A erosão, caracterizada por ser o desgaste do solo em razão da remoção das camadas superficiais causadas pela ação dos agentes erosivos, é um dos principais problemas dos solos brasileiros, gerando, assim, impacto de ordem ambiental, social e econômica. Desta maneira, objetivou-se com a presente pesquisa determinar o fator erosividade através de dados pluviométricos do município de Santana do Ipanema, localizado no sertão alagoano, no período de observação dos anos de 1912 a 1985. Os referidos dados foram tabulados para cálculo de chuva, coeficiente de chuva e sua relação à erosividade utilizando seis métodos. Durante o período de 73 anos de análise dos dados a média anual de precipitação foi cerca de 852 mm. Durante este período de observação, constatou-se que do total, 27 anos registraram valores acima da média, enquanto 46 anos apresentaram valores abaixo da média histórica, tendo os meses mais chuvosos os de maio, junho e julho, apresentando valores acima da média. A erosividade média anual calculada utilizando os seis modelos matemáticos apresentaram valores que variaram de 500 a 7600 MJ mm ha-1 h-1 ano-1 para a área de estudo. Todos os modelos podem ser utilizados como uma alternativa para se determinar a erosividade média mensal e anual das chuvas para o município de Santana do Ipanema em Alagoas.
侵蚀是巴西土壤的主要问题之一,其特征是由于侵蚀剂的作用而去除表层,造成土壤磨损,从而产生环境、社会和经济影响。因此,本研究的目的是通过位于阿拉戈斯腹地的Santana do Ipanema市在1912年至1985年观测期间的降雨数据来确定侵蚀因子。将这些数据制成表格,使用六种方法计算降雨量、降雨系数及其与侵蚀力的关系。在73年的数据分析期间,年平均降水量约为852毫米。在这一观测期间,发现27年的降雨量高于平均值,而46年的降雨量低于历史平均值,其中最潮湿的月份是5月、6月和7月,降雨量高于平均数。使用六个数学模型计算的平均年侵蚀力显示,研究区域的数值范围为500至7600 MJ mm ha-1 h-1 year-1。所有模型都可以作为确定阿拉戈斯Santana do Ipanema市月平均降雨量和年平均降雨量侵蚀力的替代方案。
{"title":"Variabilidade espacial do potencial erosivo das chuvas em Alagoas","authors":"Thaís Rayane Gomes da Silva, J. G. D. Silva, Janynne Joyce de Lima Rocha, Marcílio de Souza Barbosa, M. A. Santos, C. G. Santos","doi":"10.55761/abclima.v32i19.16251","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16251","url":null,"abstract":"A erosão, caracterizada por ser o desgaste do solo em razão da remoção das camadas superficiais causadas pela ação dos agentes erosivos, é um dos principais problemas dos solos brasileiros, gerando, assim, impacto de ordem ambiental, social e econômica. Desta maneira, objetivou-se com a presente pesquisa determinar o fator erosividade através de dados pluviométricos do município de Santana do Ipanema, localizado no sertão alagoano, no período de observação dos anos de 1912 a 1985. Os referidos dados foram tabulados para cálculo de chuva, coeficiente de chuva e sua relação à erosividade utilizando seis métodos. Durante o período de 73 anos de análise dos dados a média anual de precipitação foi cerca de 852 mm. Durante este período de observação, constatou-se que do total, 27 anos registraram valores acima da média, enquanto 46 anos apresentaram valores abaixo da média histórica, tendo os meses mais chuvosos os de maio, junho e julho, apresentando valores acima da média. A erosividade média anual calculada utilizando os seis modelos matemáticos apresentaram valores que variaram de 500 a 7600 MJ mm ha-1 h-1 ano-1 para a área de estudo. Todos os modelos podem ser utilizados como uma alternativa para se determinar a erosividade média mensal e anual das chuvas para o município de Santana do Ipanema em Alagoas.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48014897","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
As inundações, enchentes e alagamentos urbanos - aqui referidos como eventos hídricos adversos (EHAs), geralmente relacionados a eventos de chuva intensa (ECIs) - constituem um problema crônico na região compreendida pela bacia do Canal do Mangue (BCM). A bacia drena bairros densamente ocupados da cidade do Rio de Janeiro, nos quais foram empreendidas obras de macrodrenagem urbana entre 2012 e 2019, com a finalidade de conter os desastres associados a casos de EHAs recorrentes na área. Nesse sentido, o objetivo deste artigo foi realizar uma análise comparativa dos EHAs entre os períodos anterior e posterior à instalação das referidas obras. Para tanto, foram coletados e processados dados de precipitação de três estações pluviométricas, dados de cota do nível do rio Maracanã de uma estação linimétrica localizada no baixo curso do rio e dados de maré de uma estação localizada no exutório da bacia, além de cartas sinóticas e imagens de satélite da América do Sul entre os anos de 1997 e 2021. Como resultados, foi observada a recorrência de fenômenos meteorológicos de escala sinótica na detonação de ECIs; a influência diminuta da maré na detonação de EHAs; além da elevação do limiar detonador de EHAs entre os períodos anterior e posterior às obras de macrodrenagem urbana. No entanto, foi constatado que a ocorrência dos EHAs permanece frequente na área de estudo considerada.
