Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220040.2
Lucas Vinícius de Lima, Gabriel Pavinati, Isadora Gabriella Pascholotto Silva, Debora Moreira de Oliveira Moura, Nelly Lopes Moraes Gil, Gabriela Tavares Magnabosco
RESUMO Objetivo: Caracterizar a tendência temporal e o comportamento espacial da hanseníase no Brasil, de 2011 a 2021. Métodos: Estudo ecológico, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, obtidos em junho de 2022. Calculou-se a taxa de detecção anual de casos novos de hanseníase por 100 mil habitantes. Para estimar a tendência das séries 2011–2019 e 2011–2021, empregou-se o modelo de regressão polinomial, testando polinômios de primeira, segunda e terceira ordem. Para a espacialidade, utilizaram-se as quebras naturais e, posteriormente, as estatísticas univariadas de Moran global e local. Adotou-se o nível de significância de 5% e as análises foram realizadas no Statistical Package for the Social Sciences — SPSS®, GeoDa® e QGIS®. Resultados: Os achados apontaram para a tendência crescente da incidência de hanseníase no Brasil, nas regiões e em 20 unidades da federação entre 2011 e 2019; contudo, houve decréscimo em grande parte do país ao se considerarem os anos pandêmicos. A espacialidade revelou que as maiores taxas de detecção, em todo o período, foram observadas nas Regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, com clusters de alto risco, e as menores nas Regiões Sul e Sudeste, com aglomerados de baixo risco. Conclusão: A taxa de detecção da hanseníase apresentou tendência crescente no Brasil entre 2011 e 2019, com maior concentração espacial nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Entretanto, o estudo traz um alerta para a sustentabilidade programática do controle da hanseníase no Brasil, dada a queda evidenciada na pandemia, presumivelmente por influência da reorganização da oferta de ações e serviços anteposta àCOVID-19.
{"title":"Tendência temporal, distribuição e autocorrelação espacial da hanseníase no Brasil: estudo ecológico, 2011 a 2021","authors":"Lucas Vinícius de Lima, Gabriel Pavinati, Isadora Gabriella Pascholotto Silva, Debora Moreira de Oliveira Moura, Nelly Lopes Moraes Gil, Gabriela Tavares Magnabosco","doi":"10.1590/1980-549720220040.2","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220040.2","url":null,"abstract":"RESUMO Objetivo: Caracterizar a tendência temporal e o comportamento espacial da hanseníase no Brasil, de 2011 a 2021. Métodos: Estudo ecológico, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, obtidos em junho de 2022. Calculou-se a taxa de detecção anual de casos novos de hanseníase por 100 mil habitantes. Para estimar a tendência das séries 2011–2019 e 2011–2021, empregou-se o modelo de regressão polinomial, testando polinômios de primeira, segunda e terceira ordem. Para a espacialidade, utilizaram-se as quebras naturais e, posteriormente, as estatísticas univariadas de Moran global e local. Adotou-se o nível de significância de 5% e as análises foram realizadas no Statistical Package for the Social Sciences — SPSS®, GeoDa® e QGIS®. Resultados: Os achados apontaram para a tendência crescente da incidência de hanseníase no Brasil, nas regiões e em 20 unidades da federação entre 2011 e 2019; contudo, houve decréscimo em grande parte do país ao se considerarem os anos pandêmicos. A espacialidade revelou que as maiores taxas de detecção, em todo o período, foram observadas nas Regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste, com clusters de alto risco, e as menores nas Regiões Sul e Sudeste, com aglomerados de baixo risco. Conclusão: A taxa de detecção da hanseníase apresentou tendência crescente no Brasil entre 2011 e 2019, com maior concentração espacial nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Entretanto, o estudo traz um alerta para a sustentabilidade programática do controle da hanseníase no Brasil, dada a queda evidenciada na pandemia, presumivelmente por influência da reorganização da oferta de ações e serviços anteposta àCOVID-19.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308839","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220008.supl.2.1
Mary Anne Nascimento-Souza, Patrícia Pinheiro de Freitas, Mariana Souza Lopes, J.O.A Firmo, S. Peixoto, A. Lopes
RESUMO: Objetivo: Analisar o consumo alimentar de residentes de Brumadinho, Minas Gerais, Brasil, segundo as características sociodemográficas da vizinhança e a área de residência. Métodos: Estudo transversal com dados da linha de base do Projeto Saúde Brumadinho, conduzido com 2.805 indivíduos adultos. Os marcadores de alimentação saudável analisados foram frutas e hortaliças (FH), feijão e peixe; os não saudáveis foram doces e refrigerante/suco artificial, leite com teor integral de gordura e carne vermelha com gordura visível/frango com pele. Prevalências e intervalos de confiança de 95% foram calculados para a amostra total, segundo características sociodemográficas; presença de estabelecimentos comerciais de FH na vizinhança e área de residência, segundo rompimento da barragem. Resultados: Entre os marcadores de alimentação saudável, o mais prevalente foi o feijão (81,6%) e, entre os não saudáveis, leite com teor integral de gordura (68,8%) e carne vermelha com gordura visível/frango com pele (61,1%). Mulheres apresentaram maior consumo de FH, e homens, de feijão e peixe, sendo maiores as prevalências desses marcadores entre os indivíduos com maior escolaridade e renda. Os marcadores de alimentação não saudável foram mais prevalentes entre os homens, os mais jovens, indivíduos com menor escolaridade e renda e residentes em área diretamente atingida pelo rompimento da barragem ou região de mineração. Conclusão: Menos da metade dos participantes apresentou consumo regular ou recomendado de marcadores de alimentação saudável, exceto o feijão. Características individuais e área de residência foram associadas ao consumo alimentar dos indivíduos, devendo ser consideradas nas ações de promoção da alimentação adequada e saudável.
