Pub Date : 2021-12-14DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v21-181314
C. Pereira, C. J. S. Gomes, Mario Neto Cavalcanti de Araujo
A evolução de riftes oblíquos é analisada neste artigo pela realização de modelos físicos, em escala. O intuito foi analisar a fase rifte da Bacia de Santos, examinando a influência da estrutura preexistente do embasamento. Para refinar as informações obtidas, empregou-se a tecnologia particle image velocimetry. Desenvolveram-se três experimentos em caixas de acrílico, com dimensões internas de 37 cm x 41 cm x 07 cm (largura x comprimento x altura), empregando-se areia e silicone para crosta rúptil e dúctil, respectivamente. A estrutura foi simulada por duas folhas de acetato, na base da caixa de experimentos, constituídas de quatro domínios estruturais. A abertura do rifte ortogonal a oblíqua em relação à estrutura preexistente foi efetuada por duas paredes móveis. Os resultados revelaram que a estruturação de riftes é influenciada tanto pela configuração da estrutura preexistente quanto pela direção da extensão. Os dois modelos cujos domínios estruturais formavam ângulos de obliquidade com a direção da extensão menores que 90º produziram falhas com dimensões curtas a intermediárias, grande número de rampas de revezamento e zonas de acomodação. Já o modelo com os domínios estruturais formando ângulos de obliquidade próximos a 90º gerou falhas contínuas, longas, quase retas e nenhuma zona de acomodação. Nesse modelo, as falhas revelaram a maior magnitude de deformação. Nos dois primeiros modelos, ainda se destacaram um alto estrutural entre duas sub-bacias dispostas en echelon e a mudança de direção das falhas quando estas passavam de um domínio a outro. A configuração definiu uma geometria em S muito parecida com aquela da porção centro-norte da Bacia de Santos.
{"title":"A influência de estruturas preexistentes na formação de riftes oblíquos: o uso da modelagem física e sua comparação com a fase Pré-sal da Bacia de Santos, Brasil","authors":"C. Pereira, C. J. S. Gomes, Mario Neto Cavalcanti de Araujo","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v21-181314","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v21-181314","url":null,"abstract":"A evolução de riftes oblíquos é analisada neste artigo pela realização de modelos físicos, em escala. O intuito foi analisar a fase rifte da Bacia de Santos, examinando a influência da estrutura preexistente do embasamento. Para refinar as informações obtidas, empregou-se a tecnologia particle image velocimetry. Desenvolveram-se três experimentos em caixas de acrílico, com dimensões internas de 37 cm x 41 cm x 07 cm (largura x comprimento x altura), empregando-se areia e silicone para crosta rúptil e dúctil, respectivamente. A estrutura foi simulada por duas folhas de acetato, na base da caixa de experimentos, constituídas de quatro domínios estruturais. A abertura do rifte ortogonal a oblíqua em relação à estrutura preexistente foi efetuada por duas paredes móveis. Os resultados revelaram que a estruturação de riftes é influenciada tanto pela configuração da estrutura preexistente quanto pela direção da extensão. Os dois modelos cujos domínios estruturais formavam ângulos de obliquidade com a direção da extensão menores que 90º produziram falhas com dimensões curtas a intermediárias, grande número de rampas de revezamento e zonas de acomodação. Já o modelo com os domínios estruturais formando ângulos de obliquidade próximos a 90º gerou falhas contínuas, longas, quase retas e nenhuma zona de acomodação. Nesse modelo, as falhas revelaram a maior magnitude de deformação. Nos dois primeiros modelos, ainda se destacaram um alto estrutural entre duas sub-bacias dispostas en echelon e a mudança de direção das falhas quando estas passavam de um domínio a outro. A configuração definiu uma geometria em S muito parecida com aquela da porção centro-norte da Bacia de Santos.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"17 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85070312","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-13DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v21-178414
Marcella Samyla de Miranda Silva, Z. S. Souza, F. A. D. Santana, José Alexandre Paixão da Cunha
O Maciço São José do Campestre, com cerca de 6.000 km2, corresponde a um dos fragmentos de crosta continental mais antigos da América do Sul, sendo constituído de ortognaisses, complexos máfico-ultramáficos e metassupracrustais com idades entre 3,41 e 2,70 Ga. O Complexo Senador Elói de Souza corresponde a uma dessas unidades, sendo composto de clinopiroxênio gnaisses, granada paragnaisses, com corpos ultramáficos e carbonatitos associados. Dados geocronológicos U-Pb em zircão sugerem uma idade de cristalização de 600 Ma para esses carbonatitos e piroxenitos. Feições de contato mostram brechas magmáticas, em que fragmentos decimétricos de piroxenito estão imersos em carbonatito de textura holocristalina. As ultramáficas apresentam textura ígnea bem preservada, predomínio de piroxênio cálcico, padrão pouco fracionado de elementos terras raras, com razões LaN/YbN de 1,5 – 8,6 e anomalia negativa de Eu (Eu/Eu* = 0,39 – 0,88). Os carbonatitos são ricos em calcita, tendo flogopita, olivina e diopsídio como fases máficas dominantes, baixas concentrações de elementos terras raras e razões LaN/YbN de 8,9 – 49,8. Modelagem gravimétrica 2D e controle de campo permitem interpretar corpos piroxeníticos elipsoidais de baixa profundidade e carbonatitos de menor expressividade no centro e bordas dos corpos ultramáficos. A integração de novos dados geológicos, geoquímicos e gravimétricos aportados nesta pesquisa mostra-se relevante para a compreensão de eventos ediacaranos no domínio arqueano do Maciço São José do Campestre.
