O presente ensaio relaciona as visões mais amplas que Henri Bergson (1859-1941) e Maria Zambrano (1904-1991) desenvolvem em torno da poética enquanto microrregião de uma estética própria em cada um desses autores. Desafio pautado justamente pela forma peculiar com que ambos aderem a esta discussão para responder dificuldades da filosofia, área de sua atividade central, especificamente quanto à sua fala e discurso. Tanto Zambrano quanto Bergson enxergam a interseção mediada pelo instrumental poético, entre filosofia e poesia, um acesso de superação da racionalidade platônico-aristotélica. Se para Bergson a metáfora e as imagens seriam os mais fiéis à realidade em duração, Zambrano compõe a razão lógica com outra razão poética, sem, todavia, declinar-se ao irracionalismo, mas, à procura de um termo resistente à quela versão monolítica da tradição que antecede sua atividade crítica.
{"title":"RELAÇÃO ENTRE FILOSOFIA E POESIA NAS INTERFACES ESTÉTICAS DE HENRI BERGSON E DE MARIA ZAMBRANO","authors":"Rodrigo Rocha de Oliveira","doi":"10.26512/pl.v8i15.22867","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v8i15.22867","url":null,"abstract":"O presente ensaio relaciona as visões mais amplas que Henri Bergson (1859-1941) e Maria Zambrano (1904-1991) desenvolvem em torno da poética enquanto microrregião de uma estética própria em cada um desses autores. Desafio pautado justamente pela forma peculiar com que ambos aderem a esta discussão para responder dificuldades da filosofia, área de sua atividade central, especificamente quanto à sua fala e discurso. Tanto Zambrano quanto Bergson enxergam a interseção mediada pelo instrumental poético, entre filosofia e poesia, um acesso de superação da racionalidade platônico-aristotélica. Se para Bergson a metáfora e as imagens seriam os mais fiéis à realidade em duração, Zambrano compõe a razão lógica com outra razão poética, sem, todavia, declinar-se ao irracionalismo, mas, à procura de um termo resistente à quela versão monolítica da tradição que antecede sua atividade crítica.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126522409","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-07-31DOI: 10.26512/PóL.V8I15.23805
P. Farhat
O objetivo deste artigo consiste em apresentar uma interpretação da Crítica da razão pura que parte da noção de método da filosofia e seu modo de exposição. Essa interpretação obedece ao imperativo de compreender a filosofia de Kant como um todo, o que exige, assim, indicar certa importância da noção de método no estudo da filosofia kantiana. Após adentrar as discussões preliminares com relação à s interpretações do método da filosofia de Kant e o estabelecimento da importância dele, buscamos apresentar este método, distinguindo-o do que seria modo de exposição e passando a trabalhar seguindo principalmente o papel da definição no método filosófico, que se diferencia do apresentado no método matemático.
{"title":"MÉTODO, EXPOSIÇÃO E DEFINIÇÃO NA CRÍTICA DA RAZÃO PURA DE KANT","authors":"P. Farhat","doi":"10.26512/PóL.V8I15.23805","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/PóL.V8I15.23805","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo consiste em apresentar uma interpretação da Crítica da razão pura que parte da noção de método da filosofia e seu modo de exposição. Essa interpretação obedece ao imperativo de compreender a filosofia de Kant como um todo, o que exige, assim, indicar certa importância da noção de método no estudo da filosofia kantiana. Após adentrar as discussões preliminares com relação à s interpretações do método da filosofia de Kant e o estabelecimento da importância dele, buscamos apresentar este método, distinguindo-o do que seria modo de exposição e passando a trabalhar seguindo principalmente o papel da definição no método filosófico, que se diferencia do apresentado no método matemático.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"520 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128162944","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo pretende analisar de que modo a arte, para Heidegger, mostra-se como uma manifestação do ser contrapontual ao modo de ser da técnica moderna ”“ entendida como a época final da metafísica. Para isso, será necessário analisar a noção grega de techné e como essa noção inicialmente está vinculada tanto ao saber da produção de utensílios quanto ao saber da produção artística. Desse modo, veremos como a techné grega, entendida como um saber, transforma-se, com o predomínio da metafísica, em um fazer, desdobrando-se ao longo da história até a época da técnica moderna. A partir da consumação da metafísica na era da técnica, pretendemos mostrar, focados no ensaio A origem da obra de arte (1936), que a arte, para Heidegger, sendo ao mesmo tempo consanguínea e estranha à técnica moderna, mostra-nos uma relação mais original com o ser e com noções a ele vinculadas, como verdade e origem.