{"title":"Consumo alimentar em participantes do Projeto Saúde Brumadinho","authors":"Mary Anne Nascimento-Souza, Patrícia Pinheiro de Freitas, Mariana Souza Lopes, J.O.A Firmo, S. Peixoto, A. Lopes","doi":"10.1590/1980-549720220008.supl.2.1","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220008.supl.2.1","url":null,"abstract":"RESUMO: Objetivo: Analisar o consumo alimentar de residentes de Brumadinho, Minas Gerais, Brasil, segundo as características sociodemográficas da vizinhança e a área de residência. Métodos: Estudo transversal com dados da linha de base do Projeto Saúde Brumadinho, conduzido com 2.805 indivíduos adultos. Os marcadores de alimentação saudável analisados foram frutas e hortaliças (FH), feijão e peixe; os não saudáveis foram doces e refrigerante/suco artificial, leite com teor integral de gordura e carne vermelha com gordura visível/frango com pele. Prevalências e intervalos de confiança de 95% foram calculados para a amostra total, segundo características sociodemográficas; presença de estabelecimentos comerciais de FH na vizinhança e área de residência, segundo rompimento da barragem. Resultados: Entre os marcadores de alimentação saudável, o mais prevalente foi o feijão (81,6%) e, entre os não saudáveis, leite com teor integral de gordura (68,8%) e carne vermelha com gordura visível/frango com pele (61,1%). Mulheres apresentaram maior consumo de FH, e homens, de feijão e peixe, sendo maiores as prevalências desses marcadores entre os indivíduos com maior escolaridade e renda. Os marcadores de alimentação não saudável foram mais prevalentes entre os homens, os mais jovens, indivíduos com menor escolaridade e renda e residentes em área diretamente atingida pelo rompimento da barragem ou região de mineração. Conclusão: Menos da metade dos participantes apresentou consumo regular ou recomendado de marcadores de alimentação saudável, exceto o feijão. Características individuais e área de residência foram associadas ao consumo alimentar dos indivíduos, devendo ser consideradas nas ações de promoção da alimentação adequada e saudável.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67307985","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220010
Gabriela Cunha Corrêa Freitas de Oliveira, Rayssa Nogueira Rodrigues, Marialice Caetano da Silva, Gabriela Lourença Martins do Nascimento, Fernanda Moura Lanza, Josianne Dias Gusmão, Valéria Conceição de Oliveira, Eliete Albano de Azevedo Guimarães
OBJECTIVE To analyze the temporal trend of vaccination coverage for hepatitis A, measles, mumps and rubella, and varicella in a Brazilian state from 2014 to 2020. METHODS An ecological, time-series study that considered data from 853 municipalities in the state of Minas Gerais that compose the 14 regions of the state, these being the territorial units of analysis. Records of applied doses of hepatitis A, measles, mumps and rubella, and varicella vaccines registered in the Brazilian Immunization Information System were analyzed. Trends were estimated by Prais-Winsten regression and 95% confidence intervals of measures of variation were calculated. RESULTS Low vaccine coverage of hepatitis A, measles, mumps and rubella, and varicella was identified. Coverages above 95% were observed only in 2015 for the vaccine against hepatitis A (98.8%) and, in 2016, for varicella (98.4%). The measles, mumps and rubella vaccine showed coverage of less than 95% in all analyzed years. Decreases of 13.6 and 4.3% between the years 2019 and 2020 were identified for the measles, mumps and rubella, and hepatitis A vaccines, respectively. There was a decreasing trend in hepatitis A vaccination coverage in the South (p=0.041), East (p=0.030), and North (p=0.045) regions; and for the measles, mumps and rubella in Jequitinhonha Valley (p=0.002), East (p=0.004), and North (p=0.024) regions. Increasing coverage was observed only for varicella in eight regions of the state. CONCLUSIONS The data point to heterogeneity in the temporal behavior of vaccination coverage in Minas Gerais. The downward trend in some regions causes concern about the possibility of resurgence of diseases, such as measles, which until then had been controlled.
