Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a9
Isângelo Senna, Fábio Iglesias, Lucas Heiki Matsunaga
O presente estudo objetivou a elaboração de um instrumento de avaliação pós-ocupacional para a verificação de fatores que influenciam comportamentos criminosos e o medo do crime em ambientes públicos. O instrumento foi construído a partir da revisão sistemática da literatura em prevenção criminal pelo design ambiental, em busca de elementos que identificassem características ambientais específicas relacionados ao crime real ou percebido. Os itens elaborados foram submetidos à análise de juízes especializados em arquitetura, direito, segurança pública e psicologia. Buscando validade e fidedignidade, o inventário foi testado em 10 ambientes públicos do Distrito Federal por 24 aplicadores treinados para este fim. A partir de critérios psicométricos, obteve-se um instrumento contendo 58 itens categorizados em 7 dimensões, sendo elas: Iluminação, Manutenção do Espaço, Wayfinding, Vigilância Natural, Territorialidade, Justaposição Geográfica, e Emergência e Acidentes. O instrumento se revelou capaz de facilitar análises e intervenções tanto em ambientes seguros como não-seguros. Tais medidas, além de promoverem a segurança, contribuem para: a saúde mental e física da população; o crescimento econômico; e a redução dos gastos públicos referentes ao crime e ao medo do crime.
{"title":"INVENTÁRIO DAS ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO CRIMINAL PELO DESIGN AMBIENTAL (CPTED) PARA ESPAÇOS PÚBLICOS","authors":"Isângelo Senna, Fábio Iglesias, Lucas Heiki Matsunaga","doi":"10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a9","DOIUrl":"https://doi.org/10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a9","url":null,"abstract":"O presente estudo objetivou a elaboração de um instrumento de avaliação pós-ocupacional para a verificação de fatores que influenciam comportamentos criminosos e o medo do crime em ambientes públicos. O instrumento foi construído a partir da revisão sistemática da literatura em prevenção criminal pelo design ambiental, em busca de elementos que identificassem características ambientais específicas relacionados ao crime real ou percebido. Os itens elaborados foram submetidos à análise de juízes especializados em arquitetura, direito, segurança pública e psicologia. Buscando validade e fidedignidade, o inventário foi testado em 10 ambientes públicos do Distrito Federal por 24 aplicadores treinados para este fim. A partir de critérios psicométricos, obteve-se um instrumento contendo 58 itens categorizados em 7 dimensões, sendo elas: Iluminação, Manutenção do Espaço, Wayfinding, Vigilância Natural, Territorialidade, Justaposição Geográfica, e Emergência e Acidentes. O instrumento se revelou capaz de facilitar análises e intervenções tanto em ambientes seguros como não-seguros. Tais medidas, além de promoverem a segurança, contribuem para: a saúde mental e física da população; o crescimento econômico; e a redução dos gastos públicos referentes ao crime e ao medo do crime.","PeriodicalId":251316,"journal":{"name":"Revista do Sistema Único de Segurança Pública","volume":"43 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123339397","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a11
Jonas Gomes de Sousa, Renato Hidaka Torres
A segurança pública possui um dos maiores orçamentos do Brasil, dividido nas esferas federal (12%), estadual (82%) e municipal (6%), sendo executado em conjunto por essas três esferas de governo. Destarte, os estados são responsáveis pela maior fatia desses recursos, sendo o Pará responsável pelo maior orçamento destinado à segurança pública na região Norte do País. Seu orçamento, em 2020, foi de R$ 3 bilhões, já em 2021 foi de R$ 3,4 bilhões, o que representa um incremento de 11,77% em relação ao ano anterior. Todavia, apesar dessa relevância, são escassos os estudos que avaliam a execução do orçamento destinado à segurança pública no Pará. O presente estudo buscou analisar a execução orçamentária de instituições de segurança pública do estado do Pará, no período de 2017 a 2020. Realizou-se análise quantitativa e qualitativa de dados extraídos das prestações de contas enviadas, pelas instituições estudadas, ao Tribunal de Contas do Estado do Pará – TCE/PA. Pela análise dos dados obtidos, contatou-se que há alta taxa de execução orçamentária, acima de 90%, quando se trata do orçamento global. Todavia, quando se trata de análise da execução restrita ao orçamento discricionário, houve baixa taxa de execução, atingindo, em alguns exercícios, níveis menores que 50% (cinquenta por cento) de execução do orçamento disponível.
