O objetivo deste artigo foi analisar a dívida externa brasileira a partir dos anos 2000, com foco na vulnerabilidade externa, custos e sustentabilidade. Realizou-se revisão da literatura sobre o tema e fez-se levantamento de dados secundários a partir das estatísticas do Banco Central do Brasil. Foram analisadas variáveis como o investimento internacional líquido, taxa de juros dos títulos públicos, taxa de câmbio, dívida líquida do setor público e custo real da dívida não-monetária. Os resultados mostram que houve redução da vulnerabilidade externa por conta do acúmulo de reservas em moeda estrangeira e pela substituição da dívida pública externa pela interna. Contudo, permanece a condição de vulnerabilidade externa estrutural, em função da necessidade de atração de capital estrangeiro para o equilíbrio no balanço de pagamentos e, por conseguinte, do círculo vicioso gerado entre a política monetária, o resultado fiscal e a redução do crescimento econômico. Houve deterioração da posição de investimento internacional do Brasil, principalmente a partir de 2015, com a desvalorização cambial, o que implica uma elevação dos riscos associados à dívida externa.
{"title":"Uma análise da dívida externa brasileira a partir dos anos 2000","authors":"Ricardo Lobato Torres, Carolina Silvestri Cândido, Adriana Ripka","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.90","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.90","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo foi analisar a dívida externa brasileira a partir dos anos 2000, com foco na vulnerabilidade externa, custos e sustentabilidade. Realizou-se revisão da literatura sobre o tema e fez-se levantamento de dados secundários a partir das estatísticas do Banco Central do Brasil. Foram analisadas variáveis como o investimento internacional líquido, taxa de juros dos títulos públicos, taxa de câmbio, dívida líquida do setor público e custo real da dívida não-monetária. Os resultados mostram que houve redução da vulnerabilidade externa por conta do acúmulo de reservas em moeda estrangeira e pela substituição da dívida pública externa pela interna. Contudo, permanece a condição de vulnerabilidade externa estrutural, em função da necessidade de atração de capital estrangeiro para o equilíbrio no balanço de pagamentos e, por conseguinte, do círculo vicioso gerado entre a política monetária, o resultado fiscal e a redução do crescimento econômico. Houve deterioração da posição de investimento internacional do Brasil, principalmente a partir de 2015, com a desvalorização cambial, o que implica uma elevação dos riscos associados à dívida externa.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114746621","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-07DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.87
Mohamed Amal, Glaucia Grellmann, Julia Baranova
Neste estudo, procuramos focar na discussão do modelo de multinacionalidade gradual a partir da análise da empresa catarinense WEG, por apresentar evidências sobre diferentes trajetórias e modelos de internacionalização. A multinacionalidade das empresas de economias emergentes parece ser sensível ao contexto global, mas reflete as condições da indústria e das instituições do país de origem. Isso significa que sua evolução reflete diferentes padrões em distintos ciclos. Durante as reformas e os ciclos das commodities, a expansão do IED refletiu tendência geral de expansão das empresas de economias em desenvolvimento; após a crise financeira global de 2008, apontou para um fenômeno de internacionalização acelerada, com a adoção de estratégias up-market (EUA e Europa) em busca de ativos estratégicos e de upgrading de seus modelos de negócio.
{"title":"Reflexões acerca da internacionalização de empresas multinacionais de Santa Catarina","authors":"Mohamed Amal, Glaucia Grellmann, Julia Baranova","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.87","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.87","url":null,"abstract":"Neste estudo, procuramos focar na discussão do modelo de multinacionalidade gradual a partir da análise da empresa catarinense WEG, por apresentar evidências sobre diferentes trajetórias e modelos de internacionalização. A multinacionalidade das empresas de economias emergentes parece ser sensível ao contexto global, mas reflete as condições da indústria e das instituições do país de origem. Isso significa que sua evolução reflete diferentes padrões em distintos ciclos. Durante as reformas e os ciclos das commodities, a expansão do IED refletiu tendência geral de expansão das empresas de economias em desenvolvimento; após a crise financeira global de 2008, apontou para um fenômeno de internacionalização acelerada, com a adoção de estratégias up-market (EUA e Europa) em busca de ativos estratégicos e de upgrading de seus modelos de negócio.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"26 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129140443","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-07DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.83
Hoyêdo Nunes Lins
A produção industrial envolvendo fluxos internacionais tem enfrentado choques na forma de guerras comerciais e crises sanitárias de grandes proporções. Os anos 2010 acusaram uma forte presença do primeiro fator, e desde o início de 2020 vive-se pandemia que atravessa todas as fronteiras: a COVID-19, impositiva de ações que afetaram os fluxos internacionais subjacentes à produção industrial. O artigo discute esses reflexos dessa crise em termos gerais e nas escalas do Brasil e de Santa Catarina. Observa-se que o primeiro semestre de 2020 abrigou o período mais agudo, mas que o grave problema da escassez de insumos industriais importados se prolongou e até cresceu, como em semicondutores, perenizando as adversidades para a indústria também em 2021. Discernir alternativas de fornecimento, talvez valorizando tecidos industriais domésticos, parece uma necessidade incontornável.
