Pub Date : 2022-10-31DOI: 10.29146/ecops.v25i2.27662
Edson Pereira da Costa Júnior
A proposta deste ensaio é analisar a significação da noite como espaço-tempo social em filmes brasileiros realizados ao final da década de 2010. Para além da expressividade e simbologia negativas da treva, costumeiras na iconografia do cinema, busca-se investigar de que modo a noite articula-se a questões políticas. O enfoque recai sobre a sujeição da experiência social do trabalhador aos períodos diurno e noturno, em Arábia (Affonso Uchôa e João Dumans, 2017), o papel da escuridão num testemunho de violência policial, em Sete anos em maio (Affonso Uchôa, 2019), e o lugar da noite no contexto de militância, em Conte isso àqueles que dizem que fomos derrotados (Pedro Maia de Brito, Cristiano Araújo, Camila Bastos, Aiano Bemfica, 2018). A análise privilegia o entendimento político das obras a partir de suas invenções formais, notadamente na narrativa e na plasticidade da imagem.
{"title":"A política e as noites no cinema brasileiro recente","authors":"Edson Pereira da Costa Júnior","doi":"10.29146/ecops.v25i2.27662","DOIUrl":"https://doi.org/10.29146/ecops.v25i2.27662","url":null,"abstract":"A proposta deste ensaio é analisar a significação da noite como espaço-tempo social em filmes brasileiros realizados ao final da década de 2010. Para além da expressividade e simbologia negativas da treva, costumeiras na iconografia do cinema, busca-se investigar de que modo a noite articula-se a questões políticas. O enfoque recai sobre a sujeição da experiência social do trabalhador aos períodos diurno e noturno, em Arábia (Affonso Uchôa e João Dumans, 2017), o papel da escuridão num testemunho de violência policial, em Sete anos em maio (Affonso Uchôa, 2019), e o lugar da noite no contexto de militância, em Conte isso àqueles que dizem que fomos derrotados (Pedro Maia de Brito, Cristiano Araújo, Camila Bastos, Aiano Bemfica, 2018). A análise privilegia o entendimento político das obras a partir de suas invenções formais, notadamente na narrativa e na plasticidade da imagem.","PeriodicalId":286404,"journal":{"name":"Revista ECO-Pós","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124900602","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-31DOI: 10.29146/ecops.v25i2.27959
Luiz Fernando Wlian
Resenha de História das emoções, volume 2 – das Luzes até o final do século XIX, sob a direção de Alain Corbin; Jean-Jacques Courtine; Georges Vigarello (Petrópolis/ RJ: Vozes, 2020). O volume 2 de um conjunto de três tomos, reúne textos de diversos pesquisadores, majoritariamente franceses, que investigam a história das emoções de período que vai do século das Luzes ao fim do séc. XIX, tendo a Revolução Francesa e as emoções políticas como importante epicentro.
{"title":"A alma sensível e as emoções políticas","authors":"Luiz Fernando Wlian","doi":"10.29146/ecops.v25i2.27959","DOIUrl":"https://doi.org/10.29146/ecops.v25i2.27959","url":null,"abstract":"Resenha de História das emoções, volume 2 – das Luzes até o final do século XIX, sob a direção de Alain Corbin; Jean-Jacques Courtine; Georges Vigarello (Petrópolis/ RJ: Vozes, 2020). O volume 2 de um conjunto de três tomos, reúne textos de diversos pesquisadores, majoritariamente franceses, que investigam a história das emoções de período que vai do século das Luzes ao fim do séc. XIX, tendo a Revolução Francesa e as emoções políticas como importante epicentro.","PeriodicalId":286404,"journal":{"name":"Revista ECO-Pós","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123661709","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-31DOI: 10.29146/ecops.v25i2.27939
Luis Maffei
Resenha do primeiro volume do livro História das emoções: da Antiguidade às Luzes, sob a direção de Alain Corbin, Jean-Jacques Courtine, Georges Vigarello (Petrópolis/ RJ: Vozes, 2020). O volume, primeiro da série de três, reúne textos de vários pesquisadores, majoritariamente, mas não apenas, da França, e abrange a investigação das emoções enquanto afetos e paixões ao longo de vários séculos da cultura ocidental, propondo leituras localizadas cronologicamente, mas que apresentam vários pontos de contato.