{"title":"GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA DO (ESTADO) DO PARÁ","authors":"Jonas Gomes de Sousa, Renato Hidaka Torres","doi":"10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a11","DOIUrl":"https://doi.org/10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a11","url":null,"abstract":"A segurança pública possui um dos maiores orçamentos do Brasil, dividido nas esferas federal (12%), estadual (82%) e municipal (6%), sendo executado em conjunto por essas três esferas de governo. Destarte, os estados são responsáveis pela maior fatia desses recursos, sendo o Pará responsável pelo maior orçamento destinado à segurança pública na região Norte do País. Seu orçamento, em 2020, foi de R$ 3 bilhões, já em 2021 foi de R$ 3,4 bilhões, o que representa um incremento de 11,77% em relação ao ano anterior. Todavia, apesar dessa relevância, são escassos os estudos que avaliam a execução do orçamento destinado à segurança pública no Pará. O presente estudo buscou analisar a execução orçamentária de instituições de segurança pública do estado do Pará, no período de 2017 a 2020. Realizou-se análise quantitativa e qualitativa de dados extraídos das prestações de contas enviadas, pelas instituições estudadas, ao Tribunal de Contas do Estado do Pará – TCE/PA. Pela análise dos dados obtidos, contatou-se que há alta taxa de execução orçamentária, acima de 90%, quando se trata do orçamento global. Todavia, quando se trata de análise da execução restrita ao orçamento discricionário, houve baixa taxa de execução, atingindo, em alguns exercícios, níveis menores que 50% (cinquenta por cento) de execução do orçamento disponível.","PeriodicalId":251316,"journal":{"name":"Revista do Sistema Único de Segurança Pública","volume":"42 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114958975","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a4
Nazareno Marcineiro, Rômulo Rosado Viero, Dan-Radu Berte, C. Machado, Maico Iure Roel, Pablo Pivetta Karsten
A análise criminal é uma ferramenta que serve como elemento norteador para o desempenho do trabalho policial. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foi analisar a importância desse recurso para a definição de estratégias de polícia ostensiva no contexto das polícias militares brasileiras, considerando seu atual universo de atuação, bem como as ferramentas atualmente utilizadas por essas instituições de segurança pública. Assim, buscou-se abordar o processo de análise criminal no contexto policial, explorar as atividades desenvolvidas pela Polícia Militar em sua atribuição de polícia ostensiva, refletir sobre a importância do planejamento na definição das atividades de polícia, bem como identificar a análise criminal como ferramenta definidora de estratégias da polícia ostensiva. O método de pesquisa utilizado é o dedutivo, em pesquisa teórica e qualitativa, com emprego de material bibliográfico e documentação oriunda do ordenamento jurídico. Como resultado, verificou-se que a análise criminal tem um enorme potencial para direcionar as ações de polícia ostensiva, não só sob a ótica criminal, mas ampliando seu alcance para uma perspectiva ampliada dentro do contexto social, em um viés de polícia administrativa.