{"title":"Produção industrial sob a COVID-19 e as consequências da internacionalização produtiva:","authors":"Hoyêdo Nunes Lins","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.83","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.83","url":null,"abstract":"A produção industrial envolvendo fluxos internacionais tem enfrentado choques na forma de guerras comerciais e crises sanitárias de grandes proporções. Os anos 2010 acusaram uma forte presença do primeiro fator, e desde o início de 2020 vive-se pandemia que atravessa todas as fronteiras: a COVID-19, impositiva de ações que afetaram os fluxos internacionais subjacentes à produção industrial. O artigo discute esses reflexos dessa crise em termos gerais e nas escalas do Brasil e de Santa Catarina. Observa-se que o primeiro semestre de 2020 abrigou o período mais agudo, mas que o grave problema da escassez de insumos industriais importados se prolongou e até cresceu, como em semicondutores, perenizando as adversidades para a indústria também em 2021. Discernir alternativas de fornecimento, talvez valorizando tecidos industriais domésticos, parece uma necessidade incontornável.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"32 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123867903","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-07DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.85
Gustavo Bacciotti Candido, S. Cário, W. Shima
O propósito desse estudo é apresentar os resultados produtivos, padrão de concorrência e estratégias de mercado da indústria automobilística no Brasil. Os resultados apontaram que, em 2020, a indústria possuía 61 unidades fabris, pertencentes a 26 empresas multinacionais, concentrada nas regiões Sudeste (54,3%) e Sul (34,2%). A produção foi de 3 milhões de unidades, gerou cerca de 1,3 milhões de empregos diretos e indiretos e alcançou faturamento de US$ 60 bilhões, sendo 20% procedentes do exterior. A participação no PIB industrial foi de 18% e de 3% no PIB nacional. Posicionou o país como 9º. produtor e o 6º. mercado consumidor automobilístico mundial. As estratégias adotadas foram a interação com fornecedores, diferenciação produtiva, P&D, propaganda e marketing, revendedoras credenciadas e financiamento. No momento, investimentos estão sendo realizados no veículo elétrico, em substituição a combustão.
{"title":"A internacionalização da indústria automobilística brasileira:","authors":"Gustavo Bacciotti Candido, S. Cário, W. Shima","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.85","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.85","url":null,"abstract":"O propósito desse estudo é apresentar os resultados produtivos, padrão de concorrência e estratégias de mercado da indústria automobilística no Brasil. Os resultados apontaram que, em 2020, a indústria possuía 61 unidades fabris, pertencentes a 26 empresas multinacionais, concentrada nas regiões Sudeste (54,3%) e Sul (34,2%). A produção foi de 3 milhões de unidades, gerou cerca de 1,3 milhões de empregos diretos e indiretos e alcançou faturamento de US$ 60 bilhões, sendo 20% procedentes do exterior. A participação no PIB industrial foi de 18% e de 3% no PIB nacional. Posicionou o país como 9º. produtor e o 6º. mercado consumidor automobilístico mundial. As estratégias adotadas foram a interação com fornecedores, diferenciação produtiva, P&D, propaganda e marketing, revendedoras credenciadas e financiamento. No momento, investimentos estão sendo realizados no veículo elétrico, em substituição a combustão.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116629643","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-09-07DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.88
Lucas Corrêa, Matheus Rissa Peroni Ribeiro, Daniele De Fátima Amorim Silva, Rogério Gomes
Este artigo examina as atividades de P&D interna realizadas pelas empresas multinacionais (EMN) estabelecidas no Brasil entre os anos e 2008 e 2017. Esboça-se uma proposta de arcabouço analítico para examinar o IDE em produção e em atividades tecnológicas e confronta com (i) os influxos de IDE entre 2006 e 2020, (ii) as atividades de P&D interna publicadas PINTEC e (iii) a tabulação especial disponibilizada pelo IBGE por origem do capital (de 2008 a 2017). Os resultados apontam para uma maior internacionalização da economia brasileira, com reversão de tendência no último triênio, aliado a uma progressiva redução dos valores absolutos e relativos nos dispêndios pelas empresas multinacionais em atividades de P&D interno nos setores de maior intensidade tecnológica. As evidências sugerem uma tendência de perda de dinamismo na P&D realizadas por empresas multinacionais no Brasil.