{"title":"Condicionantes da detonação de eventos hídricos adversos na bacia do Canal do Mangue – Rio de Janeiro","authors":"Aline Riccioni de Melos, Felipe Abdala Rumanos de Castro, Júlia Barbosa Komarov","doi":"10.55761/abclima.v32i19.15859","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.15859","url":null,"abstract":"As inundações, enchentes e alagamentos urbanos - aqui referidos como eventos hídricos adversos (EHAs), geralmente relacionados a eventos de chuva intensa (ECIs) - constituem um problema crônico na região compreendida pela bacia do Canal do Mangue (BCM). A bacia drena bairros densamente ocupados da cidade do Rio de Janeiro, nos quais foram empreendidas obras de macrodrenagem urbana entre 2012 e 2019, com a finalidade de conter os desastres associados a casos de EHAs recorrentes na área. Nesse sentido, o objetivo deste artigo foi realizar uma análise comparativa dos EHAs entre os períodos anterior e posterior à instalação das referidas obras. Para tanto, foram coletados e processados dados de precipitação de três estações pluviométricas, dados de cota do nível do rio Maracanã de uma estação linimétrica localizada no baixo curso do rio e dados de maré de uma estação localizada no exutório da bacia, além de cartas sinóticas e imagens de satélite da América do Sul entre os anos de 1997 e 2021. Como resultados, foi observada a recorrência de fenômenos meteorológicos de escala sinótica na detonação de ECIs; a influência diminuta da maré na detonação de EHAs; além da elevação do limiar detonador de EHAs entre os períodos anterior e posterior às obras de macrodrenagem urbana. No entanto, foi constatado que a ocorrência dos EHAs permanece frequente na área de estudo considerada.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42986688","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O Balanço de radiação é importante para determinar as trocas de energia que ocorrem no sistema Terra-Atmosfera. O presente estudo tem por objetivo estudar a dinâmica do comportamento dos componentes do balanço de radiação sobre um sistema vegetativo de cana-de-açúcar. O experimento foi realizado na Universidade Federal de Alagoas, no município de Rio Largo (09°28’03’’ S, 35°49’49’’ W), Estado de Alagoas, Nordeste do Brasil, em uma área de cultivo de cana-de-açúcar. A radiação solar incidente (Rg), refletida pela superfície (Rr), radiação de onda longa incidente (Ra), onda longa emitida pela superfície (Rs) e balanço de radiação (Rn) foram medidos pelo saldo radiômetro modelo CNR1 da Kipp e Zonen (Delft, Holanda) no período de novembro/2017 a setembro/2018. A variação horária e decendial de cada elemento do balanço de radiação foi avaliada. Os fluxos radiativos dos balanços de ondas curtas e longas variaram substancialmente com a dinâmica das nuvens/precipitação, sazonalidade, índice de cobertura do solo (tamanho da cultura). A Rs foi decrescente do início ao termino do período experimental, enquanto a Rr se manteve constante com o crescimento da cultura. O saldo de radiação (Rn) foi dominado pelo balanço de ondas curtas, mas se mostrou sazonal: maior na estação seca e menor na chuvosa.
