Pub Date : 2023-09-12DOI: 10.18764/2177-8868v14n27.2023.14
Sueleny Ribeiro Carvalho
COBRA, E. N. Virgindade inútil e anti-higiênica: virgindade anti-higiênica - preconceitos e convenções hipócritas, de 1924, virgindade inútil - novela de uma revoltada, de 1927. Belo Horizonte: Editoras Luas, 2021. Virgindade inútil e anti-higiênica oferece a possibilidade de conhecermos, em uma só obra, as duas publicações mais relevantes de Ercília Nogueira Cobra75: Virgindade Anti-higiênica – preconceitos e convenções hipócritas, (1924) e Virgindade inútil – novela de uma revoltada, (1927). A obra publicada pela editora Luas – editora que publica exclusivamente obras de autoria de mulheres como parte do projeto de resgate, reconhecimento e inserção de escritoras no cenário literário brasileiro – compõe a Coleção Precursoras, formada de livros reeditado de autoria de mulheres do século XIX e início do século XX. Nessa edição, de 2021, encontramos, ainda, estudos e notas de Imaculada Nascimento, a cronologia de vida e obra da autora em questão, além de sua bibliografia.
{"title":"INSURGENTE E CRUCIAL","authors":"Sueleny Ribeiro Carvalho","doi":"10.18764/2177-8868v14n27.2023.14","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2177-8868v14n27.2023.14","url":null,"abstract":"COBRA, E. N. Virgindade inútil e anti-higiênica: virgindade anti-higiênica - preconceitos e convenções hipócritas, de 1924, virgindade inútil - novela de uma revoltada, de 1927. Belo Horizonte: Editoras Luas, 2021. Virgindade inútil e anti-higiênica oferece a possibilidade de conhecermos, em uma só obra, as duas publicações mais relevantes de Ercília Nogueira Cobra75: Virgindade Anti-higiênica – preconceitos e convenções hipócritas, (1924) e Virgindade inútil – novela de uma revoltada, (1927). A obra publicada pela editora Luas – editora que publica exclusivamente obras de autoria de mulheres como parte do projeto de resgate, reconhecimento e inserção de escritoras no cenário literário brasileiro – compõe a Coleção Precursoras, formada de livros reeditado de autoria de mulheres do século XIX e início do século XX. Nessa edição, de 2021, encontramos, ainda, estudos e notas de Imaculada Nascimento, a cronologia de vida e obra da autora em questão, além de sua bibliografia.","PeriodicalId":223635,"journal":{"name":"Littera on line","volume":"5 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135887118","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-11DOI: 10.18764/2177-8868v14n27.2023.9
Maria Iranilde Almeida Costa Pinheiro, Deyse Filgueiras Batista Marques
O corpo interminável (2019) é um romance contemporâneo escrito pela autora brasileira Claudia Lage, e seu enredo envolve indivíduos que estão inseridos no contexto de vivência ou herança da experiência da ditadura militar no Brasil. Trata-se, portanto, de uma obra literária que evidencia a necessidade de escrita de eventos catastróficos e na qual existe a busca por um passado que, embora calado, permanece vívido, pois ainda ressoa por meio de ausências, vazios e memórias lacunares. Assim, esta pesquisa questiona a possibilidade de, a partir da análise de O corpo interminável, identificarmos uma construção ficcional que evidencia, em suas formas estéticas e narrativas, a história individual e coletiva da ditadura militar no Brasil. Buscamos enfatizar, diante do corpus literário e dessa chave de leitura, os dilemas nascidos a partir da relevância do testemunho de sujeitos impactados por uma catástrofe nacional, parte de um enredo que mobiliza aspectos estéticos e narrativos para alcançar as experiências traumáticas da ditadura militar brasileira. Para tanto, tomamos como referencial teórico Assunção (2020), Ginzburg (2017) e Gagnebin (2018; 2019). Ao final do trabalho, esperamos contribuir para a caracterização política e literária do romance, pois, ao explorar a estética do horror produzida em O corpo interminável, acreditamos ser possível vislumbrar arelevância da representação de eventos políticos autoritários na literatura brasileira contemporânea.