{"title":"Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em Empresas Multinacionais no Brasil","authors":"Lucas Corrêa, Matheus Rissa Peroni Ribeiro, Daniele De Fátima Amorim Silva, Rogério Gomes","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.88","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v4.n1.88","url":null,"abstract":"Este artigo examina as atividades de P&D interna realizadas pelas empresas multinacionais (EMN) estabelecidas no Brasil entre os anos e 2008 e 2017. Esboça-se uma proposta de arcabouço analítico para examinar o IDE em produção e em atividades tecnológicas e confronta com (i) os influxos de IDE entre 2006 e 2020, (ii) as atividades de P&D interna publicadas PINTEC e (iii) a tabulação especial disponibilizada pelo IBGE por origem do capital (de 2008 a 2017). Os resultados apontam para uma maior internacionalização da economia brasileira, com reversão de tendência no último triênio, aliado a uma progressiva redução dos valores absolutos e relativos nos dispêndios pelas empresas multinacionais em atividades de P&D interno nos setores de maior intensidade tecnológica. As evidências sugerem uma tendência de perda de dinamismo na P&D realizadas por empresas multinacionais no Brasil.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-07","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131322991","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-14DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v3.n2.74
S. Cário, Alcides Goulart Filho
Com imenso prazer que a Associação dos Pesquisadores em Economia Catarinense (APEC) faz homenagem aos 100 anos de Celso Furtado, considerado um dos maiores pensadores das economias latino-americana e brasileira. Sua vasta obra, expressa em mais de três dezenas de livros, sendo alguns traduzidos em diversos idiomas, influenciou e continua a influenciar gerações de economistas e estudiosos das áreas de ciências sociais e políticas. Nessa homenagem, os diretores da APEC demonstram através da elaboração de oito artigos a riqueza de sua contribuição acadêmica, que permanece ativa e presente e serve de base para as pessoas buscarem explicações, para as razões do atraso do desenvolvimento que cerca a economia brasileira. O primeiro artigo, “Celso Furtado e a formação de economistas”, de autoria de Dimas de Oliveira Estevam tem como objetivo, demonstrar a preocupação de Furtado com a formação dessa profissão. Recorre, em termos metodológicos, a suas obras bem como de outros autores que tratam dessa temática. Dentre os principais resultados ressalta que a formação do economista não deve ser padronizada para todos os países e válidas para todos os tempos. Demonstra que a estrutura de ensino deve formar economistas comprometidos com os problemas nacionais e adequado e adaptado à realidade brasileira. Assim como, diante das transformações econômicas, sociais, ambientais que se processam na sociedade, a formação do economista deve relacionar com outras áreas de conhecimento, no propósito de contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade menos desigual, mais justa e sustentável. O segundo artigo, “Celso Furtado e a integração econômica: uma nota”, de responsabilidade de Hoyedo Nunes Lins apresenta como proposta, discutir a percepção de Furtado sobre a integração econômica supranacional e explorar seus aspectos contemporâneos no tocante ao Cone Sul. Utiliza-se, portanto, referências bibliográficas de autoria de Furtado, de relatórios da CEPAL e de outros pesquisadores ligados a esse tema. Os resultados apontam a preocupação furtadiana com a desigualdade na distribuição dos efeitos da integração. Diante desse quadro, defende a criação de um sistema econômico regional no propósito fortalecer as atividades produtivas, além da liberalização das trocas. Assim como, chama atenção para ações planejadas do Estado na formulação e execução de políticas no tratamento da integração econômica. O terceiro artigo “Subsídios para aquilatar a contribuição de Celso Furtado para o campo do desenvolvimento regional” de autoria de Luis Cláudio Krajevski, Tatiane Thaís Lasta, Daniel Rodrigo Strelow, Diego Boehlke Vargas e Ivo Marcos Theis tem como propósito, discutir a contribuição de Celso Furtado no desenvolvimento econômico regional. Em termos metodológicos, os autores recorrem a suas obras representativas e de estudos de outros autores que tratam dessa temática. Os resultados demonstram a preocupação de Furtado com os desequilíbrios regionais em um país periférico, como o
