Pub Date : 2018-12-29DOI: 10.17074/CPC.V1I36.21708
Arthur Pereira dos Santos
Em homenagem ao bimilenário da morte de Ovídio (43 AEC - 17/18 EC), apresentamos aqui uma tradução poética de um célebre episódio das suas Metamorfoses, em que o marinheiro Acestes narra a Penteu, rei de Tebas, o sequestro de Baco por piratas etruscos e os desdobramentos de tamanho sacrilégio. Trata-se de um tema clássico por excelência, abordado pela primeira vez no Hino Homérico a Dioniso, por volta do século VII AEC, passando pela poesia latina do período augustano, da qual Ovídio foi o último expoente, e chegando até o grande poeta norte-americano Ezra Pound (1885-1972), que o incluiu na sua obra-prima Os Cantos. Em vez de usarmos um verso tradicional, como o decassílabo ou o dodecassílabo, para verter os hexâmetros datílicos originais, optamos por um verso de extensão variável, constituído de dois hemistíquios, sendo o segundo geralmente mais longo que o primeiro e finalizado por cláusula hexamétrica. Além disso, para marcar o aspecto sobrenatural que Ovídio atribui a Baco (vv. 609-10), adotamos na tradução diferentes registros linguísticos para afastá-lo das demais personagens. Assim, reservamos ao deus uma linguagem altamente formal, quase artificial, e aos piratas, um registro mais corriqueiro. Palavras-chave: Ovídio; Metamorfoses; Baco; tradução; métrica.
{"title":"BACO E OS PIRATAS: METAMORFOSES III, 597-691","authors":"Arthur Pereira dos Santos","doi":"10.17074/CPC.V1I36.21708","DOIUrl":"https://doi.org/10.17074/CPC.V1I36.21708","url":null,"abstract":"Em homenagem ao bimilenário da morte de Ovídio (43 AEC - 17/18 EC), apresentamos aqui uma tradução poética de um célebre episódio das suas Metamorfoses, em que o marinheiro Acestes narra a Penteu, rei de Tebas, o sequestro de Baco por piratas etruscos e os desdobramentos de tamanho sacrilégio. Trata-se de um tema clássico por excelência, abordado pela primeira vez no Hino Homérico a Dioniso, por volta do século VII AEC, passando pela poesia latina do período augustano, da qual Ovídio foi o último expoente, e chegando até o grande poeta norte-americano Ezra Pound (1885-1972), que o incluiu na sua obra-prima Os Cantos. Em vez de usarmos um verso tradicional, como o decassílabo ou o dodecassílabo, para verter os hexâmetros datílicos originais, optamos por um verso de extensão variável, constituído de dois hemistíquios, sendo o segundo geralmente mais longo que o primeiro e finalizado por cláusula hexamétrica. Além disso, para marcar o aspecto sobrenatural que Ovídio atribui a Baco (vv. 609-10), adotamos na tradução diferentes registros linguísticos para afastá-lo das demais personagens. Assim, reservamos ao deus uma linguagem altamente formal, quase artificial, e aos piratas, um registro mais corriqueiro. Palavras-chave: Ovídio; Metamorfoses; Baco; tradução; métrica.","PeriodicalId":354132,"journal":{"name":"CALÍOPE: Presença Clássica","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114819168","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-27DOI: 10.17074/CPC.V1I36.21617
Alfred Dunshirn
Dieser Beitrag ist der Versuch eines Vergleichs der Philosophie Platons und Nāgārjunas. Im Zentrum steht dabei der Augenblick. Durch ihn als dem Umschlagspunkt sind verschiedene, gegensätzliche Bestimmungen verknüpft. Dies kann als Paradoxie aufgefasst werden, aber ebenso als Ausdruck höchster Geistigkeit.
