Pub Date : 2023-03-06DOI: 10.55761/abclima.v32i19.16205
Ian Verdan, A. C. Oscar Júnior
Desde o século XVIII o Rio de Janeiro é afetado por eventos extremos de precipitação, os quais acarretam uma série de transtornos no espaço urbano, por meio de inundações e movimentos de massa. Dentre inúmeros eventos, o ocorrido no dia quatorze de fevereiro de 2018, possui características peculiares, uma vez que precipitou 51 mm em 1h. Dessa forma, objetivou-se, através da análise rítmica, compreender o evento de maneira dinâmica, dando atenção aos impactos causados na bacia do rio Piraquê-Cabuçu, no município do Rio de Janeiro. Para tal, foram levantados dados para a caracterização da gênese do fenômeno, buscando individualizar os tipos de tempo atmosféricos, através do acompanhamento de seus ritmos. Para a consecução do objetivo, no que tange ao arcabouço metodológico, o estudo recorreu a dados meteorológicos e maregráficos, imagens de satélite, radar meteorológico, cartas sinóticas, dados de reanálise e o Diagrama de Skew-T Log P, além de dados hemerográficos. Com tudo, muito provavelmente o episódio de inundação esteve associado à ocorrência de um evento de downburst, pois os dados corroboram a existência de uma amálgama de condicionantes meteorológicos característicos de tais processos: perda de sustentação e consequente movimento descente de uma parcela de cumulonimbus, o total pluviométrico concentrado e os elevados índices de instabilidade, como o valor de 1.198 J/kg para o índice CAPE. Dadas características genéticas do evento, além do alto grau de antropização da bacia, como consequência os impactos afetaram cerca de 50.000 pessoas e provocaram repercussões na área de estudo por, pelo menos, 7 dias.
{"title":"Análise Episódica do Downburst do dia quatorze de fevereiro de 2018, no município do Rio de Janeiro","authors":"Ian Verdan, A. C. Oscar Júnior","doi":"10.55761/abclima.v32i19.16205","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16205","url":null,"abstract":"Desde o século XVIII o Rio de Janeiro é afetado por eventos extremos de precipitação, os quais acarretam uma série de transtornos no espaço urbano, por meio de inundações e movimentos de massa. Dentre inúmeros eventos, o ocorrido no dia quatorze de fevereiro de 2018, possui características peculiares, uma vez que precipitou 51 mm em 1h. Dessa forma, objetivou-se, através da análise rítmica, compreender o evento de maneira dinâmica, dando atenção aos impactos causados na bacia do rio Piraquê-Cabuçu, no município do Rio de Janeiro. Para tal, foram levantados dados para a caracterização da gênese do fenômeno, buscando individualizar os tipos de tempo atmosféricos, através do acompanhamento de seus ritmos. Para a consecução do objetivo, no que tange ao arcabouço metodológico, o estudo recorreu a dados meteorológicos e maregráficos, imagens de satélite, radar meteorológico, cartas sinóticas, dados de reanálise e o Diagrama de Skew-T Log P, além de dados hemerográficos. Com tudo, muito provavelmente o episódio de inundação esteve associado à ocorrência de um evento de downburst, pois os dados corroboram a existência de uma amálgama de condicionantes meteorológicos característicos de tais processos: perda de sustentação e consequente movimento descente de uma parcela de cumulonimbus, o total pluviométrico concentrado e os elevados índices de instabilidade, como o valor de 1.198 J/kg para o índice CAPE. Dadas características genéticas do evento, além do alto grau de antropização da bacia, como consequência os impactos afetaram cerca de 50.000 pessoas e provocaram repercussões na área de estudo por, pelo menos, 7 dias.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-06","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42608255","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-03-02DOI: 10.55761/abclima.v32i19.16292
Djane Fonseca Da Silva, Pedro Fernandes de Souza Neto, Lucas Henrique Santos Rocha, Henrique Ravi Rocha de Carvalho Almeida, F. S. Santos, Helio Fábio Barros Gomes, Maria da Vitória Barbosa Lima, Iara Bezerra Cavalcante
Para melhor estudar e entender os eventos extremos de precipitação em Portugal, utilizando análises estatísticas variadas, objetivou-se neste trabalho, identificar e quantificar os eventos extremos (EE) ocorridos nas regiões de Portugal, verificando similaridades/homogeneidades entre os EE, bem como conhecer suas causas climáticas. Para isso, utilizou-se dados de dezoito localidades no período de 1900 a 2017 e as estatísticas SPI, Análise de Agrupamentos e Análises de Ondaletas. A região de Lisboa/Tejo foi a que apresentou maior porcentagem de eventos de seca e maior número de EE de chuvas. Já a região de Algarve foi a que apresentou o menor número de eventos extremos de chuva e de secas, sendo a região com maior número de eventos normais. A partir da Análise de agrupamentos foram identificadas localidades com características semelhantes, as quais formaram os Grupos 1 e 2, indicando que Portugal apresenta duas grandes áreas com EE semelhantes entre si, e distintas entre esses grupos. As causas dos EE com índices de precipitação elevada são caracterizadas pela associação de diferentes escalas temporais, como também a falta delas relaciona-se com os anos de baixos índices pluviométricos. O Grupo 1 tem como causa climática principal para seus eventos extremos de chuva, a Oscilação Decadal do Pacífico e o Grupo 2, o Dipolo do Atlântico e ciclo de Manchas solares.