sao jose do Campestre地块面积约6000平方公里,是南美洲最古老的大陆地壳碎片之一,由正片麻岩、镁铁质-超镁铁质杂岩和变质镁铁质组成,年龄在3.41 ~ 2.70 Ga之间。Senador eloi de Souza杂岩对应于其中一个单元,由斜辉石片麻岩、石榴石副片麻岩、超镁铁质体和伴生碳酸盐岩组成。锆石U-Pb年代学资料表明,这些碳酸盐岩和辉石岩的结晶年龄为600 Ma。接触特征显示岩浆角砾岩,其中烟气辉石的分米碎片浸泡在全晶碳酸盐岩中。超镁铁质具有保存完好的火成岩结构,以辉石钙为主,稀土元素分块模式,LaN/YbN比为1.5 ~ 8.6,Eu异常负(Eu/Eu* = 0.39 ~ 0.88)。碳酸盐岩富含方解石,以褐云母、橄榄石和透辉石为主要基性相,稀土元素浓度低,LaN/YbN比为8.9 ~ 49.8。二维重力模拟和现场控制可以解释超镁铁质体中心和边缘的浅深度椭球形火xenite体和低表达碳酸盐岩。本研究提供的新的地质、地球化学和重力资料的整合对理解sao jose do Campestre地块太古代埃迪卡拉事件具有重要意义。
{"title":"Geologia e gravimetria de rochas metaultramáficas e metacarbonatitos ediacaranos associados no Complexo Senador Elói de Souza, Província Borborema, NE do Brasil","authors":"Marcella Samyla de Miranda Silva, Z. S. Souza, F. A. D. Santana, José Alexandre Paixão da Cunha","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v21-178414","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v21-178414","url":null,"abstract":"O Maciço São José do Campestre, com cerca de 6.000 km2, corresponde a um dos fragmentos de crosta continental mais antigos da América do Sul, sendo constituído de ortognaisses, complexos máfico-ultramáficos e metassupracrustais com idades entre 3,41 e 2,70 Ga. O Complexo Senador Elói de Souza corresponde a uma dessas unidades, sendo composto de clinopiroxênio gnaisses, granada paragnaisses, com corpos ultramáficos e carbonatitos associados. Dados geocronológicos U-Pb em zircão sugerem uma idade de cristalização de 600 Ma para esses carbonatitos e piroxenitos. Feições de contato mostram brechas magmáticas, em que fragmentos decimétricos de piroxenito estão imersos em carbonatito de textura holocristalina. As ultramáficas apresentam textura ígnea bem preservada, predomínio de piroxênio cálcico, padrão pouco fracionado de elementos terras raras, com razões LaN/YbN de 1,5 – 8,6 e anomalia negativa de Eu (Eu/Eu* = 0,39 – 0,88). Os carbonatitos são ricos em calcita, tendo flogopita, olivina e diopsídio como fases máficas dominantes, baixas concentrações de elementos terras raras e razões LaN/YbN de 8,9 – 49,8. Modelagem gravimétrica 2D e controle de campo permitem interpretar corpos piroxeníticos elipsoidais de baixa profundidade e carbonatitos de menor expressividade no centro e bordas dos corpos ultramáficos. A integração de novos dados geológicos, geoquímicos e gravimétricos aportados nesta pesquisa mostra-se relevante para a compreensão de eventos ediacaranos no domínio arqueano do Maciço São José do Campestre.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"19 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79991337","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-13DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v21-168752
Mirna Aparecida Neves, Matheus Serri Moulin de Oliveira, Salomão Silva Calegari, R. Bertolo, R. Hirata, F. A. Caxito
A demanda por água subterrânea no estado do Espírito Santo vem crescendo consideravelmente frente aos eventos de escassez que marcaram os últimos anos. No entanto, a carência de conhecimentos hidrogeológicos compromete a locação de poços e a previsão da qualidade das águas, especialmente nos terrenos de rochas cristalinas. Este trabalho teve como objetivo uma avaliação hidrogeoquímica e da qualidade da água subterrânea do Sistema Aquífero Cristalino na Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim (BHRI), situada no sul do estado do Espírito Santo, descrevendo as variações composicionais e os condicionantes que influenciam a qualidade da água subterrânea. A compartimentação litológica e geomorfológica da bacia e as condições climáticas são os fatores que influenciam na hidrogeoquímica em escala regional, enquanto o uso e a ocupação do solo exercem influência pontual. Na porção da Alta BHRI, com relevo acidentado e predomínio de atividades agropecuárias, ocorrem principalmente águas bicarbonatadas cálcicas e bicarbonatadas cálcicas-magnesianas, pouco mineralizadas comparativamente à porção central da bacia, com composição química governada essencialmente pelo intemperismo das rochas silicáticas. Embora sejam águas de boa qualidade, alterações locais podem ocorrer em razão do nitrato proveniente de atividades antrópicas. Na porção da Média BHRI, com menores altitudes e relevo mais suave, as águas são predominantemente bicarbonatadas sódicas e cloretadas sódicas, com maior mineralização em relação à porção alta da bacia em razão da contribuição de rochas silicáticas em associação com litotipos carbonáticos, como mármores e calciossilicáticas. Nessa porção da bacia, as condições climáticas, com temperaturas mais altas e menor umidade do ar na área central da bacia, topograficamente mais rebaixada, também podem contribuir com o enriquecimento mineral em decorrência da evaporação da água que infiltra
