Pub Date : 2022-04-19DOI: 10.18617/liinc.v18i1.5930
H. Acselrad
Considerando que a noção de Antropoceno evoca as implicações da ação humana sobre o clima e os efeitos de retorno do clima sobre as condições de vida na Terra, o texto destaca os eixos de discussão sociológica no debate sobre mudanças climáticas tal como eles vêm sendo formulados na perspectiva de quatro subdisciplinas: a sociologia dos problemas sociais, a sociologia da ciência, a sociologia das controvérsias e a sociologia da ação. Seu objetivo é o de interpelar o sentido e o lugar do “social” nos estudos correntemente elaborados por solicitação das instituições internacionais envolvidas no tratamento das mudanças climáticas, contrastando-os com a riqueza das possibilidades do debate sociológico que independe das instâncias burocráticas de governo
{"title":"O \"social\" nas mudanças climáticas","authors":"H. Acselrad","doi":"10.18617/liinc.v18i1.5930","DOIUrl":"https://doi.org/10.18617/liinc.v18i1.5930","url":null,"abstract":"Considerando que a noção de Antropoceno evoca as implicações da ação humana sobre o clima e os efeitos de retorno do clima sobre as condições de vida na Terra, o texto destaca os eixos de discussão sociológica no debate sobre mudanças climáticas tal como eles vêm sendo formulados na perspectiva de quatro subdisciplinas: a sociologia dos problemas sociais, a sociologia da ciência, a sociologia das controvérsias e a sociologia da ação. Seu objetivo é o de interpelar o sentido e o lugar do “social” nos estudos correntemente elaborados por solicitação das instituições internacionais envolvidas no tratamento das mudanças climáticas, contrastando-os com a riqueza das possibilidades do debate sociológico que independe das instâncias burocráticas de governo","PeriodicalId":127590,"journal":{"name":"Liinc em Revista","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121827080","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-12DOI: 10.18617/liinc.v18i1.5969
Héloïse Prévost
A autora analisa as mobilizações agroecológicas feministas no Brasil a partir das conceitualizações do "sentipensar" e do corazonar. O vínculo com a Terra e a fusão entre emoções e análise política são analisadas através do estudo de materiais ativistas (mística, canções, poemas, slogans) e entrevistas com ativistas rurais. A compreensão deste sentipensamento lança luz sobre as diferentes dimensões da violência. É proposta uma análise da violência de gênero, entendida como uma estratégia do agrocapital. Violência conjugal e "feminicídios agrocapitalistas" fazem parte do que a autora chama de "necropolítica agrocapitalista". As estratégias coletivas de superação usadas pelas ativistas favorecem uma afirmação de força e uma continuidade da luta e da vida
{"title":"\"Até que todas sejamos livres\": o ativismo 'sentipensado' das feministas agroecológicas brasileiras contra as violências agrocapitalistas","authors":"Héloïse Prévost","doi":"10.18617/liinc.v18i1.5969","DOIUrl":"https://doi.org/10.18617/liinc.v18i1.5969","url":null,"abstract":"A autora analisa as mobilizações agroecológicas feministas no Brasil a partir das conceitualizações do \"sentipensar\" e do corazonar. O vínculo com a Terra e a fusão entre emoções e análise política são analisadas através do estudo de materiais ativistas (mística, canções, poemas, slogans) e entrevistas com ativistas rurais. A compreensão deste sentipensamento lança luz sobre as diferentes dimensões da violência. É proposta uma análise da violência de gênero, entendida como uma estratégia do agrocapital. Violência conjugal e \"feminicídios agrocapitalistas\" fazem parte do que a autora chama de \"necropolítica agrocapitalista\". As estratégias coletivas de superação usadas pelas ativistas favorecem uma afirmação de força e uma continuidade da luta e da vida","PeriodicalId":127590,"journal":{"name":"Liinc em Revista","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124398629","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-04DOI: 10.18617/liinc.v18i1.5932
Felipe Milanez Pereira, I. Lamas
Nesta entrevista, a socióloga Maristella Svampa, uma das grandes expoentes da ecologia política latino-americana, apresenta reflexões entre a constatação de que vivemos um colapso ecológico global, os limites e omissões das ciências sociais no Antropoceno, bem como a necessidade da transdisciplinariedade e da conexão das agendas de luta em diferentes escalas para se construir novos horizontes.
