Pub Date : 2021-02-26DOI: 10.46357/bcnaturais.v8i2.572
Danubia Andressa da Silva, J. Lafon, J. A. Corrêa
Este trabalho apresenta dados mineralógicos e geoquímicos de metais pesados e de isótopos de Pb em sedimentos recentes, provenientes do rio Amapari e alguns de seus tributários, na região da Serra do Navio, parte central do estado do Amapá. Os sedimentos têm composição mineralógica formada essencialmente por quartzo, caulinita, muscovita e gibbsita, e apresentam grande heterogeneidade geoquímica e isotópica de Pb. Os resultados geoquímicos mostraram que os sedimentos têm altos teores de metais pesados e sofreram os mesmos processos de enriquecimento para todos os metais investigados. Os metais estão principalmente associados a minerais de Fe, e os argilominerais tiveram um papel secundário na concentração desses metais. A variação significativa na composição isotópica do Pb permitiu construir uma isócrona no diagrama 207Pb/204Pb vs. 206Pb/204Pb, com idade de 2169 ± 140 Ma, indicando que os sedimentos são provenientes essencialmente das unidades paleoproterozoicas (rochas supracrustais e granitoides associados), sem contribuição significativa das unidades do embasamento arqueano. Não foi evidenciada correlação entre a localização dos pontos em relação às áreas com atividades de mineração e aos teores dos metais.
这项工作提供了amapa州中部Serra do Navio地区的Amapari河及其一些支流最近沉积物中重金属和铅同位素的矿物学和地球化学数据。沉积物的矿物学组成主要由石英、高岭石、白云母和水铝石组成,Pb的地球化学和同位素不均匀性较大。地球化学结果表明,沉积物重金属含量较高,所有金属均经历了相同的富集过程。金属主要与铁矿石有关,粘土矿物在这些金属的浓度中起次要作用。Pb同位素组成的显著变化使207Pb/204Pb与206Pb/204Pb图形成了一个年龄为2169±140 Ma的等时相,表明沉积物主要来自古元古代单元(地壳上岩和伴生花岗质岩),太古代基底单元没有显著贡献。在有采矿活动的地区,这些点的位置与金属含量之间没有明显的相关性。
{"title":"Distribuição de metais pesados e isótopos de Pb em sedimentos do rio Amapari, setor de Pedra Branca do Amapari – Porto Grande, Amapá, Brasil","authors":"Danubia Andressa da Silva, J. Lafon, J. A. Corrêa","doi":"10.46357/bcnaturais.v8i2.572","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v8i2.572","url":null,"abstract":"Este trabalho apresenta dados mineralógicos e geoquímicos de metais pesados e de isótopos de Pb em sedimentos recentes, provenientes do rio Amapari e alguns de seus tributários, na região da Serra do Navio, parte central do estado do Amapá. Os sedimentos têm composição mineralógica formada essencialmente por quartzo, caulinita, muscovita e gibbsita, e apresentam grande heterogeneidade geoquímica e isotópica de Pb. Os resultados geoquímicos mostraram que os sedimentos têm altos teores de metais pesados e sofreram os mesmos processos de enriquecimento para todos os metais investigados. Os metais estão principalmente associados a minerais de Fe, e os argilominerais tiveram um papel secundário na concentração desses metais. A variação significativa na composição isotópica do Pb permitiu construir uma isócrona no diagrama 207Pb/204Pb vs. 206Pb/204Pb, com idade de 2169 ± 140 Ma, indicando que os sedimentos são provenientes essencialmente das unidades paleoproterozoicas (rochas supracrustais e granitoides associados), sem contribuição significativa das unidades do embasamento arqueano. Não foi evidenciada correlação entre a localização dos pontos em relação às áreas com atividades de mineração e aos teores dos metais.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-02-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88121683","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-02-25DOI: 10.46357/bcnaturais.v8i3.552
Mayara Fraeda Barbosa Teixeira, R. Dall’Agnol, Alice Cesário Da Silva, Patrick Araujo dos Santos
Na porção leste do Subdomínio de Transição, porção sul do Domínio Carajás, afloram leucogranodioritos (Leucogranodiorito Pantanal), aparentemente alojados em uma associação TTG (Trondhjemito Colorado, ~2,87 Ga) e seccionados em sua porção oeste por leucogranitos deformados. O Leucogranodiorito Pantanal tem afinidade cálcio-alcalina peraluminosa, enriquecimento em Ba e Sr, e padrões de ETR sem anomalias expressivas de Eu e acentuado fracionamento de ETRP. Suas altas razões La/Yb sugerem ter sido derivado de magmas gerados em condições equivalentes ao campo de estabilidade da granada (1,0 a 1,5 GPa), como também sugerido para a Suíte Guarantã (~2,87 Ga) do Domínio Rio Maria. Sua origem pode estar relacionada à fusão discreta de rochas TTG e/ou interação destas com fluidos enriquecidos em K, Sr e Ba, derivados do manto metassomatizado. Os leucogranitos revelam assinatura geoquímica de granitos tipo-A reduzidos, possivelmente originados a partir da fusão desidratada de rochas cálcio-alcalinas peraluminosas durante o Neoarqueano. Além dessas unidades, foi descrito na porção leste do Leucogranodiorito um hornblenda-biotita-granito afim geoquimicamente aos granitos tipo-A oxidados, correlacionado à Suíte Vila Jussara, também neoarquena. Este trabalho sugere que a porção estudada pode apresentar ligação evolutiva com o Domínio Rio Maria, tendo sido afetada por eventos de retrabalhamento crustal durante o Neoarqueano.