{"title":"Balanço de radiação da cana-de-açúcar na região de tabuleiros costeiros de Alagoas, Brasil","authors":"José Marcelo Lopes Júnior, Carlos Alexandre Santos Querino, Antônio Marcos Delfino de Andrade, Rayonil Gomes Carneiro, Marcos Antônio Lima Moura","doi":"10.55761/abclima.v32i19.15785","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.15785","url":null,"abstract":"O Balanço de radiação é importante para determinar as trocas de energia que ocorrem no sistema Terra-Atmosfera. O presente estudo tem por objetivo estudar a dinâmica do comportamento dos componentes do balanço de radiação sobre um sistema vegetativo de cana-de-açúcar. O experimento foi realizado na Universidade Federal de Alagoas, no município de Rio Largo (09°28’03’’ S, 35°49’49’’ W), Estado de Alagoas, Nordeste do Brasil, em uma área de cultivo de cana-de-açúcar. A radiação solar incidente (Rg), refletida pela superfície (Rr), radiação de onda longa incidente (Ra), onda longa emitida pela superfície (Rs) e balanço de radiação (Rn) foram medidos pelo saldo radiômetro modelo CNR1 da Kipp e Zonen (Delft, Holanda) no período de novembro/2017 a setembro/2018. A variação horária e decendial de cada elemento do balanço de radiação foi avaliada. Os fluxos radiativos dos balanços de ondas curtas e longas variaram substancialmente com a dinâmica das nuvens/precipitação, sazonalidade, índice de cobertura do solo (tamanho da cultura). A Rs foi decrescente do início ao termino do período experimental, enquanto a Rr se manteve constante com o crescimento da cultura. O saldo de radiação (Rn) foi dominado pelo balanço de ondas curtas, mas se mostrou sazonal: maior na estação seca e menor na chuvosa.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44603691","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O processo de urbanização implica a conversão de superfícies permeáveis, com maior ou menor cobertura vegetal, em superfícies impermeáveis antrópica, com acentuada capacidade de armazenamento de calor e não evaporativas, pelo que desencadeiam a individualização de ilhas de calor. Nesta investigação analisa-se a evolução espaciotemporal da ilha de calor de superfície (ICS) nos municípios de Braga e de Guimarães, procurando-se estabelecer a sua relação com o crescimento urbano ocorrido no período 1984-2016. Concretamente, selecionaram-se 6 imagens Landsat, a partir das quais se extraiu o tecido urbano e a temperatura de superfície (Ts). As áreas sob efeito da ICS são delimitadas a partir de limiares definidos em função da média e do desvio-padrão de Ts em cada data, não requerendo este método a tradicional divisão prévia do território em urbano/não urbano. Sem embargo, considerando que a ICS não decorre em exclusivo das áreas urbanas, é fundamental determinar o real contributo destas. Entre 1984 e 2016 observa-se um aumento da intensidade e da extensão ICS, decorrente do crescimento urbano de Braga e de Guimarães. Consequentemente, verifica-se uma redução da proporção de área não urbana afetada pela ICS; porém, também diminui a proporção da área urbana sob efeito deste fenómeno. Este aparente paradoxo encontra explicação na edificação dispersa e nas vias rodoviárias que parecem não constituir pontos suficientemente quentes para a individualização da ICS. Neste território, a ICS assume uma configuração rizomática, que aliena a própria metáfora da ilha de calor.