《无尽的身体》(O corpo interminel, 2019)是巴西作家克劳迪娅·拉格(Claudia Lage)的一部当代小说，其情节涉及到生活在巴西军事独裁经历或遗产背景下的个人。因此，这部文学作品强调了写灾难性事件的必要性，在这部文学作品中，人们对过去的探索虽然沉默，但仍然生动，因为它仍然通过缺失、空虚和空洞的记忆产生共鸣。因此，本研究质疑通过对《无尽的身体》的分析，确定一种虚构的建构的可能性，这种建构以美学和叙事的形式突出了巴西军事独裁的个人和集体历史。我们试图强调，在文学语料库和阅读的关键之前，来自受国家灾难影响的主体的证词的相关性所产生的困境，这是情节的一部分，调动美学和叙事方面，以实现巴西军事独裁的创伤经历。为此，我们采用假设(2020)、Ginzburg(2017)和Gagnebin(2018)作为理论框架;2019)。在作品的最后，我们希望对小说的政治和文学特征做出贡献，因为通过探索《无尽的身体》中产生的恐怖美学，我们相信有可能瞥见当代巴西文学中威权政治事件的表现的相关性。
{"title":"REPRESENTAÇÕES DE UM PASSADO QUE ECOA NO PRESENTE","authors":"Maria Iranilde Almeida Costa Pinheiro, Deyse Filgueiras Batista Marques","doi":"10.18764/2177-8868v14n27.2023.9","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2177-8868v14n27.2023.9","url":null,"abstract":"O corpo interminável (2019) é um romance contemporâneo escrito pela autora brasileira Claudia Lage, e seu enredo envolve indivíduos que estão inseridos no contexto de vivência ou herança da experiência da ditadura militar no Brasil. Trata-se, portanto, de uma obra literária que evidencia a necessidade de escrita de eventos catastróficos e na qual existe a busca por um passado que, embora calado, permanece vívido, pois ainda ressoa por meio de ausências, vazios e memórias lacunares. Assim, esta pesquisa questiona a possibilidade de, a partir da análise de O corpo interminável, identificarmos uma construção ficcional que evidencia, em suas formas estéticas e narrativas, a história individual e coletiva da ditadura militar no Brasil. Buscamos enfatizar, diante do corpus literário e dessa chave de leitura, os dilemas nascidos a partir da relevância do testemunho de sujeitos impactados por uma catástrofe nacional, parte de um enredo que mobiliza aspectos estéticos e narrativos para alcançar as experiências traumáticas da ditadura militar brasileira. Para tanto, tomamos como referencial teórico Assunção (2020), Ginzburg (2017) e Gagnebin (2018; 2019). Ao final do trabalho, esperamos contribuir para a caracterização política e literária do romance, pois, ao explorar a estética do horror produzida em O corpo interminável, acreditamos ser possível vislumbrar arelevância da representação de eventos políticos autoritários na literatura brasileira contemporânea.","PeriodicalId":223635,"journal":{"name":"Littera on line","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136025604","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-11DOI: 10.18764/2177-8868v14n27.2023.8
Kelly Cristina dos Santos Silva, Silvana Maria Pantoja dos Santos
O trabalho propõe analisar o processo de rememoração do eu poético na obra Recôndito, da escritora maranhense contemporânea Inês Pereira Maciel. A ressignificação do vivido implica dar um novo sentido às lembranças, a partir dos impactos do presente, isso porque a memória permite o revezamento entre passado e presente. A pesquisa amparou-se nos pressupostos teóricos de Maurice Halbwachs (2006) e Joel Candau (2014), dentre outros não menos importantes. A obra Recôndito engloba poemas que tratam de perdas, tristezas e,sobretudo, relações sociais e afetivas. A saudade torna-se presente por meio da relação do sujeito poético com a cidade e com as lembranças compartilhadas entre amigos e familiares, contribuindo para a formação da identidade do sujeito que rememora.
