Pub Date : 2022-12-31DOI: 10.25247/2447-861x.2022.n256.p346-361
Matheus de Freitas Cecílio
Partindo da ideia de “desenvolvimento a convite” como um eixo explicativo para as relações econômicas estabelecidas entre os Estados Unidos e alguns seletos países no período pós-Segunda Guerra Mundial, este trabalho procura entender o caso específico da China. Tendo sido estabelecido que muitos dos convidados europeus e asiáticos estavam firmemente localizados sob o guarda-chuva geopolítico de Washington, procuramos entender o que explica a inclusão de uma potência formalmente socialista neste arranjo. Em uma seção posterior, buscamos avaliar este arranjo geoeconômico à luz dos cinquenta anos que se passaram desde então e das atuais tensões comerciais e tecnológicas entre Estados Unidos e China.
{"title":"RELAÇÃO CHINA – EUA À LUZ DO DESENVOLVIMENTO A CONVITE","authors":"Matheus de Freitas Cecílio","doi":"10.25247/2447-861x.2022.n256.p346-361","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/2447-861x.2022.n256.p346-361","url":null,"abstract":"<p id=\"docs-internal-guid-34bd540e-7fff-8ce1-6ea3-106d2b2a92c7\" style=\"line-height: 1.7999999999999998; text-align: justify; margin-top: 0pt; margin-bottom: 8pt;\" dir=\"ltr\">Partindo da ideia de “desenvolvimento a convite” como um eixo explicativo para as relações econômicas estabelecidas entre os Estados Unidos e alguns seletos países no período pós-Segunda Guerra Mundial, este trabalho procura entender o caso específico da China. Tendo sido estabelecido que muitos dos convidados europeus e asiáticos estavam firmemente localizados sob o guarda-chuva geopolítico de Washington, procuramos entender o que explica a inclusão de uma potência formalmente socialista neste arranjo. Em uma seção posterior, buscamos avaliar este arranjo geoeconômico à luz dos cinquenta anos que se passaram desde então e das atuais tensões comerciais e tecnológicas entre Estados Unidos e China.</p>","PeriodicalId":176936,"journal":{"name":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127789272","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-31DOI: 10.25247/2447-861x.2022.n256.p259-266
J. D. S. Cunha, Ângela Borges, Mariano Vicente da Silva Filho
A edição de número 256 dos Cadernos do Ceas vem a público após a vitória eleitoral de uma ampla frente democrática que encerrará um ciclo sombrio de contrarreformas sociais e de ameaças ao estado de direito no Brasil. Assim, espera a maioria dos brasileiros, embora a outra quase metade dos nacionais parece desejar a continuidade de tais perspectivas e parte desta vai além, insistindo em uma convocação aos militares para reestabelecerem a ditadura no país. Sem apoios internos e externos suficientes para o projeto da extrema direita neofascista, Bolsonaro, presidente encerrando o mandato e líder dessa corrente, optou pelo silêncio e declarações ambíguas, enquanto seus apoiadores mais radicais se mobilizaram em bloqueios de estradas estaduais, rodovias federais, ruas e avenidas em pontos estratégicos das cidades, chegando a realizarem atos abertamente terroristas, como a tentativa de assalto à sede da Polícia Federal em Brasília, seguida de depredações de prédios e incêndios de carros e ônibus na capital da República. Reagiam à prisão de um mobilizador dos golpistas, ordenada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Morais.