{"title":"Childhood vaccination coverage of hepatitis A, measles, mumps and rubella, and varicella: temporal trend analysis in Minas Gerais, Brazil.","authors":"Gabriela Cunha Corrêa Freitas de Oliveira, Rayssa Nogueira Rodrigues, Marialice Caetano da Silva, Gabriela Lourença Martins do Nascimento, Fernanda Moura Lanza, Josianne Dias Gusmão, Valéria Conceição de Oliveira, Eliete Albano de Azevedo Guimarães","doi":"10.1590/1980-549720220010","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220010","url":null,"abstract":"OBJECTIVE To analyze the temporal trend of vaccination coverage for hepatitis A, measles, mumps and rubella, and varicella in a Brazilian state from 2014 to 2020. METHODS An ecological, time-series study that considered data from 853 municipalities in the state of Minas Gerais that compose the 14 regions of the state, these being the territorial units of analysis. Records of applied doses of hepatitis A, measles, mumps and rubella, and varicella vaccines registered in the Brazilian Immunization Information System were analyzed. Trends were estimated by Prais-Winsten regression and 95% confidence intervals of measures of variation were calculated. RESULTS Low vaccine coverage of hepatitis A, measles, mumps and rubella, and varicella was identified. Coverages above 95% were observed only in 2015 for the vaccine against hepatitis A (98.8%) and, in 2016, for varicella (98.4%). The measles, mumps and rubella vaccine showed coverage of less than 95% in all analyzed years. Decreases of 13.6 and 4.3% between the years 2019 and 2020 were identified for the measles, mumps and rubella, and hepatitis A vaccines, respectively. There was a decreasing trend in hepatitis A vaccination coverage in the South (p=0.041), East (p=0.030), and North (p=0.045) regions; and for the measles, mumps and rubella in Jequitinhonha Valley (p=0.002), East (p=0.004), and North (p=0.024) regions. Increasing coverage was observed only for varicella in eight regions of the state. CONCLUSIONS The data point to heterogeneity in the temporal behavior of vaccination coverage in Minas Gerais. The downward trend in some regions causes concern about the possibility of resurgence of diseases, such as measles, which until then had been controlled.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":"25 1","pages":"e220010"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308445","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220027.2
Luan Miranda de Godoy, M. A. Pinheiro, Jordana Carolina Marques Godinho-Mota, Larissa Vaz-Gonçalves, Raquel Machado Schincaglia, Karine Anusca Martins, Luciana Bronzi de Souza
RESUMO Objetivo: Avaliar se a qualidade da dieta e seus componentes estão associados ao desenvolvimento de câncer de mama. Métodos: Trata-se de estudo caso-controle com a participação de 332 mulheres, sendo 114 casos e 218 controles. Os grupos foram pareados por idade, índice de massa corporal e estado menopausal. A qualidade da dieta foi avaliada pelo Índice de Qualidade da Dieta Revisado (IQD-R) e seus componentes. O consumo alimentar foi mensurado por meio da aplicação de três recordatórios alimentares de 24 horas e analisados no software NDS-R. Foi realizada regressão logística ajustada, estimativa de odds ratio (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC95%), com valor de p<0,05. Resultados: A pontuação do IQD-R, classificada em quartis, não diferiu entre os grupos no quartil inferior de qualidade da dieta (p=0,853). Os componentes cereais totais (p=0,038), gordura saturada (p=0,039) e Gord_AA (gordura, álcool e açúcar de adição) (p=0,023) tiveram maior pontuação no grupo caso. Já a pontuação de frutas totais (p=0,010) e leites e derivados (p=0,039) foi maior no grupo controle. Os componentes do IQD-R, assim como a qualidade da dieta, não se associaram ao desfecho investigado. Conclusão: A qualidade da dieta, avaliada pelo IQD-R e os seus componentes, não se associou ao câncer de mama.
