P. Costa, Amanda Figueiredo Falcomer Meneses, Antonio Ferreira da Silva Júnior, Débora Ferreira Couto Pinto, João Gabriel Carvalho Araújo Mello de Oliveira, Marília Batista Carvalho, Otto Leone Corrêa, Soraya Souza de Andrade, K. Mendes, T. M. Ronzani
O artigo objetivou identificar e analisar desafios e potencialidades no trabalho de psicólogas(os) nas políticas públicas brasileiras na conjuntura pandêmica. É um estudo exploratório-descritivo de abordagem mista. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário virtual com 123 psicólogas(os) que trabalhavam nas políticas públicas no país. A análise se deu a partir da extração de medidas de tendência central e pela Análise de Conteúdo temática, em um diálogo da psicologia com a tradição marxista. Os resultados apontaram para os efeitos deletérios objetivos e subjetivos do sucateamento das políticas às(aos) profissionais, bem como o tolhimento de suas práticas. Por outro lado, também apontaram algumas potencialidades que contradizem a si próprias(os) e à realidade. Fica a premência de responsabilização do Estado em fornecer melhores condições de trabalho e fortalecer as políticas públicas para o enfrentamento à pandemia, assim como a necessidade de reflexão e transformação da psicologia e sua práxis.
{"title":"Implicações da Pandemia para a Psicologia nas Políticas Públicas","authors":"P. Costa, Amanda Figueiredo Falcomer Meneses, Antonio Ferreira da Silva Júnior, Débora Ferreira Couto Pinto, João Gabriel Carvalho Araújo Mello de Oliveira, Marília Batista Carvalho, Otto Leone Corrêa, Soraya Souza de Andrade, K. Mendes, T. M. Ronzani","doi":"10.12957/epp.2023.75304","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/epp.2023.75304","url":null,"abstract":"O artigo objetivou identificar e analisar desafios e potencialidades no trabalho de psicólogas(os) nas políticas públicas brasileiras na conjuntura pandêmica. É um estudo exploratório-descritivo de abordagem mista. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário virtual com 123 psicólogas(os) que trabalhavam nas políticas públicas no país. A análise se deu a partir da extração de medidas de tendência central e pela Análise de Conteúdo temática, em um diálogo da psicologia com a tradição marxista. Os resultados apontaram para os efeitos deletérios objetivos e subjetivos do sucateamento das políticas às(aos) profissionais, bem como o tolhimento de suas práticas. Por outro lado, também apontaram algumas potencialidades que contradizem a si próprias(os) e à realidade. Fica a premência de responsabilização do Estado em fornecer melhores condições de trabalho e fortalecer as políticas públicas para o enfrentamento à pandemia, assim como a necessidade de reflexão e transformação da psicologia e sua práxis.","PeriodicalId":33275,"journal":{"name":"Estudos e Pesquisas em Psicologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43565882","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Catarina Gordiano Paes Henriques, E. Merçon-Vargas, E. M. Rosa
O objetivo deste estudo foi traçar um panorama das violências vivenciadas e temidas por estudantes no contexto universitário. Buscou-se descrever as frequências dessas violências, bem como a percepção dos alunos sobre suporte psicológico da Universidade e denúncia do agressor. Os dados foram obtidos por meio de questionário online e sistematizados com o auxílio do software SPSS (versão 2.3). Utilizou-se análises descritivas de frequência, média, desvio padrão, quartis e teste-t. Em geral, as médias de vivência de violência foram baixas, com maior incidência de violência emocional de professor e de colega; mulheres disseram ter sofrido mais violência em relação aos homens. As médias do medo foram altas, especialmente para mulheres, alunos mais jovens, com menor renda salarial e que relataram já ter sofrido algum tipo de violência na universidade. A universidade se mostrou um local onde parece ocorrer menos violência do que se teme. Estratégias de ação das universidades são necessárias para uma cultura solidária entre estudantes, professores e funcionários e para a oferta de suporte psicológico aos estudantes.