{"title":"Estudo das ocorrências, similaridades e causas dos eventos extremos de precipitação em Portugal","authors":"Djane Fonseca Da Silva, Pedro Fernandes de Souza Neto, Lucas Henrique Santos Rocha, Henrique Ravi Rocha de Carvalho Almeida, F. S. Santos, Helio Fábio Barros Gomes, Maria da Vitória Barbosa Lima, Iara Bezerra Cavalcante","doi":"10.55761/abclima.v32i19.16292","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16292","url":null,"abstract":"Para melhor estudar e entender os eventos extremos de precipitação em Portugal, utilizando análises estatísticas variadas, objetivou-se neste trabalho, identificar e quantificar os eventos extremos (EE) ocorridos nas regiões de Portugal, verificando similaridades/homogeneidades entre os EE, bem como conhecer suas causas climáticas. Para isso, utilizou-se dados de dezoito localidades no período de 1900 a 2017 e as estatísticas SPI, Análise de Agrupamentos e Análises de Ondaletas. A região de Lisboa/Tejo foi a que apresentou maior porcentagem de eventos de seca e maior número de EE de chuvas. Já a região de Algarve foi a que apresentou o menor número de eventos extremos de chuva e de secas, sendo a região com maior número de eventos normais. A partir da Análise de agrupamentos foram identificadas localidades com características semelhantes, as quais formaram os Grupos 1 e 2, indicando que Portugal apresenta duas grandes áreas com EE semelhantes entre si, e distintas entre esses grupos. As causas dos EE com índices de precipitação elevada são caracterizadas pela associação de diferentes escalas temporais, como também a falta delas relaciona-se com os anos de baixos índices pluviométricos. O Grupo 1 tem como causa climática principal para seus eventos extremos de chuva, a Oscilação Decadal do Pacífico e o Grupo 2, o Dipolo do Atlântico e ciclo de Manchas solares.\u0000 ","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-03-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44549768","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-28DOI: 10.55761/abclima.v32i19.15766
Edson Soares Fialho, Larissa Galvão Fontes dos Santos
A expansão da malha urbana pode gerar uma piora nas condições ambientais de um dado lugar. No Brasil, nas últimas décadas, as cidades de pequeno e médio porte foram as que mais aumentaram o seu percentual de população urbana em um ritmo maior do que as grandes cidades. Consequentemente, a área construída, muita das vezes, sem levar em consideração as limitações impostas pelo sítio e características fisiogeográficas, podem agravar situações de desconforto térmico, alagamentos, dentre outros óbices. Como grande parte destas cidades não tem um monitoramento das condições socioambientais, o presente trabalho utiliza dados de imagens de sensoriamento remoto, obtidas para o uso e cobertura da terra (retirados da plataforma MapBiomas) e as imagens termais (retiradas do Landsat 8), para a estação de inverno. A conjugação destas informações tem o intuito de investigar a relação entre crescimento urbano na cidade de Viçosa-MG, no período de 2000-2019, com a dinâmica do campo térmico superficial e sua relação com as modificações do uso e cobertura da terra. Dentre os resultados obtidos através deste recorte temporal, pode-se destacar que as áreas de solo exposto e edificadas foram as que apresentaram as maiores temperaturas de superfície, em contraponto com as áreas florestadas.