{"title":"Índice de qualidade da dieta e seus componentes não se associaram ao desenvolvimento de câncer de mama: um estudo caso-controle","authors":"Luan Miranda de Godoy, M. A. Pinheiro, Jordana Carolina Marques Godinho-Mota, Larissa Vaz-Gonçalves, Raquel Machado Schincaglia, Karine Anusca Martins, Luciana Bronzi de Souza","doi":"10.1590/1980-549720220027.2","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220027.2","url":null,"abstract":"RESUMO Objetivo: Avaliar se a qualidade da dieta e seus componentes estão associados ao desenvolvimento de câncer de mama. Métodos: Trata-se de estudo caso-controle com a participação de 332 mulheres, sendo 114 casos e 218 controles. Os grupos foram pareados por idade, índice de massa corporal e estado menopausal. A qualidade da dieta foi avaliada pelo Índice de Qualidade da Dieta Revisado (IQD-R) e seus componentes. O consumo alimentar foi mensurado por meio da aplicação de três recordatórios alimentares de 24 horas e analisados no software NDS-R. Foi realizada regressão logística ajustada, estimativa de odds ratio (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC95%), com valor de p<0,05. Resultados: A pontuação do IQD-R, classificada em quartis, não diferiu entre os grupos no quartil inferior de qualidade da dieta (p=0,853). Os componentes cereais totais (p=0,038), gordura saturada (p=0,039) e Gord_AA (gordura, álcool e açúcar de adição) (p=0,023) tiveram maior pontuação no grupo caso. Já a pontuação de frutas totais (p=0,010) e leites e derivados (p=0,039) foi maior no grupo controle. Os componentes do IQD-R, assim como a qualidade da dieta, não se associaram ao desfecho investigado. Conclusão: A qualidade da dieta, avaliada pelo IQD-R e os seus componentes, não se associou ao câncer de mama.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308465","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220029.2
R. Guimarães, M. Oliveira, Viviane Gomes Parreira Dutra
RESUMO Objetivo: Estimar o excesso de mortalidade segundo causa de óbito no Brasil e estados em 2020. Métodos: O número de óbitos esperado foi estimado considerando análise de tendência linear com o número de mortes entre os anos de 2015 e 2019, para cada grupo de causas e cada unidade da federação. Calculamos as razões de mortalidade padronizadas, e os intervalos com 95% de confiança para cada SMR foram calculados assumindo uma distribuição Poisson. As análises foram realizadas no programa R, versão 4.1.3. Resultados: Observamos um excesso de 19% nos óbitos em 2020 (SMR=1,19; IC=1,18–1,20). O grupo de Doenças Infecciosas e Parasitárias obteve maior destaque entre as causas definidas (SMR=4,80; IC95% 4,78–4,82). As causas mal definidas apresentaram grande magnitude neste período (SMR=6,08; IC95% 6,06–6,10). Há, ainda, grupos que apresentaram número de óbitos abaixo do esperado: doenças do aparelho respiratório (10% abaixo do esperado) e causas externas (4% abaixo do esperado). Além da análise global para o país, identificamos grande heterogeneidade entre as unidades da federação. Os estados com maiores SMR estão concentrados na região norte, e os que possuem menores SMR estão concentrados nas regiões sul e sudeste. Conclusões: Há um excesso de mortalidade ocorrendo durante a pandemia de COVID-19. Este excesso é resultado não apenas da COVID-19 em si, mas da resposta social e da gestão do sistema de saúde em responder a uma miríade de causas que já possuíam um ritmo de tendência anterior a ela.
{"title":"Excesso de mortalidade segundo grupo de causas no primeiro ano de pandemia de COVID-19 no Brasil","authors":"R. Guimarães, M. Oliveira, Viviane Gomes Parreira Dutra","doi":"10.1590/1980-549720220029.2","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220029.2","url":null,"abstract":"RESUMO Objetivo: Estimar o excesso de mortalidade segundo causa de óbito no Brasil e estados em 2020. Métodos: O número de óbitos esperado foi estimado considerando análise de tendência linear com o número de mortes entre os anos de 2015 e 2019, para cada grupo de causas e cada unidade da federação. Calculamos as razões de mortalidade padronizadas, e os intervalos com 95% de confiança para cada SMR foram calculados assumindo uma distribuição Poisson. As análises foram realizadas no programa R, versão 4.1.3. Resultados: Observamos um excesso de 19% nos óbitos em 2020 (SMR=1,19; IC=1,18–1,20). O grupo de Doenças Infecciosas e Parasitárias obteve maior destaque entre as causas definidas (SMR=4,80; IC95% 4,78–4,82). As causas