{"title":"ANÁLISE CRIMINAL COMO ESTRATÉGIA DE POLÍCIA OSTENSIVA","authors":"Nazareno Marcineiro, Rômulo Rosado Viero, Dan-Radu Berte, C. Machado, Maico Iure Roel, Pablo Pivetta Karsten","doi":"10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a4","DOIUrl":"https://doi.org/10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a4","url":null,"abstract":"A análise criminal é uma ferramenta que serve como elemento norteador para o desempenho do trabalho policial. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foi analisar a importância desse recurso para a definição de estratégias de polícia ostensiva no contexto das polícias militares brasileiras, considerando seu atual universo de atuação, bem como as ferramentas atualmente utilizadas por essas instituições de segurança pública. Assim, buscou-se abordar o processo de análise criminal no contexto policial, explorar as atividades desenvolvidas pela Polícia Militar em sua atribuição de polícia ostensiva, refletir sobre a importância do planejamento na definição das atividades de polícia, bem como identificar a análise criminal como ferramenta definidora de estratégias da polícia ostensiva. O método de pesquisa utilizado é o dedutivo, em pesquisa teórica e qualitativa, com emprego de material bibliográfico e documentação oriunda do ordenamento jurídico. Como resultado, verificou-se que a análise criminal tem um enorme potencial para direcionar as ações de polícia ostensiva, não só sob a ótica criminal, mas ampliando seu alcance para uma perspectiva ampliada dentro do contexto social, em um viés de polícia administrativa.","PeriodicalId":251316,"journal":{"name":"Revista do Sistema Único de Segurança Pública","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128869300","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a10
Luís Henrique Costa Ferreira
Este estudo quantitativo, de caráter exploratório, pretendeu examinar e compreender a distribuição espacial da criminalidade no município de Salvador, capital do estado da Bahia, no período entre os anos de 2014 e 2019, e as associações dela com indicadores socioeconômicos locais. Os dados utilizados, foram secundários, extraídos do sítio da Secretária da Segurança Pública do Estado da Bahia – SSPBA e do Painel de informações: dados socioeconômicos do município de Salvador por bairros e prefeituras-bairro. Teve como justificativa a construção de um indicador que reúna as diversas variáveis criminais monitoradas pela SSPBA com a finalidade de comparar a criminalidade total entre as AISP que dividem o município de Salvador. Para tanto, foram aplicadas Técnicas de Estatística Multivariada, como a análise de componente principal – ACP e a regressão linear. Entre os resultados destacaram-se: As construções de três indicadores para as intensidades das criminalidades, geral, contra o patrimônio e contra a pessoa; as estimações dos relacionamentos entres os indicadores criminais e as variáveis socioeconômicas e a identificação da distribuição espacial da criminalidade, em termo de intensidade, e do comportamento temporal.
{"title":"COMPARANDO A CRIMINALIDADE NAS ÁREAS INTEGRADAS DE SEGURANÇA PÚBLICA – AISP EM SALVADOR, BAHIA, BRASIL","authors":"Luís Henrique Costa Ferreira","doi":"10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a10","DOIUrl":"https://doi.org/10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a10","url":null,"abstract":"Este estudo quantitativo, de caráter exploratório, pretendeu examinar e compreender a distribuição espacial da criminalidade no município de Salvador, capital do estado da Bahia, no período entre os anos de 2014 e 2019, e as associações dela com indicadores socioeconômicos locais. Os dados utilizados, foram secundários, extraídos do sítio da Secretária da Segurança Pública do Estado da Bahia – SSPBA e do Painel de informações: dados socioeconômicos do município de Salvador por bairros e prefeituras-bairro. Teve como justificativa a construção de um indicador que reúna as diversas variáveis criminais monitoradas pela SSPBA com a finalidade de comparar a criminalidade total entre as AISP que dividem o município de Salvador. Para tanto, foram aplicadas Técnicas de Estatística Multivariada, como a análise de componente principal – ACP e a regressão linear. Entre os resultados destacaram-se: As construções de três indicadores para as intensidades das criminalidades, geral, contra o patrimônio e contra a pessoa; as estimações dos relacionamentos entres os indicadores criminais e as variáveis socioeconômicas e a identificação da distribuição espacial da criminalidade, em termo de intensidade, e do comportamento temporal.","PeriodicalId":251316,"journal":{"name":"Revista do Sistema Único de Segurança Pública","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115467597","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a3
Maurício Viegas Pinto
Este estudo analisa a elaboração e veiculação de mensagens adversas por parte de grupos criminosos, com o propósito de afetar a públicos específicos, provocando em seus destinatários comportamentos que viabilizem ou favoreçam a consecução dos objetivos de seus patrocinadores. Constata-se que essas mensagens, que utilizam recursos persuasivos de propaganda, já ocorrem há vários anos. Efetua-se a análise preliminar de duas dessas mensagens, com o objetivo de se identificar as suas principais características. Observa-se que a mensagem mais recente apresenta mais recursos persuasivos que a anterior. Com base em pesquisa bibliográfica, propõe-se que a contrapropaganda seja utilizada para o efetivo enfrentamento de mensagens adversas veiculadas por grupos criminosos. Em conclusão, considera-se que seja necessária a formação de quadros técnicos especializados para o planejamento e a execução de medidas que utilizem a contrapropaganda para o enfrentamento a mensagens adversas veiculadas por grupos criminosos.