{"title":"Geologia, petrografia e geoquímica do Leucogranodiorito Pantanal e dos leucogranitos arqueanos da área a norte de Sapucaia, Província Carajás, Pará: implicações petrogenéticas","authors":"Mayara Fraeda Barbosa Teixeira, R. Dall’Agnol, Alice Cesário Da Silva, Patrick Araujo dos Santos","doi":"10.46357/bcnaturais.v8i3.552","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v8i3.552","url":null,"abstract":"Na porção leste do Subdomínio de Transição, porção sul do Domínio Carajás, afloram leucogranodioritos (Leucogranodiorito Pantanal), aparentemente alojados em uma associação TTG (Trondhjemito Colorado, ~2,87 Ga) e seccionados em sua porção oeste por leucogranitos deformados. O Leucogranodiorito Pantanal tem afinidade cálcio-alcalina peraluminosa, enriquecimento em Ba e Sr, e padrões de ETR sem anomalias expressivas de Eu e acentuado fracionamento de ETRP. Suas altas razões La/Yb sugerem ter sido derivado de magmas gerados em condições equivalentes ao campo de estabilidade da granada (1,0 a 1,5 GPa), como também sugerido para a Suíte Guarantã (~2,87 Ga) do Domínio Rio Maria. Sua origem pode estar relacionada à fusão discreta de rochas TTG e/ou interação destas com fluidos enriquecidos em K, Sr e Ba, derivados do manto metassomatizado. Os leucogranitos revelam assinatura geoquímica de granitos tipo-A reduzidos, possivelmente originados a partir da fusão desidratada de rochas cálcio-alcalinas peraluminosas durante o Neoarqueano. Além dessas unidades, foi descrito na porção leste do Leucogranodiorito um hornblenda-biotita-granito afim geoquimicamente aos granitos tipo-A oxidados, correlacionado à Suíte Vila Jussara, também neoarquena. Este trabalho sugere que a porção estudada pode apresentar ligação evolutiva com o Domínio Rio Maria, tendo sido afetada por eventos de retrabalhamento crustal durante o Neoarqueano.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-02-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73025720","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-02-25DOI: 10.46357/bcnaturais.v8i3.550
R. Dall'agnol, Davis Carvalho de Oliveira, Cláudio Nery Lamarão
Introdução
的介绍
{"title":"Magmatismo granitoide arqueano e evolução geológica do Subdomínio de Transição da Província Carajás, sudeste do Cráton Amazônico, Brasil","authors":"R. Dall'agnol, Davis Carvalho de Oliveira, Cláudio Nery Lamarão","doi":"10.46357/bcnaturais.v8i3.550","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v8i3.550","url":null,"abstract":"Introdução","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-02-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85059140","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-02-25DOI: 10.46357/bcnaturais.v8i3.553
Max de Jesus Pereira dos Santos, Cláudio Nery Lamarão, P. H. Lima, Marcos Antonio Galarza, Jardel Carlos Lima Mesquita
Granitoides arqueanos aflorantes entre as cidades de Água Azul do Norte e Ourilândia do Norte, porção NW do Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria, Província Carajás, foram agrupados em associações granodiorítica e trondhjemítica. As rochas granodioríticas são constituídas por: 1) anfibólio-biotita-granodioritos fortemente saussuritizados, com idade de cristalização de 2875 ± 2 Ma, conteúdo de máficos entre 16 e 21%, teores elevados de Ni, Cr e Mg, padrão contínuo de fracionamento dos elementos terras raras e anomalias negativas de Eu desprezíveis, assemelhando-se petrográfica, geoquímica e geocronologicamente às rochas da Suíte Sanukitoide Rio Maria; 2) biotita-granodioritos menos alterados, com idade de cristalização de 2884 ± 3 Ma e total de máficos variando de 8 a 15%, comparativamente mais enriquecidos em elementos terras raras e com pronunciadas anomalias negativas de Eu, diferindo em termos petrográficos e geoquímicos das rochas anteriores; 3) leucogranodioritos-granitos de coloração esbranquiçada a rosada, contendo fenocristais de plagioclásio e álcali feldspato, correlacionados às rochas da Suíte Guarantã. As rochas trondhjemíticas são representadas por biotita-epidoto-trondhjemitos, tendo biotita e epidoto como principais fases magmáticas, altas razões La/Yb, Sr/Y e Nb/Ta e fortes similaridades com as rochas do Trondhjemito Mogno.