{"title":"EDITORIAL: QUE 2022 ENTERRE A AMEAÇA ANTIDEMOCRÁTICA","authors":"J. D. S. Cunha, Ângela Borges, Mariano Vicente da Silva Filho","doi":"10.25247/2447-861x.2022.n256.p259-266","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/2447-861x.2022.n256.p259-266","url":null,"abstract":"A edição de número 256 dos Cadernos do Ceas vem a público após a vitória eleitoral de uma ampla frente democrática que encerrará um ciclo sombrio de contrarreformas sociais e de ameaças ao estado de direito no Brasil. Assim, espera a maioria dos brasileiros, embora a outra quase metade dos nacionais parece desejar a continuidade de tais perspectivas e parte desta vai além, insistindo em uma convocação aos militares para reestabelecerem a ditadura no país. Sem apoios internos e externos suficientes para o projeto da extrema direita neofascista, Bolsonaro, presidente encerrando o mandato e líder dessa corrente, optou pelo silêncio e declarações ambíguas, enquanto seus apoiadores mais radicais se mobilizaram em bloqueios de estradas estaduais, rodovias federais, ruas e avenidas em pontos estratégicos das cidades, chegando a realizarem atos abertamente terroristas, como a tentativa de assalto à sede da Polícia Federal em Brasília, seguida de depredações de prédios e incêndios de carros e ônibus na capital da República. Reagiam à prisão de um mobilizador dos golpistas, ordenada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Morais.","PeriodicalId":176936,"journal":{"name":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","volume":"74 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132920314","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-31DOI: 10.25247/2447-861x.2022.n256.p267-292
Anete B. L. Ivo
Esse artigo recompõe as condições históricas de iniquidade da estrutura social brasileira e demonstra como as reformas antidemocráticas do presente agravam as condições de reprodução social de inúmeros trabalhadores e suas famílias, num patamar de vulnerabilidade social crescente. Analisa como o padrão histórico, hierarquizado e autoritário, da sociedade colonial reproduz uma inércia de segmentação social no usufruto dos direitos, o que demonstra que as desigualdades sociais são também resultado da política. Apresenta os ciclos mais recentes da agenda política pública brasileira, de forma a entender como as reformas sociais antidemocráticas rompem com o liberalismo social prevalecente, agravando o padrão das desigualdades sociais, no País. Essa ampliação das desigualdades resulta de uma violência institucional do Estado na desconstrução dos pilares civilizatórios da cidadania social, no Brasil, em favor de uma remercadorização radical da sociedade.
{"title":"A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DO “EXCEDENTE” DE TRABALHADORES E A INSTITUCIONALIDADE DAS POLÍTICAS SOCIAIS, NO BRASIL","authors":"Anete B. L. Ivo","doi":"10.25247/2447-861x.2022.n256.p267-292","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/2447-861x.2022.n256.p267-292","url":null,"abstract":"Esse artigo recompõe as condições históricas de iniquidade da estrutura social brasileira e demonstra como as reformas antidemocráticas do presente agravam as condições de reprodução social de inúmeros trabalhadores e suas famílias, num patamar de vulnerabilidade social crescente. Analisa como o padrão histórico, hierarquizado e autoritário, da sociedade colonial reproduz uma inércia de segmentação social no usufruto dos direitos, o que demonstra que as desigualdades sociais são também resultado da política. Apresenta os ciclos mais recentes da agenda política pública brasileira, de forma a entender como as reformas sociais antidemocráticas rompem com o liberalismo social prevalecente, agravando o padrão das desigualdades sociais, no País. Essa ampliação das desigualdades resulta de uma violência institucional do Estado na desconstrução dos pilares civilizatórios da cidadania social, no Brasil, em favor de uma remercadorização radical da sociedade.","PeriodicalId":176936,"journal":{"name":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","volume":"2004 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125795282","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-31DOI: 10.25247/2447-861x.2022.n256.p293-317
José Dari Krein, Marcelo Manzano, M. Teixeira
No presente artigo propõe-se a refletir sobre as incontornáveis transformações que, carreadas pela crise da Covid-19, se sobrepuseram ao mundo do trabalho em geral e em particular em países como o Brasil, marcados pela condição periférica e pela persistência do excedente estrutural de força de trabalho. O artigo começa com a apresentação das características estruturais do mercado de trabalho brasileiro e uma breve análise da dinâmica das ocupações no período mais recente. Em seguida, faz-se uma reflexão sobre as múltiplas dimensões da crise (civilizacional, política, econômica) para, então, delinear algumas diretrizes programáticas, não apenas para pensar em formas de superação da atual crise do trabalho no Brasil, mas, principalmente, para provocar uma discussão a respeito da redefinição do próprio sentido e configuração do trabalho na quadra atual da história e em um contexto político e econômico carregado de tensões e contradições como as que estiveram vigentes no Brasil na segunda década do século XXI.