{"title":"DER AUGENBLICK (EXAIPHNES) ALS AUSGANGSPUNKT EINES VERGLEICHES DER PHILOSOPHIE PLATONS UND NĀGĀRJUNAS","authors":"Alfred Dunshirn","doi":"10.17074/CPC.V1I36.21617","DOIUrl":"https://doi.org/10.17074/CPC.V1I36.21617","url":null,"abstract":"Dieser Beitrag ist der Versuch eines Vergleichs der Philosophie Platons und Nāgārjunas. Im Zentrum steht dabei der Augenblick. Durch ihn als dem Umschlagspunkt sind verschiedene, gegensätzliche Bestimmungen verknüpft. Dies kann als Paradoxie aufgefasst werden, aber ebenso als Ausdruck höchster Geistigkeit.","PeriodicalId":354132,"journal":{"name":"CALÍOPE: Presença Clássica","volume":"2014 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127463417","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-26DOI: 10.17074/CPC.V1I35.22545
Ioannis Petropoulos
A Ilíada e a Odisseia contam com entradas e saidas dramáticas. Algumas dessas fazem parte do “drama social” de fala, de gesticulações e de movimento em um palácio. O comportamento áulico pode adquirir um peso simbólico enorme: por exemplo, a entrada de Odisseu no palácio do rei Alcinoo (7.83) e a sua teatral auto-humilhação junto à fogueira do palácio (7.153 sqq.). A entrada de Odisseu e a sua autorrevelação espetaculosa no seu palácio no começo de Odisseia XXII são altamente dramáticas e são u m coup de théâtre. O seu pulo para ação leva os pretendentes a reconhecê-lo e significa a merecida desgraça deles. Essa mudança repentina do curso dos eventos, que coincide com a virada (peripeteia) representa o que Aristóteles, na suaPoética, iria categorizar como o tipo mais requintado de reconhecimento trágico.
{"title":"A coup de theâtre in the Odyssey","authors":"Ioannis Petropoulos","doi":"10.17074/CPC.V1I35.22545","DOIUrl":"https://doi.org/10.17074/CPC.V1I35.22545","url":null,"abstract":"A Ilíada e a Odisseia contam com entradas e saidas dramáticas. Algumas dessas fazem parte do “drama social” de fala, de gesticulações e de movimento em um palácio. O comportamento áulico pode adquirir um peso simbólico enorme: por exemplo, a entrada de Odisseu no palácio do rei Alcinoo (7.83) e a sua teatral auto-humilhação junto à fogueira do palácio (7.153 sqq.). A entrada de Odisseu e a sua autorrevelação espetaculosa no seu palácio no começo de Odisseia XXII são altamente dramáticas e são u m coup de théâtre. O seu pulo para ação leva os pretendentes a reconhecê-lo e significa a merecida desgraça deles. Essa mudança repentina do curso dos eventos, que coincide com a virada (peripeteia) representa o que Aristóteles, na suaPoética, iria categorizar como o tipo mais requintado de reconhecimento trágico.","PeriodicalId":354132,"journal":{"name":"CALÍOPE: Presença Clássica","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133812163","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-25DOI: 10.17074/cpc.v1i35.22567
Archimandrite Patapios
O foco deste artigo é o conceito de cosmopolitismo, que é a ideia que o ser humano não é restrito nem definido pela localidade imediata de uma cidade ou mesmo de um país, mas que ele é, em certa maneira, cidadão do mundo inteiro ou, pelo menos, possui uma afinidade com todos os outros membros da raça humana, baseada numa comum e universal constituição psicofísica (aquela de corpo e alma) e, mais específicamente, no fato de todos os seres humanos serem dotados de razão. Após ter resumido o papel da pólisna Grécia antiga, exibo o crescimento do cosmopolitismo desde suas raízes nos cínicos até seu desenvolvimento e sua transformação através dos padres da Igreja grega, tocando brevemente certos aspectos da teoria política de Aristóteles e particularmente o seu criticismo distorcido dos cínicos. Parto da posição de demonstrar que há uma progressão definitiva no pensamento grego. Essa progressão parte da centralidade da pólisem direção a uma atitude mais aberta e generosa, não somente para com aqueles que pertencem (como cidadãos) a outras póleise aqueles que pertencem, em virtude do sexo ou do estado social, a nenhuma pólis, mas também para com aqueles que existem muito além dos limites da sua própria pólis.