{"title":"EMPREGO DA CONTRAPROPAGANDA NO ENFRENTAMENTO A MENSAGENS ADVERSAS VEICULADAS POR GRUPOS CRIMINOSOS","authors":"Maurício Viegas Pinto","doi":"10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a3","DOIUrl":"https://doi.org/10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a3","url":null,"abstract":"Este estudo analisa a elaboração e veiculação de mensagens adversas por parte de grupos criminosos, com o propósito de afetar a públicos específicos, provocando em seus destinatários comportamentos que viabilizem ou favoreçam a consecução dos objetivos de seus patrocinadores. Constata-se que essas mensagens, que utilizam recursos persuasivos de propaganda, já ocorrem há vários anos. Efetua-se a análise preliminar de duas dessas mensagens, com o objetivo de se identificar as suas principais características. Observa-se que a mensagem mais recente apresenta mais recursos persuasivos que a anterior. Com base em pesquisa bibliográfica, propõe-se que a contrapropaganda seja utilizada para o efetivo enfrentamento de mensagens adversas veiculadas por grupos criminosos. Em conclusão, considera-se que seja necessária a formação de quadros técnicos especializados para o planejamento e a execução de medidas que utilizem a contrapropaganda para o enfrentamento a mensagens adversas veiculadas por grupos criminosos.","PeriodicalId":251316,"journal":{"name":"Revista do Sistema Único de Segurança Pública","volume":"24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130027841","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a7
Felipe Scarpelli de Andrade, Alessandre Roberto dos Reis, Marcelo Couto Sanches
A abordagem tradicional voltada para a segurança pessoal é traduzida por um conjunto de medidas preventivas que visam proteger uma pessoa de potenciais ameaças. Entretanto, não há um planejamento quanto à conformidade do nível de proteção que uma pessoa requer em função do risco identificado. Nesse contexto, o objetivo deste estudo é apresentar uma estrutura de análise de risco que permita auxiliar, de forma metodológica e com foco no risco, o planejamento da proteção individual de determinado indivíduo, a fim de trazer harmonia aos procedimentos ao relacioná-los com as vulnerabilidades e as potenciais ameaças. Dessa forma, para uma proteção adequada, entende-se que a análise de risco é instrumento fundamental para o planejamento da segurança pessoal, ao possibilitar compreender os elementos que são influenciados e podem influenciar na concretude de um evento indesejado. Ao contemplar um estudo com base em risco, este trabalho propõe uma metodologia de Análise de Riscos de Pessoa (ARP) que permite abordar os problemas relacionados à incerteza, a fim de buscar a convergência dos procedimentos de segurança a uma atuação preventivamente equilibrada, na medida em que reduz a possibilidade de ineficácia ou insuficiência das medidas de segurança implementadas pela abordagem tradicional. Trata-se, portanto, da modelagem de uma estrutura sistematicamente disciplinada, voltada para a avaliação e a melhoria da eficácia dos processos de proteção pessoal.