{"title":"ARTE COMO CONTRAPONTO À TÉCNICA MODERNA EM HEIDEGGER","authors":"Marina Coelho Santos","doi":"10.26512/pl.v8i15.23721","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v8i15.23721","url":null,"abstract":"Este artigo pretende analisar de que modo a arte, para Heidegger, mostra-se como uma manifestação do ser contrapontual ao modo de ser da técnica moderna ”“ entendida como a época final da metafísica. Para isso, será necessário analisar a noção grega de techné e como essa noção inicialmente está vinculada tanto ao saber da produção de utensílios quanto ao saber da produção artística. Desse modo, veremos como a techné grega, entendida como um saber, transforma-se, com o predomínio da metafísica, em um fazer, desdobrando-se ao longo da história até a época da técnica moderna. A partir da consumação da metafísica na era da técnica, pretendemos mostrar, focados no ensaio A origem da obra de arte (1936), que a arte, para Heidegger, sendo ao mesmo tempo consanguínea e estranha à técnica moderna, mostra-nos uma relação mais original com o ser e com noções a ele vinculadas, como verdade e origem.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-07-03","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123680848","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
No presente artigo analiso a influência da teoria ética smithiana nos dois primeiros trabalhos do jovem Engels, isto é, Esboço de uma crítica da Economia Política e A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. Assim, na primeira parte, abordo as principais características da teoria ética smithiana apresentadas no seu livro Teoria dos sentimentos morais, principalmente, a ideia de corrupção dos sentimentos morais, as quais, segundo estimo, influenciaram o pensamento do jovem Engels. Na segunda parte, analiso os dois textos de Engels acima referidos e aponto para os pontos em contato com os postulados smithianos previamente elencados
{"title":"INFLUÊNCIA DA TEORIA ÉTICA DE ADAM SMITH NO JOVEM ENGELS","authors":"Franco Maximiliano Rodríguez Migliarini","doi":"10.26512/pl.v7i14.23364","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i14.23364","url":null,"abstract":"No presente artigo analiso a influência da teoria ética smithiana nos dois primeiros trabalhos do jovem Engels, isto é, Esboço de uma crítica da Economia Política e A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. Assim, na primeira parte, abordo as principais características da teoria ética smithiana apresentadas no seu livro Teoria dos sentimentos morais, principalmente, a ideia de corrupção dos sentimentos morais, as quais, segundo estimo, influenciaram o pensamento do jovem Engels. Na segunda parte, analiso os dois textos de Engels acima referidos e aponto para os pontos em contato com os postulados smithianos previamente elencados","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"56 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123098632","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo pretende analisar e compreender o texto/fragmento O capitalismo como religião, escrito pelo filósofo Walter Benjamin em 1921. Esta análise é proposta de maneira a entender o imperativo que Benjamin coloca nas páginas de tal fragmento: deve-se ler o capitalismo como uma religião, o que, por sua vez, é explicitado durante o texto a partir da descrição dessa religião, de seu culto e da crítica benjaminiana à lógica capitalista, que não se restringe mais à esfera econômica ou à organização da sociedade na Modernidade, mas atravessa e perpassa todos os campos da vida humana. Em tais críticas, porém, pode-se observar o surgimento de uma das características mais marcantes do fragmento: apesar de ser um texto altamente anticapitalista e crítico, ele ainda está muito distante da teoria e da tradição marxistas, sendo muitas vezes, inclusive, crítico a essa tradição, pois é elaborado por um Benjamin que ainda se identifica mais com um socialismo romântico e libertário do que com um socialismo de orientação marxista.
{"title":"CAPITALISMO COMO RELIGIÃO","authors":"Izabela Loner Santana","doi":"10.26512/pl.v7i14.23366","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i14.23366","url":null,"abstract":"Este artigo pretende analisar e compreender o texto/fragmento O capitalismo como religião, escrito pelo filósofo Walter Benjamin em 1921. Esta análise é proposta de maneira a entender o imperativo que Benjamin coloca nas páginas de tal fragmento: deve-se ler o capitalismo como uma religião, o que, por sua vez, é explicitado durante o texto a partir da descrição dessa religião, de seu culto e da crítica benjaminiana à lógica capitalista, que não se restringe mais à esfera econômica ou à organização da sociedade na Modernidade, mas atravessa e perpassa todos os campos da vida humana. Em tais críticas, porém, pode-se observar o surgimento de uma das características mais marcantes do fragmento: apesar de ser um texto altamente anticapitalista e crítico, ele ainda está muito distante da teoria e da tradição marxistas, sendo muitas vezes, inclusive, crítico a essa tradição, pois é elaborado por um Benjamin que ainda se identifica mais com um socialismo romântico e libertário do que com um socialismo de orientação marxista.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114735074","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este texto propõe reflexões acerca da categoria “liberdade materialista”, sugerida por Marx em seus escritos de juventude, propondo-a como um importante parâmetro a todo o projeto marxiano de crítica à economia política. Será defendido que o amadurecimento metodológico do materialismo dialético não implicará em um abandono da liberdade como um importante objeto na crítica marxiana, mas antes a uma mudança de elementos empíricos objetivos a partir dos quais a investigação passa a se desenvolver. A categoria da liberdade materialista, ainda que não formulada de maneira sistemática, estaria presente como um parâmetro da crítica marxiana para apontar as relações entre o capitalismo e o comprometimento da liberdade “real” do indivíduo que se contrapõe ao “reino da liberdade” com o qual Marx identifica o comunismo. Nesse sentido, a categoria da liberdade materialista serve para definir parâmetros capazes de facilitar a realização das condições materiais que permitirão a superação em direção ao modo de produção comunista, bem como para definir as próprias práticas sociais e políticas que caracterizam a comunidade política do “reino da liberdade”.