{"title":"VIDA RESSIGNIFICADA","authors":"Kelly Cristina dos Santos Silva, Silvana Maria Pantoja dos Santos","doi":"10.18764/2177-8868v14n27.2023.8","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2177-8868v14n27.2023.8","url":null,"abstract":"O trabalho propõe analisar o processo de rememoração do eu poético na obra Recôndito, da escritora maranhense contemporânea Inês Pereira Maciel. A ressignificação do vivido implica dar um novo sentido às lembranças, a partir dos impactos do presente, isso porque a memória permite o revezamento entre passado e presente. A pesquisa amparou-se nos pressupostos teóricos de Maurice Halbwachs (2006) e Joel Candau (2014), dentre outros não menos importantes. A obra Recôndito engloba poemas que tratam de perdas, tristezas e,sobretudo, relações sociais e afetivas. A saudade torna-se presente por meio da relação do sujeito poético com a cidade e com as lembranças compartilhadas entre amigos e familiares, contribuindo para a formação da identidade do sujeito que rememora.","PeriodicalId":223635,"journal":{"name":"Littera on line","volume":"50 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136025598","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-11DOI: 10.18764/2177-8868v14n27.2023.6
Paulo César Andrade da Silva, Victor André Pinheiro Cantuário
O objetivo do artigo é categorizar a poesia de Alcy Araújo como modernista. A proposta é identificar nos poemas Participação e Minha poesia alguns elementos e eixos temáticos que foram defendidos pelos inauguradores do Modernismo e vêm sendo explorados desde 1922, entre os quais, o verso livre, o gosto pela inovação, o rompimento com o passado, o progresso social e tecnológico como via de acesso ao futuro e a consciência social. Para alcançar o objetivo delineado, o artigo parte de uma breve descrição do contexto de formação do Amapá como espaço de realização literária e da literatura amapaense como resultado do entrecruzamento de vozes que desde a década de 1940 vêm contribuindo para a construção de uma cena literária local.
{"title":"(RE)VISITANDO UM MODERNISMO DESCONHECIDO PELA POESIA DE ALCY ARAÚJO A PARTIR DOS POEMAS PARTICIPAÇÃO E MINHA POESIA","authors":"Paulo César Andrade da Silva, Victor André Pinheiro Cantuário","doi":"10.18764/2177-8868v14n27.2023.6","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2177-8868v14n27.2023.6","url":null,"abstract":"O objetivo do artigo é categorizar a poesia de Alcy Araújo como modernista. A proposta é identificar nos poemas Participação e Minha poesia alguns elementos e eixos temáticos que foram defendidos pelos inauguradores do Modernismo e vêm sendo explorados desde 1922, entre os quais, o verso livre, o gosto pela inovação, o rompimento com o passado, o progresso social e tecnológico como via de acesso ao futuro e a consciência social. Para alcançar o objetivo delineado, o artigo parte de uma breve descrição do contexto de formação do Amapá como espaço de realização literária e da literatura amapaense como resultado do entrecruzamento de vozes que desde a década de 1940 vêm contribuindo para a construção de uma cena literária local.","PeriodicalId":223635,"journal":{"name":"Littera on line","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136025599","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-11DOI: 10.18764/2177-8868v14n27.2023.10
Marcos Antônio Fernandes dos Santos
Este artigo trata de uma produção de final do século XX, escrita por uma poeta maranhense. Trata-se de Litania da velha, de Arlete Nogueira da Cruz. Por sua vez, objetiva discutir sobre aspectos de sua produção e a importância da poesia escrita por Arlete Nogueira, para a construção de uma literatura mais que maranhense. Assim, verifica-se que Artele inscreve nas Letras nacionais uma obra de grande valor, não apenas estilístico, metafórico, artístico, mas também histórico e representativo. O poema representa parte da história da velha cidade de São Luís, assim como indica uma preocupação com o patrimônio histórico nacional, com a história e a vida do povo brasileiro. A poesia maranhense, assim como outrora, se expande para além do território em que nasce e expande horizontes, escancarando nossas raízes, nosso povo e a beleza da palavra que brota de cada canto de nossa imensa nação.
