Pub Date : 2020-08-31DOI: 10.15603/2175-7747/PF.V9N1P65-77
Maximiliano Augusto Sawaya
Os movimentos sociais budistas, conhecidos como Budismo Socialmente Engajado, tem como um de seus principios a nao violencia. E defendido que Buddha era contra qualquer forma de violencia e em qualquer circunstância e que esse principio esta presente em seus ensinamentos que servem como base para esses movimentos. Entretanto, o cenario e muito mais vasto e complexo, tornando tal afirmacao insustentavel quando defendida de forma geral. Esse texto tem como objetivo iniciar uma reflexao a respeito da nao violencia no budismo, tendo como referencia a pratica de nao violencia do Budismo Engajado, relacionando com a flexibilizacao etica e moral presente na tradicao Universalista ( Mahayana ), tanto em seu subsistema das “superacoes” ( Paramitayana ) quanto no “indestrutivista” ( Vajrayana ).
{"title":"O Extremo da Não Violência no Budismo Engajado","authors":"Maximiliano Augusto Sawaya","doi":"10.15603/2175-7747/PF.V9N1P65-77","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2175-7747/PF.V9N1P65-77","url":null,"abstract":"Os movimentos sociais budistas, conhecidos como Budismo Socialmente Engajado, tem como um de seus principios a nao violencia. E defendido que Buddha era contra qualquer forma de violencia e em qualquer circunstância e que esse principio esta presente em seus ensinamentos que servem como base para esses movimentos. Entretanto, o cenario e muito mais vasto e complexo, tornando tal afirmacao insustentavel quando defendida de forma geral. Esse texto tem como objetivo iniciar uma reflexao a respeito da nao violencia no budismo, tendo como referencia a pratica de nao violencia do Budismo Engajado, relacionando com a flexibilizacao etica e moral presente na tradicao Universalista ( Mahayana ), tanto em seu subsistema das “superacoes” ( Paramitayana ) quanto no “indestrutivista” ( Vajrayana ).","PeriodicalId":33999,"journal":{"name":"Paginas de Filosofia","volume":"9 1","pages":"65-77"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-08-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44945048","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-03-26DOI: 10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p55-62
P. Farhat
A intenção deste texto é articular dois temas pouco trabalhados juntos nas interpretações de Kant, embora sejam, segundo nosso entendimento, de fundamental importância para uma plena compreensão da filosofia kantiana e do conhecimento filosófico em geral: a disciplina da razão pura e a filosofia teórica. Pretendemos nos utilizar de algumas outras noções, no entanto, para responder a seguinte pergunta: é possível a formação sem a disciplina filosófica? Isto é, seria possível uma formação teórica (principalmente do conhecimento, mas também do indivíduo) sem uma disciplina ou uma “contribuição negativa” proveniente da filosofia? O conceito de formação está, segundo gostaríamos de defender, de um ponto de vista teórico, associado intrinsecamente à disciplina da razão. Assim, indicando como esta é, em geral, relacionada, nas interpretações de Kant, apenas com a pedagogia e com a filosofia prática, gostaríamos de, indo no sentido contrário, tratar do lugar da disciplina da razão em relação ao conceito de formação em seu sentido teórico, isto é, de fundamentação do conhecimento. A disciplina da razão pura revela-se, portanto, uma condição necessária para o filosofar e para a formação do conhecimento em geral.