{"title":"TRABALHO NO BRASIL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS","authors":"José Dari Krein, Marcelo Manzano, M. Teixeira","doi":"10.25247/2447-861x.2022.n256.p293-317","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/2447-861x.2022.n256.p293-317","url":null,"abstract":"No presente artigo propõe-se a refletir sobre as incontornáveis transformações que, carreadas pela crise da Covid-19, se sobrepuseram ao mundo do trabalho em geral e em particular em países como o Brasil, marcados pela condição periférica e pela persistência do excedente estrutural de força de trabalho. O artigo começa com a apresentação das características estruturais do mercado de trabalho brasileiro e uma breve análise da dinâmica das ocupações no período mais recente. Em seguida, faz-se uma reflexão sobre as múltiplas dimensões da crise (civilizacional, política, econômica) para, então, delinear algumas diretrizes programáticas, não apenas para pensar em formas de superação da atual crise do trabalho no Brasil, mas, principalmente, para provocar uma discussão a respeito da redefinição do próprio sentido e configuração do trabalho na quadra atual da história e em um contexto político e econômico carregado de tensões e contradições como as que estiveram vigentes no Brasil na segunda década do século XXI.","PeriodicalId":176936,"journal":{"name":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","volume":"82 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133779275","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-31DOI: 10.25247/2447-861x.2022.n256.p419-439
Amilton Alves de Souza, A. Amorim, Neide Maria Ferreira Lopes
Este artigo trata de um diálogo outro na formação dos professores: experiências, subjetividades, interfaces e mediações. Neste intuito, propõe como objetivo geral: analisar de que maneira as experiências de si contribuem na formação docente continuada. E como objetivos específicos: (I) identificar as percepções docentes sobre as experiências de si e a subjetividade; (II) perceber que tipos de experiências são construídas na sala de aula tendo as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) como interface; (III) refletir epistemologicamente sobre as experiências de si, subjetividade e formação docente, a partir das experiências da escola na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA). O problema investigado partiu da questão “Como pensar a formação docente continuada, a partir da experiência de si?” A metodologia foi pautada na abordagem qualitativa, e como instrumento para coleta de dados foi adotado o questionário online, o qual contemplou questões sobre a formação docente, subjetividades e tecnologias, a fim de estabelecer uma relação entre formação docente e as experiências. A triangulação das informações foi representada por tabelas e descrição das vozes dos sujeitos. Concluiu-se que a pesquisa abre novas possibilidades sobre a formação docente continuada significativa, imprimindo outros sentidos das aprendizagens e saberes, a partir da prática, apropriando-se por meio da experiência de si e de princípios dialógicos, a reflexividade crítica e o encontro com o outro.
{"title":"UM DIÁLOGO OUTRO NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES: EXPERIÊNCIAS, SUBJETIVIDADES, INTERFACES E MEDIAÇÕES","authors":"Amilton Alves de Souza, A. Amorim, Neide Maria Ferreira Lopes","doi":"10.25247/2447-861x.2022.n256.p419-439","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/2447-861x.2022.n256.p419-439","url":null,"abstract":"Este artigo trata de um diálogo outro na formação dos professores: experiências, subjetividades, interfaces e mediações. Neste intuito, propõe como objetivo geral: analisar de que maneira as experiências de si contribuem na formação docente continuada. E como objetivos específicos: (I) identificar as percepções docentes sobre as experiências de si e a subjetividade; (II) perceber que tipos de experiências são construídas na sala de aula tendo as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) como interface; (III) refletir epistemologicamente sobre as experiências de si, subjetividade e formação docente, a partir das experiências da escola na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA). O problema investigado partiu da questão “Como pensar a formação docente continuada, a partir da experiência de si?” A metodologia foi pautada na abordagem qualitativa, e como instrumento para coleta de dados foi adotado o questionário online, o qual contemplou questões sobre a formação docente, subjetividades e tecnologias, a fim de estabelecer uma relação entre formação docente e as experiências. A triangulação das informações foi representada por tabelas e descrição das vozes dos sujeitos. Concluiu-se que a pesquisa abre novas possibilidades sobre a formação docente continuada significativa, imprimindo outros sentidos das aprendizagens e saberes, a partir da prática, apropriando-se por meio da experiência de si e de princípios dialógicos, a reflexividade crítica e o encontro com o outro.","PeriodicalId":176936,"journal":{"name":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130786829","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-31DOI: 10.25247/2447-861x.2022.n256.p401-418
