Pub Date : 2022-06-10DOI: 10.46906/caos.n28.60919.p163-181
Melissa Contreiras
A transformação experienciada no ambiente educacional em decorrência da pandemia do coronavírus em 2020 foi marcada pela impossibilidade da interação entre os corpos. O imediato estranhamento ocorrido em decorrência dessa situação e a apreensão da sala de aula como um lócus privilegiado para o entendimento da relação entre os sentidos, possibilitaram-me refletir sobre a relação entre a visão e a audição a partir de sua construção histórica e cultural. As aulas, acontecendo de modo remoto e algumas das estratégias didáticas — como o uso de podcasts —, desenvolvidas pelas professoras as quais tive a oportunidade de acompanhar no exercício de sua profissão, ensejaram uma análise a respeito do que optei por chamar de performances da voz no contexto educacional e do próprio processo de ensino-aprendizagem.
{"title":"“TÁ VENDO O QUE EU TÔ FALANDO?” Reflexões sobre a escuta ativa e as performances da voz no contexto educacional durante a pandemia da Covid-19","authors":"Melissa Contreiras","doi":"10.46906/caos.n28.60919.p163-181","DOIUrl":"https://doi.org/10.46906/caos.n28.60919.p163-181","url":null,"abstract":"A transformação experienciada no ambiente educacional em decorrência da pandemia do coronavírus em 2020 foi marcada pela impossibilidade da interação entre os corpos. O imediato estranhamento ocorrido em decorrência dessa situação e a apreensão da sala de aula como um lócus privilegiado para o entendimento da relação entre os sentidos, possibilitaram-me refletir sobre a relação entre a visão e a audição a partir de sua construção histórica e cultural. As aulas, acontecendo de modo remoto e algumas das estratégias didáticas — como o uso de podcasts —, desenvolvidas pelas professoras as quais tive a oportunidade de acompanhar no exercício de sua profissão, ensejaram uma análise a respeito do que optei por chamar de performances da voz no contexto educacional e do próprio processo de ensino-aprendizagem.","PeriodicalId":186260,"journal":{"name":"CAOS – Revista Eletrônica de Ciências Sociais","volume":"54 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132327861","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-10DOI: 10.46906/caos.n28.62247.p119-129
Jacob Carlos Lima
O texto faz uma homenagem ao professor Mauro Koury, desaparecido em 2021, vitimado pela Covid-19. O autor relembra momentos da parceria intelectual e docente que desenvolveu com o homenageado desde o início da década de 1980 na Universidade Federal da Paraíba. Recupera memórias dessa convivência marcada por coleguismo, conflitos, afastamentos e aproximações, que refletem a complexidade do convívio social, das idiossincrasias de cada um, do caráter aleatório e imprevisto de todo percurso individual. Apresenta fragmentos de trajetórias cruzadas e descontinuas, mas que possibilitam a compreensão do momento de expansão e consolidação do sistema federal de universidades, da pós-graduação, a partir da descrição de encontros e desencontros pessoais.
{"title":"FRAGMENTOS DE UMA TREJETÓRIA","authors":"Jacob Carlos Lima","doi":"10.46906/caos.n28.62247.p119-129","DOIUrl":"https://doi.org/10.46906/caos.n28.62247.p119-129","url":null,"abstract":"O texto faz uma homenagem ao professor Mauro Koury, desaparecido em 2021, vitimado pela Covid-19. O autor relembra momentos da parceria intelectual e docente que desenvolveu com o homenageado desde o início da década de 1980 na Universidade Federal da Paraíba. Recupera memórias dessa convivência marcada por coleguismo, conflitos, afastamentos e aproximações, que refletem a complexidade do convívio social, das idiossincrasias de cada um, do caráter aleatório e imprevisto de todo percurso individual. Apresenta fragmentos de trajetórias cruzadas e descontinuas, mas que possibilitam a compreensão do momento de expansão e consolidação do sistema federal de universidades, da pós-graduação, a partir da descrição de encontros e desencontros pessoais.","PeriodicalId":186260,"journal":{"name":"CAOS – Revista Eletrônica de Ciências Sociais","volume":"20 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116670183","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-18DOI: 10.46906/caos.n27.58984.p176-185
M. Cadore
A presente resenha tem a pretensão de apresentar um quadro panorâmico das ideias defendidas por Leon Trotsky, contidas no livro Como esmagar o fascismo — organizado pelo historiador Henrique Carneiro, que também escreve a introdução da obra — acerca da ascensão e consolidação do regime nazifascista na Alemanha, assim como suas implicações para o cenário político internacional, notadamente no que tange à questão das organizações classistas do operariado. A coletânea reúne textos escritos entre 1930 e 1933, trazendo o debate, familiar ao tempo presente, da frente única contra o fascismo como ferramenta política/organizacional para a superação da crise representada pela extrema-direita no poder.