{"title":"Clima, Cidade e Crescimento: Uma investigação da expansão norte da cidade de Viçosa-MG, por meio da termografia de superfície (2000-2019)","authors":"Edson Soares Fialho, Larissa Galvão Fontes dos Santos","doi":"10.55761/abclima.v32i19.15766","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.15766","url":null,"abstract":"A expansão da malha urbana pode gerar uma piora nas condições ambientais de um dado lugar. No Brasil, nas últimas décadas, as cidades de pequeno e médio porte foram as que mais aumentaram o seu percentual de população urbana em um ritmo maior do que as grandes cidades. Consequentemente, a área construída, muita das vezes, sem levar em consideração as limitações impostas pelo sítio e características fisiogeográficas, podem agravar situações de desconforto térmico, alagamentos, dentre outros óbices. Como grande parte destas cidades não tem um monitoramento das condições socioambientais, o presente trabalho utiliza dados de imagens de sensoriamento remoto, obtidas para o uso e cobertura da terra (retirados da plataforma MapBiomas) e as imagens termais (retiradas do Landsat 8), para a estação de inverno. A conjugação destas informações tem o intuito de investigar a relação entre crescimento urbano na cidade de Viçosa-MG, no período de 2000-2019, com a dinâmica do campo térmico superficial e sua relação com as modificações do uso e cobertura da terra. Dentre os resultados obtidos através deste recorte temporal, pode-se destacar que as áreas de solo exposto e edificadas foram as que apresentaram as maiores temperaturas de superfície, em contraponto com as áreas florestadas.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47249888","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-27DOI: 10.55761/abclima.v32i19.16143
Antonio Ferreira Lima Júnior, Maria Elisa Zanella, Marta Celina Linhares Sales
O presente estudo teve por objetivo avaliar o desempenho da estimativa de precipitação gerada pelo CHIRPS em relação aos dados observacionais de postos pluviométricos da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) distribuídos pelas regiões Pluviometricamente Homogêneas do Estado do Ceará, no período de 1981 a 2020. Para isso foi realizado o levantamento de dados CHIRPS pelo USGS e de postos pluviométricos representativos das regiões pela FUNCEME. Os dados foram submetidos a testes estatísticos de avaliação de dados como correlação de Pearson (r), coeficiente de determinação (r²), erro sistemático (BIAS), e Erro Médio Quadrático (RMSE), e foram especializados através do SIG ArcGIS 10.8 utilizando o método de interpolação IDW. Os testes de correlação e determinação comprovaram a relação direta entre as variáveis orbitais e de superfície, apresentando valores acima de 0.98 em todas as regiões do estado.Os testes de correlação e determinação indicam a possibilidade de haver uma relação entre as variáveis orbitais e de superfície em todas as regiões do estado. Já os testes de erros sistemáticos demonstraram que o maior erro sistemático foi identificado no litoral se destacou como a região com, uma média de 30%, enquanto as regiões de Jaguaribana, Ibiapaba e Baturité foram as com menor porcentagem de erro (Jaguaribe com 1% de superestimativa e Tianguá com -2% de subestimativa). A espacialização confirmou a validação dos dados orbitais CHIRPS para utilização em estudos de cunho ambiental e climatológico, tendo em vista a alta correlação e erro médio.
本研究旨在评估CHIRPS产生的估计降水量与Cearense de Meteorologica e Recursos Hídricos基金会(FUNCEME)1981年至2020年分布在Ceará州降雨均匀区的雨量站的观测数据之间的关系。为此,美国地质调查局对CHIRPS数据进行了调查,FUNCEME对该地区的代表性雨量站进行了调查。将数据提交给数据评估的统计测试,如Pearson相关性(r)、决定系数(r²)、系统误差(BIAS)和均方误差(RMSE),并通过GIS ArcGIS 10.8使用插值方法IDW进行专门化。相关和测定测试证明了轨道和表面变量之间的直接关系,在该州的所有区域都显示出0.98以上的值。相关性和确定测试表明,在该州的所有区域,轨道变量和表面变量之间存在关系的可能性。系统误差测试表明,沿海地区的系统误差最大,平均误差为30%,而Jaguuabana、Ibiapaba和Baturité地区的误差百分比最低(Jaguuaribe高估了1%,Tianguá低估了-2%)。考虑到高度相关性和平均误差,空间化证实了CHIRPS轨道数据用于环境和气候研究的有效性。
{"title":"Avaliação do desempenho da precipitação estimada pelo CHIRPS para o Estado do Ceará, Brasil","authors":"Antonio Ferreira Lima Júnior, Maria Elisa Zanella, Marta Celina Linhares Sales","doi":"10.55761/abclima.v32i19.16143","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16143","url":null,"abstract":"O presente estudo teve por objetivo avaliar o desempenho da estimativa de precipitação gerada pelo CHIRPS em relação aos dados observacionais de postos pluviométricos da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) distribuídos pelas regiões Pluviometricamente Homogêneas do Estado do Ceará, no período de 1981 a 2020. Para isso foi realizado o levantamento de dados CHIRPS pelo USGS e de postos pluviométricos representativos das regiões pela FUNCEME. Os dados foram submetidos a testes estatísticos de avaliação de dados como correlação de Pearson (r), coeficiente de determinação (r²), erro sistemático (BIAS), e Erro Médio Quadrático (RMSE), e foram especializados através do SIG ArcGIS 