{"title":"Ilha(s) de calor urbano de superfície em territórios de urbanização difusa: o estudo de caso dos municípios de Braga e de Guimarães (Portugal)","authors":"Catarina De Almeida Pinheiro, Maria Manuela Laranjeira","doi":"10.55761/abclima.v32i19.16123","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16123","url":null,"abstract":"O processo de urbanização implica a conversão de superfícies permeáveis, com maior ou menor cobertura vegetal, em superfícies impermeáveis antrópica, com acentuada capacidade de armazenamento de calor e não evaporativas, pelo que desencadeiam a individualização de ilhas de calor. Nesta investigação analisa-se a evolução espaciotemporal da ilha de calor de superfície (ICS) nos municípios de Braga e de Guimarães, procurando-se estabelecer a sua relação com o crescimento urbano ocorrido no período 1984-2016. Concretamente, selecionaram-se 6 imagens Landsat, a partir das quais se extraiu o tecido urbano e a temperatura de superfície (Ts). As áreas sob efeito da ICS são delimitadas a partir de limiares definidos em função da média e do desvio-padrão de Ts em cada data, não requerendo este método a tradicional divisão prévia do território em urbano/não urbano. Sem embargo, considerando que a ICS não decorre em exclusivo das áreas urbanas, é fundamental determinar o real contributo destas. Entre 1984 e 2016 observa-se um aumento da intensidade e da extensão ICS, decorrente do crescimento urbano de Braga e de Guimarães. Consequentemente, verifica-se uma redução da proporção de área não urbana afetada pela ICS; porém, também diminui a proporção da área urbana sob efeito deste fenómeno. Este aparente paradoxo encontra explicação na edificação dispersa e nas vias rodoviárias que parecem não constituir pontos suficientemente quentes para a individualização da ICS. Neste território, a ICS assume uma configuração rizomática, que aliena a própria metáfora da ilha de calor.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"70800698","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Define-se seca como a relação entre a duração de estiagem e seu impacto no balanço hídrico em uma bacia hidrográfica. A classificação da seca tem base na análise das médias baixas da disponibilidade de água, pode resultar em secas: meteorológica, agrícola, hidrológica ou socioeconômica. Os objetivos principais deste artigo foram analisar a sensibilidade da seca, quanto a sua resiliência, vulnerabilidade e exposição à vulnerabilidade utilizando o Google Earth Engine (GEE), e propor um monitoramento para detecção de mudanças por eventos hidrológicos extremos a fim de otimizar a gestão integrada de recursos hídricos. Foram calculados os Índices de Aridez (IA), de Precipitação Padronizada (IPP) e de Severidade de Seca (ISS) para modelar o comportamento da seca hidrológica na bacia do Alto Descoberto, Distrito Federal no período de dezenove anos de 2001 a 2019, assim avaliar o déficit hídrico anual e sazonal. Os resultados demonstraram que a seca na bacia nesta série temporal está classificada como moderada, o seu limite de resiliência é ultrapassado devido a uma crescente demanda hídrica e destaca o fato do uso e ocupação da cobertura do solo da bacia inadequado, que expõe ao risco de estresse hídrico e requer medidas mais sustentáveis. Os índices - IPP, ISS e IA - foram eficazes para a análise da seca hidrológica e compor um panorama da variabilidade do déficit hídrico regional. Esse artigo contribui para a compreensão da sazonalidade da seca e sua importância nas tomadas de decisões em políticas públicas.