{"title":"PROPOSTA DE INVESTIGAÇÃO DA CATEGORIA “LIBERDADE MATERIALISTA” EM MARX","authors":"Antônio Medeiros Dantas Filho","doi":"10.26512/pl.v7i14.18950","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i14.18950","url":null,"abstract":"Este texto propõe reflexões acerca da categoria “liberdade materialista”, sugerida por Marx em seus escritos de juventude, propondo-a como um importante parâmetro a todo o projeto marxiano de crítica à economia política. Será defendido que o amadurecimento metodológico do materialismo dialético não implicará em um abandono da liberdade como um importante objeto na crítica marxiana, mas antes a uma mudança de elementos empíricos objetivos a partir dos quais a investigação passa a se desenvolver. A categoria da liberdade materialista, ainda que não formulada de maneira sistemática, estaria presente como um parâmetro da crítica marxiana para apontar as relações entre o capitalismo e o comprometimento da liberdade “real” do indivíduo que se contrapõe ao “reino da liberdade” com o qual Marx identifica o comunismo. Nesse sentido, a categoria da liberdade materialista serve para definir parâmetros capazes de facilitar a realização das condições materiais que permitirão a superação em direção ao modo de produção comunista, bem como para definir as próprias práticas sociais e políticas que caracterizam a comunidade política do “reino da liberdade”.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129430673","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Karl Marx (1818-1883) escreve o ensaio Sobre a questão judaica (1843) para se contrapor à solução proposta por Bruno Bauer (1809-1882) acerca da relação entre o Estado prussiano e as reivindicações de emancipação do povo judeu alemão. Para Marx, a emancipação política, objetivo de Bauer, é insuficiente para a libertação do homem como sujeito não alienado; para tal, o que se deve reivindicar é a emancipação humana. A partir disso, nosso artigo discute as distinções e limites fundamentais entre a emancipação política e a humana. Neste sentido, pretendemos desenvolver a tese de que a emancipação política é insuficiente para superar as contradições em que vive o homem. Ao contrário do que pensa Bauer e os judeus, ao reivindicar um Estado democrático-burguês, a superação positiva e irrefutável da religião não está pressuposta.
{"title":"INSUFICIÊNCIA DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA NA BUSCA PELA LIBERDADE REAL DO HOMEM NO JOVEM KARL MARX","authors":"Bruno Fernandes","doi":"10.26512/pl.v7i14.18998","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i14.18998","url":null,"abstract":"Karl Marx (1818-1883) escreve o ensaio Sobre a questão judaica (1843) para se contrapor à solução proposta por Bruno Bauer (1809-1882) acerca da relação entre o Estado prussiano e as reivindicações de emancipação do povo judeu alemão. Para Marx, a emancipação política, objetivo de Bauer, é insuficiente para a libertação do homem como sujeito não alienado; para tal, o que se deve reivindicar é a emancipação humana. A partir disso, nosso artigo discute as distinções e limites fundamentais entre a emancipação política e a humana. Neste sentido, pretendemos desenvolver a tese de que a emancipação política é insuficiente para superar as contradições em que vive o homem. Ao contrário do que pensa Bauer e os judeus, ao reivindicar um Estado democrático-burguês, a superação positiva e irrefutável da religião não está pressuposta. ","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125518331","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo tem como finalidade propor uma conexão que evidencie a influência hegeliana (tendo como base a obra Ciência da Lógica) na leitura de Marx acerca dos economistas liberais e da interpretação que fazem da sociedade, principalmente nos temas abordados na primeira divisão de sua obra Elementos fundamentais para a crítica da economia política (Grundrisse). Tais temas consistem na análise de uma dura crítica à s abstrações e concepções a-históricas promovidas pela chamada economia política por meio de seus grandes teóricos e principais expoentes: Adam Smith e David Ricardo. Reagindo a essas concepções, Marx proporá o caminho da adoção de uma noção concreta de universalidade, conceito similar à concepção de Hegel de um todo lógico-real.