{"title":"Hidrogeoquímica do Sistema Aquífero Cristalino no sul do estado do Espírito Santo – Brasil","authors":"Mirna Aparecida Neves, Matheus Serri Moulin de Oliveira, Salomão Silva Calegari, R. Bertolo, R. Hirata, F. A. Caxito","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v21-168752","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v21-168752","url":null,"abstract":"A demanda por água subterrânea no estado do Espírito Santo vem crescendo consideravelmente frente aos eventos de escassez que marcaram os últimos anos. No entanto, a carência de conhecimentos hidrogeológicos compromete a locação de poços e a previsão da qualidade das águas, especialmente nos terrenos de rochas cristalinas. Este trabalho teve como objetivo uma avaliação hidrogeoquímica e da qualidade da água subterrânea do Sistema Aquífero Cristalino na Bacia Hidrográfica do Rio Itapemirim (BHRI), situada no sul do estado do Espírito Santo, descrevendo as variações composicionais e os condicionantes que influenciam a qualidade da água subterrânea. A compartimentação litológica e geomorfológica da bacia e as condições climáticas são os fatores que influenciam na hidrogeoquímica em escala regional, enquanto o uso e a ocupação do solo exercem influência pontual. Na porção da Alta BHRI, com relevo acidentado e predomínio de atividades agropecuárias, ocorrem principalmente águas bicarbonatadas cálcicas e bicarbonatadas cálcicas-magnesianas, pouco mineralizadas comparativamente à porção central da bacia, com composição química governada essencialmente pelo intemperismo das rochas silicáticas. Embora sejam águas de boa qualidade, alterações locais podem ocorrer em razão do nitrato proveniente de atividades antrópicas. Na porção da Média BHRI, com menores altitudes e relevo mais suave, as águas são predominantemente bicarbonatadas sódicas e cloretadas sódicas, com maior mineralização em relação à porção alta da bacia em razão da contribuição de rochas silicáticas em associação com litotipos carbonáticos, como mármores e calciossilicáticas. Nessa porção da bacia, as condições climáticas, com temperaturas mais altas e menor umidade do ar na área central da bacia, topograficamente mais rebaixada, também podem contribuir com o enriquecimento mineral em decorrência da evaporação da água que infiltra","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"43 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79483579","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-23DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v21-160595
L. C. Souza, R. C. Delgado, Heitor Neves Maia
Micaschists that host the Acari batholith (Ediacaran age, 572 to 577 My) are characterized by a large number of quartz veins. The veins are more abundant in higher-temperature metamorphic zones and, together with lower metamorphic zones, form an aureole centered in the batholith. Most of the fluid inclusions are two-phase (H2O-CO2 and liquid/vapor), but three-phase varieties (liquid/vapor/salt cubes; liquid/liquid/vapor) occur locally. The analyzed veins come from the biotite + chlorite + muscovite, biotite + garnet, cordierite + andalusite, and cordierite + sillimanite metamorphic zones. CO2 melting temperatures (TmCO2) vary from -62.6 to -56.7°C, suggesting CH4 and/or N2. Eutectic temperatures (Te) in quartz veins show average values of -30.8°C in the biotite + chlorite + muscovite and biotite + garnet zones, and -38.6°C in the cordierite + andalusite and cordierite + sillimanite zones. Ice-melting temperatures (Tmice) are lower in the higher-temperature metamorphic zones. The mode values are -3.8, -5.5, -5.6, and -7.3°C, corresponding respectively to the biotite + chlorite + muscovite, biotite + garnet, cordierite + andalusite, and cordierite + sillimanite zones. A fluid characterized by the H2O-Na-Cl (KCl)-MgCl2-FeCl2-CaCl2 system is defined by: Tmice from near -1.9 to -32°C, the presence of salt cubes mainly in the cordierite + andalusite and cordierite + sillimanite zones, and recorded eutectic temperatures (Te) from -16.5 to -59.1°C. In addition, total homogenization temperatures (Tht) ranging from 117 to 388°C were obtained for primary aqueous fluid inclusions. This indicates a long period of fluid circulation under conditions of falling temperatures. Our results are consistent with an increase in the salinity of the aqueous fluid across the thermal aureole toward the granitic batholith.