{"title":"Disciplina e teoria - Uma reflexão sobre a formação partindo da filosofia kantiana*","authors":"P. Farhat","doi":"10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p55-62","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p55-62","url":null,"abstract":"A intenção deste texto é articular dois temas pouco trabalhados juntos nas interpretações de Kant, embora sejam, segundo nosso entendimento, de fundamental importância para uma plena compreensão da filosofia kantiana e do conhecimento filosófico em geral: a disciplina da razão pura e a filosofia teórica. Pretendemos nos utilizar de algumas outras noções, no entanto, para responder a seguinte pergunta: é possível a formação sem a disciplina filosófica? Isto é, seria possível uma formação teórica (principalmente do conhecimento, mas também do indivíduo) sem uma disciplina ou uma “contribuição negativa” proveniente da filosofia? O conceito de formação está, segundo gostaríamos de defender, de um ponto de vista teórico, associado intrinsecamente à disciplina da razão. Assim, indicando como esta é, em geral, relacionada, nas interpretações de Kant, apenas com a pedagogia e com a filosofia prática, gostaríamos de, indo no sentido contrário, tratar do lugar da disciplina da razão em relação ao conceito de formação em seu sentido teórico, isto é, de fundamentação do conhecimento. A disciplina da razão pura revela-se, portanto, uma condição necessária para o filosofar e para a formação do conhecimento em geral.","PeriodicalId":33999,"journal":{"name":"Paginas de Filosofia","volume":"8 1","pages":"55"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-03-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44662014","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-03-26DOI: 10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p69-77
José Pascoal Mantovani
Este artigo tem como objeto de pesquisa o tema da filosofia e educação, bem como a idiossincrasia destes dois tópicos. Como objetivo geral deste trabalho, espera-se apresentar caminhos epistemológicos relacionados a filosofia da Educação a partir da constituição da subjetividade do filósofo francês Michel Foucault (2018). Os objetivos específicos serão: (i) apresentar a relação indissociável entre filosofia e educação a partir de contribuições kantianas (1996) e de Adorno (2014); (ii) destacar a dimensão da subjetividade em Foucault (2018) e sua abordagem sobre a constituição do sujeito que traz o duplo existencial (do si mesmo para o outro); (iii) destacar o impacto da resistência filosófica quando feita a partir de uma epistemologia que lança o sujeito para o centro da reflexão. A problematização que pautará a reflexão deste artigo será: Qual o papel da educação na construção da subjetividade do sujeito? Com essa pergunta, espera-se propor caminhos hermenêuticos que auxiliem no processo educacional. A metodologia deste trabalho é a revisão bibliográfica do autor Michel Foucault e comentarista como Edgarbo Castro (2016) e Veiga-Neto (2000).
{"title":"Filosofia e educação: crítica foucaultiana Por vias epistemológicas da filosofia da Resistência","authors":"José Pascoal Mantovani","doi":"10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p69-77","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p69-77","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objeto de pesquisa o tema da filosofia e educação, bem como a idiossincrasia destes dois tópicos. Como objetivo geral deste trabalho, espera-se apresentar caminhos epistemológicos relacionados a filosofia da Educação a partir da constituição da subjetividade do filósofo francês Michel Foucault (2018). Os objetivos específicos serão: (i) apresentar a relação indissociável entre filosofia e educação a partir de contribuições kantianas (1996) e de Adorno (2014); (ii) destacar a dimensão da subjetividade em Foucault (2018) e sua abordagem sobre a constituição do sujeito que traz o duplo existencial (do si mesmo para o outro); (iii) destacar o impacto da resistência filosófica quando feita a partir de uma epistemologia que lança o sujeito para o centro da reflexão. A problematização que pautará a reflexão deste artigo será: Qual o papel da educação na construção da subjetividade do sujeito? Com essa pergunta, espera-se propor caminhos hermenêuticos que auxiliem no processo educacional. A metodologia deste trabalho é a revisão bibliográfica do autor Michel Foucault e comentarista como Edgarbo Castro (2016) e Veiga-Neto (2000).","PeriodicalId":33999,"journal":{"name":"Paginas de Filosofia","volume":"8 1","pages":"69"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-03-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49265993","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-03-26DOI: 10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p25-36
F. Ribeiro
O artigo busca explicitar o diagnostico elaborado por Adorno no periodo pos-guerra, segundo o qual o conceito tradicional de ideologia teria perdido seu objeto no mundo totalmente administrado. Se nos termos marxistas tradicionais a ideologia funcionava a um so tempo como falsa consciencia e promessa nao cumprida, enquanto que o desencadeamento das forcas produtivas, por sua vez, era tomado como a mola material para a realizacao dos conteudos normativos contidos na ideologia burguesa, entao o diagnostico de Adorno segundo o qual no capitalismo tardio as relacoes de producao assumem certa primazia diante das forcas produtivas vem para abortar a vigencia dessa nocao tradicional de ideologia. No mundo administrado, a ideologia nao estaria mais nas objetivacoes espirituais que operam como um veu sobre as relacoes materiais, mas, nos termos de Adorno, seria o proprio “rosto assustador do mundo”, o que faz ideologia e realidade “correrem uma em direcao a outra”. Tudo se passa como se a atual consciencia do capitalismo contemporâneo nao mais legitimasse seus processos por meio de sua escamoteacao ideologica, mas enunciasse seu proprio fundamento economico com forca apologetica, fazendo da realidade sua propria ideologia. Neste texto, buscaremos reconstruir essa ideia com mais detalhe.