Daniely da Silva Dias Vilela, C. M. D. S. B. Dias, Cirlene Francisca Sales Silva
Este artigo, recorte da dissertação de mestrado da primeira autora, tem como objetivo apresentar as características biosociodemográficas de mulheres idosas encarceradas em uma Penitenciária do Estado de Pernambuco. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, transversal, exploratória, descritiva, com uma amostra por conveniência. Os participantes foram cinco mulheres idosas, prisioneiras, que cometeram qualquer tipo de crime pela primeira vez (ré primária) e foram condenadas. Para coleta de dados foi utilizado um questionário com dados biosociodemográficos. Os principais resultados apontaram: que a faixa etária ficou entre 60 e 71 anos; em maioria são de cor parda, evangélicas; com ensino fundamental; solteiras ou divorciadas, pensionistas ou aposentadas; com renda de um salário-mínimo; condenadas pelo crime de tráfico de drogas, homicídio tentado e estelionato. No que se refere às condições de saúde, apresentam hipertensão, diabetes, problemas de coluna, queixas de memória, entre outros. A baixa representatividade das mulheres idosas, em relação aos homens idosos encarcerados, dificulta a garantia de seus direitos, o que produz repercussões à saúde global dessas pessoas.
{"title":"Mulheres idosas encarceradas em uma penitenciária do Estado de Pernambuco","authors":"Daniely da Silva Dias Vilela, C. M. D. S. B. Dias, Cirlene Francisca Sales Silva","doi":"10.25247/2447-861x.2022.n256.p401-418","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/2447-861x.2022.n256.p401-418","url":null,"abstract":"Este artigo, recorte da dissertação de mestrado da primeira autora, tem como objetivo apresentar as características biosociodemográficas de mulheres idosas encarceradas em uma Penitenciária do Estado de Pernambuco. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, transversal, exploratória, descritiva, com uma amostra por conveniência. Os participantes foram cinco mulheres idosas, prisioneiras, que cometeram qualquer tipo de crime pela primeira vez (ré primária) e foram condenadas. Para coleta de dados foi utilizado um questionário com dados biosociodemográficos. Os principais resultados apontaram: que a faixa etária ficou entre 60 e 71 anos; em maioria são de cor parda, evangélicas; com ensino fundamental; solteiras ou divorciadas, pensionistas ou aposentadas; com renda de um salário-mínimo; condenadas pelo crime de tráfico de drogas, homicídio tentado e estelionato. No que se refere às condições de saúde, apresentam hipertensão, diabetes, problemas de coluna, queixas de memória, entre outros. A baixa representatividade das mulheres idosas, em relação aos homens idosos encarcerados, dificulta a garantia de seus direitos, o que produz repercussões à saúde global dessas pessoas.","PeriodicalId":176936,"journal":{"name":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","volume":"67 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123350056","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-31DOI: 10.25247/2447-861x.2022.n256.p362-381
P. Vieira, Cristina Parente
Os empreendimentos solidários no Brasil representam uma das faces da desigualdade social e operam com limitações técnicas e materiais que se refletem na forma de produzir, gerir e comercializar. Nesta configuração, a assistência técnica é um direito a ser assegurado de modo permanente pela política pública, a fim de criar condições de manutenção e reprodução dos empreendimentos, promovendo sustentabilidade. Neste artigo propomos compreender como as condições definidas pela política dos centros públicos de economia solidária (CESOL) da Bahia se desenvolvem na prática de implementação com objetivos de promoção de sustentabilidade dos empreendimentos econômicos solidários. A pesquisa, de base qualitativa, conclui que a política dos CESOL fomenta articulações institucionais e políticas nos territórios e favorece, através de uma metodologia apropriada de assistência técnica socioprodutiva, a sustentabilidade dos empreendimentos solidários. No entanto, há fatores limitantes de ordem institucional e política que diminuem a amplitude e o alcance das ações desenvolvidas.