{"title":"Fluid evolution from quartz veins in micaschists from the thermal aureole around the Acari batholith, Northeast Brazil","authors":"L. C. Souza, R. C. Delgado, Heitor Neves Maia","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v21-160595","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v21-160595","url":null,"abstract":"Micaschists that host the Acari batholith (Ediacaran age, 572 to 577 My) are characterized by a large number of quartz veins. The veins are more abundant in higher-temperature metamorphic zones and, together with lower metamorphic zones, form an aureole centered in the batholith. Most of the fluid inclusions are two-phase (H2O-CO2 and liquid/vapor), but three-phase varieties (liquid/vapor/salt cubes; liquid/liquid/vapor) occur locally. The analyzed veins come from the biotite + chlorite + muscovite, biotite + garnet, cordierite + andalusite, and cordierite + sillimanite metamorphic zones. CO2 melting temperatures (TmCO2) vary from -62.6 to -56.7°C, suggesting CH4 and/or N2. Eutectic temperatures (Te) in quartz veins show average values of -30.8°C in the biotite + chlorite + muscovite and biotite + garnet zones, and -38.6°C in the cordierite + andalusite and cordierite + sillimanite zones. Ice-melting temperatures (Tmice) are lower in the higher-temperature metamorphic zones. The mode values are -3.8, -5.5, -5.6, and -7.3°C, corresponding respectively to the biotite + chlorite + muscovite, biotite + garnet, cordierite + andalusite, and cordierite + sillimanite zones. A fluid characterized by the H2O-Na-Cl (KCl)-MgCl2-FeCl2-CaCl2 system is defined by: Tmice from near -1.9 to -32°C, the presence of salt cubes mainly in the cordierite + andalusite and cordierite + sillimanite zones, and recorded eutectic temperatures (Te) from -16.5 to -59.1°C. In addition, total homogenization temperatures (Tht) ranging from 117 to 388°C were obtained for primary aqueous fluid inclusions. This indicates a long period of fluid circulation under conditions of falling temperatures. Our results are consistent with an increase in the salinity of the aqueous fluid across the thermal aureole toward the granitic batholith.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"92 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75476096","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-03DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v21-178458
C. C. Felix, K. L. Mansur, Roberto Carlos da Conceição Ribeiro
O Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro apresenta exposto, em seu jardim, uma escultura do busto de Jesus Cristo sobre um suporte do século XIX. Ambas as peças são afetadas pelo intemperismo e se alteraram. Foram realizados caracterização tecnológica das peças e ensaios que forneceram dados que auxiliaram no entendimento das causas dessas alterações. Foram executadas análises por fluorescência de raios X (FRX), difração de raios X (DRX), ensaio colorimétrico, determinação da absorção de água (tubo de Karsten), velocidade ultrassônica e avaliação da dureza. As peças foram higienizadas para avaliação de poluentes e do pH. Os resultados de DRX indicaram que a escultura é composta de mármore (predominância de calcita) e do suporte de alabastro. Os resultados de FRX corroboraram com os de DRX, apontando que a escultura é composta de 49,90% de óxido de cálcio e 44,30% de perda ao fogo, associada à presença de carbonatos, enquanto o suporte apresenta 30,90% de óxido de cálcio, 21,90% de óxido de enxofre e 22,00% de perda ao fogo. No ensaio colorimétrico, a escultura apresentou cor cinza-escura, enquanto mármores semelhantes sãos, utilizados para comparação, tendem a cinza-claro e branco. No ensaio de absorção de água, ambas as peças apresentaram baixa permeabilidade. O ensaio de dureza indicou médias de valores maiores na estátua (489,07; 411,20 e 452,19 HLD) do que no suporte (188,14; 172,28; 164,57 e 201,71 HLD), indicando que o mármore é mais resistente do que o alabastro. Os resultados permitiram identificar que as alterações se devem, principalmente, ao local onde a escultura está exposta, e foi possível propor medidas para auxiliar na conservação desses objetos históricos.