结果表明,费塔朵的依赖是文化上的,源于对中心国家价值观和意识形态的模仿;而对卡多索来说,由于国家政治和经济精英与外国之间建立的联系,依赖具有政治性质;对马里尼来说,依赖源于帝国主义资本主义国家在经济上剥削和挪用外围国家创造的财富的方式。第六篇文章“欠发达和技术依赖:塞尔索·费塔多的现状”,作者是Tatiane Ap. Viega Vargas和Anielle goncalves de Oliveira,旨在重新阅读费塔多的两部作品:经济发展的政治理论和全球资本主义。从这些作品中,作者关注了标志着欠发达和技术依赖的方面,并使用了巴西贸易平衡的数据。研究结果表明,费塔多通过历史进程来论证资本主义中欠发达是如何表现出来的。此外,它还显示了技术依赖,通过外部购买机器和设备以及通过出口低附加值产品获得的收益来证明。七分之一的文章“国际化,非工业化早期的最新发展同步的朵”的Rossandra·马舍尔里斯Gondin Bitencourt和盲目乐观的前景,目的就是发展速度,能否你最近在巴西与早期非工业化的过程。因此,它使用从公共和私人机构获得的二手数据作为评估变量进口、出口、外国直接投资和固定资本形成总额行为的方法程序。结果表明,巴西对进口中高技术产品的强烈依赖远未实现技术自主,面临着激烈的去工业化进程。因此,它远没有克服费塔多在其大量作品中所强调的欠发达状况。最后,阿德里亚诺·德·阿玛兰特的第八篇文章《塞尔索·费塔多在寻找理解和提出拉丁美洲发展的最佳“结构”》试图提出费塔多关于经济和社会发展的主要观点。因此,它对他们的文本进行了书目救援,揭示了发展的定义和当前的想法。在主要结论中,强调了结构异质性。它面临着一种不平等的经济和社会结构的形成,在这种结构中,生产奢侈品、正式就业和高工资的现代部门与以边缘、非正式活动、就业不足和低工资为特征的落后部门共存。它还得出结论,面对这种双重经济,很大一部分人口没有享受到社会少数人所享有的进步的好处。我们祝大家阅读愉快。
{"title":"Apresentação","authors":"S. Cário, Alcides Goulart Filho","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v3.n2.74","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v3.n2.74","url":null,"abstract":"Com imenso prazer que a Associação dos Pesquisadores em Economia Catarinense (APEC) faz homenagem aos 100 anos de Celso Furtado, considerado um dos maiores pensadores das economias latino-americana e brasileira. Sua vasta obra, expressa em mais de três dezenas de livros, sendo alguns traduzidos em diversos idiomas, influenciou e continua a influenciar gerações de economistas e estudiosos das áreas de ciências sociais e políticas. Nessa homenagem, os diretores da APEC demonstram através da elaboração de oito artigos a riqueza de sua contribuição acadêmica, que permanece ativa e presente e serve de base para as pessoas buscarem explicações, para as razões do atraso do desenvolvimento que cerca a economia brasileira. \u0000O primeiro artigo, “Celso Furtado e a formação de economistas”, de autoria de Dimas de Oliveira Estevam tem como objetivo, demonstrar a preocupação de Furtado com a formação dessa profissão. Recorre, em termos metodológicos, a suas obras bem como de outros autores que tratam dessa temática. Dentre os principais resultados ressalta que a formação do economista não deve ser padronizada para todos os países e válidas para todos os tempos. Demonstra que a estrutura de ensino deve formar economistas comprometidos com os problemas nacionais e adequado e adaptado à realidade brasileira. Assim como, diante das transformações econômicas, sociais, ambientais que se processam na sociedade, a formação do economista deve relacionar com outras áreas de conhecimento, no propósito de contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade menos desigual, mais justa e sustentável. \u0000O segundo artigo, “Celso Furtado e a integração econômica: uma nota”, de responsabilidade de Hoyedo Nunes Lins apresenta como proposta, discutir a percepção de Furtado sobre a integração econômica supranacional e explorar seus aspectos contemporâneos no tocante ao Cone Sul. Utiliza-se, portanto, referências bibliográficas de autoria de Furtado, de relatórios da CEPAL e de outros pesquisadores ligados a esse tema. Os resultados apontam a preocupação furtadiana com a desigualdade na distribuição dos efeitos da integração. Diante desse quadro, defende a criação de um sistema econômico regional no propósito fortalecer as atividades produtivas, além da liberalização das trocas. Assim como, chama atenção para ações planejadas do Estado na formulação e execução de políticas no tratamento da integração