{"title":"No colapso, mas contra a distopia: alianças globais de lutas por justiça ecossocial e econômica no Antropoceno: entrevista com Maristella Svampa","authors":"Felipe Milanez Pereira, I. Lamas","doi":"10.18617/liinc.v18i1.5932","DOIUrl":"https://doi.org/10.18617/liinc.v18i1.5932","url":null,"abstract":"Nesta entrevista, a socióloga Maristella Svampa, uma das grandes expoentes da ecologia política latino-americana, apresenta reflexões entre a constatação de que vivemos um colapso ecológico global, os limites e omissões das ciências sociais no Antropoceno, bem como a necessidade da transdisciplinariedade e da conexão das agendas de luta em diferentes escalas para se construir novos horizontes.","PeriodicalId":127590,"journal":{"name":"Liinc em Revista","volume":"61 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116380169","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-04DOI: 10.18617/liinc.v18i1.5884
Luísa de Pinho Valle
Objetivo compartilhar uma reflexão sobre a política de cuidado ecofeminista presente na produção alimentar agroecológica. Esta análise é desenvolvida a partir de uma hermenêutica ecofeminista. Parto da revisão de literatura, interdisciplinar e pluriepistemológica, que enfrenta os valores andro-antropocêntricos que constituem a base do capitalismo-financeiro global. Este sistema econômico, que perpetua lógicas de poder, sociopolítico e econômico, originadas no sistema patriarcal e na ideologia colonial, está a levar-nos à destruição irreversível na escala planetária. Conhecimentos e práticas ecofeministas abrem possibilidades para a sociedade humana reconectar sua natureza terrestre e, consequentemente, romper com a economia de morte presente no mundo em nossos dias. Escolho direcionar minha leitura para uma política de cuidado relacional com a comida. Isto porque verifico as interconexões existentes e as transformações possíveis que o alimento proporciona à realização de uma economia da vida, contrariando a fatalidade que ameaça a comunidade Terra.
{"title":"“Somos o que comemos!”: Uma reflexão da política de cuidado ecofeminista plasmada na prática da agroecologia","authors":"Luísa de Pinho Valle","doi":"10.18617/liinc.v18i1.5884","DOIUrl":"https://doi.org/10.18617/liinc.v18i1.5884","url":null,"abstract":"Objetivo compartilhar uma reflexão sobre a política de cuidado ecofeminista presente na produção alimentar agroecológica. Esta análise é desenvolvida a partir de uma hermenêutica ecofeminista. Parto da revisão de literatura, interdisciplinar e pluriepistemológica, que enfrenta os valores andro-antropocêntricos que constituem a base do capitalismo-financeiro global. Este sistema econômico, que perpetua lógicas de poder, sociopolítico e econômico, originadas no sistema patriarcal e na ideologia colonial, está a levar-nos à destruição irreversível na escala planetária. Conhecimentos e práticas ecofeministas abrem possibilidades para a sociedade humana reconectar sua natureza terrestre e, consequentemente, romper com a economia de morte presente no mundo em nossos dias. Escolho direcionar minha leitura para uma política de cuidado relacional com a comida. Isto porque verifico as interconexões existentes e as transformações possíveis que o alimento proporciona à realização de uma economia da vida, contrariando a fatalidade que ameaça a comunidade Terra.","PeriodicalId":127590,"journal":{"name":"Liinc em Revista","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128531471","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-04DOI: 10.18617/liinc.v18i1.5837
Claudia de Moraes Barros Ramalho, T. F. Rosa, L. Costa
O presente artigo apresenta uma revisão bibliográfica acerca da temática dos Museus, da educação patrimonial e museal trazendo um apanhado de artigos científicos no intuito de discutir os museus e a ciência dentro da perspectiva do campo e os desafios no antropoceno, período mais recente de grandes transformações globais. Os textos escolhidos que compõem esta revisão de literatura tratam de assuntos como as práticas educativas nos museus, ciência e arte, patrimônio cultural, consciência histórica, tecnologia e inovação aplicadas aos museus. A partir das leituras foi possível observar um crescente interesse nos estudos envolvendo a temática dos museus e temas afins como patrimônio principalmente no que diz respeito à novas propostas ou propostas inovadoras que conferem aos museus com o uso de tecnologias um papel importante no processo de aprendizagem da sociedade como um todo. Com o surgimento da pandemia em 2021 a busca por novas práticas de acesso aos museus e a conscientização a respeito das ações e responsabilidades que os povos possuem sobre o momento presente e futuro em relação às questões ambientais, políticas, sociais, econômicas e culturais se fazem ainda mais necessárias