{"title":"A POLÍTICA DOS CENTROS PÚBLICOS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA DA BAHIA","authors":"P. Vieira, Cristina Parente","doi":"10.25247/2447-861x.2022.n256.p362-381","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/2447-861x.2022.n256.p362-381","url":null,"abstract":"Os empreendimentos solidários no Brasil representam uma das faces da desigualdade social e operam com limitações técnicas e materiais que se refletem na forma de produzir, gerir e comercializar. Nesta configuração, a assistência técnica é um direito a ser assegurado de modo permanente pela política pública, a fim de criar condições de manutenção e reprodução dos empreendimentos, promovendo sustentabilidade. Neste artigo propomos compreender como as condições definidas pela política dos centros públicos de economia solidária (CESOL) da Bahia se desenvolvem na prática de implementação com objetivos de promoção de sustentabilidade dos empreendimentos econômicos solidários. A pesquisa, de base qualitativa, conclui que a política dos CESOL fomenta articulações institucionais e políticas nos territórios e favorece, através de uma metodologia apropriada de assistência técnica socioprodutiva, a sustentabilidade dos empreendimentos solidários. No entanto, há fatores limitantes de ordem institucional e política que diminuem a amplitude e o alcance das ações desenvolvidas.","PeriodicalId":176936,"journal":{"name":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","volume":"50 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128347201","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-30DOI: 10.25247/2447-861x.2022.n257.p513-542
R. F. Carvalho, Cláudio André Souza, Humberto Dantas de Mizuca
O objetivo deste artigo é analisar o peso e a prevalência do apoio de prefeitos para a eleição de governadores, com ênfase no caso do estado da Bahia em 2022. Para isso, será analisado tal apoiamento realizado por meio de dados primários decorrentes de mapeamento feito ao final das convenções partidárias e resultado nas urnas em primeiro e segundo turno nas eleições no estado. A conclusão com base no levantamento feito com os 417 prefeitos baianos é a de que o apoio dos líderes municipais pode ser um fator importante em uma eleição a governador. Ademais, é fundamental nas estratégias eleitorais por parte das candidaturas a governador, sobretudo em uma eleição extremamente equilibrada. No entanto, a despeito das coligações formais para o cargo de governador, as posições dos partidos não são, necessariamente, seguidas por seus prefeitos, muitos impactados pela força do pleito federal e/ou pela lógica governista do peso do partido do governador na ordem estadual junto aos prefeitos.
{"title":"O GOVERNISMO EM CENA: NOTAS PRELIMINARES SOBRE A INFLUÊNCIA DOS PREFEITOS NA ELEIÇÃO AO GOVERNO ESTADUAL DA BAHIA EM 2022","authors":"R. F. Carvalho, Cláudio André Souza, Humberto Dantas de Mizuca","doi":"10.25247/2447-861x.2022.n257.p513-542","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/2447-861x.2022.n257.p513-542","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é analisar o peso e a prevalência do apoio de prefeitos para a eleição de governadores, com ênfase no caso do estado da Bahia em 2022. Para isso, será analisado tal apoiamento realizado por meio de dados primários decorrentes de mapeamento feito ao final das convenções partidárias e resultado nas urnas em primeiro e segundo turno nas eleições no estado. A conclusão com base no levantamento feito com os 417 prefeitos baianos é a de que o apoio dos líderes municipais pode ser um fator importante em uma eleição a governador. Ademais, é fundamental nas estratégias eleitorais por parte das candidaturas a governador, sobretudo em uma eleição extremamente equilibrada. No entanto, a despeito das coligações formais para o cargo de governador, as posições dos partidos não são, necessariamente, seguidas por seus prefeitos, muitos impactados pela força do pleito federal e/ou pela lógica governista do peso do partido do governador na ordem estadual junto aos prefeitos.","PeriodicalId":176936,"journal":{"name":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123603044","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-30DOI: 10.25247/2447-861x.2022.n257.p455-488
J. D. S. Cunha
O artigo discute os movimentos sociais na primeira década do século XXI, no cenário dos governos petistas no Brasil (2003-2010) -- e “carlista” na Bahia (2000-2010), seguido por governos do PT --, a partir de uma caracterização socioeconômico baiana. O objeto de discussão é recortado do contexto mais amplo das mobilizações sociais, tendo como foco a experiência da Articulação de Movimentos Sociais Rurais e Urbanos. Esta Articulação conseguiu envolver em ações massivas na capital e no interior um conjunto de organizações do campo popular, unificando pautas de reivindicações urbanas e rurais; conformou um sujeito social coletivo, de caráter horizontal, em período marcado pela fragmentação dos atores sociais, e talvez por isso teve sua existência abreviada.