{"title":"Estudo da alteração intempérica atuante em escultura de Jesus Cristo do século XIX e seu suporte, pertencentes ao Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro, RJ","authors":"C. C. Felix, K. L. Mansur, Roberto Carlos da Conceição Ribeiro","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v21-178458","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v21-178458","url":null,"abstract":"O Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro apresenta exposto, em seu jardim, uma escultura do busto de Jesus Cristo sobre um suporte do século XIX. Ambas as peças são afetadas pelo intemperismo e se alteraram. Foram realizados caracterização tecnológica das peças e ensaios que forneceram dados que auxiliaram no entendimento das causas dessas alterações. Foram executadas análises por fluorescência de raios X (FRX), difração de raios X (DRX), ensaio colorimétrico, determinação da absorção de água (tubo de Karsten), velocidade ultrassônica e avaliação da dureza. As peças foram higienizadas para avaliação de poluentes e do pH. Os resultados de DRX indicaram que a escultura é composta de mármore (predominância de calcita) e do suporte de alabastro. Os resultados de FRX corroboraram com os de DRX, apontando que a escultura é composta de 49,90% de óxido de cálcio e 44,30% de perda ao fogo, associada à presença de carbonatos, enquanto o suporte apresenta 30,90% de óxido de cálcio, 21,90% de óxido de enxofre e 22,00% de perda ao fogo. No ensaio colorimétrico, a escultura apresentou cor cinza-escura, enquanto mármores semelhantes sãos, utilizados para comparação, tendem a cinza-claro e branco. No ensaio de absorção de água, ambas as peças apresentaram baixa permeabilidade. O ensaio de dureza indicou médias de valores maiores na estátua (489,07; 411,20 e 452,19 HLD) do que no suporte (188,14; 172,28; 164,57 e 201,71 HLD), indicando que o mármore é mais resistente do que o alabastro. Os resultados permitiram identificar que as alterações se devem, principalmente, ao local onde a escultura está exposta, e foi possível propor medidas para auxiliar na conservação desses objetos históricos. ","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"16 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73140613","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-22DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v21-160094
Hugo Rafael Silva e Souza, P. Garcia, Elzio da Silva Barboza, F. E. Pinho
Localizado cerca de 50 km a sudeste da cidade de Cuiabá, o depósito de Pb-(Zn) Ranchão é hospedado por metadiamictitos neoproterozoicos do Grupo Cuiabá (Formação Coxipó, Membro Mata-Mata), zona interna da Faixa Paraguai. As rochas hospedeiras encontram-se intensamente deformadas e foram submetidas a metamorfismo regional na fácies xisto verde e de contato (fácies hornblenda hornfels), resultante da intrusão do Granito São Vicente, de idade cambriana. Este trabalho apresenta a caracterização geológica, petrográfica e de química mineral das mineralizações plumbo-zincíferas do depósito Ranchão, visando compreender os processos metalogenéticos responsáveis pelas concentrações de sulfetos. As zonas mineralizadas, compostas majoritariamente de galena, pirita e esfalerita, ocorrem como brechas, veios e disseminações. Os sulfetos estão associados a alterações hidrotermais das rochas hospedeiras, uma precoce, pré-mineralização (com quartzo-sericita e calcita), e outra tardia, pós-mineralização (com calcita e clorita). As maiores concentrações de minério seguem estruturas com orientação N60-70W e N80-85W, correspondentes às zonas de falhas que contêm o minério brechado. Cálculos geotermométricos indicam temperaturas entre 120 e 190°C para os fluidos hidrotermais tardi a epigenéticos, responsáveis pela formação da clorita. Os dados obtidos do depósito apontam para uma mineralização associada a um sistema meso a epitermal, que afetou diamictitos, previamente convertidos em hornfels pelo contato com o Granito São Vicente. Esses resultados representam uma perspectiva para prospecção de mineralizações similares na Baixada Cuiabana e em outras faixas metassedimentares dobradas com características similares.
{"title":"Tipologia das mineralizações e química mineral do depósito de Pb‑(Zn) Ranchão, zona interna da Faixa Paraguai, Mato Grosso, Brasil","authors":"Hugo Rafael Silva e Souza, P. Garcia, Elzio da Silva Barboza, F. E. Pinho","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v21-160094","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v21-160094","url":null,"abstract":"Localizado cerca de 50 km a sudeste da cidade de Cuiabá, o depósito de Pb-(Zn) Ranchão é hospedado por metadiamictitos neoproterozoicos do Grupo Cuiabá (Formação Coxipó, Membro Mata-Mata), zona interna da Faixa Paraguai. As rochas hospedeiras encontram-se intensamente deformadas e foram submetidas a metamorfismo regional na fácies xisto verde e de contato (fácies hornblenda hornfels), resultante da intrusão do Granito São Vicente, de idade cambriana. Este trabalho apresenta a caracterização geológica, petrográfica e de química mineral das mineralizações plumbo-zincíferas do depósito Ranchão, visando compreender os processos metalogenéticos responsáveis pelas concentrações de sulfetos. As zonas mineralizadas, compostas majoritariamente de galena, pirita e esfalerita, ocorrem como brechas, veios e disseminações. Os sulfetos estão associados a alterações hidrotermais das rochas hospedeiras, uma precoce, pré-mineralização (com quartzo-sericita e calcita), e outra tardia, pós-mineralização (com calcita e clorita). As maiores concentrações de minério seguem estruturas com orientação N60-70W e N80-85W, correspondentes às zonas de falhas que contêm o minério brechado. Cálculos geotermométricos indicam temperaturas entre 120 e 190°C para os fluidos hidrotermais tardi a epigenéticos, responsáveis pela formação da clorita. Os dados obtidos do depósito apontam para uma mineralização associada a um sistema meso a epitermal, que afetou diamictitos, previamente convertidos em hornfels pelo contato com o Granito São Vicente. Esses resultados representam uma perspectiva para prospecção de mineralizações similares na Baixada Cuiabana e em outras faixas metassedimentares dobradas com características similares.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"154 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86287897","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-22DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v21-183688