{"title":"A educação museal e os desafios no antropoceno","authors":"Claudia de Moraes Barros Ramalho, T. F. Rosa, L. Costa","doi":"10.18617/liinc.v18i1.5837","DOIUrl":"https://doi.org/10.18617/liinc.v18i1.5837","url":null,"abstract":"O presente artigo apresenta uma revisão bibliográfica acerca da temática dos Museus, da educação patrimonial e museal trazendo um apanhado de artigos científicos no intuito de discutir os museus e a ciência dentro da perspectiva do campo e os desafios no antropoceno, período mais recente de grandes transformações globais. Os textos escolhidos que compõem esta revisão de literatura tratam de assuntos como as práticas educativas nos museus, ciência e arte, patrimônio cultural, consciência histórica, tecnologia e inovação aplicadas aos museus. A partir das leituras foi possível observar um crescente interesse nos estudos envolvendo a temática dos museus e temas afins como patrimônio principalmente no que diz respeito à novas propostas ou propostas inovadoras que conferem aos museus com o uso de tecnologias um papel importante no processo de aprendizagem da sociedade como um todo. Com o surgimento da pandemia em 2021 a busca por novas práticas de acesso aos museus e a conscientização a respeito das ações e responsabilidades que os povos possuem sobre o momento presente e futuro em relação às questões ambientais, políticas, sociais, econômicas e culturais se fazem ainda mais necessárias","PeriodicalId":127590,"journal":{"name":"Liinc em Revista","volume":"96 2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124162545","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-04DOI: 10.18617/liinc.v18i1.5968
Luiz Marques
O conceito de Antropoceno refere-se primariamente ao aumento da escala da interferência antrópica no sistema Terra, mas também à aceleração desse aumento. A combinação desses dois fatores – escala e velocidade – molda o sistema Terra de modo mais decisivo do que a interferência de fatores não antrópicos, promovendo um colapso do tempo geológico no tempo histórico. Pomos aqui em evidência duas fases da aceleração desse aquecimento (1970-2015 e 2016-2040), com suas consequências mais imediatas e dramáticas: maior frequência de novos recordes de calor e intensificação das ondas de calor extremo, que têm matado mais e mais pessoas e ameaçam a habitabilidade do planeta em latitudes de grande densidade demográfica já no horizonte dos próximos decênios
{"title":"O Antropoceno como aceleração do aquecimento global","authors":"Luiz Marques","doi":"10.18617/liinc.v18i1.5968","DOIUrl":"https://doi.org/10.18617/liinc.v18i1.5968","url":null,"abstract":"O conceito de Antropoceno refere-se primariamente ao aumento da escala da interferência antrópica no sistema Terra, mas também à aceleração desse aumento. A combinação desses dois fatores – escala e velocidade – molda o sistema Terra de modo mais decisivo do que a interferência de fatores não antrópicos, promovendo um colapso do tempo geológico no tempo histórico. Pomos aqui em evidência duas fases da aceleração desse aquecimento (1970-2015 e 2016-2040), com suas consequências mais imediatas e dramáticas: maior frequência de novos recordes de calor e intensificação das ondas de calor extremo, que têm matado mais e mais pessoas e ameaçam a habitabilidade do planeta em latitudes de grande densidade demográfica já no horizonte dos próximos decênios","PeriodicalId":127590,"journal":{"name":"Liinc em Revista","volume":"90 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114431120","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-30DOI: 10.18617/liinc.v17i2.5775
M. Silva, Nádia Regina Stevanato
Relata o processo de construção, produção e execução da obra teatral, em formato audiovisual Células Cênicas, trabalho colaborativo que tem em seu bojo discussões sobre questões sociais, culturais e éticas do momento contemporâneo. Busca-se articular a proposta original dessa produção artística com os interesses de discussão do I Encontro sobre Decolonialidade e Ciência da Informação: Veredas Dialógicas, intercalando-se unidades textuais e audiovisuais da obra, interpretações hermenêuticas de sua proposição cênica e dramatúrgica e os elementos tidos como decoloniais. Aufere-se como resultante da experiência artística a projeção de uma leitura provocadora para que o leitor possa considerar a argumentação e os efeitos da exposição audiovisual.
