Esse artigo investiga alguns aspectos da dialética materialista de Adorno, com particular atenção a seus Três Estudos sobre Hegel. Enquanto a filosofia de Adorno é lida frequentemente ”“ tanto por críticos habermasianos quanto por leitores mais favoráveis ”“ como uma “crítica da razão instrumental” visando uma mera refutação da tese hegeliana da identidade sujeito-objeto, é sugerido aqui que essa tese desenvolve um papel crucial em Adorno enquanto momento dialético. Em primeiro lugar, é esboçada a visão adorniana da essência objetiva da dialética, implicando que elementos materialistas já estão presentes no próprio Hegel. A possibilidade transcendente da utopia deve ser concebida, portanto, como uma “possibilidade real” fundada na estrutura da experiência imanente. Em seguida, é posta a questão de qual seria, segundo Adorno, o elemento efetivamente falso em Hegel. Através de um exame de alguns conceitos centrais da dialética negativa ”“ a prova ontológica da existência de Deus, o primado do objeto, a contingência do antagonismo, a gênese histórica do Eu freudiano ”“ mostra-se que a crítica adorniana de Hegel é dirigida à ontologização idealista do trabalho, e, portanto, do sujeito ”“ que é, por sua vez, uma forma de trabalho. Finalmente, aponta-se brevemente para um possível resultado prático da dialética negativa, que consistiria na superação do trabalho através do trabalho, ou seja, em uma concepção da abolição da forma-mercadoria que seja dialética, negativa e baseada na aceitação do Estado de direito.
{"title":"DIALÉTICA NEGATIVA DE ADORNO COMO FILOSOFIA DA POSSIBILIDADE REAL","authors":"Giovanni Zanotti","doi":"10.26512/pl.v7i14.23365","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i14.23365","url":null,"abstract":"Esse artigo investiga alguns aspectos da dialética materialista de Adorno, com particular atenção a seus Três Estudos sobre Hegel. Enquanto a filosofia de Adorno é lida frequentemente ”“ tanto por críticos habermasianos quanto por leitores mais favoráveis ”“ como uma “crítica da razão instrumental” visando uma mera refutação da tese hegeliana da identidade sujeito-objeto, é sugerido aqui que essa tese desenvolve um papel crucial em Adorno enquanto momento dialético. Em primeiro lugar, é esboçada a visão adorniana da essência objetiva da dialética, implicando que elementos materialistas já estão presentes no próprio Hegel. A possibilidade transcendente da utopia deve ser concebida, portanto, como uma “possibilidade real” fundada na estrutura da experiência imanente. Em seguida, é posta a questão de qual seria, segundo Adorno, o elemento efetivamente falso em Hegel. Através de um exame de alguns conceitos centrais da dialética negativa ”“ a prova ontológica da existência de Deus, o primado do objeto, a contingência do antagonismo, a gênese histórica do Eu freudiano ”“ mostra-se que a crítica adorniana de Hegel é dirigida à ontologização idealista do trabalho, e, portanto, do sujeito ”“ que é, por sua vez, uma forma de trabalho. Finalmente, aponta-se brevemente para um possível resultado prático da dialética negativa, que consistiria na superação do trabalho através do trabalho, ou seja, em uma concepção da abolição da forma-mercadoria que seja dialética, negativa e baseada na aceitação do Estado de direito.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"242 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121984985","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Trata-se de uma tradução do alemão para o português do referido texto de Fridrich Hölderlin (datado de 1799). Faz parte do corpus hölderliano, além dos poemas, das obras em prosa, das cartas e das tragédias (as várias versões de A morte de Empédocles), uma série de escritos (muitas vezes fragmentados e inacabados) de teor estético-filosófico, nos quais se discorre, sobretudo, a partir dos liames entre a mentalidade grega arcaica e o espírito romântico. O texto ora traduzido se insere nesse âmbito. O cerne de seu percurso (por sinal, inacabado, mas de extrema importância) se desdobra a partir da noção de Bildung (“formação”), a qual é disposta no contexto da originalidade própria de cada tempo/povo (no caso, o romântico) e da herança que a perpassa (no caso, a da Antiguidade grega). O meio vivo entre esses dois eixos, por sua vez, é examinado a partir da noção de Bildungstrieb (“impulso de formação”), foco do desenvolvimento do texto. A tradução está inserida em um projeto de tradução dos demais textos da obra de Hölderlin.