{"title":"“Here Have We No Abiding City”: From the Ancient Greek Polis to the Christian Cosmopolis","authors":"Archimandrite Patapios","doi":"10.17074/cpc.v1i35.22567","DOIUrl":"https://doi.org/10.17074/cpc.v1i35.22567","url":null,"abstract":"O foco deste artigo é o conceito de cosmopolitismo, que é a ideia que o ser humano não é restrito nem definido pela localidade imediata de uma cidade ou mesmo de um país, mas que ele é, em certa maneira, cidadão do mundo inteiro ou, pelo menos, possui uma afinidade com todos os outros membros da raça humana, baseada numa comum e universal constituição psicofísica (aquela de corpo e alma) e, mais específicamente, no fato de todos os seres humanos serem dotados de razão. Após ter resumido o papel da pólisna Grécia antiga, exibo o crescimento do cosmopolitismo desde suas raízes nos cínicos até seu desenvolvimento e sua transformação através dos padres da Igreja grega, tocando brevemente certos aspectos da teoria política de Aristóteles e particularmente o seu criticismo distorcido dos cínicos. Parto da posição de demonstrar que há uma progressão definitiva no pensamento grego. Essa progressão parte da centralidade da pólisem direção a uma atitude mais aberta e generosa, não somente para com aqueles que pertencem (como cidadãos) a outras póleise aqueles que pertencem, em virtude do sexo ou do estado social, a nenhuma pólis, mas também para com aqueles que existem muito além dos limites da sua própria pólis.","PeriodicalId":354132,"journal":{"name":"CALÍOPE: Presença Clássica","volume":"61 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128614740","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-25DOI: 10.17074/cpc.v1i35.22568
R. Tosi
Nella cultura italiana, ai più diversi livelli, ampio è l’uso di espressioni proverbiali latine: notevole è ad es. il loro impiego da parte di Manzoni nei Promessi Sposi, anche a indicare la separazione fra le classi sociali, e in tutta la letteratura dell’Ottocento esse sono particolarmente frequenti. Nel Novecento si nota la volontà da parte di molti autori di ridare forza a frasi ormai divenute troppo comuni e che hanno perduto l’efficacia originaria; esse si ritrovano soprattutto in autori dotti come Umberto Eco, ma – in particolare negli anni ’50, ’60 anche in espressioni artistiche popolari, come i film della Commedia all’Italiana. Un capitolo a parte costituisce infine l’utilizzo da parte della classe politica, più o meno dotta.
{"title":"Riusi di proverbi latini nella cultura italiana","authors":"R. Tosi","doi":"10.17074/cpc.v1i35.22568","DOIUrl":"https://doi.org/10.17074/cpc.v1i35.22568","url":null,"abstract":"Nella cultura italiana, ai più diversi livelli, ampio è l’uso di espressioni proverbiali latine: notevole è ad es. il loro impiego da parte di Manzoni nei Promessi Sposi, anche a indicare la separazione fra le classi sociali, e in tutta la letteratura dell’Ottocento esse sono particolarmente frequenti. Nel Novecento si nota la volontà da parte di molti autori di ridare forza a frasi ormai divenute troppo comuni e che hanno perduto l’efficacia originaria; esse si ritrovano soprattutto in autori dotti come Umberto Eco, ma – in particolare negli anni ’50, ’60 anche in espressioni artistiche popolari, come i film della Commedia all’Italiana. Un capitolo a parte costituisce infine l’utilizzo da parte della classe politica, più o meno dotta.","PeriodicalId":354132,"journal":{"name":"CALÍOPE: Presença Clássica","volume":"83 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115755460","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-25DOI: 10.17074/CPC.V1I35.22547
E. Tatasciore
O modo do poeta e erudito Giovanni Pascoli de acessar a literatura antiga e entre os mais inovadores na área da cultura italiana entre os sec. XIX e XX – a epoca que Pascoli chama de “a nova era”. O artigo foca no comentário sobre a Eneida em Epos, uma antologia de literatura epica latina publicada por Pascoli em 1897. O comentário conta com muitos exemplos de uma sensibilidade original para com aquilo que, no poema, pode ser chamado de “científico”, por exemplo, o interesse de Virgílio na natureza (botânica e ornitologia) como tambem nos aspetos psicológicos dos sonhos. Alem disso, a mitologia e abordada por Pascoli atraves de uma perspectiva moderna, alimentada por estudos em mitologia comparada. Sendo assim, o artigo reconstrói parte das fontes não literárias que ajudaram a Pascoli na criação do comentário: entre outros, A. Pokorny e G. Briosi a respeito da área botânica; E. Brehm a respeito da ornitologia; G. Dandolo a respeito da psicologia; K.O. Müller a respeito da mitologia.