在carajas省里约热内卢Maria花岗绿岩地形西北部分agua Azul do Norte和ourilandia do Norte之间露头的太古代花岗岩体分为花岗闪长岩和trondhjemite组合。岩石granodioríticas包括:(1)角闪石-biotita -granodioritos强烈saussuritizados,大的结晶镁铁质麻2875±2、内容的16 - 21%之间,高水平的镍、铬和镁稀土元素分馏持续发展模式,和负异常,围绕我的恶毒petrográfica的岩石地球化学和geocronologicamente套件Sanukitoide玛丽亚河;2)蚀变小的黑云母-花岗闪长岩,结晶年龄为2884±3 Ma,总镁铁质含量为8 ~ 15%,稀土元素含量较高,Eu负异常明显,岩石学和地球化学特征与以往岩石不同;3)与guaranta套岩石相关的白色至粉红色白花岗闪长岩-花岗岩,含有斜长石和碱长石斑晶。trondhjemite岩以黑云母-绿帘岩- trondhjemite为代表,黑云母和绿帘岩为主要岩浆相,La/Yb、Sr/Y和Nb/Ta比值高,与红木trondhjemite岩有很强的相似性。
{"title":"Granitoides arqueanos da região de Água Azul do Norte, Província Carajás, sudeste do estado do Pará: petrografia, geoquímica e geocronologia","authors":"Max de Jesus Pereira dos Santos, Cláudio Nery Lamarão, P. H. Lima, Marcos Antonio Galarza, Jardel Carlos Lima Mesquita","doi":"10.46357/bcnaturais.v8i3.553","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v8i3.553","url":null,"abstract":"Granitoides arqueanos aflorantes entre as cidades de Água Azul do Norte e Ourilândia do Norte, porção NW do Terreno Granito-Greenstone de Rio Maria, Província Carajás, foram agrupados em associações granodiorítica e trondhjemítica. As rochas granodioríticas são constituídas por: 1) anfibólio-biotita-granodioritos fortemente saussuritizados, com idade de cristalização de 2875 ± 2 Ma, conteúdo de máficos entre 16 e 21%, teores elevados de Ni, Cr e Mg, padrão contínuo de fracionamento dos elementos terras raras e anomalias negativas de Eu desprezíveis, assemelhando-se petrográfica, geoquímica e geocronologicamente às rochas da Suíte Sanukitoide Rio Maria; 2) biotita-granodioritos menos alterados, com idade de cristalização de 2884 ± 3 Ma e total de máficos variando de 8 a 15%, comparativamente mais enriquecidos em elementos terras raras e com pronunciadas anomalias negativas de Eu, diferindo em termos petrográficos e geoquímicos das rochas anteriores; 3) leucogranodioritos-granitos de coloração esbranquiçada a rosada, contendo fenocristais de plagioclásio e álcali feldspato, correlacionados às rochas da Suíte Guarantã. As rochas trondhjemíticas são representadas por biotita-epidoto-trondhjemitos, tendo biotita e epidoto como principais fases magmáticas, altas razões La/Yb, Sr/Y e Nb/Ta e fortes similaridades com as rochas do Trondhjemito Mogno.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-02-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89607110","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-02-25DOI: 10.46357/bcnaturais.v8i3.551
Patrick Araujo dos Santos, Mayara Fraeda Barbosa Teixeira, R. Dall'agnol, Fabriciana Vieira Guimarães
O extremo leste do Subdomínio de Transição da Província Carajás é dominado por associação formada essencialmente por tonalitos e trondjhemitos com granodioritos subordinados (TTG), todos apresentando biotita e epidoto magmático como principais minerais máficos. Os tonalitos e trondhjemitos apresentam similaridades geoquímicas com suítes TTG arqueanas, enquanto os granodioritos seguem um trend cálcio-alcalino e apresentam enriquecimento em K2O, Rb e Ba, quando comparados com os trondhjemitos dominantes. Os dados geoquímicos não indicam uma vinculação entre esses dois grupos de rochas, não havendo evidências de que os granodioritos derivem dos trondhjemitos por processos de cristalização fracionada ou fusão parcial de rochas TTG. Os tonalitos e trondhjemitos exibem afinidades com TTG de alta razão La/Yb e Sr/Y da Província Carajás, sugerindo que foram derivados de fontes à base de granada anfibolitos em altas pressões (cerca de 1,5 GPa) e tiveram sua evolução magmática controlada pelo fracionamento de granada e, possivelmente, anfibólio. A ampla distribuição da associação TTG na área estudada implica a existência expressiva de rochas tipo TTG no Subdomínio de Transição, o que pode fortalecer a hipótese de que o Subdomínio de Transição represente uma extensão do Domínio Rio Maria, mas afetado por eventos de retrabalhamento crustal neoarqueanos.