{"title":"PONTO DE VISTA A PARTIR DO QUAL TEMOS DE ENXERGAR A ANTIGUIDADE","authors":"André Felipe Gonçalves Correia","doi":"10.26512/pl.v7i14.9963","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i14.9963","url":null,"abstract":"Trata-se de uma tradução do alemão para o português do referido texto de Fridrich Hölderlin (datado de 1799). Faz parte do corpus hölderliano, além dos poemas, das obras em prosa, das cartas e das tragédias (as várias versões de A morte de Empédocles), uma série de escritos (muitas vezes fragmentados e inacabados) de teor estético-filosófico, nos quais se discorre, sobretudo, a partir dos liames entre a mentalidade grega arcaica e o espírito romântico. O texto ora traduzido se insere nesse âmbito. O cerne de seu percurso (por sinal, inacabado, mas de extrema importância) se desdobra a partir da noção de Bildung (“formação”), a qual é disposta no contexto da originalidade própria de cada tempo/povo (no caso, o romântico) e da herança que a perpassa (no caso, a da Antiguidade grega). O meio vivo entre esses dois eixos, por sua vez, é examinado a partir da noção de Bildungstrieb (“impulso de formação”), foco do desenvolvimento do texto. A tradução está inserida em um projeto de tradução dos demais textos da obra de Hölderlin.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"92 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121881211","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente ensaio se propõe relacionar a noção de alienação construída por Karl Marx ao fenômeno que influencia milhões de usuários da internet todos os dias e a formação de suas opiniões. A humanidade vive a chamada “Era Digital”, em que há grande fluxo de informações em grande velocidade; além disso, as pessoas passam cada vez mais tempo conectadas à internet através dos mais variáveis dispositivos, utilizando-a para trabalhar, estudar, informar-se, comprar e vender, divertir-se, entre várias outras possibilidades. No contexto de imersão dos usuários de internet nesse “mundo” paralelo de informações, levanta-se o questionamento sobre que informações chegam até os usuários, quais os critérios e, especialmente, como isso pode influenciar a formação de opinião.
{"title":"CONCEITO MARXISTA DE ALIENAÇÃO E SUAS IMPLICAÇÕES NO CONTEXTO DAS REDES SOCIAIS E NA FORMAÇÃO DE OPINIÃO DO USUÁRIO","authors":"Alana Carvalho Pinheiro","doi":"10.26512/pl.v7i14.23369","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i14.23369","url":null,"abstract":"O presente ensaio se propõe relacionar a noção de alienação construída por Karl Marx ao fenômeno que influencia milhões de usuários da internet todos os dias e a formação de suas opiniões. A humanidade vive a chamada “Era Digital”, em que há grande fluxo de informações em grande velocidade; além disso, as pessoas passam cada vez mais tempo conectadas à internet através dos mais variáveis dispositivos, utilizando-a para trabalhar, estudar, informar-se, comprar e vender, divertir-se, entre várias outras possibilidades. No contexto de imersão dos usuários de internet nesse “mundo” paralelo de informações, levanta-se o questionamento sobre que informações chegam até os usuários, quais os critérios e, especialmente, como isso pode influenciar a formação de opinião.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130156537","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A obra Sobre o suicídio refere-se à posição das mulheres na França do século XVII, apresentando os principais desencadeadores para o tópico: religião, moralidade e submissão. Assim como mencionado na obra, esses três aspectos ainda são influenciadores para o ato na atualidade. Pensar sobre o suicídio na contemporaneidade (utilizando Jacques Peuchet e Karl Marx como coautor) abre espaço para questionar por que, mesmo após 200 anos, a sociedade ainda está em semelhante posição, e em como o Estado (inclusive seus cidadãos) possui influência sobre os suicídios ao evitar discussões acerca do tema e deslegitimar os casos. Ademais, é imprescindível o reconhecimento da depressão como uma questão de saúde pública que necessita de acompanhamento periódico. Uma saída possível para esse obstáculo seria, portanto, o reconhecimento da depressão como uma patologia e, a partir disso, a tentativa de redução dos casos.
{"title":"SOBRE O SUICÍDIO, DE MARX","authors":"Amanda Nunes de Freitas","doi":"10.26512/pl.v7i14.23371","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i14.23371","url":null,"abstract":"A obra Sobre o suicídio refere-se à posição das mulheres na França do século XVII, apresentando os principais desencadeadores para o tópico: religião, moralidade e submissão. Assim como mencionado na obra, esses três aspectos ainda são influenciadores para o ato na atualidade. Pensar sobre o suicídio na contemporaneidade (utilizando Jacques Peuchet e Karl Marx como coautor) abre espaço para questionar por que, mesmo após 200 anos, a sociedade ainda está em semelhante posição, e em como o Estado (inclusive seus cidadãos) possui influência sobre os suicídios ao evitar discussões acerca do tema e deslegitimar os casos. Ademais, é imprescindível o reconhecimento da depressão como uma questão de saúde pública que necessita de acompanhamento periódico. Uma saída possível para esse obstáculo seria, portanto, o reconhecimento da depressão como uma patologia e, a partir disso, a tentativa de redução dos casos.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"70 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127109787","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este trabalho busca analisar as representações sociais do imigrante venezuelano recente no Brasil para internautas à luz da crise imigratória do ano de 2018, principalmente no que se refere à ressignificação da ideia marxista de comunismo. Nosso material de análise foram comentários postados em sites de notícias e em redes sociais sobre os acontecimentos, buscando no momento de acirramento de ânimos as representações segundo a perspectiva de Serge Moscovici ”“ que estão subsumidas no cotidiano e emergem diante de estímulos como o da migração massiva. A análise indicou que a situação política do país de origem ”“ cujas valorações são muito variadas ”“ influi na construção de sua representação.