mal definidas apresentaram grande magnitude neste período (SMR=6,08; IC95% 6,06–6,10). Há, ainda, grupos que apresentaram número de óbitos abaixo do esperado: doenças do aparelho respiratório (10% abaixo do esperado) e causas externas (4% abaixo do esperado). Além da análise global para o país, identificamos grande heterogeneidade entre as unidades da federação. Os estados com maiores SMR estão concentrados na região norte, e os que possuem menores SMR estão concentrados nas regiões sul e sudeste. Conclusões: Há um excesso de mortalidade ocorrendo durante a pandemia de COVID-19. Este excesso é resultado não apenas da COVID-19 em si, mas da resposta social e da gestão do sistema de saúde em responder a uma miríade de causas que já possuíam um ritmo de tendência anterior a ela.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308539","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220010.supl.2.1
Camila Menezes Sabino de Castro, J. Mambrini, J.O.A Firmo, Paulo Roberto Borges de Souza Júnior, S. Peixoto
RESUMO: Objetivo: Analisar os fatores associados ao trabalho remunerado, após o rompimento da barragem, com ênfase no estrato geográfico, entre homens e mulheres residentes em Brumadinho, Minas Gerais. Métodos: Foram utilizados dados dos participantes da linha de base do Projeto Saúde Brumadinho, com 18 anos ou mais de idade, obtidos por aplicação de questionário, entre julho e novembro de 2021 (n=2.783). A variável dependente foi trabalho remunerado após o rompimento da barragem, e as variáveis explicativas foram estrato geográfico, idade, escolaridade, raça/cor, autopercepção de saúde e vínculo de trabalho antes do rompimento da barragem. A análise ajustada foi estimada pela regressão logística. Todas as análises foram realizadas separadamente para homens e mulheres. Resultados: O trabalho remunerado após o rompimento da barragem foi relatado por 58,3% (IC95% 55,0–61,6) dos participantes, sendo a maior prevalência entre os homens (71,4%; IC95% 67,1–75,3) em comparação às mulheres (48,6%; IC95% 44,3–52,8) (p<0,001). Após ajustes, os resultados mostraram que a população diretamente exposta apresentou menor chance de ter trabalho remunerado após o rompimento da barragem, tanto para as mulheres (OR=0,68; IC95% 0,48–0,95) quanto para os homens (OR=0,48; IC95% 0,30–0,78). Além disso, mulheres diretamente expostas ao rompimento da barragem e que relataram trabalho autônomo antes do rompimento apresentaram menor probabilidade de ter trabalho remunerado, em comparação àquelas que informaram trabalhar com ou sem carteira assinada. Conclusão: A participação no mercado de trabalho é determinada por vários fatores. Dessa forma, políticas intersetoriais são necessárias para atender às demandas de vida e trabalho da população em situações de desastre.
摘要目的:分析大坝决堤后与有偿工作相关的因素,重点分析居住在米纳斯吉拉斯布鲁马迪尼奥的男性和女性的地理阶层。方法:我们使用了saude Brumadinho项目基线参与者的数据,年龄在18岁或以上,通过2021年7月至11月的问卷调查获得(n= 2783)。因变量为大坝破裂后的有偿工作,解释变量为大坝破裂前的地理阶层、年龄、教育程度、种族/肤色、自我感知健康和工作关系。调整后的分析采用logistic回归估计。所有分析分别对男性和女性进行。结果:58.3% (95% ci 55.0 - 61.6)的参与者报告了大坝破裂后的有偿工作,其中男性患病率最高(71.4%),女性患病率最高95% ci 67.1 - 75.3)与女性相比(48.6%;95% ci 44.3 - 52.8) (p< 0.001)。调整后的结果显示,直接暴露的人群在大坝破裂后获得有偿工作的机会较低,女性(或= 0.68;男性= 0.68;女性= 0.68)和男性(或= 0.68;女性= 0.68;男性= 0.68)。男性的IC95%为0.48 - 0.95)(或= 0.48;IC95% 30—0 0,78)。此外,与那些报告有或没有签名卡工作的女性相比,直接接触大坝破裂并在破裂前报告自营职业的女性更不可能有有偿工作。结论:劳动力市场参与是由多种因素决定的。因此,需要部门间政策来满足灾害情况下人民的生活和工作需求。
{"title":"Fatores associados ao trabalho remunerado após o rompimento da barragem: Projeto Saúde Brumadinho","authors":"Camila Menezes Sabino de Castro, J. Mambrini, J.O.A Firmo, Paulo Roberto Borges de Souza Júnior, S. Peixoto","doi":"10.1590/1980-549720220010.supl.2.1","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220010.supl.2.1","url":null,"abstract":"RESUMO: Objetivo: Analisar os fatores associados ao trabalho remunerado, após o rompimento da barragem, com ênfase no estrato geográfico, entre homens e mulheres residentes em Brumadinho, Minas Gerais. Métodos: Foram utilizados dados dos participantes da linha de base do Projeto Saúde Brumadinho, com 18 anos ou mais de idade, obtidos por aplicação de questionário, entre julho e novembro de 2021 (n=2.783). A variável dependente foi trabalho remunerado após o rompimento da barragem, e as variáveis explicativas foram estrato geográfico, idade, escolaridade, raça/cor, autopercepção de saúde e vínculo de trabalho antes do rompimento da barragem. A análise ajustada foi estimada pela regressão logística. Todas as análises foram realizadas