Fábio Bezerra Damasceno, Bruno Luiz Leite Martins, C. Marques de Sá
O Complexo Gabroico Canindé é um corpo máfico-ultramáfico com cerca de 240 km2 intrusivo em rochas do Domínio Geológico Canindé, do Sistema Orogênico Sergipano. A sua intrusão é de idade 690 ± 16 Ma e ocorreu durante evento de distensão continental no Brasiliano. O Complexo Gabroico Canindé é constituído por uma diversidade litológica que varia de anortositos e troctolitos a hornblenda e olivina gabros. As análises de litogeoquímica por fluorescência de raios X (FRX) indicaram que as rochas são básicas a ultrabásicas, variando de gabro a gabro-peridotítico, com tendências negativas de MnO e FeO, e positivas de K2O e Na2O relativamente ao conteúdo em SiO2, relacionadas com processos de cristalização fracionada. A mineralização de Cu-Ni ocorre disseminada, sob a forma de calcopirita e pentlandita. Análises por microscopia eletrônica de varredura (MEV) determinaram que os sulfetos primários apresentam suas bordas alteradas para spionkopita (Cu39S28) e violarita (FeNi2S), resultado de processo de oxidação por exposição desses sulfetos a ambiente com alta fO2, durante evento hidrotermal pós-magmático. A composição isotópica do enxofre, analisada pela primeira vez para os sulfetos primários do Complexo Gabroico Canindé, situa-se entre + 1,3‰ < δ34S < + 2,7‰, o que indica que a fonte do S é não magmática, apontando para uma origem dos sulfetos associada a processos de contaminação crustal. Os resultados aqui apresentados indicam fontes magmáticas para os cátions metálicos e contaminação crustal para o enriquecimento em S, permitindo classificar as mineralizações de Cu-Ni como de origem magmática com contaminação crustal. Esse tipo de depósito magmático, derivado de contaminação crustal e tardiamente afetado por processos hidrotermais, é representado por depósitos mundialmente conhecidos como Duluth (EUA) e
{"title":"Petrologia, química mineral e δ34S das mineralizações de Cu-Ni do Complexo Gabroico Canindé, Sistema Orogênico Sergipano, NE do Brasil","authors":"Fábio Bezerra Damasceno, Bruno Luiz Leite Martins, C. Marques de Sá","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v21-183688","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v21-183688","url":null,"abstract":"O Complexo Gabroico Canindé é um corpo máfico-ultramáfico com cerca de 240 km2 intrusivo em rochas do Domínio Geológico Canindé, do Sistema Orogênico Sergipano. A sua intrusão é de idade 690 ± 16 Ma e ocorreu durante evento de distensão continental no Brasiliano. O Complexo Gabroico Canindé é constituído por uma diversidade litológica que varia de anortositos e troctolitos a hornblenda e olivina gabros. As análises de litogeoquímica por fluorescência de raios X (FRX) indicaram que as rochas são básicas a ultrabásicas, variando de gabro a gabro-peridotítico, com tendências negativas de MnO e FeO, e positivas de K2O e Na2O relativamente ao conteúdo em SiO2, relacionadas com processos de cristalização fracionada. A mineralização de Cu-Ni ocorre disseminada, sob a forma de calcopirita e pentlandita. Análises por microscopia eletrônica de varredura (MEV) determinaram que os sulfetos primários apresentam suas bordas alteradas para spionkopita (Cu39S28) e violarita (FeNi2S), resultado de processo de oxidação por exposição desses sulfetos a ambiente com alta fO2, durante evento hidrotermal pós-magmático. A composição isotópica do enxofre, analisada pela primeira vez para os sulfetos primários do Complexo Gabroico Canindé, situa-se entre + 1,3‰ < δ34S < + 2,7‰, o que indica que a fonte do S é não magmática, apontando para uma origem dos sulfetos associada a processos de contaminação crustal. Os resultados aqui apresentados indicam fontes magmáticas para os cátions metálicos e contaminação crustal para o enriquecimento em S, permitindo classificar as mineralizações de Cu-Ni como de origem magmática com contaminação crustal. Esse tipo de depósito magmático, derivado de contaminação crustal e tardiamente afetado por processos hidrotermais, é representado por depósitos mundialmente conhecidos como Duluth (EUA) e","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"8 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82183188","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-22DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v21-174247
Marcus Vinicius Costa Almeida Junior, A. M. Leal, J. Barbosa, Moacyr Moura Marinho
O Cinturão Salvador-Esplanada-Boquim se localiza na porção nordeste do Cráton do São Francisco, nos estados da Bahia e do Sergipe, apresentando duas faixas litológicas de rochas metamórficas, denominadas Complexo Gnáissico-Migmatítico e Complexo Granulítico Esplanada-Boquim. O presente trabalho abrange os estudos de campo, petrográficos e litoquímicos do Complexo Gnáissico-Migmatítico, porção norte do Cinturão Salvador-Esplanada-Boquim. Ocorrem rochas metamórficas de médio grau, de composição granítica a granodiorítica e, subordinadamente, tonalítica, sendo comuns as evidências de processos de migmatização, principalmente na sua porção ocidental. Com base nos estudos de litoquímica, as rochas foram subdivididas em rochas sódicas, potássicas e intermediárias e caráter peraluminoso a metaluminoso. Análises dos elementos-traço, terras raras e as razões Eu/Eu* sugerem a atuação de processos metamórficos e de contaminação crustal a partir de fonte de natureza calcioalcalina. Ainda a partir da análise litoquímica, as rochas desse complexo foram classificadas como sendo de arco vulcânico a sincolisional.