{"title":"Adorno e a mutação do conceito de ideologia","authors":"F. Ribeiro","doi":"10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p25-36","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p25-36","url":null,"abstract":"O artigo busca explicitar o diagnostico elaborado por Adorno no periodo pos-guerra, segundo o qual o conceito tradicional de ideologia teria perdido seu objeto no mundo totalmente administrado. Se nos termos marxistas tradicionais a ideologia funcionava a um so tempo como falsa consciencia e promessa nao cumprida, enquanto que o desencadeamento das forcas produtivas, por sua vez, era tomado como a mola material para a realizacao dos conteudos normativos contidos na ideologia burguesa, entao o diagnostico de Adorno segundo o qual no capitalismo tardio as relacoes de producao assumem certa primazia diante das forcas produtivas vem para abortar a vigencia dessa nocao tradicional de ideologia. No mundo administrado, a ideologia nao estaria mais nas objetivacoes espirituais que operam como um veu sobre as relacoes materiais, mas, nos termos de Adorno, seria o proprio “rosto assustador do mundo”, o que faz ideologia e realidade “correrem uma em direcao a outra”. Tudo se passa como se a atual consciencia do capitalismo contemporâneo nao mais legitimasse seus processos por meio de sua escamoteacao ideologica, mas enunciasse seu proprio fundamento economico com forca apologetica, fazendo da realidade sua propria ideologia. Neste texto, buscaremos reconstruir essa ideia com mais detalhe.","PeriodicalId":33999,"journal":{"name":"Paginas de Filosofia","volume":"8 1","pages":"25-36"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-03-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46652562","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-03-26DOI: 10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p3-23
José Pascoal Mantovani, B. Novaes
Nesse artigo temos como objetivo analisar a representação do conceito de liberdade na primeira temporada da série “Merli”, veiculada no canal de streaming Netflix. Nela, pretendemos verificar como o professor de Filosofia Merli Bergeron trabalha conceitos libertários e suscita reflexões críticas em seus alunos sobre os padrões de convívio socialmente impostos pelas instituições primárias e secundárias. Ao mesmo tempo, pretendemos abordar a personalidade do professor, discutindo sobre o convívio que ele mantém com os colegas de trabalho e seus alunos, assim como em sua vida particular, para visualizarmos se, de fato, ele pratica aquilo que discursa aos estudantes durante suas aulas. Haverá um foco maior na relação dele com o aluno Ivan Basco, que sofre com agorafobia e recebe aulas particulares de Merli para superar sua situação de isolamento. Em um primeiro momento, com caráter introdutório, iremos discutir sobre a importância da discussão de liberdade na contemporaneidade. A seguir, exporemos conceitos formulados por diversos pensadores acerca do que é a liberdade e sua importância para a emancipação humana. A partir disso, serão abordadas informações básicas sobre a produção da série, como os diretores, veiculadores e atores envolvidos para, por fim, executarmos a análise dos capítulos do seriado e apresentarmos nossas considerações finais. Diversos teóricos pertinentes a esse trabalho serão utilizados na revisão bibliográfica. Como metodologias de análise fílmica usaremos, para verificação estrutural do filme, a metodologia de análise fílmica de Manuela Penafria (2009) e, para visualização das formas simbólicas, a Hermenêutica de Profundidade, proposta por John Thompson em “Ideologia e Cultura Moderna” (2002).