{"title":"Vivências de Violência e Percepção do Medo entre Estudantes Universitários","authors":"Catarina Gordiano Paes Henriques, E. Merçon-Vargas, E. M. Rosa","doi":"10.12957/epp.2023.75298","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/epp.2023.75298","url":null,"abstract":"O objetivo deste estudo foi traçar um panorama das violências vivenciadas e temidas por estudantes no contexto universitário. Buscou-se descrever as frequências dessas violências, bem como a percepção dos alunos sobre suporte psicológico da Universidade e denúncia do agressor. Os dados foram obtidos por meio de questionário online e sistematizados com o auxílio do software SPSS (versão 2.3). Utilizou-se análises descritivas de frequência, média, desvio padrão, quartis e teste-t. Em geral, as médias de vivência de violência foram baixas, com maior incidência de violência emocional de professor e de colega; mulheres disseram ter sofrido mais violência em relação aos homens. As médias do medo foram altas, especialmente para mulheres, alunos mais jovens, com menor renda salarial e que relataram já ter sofrido algum tipo de violência na universidade. A universidade se mostrou um local onde parece ocorrer menos violência do que se teme. Estratégias de ação das universidades são necessárias para uma cultura solidária entre estudantes, professores e funcionários e para a oferta de suporte psicológico aos estudantes.","PeriodicalId":33275,"journal":{"name":"Estudos e Pesquisas em Psicologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43606612","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A pré-escola é um contexto singular, no qual o professor deve incentivar e promover aprendizagens diversas em sua dinâmica pedagógica. Considerando essa necessidade, este estudo teve como objetivo geral avaliar as Habilidades Sociais Educativas de professoras de crianças pré-escolares com desenvolvimento típico, problemas de comportamento e deficiência, assim como, os objetivos específicos de caracterizar as Habilidades Sociais Educativas de professoras de crianças pré-escolares com desenvolvimento típico, problemas de comportamento e deficiência; e relacionar Habilidades Sociais Educativas dos professores com os problemas de comportamento e habilidades sociais das crianças. Participaram 31 professoras e 93 crianças com idades entre 4 e 6 anos. Para a coleta de dados foram utilizados 1) Escala de Comportamentos Sociais de Pré-escolares; 2) Inventário de Habilidades Sociais Educativas; 3) Questionário de Habilidades Sociais Educativas do professor da pré-escola. Os resultados sinalizaram que as professoras apresentaram índices mais elevados de Habilidades Sociais Educativas gerais do que de específicas em situações cotidianas da pré-escola. Houve relação positiva entre Habilidades Sociais Educativas das professoras e o repertório comportamental do grupo de crianças com desenvolvimento típico. A pesquisa concluiu que as professoras apresentavam bom repertório, mas que é necessário investimento em estudos acerca da ocorrência e força da relação entre as variáveis.
{"title":"Habilidades Sociais Educativas de Professoras e Relação com Comportamentos de Pré-Escolares","authors":"C. D. A. Guimarães, Carolina Pinto Leta da Costa","doi":"10.12957/epp.2023.75312","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/epp.2023.75312","url":null,"abstract":"A pré-escola é um contexto singular, no qual o professor deve incentivar e promover aprendizagens diversas em sua dinâmica pedagógica. Considerando essa necessidade, este estudo teve como objetivo geral avaliar as Habilidades Sociais Educativas de professoras de crianças pré-escolares com desenvolvimento típico, problemas de comportamento e deficiência, assim como, os objetivos específicos de caracterizar as Habilidades Sociais Educativas de professoras de crianças pré-escolares com desenvolvimento típico, problemas de comportamento e deficiência; e relacionar Habilidades Sociais Educativas dos professores com os problemas de comportamento e habilidades sociais das crianças. Participaram 31 professoras e 93 crianças com idades entre 4 e 6 anos. Para a coleta de dados foram utilizados 1) Escala de Comportamentos Sociais de Pré-escolares; 2) Inventário de Habilidades Sociais Educativas; 3) Questionário de Habilidades Sociais Educativas do professor da pré-escola. Os resultados sinalizaram que as professoras apresentaram índices mais elevados de Habilidades Sociais