10.8 utilizando o método de interpolação IDW. Os testes de correlação e determinação comprovaram a relação direta entre as variáveis orbitais e de superfície, apresentando valores acima de 0.98 em todas as regiões do estado.Os testes de correlação e determinação indicam a possibilidade de haver uma relação entre as variáveis orbitais e de superfície em todas as regiões do estado. Já os testes de erros sistemáticos demonstraram que o maior erro sistemático foi identificado no litoral se destacou como a região com, uma média de 30%, enquanto as regiões de Jaguaribana, Ibiapaba e Baturité foram as com menor porcentagem de erro (Jaguaribe com 1% de superestimativa e Tianguá com -2% de subestimativa). A espacialização confirmou a validação dos dados orbitais CHIRPS para utilização em estudos de cunho ambiental e climatológico, tendo em vista a alta correlação e erro médio.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45938362","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-24DOI: 10.55761/abclima.v32i19.16309
Letícia Punski de Almeida, Luana Albertani Pampuch, Anita Rodrigues de Moraes Drumond, Luiz Felippe Gozzo, Rogério Galante Negri
Eventos extremos climáticos secos e chuvosos podem ser responsáveis por desastres naturais com grande impacto à população e ao meio ambiente. Neste trabalho, foi avaliado os padrões espaciais dominantes do Índice de Precipitação Padronizado (Standardized Precipitation Index - SPI), calculado a partir dos dados mensais de precipitação pluvial (1981-2020) no Estado de São Paulo, buscando regiões homogêneas deste índice, com apoio de análises estatísticas de Componentes Principais (ACP) e Agrupamentos (AA). Com base na ACP aplicada ao SPI-1 foram selecionadas as cinco primeiras componentes principais (CP) para rotação, que juntas explicaram 97,96% da variabilidade dos dados originais. Após a rotação dos eixos, a ACP indicou condições anômalas em todo o Estado, mais intensas no leste de SP em 42,05% (CP1) dos dados, e no oeste do Estado em 38,31% (CP2). Por sua vez, a AA apontou dois grupos homogêneos, um a leste e outro a oeste do Estado de São Paulo, com comportamentos espaciais concordantes aos dois primeiros modos da ACP rotacionada. Esse tipo de estudo é importante para a compreensão de como os eventos extremos de precipitação ocorrem no Estado de São Paulo e se distribuem espacialmente e temporalmente, ajudando no seu monitoramento e previsão.
{"title":"Análise multivariada do SPI no Estado de São Paulo","authors":"Letícia Punski de Almeida, Luana Albertani Pampuch, Anita Rodrigues de Moraes Drumond, Luiz Felippe Gozzo, Rogério Galante Negri","doi":"10.55761/abclima.v32i19.16309","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16309","url":null,"abstract":"Eventos extremos climáticos secos e chuvosos podem ser responsáveis por desastres naturais com grande impacto à população e ao meio ambiente. Neste trabalho, foi avaliado os padrões espaciais dominantes do Índice de Precipitação Padronizado (Standardized Precipitation Index - SPI), calculado a partir dos dados mensais de precipitação pluvial (1981-2020) no Estado de São Paulo, buscando regiões homogêneas deste índice, com apoio de análises estatísticas de Componentes Principais (ACP) e Agrupamentos (AA). Com base na ACP aplicada ao SPI-1 foram selecionadas as cinco primeiras componentes principais (CP) para rotação, que juntas explicaram 97,96% da variabilidade dos dados originais. Após a rotação dos eixos, a ACP indicou condições anômalas em todo o Estado, mais intensas no leste de SP em 42,05% (CP1) dos dados, e no oeste do Estado em 38,31% (CP2). Por sua vez, a AA apontou dois grupos homogêneos, um a leste e outro a oeste do Estado de São Paulo, com comportamentos espaciais concordantes aos dois primeiros modos da ACP rotacionada. Esse tipo de estudo é importante para a compreensão de como os eventos extremos de precipitação ocorrem no Estado de São Paulo e se distribuem espacialmente e temporalmente, ajudando no seu monitoramento e previsão.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42405107","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-02-20DOI: 10.55761/abclima.v32i19.16296
Gutieres Camatta Barbino, Nara Luísa Reis de Andrade, Alberto Dresch Webler, Luciana Sanches, R. Aguiar, Bárbara Antonucci