{"title":"ÍNDIOS COMUNISTAS?","authors":"Ricardo Cortez Lopes","doi":"10.26512/pl.v7i14.23367","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i14.23367","url":null,"abstract":"Este trabalho busca analisar as representações sociais do imigrante venezuelano recente no Brasil para internautas à luz da crise imigratória do ano de 2018, principalmente no que se refere à ressignificação da ideia marxista de comunismo. Nosso material de análise foram comentários postados em sites de notícias e em redes sociais sobre os acontecimentos, buscando no momento de acirramento de ânimos as representações segundo a perspectiva de Serge Moscovici ”“ que estão subsumidas no cotidiano e emergem diante de estímulos como o da migração massiva. A análise indicou que a situação política do país de origem ”“ cujas valorações são muito variadas ”“ influi na construção de sua representação.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129162158","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente trabalho visa abordar as consequências da Indústria Cultural nas produções estéticas e na forma de compreensão de mundo dos indivíduos, tendo como base as considerações de Theodor Adorno e Max Horkheimer apresentadas na obra Dialética do Esclarecimento (1944). Partindo do conceito de Indústria Cultural, os autores tratam de aspectos concernentes à vida humana, tendo em vista instrumentos de esclarecimento como o cinema, a música, etc. mostrando como ocorre o obscurecimento de uma autenticidade nesses âmbitos em prol do capital. Com base nisso, buscar-se-á expor, primeiramente, as consequências do mundo reificado na arte, elencando como isso se dá a partir da instauração da Razão Instrumental. Posteriormente, discutir-se-á como os produtos mercantis levam a anulação dos instrumentos de reflexão e na perda de subjetividade dos indivíduos, culminando na construção de uma sociedade formada de modo alienado e padronizado, tendo como objetivo ultrapassar um viés social da interferência desse sistema na concepção de arte, retomando uma reflexão filosófica acerca de como tal problemática afeta a forma com que os indivíduos se relacionam com o mundo.
{"title":"INDÚSTRIA CULTURAL E O CONCEITO DE ALIENAÇÃO","authors":"Stefane Katrini Koop","doi":"10.26512/pl.v7i14.22071","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i14.22071","url":null,"abstract":"O presente trabalho visa abordar as consequências da Indústria Cultural nas produções estéticas e na forma de compreensão de mundo dos indivíduos, tendo como base as considerações de Theodor Adorno e Max Horkheimer apresentadas na obra Dialética do Esclarecimento (1944). Partindo do conceito de Indústria Cultural, os autores tratam de aspectos concernentes à vida humana, tendo em vista instrumentos de esclarecimento como o cinema, a música, etc. mostrando como ocorre o obscurecimento de uma autenticidade nesses âmbitos em prol do capital. Com base nisso, buscar-se-á expor, primeiramente, as consequências do mundo reificado na arte, elencando como isso se dá a partir da instauração da Razão Instrumental. Posteriormente, discutir-se-á como os produtos mercantis levam a anulação dos instrumentos de reflexão e na perda de subjetividade dos indivíduos, culminando na construção de uma sociedade formada de modo alienado e padronizado, tendo como objetivo ultrapassar um viés social da interferência desse sistema na concepção de arte, retomando uma reflexão filosófica acerca de como tal problemática afeta a forma com que os indivíduos se relacionam com o mundo.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"47 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114101835","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Por meio de uma pesquisa bibliográfica, buscou-se estudar no pensamento de Hegel o conceito de dialética (na Enciclopédia das ciências filosóficas) e a noção dialética de experiência (Fenomenologia do Espírito). O conceito de dialética se mostra como um processo imanente constituído de três faces: face abstrata (do entendimento), face dialética (negativamente-racional) e a face especulativa (positivamente-racional), que apreende a unidade das determinações contrárias. No caso da noção dialética de experiência, diferente de outras filosofias, mostra-se como uma atividade imanente, intrínseca e necessária da consciência consigo mesma, isto é, sujeito, objeto e padrão de medida são inter-dependentes, tornando o processo de conhecimento mais próximo aos objetos e passível de crítica e revisão.