{"title":"Conjunção de conteúdos do projeto Células Cênicas com o ambiente Plataforma Virtual para Pensar no contexto do I Encontro sobre Decolonialidade e Ciência da Informação: Veredas Dialógicas","authors":"M. Silva, Nádia Regina Stevanato","doi":"10.18617/liinc.v17i2.5775","DOIUrl":"https://doi.org/10.18617/liinc.v17i2.5775","url":null,"abstract":"Relata o processo de construção, produção e execução da obra teatral, em formato audiovisual Células Cênicas, trabalho colaborativo que tem em seu bojo discussões sobre questões sociais, culturais e éticas do momento contemporâneo. Busca-se articular a proposta original dessa produção artística com os interesses de discussão do I Encontro sobre Decolonialidade e Ciência da Informação: Veredas Dialógicas, intercalando-se unidades textuais e audiovisuais da obra, interpretações hermenêuticas de sua proposição cênica e dramatúrgica e os elementos tidos como decoloniais. Aufere-se como resultante da experiência artística a projeção de uma leitura provocadora para que o leitor possa considerar a argumentação e os efeitos da exposição audiovisual.","PeriodicalId":127590,"journal":{"name":"Liinc em Revista","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125847946","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-30DOI: 10.18617/liinc.v17i2.5745
Vítor De Sousa
A grande ideia deste livro é que a Língua Portuguesa tem origens na Galiza (Espanha) e foi criada antes de Portugal existir como país. Trata-se de um trabalho que desconstrói as narrativas mestras, tão legitimadas, fazendo com que se naturalizasse a ideia falsa de que o português vem do fenício ou do árabe. A língua autonomizou-se e, hoje, são os galegos que se dizem faladores de português, o que não deixa de constituir uma grande ironia. O português é o quarto idioma mais falado no mundo.
{"title":"Desconstruindo mitos de origem: a língua portuguesa é um fenómeno tardio que vem do galego e não de fenícios ou de árabes","authors":"Vítor De Sousa","doi":"10.18617/liinc.v17i2.5745","DOIUrl":"https://doi.org/10.18617/liinc.v17i2.5745","url":null,"abstract":"A grande ideia deste livro é que a Língua Portuguesa tem origens na Galiza (Espanha) e foi criada antes de Portugal existir como país. Trata-se de um trabalho que desconstrói as narrativas mestras, tão legitimadas, fazendo com que se naturalizasse a ideia falsa de que o português vem do fenício ou do árabe. A língua autonomizou-se e, hoje, são os galegos que se dizem faladores de português, o que não deixa de constituir uma grande ironia. O português é o quarto idioma mais falado no mundo.","PeriodicalId":127590,"journal":{"name":"Liinc em Revista","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116293514","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-30DOI: 10.18617/liinc.v17i2.5781
Ailton Salgado Rosendo, H. Medeiros
O presente artigo versa sobre a formação de professores indígenas no estado de Mato Grosso do Sul. Para a abordagem do tema foram priorizadas análises que levam a questão dos direitos à reflexão sobre a identidade das comunidades indígenas e as mudanças que vão se processando na comunidade a partir da relação com uma educação formulada por não indígenas. Buscou-se alinhavar o artigo com base em diferentes campos do saber, tais como a história, a sociologia, a antropologia e a educação, em uma perspectiva decolonial, que rompe com as narrativas moderno-ocidentais impostas pela colonização. O objetivo desta produção foi buscar o entendimento das construções de cursos de formação de professores indígenas no referido estado utilizando como metodologia as análises documental e bibliográfica. A literatura foi revisada, recorrendo-se a estudos semelhantes publicados nas principais bases de dados científicas, tais como Scielo, Pubmed e Lilacs. Diante do exposto, percebe-se a importância do reconhecimento pessoal, social e jurídico dos povos indígenas, de modo igualitário, isonômico e com a correta distribuição entre eles, dando origem aos cursos de formação de professores indígenas no estado