Educativas gerais do que de específicas em situações cotidianas da pré-escola. Houve relação positiva entre Habilidades Sociais Educativas das professoras e o repertório comportamental do grupo de crianças com desenvolvimento típico. A pesquisa concluiu que as professoras apresentavam bom repertório, mas que é necessário investimento em estudos acerca da ocorrência e força da relação entre as variáveis.","PeriodicalId":33275,"journal":{"name":"Estudos e Pesquisas em Psicologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44014278","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O artigo trata da censura na arte brasileira contemporânea que, desde 2016, com o encerramento da exposição Queermuseu, marcou o retorno de um tipo de ato censório (pós-censura) que difere da censura praticada desde a redemocratização. Para tal, apresentamos um retorno até as formas da censura institucionalizada na Ditadura Militar (censura clássica) e sua dissolução na cultura. Com apoio em trechos de algumas entrevistas que realizamos em nosso campo empírico, a articulação teórica é feita entre os campos da estética, da política e da psicanálise, com apoio principal nas teorias de Michel Foucault, Jacques Rancière e Sigmund Freud. Argumentamos que a censura expõe de forma inequívoca o fato de que a criação responde às transformações no campo político que, por sua vez, geram novas formas artísticas. Conclui-se que a prinicipal marca da pós-censura é a imprecisão da figura do censor e que, tanto num como noutro contexto, a censura impede o exercício da função social da arte, questão que deve ser observada na psicanálise para além da subjetividade individual do artista.
{"title":"Entre Silêncios e Formas: Censura e Pós-Censura na Arte Brasileira Contemporânea","authors":"Morgana Rech, J. Birman","doi":"10.12957/epp.2023.75317","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/epp.2023.75317","url":null,"abstract":"O artigo trata da censura na arte brasileira contemporânea que, desde 2016, com o encerramento da exposição Queermuseu, marcou o retorno de um tipo de ato censório (pós-censura) que difere da censura praticada desde a redemocratização. Para tal, apresentamos um retorno até as formas da censura institucionalizada na Ditadura Militar (censura clássica) e sua dissolução na cultura. Com apoio em trechos de algumas entrevistas que realizamos em nosso campo empírico, a articulação teórica é feita entre os campos da estética, da política e da psicanálise, com apoio principal nas teorias de Michel Foucault, Jacques Rancière e Sigmund Freud. Argumentamos que a censura expõe de forma inequívoca o fato de que a criação responde às transformações no campo político que, por sua vez, geram novas formas artísticas. Conclui-se que a prinicipal marca da pós-censura é a imprecisão da figura do censor e que, tanto num como noutro contexto, a censura impede o exercício da função social da arte, questão que deve ser observada na psicanálise para além da subjetividade individual do artista.","PeriodicalId":33275,"journal":{"name":"Estudos e Pesquisas em Psicologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45166519","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Tatiane França, Jean Von Hohendorff, Ana Paula Couto da Silva, Carlos Costa
Este estudo qualitativo e transversal investigou as percepções e vivências dos/as psicólogos/as sobre o uso da punição física em crianças. Participaram do estudo 13 psicólogos/as brasileiros/as, que responderam a um questionário sociodemográfico on-line, um roteiro de entrevista e vinhetas de situação-problema. A análise de conteúdo revelou duas categorias: Ambivalência nas percepções sobre o uso da punição física: A palmada não é uma forma de agressão?; e Reprodução da punição física geração após geração: a forma de educar mudou?. Constataram-se percepções endossando o uso da punição física e experiências pessoais de punição física na infância, mas vários participantes buscam não repetir com os filhos e são desfavoráveis a todos os níveis dessa prática. Participantes favoráveis ao uso, principalmente da palmada, demonstraram desconhecimento da sua ineficácia enquanto método educativo e de seus efeitos prejudiciais. A transgeracionalidade e a naturalização da palmada foram motivos salientados para a persistência do uso da punição física. São necessárias capacitações a psicólogos/as e estudantes sobre os prejuízos e alternativas à punição física em crianças.