{"title":"Análise da Vulnerabilidade da Bacia Hidrográfica do Alto Descoberto (DF) à Seca, no período de 2001 a 2019","authors":"Marina Rique Cangiano, Gustavo Macedo de Mello Baptista, Luciana Figueiredo Prado, Rafaela Lisboa Costa","doi":"10.55761/abclima.v32i19.15757","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.15757","url":null,"abstract":"Define-se seca como a relação entre a duração de estiagem e seu impacto no balanço hídrico em uma bacia hidrográfica. A classificação da seca tem base na análise das médias baixas da disponibilidade de água, pode resultar em secas: meteorológica, agrícola, hidrológica ou socioeconômica. Os objetivos principais deste artigo foram analisar a sensibilidade da seca, quanto a sua resiliência, vulnerabilidade e exposição à vulnerabilidade utilizando o Google Earth Engine (GEE), e propor um monitoramento para detecção de mudanças por eventos hidrológicos extremos a fim de otimizar a gestão integrada de recursos hídricos. Foram calculados os Índices de Aridez (IA), de Precipitação Padronizada (IPP) e de Severidade de Seca (ISS) para modelar o comportamento da seca hidrológica na bacia do Alto Descoberto, Distrito Federal no período de dezenove anos de 2001 a 2019, assim avaliar o déficit hídrico anual e sazonal. Os resultados demonstraram que a seca na bacia nesta série temporal está classificada como moderada, o seu limite de resiliência é ultrapassado devido a uma crescente demanda hídrica e destaca o fato do uso e ocupação da cobertura do solo da bacia inadequado, que expõe ao risco de estresse hídrico e requer medidas mais sustentáveis. Os índices - IPP, ISS e IA - foram eficazes para a análise da seca hidrológica e compor um panorama da variabilidade do déficit hídrico regional. Esse artigo contribui para a compreensão da sazonalidade da seca e sua importância nas tomadas de decisões em políticas públicas.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42356355","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A classificação climática de Novais é um sistema metodológico que utiliza dados obtidos através de reanálise climática e modelagem de dados para ajustar os limites das unidades climáticas de acordo com a escala adotada. O objetivo desse trabalho foi espacializar essa classificação climática para todo território brasileiro. Os cálculos foram incluídos em dois modelos cartográficos gerados no software livre Dinamica EGO, que consiste em uma plataforma de modelagem de dados que permite a associação de dados espaciais e não espaciais, utilizando-se equações condicionais. A escala zonal do clima, de influência astronômica, é apresentada pelas primeiras hierarquias (Zonas Climáticas e Climas Zonais). Já a escala regional do clima é caracterizada pelos Domínios, Subdomínios e Tipos Climáticos. Foram encontrados 8 domínios climáticos no Brasil, caracterizados pela temperatura média do mês mais frio e por sistemas atmosféricos atuantes, sendo eles: Equatorial, Equatorial Ameno, Tropical, Tropical Ameno, Subtropical, Temperado, Semiárido e Árido. Esses domínios são divididos em subdomínios climáticos de acordo com a quantidade de meses secos (precipitação menor que a evapotranspiração potencial), podendo ser úmido, semiúmido, semisseco e seco. Para situar regionalmente os domínios e subdomínios em cada continente da Terra, utiliza-se o tipo climático, a partir do relevo e vegetação. Ao fim, foram identificadas 119 unidades climáticas para o país. A pesquisa nessa dimensão escalar, pode melhorar a compreensão dos climas regionais e sub-regionais do Brasil.
{"title":"Os climas do Brasil: segundo a classificação climática de Novais","authors":"Giuliano Tostes Novais, Lilian Aline Machado","doi":"10.55761/abclima.v32i19.16163","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16163","url":null,"abstract":"A classificação climática de Novais é um sistema metodológico que utiliza dados obtidos através de reanálise climática e modelagem de dados para ajustar os limites das unidades climáticas de acordo com a escala adotada. O objetivo desse trabalho foi espacializar essa classificação climática para todo território brasileiro. Os cálculos foram incluídos em dois modelos cartográficos gerados no software livre Dinamica EGO, que consiste em uma plataforma de modelagem de dados que permite a associação de dados espaciais e não espaciais, utilizando-se equações condicionais. A escala zonal do clima, de influência astronômica, é apresentada pelas primeiras hierarquias (Zonas Climáticas e Climas Zonais). Já a escala regional do clima é caracterizada pelos Domínios, Subdomínios e Tipos Climáticos. Foram encontrados 8 domínios climáticos no Brasil, caracterizados pela temperatura média do mês mais frio e por sistemas atmosféricos atuantes, sendo eles: Equatorial, Equatorial Ameno, Tropical, Tropical Ameno, Subtropical, Temperado, Semiárido e Árido. Esses domínios são divididos em subdomínios climáticos de acordo com a quantidade de meses secos (precipitação menor que a evapotranspiração potencial), podendo ser úmido, semiúmido, semisseco e seco. Para situar regionalmente os domínios e subdomínios em cada continente da Terra, utiliza-se o tipo climático, a partir do relevo e vegetação. Ao fim, foram identificadas 119 unidades climáticas para o país. A pesquisa nessa dimensão escalar, pode melhorar a compreensão dos climas regionais e sub-regionais do Brasil.