{"title":"A representação do conceito de liberdade em “Merli” – uma práxis pedagógica","authors":"José Pascoal Mantovani, B. Novaes","doi":"10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p3-23","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p3-23","url":null,"abstract":"Nesse artigo temos como objetivo analisar a representação do conceito de liberdade na primeira temporada da série “Merli”, veiculada no canal de streaming Netflix. Nela, pretendemos verificar como o professor de Filosofia Merli Bergeron trabalha conceitos libertários e suscita reflexões críticas em seus alunos sobre os padrões de convívio socialmente impostos pelas instituições primárias e secundárias. Ao mesmo tempo, pretendemos abordar a personalidade do professor, discutindo sobre o convívio que ele mantém com os colegas de trabalho e seus alunos, assim como em sua vida particular, para visualizarmos se, de fato, ele pratica aquilo que discursa aos estudantes durante suas aulas. Haverá um foco maior na relação dele com o aluno Ivan Basco, que sofre com agorafobia e recebe aulas particulares de Merli para superar sua situação de isolamento. Em um primeiro momento, com caráter introdutório, iremos discutir sobre a importância da discussão de liberdade na contemporaneidade. A seguir, exporemos conceitos formulados por diversos pensadores acerca do que é a liberdade e sua importância para a emancipação humana. A partir disso, serão abordadas informações básicas sobre a produção da série, como os diretores, veiculadores e atores envolvidos para, por fim, executarmos a análise dos capítulos do seriado e apresentarmos nossas considerações finais. Diversos teóricos pertinentes a esse trabalho serão utilizados na revisão bibliográfica. Como metodologias de análise fílmica usaremos, para verificação estrutural do filme, a metodologia de análise fílmica de Manuela Penafria (2009) e, para visualização das formas simbólicas, a Hermenêutica de Profundidade, proposta por John Thompson em “Ideologia e Cultura Moderna” (2002).","PeriodicalId":33999,"journal":{"name":"Paginas de Filosofia","volume":"8 1","pages":"3"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-03-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42411862","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-03-26DOI: 10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p45-54
Wanderlei Da Silva de Oliveira
Este artigo tem como objeto de reflexão o tema da II Semana de Filosofia da Metodista: “Filosofia e Educação: é possível educação sem filosofar?”. Seu objetivo principal é apresentar alguns pressupostos que poderiam sustentar ao menos duas respostas possíveis à questão presente no tema: uma negativa e outra afirmativa. Por meio de uma revisão bibliográfica, analisaremos os três principais termos que compõem o tema: a) “possível”, a partir do seu significado nominal e suas definições conceituais, priorizando a que o compreende como não-impossível; b) “educação”, apontando não apenas noções amplas, que fundamentam sistemas e modelos educacionais, mas também antagônicas, que permeiam o universo escolar; c) e “filosofar”, entendido como incômoda e profícua atividade intelectual inerente a uma educação emancipadora.
{"title":"Educação sem filosofar Uma não-impossibilidade que interessa a quem?","authors":"Wanderlei Da Silva de Oliveira","doi":"10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p45-54","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p45-54","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objeto de reflexão o tema da II Semana de Filosofia da Metodista: “Filosofia e Educação: é possível educação sem filosofar?”. Seu objetivo principal é apresentar alguns pressupostos que poderiam sustentar ao menos duas respostas possíveis à questão presente no tema: uma negativa e outra afirmativa. Por meio de uma revisão bibliográfica, analisaremos os três principais termos que compõem o tema: a) “possível”, a partir do seu significado nominal e suas definições conceituais, priorizando a que o compreende como não-impossível; b) “educação”, apontando não apenas noções amplas, que fundamentam sistemas e modelos educacionais, mas também antagônicas, que permeiam o universo escolar; c) e “filosofar”, entendido como incômoda e profícua atividade intelectual inerente a uma educação emancipadora.","PeriodicalId":33999,"journal":{"name":"Paginas de Filosofia","volume":"8 1","pages":"45"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-03-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42082702","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-03-26DOI: 10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p79-85
Barbara Marques Merlin
O presente texto tem como objetivo adjuntar à máxima délfica gnothi seauton (conhece-te a ti mesmo) como auxílio para a educação contemporânea. Este preceito foi apresentado por Michel Foucault (2018) em um de seus cursos no Collège de France no ano de 1981-1982 intitulado como A hermenêutica do sujeito. Foucault utilizará como eixo de seu curso o diálogo socrático O primeiro Alcibíades (2016) para demonstrar a relação entre mestre e discípulo em uma ótica do cuidado de si.A educação nos dias atuais tem passado por momentos de incertezas, das quais professores e alunos se distanciam cada vez mais, este distanciamento por incrível que pareça, interfere no desenvolvimento dos alunos em sala de aula, sobretudo no ensino médio em que os adolescentes estão em momento de reconhecimento e busca pela própria identidade, a proposta é trazer este preceito para a contemporaneidade afim de reaproximar professores de alunos.O conhece-te a ti mesmo será, portanto, o fio condutor para encontrar o caminho dessa aproximação entre ambos, será por esta relação do cuidado de si que o reencontro consigo mesmo será possível dentro e fora da sala de aula. Para que isso seja possível, percorreremos tais caminhos; (i) entender o conceito de gnothi seauton e (ii) o cuidado de si como estratégia para a educação nos dias atuais.