{"title":"Percepções e Vivências de Psicólogos/as sobre a Punição Física em Crianças","authors":"Tatiane França, Jean Von Hohendorff, Ana Paula Couto da Silva, Carlos Costa","doi":"10.12957/epp.2023.75311","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/epp.2023.75311","url":null,"abstract":"Este estudo qualitativo e transversal investigou as percepções e vivências dos/as psicólogos/as sobre o uso da punição física em crianças. Participaram do estudo 13 psicólogos/as brasileiros/as, que responderam a um questionário sociodemográfico on-line, um roteiro de entrevista e vinhetas de situação-problema. A análise de conteúdo revelou duas categorias: Ambivalência nas percepções sobre o uso da punição física: A palmada não é uma forma de agressão?; e Reprodução da punição física geração após geração: a forma de educar mudou?. Constataram-se percepções endossando o uso da punição física e experiências pessoais de punição física na infância, mas vários participantes buscam não repetir com os filhos e são desfavoráveis a todos os níveis dessa prática. Participantes favoráveis ao uso, principalmente da palmada, demonstraram desconhecimento da sua ineficácia enquanto método educativo e de seus efeitos prejudiciais. A transgeracionalidade e a naturalização da palmada foram motivos salientados para a persistência do uso da punição física. São necessárias capacitações a psicólogos/as e estudantes sobre os prejuízos e alternativas à punição física em crianças.","PeriodicalId":33275,"journal":{"name":"Estudos e Pesquisas em Psicologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43412821","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Daiane Linz da Silva de Jesus, B. Silva, Natalia Veronez da Cunha Bellinati
O câncer é considerado uma das principais doenças no mundo, e diversas estratégias vêm sendo utilizadas para amenizar suas consequências negativas. A intervenção Relaxamento, Imagens Mentais e Espiritualidade é um potencial meio para a melhoria do bem-estar dos pacientes. Portanto, o presente estudo objetivou identificar possíveis efeitos dessa intervenção em pacientes acometidos pelo câncer. Assim, realizou-se uma revisão integrativa da literatura. A busca de artigos ocorreu em agosto de 2020 nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde, SciELO, PubMed e Google Acadêmico. Os Descritores em Ciências da Saúde estabelecidos foram: "Relaxamento", "Imagens Mentais", "Espiritualidade" e "Câncer", em português e inglês, identificados no título, resumo ou palavras-chave. Foram considerados artigos em português e/ou inglês com texto completo disponível, dissertações e/ou teses, sem limite de ano de publicação. A busca resultou em 948 estudos. Desses, foram descartados: 424 pelos critérios de exclusão, e 500 com base na leitura dos títulos e resumos. Sete estudos foram selecionados para revisão, obtendo-se três categorias finais: transformação da dor simbólica da morte; benefícios no aspecto físico dos pacientes; benefícios no aspecto psicológico dos pacientes. A intervenção Relaxamento, Imagens Mentais e Espiritualidade oferece cuidado integral, sendo considerada benéfica para pacientes oncológicos, mesmo associada aos tratamentos convencionais.