{"title":"Commentare Virgilio per l’«èra nuova»: Epos di Giovanni Pascoli","authors":"E. Tatasciore","doi":"10.17074/CPC.V1I35.22547","DOIUrl":"https://doi.org/10.17074/CPC.V1I35.22547","url":null,"abstract":"O modo do poeta e erudito Giovanni Pascoli de acessar a literatura antiga e entre os mais inovadores na área da cultura italiana entre os sec. XIX e XX – a epoca que Pascoli chama de “a nova era”. O artigo foca no comentário sobre a Eneida em Epos, uma antologia de literatura epica latina publicada por Pascoli em 1897. O comentário conta com muitos exemplos de uma sensibilidade original para com aquilo que, no poema, pode ser chamado de “científico”, por exemplo, o interesse de Virgílio na natureza (botânica e ornitologia) como tambem nos aspetos psicológicos dos sonhos. Alem disso, a mitologia e abordada por Pascoli atraves de uma perspectiva moderna, alimentada por estudos em mitologia comparada. Sendo assim, o artigo reconstrói parte das fontes não literárias que ajudaram a Pascoli na criação do comentário: entre outros, A. Pokorny e G. Briosi a respeito da área botânica; E. Brehm a respeito da ornitologia; G. Dandolo a respeito da psicologia; K.O. Müller a respeito da mitologia.","PeriodicalId":354132,"journal":{"name":"CALÍOPE: Presença Clássica","volume":"744 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122976201","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-25DOI: 10.17074/cpc.v1i35.22546
A. Tedeschi
A criação da personagem sombria de Catilina, que domina a peça de Ben Jonson, Catilina, sua conspiração, e resultado de uma leitura atenta pelo autor, que se dedicou a fontes antigas. Na sua reelaboração pessoal da história, Jonson modela fatos e personagens históricos, e os transpõe do codigo narrativo para o teatral. Na sua transposição em palavras e ações daquilo que e narrado pelas fontes, o impacto no público e amplificado: o processo de demonização de Catilina, que começou na Antiquidade com Cícero e Salusto, e completado. A análise de Cíc. Catil. 1, 16 e de Sal. Catil. 22 serve como exemplo: a forma mágico-sacra usada por esses autores antigos atribui um valor negativo ao carisma de Catilina e entrega à posteridade o retrato do genio mau e do subversivo por excelência.
{"title":"Catilina nel teatro di Ben Jonson: un ‘revenant’ cicero-sallustiano","authors":"A. Tedeschi","doi":"10.17074/cpc.v1i35.22546","DOIUrl":"https://doi.org/10.17074/cpc.v1i35.22546","url":null,"abstract":"A criação da personagem sombria de Catilina, que domina a peça de Ben Jonson, Catilina, sua conspiração, e resultado de uma leitura atenta pelo autor, que se dedicou a fontes antigas. Na sua reelaboração pessoal da história, Jonson modela fatos e personagens históricos, e os transpõe do codigo narrativo para o teatral. Na sua transposição em palavras e ações daquilo que e narrado pelas fontes, o impacto no público e amplificado: o processo de demonização de Catilina, que começou na Antiquidade com Cícero e Salusto, e completado. A análise de Cíc. Catil. 1, 16 e de Sal. Catil. 22 serve como exemplo: a forma mágico-sacra usada por esses autores antigos atribui um valor negativo ao carisma de Catilina e entrega à posteridade o retrato do genio mau e do subversivo por excelência.","PeriodicalId":354132,"journal":{"name":"CALÍOPE: Presença Clássica","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124832922","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-25DOI: 10.17074/CPC.V1I35.22916
G. Nagy
O texto investiga acerca da identidade e do papel da(s) musa(s) na Ilíada, colocando em questão porque a musa singular do primeiro canto tem sido reinvocada no canto dois como conjunto de múltiplas musas.
{"title":"A re-invocation of the Muse for the Homeric Iliad","authors":"G. Nagy","doi":"10.17074/CPC.V1I35.22916","DOIUrl":"https://doi.org/10.17074/CPC.V1I35.22916","url":null,"abstract":"O texto investiga acerca da identidade e do papel da(s) musa(s) na Ilíada, colocando em questão porque a musa singular do primeiro canto tem sido reinvocada no canto dois como conjunto de múltiplas musas.","PeriodicalId":354132,"journal":{"name":"CALÍOPE: Presença Clássica","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122974251","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-25DOI: 10.17074/cpc.v1i35.22548
G. Cipriani, G. M. Masselli
Em julho de 1921, foi apresentada na Itália uma opereta musical, organizada pelos compositores U. Giordano e A. Franchetti e pelos libretistas L. Illica e E. Romagnoli, e intitulada Júpiter em Pompeia, dando vida a um pastiche singular, enriquecido por uma música espumante e alegre (alem da reutilização do gênero cômico d a Atelana). Os autores propunham aos espectadores, em forma paródica, a tragedia humana que atingiu Pompeia, Herculano e Estábia em consequência da erupção do Vesúvio em 79 d.C. Para mediar a detorsio in comicum do acontecimento trágico, serviram a recuperação da tópica clássica ligada aos amores de Júpiter e a estravagante atribuição da ruina de Pompeia à prática de um tráfico desonesto de falsos achados arqueológicos ‘ante litteram’, tráfico no qual estavam envolvidas ate as estátuas dos deuses. Daí, a descida para a terra de um já ‘decadente’ Júpiter, com a intenção de punir os pompeianos, e a consequente ‘descoberta’ do responsável das falsas escavações, dando uma cantada no mais alto deus atraves de um amor com uma camponesa ingênua.