{"title":"POESIA MAIS QUE MARANHENSE NO CENÁRIO NACIONAL","authors":"Marcos Antônio Fernandes dos Santos","doi":"10.18764/2177-8868v14n27.2023.10","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2177-8868v14n27.2023.10","url":null,"abstract":"Este artigo trata de uma produção de final do século XX, escrita por uma poeta maranhense. Trata-se de Litania da velha, de Arlete Nogueira da Cruz. Por sua vez, objetiva discutir sobre aspectos de sua produção e a importância da poesia escrita por Arlete Nogueira, para a construção de uma literatura mais que maranhense. Assim, verifica-se que Artele inscreve nas Letras nacionais uma obra de grande valor, não apenas estilístico, metafórico, artístico, mas também histórico e representativo. O poema representa parte da história da velha cidade de São Luís, assim como indica uma preocupação com o patrimônio histórico nacional, com a história e a vida do povo brasileiro. A poesia maranhense, assim como outrora, se expande para além do território em que nasce e expande horizontes, escancarando nossas raízes, nosso povo e a beleza da palavra que brota de cada canto de nossa imensa nação.","PeriodicalId":223635,"journal":{"name":"Littera on line","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136025601","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-11DOI: 10.18764/2177-8868v14n27.2023.11
Caio da Silva Carvalho
crítico literário Giorgio Agamben (2007, p. 10) definiu a condição de contemporâneo como a capacidade de se orientar, mesmo no escuro, para, “a partir daí, ter coragem de reconhecer e de se comprometer com um presente com o qual não é possível coincidir” Ser contemporâneo é, portanto, a tentativa de caminhar por solos cada vez mais imprecisos, fragmentados e maleáveis, sem, não obstante, deixar de (re)conhecer as demandas necessárias do tempo no qual o sujeito se encontra. Dessa maneira, este trabalho tem o objetivo de analisar a obra Rabo de foguete, de Ferreira Gullar, cujo enredo se concentra nas memórias de exílio do autor no contexto de Ditadura Militar, sob a ótica de uma (re)formação de estilo literário pautado nas nuances que envolvem as descontinuidades e/ou permanências que envolvem a contemporaneidade. Assim, o texto pensa algumas nuances da literatura brasileira contemporânea, como o protagonismo de um indivíduo num tempo de quebra tecido social, ao passo que tenta mostrar os aspectos estilísticos e temáticos que envolvem a heterogeneidade e a disposição das formas de um (novo) realismo. Por meio de uma pesquisa qualitativa e bibliográfica, as análises são baseadas em autores como Giorgio Agamben (2007), Karl Eric Schollhammer (2009), Tânia Pelegrini (2001) e Ítalo Moriconi (2001), de modo a pensar como o autor-narrador-personagem Ferreira Gullar se pauta como um ser contemporâneo, em uma escrita contemporânea, em torno dos estilos, abordagens e temáticas por entre o entrecho de Rabo de foguete.
{"title":"ENTRE AS DESCONTINUIDADES E AS PERMANÊNCIAS","authors":"Caio da Silva Carvalho","doi":"10.18764/2177-8868v14n27.2023.11","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2177-8868v14n27.2023.11","url":null,"abstract":"crítico literário Giorgio Agamben (2007, p. 10) definiu a condição de contemporâneo como a capacidade de se orientar, mesmo no escuro, para, “a partir daí, ter coragem de reconhecer e de se comprometer com um presente com o qual não é possível coincidir” Ser contemporâneo é, portanto, a tentativa de caminhar por solos cada vez mais imprecisos, fragmentados e maleáveis, sem, não obstante, deixar de (re)conhecer as demandas necessárias do tempo no qual o sujeito se encontra. Dessa maneira, este trabalho tem o objetivo de analisar a obra Rabo de foguete, de Ferreira Gullar, cujo enredo se concentra nas memórias de exílio do autor no contexto de Ditadura Militar, sob a ótica de uma (re)formação de estilo literário pautado nas nuances que envolvem as descontinuidades e/ou permanências que envolvem a contemporaneidade. Assim, o texto pensa algumas nuances da literatura brasileira contemporânea, como o protagonismo de um indivíduo num tempo de quebra tecido social, ao passo que tenta mostrar os aspectos estilísticos e temáticos que envolvem a heterogeneidade e a disposição das formas de um (novo) realismo. Por meio de uma pesquisa qualitativa e bibliográfica, as análises são baseadas em autores como Giorgio Agamben (2007), Karl Eric Schollhammer (2009), Tânia Pelegrini (2001) e Ítalo Moriconi (2001), de modo a pensar como o autor-narrador-personagem Ferreira Gullar se pauta como um ser contemporâneo, em uma escrita contemporânea, em torno dos estilos, abordagens e temáticas por entre o entrecho de Rabo de foguete.","PeriodicalId":223635,"journal":{"name":"Littera on line","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136025603","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-11DOI: 10.18764/2177-8868v14n27.2023.7
Danielle Castro da Silva, Márcia Manir Miguel Feitosa
O artigo busca examinar a construção do espaço em O monstro, de Josué Montello, como lugar de memória, a partir do ambiente ficcional representado pelo lar da personagem Jerônimo. Para tanto, adotam-se as concepções de lar, de Relph (2014), de casa, de Bachelard (2008), de topofilia, apinhamento e espaciosidade, de Tuan (2012;2013), de memória, a partir de Halbwachs (1990), Pollak (1992) e Ricoeur (2007), e de lugar de memória, de Nora (1993), além do olhar de Cândido (2009) sobre a personagem de ficção e o sentido do real. A narrativa versa sobre a história de Jerônimo, solteiro convicto, que sai da Bahia para o Rio de Janeiro em busca de uma vida pacífica de funcionário público, paz que é abalada com a chegada de sua mãe, Angélica, que altera toda a dinâmica da sua casa e dos rumos da sua vida. Trabalha-se sobre a ideia da construção metafórica de uma disputa entre uma reminiscência imperial e os novos ares republicanos, contexto em que a obra se situa no tempo histórico brasileiro, buscando observar de que maneira o espaço do lar de Jerônimo corresponde à construção de um lugar de memória imperial, em contraposição às alterações empreendidas nesse ambiente por sua mãe.