A Amazônia tem sido submetida a processos de alteração em seu uso e ocupação, resultando em mudanças no microclima e nas características fisiológicas das plantas. O estudo objetivou avaliar o Índice de Área Foliar (IAF) obtido por sensoriamento remoto e analisar sua relação com o microclima em diferentes áreas, usando variáveis meteorológicas terrenas. O estudo foi desenvolvido em uma área de floresta e pastagem. As variáveis de produto de sensoriamento remoto foram adquiridas por meio do sensor MODIS e as variáveis micrometeorológicas são provenientes das torres do Programa de Grande Escala Da Biosfera-Atmosfera na Amazônia. Os resultados das análises do IAF mostraram um comportamento coincidente com a sazonalidade da região, com maiores valores nos meses do período úmido e menores valores no período seco. A resposta anual do IAF na área de floresta apresentou um atraso em relação às variações climáticas extremas na bacia Amazônica, como os eventos de seca extrema ocorridos em 2005 e 2010, em que os menores valores ocorreram nos anos posteriores. Na pastagem, o IAF apresenta uma resposta rápida a esses eventos, com menores valores nos anos de seca extrema e maiores valores em 2009 (cheia extrema). Isso ocorre pela maior disponibilidade de água, pois a pastagem apresenta melhor desenvolvimento sob essas condições. Ao analisar a correlação com o microclima, a pastagem não apresentou correlação com a evapotranspiração, enquanto a floresta, apresentou correlação somente com a fração da radiação fotossinteticamente ativa.
{"title":"Índice de área foliar e sua relação com o microclima em floresta e pastagem na Amazônia Ocidental","authors":"Gutieres Camatta Barbino, Nara Luísa Reis de Andrade, Alberto Dresch Webler, Luciana Sanches, R. Aguiar, Bárbara Antonucci","doi":"10.55761/abclima.v32i19.16296","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16296","url":null,"abstract":"A Amazônia tem sido submetida a processos de alteração em seu uso e ocupação, resultando em mudanças no microclima e nas características fisiológicas das plantas. O estudo objetivou avaliar o Índice de Área Foliar (IAF) obtido por sensoriamento remoto e analisar sua relação com o microclima em diferentes áreas, usando variáveis meteorológicas terrenas. O estudo foi desenvolvido em uma área de floresta e pastagem. As variáveis de produto de sensoriamento remoto foram adquiridas por meio do sensor MODIS e as variáveis micrometeorológicas são provenientes das torres do Programa de Grande Escala Da Biosfera-Atmosfera na Amazônia. Os resultados das análises do IAF mostraram um comportamento coincidente com a sazonalidade da região, com maiores valores nos meses do período úmido e menores valores no período seco. A resposta anual do IAF na área de floresta apresentou um atraso em relação às variações climáticas extremas na bacia Amazônica, como os eventos de seca extrema ocorridos em 2005 e 2010, em que os menores valores ocorreram nos anos posteriores. Na pastagem, o IAF apresenta uma resposta rápida a esses eventos, com menores valores nos anos de seca extrema e maiores valores em 2009 (cheia extrema). Isso ocorre pela maior disponibilidade de água, pois a pastagem apresenta melhor desenvolvimento sob essas condições. Ao analisar a correlação com o microclima, a pastagem não apresentou correlação com a evapotranspiração, enquanto a floresta, apresentou correlação somente com a fração da radiação fotossinteticamente ativa.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-02-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48658945","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-23DOI: 10.55761/abclima.v32i19.16453
Hilma Magalhães de Oliveira, Juliane Kayse Querino, Pericles Vale Alves, Caio Henrique Patrício Pagani, C. A. Querino
A expansão da área urbana de Manicoré-AM, devido o aumento populacional, tem impulsionado o desmatamento na região. Com isso, a redução constante de corpos arbóreos implica em alterações meteorológicas significativas, tais como o aumento da temperatura e a diminuição da umidade. Logo, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da arborização no comportamento da temperatura do ar e umidade relativa do ar em ambiente interno de diferentes tipos de casas na cidade de Manicoré-AM. Os dados foram coletados em Dezembro/2021, Janeiro/2022 (período chuvoso), Junho e Julho/2022 (período seco) por oito termo-higrômetros. Estes operaram mensalmente, fazendo leituras das variáveis a cada 10 minutos. A dinâmica das médias horárias da temperatura e umidade relativa do ar para os períodos chuvoso e seco, foram exibidas em gráficos de linha. Além disso, foi empregado o teste não paramétrico de Mann-Whitney (α = 0,05) para comparar a distribuição de cada variável em função das áreas arbórea e não-arbórea para cada período hidrológico. Com isso, verificou-se que, durante o período chuvoso, a temperatura no interior da casa de madeira não se difere entre as áreas. Já a umidade não se difere apenas para a casa de laje. No período seco, a casa de madeira também não apresentou diferença estatisticamente significativa na temperatura em termos das áreas. Já com relação à umidade, todas as casas apresentaram diferenças. De modo geral, nas áreas arbóreas, a mediana da temperatura, para cada tipo de casa, é sempre menor que a das áreas não-arbóreas e a umidade do ar se revela sempre maior. Assim, áreas arborizadas podem promover um ambiente mais adequado para o ser humano, pois favorecem temperaturas menos elevadas e maiores níveis de umidade, quando comparadas com áreas desprovidas de corpos arbóreos.