{"title":"ANÁLISE DE RISCO DE PESSOA","authors":"Felipe Scarpelli de Andrade, Alessandre Roberto dos Reis, Marcelo Couto Sanches","doi":"10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a7","DOIUrl":"https://doi.org/10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a7","url":null,"abstract":"A abordagem tradicional voltada para a segurança pessoal é traduzida por um conjunto de medidas preventivas que visam proteger uma pessoa de potenciais ameaças. Entretanto, não há um planejamento quanto à conformidade do nível de proteção que uma pessoa requer em função do risco identificado. Nesse contexto, o objetivo deste estudo é apresentar uma estrutura de análise de risco que permita auxiliar, de forma metodológica e com foco no risco, o planejamento da proteção individual de determinado indivíduo, a fim de trazer harmonia aos procedimentos ao relacioná-los com as vulnerabilidades e as potenciais ameaças. Dessa forma, para uma proteção adequada, entende-se que a análise de risco é instrumento fundamental para o planejamento da segurança pessoal, ao possibilitar compreender os elementos que são influenciados e podem influenciar na concretude de um evento indesejado. Ao contemplar um estudo com base em risco, este trabalho propõe uma metodologia de Análise de Riscos de Pessoa (ARP) que permite abordar os problemas relacionados à incerteza, a fim de buscar a convergência dos procedimentos de segurança a uma atuação preventivamente equilibrada, na medida em que reduz a possibilidade de ineficácia ou insuficiência das medidas de segurança implementadas pela abordagem tradicional. Trata-se, portanto, da modelagem de uma estrutura sistematicamente disciplinada, voltada para a avaliação e a melhoria da eficácia dos processos de proteção pessoal.","PeriodicalId":251316,"journal":{"name":"Revista do Sistema Único de Segurança Pública","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131404412","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a13
Célia Cristina Pereira da Silva Veiga
A concepção de segurança pública tem sido impactada pelas transformações e sofisticações ocorridas nas relações entre Estado e sociedade civil. A ampla reforma do aparelho de Estado, no cerne do projeto neoliberal, trouxe consigo mudanças que impulsionaram a adoção no novo gerencialismo nas políticas públicas, renovando concepções que fundamentam a administração pública. Nesse contexto, surge o conceito de Segurança Cidadã propondo a concepção de segurança pública como prestação de serviço fundamentada na lógica gerencial. Pretende-se neste artigo analisar em que medida essa nova perspectiva foi absorvida pelos policiais militares da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) durante o Curso de Formação de Soldados (CFSd). Trata-se de uma pesquisa de natureza básica, de abordagem qualitativa, de caráter explicativo, cujos procedimentos técnicos são a documentação e o levantamento por meio de questionário. Os resultados apontam para a reprodução de elementos que evidenciam a apropriação conceitual da Segurança Cidadã em tensão com uma concepção mais conservadora de segurança pública. Conclui-se que a formação inicial dos soldados impulsiona o desenvolvimento de novos elementos na cultura institucional afinada ao contexto democrático, contudo, tal ideia fomenta tensões e contradições com tradições arraigadas na PMERJ.
{"title":"A CONCEPÇÃO DE SEGURANÇA CIDADÃ E SEUS REFLEXOS NA FORMAÇÃO DE SOLDADOS DA PMERJ","authors":"Célia Cristina Pereira da Silva Veiga","doi":"10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a13","DOIUrl":"https://doi.org/10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a13","url":null,"abstract":"A concepção de segurança pública tem sido impactada pelas transformações e sofisticações ocorridas nas relações entre Estado e sociedade civil. A ampla reforma do aparelho de Estado, no cerne do projeto neoliberal, trouxe consigo mudanças que impulsionaram a adoção no novo gerencialismo nas políticas públicas, renovando concepções que fundamentam a administração pública. Nesse contexto, surge o conceito de Segurança Cidadã propondo a concepção de segurança pública como prestação de serviço fundamentada na lógica gerencial. Pretende-se neste artigo analisar em que medida essa nova perspectiva foi absorvida pelos policiais militares da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) durante o Curso de Formação de Soldados (CFSd). Trata-se de uma pesquisa de natureza básica, de abordagem qualitativa, de caráter explicativo, cujos procedimentos técnicos são a documentação e o levantamento por meio de questionário. Os resultados apontam para a reprodução de elementos que evidenciam a apropriação conceitual da Segurança Cidadã em tensão com uma concepção mais conservadora de segurança pública. Conclui-se que a formação inicial dos soldados impulsiona o desenvolvimento de novos elementos na cultura institucional afinada ao contexto democrático, contudo, tal ideia fomenta tensões e contradições com tradições arraigadas na PMERJ.","PeriodicalId":251316,"journal":{"name":"Revista do Sistema Único de Segurança Pública","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128784283","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a2