{"title":"Geologia, petrografia e geoquímica da associação tonalito-trondhjemito-granodiorito (TTG) do extremo leste do Subdomínio de Transição, Província Carajás, Pará","authors":"Patrick Araujo dos Santos, Mayara Fraeda Barbosa Teixeira, R. Dall'agnol, Fabriciana Vieira Guimarães","doi":"10.46357/bcnaturais.v8i3.551","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v8i3.551","url":null,"abstract":"O extremo leste do Subdomínio de Transição da Província Carajás é dominado por associação formada essencialmente por tonalitos e trondjhemitos com granodioritos subordinados (TTG), todos apresentando biotita e epidoto magmático como principais minerais máficos. Os tonalitos e trondhjemitos apresentam similaridades geoquímicas com suítes TTG arqueanas, enquanto os granodioritos seguem um trend cálcio-alcalino e apresentam enriquecimento em K2O, Rb e Ba, quando comparados com os trondhjemitos dominantes. Os dados geoquímicos não indicam uma vinculação entre esses dois grupos de rochas, não havendo evidências de que os granodioritos derivem dos trondhjemitos por processos de cristalização fracionada ou fusão parcial de rochas TTG. Os tonalitos e trondhjemitos exibem afinidades com TTG de alta razão La/Yb e Sr/Y da Província Carajás, sugerindo que foram derivados de fontes à base de granada anfibolitos em altas pressões (cerca de 1,5 GPa) e tiveram sua evolução magmática controlada pelo fracionamento de granada e, possivelmente, anfibólio. A ampla distribuição da associação TTG na área estudada implica a existência expressiva de rochas tipo TTG no Subdomínio de Transição, o que pode fortalecer a hipótese de que o Subdomínio de Transição represente uma extensão do Domínio Rio Maria, mas afetado por eventos de retrabalhamento crustal neoarqueanos.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-02-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78537996","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-02-25DOI: 10.46357/bcnaturais.v8i3.554
Roseli Dias dos Santos, Marcos Antonio Galarza, Davis Carvalho de Oliveira
O Diopsídio-Norito Pium ocorre a sul da Bacia Carajás e é constituído por noritos (± gabronoritos), quartzo-gabros com variações para enderbitos e, de maneira restrita, rochas cumuláticas. Relações de contemporaneidade (magma mingling) são observadas, uma vez que a variedade de composição norítica ocorre ora como enclaves angulosos e de contatos retilíneos no interior das rochas quartzo-gabroicas, evidenciando alto contraste de viscosidade, ora como um enxame de enclaves arredondados (blebs/autólitos) no interior da variedade hornblenda-gabro. Os dados geoquímicos demonstram que estas rochas possuem enriquecimento em FeOt em relação ao MgO, apontando a natureza subalcalina toleítica das mesmas, e uma origem a partir da fusão parcial do manto peridotítico. Diagramas de ambiência tectônica evidenciam que estas rochas possuem afinidades geoquímicas com basaltos intraplacas e apontam para um processo de evolução magmática a partir dos noritos até os enderbitos. Idades Pb-Pb obtidas para estas rochas, entre 2745 ± 1 Ma e 2744 ± 1 Ma, são consideradas suas idades de cristalização. As análises Sm-Nd forneceram idades-modelo TDM entre 3,14 e 3,06 Ga, e valores de εNd (T = 2,74 Ga) entre -2,78 e -1,58, indicando um significativo envolvimento de fontes crustais em sua gênese. As idades-modelo confirmam um importante período de formação de crosta no Mesoarqueano na Província Carajás.