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48400456","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente trabalho realiza um comparativo entre os três principais eventos de seca e crise hídrica ocorridos a partir do início do século XXI, nos anos 2001, 2014 e 2021. Por meio de revisão bibliográfica, realizou-se o levantamento de dados e informações que tangem aspectos físicos, políticos e socioeconômicos ambientais para cada um desses eventos no Sudeste do Brasil, com foco sobre as regiões que integram a Bacia do Rio Paraná. O aspecto físico abrange índices de precipitação, vazão e temperatura, bem como nível de intensidade da seca para cada evento; o aspecto político compreende as informações sobre políticas públicas e tomadas de decisão frente ao alerta e durante as crises; por fim, os impactos sociais, econômicos e ambientais advindos dos eventos de seca são contemplados no aspecto socioeconômico ambiental. Com base no comparativo, pôde-se concluir que a implantação ou melhoria de ferramentas auxiliares no monitoramento de seca e de seus impactos aconteceram ao longo dos anos, mas políticas de gestão dos recursos hídricos e de seus riscos, com atenção às pessoas vulnerabilizadas, ainda precisam ser efetivamente incorporadas para minimização dos efeitos de tais eventos e, maior resiliência e adaptabilidade das áreas afetadas.
{"title":"Secas e crises hídricas no Sudeste do Brasil: um histórico comparativo entre os eventos de 2001, 2014 e 2021 com enfoque na bacia do rio Paraná","authors":"Meiriele Alvarenga Cumplido, Mariane Cristina Inocente, Thaís Pereira de Medeiros, Gilvan Sampaio de Oliveira, J. A. Marengo","doi":"10.55761/abclima.v32i19.16154","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16154","url":null,"abstract":"O presente trabalho realiza um comparativo entre os três principais eventos de seca e crise hídrica ocorridos a partir do início do século XXI, nos anos 2001, 2014 e 2021. Por meio de revisão bibliográfica, realizou-se o levantamento de dados e informações que tangem aspectos físicos, políticos e socioeconômicos ambientais para cada um desses eventos no Sudeste do Brasil, com foco sobre as regiões que integram a Bacia do Rio Paraná. O aspecto físico abrange índices de precipitação, vazão e temperatura, bem como nível de intensidade da seca para cada evento; o aspecto político compreende as informações sobre políticas públicas e tomadas de decisão frente ao alerta e durante as crises; por fim, os impactos sociais, econômicos e ambientais advindos dos eventos de seca são contemplados no aspecto socioeconômico ambiental. Com base no comparativo, pôde-se concluir que a implantação ou melhoria de ferramentas auxiliares no monitoramento de seca e de seus impactos aconteceram ao longo dos anos, mas políticas de gestão dos recursos hídricos e de seus riscos, com atenção às pessoas vulnerabilizadas, ainda precisam ser efetivamente incorporadas para minimização dos efeitos de tais eventos e, maior resiliência e adaptabilidade das áreas afetadas.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44198106","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A pressão atmosférica é um elemento meteorológico que rege a dinâmica da movimentação da atmosfera. Logo, em função da rara existência de material bibliográfico, o objetivo artigo é caracterizar os padrões climatológicos da pressão atmosférica e avaliar suas possíveis tendências nas diferentes estações do ano para o Estado de Santa Catarina. Para isso, serão utilizadas séries históricas de pressão atmosférica de 6 estações meteorológicas, Florianópolis, Indaial, Campos Novos, Chapecó, São Joaquim e Lages. Os dados serão filtrados e submetidos a uma análise estatística descritiva e posteriormente serão submetidos ao teste da variância (ANOVA). Após esse procedimento será realizada uma análise de tendência da pressão atmosférica para as seis regiões, por meio do teste de Mann-Kendall. Com os resultados alcançados pelo presente estudo constatou-se que a pressão atmosférica sofre influência tanto de fatores meteorológicos como de elementos meteorológicos, em função do clima predominante do estado. E para a maioria das regiões observou-se tendências significativas positivas de pressão atmosférica.