{"title":"Efeitos da Intervenção Relaxamento, Imagens Mentais e Espiritualidade em Pacientes com Diagnóstico de Câncer","authors":"Daiane Linz da Silva de Jesus, B. Silva, Natalia Veronez da Cunha Bellinati","doi":"10.12957/epp.2023.75315","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/epp.2023.75315","url":null,"abstract":"O câncer é considerado uma das principais doenças no mundo, e diversas estratégias vêm sendo utilizadas para amenizar suas consequências negativas. A intervenção Relaxamento, Imagens Mentais e Espiritualidade é um potencial meio para a melhoria do bem-estar dos pacientes. Portanto, o presente estudo objetivou identificar possíveis efeitos dessa intervenção em pacientes acometidos pelo câncer. Assim, realizou-se uma revisão integrativa da literatura. A busca de artigos ocorreu em agosto de 2020 nas bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde, SciELO, PubMed e Google Acadêmico. Os Descritores em Ciências da Saúde estabelecidos foram: \"Relaxamento\", \"Imagens Mentais\", \"Espiritualidade\" e \"Câncer\", em português e inglês, identificados no título, resumo ou palavras-chave. Foram considerados artigos em português e/ou inglês com texto completo disponível, dissertações e/ou teses, sem limite de ano de publicação. A busca resultou em 948 estudos. Desses, foram descartados: 424 pelos critérios de exclusão, e 500 com base na leitura dos títulos e resumos. Sete estudos foram selecionados para revisão, obtendo-se três categorias finais: transformação da dor simbólica da morte; benefícios no aspecto físico dos pacientes; benefícios no aspecto psicológico dos pacientes. A intervenção Relaxamento, Imagens Mentais e Espiritualidade oferece cuidado integral, sendo considerada benéfica para pacientes oncológicos, mesmo associada aos tratamentos convencionais.","PeriodicalId":33275,"journal":{"name":"Estudos e Pesquisas em Psicologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48655499","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Mirela Alves de Oliveira Dorta, Ana Celi Pallini, M. N. Baptista
A depressão pode ser desenvolvida, agravada e/ou prevenida em função de alguns fatores como suporte familiar e motivos para viver, além da possibilidade de ser concebida como traço e estado depressivo. O objetivo principal desta pesquisa foi testar um modelo teórico preditivo (path analysis) do suporte familiar sobre traço/estado depressivo e sobre os motivos para viver, em uma amostra de 123 participantes, composta por dois grupos: pacientes do CAPS-AD e da ESF e, posteriormente, verificar as diferenças desses aspectos na amostra estudada. Foram aplicados uma ficha sociodemográfica, a Escala Baptista de Depressão - Adulto (EBADEP-A), Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF), Escala de Traço e Estado Depressivo (ETED) e Escala Brasileira de Motivos para Viver (BEMVIVER). O resultado da path analysis indicou que os motivos para viver são explicados pelo estado e traço depressivo e pelo suporte familiar. Os pacientes do CAPS-AD, tinham maiores níveis de sintomatologia depressiva e estado depressivo do que o grupo do ESF. Pacientes do ESF apresentaram médias maiores de suporte familiar e motivos para viver. Conclui-se que investir em estratégias que potencializem os motivos para viver e o suporte familiar podem reduzir os riscos de sintomatologia depressiva.
{"title":"Suporte Familiar, Traço/Estado Depressivo e Motivos para Viver em Usuários da Atenção Primária/Secundária","authors":"Mirela Alves de Oliveira Dorta, Ana Celi Pallini, M. N. Baptista","doi":"10.12957/epp.2023.75306","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/epp.2023.75306","url":null,"abstract":"A depressão pode ser desenvolvida, agravada e/ou prevenida em função de alguns fatores como suporte familiar e motivos para viver, além da possibilidade de ser concebida como traço e estado depressivo. O objetivo principal desta pesquisa foi testar um modelo teórico preditivo (path analysis) do suporte familiar sobre traço/estado depressivo e sobre os motivos para viver, em uma amostra de 123 participantes, composta por dois grupos: pacientes do CAPS-AD e da ESF e, posteriormente, verificar as diferenças desses aspectos na amostra estudada. Foram aplicados uma ficha sociodemográfica, a Escala Baptista de Depressão - Adulto (EBADEP-A), Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF), Escala de Traço e Estado Depressivo (ETED) e Escala Brasileira de Motivos para Viver (BEMVIVER). O resultado da path analysis indicou que os motivos para viver são explicados pelo estado e traço depressivo e pelo suporte familiar. Os pacientes do CAPS-AD, tinham maiores níveis de sintomatologia depressiva e estado depressivo do que o grupo do ESF. Pacientes do ESF apresentaram médias maiores de suporte familiar e motivos para viver. Conclui-se que investir em estratégias que potencializem os motivos para viver e o suporte familiar podem reduzir os riscos de sintomatologia depressiva.","PeriodicalId":33275,"journal":{"name":"Estudos e Pesquisas em Psicologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43601660","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