{"title":"Geologia, geoquímica e geocronologia do Diopsídio-Norito Pium, Província Carajás","authors":"Roseli Dias dos Santos, Marcos Antonio Galarza, Davis Carvalho de Oliveira","doi":"10.46357/bcnaturais.v8i3.554","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v8i3.554","url":null,"abstract":"O Diopsídio-Norito Pium ocorre a sul da Bacia Carajás e é constituído por noritos (± gabronoritos), quartzo-gabros com variações para enderbitos e, de maneira restrita, rochas cumuláticas. Relações de contemporaneidade (magma mingling) são observadas, uma vez que a variedade de composição norítica ocorre ora como enclaves angulosos e de contatos retilíneos no interior das rochas quartzo-gabroicas, evidenciando alto contraste de viscosidade, ora como um enxame de enclaves arredondados (blebs/autólitos) no interior da variedade hornblenda-gabro. Os dados geoquímicos demonstram que estas rochas possuem enriquecimento em FeOt em relação ao MgO, apontando a natureza subalcalina toleítica das mesmas, e uma origem a partir da fusão parcial do manto peridotítico. Diagramas de ambiência tectônica evidenciam que estas rochas possuem afinidades geoquímicas com basaltos intraplacas e apontam para um processo de evolução magmática a partir dos noritos até os enderbitos. Idades Pb-Pb obtidas para estas rochas, entre 2745 ± 1 Ma e 2744 ± 1 Ma, são consideradas suas idades de cristalização. As análises Sm-Nd forneceram idades-modelo TDM entre 3,14 e 3,06 Ga, e valores de εNd (T = 2,74 Ga) entre -2,78 e -1,58, indicando um significativo envolvimento de fontes crustais em sua gênese. As idades-modelo confirmam um importante período de formação de crosta no Mesoarqueano na Província Carajás.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-02-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81017919","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-02-25DOI: 10.46357/bcnaturais.v8i3.558
Julia Draghi, Vânia Soares Alves
A restinga é um ambiente relativamente pouco evoluído e apresenta uma avifauna pobre em espécies. O objetivo deste trabalho foi estudar a dieta do tiê-sangue (Ramphocelus bresilius) no Parque Natural Municipal Chico Mendes, localizado na cidade do Rio de Janeiro, onde predominam restingas secas e brejosas. Os tiês-sangue foram capturados em redes, entre agosto de 2004 e novembro de 2005, e receberam o tártaro emético, resultando em 41 regurgitações induzidas e/ou amostras de fezes. Detectamos que 32% das amostras eram compostas apenas de itens de origem vegetal, 8% apenas de itens de origem animal e 58% de itens vegetais e animais. Sementes de Ficus sp. foram encontradas em 36% das amostras, bem como Alchornea triplinervia (19%), Lantana camara (9%), Cestrum sp. (4%), Ficus religiosa (4%), além de Psychotria sp., Myrsine sp., Piper sp1, Piper sp2, Cecropia sp. e morfotipos (1, 2 e 3), com 2% cada uma. Itens vegetais não identificados somaram 11% das amostras. Dos invertebrados identificados, os artrópodes coleópteros foram a ordem mais encontrada (30,2%). Ramphocelus bresilius é uma espécie onívora. A coleta sistemática de espécies vegetais na área resultaria em uma base de dados mais consistente e funcional para auxiliar na identificação das sementes encontradas.