{"title":"emoções têm história","authors":"Luis Maffei","doi":"10.29146/ecops.v25i2.27939","DOIUrl":"https://doi.org/10.29146/ecops.v25i2.27939","url":null,"abstract":"Resenha do primeiro volume do livro História das emoções: da Antiguidade às Luzes, sob a direção de Alain Corbin, Jean-Jacques Courtine, Georges Vigarello (Petrópolis/ RJ: Vozes, 2020). O volume, primeiro da série de três, reúne textos de vários pesquisadores, majoritariamente, mas não apenas, da França, e abrange a investigação das emoções enquanto afetos e paixões ao longo de vários séculos da cultura ocidental, propondo leituras localizadas cronologicamente, mas que apresentam vários pontos de contato.\u0000 ","PeriodicalId":286404,"journal":{"name":"Revista ECO-Pós","volume":"27 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121360219","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-31DOI: 10.29146/ecops.v25i2.27904
Cristiane Costa, Maria Luise Brey, Luana Neves Azevedo
É possível reler a Guerra de Canudos como fruto de uma teoria da conspiração? A partir dos indícios revelados por uma série de sete artigos publicados por dois militares no jornal O Paiz em 1897, os irmãos Moraes Rego, este estudo se propõe a reconstituir em detalhes como se levantou a suspeita de que Antonio Conselheiro fazia parte de um grande complô internacional para restaurar a monarquia no Brasil. E, assim, discutir o papel da imprensa e do jornalista e escritor Euclides da Cunha na divulgação de notícias falsas que acabariam colocando a opinião pública do país contra Canudos.
{"title":"Anatomia de uma teoria da conspiração","authors":"Cristiane Costa, Maria Luise Brey, Luana Neves Azevedo","doi":"10.29146/ecops.v25i2.27904","DOIUrl":"https://doi.org/10.29146/ecops.v25i2.27904","url":null,"abstract":"É possível reler a Guerra de Canudos como fruto de uma teoria da conspiração? A partir dos indícios revelados por uma série de sete artigos publicados por dois militares no jornal O Paiz em 1897, os irmãos Moraes Rego, este estudo se propõe a reconstituir em detalhes como se levantou a suspeita de que Antonio Conselheiro fazia parte de um grande complô internacional para restaurar a monarquia no Brasil. E, assim, discutir o papel da imprensa e do jornalista e escritor Euclides da Cunha na divulgação de notícias falsas que acabariam colocando a opinião pública do país contra Canudos.\u0000 ","PeriodicalId":286404,"journal":{"name":"Revista ECO-Pós","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121035564","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-31DOI: 10.29146/ecops.v25i2.27905
Caio Dayrell Santos, Marco Aurélio Máximo Prado, Luiza Saldanha Marinho Quental de Almeida
Lavra é um documentário híbrido que tanto mapea os diferentes danos da atividade minerária em Minas Gerais quanto narra o processo de luto de uma personagem fictícia frente a morte de um Rio. Instigado pela ruptura da Barragem do Fundão em Novembro de 2015, o longa-metragem executa uma cartografia psicoterrática da catástrofe, descrevendo as transformações no território ocupado pelo extrativismo tanto a partir dos impactos ambientais e dos mudanças no próprio relevo da região, mas também a partir dos desejos e das subjetividades das pessoas que ali habitam. Nesse processo de elaborar o sofrimento, Lavra performa um luto ecológico em que a própria categoria de atingido se vê constantemente revisada e ampliada para abarcar a própria narradora que se vê engajada com as comunidades e paisagens que visita.
{"title":"Construção Subjetiva do Atingido pela Mineração","authors":"Caio Dayrell Santos, Marco Aurélio Máximo Prado, Luiza Saldanha Marinho Quental de Almeida","doi":"10.29146/ecops.v25i2.27905","DOIUrl":"https://doi.org/10.29146/ecops.v25i2.27905","url":null,"abstract":"Lavra é um documentário híbrido que tanto mapea os diferentes danos da atividade minerária em Minas Gerais quanto narra o processo de luto de uma personagem fictícia frente a morte de um Rio. Instigado pela ruptura da Barragem do Fundão em Novembro de 2015, o longa-metragem executa uma cartografia psicoterrática da catástrofe, descrevendo as transformações no território ocupado pelo extrativismo tanto a partir dos impactos ambientais e dos mudanças no próprio relevo da região, mas também a partir dos desejos e das subjetividades das pessoas que ali habitam. Nesse processo de elaborar o sofrimento, Lavra performa um luto ecológico em que a própria categoria de atingido se vê constantemente revisada e ampliada para abarcar a própria narradora que se vê engajada com as comunidades e paisagens que visita.","PeriodicalId":286404,"journal":{"name":"Revista ECO-Pós","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126168761","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-31DOI: 10.29146/ecops.v25i2.27892
P. Dibai, E. D'Almonte
O artigo discute a interconexão de emoções na comunicação dos apoiadores de Bolsonaro, hospedados em uma comunidade digital na plataforma Telegram. Após dois anos de observação, sustentamos que os afetos, intensamente explorados neste estudo, produzem uma comunicação polarizada ancorada em blocos retóricos complementares e concomitantes de amor ao líder e ódio aos oponentes. Nesse sentido, propomos duas tipologias de culto à liderança: 1) Bolsonaro como maior que a democracia e 2) Bolsonaro como mais importante que os fatos. Defendemos que o bolsonarismo adota uma extensa e diversificada rede de inimigos além da esquerda. Sugerimos que a presença de afetos negativos não é o que torna o “bolsonarismo” potencialmente antidemocrático. O que afeta negativamente a democracia é como esses sentimentos constroem uma política de segregação e destituição do outro, promovendo a restrição democrática, não a expansão.