econômica. \u0000O terceiro artigo “Subsídios para aquilatar a contribuição de Celso Furtado para o campo do desenvolvimento regional” de autoria de Luis Cláudio Krajevski, Tatiane Thaís Lasta, Daniel Rodrigo Strelow, Diego Boehlke Vargas e Ivo Marcos Theis tem como propósito, discutir a contribuição de Celso Furtado no desenvolvimento econômico regional. Em termos metodológicos, os autores recorrem a suas obras representativas e de estudos de outros autores que tratam dessa temática. Os resultados demonstram a preocupação de Furtado com os desequilíbrios regionais em um país periférico, como o","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132875754","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-14DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v3.n2.77
I. Theis, Luis Claudio Krajevski, Tatiane Thaís Lasta, Daniel Rodrigo Strelow, Diego Boehlke Vargas
O objetivo do artigo é oferecer subsídios para dimensionar a contribuição de Celso Furtado à questão regional. Recorreu-se a algumas de suas obras representativas e estudos de outros autores que tratam da questão regional. Dentre os principais resultados estão que os desequilíbrios regionais em um país periférico, como o Brasil, tendem a se agravar na medida em que avançam as forças produtivas. Demonstrou que o território do país subdesenvolvido tende a se desarticular em regiões funcionais a uma inserção passiva da economia nacional, no sistema de divisão internacional do trabalho. A sua obra contribuiu para elucidar teórica e empiricamente a questão regional brasileira e apontar possibilidades concretas de sua superação.
{"title":"Subsídios para aquilatar a contribuição de Celso Furtado ao campo do desenvolvimento regional","authors":"I. Theis, Luis Claudio Krajevski, Tatiane Thaís Lasta, Daniel Rodrigo Strelow, Diego Boehlke Vargas","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v3.n2.77","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v3.n2.77","url":null,"abstract":"O objetivo do artigo é oferecer subsídios para dimensionar a contribuição de Celso Furtado à questão regional. Recorreu-se a algumas de suas obras representativas e estudos de outros autores que tratam da questão regional. Dentre os principais resultados estão que os desequilíbrios regionais em um país periférico, como o Brasil, tendem a se agravar na medida em que avançam as forças produtivas. Demonstrou que o território do país subdesenvolvido tende a se desarticular em regiões funcionais a uma inserção passiva da economia nacional, no sistema de divisão internacional do trabalho. A sua obra contribuiu para elucidar teórica e empiricamente a questão regional brasileira e apontar possibilidades concretas de sua superação.","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"79 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128938170","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-13DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v3.n2.66
Hoyêdo Nunes Lins
A integração econômica supranacional, formalizada em acordos ou tratados, não tem presença recorrente na obra de Celso Furtado. Contudo, principalmente no seu período de trabalho na CEPAL, em Santiago do Chile, o autor “vivenciou” o tema: nos anos 1950, cresceu nessa instituição a ideia de que integrar representava um importante passo para a industrialização e o desenvolvimento dos países latino-americanos. Pode-se dizer que esse ambiente inspirou os principais escritos de Furtado sobre a questão. Este artigo objetiva situar, apresentar e discutir a sua percepção sobre a integração, assim como explorá-la, em alguns de seus aspectos, numa breve abordagem sobre um processo contemporâneo desse tipo, referente ao Cone Sul. Observou-se, entre outras coisas, que o autor deu grande ênfase ao problema da distribuição dos efeitos da integração, assim como à atuação do Estado com vistas a lograr avanços nesse aspecto e a contribuir para promover, em decorrência, o desenvolvimento nos países participantes.