separadamente para homens e mulheres. Resultados: O trabalho remunerado após o rompimento da barragem foi relatado por 58,3% (IC95% 55,0–61,6) dos participantes, sendo a maior prevalência entre os homens (71,4%; IC95% 67,1–75,3) em comparação às mulheres (48,6%; IC95% 44,3–52,8) (p<0,001). Após ajustes, os resultados mostraram que a população diretamente exposta apresentou menor chance de ter trabalho remunerado após o rompimento da barragem, tanto para as mulheres (OR=0,68; IC95% 0,48–0,95) quanto para os homens (OR=0,48; IC95% 0,30–0,78). Além disso, mulheres diretamente expostas ao rompimento da barragem e que relataram trabalho autônomo antes do rompimento apresentaram menor probabilidade de ter trabalho remunerado, em comparação àquelas que informaram trabalhar com ou sem carteira assinada. Conclusão: A participação no mercado de trabalho é determinada por vários fatores. Dessa forma, políticas intersetoriais são necessárias para atender às demandas de vida e trabalho da população em situações de desastre.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308590","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220030.2
Fernanda Martins Dias Escaldelai, Leandro Escaldelai, D. P. Bergamaschi
RESUMO Objetivo: Descrever as principais funcionalidades do sistema “Apoio à Revisão Sistemática” na identificação e exclusão de artigos duplicados e no auxílio na análise de elegibilidade durante a condução de estudo de revisão sistemática. Métodos: O sistema foi desenvolvido com base em um modelo de processo incremental, utilizando-se metodologia Ágil. É de código fechado e foi publicado em plataforma proprietária. O ambiente de produção onde o sistema foi implantado possui arquitetura que permite que a infraestrutura utilizada aumente ou diminua conforme a demanda. As funcionalidades foram apresentadas com inserção de imagens das interfaces da versão para computadores, simulando uma revisão sistemática. Resultados: Após a importação dos resumos recuperados nas bases de dados PubMed, Embase e Web of Science, o sistema permite a identificação e eliminação de duplicatas para posterior leitura e análise de título e resumo, etapa que pode ser realizada por mais de um revisor de maneira independente. Após a quebra do cegamento entre os revisores, as respostas sobre a elegibilidade dos estudos podem ser comparadas automaticamente para facilitar a resolução de divergências pelos pesquisadores. É possível filtrar os resultados e gerar um arquivo PDF com os estudos elegíveis. Conclusão: A versão 1.0 do sistema “Apoio à Revisão Sistemática” encontra-se disponível na web (sysrev.azurewebsites.net) para auxiliar pesquisadores nas etapas iniciais de um estudo de revisão sistemática.
摘要目的:描述“系统综述支持”系统在识别和排除重复文章以及协助进行系统综述研究的资格分析方面的主要功能。方法:该系统是基于增量过程模型,使用敏捷方法开发的。它是开源的,并在专有平台上发布。部署系统的生产环境的架构允许使用的基础设施根据需求增加或减少。通过插入计算机版本界面的图像,提出了功能,模拟了系统的回顾。结果:检索到的摘要导入PubMed、Embase和Web of Science数据库后,系统可以识别和消除重复内容,以便后续阅读和分析标题和摘要,这一步骤可以由多名审稿人独立完成。在打破审稿人之间的盲目性后,关于研究资格的答案可以自动比较,以促进研究人员解决分歧。您可以过滤结果并生成符合条件的研究的PDF文件。结论:系统综述支持系统1.0版本可在web (sysrev.azurewebsites.net)上获得,以帮助研究人员在系统综述研究的早期阶段。
{"title":"Sistema “Apoio à Revisão Sistemática”: solução web para gerenciamento de duplicatas e seleção de artigos elegíveis","authors":"Fernanda Martins Dias Escaldelai, Leandro Escaldelai, D. P. Bergamaschi","doi":"10.1590/1980-549720220030.2","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220030.2","url":null,"abstract":"RESUMO Objetivo: Descrever as principais funcionalidades do sistema “Apoio à Revisão Sistemática” na identificação e exclusão de artigos duplicados e no auxílio na análise de elegibilidade durante a condução de estudo de revisão sistemática. Métodos: O sistema foi desenvolvido com base em um modelo de processo incremental, utilizando-se metodologia Ágil. É de código fechado e foi publicado em plataforma proprietária. O ambiente de produção onde o sistema foi implantado possui arquitetura que permite que a infraestrutura utilizada aumente ou diminua conforme a demanda. As funcionalidades foram apresentadas com inserção de imagens das interfaces da versão para computadores, simulando uma revisão sistemática. Resultados: Após a importação dos resumos recuperados nas bases de dados PubMed, Embase e Web of Science, o sistema permite a identificação e eliminação de duplicatas para posterior leitura e análise de título e resumo, etapa que pode ser realizada por mais de um revisor de maneira independente. Após a quebra do cegamento entre os revisores, as respostas sobre a elegibilidade dos estudos podem ser comparadas automaticamente para facilitar a resolução de divergências pelos pesquisadores. É possível filtrar os resultados e gerar um arquivo PDF com os estudos elegíveis. Conclusão: A versão 1.0 do sistema “Apoio à Revisão Sistemática” encontra-se disponível na web (sysrev.azurewebsites.net) para auxiliar pesquisadores nas etapas iniciais de um estudo de revisão sistemática.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308603","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220034.2