{"title":"Avaliação dos efeitos da arborização nas variáveis de temperatura e umidade relativa do ar na cidade de Manicoré, Amazonas, Brasil","authors":"Hilma Magalhães de Oliveira, Juliane Kayse Querino, Pericles Vale Alves, Caio Henrique Patrício Pagani, C. A. Querino","doi":"10.55761/abclima.v32i19.16453","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16453","url":null,"abstract":"A expansão da área urbana de Manicoré-AM, devido o aumento populacional, tem impulsionado o desmatamento na região. Com isso, a redução constante de corpos arbóreos implica em alterações meteorológicas significativas, tais como o aumento da temperatura e a diminuição da umidade. Logo, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da arborização no comportamento da temperatura do ar e umidade relativa do ar em ambiente interno de diferentes tipos de casas na cidade de Manicoré-AM. Os dados foram coletados em Dezembro/2021, Janeiro/2022 (período chuvoso), Junho e Julho/2022 (período seco) por oito termo-higrômetros. Estes operaram mensalmente, fazendo leituras das variáveis a cada 10 minutos. A dinâmica das médias horárias da temperatura e umidade relativa do ar para os períodos chuvoso e seco, foram exibidas em gráficos de linha. Além disso, foi empregado o teste não paramétrico de Mann-Whitney (α = 0,05) para comparar a distribuição de cada variável em função das áreas arbórea e não-arbórea para cada período hidrológico. Com isso, verificou-se que, durante o período chuvoso, a temperatura no interior da casa de madeira não se difere entre as áreas. Já a umidade não se difere apenas para a casa de laje. No período seco, a casa de madeira também não apresentou diferença estatisticamente significativa na temperatura em termos das áreas. Já com relação à umidade, todas as casas apresentaram diferenças. De modo geral, nas áreas arbóreas, a mediana da temperatura, para cada tipo de casa, é sempre menor que a das áreas não-arbóreas e a umidade do ar se revela sempre maior. Assim, áreas arborizadas podem promover um ambiente mais adequado para o ser humano, pois favorecem temperaturas menos elevadas e maiores níveis de umidade, quando comparadas com áreas desprovidas de corpos arbóreos. ","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46531405","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-20DOI: 10.55761/abclima.v32i19.15959
Iramaia De Paulo, Hozana Ferreira, Sergio De Paulo, José De Souza Nogueira, R. Aguiar, Marta Sá
O objetivo deste artigo é estabelecer um modelo teórico não-empírico para o resfriamento noturno dos ecossistemas amazônicos dentro do escopo de compreender melhor a termodinâmica de tais ecossistemas. As características noturnas de temperatura em cinco diferentes ecossistemas da Amazônia brasileira foram estudadas, a saber, floresta profunda, floresta média, floresta de transição, savana (Cerrado) e uma floresta sazonalmente inundada (Pantanal). Durante um ano, foram analisados dados micrometeorológicos, especificamente temperatura e umidade do ar. Foi observado que a temperatura em todos os ecossistemas diminui a uma taxa de 0,9 °C/h no início da noite, que é coerente com a taxa de resfriamento teórica esperada em condições de ar “seco”, ou seja, quando a umidade não exerce influência significativa na termodinâmica do ecossistema. Os dados analisados revelaram que quando a umidade relativa é superior a aproximadamente 85% no meio da noite, a taxa de resfriamento cai mais de uma ordem de magnitude até o final da noite, em todos os ecossistemas. Isso significa que a água presente no ar efetivamente libera energia para o meio ambiente. Como hipoteticamente o efeito é produzido pela coalescência de aglomerados de duas moléculas de água, a quantidade de energia necessária para produzir o efeito corresponde a uma taxa de coalescência de 1022 aglomerados por metro cúbico por hora, uma quantidade muito pequena para ser devidamente detectada por sistemas de medição de fluxo.