Anderson Duarte Barboza
Este trabalho objetiva discutir a prevenção e a repressão aos crimes vinculados ao uso de veículos e sua relação com a estratégia de segurança pública no Brasil. Para isso, foi feita uma revisão bibliográfica acerca dos conceitos que envolvem esse tipo de crime, bem como dos demais pressupostos teóricos que o fundamentam. Realizou-se uma busca de textos acadêmicos em repositórios digitais de pesquisa, principalmente com o auxílio do Google Acadêmico, sendo as palavras-chave utilizadas de forma combinada, em uma busca do tipo booleana, priorizando-se os textos mais recentes sobre o tema. São descritas experiências brasileiras, ocorridas a partir do ano de 2013, as quais envolvem a utilização de sistemas tecnológicos avançados de comunicação e informação com o intuito de prevenir ou reprimir os delitos em questão. Finalmente, apresenta-se uma breve análise dos resultados e dos achados surgidos a partir dos casos estudados, chegando à conclusão de que, sem uma estratégia baseada em integração e coordenação das ações das instituições de segurança pública, que fundamente o uso da tecnologia, as ferramentas perdem boa parte de sua potência e de seus efeitos positivos.
{"title":"PREVENÇÃO E REPRESSÃO AOS CRIMES VINCULADOS AO USO DE VEÍCULOS: TECNOLOGIAS E ESTRATÉGIAS DE MELHORIA DA SEGURANÇA PÚBLICA EM ESTADOS BRASILEIROS","authors":"Anderson Duarte Barboza","doi":"10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a2","DOIUrl":"https://doi.org/10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a2","url":null,"abstract":"Este trabalho objetiva discutir a prevenção e a repressão aos crimes vinculados ao uso de veículos e sua relação com a estratégia de segurança pública no Brasil. Para isso, foi feita uma revisão bibliográfica acerca dos conceitos que envolvem esse tipo de crime, bem como dos demais pressupostos teóricos que o fundamentam. Realizou-se uma busca de textos acadêmicos em repositórios digitais de pesquisa, principalmente com o auxílio do Google Acadêmico, sendo as palavras-chave utilizadas de forma combinada, em uma busca do tipo booleana, priorizando-se os textos mais recentes sobre o tema. São descritas experiências brasileiras, ocorridas a partir do ano de 2013, as quais envolvem a utilização de sistemas tecnológicos avançados de comunicação e informação com o intuito de prevenir ou reprimir os delitos em questão. Finalmente, apresenta-se uma breve análise dos resultados e dos achados surgidos a partir dos casos estudados, chegando à conclusão de que, sem uma estratégia baseada em integração e coordenação das ações das instituições de segurança pública, que fundamente o uso da tecnologia, as ferramentas perdem boa parte de sua potência e de seus efeitos positivos.","PeriodicalId":251316,"journal":{"name":"Revista do Sistema Único de Segurança Pública","volume":"134 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128873805","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a6
Azor Lopes da Silva Júnior, Nair Bastos de Rezende Godinho, Marcello Martinez Hipólito, Valter Ribeiro da Silva
A pesquisa mapeia o processo de implantação do registro de termos circunstanciados de ocorrência (TCO), nas infrações penais de menor potencial ofensivo, pelas polícias militares do Brasil, com objetivo de identificar o percurso percorrido pelas pioneiras, o processo de implantação adotado por seus seguidores e identificar as corporações que não adotaram o procedimento ou retrocederam no processo de sua implantação. Demonstra-se as dificuldades enfrentadas e os desafios recentes no processo de implantação do projeto nas unidades federativas do país. Discute-se os debates atuais de operacionalização do procedimento, buscando-se soluções em nível nacional. O método adotado foi o dedutivo. A metodologia de coleta de dados partiu de pesquisa exploratória quali-quantitativa, na forma de estudo de casos, sob a plataforma “Google Forms”, a partir de questionário dirigido a representantes das 27 polícias militares do país, sondando dados da implantação, do sistema de registro e da normatização corporativa. A análise dos dados permitiu concluir que, em alguns estados, a implantação se acha bem avançada, enquanto insipiente noutros.