{"title":"A militância bolsonarista em redes online:","authors":"P. Dibai, E. D'Almonte","doi":"10.29146/ecops.v25i2.27892","DOIUrl":"https://doi.org/10.29146/ecops.v25i2.27892","url":null,"abstract":"O artigo discute a interconexão de emoções na comunicação dos apoiadores de Bolsonaro, hospedados em uma comunidade digital na plataforma Telegram. Após dois anos de observação, sustentamos que os afetos, intensamente explorados neste estudo, produzem uma comunicação polarizada ancorada em blocos retóricos complementares e concomitantes de amor ao líder e ódio aos oponentes. Nesse sentido, propomos duas tipologias de culto à liderança: 1) Bolsonaro como maior que a democracia e 2) Bolsonaro como mais importante que os fatos. Defendemos que o bolsonarismo adota uma extensa e diversificada rede de inimigos além da esquerda. Sugerimos que a presença de afetos negativos não é o que torna o “bolsonarismo” potencialmente antidemocrático. O que afeta negativamente a democracia é como esses sentimentos constroem uma política de segregação e destituição do outro, promovendo a restrição democrática, não a expansão.","PeriodicalId":286404,"journal":{"name":"Revista ECO-Pós","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125936425","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-31DOI: 10.29146/ecops.v25i2.27893
Márcia Amaral, Juliana Motta, Elise Souza
Analisamos como o sofrimento é narrado nas primeiras 24 horas da cobertura de oito telejornais da Rede Globo nos rompimentos das barragens de rejeitos de mineração em Mariana (2015) e Brumadinho (2019) em Minas Gerais. Refletimos sobre o processo de comoção pública durante os desastres, constituído de várias camadas e fases de atenção, com ênfase nos testemunhos da destruição, da urgência e do sofrimento. Ao pesquisar um acontecimento em relação ao outro, há similaridades como a designação e caracterização, o uso de imagens da destruição e de vídeos amadores e algumas formas de ilustração do sofrimento via testemunhos. A cobertura do acontecimento de Brumadinho traz diferenciais em função da recorrência do desastre e de sua dimensão em perdas humanas.
{"title":"Comoção Pública e os testemunhos da destruição, da urgência e do sofrimento","authors":"Márcia Amaral, Juliana Motta, Elise Souza","doi":"10.29146/ecops.v25i2.27893","DOIUrl":"https://doi.org/10.29146/ecops.v25i2.27893","url":null,"abstract":"Analisamos como o sofrimento é narrado nas primeiras 24 horas da cobertura de oito telejornais da Rede Globo nos rompimentos das barragens de rejeitos de mineração em Mariana (2015) e Brumadinho (2019) em Minas Gerais. Refletimos sobre o processo de comoção pública durante os desastres, constituído de várias camadas e fases de atenção, com ênfase nos testemunhos da destruição, da urgência e do sofrimento. Ao pesquisar um acontecimento em relação ao outro, há similaridades como a designação e caracterização, o uso de imagens da destruição e de vídeos amadores e algumas formas de ilustração do sofrimento via testemunhos. A cobertura do acontecimento de Brumadinho traz diferenciais em função da recorrência do desastre e de sua dimensão em perdas humanas.","PeriodicalId":286404,"journal":{"name":"Revista ECO-Pós","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131327324","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-31DOI: 10.29146/ecops.v25i2.27757
Luis Felipe Silveira de Abreu, André Corrêa da Silva de Araujo
O artigo discute o romance House of Leaves, de Mark Z. Danielewski e a noção de apropriação por ela movimentada. Ao observar as distintas cadeias de roubo e desapropriação presentes na trama do livro, consideramos que ele propõe uma dramatização dos processos de tomada de posse no ato de escrever. Para estudá-la, constituímos um percurso de leitura a partir do romance, em conjunção à noção de apropriação elaborada na filosofia de Jacques Derrida. A observação do conceito próprio a House of Leaves parte desse entrecruzamento, a partir de pesquisa bibliográfica, para realizar uma investigação dos níveis de apropriação presentes na trama do romance, bem como os diferentes modos de registro destas. Concluímos que todo gesto apropriacionista é uma espécie de inventário de posses (pregressas, presentes e futuras), e procedemos a uma descrição e a uma problematização dos inventários presentes em House of Leaves.