{"title":"ARTICULAÇÃO RURAIS – URBANOS E MOVIMENTOS SOCIAIS NO CENÁRIO BAIANO DA 1ª DÉCADA DO SÉC. XXI","authors":"J. D. S. Cunha","doi":"10.25247/2447-861x.2022.n257.p455-488","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/2447-861x.2022.n257.p455-488","url":null,"abstract":"O artigo discute os movimentos sociais na primeira década do século XXI, no cenário dos governos petistas no Brasil (2003-2010) -- e “carlista” na Bahia (2000-2010), seguido por governos do PT --, a partir de uma caracterização socioeconômico baiana. O objeto de discussão é recortado do contexto mais amplo das mobilizações sociais, tendo como foco a experiência da Articulação de Movimentos Sociais Rurais e Urbanos. Esta Articulação conseguiu envolver em ações massivas na capital e no interior um conjunto de organizações do campo popular, unificando pautas de reivindicações urbanas e rurais; conformou um sujeito social coletivo, de caráter horizontal, em período marcado pela fragmentação dos atores sociais, e talvez por isso teve sua existência abreviada.","PeriodicalId":176936,"journal":{"name":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116691463","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-30DOI: 10.25247/2447-861x.2022.n257.p629-643
Drance Elias da Silva
A teologia da prosperidade produz um discurso de responsabilização de Deus em relação à vitória almejada pelos fiéis. Deus é dono de todo ouro e de toda prata. Exigir, perseverar e esperar é meta de todo crente. A religião deve atuar como baluarte da luta de uma conquista e, ser vitorioso, é “chegar lá”, “vencer” e testemunhar a realização da promessa do Deus da abundância. A imagem da fé como “moeda” de Deus expressa como a teologia da prosperidade negocia a relação do homem com as coisas divinas. Trabalhar cotidianamente pela prosperidade, sobretudo financeira, faz apertar o coração e suar as mãos daqueles que dizem ter certeza de que seu Deus não falhará. A máquina neopentecostal produz ansiedade religiosa, pois a relação da vida particular do simples fiel com suas metas transcendentes causa-lhe uma ansiedade que não é amiga. De olho na quantidade, o que fazer se nada conquistar? Como acalmar o coração acelerado que não vê a hora dos céus derramarem toda a promessa do criador? Os templos em seu dia a dia estão à flor da pele.
{"title":"DINHEIRO, FÉ E ANSIEDADE NO DISCURSO TEOLÓGICO DE PROSPERIDADE","authors":"Drance Elias da Silva","doi":"10.25247/2447-861x.2022.n257.p629-643","DOIUrl":"https://doi.org/10.25247/2447-861x.2022.n257.p629-643","url":null,"abstract":"A teologia da prosperidade produz um discurso de responsabilização de Deus em relação à vitória almejada pelos fiéis. Deus é dono de todo ouro e de toda prata. Exigir, perseverar e esperar é meta de todo crente. A religião deve atuar como baluarte da luta de uma conquista e, ser vitorioso, é “chegar lá”, “vencer” e testemunhar a realização da promessa do Deus da abundância. A imagem da fé como “moeda” de Deus expressa como a teologia da prosperidade negocia a relação do homem com as coisas divinas. Trabalhar cotidianamente pela prosperidade, sobretudo financeira, faz apertar o coração e suar as mãos daqueles que dizem ter certeza de que seu Deus não falhará. A máquina neopentecostal produz ansiedade religiosa, pois a relação da vida particular do simples fiel com suas metas transcendentes causa-lhe uma ansiedade que não é amiga. De olho na quantidade, o que fazer se nada conquistar? Como acalmar o coração acelerado que não vê a hora dos céus derramarem toda a promessa do criador? Os templos em seu dia a dia estão à flor da pele.","PeriodicalId":176936,"journal":{"name":"Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128780280","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
扫码关注我们
求助内容：
应助结果提醒方式：
京公网安备 11010802042870号