1921年7月,被意大利歌剧音乐,由作曲家佐丹奴和g Franchetti和libretistas l . Illica庞贝古城,Romagnoli,和木星,给予生命的独特的混合物,包括一个闪闪发光的、欢快的音乐(除了重用的喜剧d Atelana)的蜗牛。作者提出了观众的人类悲剧,拙劣的形状,达到了庞贝和赫库兰尼姆Estábia在公元79年的维苏威火山爆发时的结果执行的detorsio comicum的悲剧,都是经典的局部的复苏与木星的爱恋和庞贝毁灭的豪华配置的恳请走私假考古发现‘主litteram’,他们走私的涉及到众神的雕像。因此,一个已经“堕落”的朱庇特来到地球,意图惩罚庞贝人,并随后“发现”了虚假挖掘的责任人,通过对一个天真的农民的爱,向最高的上帝歌唱。
{"title":"Pompei in sol bemolle: gli amori di giove e lalage alla prova dell’operetta","authors":"G. Cipriani, G. M. Masselli","doi":"10.17074/cpc.v1i35.22548","DOIUrl":"https://doi.org/10.17074/cpc.v1i35.22548","url":null,"abstract":"Em julho de 1921, foi apresentada na Itália uma opereta musical, organizada pelos compositores U. Giordano e A. Franchetti e pelos libretistas L. Illica e E. Romagnoli, e intitulada Júpiter em Pompeia, dando vida a um pastiche singular, enriquecido por uma música espumante e alegre (alem da reutilização do gênero cômico d a Atelana). Os autores propunham aos espectadores, em forma paródica, a tragedia humana que atingiu Pompeia, Herculano e Estábia em consequência da erupção do Vesúvio em 79 d.C. Para mediar a detorsio in comicum do acontecimento trágico, serviram a recuperação da tópica clássica ligada aos amores de Júpiter e a estravagante atribuição da ruina de Pompeia à prática de um tráfico desonesto de falsos achados arqueológicos ‘ante litteram’, tráfico no qual estavam envolvidas ate as estátuas dos deuses. Daí, a descida para a terra de um já ‘decadente’ Júpiter, com a intenção de punir os pompeianos, e a consequente ‘descoberta’ do responsável das falsas escavações, dando uma cantada no mais alto deus atraves de um amor com uma camponesa ingênua.","PeriodicalId":354132,"journal":{"name":"CALÍOPE: Presença Clássica","volume":"56 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130563606","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-25DOI: 10.17074/CPC.V1I35.22566
Sylvana Chrysakopoulou
No presente artigo, pretendo mostrar as semelhanças entre a elegia de banquete (21 DK B 1) de Xenófanes e as Purificações (31 DK B 128) de Empédocles que ambos têm o projeto comum de reformar a religião helénica através da abolição do sacrifício animal. Um λογόδειπνον, como explicado por Xenófanes, é considerado a melhor oferenda a Deus
{"title":"Du banquet de Xénophane aux Purifications d'Empedocle","authors":"Sylvana Chrysakopoulou","doi":"10.17074/CPC.V1I35.22566","DOIUrl":"https://doi.org/10.17074/CPC.V1I35.22566","url":null,"abstract":"No presente artigo, pretendo mostrar as semelhanças entre a elegia de banquete (21 DK B 1) de Xenófanes e as Purificações (31 DK B 128) de Empédocles que ambos têm o projeto comum de reformar a religião helénica através da abolição do sacrifício animal. Um λογόδειπνον, como explicado por Xenófanes, é considerado a melhor oferenda a Deus","PeriodicalId":354132,"journal":{"name":"CALÍOPE: Presença Clássica","volume":"89 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124610073","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}