{"title":"“MARCHAR SEPARADAMENTE, LUTAR JUNTOS”: Trotsky e o enfrentamento ao fascismo","authors":"M. Cadore","doi":"10.46906/caos.n27.58984.p176-185","DOIUrl":"https://doi.org/10.46906/caos.n27.58984.p176-185","url":null,"abstract":"A presente resenha tem a pretensão de apresentar um quadro panorâmico das ideias defendidas por Leon Trotsky, contidas no livro Como esmagar o fascismo — organizado pelo historiador Henrique Carneiro, que também escreve a introdução da obra — acerca da ascensão e consolidação do regime nazifascista na Alemanha, assim como suas implicações para o cenário político internacional, notadamente no que tange à questão das organizações classistas do operariado. A coletânea reúne textos escritos entre 1930 e 1933, trazendo o debate, familiar ao tempo presente, da frente única contra o fascismo como ferramenta política/organizacional para a superação da crise representada pela extrema-direita no poder.","PeriodicalId":186260,"journal":{"name":"CAOS – Revista Eletrônica de Ciências Sociais","volume":"91 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116307605","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-18DOI: 10.46906/caos.n27.60247.p106-124
Rafaela Melo Magalhães
O texto traz reflexões quanto aos processos identitários das pessoas com albinismo (PCA), buscando compreender como as pessoas com albinismo percebem a si mesmas? Quais significados ser albino/a tem para essas pessoas? Quais discursos afirmativos são acionados? Tais perguntas nortearam o impulso intelectual desta escrita. Como desdobramento de um doutorado em andamento, a etnografia é base metodológica. O contato com os/as interlocutores/as foi estabelecido por meio de redes sociais, inicialmente por interesses de socialização, ora da minha parte, ora da parte dos interlocutores, resultando em momentos de escuta, conversas, entrevistas e presença em espaços virtuais destinados exclusivamente às PCA. Busco partilhar o que elas consideram/veem/constroem como sua identidade por meio de suas narrativas e nas correlações entre os percursos de vida, as interações sociais, o encontro com outras PCA e as demarcações do discurso biomédico. Para tanto, estabeleço diálogo com Oliveira (2005) e Ciampa (1987, 2002) e desloco o entendimento para pensar a identidade como um processo, um fenômeno social, em constate retroalimentação do binômio igualdade/diferença e intimamente vinculados às relações de poder. Para as PCA, o encontro com outros iguais é elemento fundamental para que os processos assumam também caráter coletivo de reconhecimento social e identidade política. A condição de reflexões incipientes tende a sinalizar mais perguntas do que respostas, bem como o próprio andamento da pesquisa. Não sendo possível conclusões fechadas, mas sim, a abertura de caminhos reflexivos e teóricos.