Brenda Yuliana Herrera Serna, Julián Andrés Prada Betancourt, Olga Patricia López Soto, R. Amaral, María Del Pilar Cerezo Correa
RESUMEN Objetivo: Describir la tendencia de la incidencia, mortalidad y los Años de Vida Ajustados por Discapacidad del cáncer oral en América Latina según género entre los años 2000 y 2020. Métodos: Este estudio ecológico extrajo información del cáncer oral de 20 países de América Latina de la base de datos GBD-2020. La carga del cáncer oral se describió según tasa estandarizada por edad (ASR) de incidencia, mortalidad y AVAD. Se estimaron las tendencias (Promedio de cambio porcentual anual — AAPC) en cada indicador, género y país, entre el 2000 y el 2020 usando el software Joint-point. Resultados: Entre 2000 y 2020, la mayor incidencia de cáncer oral (ASR) se presentó en Cuba (5,18), Brasil (4,38) y Uruguay (4,62). Los países con mayor mortalidad para ambos géneros fueron: Cuba (2,89), Brasil (2,71) y República Dominicana (2,58). Los AVAD registraron un promedio de 37,52 (Mujeres: 22,39; Hombres: 52,62). República Dominicana reporta tendencias crecientes en la incidencia (AAPC: Hombres: 2,2; Mujeres: 1,4), en la mortalidad (AAPC: Hombres: 1,8; Mujeres: 1,1), y en los AVAD (AAPC: Hombres: 1,0; Mujeres: 2,0). Costa Rica muestra tendencias decrecientes en los hombres en incidencia (AAPC: −1,3), mortalidad (AAPC: −1,6) y AVAD (AAPC: −1,8). Conclusiones: El cáncer oral muestra tendencias al aumento en: la incidencia en ambos sexos en 10 países, en la mortalidad y los AVAD en 6 países, mientras la afectación entre sexos no muestra diferencias en las tendencias.
{"title":"Tendencia de la incidencia, mortalidad y años de vida ajustados por discapacidad del cáncer oral en América Latina","authors":"Brenda Yuliana Herrera Serna, Julián Andrés Prada Betancourt, Olga Patricia López Soto, R. Amaral, María Del Pilar Cerezo Correa","doi":"10.1590/1980-549720220034.2","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220034.2","url":null,"abstract":"RESUMEN Objetivo: Describir la tendencia de la incidencia, mortalidad y los Años de Vida Ajustados por Discapacidad del cáncer oral en América Latina según género entre los años 2000 y 2020. Métodos: Este estudio ecológico extrajo información del cáncer oral de 20 países de América Latina de la base de datos GBD-2020. La carga del cáncer oral se describió según tasa estandarizada por edad (ASR) de incidencia, mortalidad y AVAD. Se estimaron las tendencias (Promedio de cambio porcentual anual — AAPC) en cada indicador, género y país, entre el 2000 y el 2020 usando el software Joint-point. Resultados: Entre 2000 y 2020, la mayor incidencia de cáncer oral (ASR) se presentó en Cuba (5,18), Brasil (4,38) y Uruguay (4,62). Los países con mayor mortalidad para ambos géneros fueron: Cuba (2,89), Brasil (2,71) y República Dominicana (2,58). Los AVAD registraron un promedio de 37,52 (Mujeres: 22,39; Hombres: 52,62). República Dominicana reporta tendencias crecientes en la incidencia (AAPC: Hombres: 2,2; Mujeres: 1,4), en la mortalidad (AAPC: Hombres: 1,8; Mujeres: 1,1), y en los AVAD (AAPC: Hombres: 1,0; Mujeres: 2,0). Costa Rica muestra tendencias decrecientes en los hombres en incidencia (AAPC: −1,3), mortalidad (AAPC: −1,6) y AVAD (AAPC: −1,8). Conclusiones: El cáncer oral muestra tendencias al aumento en: la incidencia en ambos sexos en 10 países, en la mortalidad y los AVAD en 6 países, mientras la afectación entre sexos no muestra diferencias en las tendencias.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308704","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220012.supl.2.1
Antônio Ignácio de Loyola Filho, J.O.A Firmo, J. Mambrini, S. Peixoto, Paulo Roberto Borges de Souza Júnior, M. M. Nascimento