{"title":"DO “BARÃO” IMPERIAL AOS VENTOS DA “ANGÉLICA” REPÚBLICA","authors":"Danielle Castro da Silva, Márcia Manir Miguel Feitosa","doi":"10.18764/2177-8868v14n27.2023.7","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2177-8868v14n27.2023.7","url":null,"abstract":"O artigo busca examinar a construção do espaço em O monstro, de Josué Montello, como lugar de memória, a partir do ambiente ficcional representado pelo lar da personagem Jerônimo. Para tanto, adotam-se as concepções de lar, de Relph (2014), de casa, de Bachelard (2008), de topofilia, apinhamento e espaciosidade, de Tuan (2012;2013), de memória, a partir de Halbwachs (1990), Pollak (1992) e Ricoeur (2007), e de lugar de memória, de Nora (1993), além do olhar de Cândido (2009) sobre a personagem de ficção e o sentido do real. A narrativa versa sobre a história de Jerônimo, solteiro convicto, que sai da Bahia para o Rio de Janeiro em busca de uma vida pacífica de funcionário público, paz que é abalada com a chegada de sua mãe, Angélica, que altera toda a dinâmica da sua casa e dos rumos da sua vida. Trabalha-se sobre a ideia da construção metafórica de uma disputa entre uma reminiscência imperial e os novos ares republicanos, contexto em que a obra se situa no tempo histórico brasileiro, buscando observar de que maneira o espaço do lar de Jerônimo corresponde à construção de um lugar de memória imperial, em contraposição às alterações empreendidas nesse ambiente por sua mãe.","PeriodicalId":223635,"journal":{"name":"Littera on line","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136025170","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-11DOI: 10.18764/2177-8868v14n27.2023.1
Luiz Henrique Moreira Soares
A partir da noção de “literatura empenhada”, apresentada por Antonio Candido em Formação da Literatura Brasileira, publicado em 1959, para traduzir o espírito de “missão” que figurou no trabalho artístico dos escritores árcades e românticos que intentavam construir uma identidade nacional e uma cultura brasileira válida, este artigo tem como objetivo analisar de que maneira esse caráter “empenhado” ainda está presente na literatura brasileira contemporânea. Neste cenário, observa-se que o caráter “empenhado” não apenas persiste, como também parece ter sofrido uma reconfiguração, uma reinvenção – agora não mais com o anseio de “construir uma nação”, mas se estabelecendo por meio do deslocamento de modelos hegemônicos, da legitimação de vozes subalternizadas e do reconhecimento da necessidade de produção de outras perspectivas, constituindo, muitas vezes como potência (ins)urgente – que questiona os problemas, abjeções e os espaços políticos e sociais por meio de obras literárias que buscam ressignificar vozes historicamente subalternizadas, estabelecendo uma empenhada resistência.
{"title":"CHEIRO DA FLOR (INS)URGENTE","authors":"Luiz Henrique Moreira Soares","doi":"10.18764/2177-8868v14n27.2023.1","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2177-8868v14n27.2023.1","url":null,"abstract":"A partir da noção de “literatura empenhada”, apresentada por Antonio Candido em Formação da Literatura Brasileira, publicado em 1959, para traduzir o espírito de “missão” que figurou no trabalho artístico dos escritores árcades e românticos que intentavam construir uma identidade nacional e uma cultura brasileira válida, este artigo tem como objetivo analisar de que maneira esse caráter “empenhado” ainda está presente na literatura brasileira contemporânea. Neste cenário, observa-se que o caráter “empenhado” não apenas persiste, como também parece ter sofrido uma reconfiguração, uma reinvenção – agora não mais com o anseio de “construir uma nação”, mas se estabelecendo por meio do deslocamento de modelos hegemônicos, da legitimação de vozes subalternizadas e do reconhecimento da necessidade de produção de outras perspectivas, constituindo, muitas vezes como potência (ins)urgente – que questiona os problemas, abjeções e os espaços políticos e sociais por meio de obras literárias que buscam ressignificar vozes historicamente subalternizadas, estabelecendo uma empenhada resistência.","PeriodicalId":223635,"journal":{"name":"Littera on line","volume":"61 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136025600","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-11DOI: 10.18764/2177-8868v14n27.2023.3
Rhusily Lira, Herasmo Braga de Oliveira Brito
O neorregionalismo brasileiro se caracteriza como uma continuidade do regionalismo brasileiro, entretanto, com configurações que se alinham ao tempo contemporâneo. Assim, o presente estudo tem como objetivo discutir o neorregionalismo e os traços do regionalismo como uma estética cultural que abrange diversas manifestações artísticas, neste artigo focaremos na narrativa literária de Francisco Dantas, especialmente em Coivara da memória (1996) e as narrativas pictóricas do regionalismo e neorregionalismo. Utilizaremos como aporte teórico Antonio Candido (2008); Gilda de Mello e Souza (2008); Aracy Amaral (2006), entre outros.