{"title":"Formação de professores indígenas e possibilidades decoloniais","authors":"Ailton Salgado Rosendo, H. Medeiros","doi":"10.18617/liinc.v17i2.5781","DOIUrl":"https://doi.org/10.18617/liinc.v17i2.5781","url":null,"abstract":"O presente artigo versa sobre a formação de professores indígenas no estado de Mato Grosso do Sul. Para a abordagem do tema foram priorizadas análises que levam a questão dos direitos à reflexão sobre a identidade das comunidades indígenas e as mudanças que vão se processando na comunidade a partir da relação com uma educação formulada por não indígenas. Buscou-se alinhavar o artigo com base em diferentes campos do saber, tais como a história, a sociologia, a antropologia e a educação, em uma perspectiva decolonial, que rompe com as narrativas moderno-ocidentais impostas pela colonização. O objetivo desta produção foi buscar o entendimento das construções de cursos de formação de professores indígenas no referido estado utilizando como metodologia as análises documental e bibliográfica. A literatura foi revisada, recorrendo-se a estudos semelhantes publicados nas principais bases de dados científicas, tais como Scielo, Pubmed e Lilacs. Diante do exposto, percebe-se a importância do reconhecimento pessoal, social e jurídico dos povos indígenas, de modo igualitário, isonômico e com a correta distribuição entre eles, dando origem aos cursos de formação de professores indígenas no estado","PeriodicalId":127590,"journal":{"name":"Liinc em Revista","volume":"21 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126597644","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-30DOI: 10.18617/liinc.v17i2.5702
Maíra Baumgarten, Maria Helena Weber
Este texto tem por objetivo contribuir para o debate sobre tecnologia, política, comunicação e informação científica relacionado à pandemia da COVID-19, no Brasil. O enfoque adotado é o da crítica da perspectiva colonial na produção e comunicação de conhecimentos. A partir de análise de literatura sobre o tema e de material jornalístico e de redes sociais, é possível identificar uma disputa de verdades sobre a pandemia, que expõe, de um lado, a importância da comunicação científica, da imprensa e das redes digitais e, no outro, a banalização da pandemia e a desqualificação do conhecimento, com base na postura do Governo Federal, em parte ligada a visões importadas e interessadas sobre o assunto. O artigo aborda a relação entre informação e comunicação analisando o estado atual do tema e aponta para uma crise da comunicação pública tensionada por interesses privados nacionais e transnacionais. Por fim introduz o SUS como exemplo de informação e comunicação em saúde desenvolvido localmente
{"title":"Ciência, informação e política na pandemia brasileira","authors":"Maíra Baumgarten, Maria Helena Weber","doi":"10.18617/liinc.v17i2.5702","DOIUrl":"https://doi.org/10.18617/liinc.v17i2.5702","url":null,"abstract":"Este texto tem por objetivo contribuir para o debate sobre tecnologia, política, comunicação e informação científica relacionado à pandemia da COVID-19, no Brasil. O enfoque adotado é o da crítica da perspectiva colonial na produção e comunicação de conhecimentos. A partir de análise de literatura sobre o tema e de material jornalístico e de redes sociais, é possível identificar uma disputa de verdades sobre a pandemia, que expõe, de um lado, a importância da comunicação científica, da imprensa e das redes digitais e, no outro, a banalização da pandemia e a desqualificação do conhecimento, com base na postura do Governo Federal, em parte ligada a visões importadas e interessadas sobre o assunto. O artigo aborda a relação entre informação e comunicação analisando o estado atual do tema e aponta para uma crise da comunicação pública tensionada por interesses privados nacionais e transnacionais. Por fim introduz o SUS como exemplo de informação e comunicação em saúde desenvolvido localmente","PeriodicalId":127590,"journal":{"name":"Liinc em Revista","volume":"50 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128640474","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}