{"title":"AFINAL, QUEM SOMOS NÓS? Processos identitários das pessoas com albinismo","authors":"Rafaela Melo Magalhães","doi":"10.46906/caos.n27.60247.p106-124","DOIUrl":"https://doi.org/10.46906/caos.n27.60247.p106-124","url":null,"abstract":"O texto traz reflexões quanto aos processos identitários das pessoas com albinismo (PCA), buscando compreender como as pessoas com albinismo percebem a si mesmas? Quais significados ser albino/a tem para essas pessoas? Quais discursos afirmativos são acionados? Tais perguntas nortearam o impulso intelectual desta escrita. Como desdobramento de um doutorado em andamento, a etnografia é base metodológica. O contato com os/as interlocutores/as foi estabelecido por meio de redes sociais, inicialmente por interesses de socialização, ora da minha parte, ora da parte dos interlocutores, resultando em momentos de escuta, conversas, entrevistas e presença em espaços virtuais destinados exclusivamente às PCA. Busco partilhar o que elas consideram/veem/constroem como sua identidade por meio de suas narrativas e nas correlações entre os percursos de vida, as interações sociais, o encontro com outras PCA e as demarcações do discurso biomédico. Para tanto, estabeleço diálogo com Oliveira (2005) e Ciampa (1987, 2002) e desloco o entendimento para pensar a identidade como um processo, um fenômeno social, em constate retroalimentação do binômio igualdade/diferença e intimamente vinculados às relações de poder. Para as PCA, o encontro com outros iguais é elemento fundamental para que os processos assumam também caráter coletivo de reconhecimento social e identidade política. A condição de reflexões incipientes tende a sinalizar mais perguntas do que respostas, bem como o próprio andamento da pesquisa. Não sendo possível conclusões fechadas, mas sim, a abertura de caminhos reflexivos e teóricos.","PeriodicalId":186260,"journal":{"name":"CAOS – Revista Eletrônica de Ciências Sociais","volume":"37 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129843148","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-18DOI: 10.46906/caos.n27.60260.p89-105
T. O. Moreira
O presente ensaio aborda aspectos importantes no cotidiano das pessoas com albinismo, como capacitismo, preconceito, pertencimento racial e acesso a políticas públicas. Tendo o objetivo de compreender como esses pontos têm relação com a imagem social e individual das pessoas com albinismo e como, consequentemente, afeta a produção de subjetividades. O albinismo gera oportunidade de discutir diversos elementos para além de parâmetros biomédicos, entretanto, ainda são raras as publicações acadêmicas que abarquem questões relacionadas à subjetividade. A partir da análise de referências bibliográficas, textos jornalísticos, artigos de portais de internet, documentos e legislações, realizou-se uma discussão que problematiza conceitos universais, hegemônicos para teorizar sobre subjetividade. Assim, o ensaio procura pautar a diversidade da vivência das pessoas com albinismo, elencando adversidades, as diferentes realidades e as potencialidades do público em questão.
{"title":"ALBINISMO E PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADE: uma análise dos diversos aspectos que compõem o tema","authors":"T. O. Moreira","doi":"10.46906/caos.n27.60260.p89-105","DOIUrl":"https://doi.org/10.46906/caos.n27.60260.p89-105","url":null,"abstract":"O presente ensaio aborda aspectos importantes no cotidiano das pessoas com albinismo, como capacitismo, preconceito, pertencimento racial e acesso a políticas públicas. Tendo o objetivo de compreender como esses pontos têm relação com a imagem social e individual das pessoas com albinismo e como, consequentemente, afeta a produção de subjetividades. O albinismo gera oportunidade de discutir diversos elementos para além de parâmetros biomédicos, entretanto, ainda são raras as publicações acadêmicas que abarquem questões relacionadas à subjetividade. A partir da análise de referências bibliográficas, textos jornalísticos, artigos de portais de internet, documentos e legislações, realizou-se uma discussão que problematiza conceitos universais, hegemônicos para teorizar sobre subjetividade. Assim, o ensaio procura pautar a diversidade da vivência das pessoas com albinismo, elencando adversidades, as diferentes realidades e as potencialidades do público em questão.","PeriodicalId":186260,"journal":{"name":"CAOS – Revista Eletrônica de Ciências Sociais","volume":"184 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127051025","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-18DOI: 10.46906/caos.n27.61531.p9-28
Adailton Aragão
O presente artigo tem o intuito de apresentar os trabalhos que fazem parte do dossiê e, ao mesmo tempo, refletir sobre a construção da identidade das pessoas albinas, os sentimentos e compartilhamento de suas trajetórias, estratégias e vivências, problematizando além dos fatores biológicos/médicos, discutindo a partir das Ciências Humanas, Estudos Culturais e Decoloniais. Vale destacar que todos os trabalhos têm um fio condutor que os une, ou seja, os processos identitários e os sentimentos coletivos e individuais (albinitude e albinidade) sobre ser uma pessoa albina, além de pensar como o Estado, a ciência, o mundo do trabalho, as associações, as leis, a subjetividade, a moda/publicidade e os discursos ocidentais/raciais também atuam sobre essas pessoas. Em conclusão, as pessoas albinas buscam o reconhecimento e políticas públicas para fortalecer o grupo e, assim, ter mais visibilidade na sociedade. Falar sobre identidade é pensar sobre a identidade atribuída, autoatribuída, herdada e compartilhada.