这篇文章的目的是附加到格言delfica gnothi seauton(认识你自己)作为当代教育的辅助。这一原则是米歇尔·福柯(2018)在1981-1982年college de France的一门名为《主题诠释学》的课程中提出的。福柯将以苏格拉底对话《第一亚西比德》(2016)作为他课程的轴心,从自我关怀的角度展示师生关系。教育在当今已经历了不确定性的时刻,其中教师和学生的时候越来越多,这个距离,影响学生发展的课堂,尤其是在高中青少年在侦查和寻找自己的身份,建议把这道对当代以便得到老师的学生。因此,“认识你自己”将是找到这两者之间和解的道路的主线,正是通过这种自我关怀的关系,在课堂内外与自己重新相遇才有可能。为了实现这一点,我们将遵循这些路径;(i)理解gnothi seauton的概念,(ii)将自我照顾作为当今教育的一种策略。
{"title":"A contribuição do Gnothi Seauton para a educação","authors":"Barbara Marques Merlin","doi":"10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p79-85","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p79-85","url":null,"abstract":"O presente texto tem como objetivo adjuntar à máxima délfica gnothi seauton (conhece-te a ti mesmo) como auxílio para a educação contemporânea. Este preceito foi apresentado por Michel Foucault (2018) em um de seus cursos no Collège de France no ano de 1981-1982 intitulado como A hermenêutica do sujeito. Foucault utilizará como eixo de seu curso o diálogo socrático O primeiro Alcibíades (2016) para demonstrar a relação entre mestre e discípulo em uma ótica do cuidado de si.A educação nos dias atuais tem passado por momentos de incertezas, das quais professores e alunos se distanciam cada vez mais, este distanciamento por incrível que pareça, interfere no desenvolvimento dos alunos em sala de aula, sobretudo no ensino médio em que os adolescentes estão em momento de reconhecimento e busca pela própria identidade, a proposta é trazer este preceito para a contemporaneidade afim de reaproximar professores de alunos.O conhece-te a ti mesmo será, portanto, o fio condutor para encontrar o caminho dessa aproximação entre ambos, será por esta relação do cuidado de si que o reencontro consigo mesmo será possível dentro e fora da sala de aula. Para que isso seja possível, percorreremos tais caminhos; (i) entender o conceito de gnothi seauton e (ii) o cuidado de si como estratégia para a educação nos dias atuais.","PeriodicalId":33999,"journal":{"name":"Paginas de Filosofia","volume":"8 1","pages":"79"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-03-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47000780","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-03-26DOI: 10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p37-44
Sérgio Lima dos Santos Nastasi
O presente texto visa a problematização do ensino de Filosofia na Educação Básica em um contexto de maior enquadramento do trabalho docente nas escolas públicas do estado de São Paulo. Argumenta-se que o poder educacional vem transformando as escolas em máquinas de fazer índices, em detrimento das experiências mínimas ou dos disparadores de pensamentos e afetos no cotidiano dos encontros aprendentes. Para tanto, mobilizam-se conceitos de Gilles Deleuze, Gilles Deleuze e Félix Guattari e Georges Didi-Huberman a fim de pensar as possibilidades da Filosofia na escola.