{"title":"Celso Furtado e a integração econômica","authors":"Hoyêdo Nunes Lins","doi":"10.54805/rce.2527-1180.v3.n2.66","DOIUrl":"https://doi.org/10.54805/rce.2527-1180.v3.n2.66","url":null,"abstract":"A integração econômica supranacional, formalizada em acordos ou tratados, não tem presença recorrente na obra de Celso Furtado. Contudo, principalmente no seu período de trabalho na CEPAL, em Santiago do Chile, o autor “vivenciou” o tema: nos anos 1950, cresceu nessa instituição a ideia de que integrar representava um importante passo para a industrialização e o desenvolvimento dos países latino-americanos. Pode-se dizer que esse ambiente inspirou os principais escritos de Furtado sobre a questão. Este artigo objetiva situar, apresentar e discutir a sua percepção sobre a integração, assim como explorá-la, em alguns de seus aspectos, numa breve abordagem sobre um processo contemporâneo desse tipo, referente ao Cone Sul. Observou-se, entre outras coisas, que o autor deu grande ênfase ao problema da distribuição dos efeitos da integração, assim como à atuação do Estado com vistas a lograr avanços nesse aspecto e a contribuir para promover, em decorrência, o desenvolvimento nos países participantes. ","PeriodicalId":309308,"journal":{"name":"Revista Catarinense de Economia","volume":"82 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-12-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126162657","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-12-13DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v3.n2.67
Tatiane A Viega Vargas, Anielle Gonçalves de Oliveira
Furtado foi um economista brasileiro que dedicou sua vida acadêmica às questões do desenvolvimento. Preocupava-se com a criatividade dos pesquisadores latino-americanos em pensar os projetos desenvolvimentistas com um olhar atento aos fenômenos históricos e estruturais, que são elementos fundamentais de análises para o Brasil. O objetivo deste artigo é fazer uma releitura das obras Teoria Política do Desenvolvimento Econômico (1986) e O Capitalismo Global (1998) escritas por Celso Furtado e em alguma medida comparar com os problemas apontados por ele e ainda não superados no Brasil. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica das obras elencadas. Na primeira obra, Teoria Política do Desenvolvimento Econômico, especial atenção foi dada a quarta parte do livro, intitulada O subdesenvolvimento. Parte-se de uma análise histórica do processo de desenvolvimento mundial, até chegar no subdesenvolvimento, finalizando com a análise da dependência tecnológica, onde as autoras fizeram uma breve relação com o comércio exterior brasileiro. Na segunda obra O Capitalismo Global, Furtado situa o recém iniciado processo de globalização, chamando atenção para aumento da dependência das relações centro-periferia, e consequente ampliação das desigualdades sociais.
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Pub Date : 2020-12-13DOI: 10.54805/rce.2527-1180.v3.n2.69
Adriano M. Amarante
Neste ensaio, expõe-se o modo de pensar e as principais noções apresentadas na produção literária de Celso Furtado sobre o Desenvolvimento Socioeconômico. Neste estudo exploratório-qualitativo, faz-se um resgate bibliográfico no tocante a obra de Furtado na tentativa de sistematizar e apresentar as principais ideias sobre o Desenvolvimento Econômico e Social. O principal resultado desta revisão experimental foi apresentar que as ideias e definições resgatadas dos textos de Furtado permanecem atuais e ainda presentes em nossa sociedade, a estrutura econômica e social desigual, a presença de um sistema capitalista dual em que convivem o subemprego em atividades informais e o trabalho formal e altamente qualificado e um sistema cultural com vícios de uma sociedade arcaica. O texto foi estruturado em 6 seções incluindo as considerações finais.
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