{"title":"ALBINITUDE E ALBINIDADE: apresentação do dossiê","authors":"Adailton Aragão","doi":"10.46906/caos.n27.61531.p9-28","DOIUrl":"https://doi.org/10.46906/caos.n27.61531.p9-28","url":null,"abstract":"O presente artigo tem o intuito de apresentar os trabalhos que fazem parte do dossiê e, ao mesmo tempo, refletir sobre a construção da identidade das pessoas albinas, os sentimentos e compartilhamento de suas trajetórias, estratégias e vivências, problematizando além dos fatores biológicos/médicos, discutindo a partir das Ciências Humanas, Estudos Culturais e Decoloniais. Vale destacar que todos os trabalhos têm um fio condutor que os une, ou seja, os processos identitários e os sentimentos coletivos e individuais (albinitude e albinidade) sobre ser uma pessoa albina, além de pensar como o Estado, a ciência, o mundo do trabalho, as associações, as leis, a subjetividade, a moda/publicidade e os discursos ocidentais/raciais também atuam sobre essas pessoas. Em conclusão, as pessoas albinas buscam o reconhecimento e políticas públicas para fortalecer o grupo e, assim, ter mais visibilidade na sociedade. Falar sobre identidade é pensar sobre a identidade atribuída, autoatribuída, herdada e compartilhada.","PeriodicalId":186260,"journal":{"name":"CAOS – Revista Eletrônica de Ciências Sociais","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"134212304","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-18DOI: 10.46906/caos.n27.60681.p125-137
S. Araújo
O texto traz uma reflexão sobre o significado do “belo” contido nos livros de literatura infantil inclusiva: Sabrina: a menina albina, da autora Celina Bezerra; Pedrinho: o menino albino de Patrícia Prado e A menina sem cor, de Fernanda Emediato. Para isso, utilizamos algumas provocações referentes à beleza, contidas no livro: O fantástico mistério da Feiurinha, de Pedro Bandeira. Temos como objetivo apresentar aos novos pesquisadores, possibilidades alternativas para se olhar a beleza, referente às crianças albinas. Em um mundo marcado pela diversidade, não existe uma beleza, senão várias. As pessoas albinas são branquinhas, de olhos claros, mas não estão no contexto do midiático, por essa razão óbvia, são discriminadas e postas à margem. Metodologicamente, fazemos análise qualitativa do conteúdo dos livros para falarmos sobre aspectos subjetivos e fenômenos sociais relacionados às pessoas albinas e a forma como vivem em um mundo marcado pelo preconceito. Este trabalho representa o desejo de inserir os temas do albinismo nas discussões acadêmicas, contribuindo para ampliar o conhecimento pela causa albina, na educação, na saúde e despertar o interesse em saber quem são as pessoas albinas, para assim amenizar ou extinguir o preconceito com esse “povo branquinho”.