{"title":"MARX E A NOÇÃO DE UNIVERSALIDADE","authors":"Allysson Flôres Santos","doi":"10.26512/pl.v7i14.23363","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i14.23363","url":null,"abstract":"Este artigo tem como finalidade propor uma conexão que evidencie a influência hegeliana (tendo como base a obra Ciência da Lógica) na leitura de Marx acerca dos economistas liberais e da interpretação que fazem da sociedade, principalmente nos temas abordados na primeira divisão de sua obra Elementos fundamentais para a crítica da economia política (Grundrisse). Tais temas consistem na análise de uma dura crítica à s abstrações e concepções a-históricas promovidas pela chamada economia política por meio de seus grandes teóricos e principais expoentes: Adam Smith e David Ricardo. Reagindo a essas concepções, Marx proporá o caminho da adoção de uma noção concreta de universalidade, conceito similar à concepção de Hegel de um todo lógico-real.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129348982","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O socialismo e a luta pela existência, artigo do filósofo russo Lavrovitch, abordara ideias darwinistas ”“ centralizando-as na luta pela existência ”“ sob um patamar social, isto é, adaptando e transpondo a tese exposta por Darwin em A origem das espécies do nível biológico para o nível social, com o importante acréscimo do conceito de solidariedade humana. Respondendo a seu artigo, Engels escreveu ao russo em 1875, por carta, suas refutações ao darwinismo social. O trabalho aqui apresentado resenha explicativa e criticamente a carta de Engels a Lavrov, explanando as refutações e problematizações apresentadas por Engels à implementação do darwinismo social na perspectiva materialista histórica por ele defendida. A argumentação de Engels pauta o nível biológico, da incompletude do darwinismo em si; o nível social, da falta de evidências nesse nível específico; e, por fim, o metafísico, da impossibilidade de transposição de uma tese de natureza biológica ao âmbito social.
{"title":"CARTA A PIETR LAVROVITCH LAVROV, DE FRIEDRICH ENGELS","authors":"Rafael Ferreira Martins","doi":"10.26512/pl.v7i14.23372","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i14.23372","url":null,"abstract":"O socialismo e a luta pela existência, artigo do filósofo russo Lavrovitch, abordara ideias darwinistas ”“ centralizando-as na luta pela existência ”“ sob um patamar social, isto é, adaptando e transpondo a tese exposta por Darwin em A origem das espécies do nível biológico para o nível social, com o importante acréscimo do conceito de solidariedade humana. Respondendo a seu artigo, Engels escreveu ao russo em 1875, por carta, suas refutações ao darwinismo social. O trabalho aqui apresentado resenha explicativa e criticamente a carta de Engels a Lavrov, explanando as refutações e problematizações apresentadas por Engels à implementação do darwinismo social na perspectiva materialista histórica por ele defendida. A argumentação de Engels pauta o nível biológico, da incompletude do darwinismo em si; o nível social, da falta de evidências nesse nível específico; e, por fim, o metafísico, da impossibilidade de transposição de uma tese de natureza biológica ao âmbito social.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126949627","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O filósofo equatoriano Bolívar Echeverría desenvolve o marxismo crítico latino-americano, partindo da contradição entre valor de uso e valor de cambio, esta contradição nos tempos do capitalismo contemporâneo significa gerar um ethos concreto e particular, que nos permita viver objetiva e subjetivamente. O filósofo encontra diferentes modernidades que aparecem no momento em que as diversas sociedades assumem e vivem a contradição que nos coloca a hegemonia capitalista: modernidade realista, romântica, clássica e barroca. Sendo esta última o tipo particular em que as sociedades latino-americanas vivem o capitalismo contemporâneo, configuração produto do devir histórico singular de nossas sociedades, olhar que questiona sobre o nosso ser e nossas possibilidades emancipadoras.
{"title":"MARXISMO CRÍTICO LATINO-AMERICANO","authors":"César Miguel Salinas Ramos","doi":"10.26512/pl.v7i14.23370","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i14.23370","url":null,"abstract":"O filósofo equatoriano Bolívar Echeverría desenvolve o marxismo crítico latino-americano, partindo da contradição entre valor de uso e valor de cambio, esta contradição nos tempos do capitalismo contemporâneo significa gerar um ethos concreto e particular, que nos permita viver objetiva e subjetivamente. O filósofo encontra diferentes modernidades que aparecem no momento em que as diversas sociedades assumem e vivem a contradição que nos coloca a hegemonia capitalista: modernidade realista, romântica, clássica e barroca. Sendo esta última o tipo particular em que as sociedades latino-americanas vivem o capitalismo contemporâneo, configuração produto do devir histórico singular de nossas sociedades, olhar que questiona sobre o nosso ser e nossas possibilidades emancipadoras.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126077738","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}