{"title":"As raízes gnáissico-migmatíticas da porção norte do Cinturão Salvador-Esplanada-Boquim, Cráton do São Francisco, Brasil","authors":"Marcus Vinicius Costa Almeida Junior, A. M. Leal, J. Barbosa, Moacyr Moura Marinho","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v21-174247","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v21-174247","url":null,"abstract":"O Cinturão Salvador-Esplanada-Boquim se localiza na porção nordeste do Cráton do São Francisco, nos estados da Bahia e do Sergipe, apresentando duas faixas litológicas de rochas metamórficas, denominadas Complexo Gnáissico-Migmatítico e Complexo Granulítico Esplanada-Boquim. O presente trabalho abrange os estudos de campo, petrográficos e litoquímicos do Complexo Gnáissico-Migmatítico, porção norte do Cinturão Salvador-Esplanada-Boquim. Ocorrem rochas metamórficas de médio grau, de composição granítica a granodiorítica e, subordinadamente, tonalítica, sendo comuns as evidências de processos de migmatização, principalmente na sua porção ocidental. Com base nos estudos de litoquímica, as rochas foram subdivididas em rochas sódicas, potássicas e intermediárias e caráter peraluminoso a metaluminoso. Análises dos elementos-traço, terras raras e as razões Eu/Eu* sugerem a atuação de processos metamórficos e de contaminação crustal a partir de fonte de natureza calcioalcalina. Ainda a partir da análise litoquímica, as rochas desse complexo foram classificadas como sendo de arco vulcânico a sincolisional.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"63 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84115393","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-05DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v21-183696
L. Franco, F. Figueiredo, P. Gomes, Igor Batista Andrade Araújo
O município de Aracaju, capital de Sergipe, tem em sua paisagem periférica, na região norte, a preservação de tabuleiros costeiros com elevações de até 100 m e inclinações do terreno superiores a 30°, naturalmente favoráveis à ocorrência de movimentos de massa. Nos anos de 2000 a 2010, essa região, especificamente o Bairro Cidade Nova, área do presente estudo, sofreu com a intensificação da abertura de cortes em taludes para construção de moradias, o que tem acarretado eventos discretos de movimentos de massa, com prejuízos materiais, e colocado pessoas em risco de morte no período chuvoso. Como forma de contribuir para a redução desse risco, que vem sendo monitorado de forma qualitativa e de pouco detalhe, foi proposto no presente trabalho o mapeamento semiquantitativo. Foram adotados como métodos o Processo de Análise Hierárquica e a regressão linear, com o objetivo de realizar o mapeamento de suscetibilidade e de risco em escala de detalhe. Com a ponderação dos parâmetros em software GIS, a fotointerpretação de imagens de satélite e imagens aéreas oblíquas, obteve-se que 3,08% do terreno está em condição de muita alta suscetibilidade a movimento de massa e que 356 moradias se encontram em situação de risco, necessitando do mapeamento em escala de detalhe casa a casa. Após aplicação do método processo de análise hierárquica (em inglês: analytic hierarchy process — AHP), o mapeamento de campo revelou 43 setores de risco, com aumento de 80% no número de setores sob risco alto e de 75% no número de setores de risco muito alto, comparado aos mapeamentos anteriores da Defesa Civil Municipal de Aracaju e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
{"title":"Análises hierárquica e de regressão linear aplicadas aos mapeamentos de suscetibilidade e de risco aos movimentos de massa (Bairro Cidade Nova, Aracaju – SE, Brasil)","authors":"L. Franco, F. Figueiredo, P. Gomes, Igor Batista Andrade Araújo","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v21-183696","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v21-183696","url":null,"abstract":"O município de Aracaju, capital de Sergipe, tem em sua paisagem periférica, na região norte, a preservação de tabuleiros costeiros com elevações de até 100 m e inclinações do terreno superiores a 30°, naturalmente favoráveis à ocorrência de movimentos de massa. Nos anos de 2000 a 2010, essa região, especificamente o Bairro Cidade Nova, área do presente estudo, sofreu com a intensificação da abertura de cortes em taludes para construção de moradias, o que tem acarretado eventos discretos de movimentos de massa, com prejuízos materiais, e colocado pessoas em risco de morte no período chuvoso. Como forma de contribuir para a redução desse risco, que vem sendo monitorado de forma qualitativa e de pouco detalhe, foi proposto no presente trabalho o mapeamento semiquantitativo. Foram adotados como métodos o Processo de Análise Hierárquica e a regressão linear, com o objetivo de realizar o mapeamento de suscetibilidade e de risco em escala de detalhe. Com a ponderação dos parâmetros em software GIS, a fotointerpretação de imagens de satélite e imagens aéreas oblíquas, obteve-se que 