本文对儿童文学书籍中“美丽”的含义进行了反思:塞丽娜·贝泽拉的《塞丽娜:白化女孩》;佩德罗·德·阿尔瓦拉多(pedro de alvalado)是一名巴西足球运动员,曾担任前锋。为此,我们使用了佩德罗·班代拉的《O fantastico misterio da Feiurinha》一书中关于美的一些挑衅。我们的目标是为新的研究人员提供观察白化病儿童美的替代可能性。在一个以多样性为标志的世界里,没有一种美,只有几种美。白化病患者是白种人,眼睛清澈,但他们不在媒体的背景下,因为这个明显的原因,他们受到歧视和边缘化。在方法论上,我们对书的内容进行定性分析,讨论与白化病患者有关的主观方面和社会现象,以及他们如何生活在一个以偏见为标志的世界。这项工作代表了将白化病问题纳入学术讨论的愿望,有助于扩大白化病原因的知识,在教育和健康方面,并唤醒对白化病患者是谁的兴趣,从而减轻或消除对这一“白人”的偏见。
{"title":"O BELO (IN)VISÍVEL DA CRIANÇA ALBINA NA LITERATURA INFANTOJUVENIL","authors":"S. Araújo","doi":"10.46906/caos.n27.60681.p125-137","DOIUrl":"https://doi.org/10.46906/caos.n27.60681.p125-137","url":null,"abstract":"O texto traz uma reflexão sobre o significado do “belo” contido nos livros de literatura infantil inclusiva: Sabrina: a menina albina, da autora Celina Bezerra; Pedrinho: o menino albino de Patrícia Prado e A menina sem cor, de Fernanda Emediato. Para isso, utilizamos algumas provocações referentes à beleza, contidas no livro: O fantástico mistério da Feiurinha, de Pedro Bandeira. Temos como objetivo apresentar aos novos pesquisadores, possibilidades alternativas para se olhar a beleza, referente às crianças albinas. Em um mundo marcado pela diversidade, não existe uma beleza, senão várias. As pessoas albinas são branquinhas, de olhos claros, mas não estão no contexto do midiático, por essa razão óbvia, são discriminadas e postas à margem. Metodologicamente, fazemos análise qualitativa do conteúdo dos livros para falarmos sobre aspectos subjetivos e fenômenos sociais relacionados às pessoas albinas e a forma como vivem em um mundo marcado pelo preconceito. Este trabalho representa o desejo de inserir os temas do albinismo nas discussões acadêmicas, contribuindo para ampliar o conhecimento pela causa albina, na educação, na saúde e despertar o interesse em saber quem são as pessoas albinas, para assim amenizar ou extinguir o preconceito com esse “povo branquinho”.","PeriodicalId":186260,"journal":{"name":"CAOS – Revista Eletrônica de Ciências Sociais","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124910965","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-18DOI: 10.46906/caos.n27.60449.p29-45
Laudisseia de França Figueiredo
Este artigo nasceu do desejo de aprofundar os conhecimentos sobre a inclusão de pessoas albinas e com deficiência visual no mercado de trabalho, por ser uma problemática por mim vivenciada e outras tantas pessoas na mesma condição. Nos últimos anos, os setores público e privado ampliaram a inclusão em seus variados postos laborais de pessoas com diferentes tipos de deficiência. No entanto, ainda que tais pessoas tenham ingressado no mercado de trabalho, não há garantia de que elas possam desempenhar de forma efetiva e inclusiva seu ofício. Contudo, as instituições acima referidas, muitas vezes possuem ciência dos seus limites quanto à construção do “lócus laboral” verdadeiramente inclusivo aos trabalhadores com deficiência. Nesse contexto, diversas organizações têm constantemente buscado maior aprofundamento sobre a problemática, informações e ajuda junto aos profissionais de saúde e especialistas que possam colaborar para a melhoria das condições de trabalho dessas pessoas, como também aquisição de equipamentos adaptados às suas necessidades. A partir desse panorama, a dificuldade encontrada no processo de inclusão nos remete a indagar: o mercado de trabalho tem possibilitado efetivamente a inclusão que reconheça a identidade, as diferenças e necessidades de cada um? Nessa perspectiva, o presente artigo tem como objetivo discutir sobre a prática inclusiva das pessoas albinas com deficiência visual, que vem sendo realizada no mercado laboral, à luz do direito, apontando os limites e as possibilidades.