{"title":"Dieta do tiê-sangue (Ramphocelus bresilius) em uma área de restinga urbana no Sudeste do Brasil","authors":"Julia Draghi, Vânia Soares Alves","doi":"10.46357/bcnaturais.v8i3.558","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v8i3.558","url":null,"abstract":"A restinga é um ambiente relativamente pouco evoluído e apresenta uma avifauna pobre em espécies. O objetivo deste trabalho foi estudar a dieta do tiê-sangue (Ramphocelus bresilius) no Parque Natural Municipal Chico Mendes, localizado na cidade do Rio de Janeiro, onde predominam restingas secas e brejosas. Os tiês-sangue foram capturados em redes, entre agosto de 2004 e novembro de 2005, e receberam o tártaro emético, resultando em 41 regurgitações induzidas e/ou amostras de fezes. Detectamos que 32% das amostras eram compostas apenas de itens de origem vegetal, 8% apenas de itens de origem animal e 58% de itens vegetais e animais. Sementes de Ficus sp. foram encontradas em 36% das amostras, bem como Alchornea triplinervia (19%), Lantana camara (9%), Cestrum sp. (4%), Ficus religiosa (4%), além de Psychotria sp., Myrsine sp., Piper sp1, Piper sp2, Cecropia sp. e morfotipos (1, 2 e 3), com 2% cada uma. Itens vegetais não identificados somaram 11% das amostras. Dos invertebrados identificados, os artrópodes coleópteros foram a ordem mais encontrada (30,2%). Ramphocelus bresilius é uma espécie onívora. A coleta sistemática de espécies vegetais na área resultaria em uma base de dados mais consistente e funcional para auxiliar na identificação das sementes encontradas.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-02-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81116480","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-02-25DOI: 10.46357/bcnaturais.v8i3.557
Leandro Costa Silvestre, Sergio Romero da Silva Xavier
O presente estudo trata de um levantamento florístico-taxonômico das espécies de samambaias ocorrentes na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Pacatuba, no município de Sapé, estado da Paraíba, Brasil. A unidade de conservação compreende uma Floresta Estacional Semidecidual, com área total de 266,53 hectares. Foram registradas dez famílias, 18 gêneros e 24 espécies de samambaias. As famílias mais representativas foram Pteridaceae, com oito espécies, e Thelypteridaceae, com quatro espécies. As espécies Adiantum obliquum Willd., Adiantum petiolatum Desv., Didymoglossum ovale E. Fourn. e Thelypteris macrophylla (Kunze) C.V. Morton são citadas como novas referências para o estado da Paraíba. O registro dessas novas ocorrências evidencia a necessidade de pesquisas voltadas para a flora de plantas vasculares sem sementes, para que se tenha um melhor entendimento sobre a biodiversidade no estado da Paraíba.
{"title":"Samambaias em fragmento de Mata Atlântica, Sapé, Paraíba, Brasil","authors":"Leandro Costa Silvestre, Sergio Romero da Silva Xavier","doi":"10.46357/bcnaturais.v8i3.557","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v8i3.557","url":null,"abstract":"O presente estudo trata de um levantamento florístico-taxonômico das espécies de samambaias ocorrentes na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Pacatuba, no município de Sapé, estado da Paraíba, Brasil. A unidade de conservação compreende uma Floresta Estacional Semidecidual, com área total de 266,53 hectares. Foram registradas dez famílias, 18 gêneros e 24 espécies de samambaias. As famílias mais representativas foram Pteridaceae, com oito espécies, e Thelypteridaceae, com quatro espécies. As espécies Adiantum obliquum Willd., Adiantum petiolatum Desv., Didymoglossum ovale E. Fourn. e Thelypteris macrophylla (Kunze) C.V. Morton são citadas como novas referências para o estado da Paraíba. O registro dessas novas ocorrências evidencia a necessidade de pesquisas voltadas para a flora de plantas vasculares sem sementes, para que se tenha um melhor entendimento sobre a biodiversidade no estado da Paraíba.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-02-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"80554021","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-02-25DOI: 10.46357/bcnaturais.v8i3.555
Chrystopher Garahi da Silva, Davis Carvalho de Oliveira
O mapeamento geológico do extremo norte do Domínio Rio Maria possibilitou a individualização de associações tonalito-trondhjemito-granodiorito (TTG) e granodioritos. Os granitoides TTG foram distinguidos em duas unidades principais, uma dominantemente tonalítica-trondhjemítica, para a qual foi mantida a designação de Tonalito Caracol, e outra, trondhjemítica, correlacionada ao Trondhjemito Mogno. O comportamento geoquímico dessas rochas denota que elas fazem parte do grupo de alto Al2O3, geralmente com alto conteúdo de Na2O e baixo de K2O, exibindo variações no conteúdo de elementos terras raras (ETR) pesados. Diferem pelos conteúdos mais elevados de Al2O3, Sr, e maiores razões (La/Yb)N e Sr/Y do biotita-trondhjemito, quando comparados com o epidoto-biotita-tonalito. Os granodioritos foram divididos em dois grupos: biotita-granodiorito e leucogranodiorito. Ambos são intrusivos nas unidades TTG e dintinguem-se pelo grau de saussuritização do plagioclásio, que é mais intenso nas variedades leucogranodioríticas, e pelo maior grau de anisotropia do biotita-granodiorito. Este último exibe enriquecimento relativo em Al2O3, CaO e Na2O, marcante anomalia positiva de Eu e padrão fortemente fracionado de elementos terras raras pesados (ETRP), assim como ligeiro empobrecimento em K2O em relação ao leucogranodiorito. As relações de campo e os dados geoquímicos mostram que as rochas granodioríticas não podem ser produto de diferenciação dos TTG, sendo consideradas como unidades distintas.