F. P. Pinheiro, A. Santana, Lorena Aélio de Melo, Cristina Silmara Duarte Rodrigues, Elysne Camelo, Esthela Sá Cunha, Hellyne Maria Teles Aguiar, José Jocélio Paulino Alves
As reformas neoliberais promoveram transformações no ensino superior. Nesse contexto, diversas instituições aderiram ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). Isto, contudo, se deu sem as contrapartidas necessárias. O propósito da investigação, assim, foi compreender os impedimentos ao poder de agir de docentes que atuavam em um campus estruturado a partir do REUNI. Adotou-se o referencial da Clínica da Atividade. Participaram do estudo três docentes, duas mulheres e um homem, que atuavam em cursos de graduação e pós-graduação. Em uma perspectiva histórico-desenvolvimentista, foram realizadas entrevistas a partir de imagens que representavam elementos do contexto laboral. Utilizou-se análise construtivo-interpretativa. Dentre os resultados, viu-se intensificação do trabalho promovida pela atuação em cursos de pós-graduação e por atividades invisibilizadas; desprofissionalização associada ao desempenho de atividades alheias ao fazer docente; estrutura física inadequada; carga de trabalho elevada; pressões para o cumprimento de prazos; uso do espaço doméstico para o trabalho; e invasão do tempo livre. Os achados podem nortear ações de promoção da saúde docente e dar balizas para a discussão sobre as melhorias dos contextos de trabalho.
{"title":"Trabalho Docente no Contexto da Expansão Universitária","authors":"F. P. Pinheiro, A. Santana, Lorena Aélio de Melo, Cristina Silmara Duarte Rodrigues, Elysne Camelo, Esthela Sá Cunha, Hellyne Maria Teles Aguiar, José Jocélio Paulino Alves","doi":"10.12957/epp.2023.75303","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/epp.2023.75303","url":null,"abstract":"As reformas neoliberais promoveram transformações no ensino superior. Nesse contexto, diversas instituições aderiram ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). Isto, contudo, se deu sem as contrapartidas necessárias. O propósito da investigação, assim, foi compreender os impedimentos ao poder de agir de docentes que atuavam em um campus estruturado a partir do REUNI. Adotou-se o referencial da Clínica da Atividade. Participaram do estudo três docentes, duas mulheres e um homem, que atuavam em cursos de graduação e pós-graduação. Em uma perspectiva histórico-desenvolvimentista, foram realizadas entrevistas a partir de imagens que representavam elementos do contexto laboral. Utilizou-se análise construtivo-interpretativa. Dentre os resultados, viu-se intensificação do trabalho promovida pela atuação em cursos de pós-graduação e por atividades invisibilizadas; desprofissionalização associada ao desempenho de atividades alheias ao fazer docente; estrutura física inadequada; carga de trabalho elevada; pressões para o cumprimento de prazos; uso do espaço doméstico para o trabalho; e invasão do tempo livre. Os achados podem nortear ações de promoção da saúde docente e dar balizas para a discussão sobre as melhorias dos contextos de trabalho.","PeriodicalId":33275,"journal":{"name":"Estudos e Pesquisas em Psicologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45439272","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O envelhecimento progressivo da sociedade demanda maior atenção aos aspectos profissionais de pessoas de meia-idade. Este estudo objetivou compreender os sentidos que 10 brasileiros entre 50 e 59 anos atribuem ao trabalho em um momento de transição de carreira. Trata-se de uma pesquisa fenomenológica, que empregou narrativas compreensivas individuais, elaboradas a partir de um encontro dialógico com cada participante, cujos sentidos e vivências compuseram uma narrativa síntese, representativa do todo. Os elementos estruturantes foram: a) transição profissional como fator de sofrimento; b) construção da identidade pessoal e social por meio do trabalho; c) trabalho como fonte de propósito de vida; d) trabalho como principal espaço de interação social; e) trabalho como recurso financeiro e subsistência foram discutidos a partir da Abordagem Experiencial de Gendlin. Descrevem-se tensões, desafios e a importância existencial do trabalho como mediador de sentidos. Fica evidenciada a necessidade de melhor preparo para transições laborais nessa fase de vida.