3,08% do terreno está em condição de muita alta suscetibilidade a movimento de massa e que 356 moradias se encontram em situação de risco, necessitando do mapeamento em escala de detalhe casa a casa. Após aplicação do método processo de análise hierárquica (em inglês: analytic hierarchy process — AHP), o mapeamento de campo revelou 43 setores de risco, com aumento de 80% no número de setores sob risco alto e de 75% no número de setores de risco muito alto, comparado aos mapeamentos anteriores da Defesa Civil Municipal de Aracaju e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). ","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"35 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"91381470","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-10-05DOI: 10.11606/issn.2316-9095.v21-164273
Paola de Oliveira Silva, M. G. P. Leite, Adivane Terezinha Costa, Maria Augusta Gonçalves Fujaco
A erosão por ondas em reservatórios está entre os processos que mais remodelam suas margens e promovem seu assoreamento. A continuidade destes processos causa inúmeros problemas não só ambientais, mas também econômicos. Infelizmente, poucos são os trabalhos e modelos que tratam do assunto e a maioria deles usa um número restrito de parâmetros em suas análises. Uma das variáveis menos utilizada é a presença/tipo de vegetação, provavelmente pela dificuldade em se estimar seu impacto direto. Para se avaliar a influência da existência de matas ciliares em diferentes estágios sucessionais sobre a erosão por ondas em reservatórios, quatro áreas com diferentes usos e idades de reflorestamento tiveram ventos e ondas monitorados durante um ano e meio, incluindo feições erosivas e recuos de margens medidos, além de solos e sedimentos caracterizados. Os dados obtidos apontaram para um processo complexo, com muitas variáveis correlacionadas. Os resultados mostraram que a área com projeto de revegetação mais antigo (29 anos), cuja mata ciliar já se encontra bem estabelecida, apresenta características de solo e erosão semelhantes à área com vegetação nativa preservada, o que ajudou a preservar suas margens da ação erosiva das ondas. Já a área com projeto de revegetação recente (19 anos), ainda sem uma mata ciliar plenamente desenvolvida, se assemelha às áreas de pastagem, apenas com gramíneas, com intensa perda de material das margens para o reservatório. Esforços devem ser feitos no sentido de modificar legislações e ampliar o número de projetos de reflorestamento no intuito de reduzir os problemas causados pela erosão por ondas em reservatórios e, desta forma, melhorar a qualidade de suas águas e aumentar seu tempo de vida útil.
{"title":"Influência de projetos de reflorestamento de matas ciliares no controle/mitigação da erosão por ondas em reservatórios","authors":"Paola de Oliveira Silva, M. G. P. Leite, Adivane Terezinha Costa, Maria Augusta Gonçalves Fujaco","doi":"10.11606/issn.2316-9095.v21-164273","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v21-164273","url":null,"abstract":"A erosão por ondas em reservatórios está entre os processos que mais remodelam suas margens e promovem seu assoreamento. A continuidade destes processos causa inúmeros problemas não só ambientais, mas também econômicos. Infelizmente, poucos são os trabalhos e modelos que tratam do assunto e a maioria deles usa um número restrito de parâmetros em suas análises. Uma das variáveis menos utilizada é a presença/tipo de vegetação, provavelmente pela dificuldade em se estimar seu impacto direto. Para se avaliar a influência da existência de matas ciliares em diferentes estágios sucessionais sobre a erosão por ondas em reservatórios, quatro áreas com diferentes usos e idades de reflorestamento tiveram ventos e ondas monitorados durante um ano e meio, incluindo feições erosivas e recuos de margens medidos, além de solos e sedimentos caracterizados. Os dados obtidos apontaram para um processo complexo, com muitas variáveis correlacionadas. Os resultados mostraram que a área com projeto de revegetação mais antigo (29 anos), cuja mata ciliar já se encontra bem estabelecida, apresenta características de solo e erosão semelhantes à área com vegetação nativa preservada, o que ajudou a preservar suas margens da ação erosiva das ondas. Já a área com projeto de revegetação recente (19 anos), ainda sem uma mata ciliar plenamente desenvolvida, se assemelha às áreas de pastagem, apenas com gramíneas, com intensa perda de material das margens para o reservatório. Esforços devem ser feitos no sentido de modificar legislações e ampliar o número de projetos de reflorestamento no intuito de reduzir os problemas causados pela erosão por ondas em reservatórios e, desta forma, melhorar a qualidade de suas águas e aumentar seu tempo de vida útil.","PeriodicalId":12810,"journal":{"name":"Geologia USP. Série Científica","volume":"61 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87995090","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}