{"title":"MAPEAMENTO DA GESTÃO DO TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA NAS POLÍCIAS MILITARES DO BRASIL","authors":"Azor Lopes da Silva Júnior, Nair Bastos de Rezende Godinho, Marcello Martinez Hipólito, Valter Ribeiro da Silva","doi":"10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a6","DOIUrl":"https://doi.org/10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a6","url":null,"abstract":"A pesquisa mapeia o processo de implantação do registro de termos circunstanciados de ocorrência (TCO), nas infrações penais de menor potencial ofensivo, pelas polícias militares do Brasil, com objetivo de identificar o percurso percorrido pelas pioneiras, o processo de implantação adotado por seus seguidores e identificar as corporações que não adotaram o procedimento ou retrocederam no processo de sua implantação. Demonstra-se as dificuldades enfrentadas e os desafios recentes no processo de implantação do projeto nas unidades federativas do país. Discute-se os debates atuais de operacionalização do procedimento, buscando-se soluções em nível nacional. O método adotado foi o dedutivo. A metodologia de coleta de dados partiu de pesquisa exploratória quali-quantitativa, na forma de estudo de casos, sob a plataforma “Google Forms”, a partir de questionário dirigido a representantes das 27 polícias militares do país, sondando dados da implantação, do sistema de registro e da normatização corporativa. A análise dos dados permitiu concluir que, em alguns estados, a implantação se acha bem avançada, enquanto insipiente noutros.","PeriodicalId":251316,"journal":{"name":"Revista do Sistema Único de Segurança Pública","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116251448","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-05DOI: 10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a5
Fábio Gomes de França
O artigo demonstra, por meio de uma pesquisa teórico-bibliográfica, uma perspectiva histórica sobre como teria se desenvolvido o uso do símbolo da faca na caveira entre as tropas de operações especiais de Polícias Militares no Brasil. Para tanto, recorremos a fontes teóricas que discorrem sobre o surgimento do uso do símbolo da caveira com ossos cruzados desde o século XVII e como esse uso se desdobrou passando pelo período hitlerista na Alemanha até chegar ao Brasil, sendo utilizado por boa parte das Polícias Militares entre seus integrantes das tropas de operações especiais com o acréscimo de uma adaga encravada no crânio. Oobjetivo foi reconstruir esse contexto histórico para termos conhecimento sobre como se constituiu esse “mito moderno” acerca do símbolo da faca na caveira, dada a importância que ele adquiriu para os policiais militares que compõem os Batalhões de Operações Policiais Especiais (BOPE) em muitos estados brasileiros.
{"title":"“É FACA NA CAVEIRA”: A IDENTIDADE SIMBÓLICA DE TROPAS DE OPERAÇÕES POLICIAIS ESPECIAIS NO BRASIL","authors":"Fábio Gomes de França","doi":"10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a5","DOIUrl":"https://doi.org/10.56081/2763-9940/revsusp.v1i2.a5","url":null,"abstract":"O artigo demonstra, por meio de uma pesquisa teórico-bibliográfica, uma perspectiva histórica sobre como teria se desenvolvido o uso do símbolo da faca na caveira entre as tropas de operações especiais de Polícias Militares no Brasil. Para tanto, recorremos a fontes teóricas que discorrem sobre o surgimento do uso do símbolo da caveira com ossos cruzados desde o século XVII e como esse uso se desdobrou passando pelo período hitlerista na Alemanha até chegar ao Brasil, sendo utilizado por boa parte das Polícias Militares entre seus integrantes das tropas de operações especiais com o acréscimo de uma adaga encravada no crânio. Oobjetivo foi reconstruir esse contexto histórico para termos conhecimento sobre como se constituiu esse “mito moderno” acerca do símbolo da faca na caveira, dada a importância que ele adquiriu para os policiais militares que compõem os Batalhões de Operações Policiais Especiais (BOPE) em muitos estados brasileiros.","PeriodicalId":251316,"journal":{"name":"Revista do Sistema Único de Segurança Pública","volume":"42 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123998309","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}