{"title":"Termodinâmica Noturna dos Ecossistemas Amazônicos","authors":"Iramaia De Paulo, Hozana Ferreira, Sergio De Paulo, José De Souza Nogueira, R. Aguiar, Marta Sá","doi":"10.55761/abclima.v32i19.15959","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.15959","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é estabelecer um modelo teórico não-empírico para o resfriamento noturno dos ecossistemas amazônicos dentro do escopo de compreender melhor a termodinâmica de tais ecossistemas. As características noturnas de temperatura em cinco diferentes ecossistemas da Amazônia brasileira foram estudadas, a saber, floresta profunda, floresta média, floresta de transição, savana (Cerrado) e uma floresta sazonalmente inundada (Pantanal). Durante um ano, foram analisados dados micrometeorológicos, especificamente temperatura e umidade do ar. Foi observado que a temperatura em todos os ecossistemas diminui a uma taxa de 0,9 °C/h no início da noite, que é coerente com a taxa de resfriamento teórica esperada em condições de ar “seco”, ou seja, quando a umidade não exerce influência significativa na termodinâmica do ecossistema. Os dados analisados revelaram que quando a umidade relativa é superior a aproximadamente 85% no meio da noite, a taxa de resfriamento cai mais de uma ordem de magnitude até o final da noite, em todos os ecossistemas. Isso significa que a água presente no ar efetivamente libera energia para o meio ambiente. Como hipoteticamente o efeito é produzido pela coalescência de aglomerados de duas moléculas de água, a quantidade de energia necessária para produzir o efeito corresponde a uma taxa de coalescência de 1022 aglomerados por metro cúbico por hora, uma quantidade muito pequena para ser devidamente detectada por sistemas de medição de fluxo.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47648913","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-17DOI: 10.55761/abclima.v32i19.15749
André Luiz Souza Celarino, Marina Sória Castellano, Thiago Giebmeyer
Estudos sobre conforto térmico vêm sendo desenvolvidos por pesquisadores há décadas, sobretudo com o intuito de averiguar o bem-estar de usuários de ambientes fechados. O objetivo deste trabalho foi monitorar duas salas nas dependências do Instituto Federal do Paraná de Quedas do Iguaçu, obtendo dados horários de umidade e temperatura do ar para o cálculo da temperatura do ponto de orvalho (Td) e, assim, do índice de desconforto térmico (Idk). Foram levantados dados entre os meses de novembro de 2018 e fevereiro de 2020, totalizando mais de sete mil registros para cada ambiente, o que permitiu uma análise das condições térmicas ao longo das quatro estações do ano. Houve diferenças importantes entre os ambientes, sendo a sala dos alunos, em média, 3oC superior à sala dos professores, registrando 49,3% dos dados como desconforto/estresse para o calor, enquanto na sala dos professores esse índice foi de apenas 16,0%, sem registros de estresse por calor. A metodologia proposta proporcionou um grande volume de dados consistentes sobre conforto/desconforto térmico nos ambientes analisados. Assim, é importante que instrumentos de baixo custo como este produzam dados primários e de maneira automatizada, uma vez que permitem estudos sobre microclimas com alto grau de detalhamento.