{"title":"NEORREGIONALISMO COMO UMA ESTÉTICA CULTURAL","authors":"Rhusily Lira, Herasmo Braga de Oliveira Brito","doi":"10.18764/2177-8868v14n27.2023.3","DOIUrl":"https://doi.org/10.18764/2177-8868v14n27.2023.3","url":null,"abstract":"O neorregionalismo brasileiro se caracteriza como uma continuidade do regionalismo brasileiro, entretanto, com configurações que se alinham ao tempo contemporâneo. Assim, o presente estudo tem como objetivo discutir o neorregionalismo e os traços do regionalismo como uma estética cultural que abrange diversas manifestações artísticas, neste artigo focaremos na narrativa literária de Francisco Dantas, especialmente em Coivara da memória (1996) e as narrativas pictóricas do regionalismo e neorregionalismo. Utilizaremos como aporte teórico Antonio Candido (2008); Gilda de Mello e Souza (2008); Aracy Amaral (2006), entre outros.","PeriodicalId":223635,"journal":{"name":"Littera on line","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136025605","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-09-11DOI: 10.18764/2177-8868v14n27.2023.5
Pollianna dos Santos Ferreira Silva, Rosa Borges
Este artigo traz os resultados parciais obtidos na realização do Acervo Alcina Dantas (AAD), situando-o como um lugar de memória sobre a escritora baiana Alcina Dantas (1892-1974). Nesse sentido, buscaremos fazer circular, por meio da práxis filológica, seus textos poéticos publicados, no século XX, nos jornais Folha do Norte, Folha da Feira, Gazeta do Povo, Vanguarda e O Itaberaba, usando, para tanto, o suporte eletrônico. Levaremos em consideração os trabalhos no campo da crítica textual, como os de Shillingsburg (1993), McGann (1995), Urbina e Furuta (2005), Duarte (2019), Borges (2020) e Borges et al. (2021), para realizar a edição de tais textos. Para apresentar a autora no contexto de produção e de circulação de sua poesia, valemo-nos ainda dos textos de Zahidé Muzart (1995, 1999, 2009), de Constância Lima Duarte (2003), entre outros. Compreendemos, assim, a hiperedição como um lugar de memória, conforme concebe Nora (1993), para preservar e trazer à cena elementos de sua vida e a obradessa escritora, contribuindo-se para a constituição de uma história da literatura de escritoras que produziram no interior da Bahia.
本文介绍了阿尔奇娜·丹塔斯文集(AAD)的部分成果，将其作为巴伊亚作家阿尔奇娜·丹塔斯(1892-1974)的记忆之地。在这个意义上，我们将试图通过语言学实践，传播他在20世纪发表在《北方页报》、《费拉页报》、《人民公报》、《先锋报》和《伊塔贝拉巴报》上的诗歌文本，为此，我们使用电子支持。我们将考虑文本批评领域的作品，如Shillingsburg (1993)， McGann (1995)， Urbina e Furuta (2005)， Duarte (2019)， Borges (2020) e Borges et al.(2021)，以实现这些文本的编辑。为了展示作者在诗歌创作和流通的背景下，我们还使用了zahide Muzart (1995, 1999, 2009)， constancia Lima Duarte(2003)等人的文本。因此，我们理解，正如诺拉(1993)所设想的那样，超编辑是一个记忆的地方，以保存和带来她的生活元素和这位作家的作品，有助于构成在巴伊亚内陆创作的作家的文学史。
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