{"title":"CONCEITO DE DIALÉTICA E A NOÇÃO DE EXPERÊNCIA","authors":"S. Ribeiro","doi":"10.26512/pl.v7i14.22070","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i14.22070","url":null,"abstract":"Por meio de uma pesquisa bibliográfica, buscou-se estudar no pensamento de Hegel o conceito de dialética (na Enciclopédia das ciências filosóficas) e a noção dialética de experiência (Fenomenologia do Espírito). O conceito de dialética se mostra como um processo imanente constituído de três faces: face abstrata (do entendimento), face dialética (negativamente-racional) e a face especulativa (positivamente-racional), que apreende a unidade das determinações contrárias. No caso da noção dialética de experiência, diferente de outras filosofias, mostra-se como uma atividade imanente, intrínseca e necessária da consciência consigo mesma, isto é, sujeito, objeto e padrão de medida são inter-dependentes, tornando o processo de conhecimento mais próximo aos objetos e passível de crítica e revisão.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"72 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127711301","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este trabalho pretende analisar a filosofia de Nietzsche especificamente no que tange ao conceito de “verdade”. Para isso, ele será dividido em três partes: na primeira, analisaremos como Nietzsche definiu o conceito metafísico de verdade e faremos uma exposição sobre como esse conceito aparece na religião cristã; na segunda parte, trataremos especificamente do problema da verdade no contexto em que Nietzsche publicou seus trabalhos de crítica à religião e à metafísica; na terceira parte, exporemos como Nietzsche imaginava uma filosofia sem verdades metafísicas, ou seja, sem metafísica alguma com pretensão de validade universal.
{"title":"VERDADE E METAFÍSICA","authors":"Giovane Martins Vaz dos Santos","doi":"10.26512/pl.v7i13.14656","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i13.14656","url":null,"abstract":"Este trabalho pretende analisar a filosofia de Nietzsche especificamente no que tange ao conceito de “verdade”. Para isso, ele será dividido em três partes: na primeira, analisaremos como Nietzsche definiu o conceito metafísico de verdade e faremos uma exposição sobre como esse conceito aparece na religião cristã; na segunda parte, trataremos especificamente do problema da verdade no contexto em que Nietzsche publicou seus trabalhos de crítica à religião e à metafísica; na terceira parte, exporemos como Nietzsche imaginava uma filosofia sem verdades metafísicas, ou seja, sem metafísica alguma com pretensão de validade universal.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"150 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-09-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122041856","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O artigo aborda o debate entre positivistas e pós-positivistas nos estudos das relações internacionais, retratando sucintamente o desenvolvimento do campo de estudos das relações internacionais e como este debate se insere no desenvolvimento teórico do campo. A hipótese desenvolvida nesse trabalho é a de que as distinções ontológicas e epistemológicas existentes entre positivistas e pós-positivistas nas relações internacionais não acarretaria em distinções expressivas na metodologia e nos resultados concretos das pesquisas dos mesmos.
{"title":"PERSPECTIVAS POSITIVISTAS E PÓS-POSITIVISTAS NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS","authors":"Nathalia Rocha Carneiro Ferraz Braga","doi":"10.26512/pl.v2i4.11568","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v2i4.11568","url":null,"abstract":"O artigo aborda o debate entre positivistas e pós-positivistas nos estudos das relações internacionais, retratando sucintamente o desenvolvimento do campo de estudos das relações internacionais e como este debate se insere no desenvolvimento teórico do campo. A hipótese desenvolvida nesse trabalho é a de que as distinções ontológicas e epistemológicas existentes entre positivistas e pós-positivistas nas relações internacionais não acarretaria em distinções expressivas na metodologia e nos resultados concretos das pesquisas dos mesmos.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"37 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125150074","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente trabalho trata da posição de Marx e de Weber acerca do surgimento do capitalismo. Em linhas gerais, Marx defende o chamado materialismo histórico, enquanto Weber relaciona o surgimento do capitalismo moderno com o protestantismo ascético. Assim, após se desenvolverem essas duas perspectivas acerca do problema, tentar-se-á apresentar, ao final, uma possível conciliação não reducionista entre os dois pensadores.
{"title":"MARX, WEBER E O SURGIMENTO DO CAPITALISMO","authors":"Sérgio de Brito Yanagui","doi":"10.26512/pl.v7i13.14658","DOIUrl":"https://doi.org/10.26512/pl.v7i13.14658","url":null,"abstract":"O presente trabalho trata da posição de Marx e de Weber acerca do surgimento do capitalismo. Em linhas gerais, Marx defende o chamado materialismo histórico, enquanto Weber relaciona o surgimento do capitalismo moderno com o protestantismo ascético. Assim, após se desenvolverem essas duas perspectivas acerca do problema, tentar-se-á apresentar, ao final, uma possível conciliação não reducionista entre os dois pensadores.","PeriodicalId":137834,"journal":{"name":"PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília","volume":"39 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-07-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124932870","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}