几十年来,研究人员一直在进行热舒适的研究,主要是为了确定室内使用者的幸福感。这项工作的目的是监测联邦研究所parana de falls do iguacu的两个房间,获取每小时的湿度和空气温度数据,以计算露点温度(Td),从而计算热不适指数(Idk)。数据收集于2018年11月至2020年2月之间,每个环境总共有7000多条记录,允许对全年的热条件进行分析。不同环境之间存在显著差异,学生房间平均比教师房间高3℃,记录49.3%的数据为热不适/压力,而教师房间的这一指数仅为16.0%,没有热压力记录。提出的方法提供了大量一致的数据,在分析的环境中热舒适/不适。因此,像这样的低成本仪器以自动化的方式产生初级数据是很重要的,因为它们允许对小气候进行高度详细的研究。
{"title":"Análise de conforto térmico em ambiente escolar: estudo de caso em escala microclimática","authors":"André Luiz Souza Celarino, Marina Sória Castellano, Thiago Giebmeyer","doi":"10.55761/abclima.v32i19.15749","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.15749","url":null,"abstract":"Estudos sobre conforto térmico vêm sendo desenvolvidos por pesquisadores há décadas, sobretudo com o intuito de averiguar o bem-estar de usuários de ambientes fechados. O objetivo deste trabalho foi monitorar duas salas nas dependências do Instituto Federal do Paraná de Quedas do Iguaçu, obtendo dados horários de umidade e temperatura do ar para o cálculo da temperatura do ponto de orvalho (Td) e, assim, do índice de desconforto térmico (Idk). Foram levantados dados entre os meses de novembro de 2018 e fevereiro de 2020, totalizando mais de sete mil registros para cada ambiente, o que permitiu uma análise das condições térmicas ao longo das quatro estações do ano. Houve diferenças importantes entre os ambientes, sendo a sala dos alunos, em média, 3oC superior à sala dos professores, registrando 49,3% dos dados como desconforto/estresse para o calor, enquanto na sala dos professores esse índice foi de apenas 16,0%, sem registros de estresse por calor. A metodologia proposta proporcionou um grande volume de dados consistentes sobre conforto/desconforto térmico nos ambientes analisados. Assim, é importante que instrumentos de baixo custo como este produzam dados primários e de maneira automatizada, uma vez que permitem estudos sobre microclimas com alto grau de detalhamento.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48606969","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-17DOI: 10.55761/abclima.v32i19.16404
Deyviane Ramos Alves, Beatriz De Souza Freitas, Marco Antônio Godinho dos Reis, Ana Carla Dos Santos Gomes, Deyvielen Maria Ramos Alves
No presente trabalho buscou-se identificar possíveis associações entre internações hospitalares por pneumonia e variáveis meteorológicas no município de Santarém-PA. Para tanto foram realizadas análises da variabilidade de dados meteorológicos de temperatura do ar, precipitação e umidade relativa para o período de 2008 a 2021 e de possíveis associações com internações por pneumonia no mesmo período na área de estudo. Os dados meteorológicos foram obtidos no formato de médias mensais por meio do Banco de Dados meteorológicos para Ensino (BDMEP) e Pesquisa do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e os dados de internação por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), listados por local de residência, e as técnicas estatísticas utilizadas foram, análise de regressão linear e regressão linear múltipla. Dentre os coeficientes de determinação obtidos na análise de regressão linear, destacaram-se, como os de maiores valores calculados, aqueles entre temperatura máxima e pneumonia com valores de R² = 0,47 no mês de maio, R² = 0,53 em agosto e R² = 0,42 em setembro e aqueles entre umidade relativa e pneumonia, com valores de R² = 0,38 na média de abril e R² = 0,35 no mês de dezembro. Com auxílio da regressão múltipla o valor de R²=0,84 foi encontrado, demonstrando o efeito sinérgico das condições de tempo e a doença. A distribuição dessas associações ao longo desses diferentes meses aponta para o papel da sazonalidade típica dos períodos secos e chuvosos na região, e seus possíveis impactos em doenças respiratórias como pneumonia no município de Santarém.
{"title":"Análise de dados meteorológicos e de internações por pneumonia no município de Santarém – PA","authors":"Deyviane Ramos Alves, Beatriz De Souza Freitas, Marco Antônio Godinho dos Reis, Ana Carla Dos Santos Gomes, Deyvielen Maria Ramos Alves","doi":"10.55761/abclima.v32i19.16404","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16404","url":null,"abstract":"No presente trabalho buscou-se identificar possíveis associações entre internações hospitalares por pneumonia e variáveis meteorológicas no município de Santarém-PA. Para tanto foram realizadas análises da variabilidade de dados meteorológicos de temperatura do ar, precipitação e umidade relativa para o período de 2008 a 2021 e de possíveis associações com internações por pneumonia no mesmo período na área de estudo. Os dados meteorológicos foram obtidos no formato de médias mensais por meio do Banco de Dados meteorológicos para Ensino (BDMEP) e Pesquisa do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e os dados de internação por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), listados por local de residência, e as técnicas estatísticas utilizadas foram, análise de regressão linear e regressão linear múltipla. Dentre os coeficientes de determinação obtidos na análise de regressão linear, destacaram-se, como os de maiores valores calculados, aqueles entre temperatura máxima e pneumonia com valores de R² = 0,47 no mês de maio, R² = 0,53 em agosto e R² = 0,42 em setembro e aqueles entre umidade relativa e pneumonia, com valores de R² = 0,38 na média de abril e R² = 0,35 no mês de dezembro. Com auxílio da regressão múltipla o valor de R²=0,84 foi encontrado, demonstrando o efeito sinérgico das condições de tempo e a doença. A distribuição dessas associações ao longo desses diferentes meses aponta para o papel da sazonalidade típica dos períodos secos e chuvosos na região, e seus possíveis impactos em doenças respiratórias como pneumonia no município de Santarém.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42709438","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}