{"title":"O DIREITO E A INCLUSÃO DE PESSOAS ALBINAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO MERCADO DE TRABALHO: limites e possibilidades","authors":"Laudisseia de França Figueiredo","doi":"10.46906/caos.n27.60449.p29-45","DOIUrl":"https://doi.org/10.46906/caos.n27.60449.p29-45","url":null,"abstract":"Este artigo nasceu do desejo de aprofundar os conhecimentos sobre a inclusão de pessoas albinas e com deficiência visual no mercado de trabalho, por ser uma problemática por mim vivenciada e outras tantas pessoas na mesma condição. Nos últimos anos, os setores público e privado ampliaram a inclusão em seus variados postos laborais de pessoas com diferentes tipos de deficiência. No entanto, ainda que tais pessoas tenham ingressado no mercado de trabalho, não há garantia de que elas possam desempenhar de forma efetiva e inclusiva seu ofício. Contudo, as instituições acima referidas, muitas vezes possuem ciência dos seus limites quanto à construção do “lócus laboral” verdadeiramente inclusivo aos trabalhadores com deficiência. Nesse contexto, diversas organizações têm constantemente buscado maior aprofundamento sobre a problemática, informações e ajuda junto aos profissionais de saúde e especialistas que possam colaborar para a melhoria das condições de trabalho dessas pessoas, como também aquisição de equipamentos adaptados às suas necessidades. A partir desse panorama, a dificuldade encontrada no processo de inclusão nos remete a indagar: o mercado de trabalho tem possibilitado efetivamente a inclusão que reconheça a identidade, as diferenças e necessidades de cada um? Nessa perspectiva, o presente artigo tem como objetivo discutir sobre a prática inclusiva das pessoas albinas com deficiência visual, que vem sendo realizada no mercado laboral, à luz do direito, apontando os limites e as possibilidades.","PeriodicalId":186260,"journal":{"name":"CAOS – Revista Eletrônica de Ciências Sociais","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131923556","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-18DOI: 10.46906/caos.n27.60207.p46-66
Maria Helena Machado Santa Cecília
Este artigo se propõe a fazer uma abordagem sobre a atuação, dificuldades e desafios presentes na experiência da Associação das Pessoas com Albinismo na Bahia (APALBA), entidade da sociedade civil, pioneira na luta em defesa de direitos das pessoas com albinismo, que ao longo de sua história tem contribuído significativamente para a elevação da autoestima e a melhoria da qualidade de vida do seu público-alvo, por meio da conquista de ações públicas de inclusão social. Visa também narrar como se deu a luta da entidade na defesa dos direitos, bem como a sua participação nos diversos fóruns informais e institucionais que atuam na formulação de políticas públicas em nível nacional e internacional. O artigo aborda ainda os desafios a serem enfrentados pela APALBA, que, embora tenha participação decisiva na inclusão social e no empoderamento das pessoas com albinismo, sua sobrevivência está em risco iminente, devido às várias dificuldades no seu funcionamento, especialmente pela carência de recursos financeiros materiais e humanos, bem como a ausência de perspectivas de sustentabilidade.