{"title":"Inventários de Objetos Impossíveis","authors":"Luis Felipe Silveira de Abreu, André Corrêa da Silva de Araujo","doi":"10.29146/ecops.v25i2.27757","DOIUrl":"https://doi.org/10.29146/ecops.v25i2.27757","url":null,"abstract":"O artigo discute o romance House of Leaves, de Mark Z. Danielewski e a noção de apropriação por ela movimentada. Ao observar as distintas cadeias de roubo e desapropriação presentes na trama do livro, consideramos que ele propõe uma dramatização dos processos de tomada de posse no ato de escrever. Para estudá-la, constituímos um percurso de leitura a partir do romance, em conjunção à noção de apropriação elaborada na filosofia de Jacques Derrida. A observação do conceito próprio a House of Leaves parte desse entrecruzamento, a partir de pesquisa bibliográfica, para realizar uma investigação dos níveis de apropriação presentes na trama do romance, bem como os diferentes modos de registro destas. Concluímos que todo gesto apropriacionista é uma espécie de inventário de posses (pregressas, presentes e futuras), e procedemos a uma descrição e a uma problematização dos inventários presentes em House of Leaves.","PeriodicalId":286404,"journal":{"name":"Revista ECO-Pós","volume":"59 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115779192","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-31DOI: 10.29146/ecops.v25i2.27928
Chloé Leurquin
O livro La Fabrique des émotions, de autoria de Louis Quéré (Paris, Presses Universitaires de France, 2021) apresenta uma reflexão teórica na perspectiva da Filosofia e das Ciências Humanas e Sociais (Psicologia, História, Antropologia e Sociologia) sobre a natureza e as formas de emoção, e também sobre o que ela realiza na experiência humana. Discute a emoção na perspectiva individual e coletiva, mas a ênfase é dada à segunda. Analisa o fenômeno emoções coletivas com dados de situações de alegria, histeria e tristeza. Com o conceito e evolução do termo ressentimento, analisa emoções no âmbito da política. O livro pode contribuir no aprofundamento das discussões desenvolvidas por estudantes, pesquisadores e demais interessados pelo tema.
{"title":"La fabrique des émotions:","authors":"Chloé Leurquin","doi":"10.29146/ecops.v25i2.27928","DOIUrl":"https://doi.org/10.29146/ecops.v25i2.27928","url":null,"abstract":"O livro La Fabrique des émotions, de autoria de Louis Quéré (Paris, Presses Universitaires de France, 2021) apresenta uma reflexão teórica na perspectiva da Filosofia e das Ciências Humanas e Sociais (Psicologia, História, Antropologia e Sociologia) sobre a natureza e as formas de emoção, e também sobre o que ela realiza na experiência humana. Discute a emoção na perspectiva individual e coletiva, mas a ênfase é dada à segunda. Analisa o fenômeno emoções coletivas com dados de situações de alegria, histeria e tristeza. Com o conceito e evolução do termo ressentimento, analisa emoções no âmbito da política. O livro pode contribuir no aprofundamento das discussões desenvolvidas por estudantes, pesquisadores e demais interessados pelo tema.","PeriodicalId":286404,"journal":{"name":"Revista ECO-Pós","volume":"111 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133663426","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-31DOI: 10.29146/ecops.v25i2.27743
Carlos Eduardo Rebello de Mendonça
Este texto busca, através de um exercício memorialístico, analisar alguns textos do jornalista/enfant terrible Paulo Francis (1930-1997) como expressão da cisão entre Nação e Povo no discurso político dos intelectuais ligados ao projeto populista no Brasil e na América Latina.
{"title":"Ontem sobre o qual me inclino","authors":"Carlos Eduardo Rebello de Mendonça","doi":"10.29146/ecops.v25i2.27743","DOIUrl":"https://doi.org/10.29146/ecops.v25i2.27743","url":null,"abstract":"Este texto busca, através de um exercício memorialístico, analisar alguns textos do jornalista/enfant terrible Paulo Francis (1930-1997) como expressão da cisão entre Nação e Povo no discurso político dos intelectuais ligados ao projeto populista no Brasil e na América Latina.\u0000 ","PeriodicalId":286404,"journal":{"name":"Revista ECO-Pós","volume":"21 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127650053","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}