{"title":"A Filosofia e a máquina de fazer índices","authors":"Sérgio Lima dos Santos Nastasi","doi":"10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p37-44","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p37-44","url":null,"abstract":"O presente texto visa a problematização do ensino de Filosofia na Educação Básica em um contexto de maior enquadramento do trabalho docente nas escolas públicas do estado de São Paulo. Argumenta-se que o poder educacional vem transformando as escolas em máquinas de fazer índices, em detrimento das experiências mínimas ou dos disparadores de pensamentos e afetos no cotidiano dos encontros aprendentes. Para tanto, mobilizam-se conceitos de Gilles Deleuze, Gilles Deleuze e Félix Guattari e Georges Didi-Huberman a fim de pensar as possibilidades da Filosofia na escola.","PeriodicalId":33999,"journal":{"name":"Paginas de Filosofia","volume":"8 1","pages":"37"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-03-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49524075","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-03-26DOI: 10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p87-98
S. Martins
Franz Xaver Kappus foi um aspirante à poeta que pediu conselhos e sugestões ao renomado escritor Rainer Maria Rilke. Estes pedidos se deram por meio de cartas ao qual Kappus não recebe nenhuma sugestão quanto à estilística, métrica ou composição de poemas, mas sim, vários conselhos na perspectiva de construção de uma obra através das experiências mais singelas da vida. Após o falecimento de Rilke a coleção destas epistolas direcionadas a Kappus foi compilada em um livro, com o sugestivo nome de “Cartas a um Jovem Poeta”. Desde então tem servido para muitos leitores como um livro basal ao entendimento pessoal, que versa sobre o pertencimento e de qual é o nosso lugar de atuação no mundo. Essa comunicação tange ao conteúdo dessas cartas, de que cunho são tais conselhos e o fundo filosófico que estes contém; com isso realiza-se uma analise desta emblemática obra do século XX.
Franz Xaver Kappus是一位有抱负的诗人,他向著名作家Rainer Maria Rilke寻求建议和建议。这些要求是通过书信提出的,卡普斯没有收到任何关于诗歌的文体、韵律或构成的建议,而是通过生活中最简单的经历来构建作品的各种建议。里尔克死后,这些写给卡普斯的信被编成了一本书,书名为《写给年轻诗人的信》。从那时起,这本书就成为许多读者个人理解的基础,论述了归属以及我们在世界上的行动位置。这种交流涉及这些信件的内容,这些建议的性质和它们所包含的哲学背景;在此基础上,对这部20世纪的标志性作品进行了分析。
{"title":"Hermenêutica de Rilke","authors":"S. Martins","doi":"10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p87-98","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p87-98","url":null,"abstract":"Franz Xaver Kappus foi um aspirante à poeta que pediu conselhos e sugestões ao renomado escritor Rainer Maria Rilke. Estes pedidos se deram por meio de cartas ao qual Kappus não recebe nenhuma sugestão quanto à estilística, métrica ou composição de poemas, mas sim, vários conselhos na perspectiva de construção de uma obra através das experiências mais singelas da vida. Após o falecimento de Rilke a coleção destas epistolas direcionadas a Kappus foi compilada em um livro, com o sugestivo nome de “Cartas a um Jovem Poeta”. Desde então tem servido para muitos leitores como um livro basal ao entendimento pessoal, que versa sobre o pertencimento e de qual é o nosso lugar de atuação no mundo. Essa comunicação tange ao conteúdo dessas cartas, de que cunho são tais conselhos e o fundo filosófico que estes contém; com isso realiza-se uma analise desta emblemática obra do século XX.","PeriodicalId":33999,"journal":{"name":"Paginas de Filosofia","volume":"8 1","pages":"87"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2020-03-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48094575","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2020-03-26DOI: 10.15603/2175-7747/pf.v8n1-2p63-68
Ruy Rocha Júnior
Este artigo tem como pretensão apresentar alguns elementos teóricos da teoria da complexidade presente em Edgar Morin. A proposta segue por um viés de aproximar o leitor da compreensão de complexidade e completude; a polidisciplinaridade e a transdiciplinaridade com vista em destacar como a abordagem de Morin almeja despertar o conhecimento que, segundo o autor, esta adormedico.
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