{"title":"Sentidos do Trabalho para Brasileiros de Meia-Idade: Um Estudo Fenomenológico","authors":"Rosana Garcia Martho, João Carlos Caselli Messias","doi":"10.12957/epp.2023.75305","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/epp.2023.75305","url":null,"abstract":"O envelhecimento progressivo da sociedade demanda maior atenção aos aspectos profissionais de pessoas de meia-idade. Este estudo objetivou compreender os sentidos que 10 brasileiros entre 50 e 59 anos atribuem ao trabalho em um momento de transição de carreira. Trata-se de uma pesquisa fenomenológica, que empregou narrativas compreensivas individuais, elaboradas a partir de um encontro dialógico com cada participante, cujos sentidos e vivências compuseram uma narrativa síntese, representativa do todo. Os elementos estruturantes foram: a) transição profissional como fator de sofrimento; b) construção da identidade pessoal e social por meio do trabalho; c) trabalho como fonte de propósito de vida; d) trabalho como principal espaço de interação social; e) trabalho como recurso financeiro e subsistência foram discutidos a partir da Abordagem Experiencial de Gendlin. Descrevem-se tensões, desafios e a importância existencial do trabalho como mediador de sentidos. Fica evidenciada a necessidade de melhor preparo para transições laborais nessa fase de vida.","PeriodicalId":33275,"journal":{"name":"Estudos e Pesquisas em Psicologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49645357","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Clara Monte Arruda, Dalva Rafaela Pessoa Chaves, Mariana Costa Biermann
A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma doença neuromuscular progressiva recessiva causada por mutações genéticas ligadas ao cromossomo X. Além do enfraquecimento muscular progressivo, a condição é associada a alterações neuropsicológicas. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistematizada da temática, para investigar os aspectos cognitivos e comportamentais associados à DMD pela literatura, nos últimos dez anos (2011-2021). Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, com o propósito de sintetizar e analisar o conhecimento sobre o tema no campo científico, sendo efetuada busca nas bases de dados e motores de busca Science Direct, SciELO, PubMed e BVS. Após consideração dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 29 artigos para análise. Os resultados endossaram que alterações cognitivas e do neurodesenvolvimento, bem como de problemas comportamentais parecem ser mais prováveis na DMD, em comparação com a população geral. Verificou-se escassez de estudos empíricos brasileiros e a necessidade de avaliar e intervir nos âmbitos neuropsicológico e psicossocial, de forma precoce, contínua e multidisciplinar, no intuito de atender às necessidades desse grupo.
{"title":"Características Cognitivas e Comportamentais Associadas à Distrofia Muscular de Duchenne: Revisão Integrativa","authors":"Clara Monte Arruda, Dalva Rafaela Pessoa Chaves, Mariana Costa Biermann","doi":"10.12957/epp.2023.75307","DOIUrl":"https://doi.org/10.12957/epp.2023.75307","url":null,"abstract":"A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma doença neuromuscular progressiva recessiva causada por mutações genéticas ligadas ao cromossomo X. Além do enfraquecimento muscular progressivo, a condição é associada a alterações neuropsicológicas. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistematizada da temática, para investigar os aspectos cognitivos e comportamentais associados à DMD pela literatura, nos últimos dez anos (2011-2021). Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, com o propósito de sintetizar e analisar o conhecimento sobre o tema no campo científico, sendo efetuada busca nas bases de dados e motores de busca Science Direct, SciELO, PubMed e BVS. Após consideração dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 29 artigos para análise. Os resultados endossaram que alterações cognitivas e do neurodesenvolvimento, bem como de problemas comportamentais parecem ser mais prováveis na DMD, em comparação com a população geral. Verificou-se escassez de estudos empíricos brasileiros e a necessidade de avaliar e intervir nos âmbitos neuropsicológico e psicossocial, de forma precoce, contínua e multidisciplinar, no intuito de atender às necessidades desse grupo.","PeriodicalId":33275,"journal":{"name":"Estudos e Pesquisas em Psicologia","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-04","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42520281","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}