSAT-8 E SENTINEL-2 NO CERRADO MARANHENSE","authors":"Paulo Roberto Mendes Pereira, Mariana Monteiro Navarro de Oliveira, É. L. Bolfe, Lucrêncio Silvestre Macarringue","doi":"10.12957/geouerj.2023.66306","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2023.66306","url":null,"abstract":"Os mapas de uso e cobertura da terra são instrumentos basilares para a compreensão detalhada dos padrões da organização do espaço, instrumento essencial para o gerenciamento agroambiental. Este artigo objetivou comparar e avaliar a precisão da classificação digital de uso e cobertura das terras no cerrado maranhense, a partir de imagens OLI (Operational Terra Imager) do Landsat-8 e MSI (Multispectral Instrument) do Sentinel-2. As imagens analisadas são de 2021, as quais foram pré-processadas, segmentadas e classificadas utilizado o algoritmo Random Forest. As análises mostraram que ambas as classificações foram qualificadas como “muito bom”, obtendo-se Índice Kappa (0,706) e Exatidão Global (76%) para as imagens OLI e Índice Kappa (0,775) e Exatidão Global (84%) para as imagens MSI. Os resultados obtidos podem subsidiar o planejamento e execução de novos mapeamentos e monitoramentos agrícolas no Cerrado, contribuindo com as tomadas de decisão de grupos de pesquisa.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2023-05-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43465519","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-12DOI: 10.12957/geouerj.2022.56915
David Maciel De Mello Neto, Marco Aurélio Ruediger
Esta pesquisa trata da evolução dos homicídios no Rio de Janeiro entre 2010 e 2018. Com fonte nos dados do SIM/DataSUS, na primeira parte descrevemos as linhas gerais da dinâmica capital x restante da região metropolitana x interior. Na segunda parte, estimamos as taxas médias de crescimento ao ano entre os 92 municípios fluminenses mediante um modelo de regressão generalizada multinível. De posse delas, analisamos, na terceira parte, a hipótese de autocorrelação espacial na distribuição de seus valores. Na quarta, exploramos, ainda que brevemente, algumas hipóteses causais contidas na literatura. Findamos como uma síntese dos achados e apontamentos para pesquisas futuras. A tese geral é de que entre 2011 e 2018 houve uma reorganização espacial na distribuição dos homicídios no Rio de Janeiro, que subiram indiscriminadamente em quase todos os municípios, sem uma tendência forte de contágio. Ao contrário, a maior parte das poucas exceções foram de municípios menos violentos que a média global, cercados por outros mais violentos. Quanto às causas, não foram encontradas associações significativas com os investimentos em segurança pública ou o desenvolvimento econômico municipal. O mais provável é que expansão dos mercados ilegais, tanto nas grandes como nas pequenas cidades, tenha levado ao aumento da violência.
{"title":"A INTERIORIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA REVISITADA: reorganização espacial na distribuição dos homicídios entre os municípios do Rio de Janeiro (2011-2018)","authors":"David Maciel De Mello Neto, Marco Aurélio Ruediger","doi":"10.12957/geouerj.2022.56915","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/geouerj.2022.56915","url":null,"abstract":"Esta pesquisa trata da evolução dos homicídios no Rio de Janeiro entre 2010 e 2018. Com fonte nos dados do SIM/DataSUS, na primeira parte descrevemos as linhas gerais da dinâmica capital x restante da região metropolitana x interior. Na segunda parte, estimamos as taxas médias de crescimento ao ano entre os 92 municípios fluminenses mediante um modelo de regressão generalizada multinível. De posse delas, analisamos, na terceira parte, a hipótese de autocorrelação espacial na distribuição de seus valores. Na quarta, exploramos, ainda que brevemente, algumas hipóteses causais contidas na literatura. Findamos como uma síntese dos achados e apontamentos para pesquisas futuras. A tese geral é de que entre 2011 e 2018 houve uma reorganização espacial na distribuição dos homicídios no Rio de Janeiro, que subiram indiscriminadamente em quase todos os municípios, sem uma tendência forte de contágio. Ao contrário, a maior parte das poucas exceções foram de municípios menos violentos que a média global, cercados por outros mais violentos. Quanto às causas, não foram encontradas associações significativas com os investimentos em segurança pública ou o desenvolvimento econômico municipal. O mais provável é que expansão dos mercados ilegais, tanto nas grandes como nas pequenas cidades, tenha levado ao aumento da violência.","PeriodicalId":12681,"journal":{"name":"Geo UERJ","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2022-12-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48724666","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}