{"title":"Geologia, petrografia e geoquímica das associações TTG e leucogranodioritos do extremo norte do Domínio Rio Maria, Província Carajás","authors":"Chrystopher Garahi da Silva, Davis Carvalho de Oliveira","doi":"10.46357/bcnaturais.v8i3.555","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v8i3.555","url":null,"abstract":"O mapeamento geológico do extremo norte do Domínio Rio Maria possibilitou a individualização de associações tonalito-trondhjemito-granodiorito (TTG) e granodioritos. Os granitoides TTG foram distinguidos em duas unidades principais, uma dominantemente tonalítica-trondhjemítica, para a qual foi mantida a designação de Tonalito Caracol, e outra, trondhjemítica, correlacionada ao Trondhjemito Mogno. O comportamento geoquímico dessas rochas denota que elas fazem parte do grupo de alto Al2O3, geralmente com alto conteúdo de Na2O e baixo de K2O, exibindo variações no conteúdo de elementos terras raras (ETR) pesados. Diferem pelos conteúdos mais elevados de Al2O3, Sr, e maiores razões (La/Yb)N e Sr/Y do biotita-trondhjemito, quando comparados com o epidoto-biotita-tonalito. Os granodioritos foram divididos em dois grupos: biotita-granodiorito e leucogranodiorito. Ambos são intrusivos nas unidades TTG e dintinguem-se pelo grau de saussuritização do plagioclásio, que é mais intenso nas variedades leucogranodioríticas, e pelo maior grau de anisotropia do biotita-granodiorito. Este último exibe enriquecimento relativo em Al2O3, CaO e Na2O, marcante anomalia positiva de Eu e padrão fortemente fracionado de elementos terras raras pesados (ETRP), assim como ligeiro empobrecimento em K2O em relação ao leucogranodiorito. As relações de campo e os dados geoquímicos mostram que as rochas granodioríticas não podem ser produto de diferenciação dos TTG, sendo consideradas como unidades distintas.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-02-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83024684","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-02-25DOI: 10.46357/bcnaturais.v8i3.559
F. Maffei, Ronis Da Silveira
A presente comunicação relata o primeiro registro de desova conjunta de fêmeas de tracajá (Podocnemis unifilis) em um ninho de jacaré-açu (Melanosuchus niger) em área de savana alagada no município de Oiapoque, norte do estado do Amapá, Amazônia brasileira. No interior do ninho do M. niger encontramos 182 ovos de P. unifilis, divididos em oito posturas.
{"title":"Primeiro relato de desovas múltiplas de tracajá (Podocnemis unifilis) em ninho de jacaré-açu (Melanosuchus niger) na Amazônia","authors":"F. Maffei, Ronis Da Silveira","doi":"10.46357/bcnaturais.v8i3.559","DOIUrl":"https://doi.org/10.46357/bcnaturais.v8i3.559","url":null,"abstract":"A presente comunicação relata o primeiro registro de desova conjunta de fêmeas de tracajá (Podocnemis unifilis) em um ninho de jacaré-açu (Melanosuchus niger) em área de savana alagada no município de Oiapoque, norte do estado do Amapá, Amazônia brasileira. No interior do ninho do M. niger encontramos 182 ovos de P. unifilis, divididos em oito posturas.","PeriodicalId":34868,"journal":{"name":"Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi Ciencias Naturais","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-02-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76189173","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}