{"title":"Campos de pressão atmosférica predominantes nas regiões de Santa Catarina","authors":"Beatriz Rodrigues Bagnolin Muniz, C. Campos, M. L. Rodrigues, Gilmar Conte","doi":"10.55761/abclima.v32i19.16214","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16214","url":null,"abstract":"A pressão atmosférica é um elemento meteorológico que rege a dinâmica da movimentação da atmosfera. Logo, em função da rara existência de material bibliográfico, o objetivo artigo é caracterizar os padrões climatológicos da pressão atmosférica e avaliar suas possíveis tendências nas diferentes estações do ano para o Estado de Santa Catarina. Para isso, serão utilizadas séries históricas de pressão atmosférica de 6 estações meteorológicas, Florianópolis, Indaial, Campos Novos, Chapecó, São Joaquim e Lages. Os dados serão filtrados e submetidos a uma análise estatística descritiva e posteriormente serão submetidos ao teste da variância (ANOVA). Após esse procedimento será realizada uma análise de tendência da pressão atmosférica para as seis regiões, por meio do teste de Mann-Kendall. Com os resultados alcançados pelo presente estudo constatou-se que a pressão atmosférica sofre influência tanto de fatores meteorológicos como de elementos meteorológicos, em função do clima predominante do estado. E para a maioria das regiões observou-se tendências significativas positivas de pressão atmosférica.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48503554","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Compreender o comportamento da chuva frente às mudanças climáticas é fundamental para mitigar seus efeitos e melhorar a gestão dos recursos naturais. Assim, este estudo investigou as tendências temporais e a variabilidade da chuva no Rio Grande do Sul, Brasil. Foram analisadas 271 séries de Precipitação Total Anual (PTA), Precipitação Total Mensal (PTM) e Precipitação Diária Máxima Anual (PMDA) (1912 a 2018). Os testes Mann-Kendall, Sen's Slope e Pettitt foram empregados para análise de tendência, e o Índice Padronizado de Anomalias de Chuva (IAC) e o Índice de Concentração de Precipitação (ICP) para análise de variabilidade. Foram encontradas tendencias de aumento significativo 42 séries de PTA e de diminuição em 3. O teste Pettit mostrou o ano de mudança em 30 das 45 séries de PTA. Em relação à PMDA, observou-se tendência de aumento em 27 séries e diminuição em 8, e o ano de mudança foi encontrado em 18 das 35 séries. O IAC variou entre -3,55 e 2,88, mas na maioria dos anos a PTA foi “aproximadamente normal”. O ICP anual mostrou que a PTA foi uniforme nos meses da maioria dos anos. No Norte a primavera tem a melhor distribuição das chuvas, enquanto no Sul, o inverno. A distribuição da PTM é mais irregular no outono, e no verão a PTM é mais irregular na mesorregião sudoeste. Diante das consequências das mudanças na chuva, destaca-se a importância desses estudos para subsidiar a gestão dos recursos naturais, mitigando os impactos socioeconômicos e ambientais decorrentes das mudanças climáticas.