{"title":"DEFESA DE DIREITOS DAS PESSOAS COM ALBINISMO: um estudo realizado na APALBA","authors":"Maria Helena Machado Santa Cecília","doi":"10.46906/caos.n27.60207.p46-66","DOIUrl":"https://doi.org/10.46906/caos.n27.60207.p46-66","url":null,"abstract":"Este artigo se propõe a fazer uma abordagem sobre a atuação, dificuldades e desafios presentes na experiência da Associação das Pessoas com Albinismo na Bahia (APALBA), entidade da sociedade civil, pioneira na luta em defesa de direitos das pessoas com albinismo, que ao longo de sua história tem contribuído significativamente para a elevação da autoestima e a melhoria da qualidade de vida do seu público-alvo, por meio da conquista de ações públicas de inclusão social. Visa também narrar como se deu a luta da entidade na defesa dos direitos, bem como a sua participação nos diversos fóruns informais e institucionais que atuam na formulação de políticas públicas em nível nacional e internacional. O artigo aborda ainda os desafios a serem enfrentados pela APALBA, que, embora tenha participação decisiva na inclusão social e no empoderamento das pessoas com albinismo, sua sobrevivência está em risco iminente, devido às várias dificuldades no seu funcionamento, especialmente pela carência de recursos financeiros materiais e humanos, bem como a ausência de perspectivas de sustentabilidade.","PeriodicalId":186260,"journal":{"name":"CAOS – Revista Eletrônica de Ciências Sociais","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127301984","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Roberto Rillo Bíscaro é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Possui graduação em letras (licenciatura plena) pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Penápolis (1993), mestrado em língua e literaturas inglesas e norte-americana (2002) e doutorado em estudos linguísticos e literários em inglês (2006), ambos pela Universidade de São Paulo (USP). É ativista e autor do livro: Escolhi ser albino (2012), uma das primeiras obras no Brasil a falar sobre albinismo e identidade. A entrevista foi realizada e transcrita por Amanda Cristina Rodrigues dos Santos, pessoa albina, no dia nove de setembro de 2021. Por meio de um bate papo, no qual se aborda sua trajetória, o entrevistado — também pessoa albina — fala um pouco sobre sua vida, da infância à fase adulta, rememorando seus medos, anseios e superações, além de narrar um pouco sobre sua vida profissional em meio aos desafios impostos pela sociedade.
Roberto Rillo biscaro是sao Paulo联邦教育科学技术学院的教授。他拥有penapolis哲学、科学和文学学院的文学学士学位(1993年)、英语和北美语言和文学硕士学位(2002年)和英语语言和文学研究博士学位(2006年)。他是一名活动家,著有《我选择成为白化病患者》(2012)一书,这是巴西最早讨论白化病和身份认同的著作之一。该采访由阿曼达·克里斯蒂娜·罗德里格斯·多斯桑托斯(Amanda Cristina Rodrigues dos Santos)于2021年9月9日进行并转录。通过一个喋喋不休,如果地址轨迹,测试对白化——也人说一点关于你的童年生活,进入成熟阶段,rememorando恐惧、欲望和超支,除了讲述一点关于你的生活职业的社会的挑战。
{"title":"ESCOLHI SER ALBINO: entrevista com Roberto Rillo Bíscaro","authors":"Roberto Rillo Bíscaro, Amanda Cristina Rodrigues Santos","doi":"10.46906/caos.n27.61360.p145-156","DOIUrl":"https://doi.org/10.46906/caos.n27.61360.p145-156","url":null,"abstract":"Roberto Rillo Bíscaro é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Possui graduação em letras (licenciatura plena) pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Penápolis (1993), mestrado em língua e literaturas inglesas e norte-americana (2002) e doutorado em estudos linguísticos e literários em inglês (2006), ambos pela Universidade de São Paulo (USP). É ativista e autor do livro: Escolhi ser albino (2012), uma das primeiras obras no Brasil a falar sobre albinismo e identidade. A entrevista foi realizada e transcrita por Amanda Cristina Rodrigues dos Santos, pessoa albina, no dia nove de setembro de 2021. Por meio de um bate papo, no qual se aborda sua trajetória, o entrevistado — também pessoa albina — fala um pouco sobre sua vida, da infância à fase adulta, rememorando seus medos, anseios e superações, além de narrar um pouco sobre sua vida profissional em meio aos desafios impostos pela sociedade.\u0000 ","PeriodicalId":186260,"journal":{"name":"CAOS – Revista Eletrônica de Ciências Sociais","volume":"50 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116475315","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}