{"title":"Tendência e variabilidade da chuva no Rio Grande do Sul, Brasil","authors":"Aryane Araujo Rodrigues, Tirzah Moreira Siqueira, Tamara Leitzke Caldeira Beskow, Samuel Beskow, André Becker Nunes","doi":"10.55761/abclima.v32i19.16179","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v32i19.16179","url":null,"abstract":"Compreender o comportamento da chuva frente às mudanças climáticas é fundamental para mitigar seus efeitos e melhorar a gestão dos recursos naturais. Assim, este estudo investigou as tendências temporais e a variabilidade da chuva no Rio Grande do Sul, Brasil. Foram analisadas 271 séries de Precipitação Total Anual (PTA), Precipitação Total Mensal (PTM) e Precipitação Diária Máxima Anual (PMDA) (1912 a 2018). Os testes Mann-Kendall, Sen's Slope e Pettitt foram empregados para análise de tendência, e o Índice Padronizado de Anomalias de Chuva (IAC) e o Índice de Concentração de Precipitação (ICP) para análise de variabilidade. Foram encontradas tendencias de aumento significativo 42 séries de PTA e de diminuição em 3. O teste Pettit mostrou o ano de mudança em 30 das 45 séries de PTA. Em relação à PMDA, observou-se tendência de aumento em 27 séries e diminuição em 8, e o ano de mudança foi encontrado em 18 das 35 séries. O IAC variou entre -3,55 e 2,88, mas na maioria dos anos a PTA foi “aproximadamente normal”. O ICP anual mostrou que a PTA foi uniforme nos meses da maioria dos anos. No Norte a primavera tem a melhor distribuição das chuvas, enquanto no Sul, o inverno. A distribuição da PTM é mais irregular no outono, e no verão a PTM é mais irregular na mesorregião sudoeste. Diante das consequências das mudanças na chuva, destaca-se a importância desses estudos para subsidiar a gestão dos recursos naturais, mitigando os impactos socioeconômicos e ambientais decorrentes das mudanças climáticas.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47949303","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Uma avaliação com os dados meteorológicos da estação automática do INMET indicou que a Fórmula de Monte Alegre modificada é uma ferramenta adequada, tanto para a Flona de Ipanema, quanto para os municípios e organizações nos seus arredores para as atividades de prevenção e combate aos incêndios florestais. Os incêndios florestais, frequentes na estação seca, são desencadeados por ações antropogênicas e são uma das grandes preocupações dos gestores da Unidade de Conservação. Aproximadamente 75% dos eventos detectados na Flona de Ipanema entre 2009 e 2020 corresponderam às categorias de perigo “muito alto” e “extremo” da Fórmula de Monte Alegre modificada. Este resultado despertou a motivação para testar o uso de dados de sensoriamento remoto e produtos do MERRA-2 para a estimativa da Fórmula de Monte Alegre modificada. Apesar dos produtos serem superestimados quando comparados aos dados observacionais, mostraram-se úteis para auxiliar a monitoração das condições ambientais na prevenção de incêndios florestais, na ausência de dados observacionais. Anomalias sazonais ou anuais de precipitação (dados observacionais) não explicaram a tendência de aumento dos incêndios florestais. Por outro lado, a ocorrência de geadas seguida por anomalias de pressão atmosférica positivas e persistentes concentradas em um período inferior a 30 dias mostraram-se favoráveis à incidência de incêndios florestais.
{"title":"Avaliação da Fórmula de Monte Alegre modificada aplicada aos dados da Flona de Ipanema, MERRA-2 e produtos de sensoriamento remoto","authors":"C. Beu","doi":"10.55761/abclima.v31i18.15774","DOIUrl":"https://doi.org/10.55761/abclima.v31i18.15774","url":null,"abstract":"Uma avaliação com os dados meteorológicos da estação automática do INMET indicou que a Fórmula de Monte Alegre modificada é uma ferramenta adequada, tanto para a Flona de Ipanema, quanto para os municípios e organizações nos seus arredores para as atividades de prevenção e combate aos incêndios florestais. Os incêndios florestais, frequentes na estação seca, são desencadeados por ações antropogênicas e são uma das grandes preocupações dos gestores da Unidade de Conservação. Aproximadamente 75% dos eventos detectados na Flona de Ipanema entre 2009 e 2020 corresponderam às categorias de perigo “muito alto” e “extremo” da Fórmula de Monte Alegre modificada. Este resultado despertou a motivação para testar o uso de dados de sensoriamento remoto e produtos do MERRA-2 para a estimativa da Fórmula de Monte Alegre modificada. Apesar dos produtos serem superestimados quando comparados aos dados observacionais, mostraram-se úteis para auxiliar a monitoração das condições ambientais na prevenção de incêndios florestais, na ausência de dados observacionais. Anomalias sazonais ou anuais de precipitação (dados observacionais) não explicaram a tendência de aumento dos incêndios florestais. Por outro lado, a ocorrência de geadas seguida por anomalias de pressão atmosférica positivas e persistentes concentradas em um período inferior a 30 dias mostraram-se favoráveis à incidência de incêndios florestais.","PeriodicalId":21297,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Climatologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44571653","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}