RESUMO: Objetivo: Descrever o consumo de psicofármacos pela população adulta residente em Brumadinho, Minas Gerais, após o rompimento da barragem da Vale, ocorrido em 2019. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, inserido no Projeto Saúde Brumadinho, desenvolvido em 2021, junto a uma amostra representativa da população adulta (18 anos ou mais) residente no município de mesmo nome. Foram incluídos na análise 2.805 indivíduos com informações sobre o uso autorreferido de psicofármacos (antidepressivos e ansiolíticos-hipnóticos/sedativos) nos últimos 15 dias. A prevalência do uso de psicofármacos foi estimada e os psicofármacos mais utilizados foram identificados. O teste do qui-quadrado de Pearson (com correção de Rao-Scott) foi utilizado para testar as associações entre exposições e o uso de psicofármacos, considerando-se o nível de significância de p<0,05. Resultados: O uso de antidepressivos (14,2%) foi mais comum do que o uso de ansiolíticos ou hipnóticos/sedativos (5,2%), sendo a sertralina e a fluoxetina os antidepressivos mais utilizados. O uso de ansiolíticos e hipnóticos/sedativos foi maior entre os moradores que residiam em área diretamente atingida pela lama da barragem, e o uso de algum psicofármaco foi maior entre aqueles que perderam algum parente/amigo no desastre e que avaliaram que sua saúde piorou após o desastre bem como entre mulheres. Conclusão: Os resultados do estudo corroboram o observado em outras populações expostas a tragédias semelhantes no que concerne às associações identificadas e ao padrão de utilização desses psicofármacos.
{"title":"Uso de psicofármacos por população em área atingida pelo rompimento de barragem de rejeitos: Projeto Saúde Brumadinho","authors":"Antônio Ignácio de Loyola Filho, J.O.A Firmo, J. Mambrini, S. Peixoto, Paulo Roberto Borges de Souza Júnior, M. M. Nascimento","doi":"10.1590/1980-549720220012.supl.2.1","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220012.supl.2.1","url":null,"abstract":"RESUMO: Objetivo: Descrever o consumo de psicofármacos pela população adulta residente em Brumadinho, Minas Gerais, após o rompimento da barragem da Vale, ocorrido em 2019. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, inserido no Projeto Saúde Brumadinho, desenvolvido em 2021, junto a uma amostra representativa da população adulta (18 anos ou mais) residente no município de mesmo nome. Foram incluídos na análise 2.805 indivíduos com informações sobre o uso autorreferido de psicofármacos (antidepressivos e ansiolíticos-hipnóticos/sedativos) nos últimos 15 dias. A prevalência do uso de psicofármacos foi estimada e os psicofármacos mais utilizados foram identificados. O teste do qui-quadrado de Pearson (com correção de Rao-Scott) foi utilizado para testar as associações entre exposições e o uso de psicofármacos, considerando-se o nível de significância de p<0,05. Resultados: O uso de antidepressivos (14,2%) foi mais comum do que o uso de ansiolíticos ou hipnóticos/sedativos (5,2%), sendo a sertralina e a fluoxetina os antidepressivos mais utilizados. O uso de ansiolíticos e hipnóticos/sedativos foi maior entre os moradores que residiam em área diretamente atingida pela lama da barragem, e o uso de algum psicofármaco foi maior entre aqueles que perderam algum parente/amigo no desastre e que avaliaram que sua saúde piorou após o desastre bem como entre mulheres. Conclusão: Os resultados do estudo corroboram o observado em outras populações expostas a tragédias semelhantes no que concerne às associações identificadas e ao padrão de utilização desses psicofármacos.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308712","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220038.2
Pauline Lorena Kale, S. C. Fonseca
RESUMO Objetivo: Analisar a magnitude dos óbitos neonatais (ON), as causas de morte e os fatores associados por idade específica na coorte de nascidos vivos em 2021, no estado do Rio de Janeiro. Métodos: Coorte retrospectiva de nascidos vivos (NV) seguidos até 27 dias do parto (<24 horas, 1–6 e 7–27 dias). Dados obtidos dos Sistemas de Informações sobre Nascidos Vivos (2021) e Mortalidade (2021/2022). Foram descritas as distribuições das características maternas e do recém-nascido, causas de mortes e evitabilidade. Foram utilizados modelos de regressão multinomial com níveis hierárquicos de determinação do ON. Resultados: Dos 179.837 NV, morreram 274 até 24 horas, 447 de 1 a 6 dias e 324 de 7 a 27 dias. A taxa de mortalidade neonatal foi 5,8‰ NV (intervalo de confiança — IC95%: 5,5–6,2). Sobreviventes e ON foram heterogêneos segundo caraterísticas analisadas, exceto história reprodutiva (p<0,05). Das causas de morte, 78% eram evitáveis. Predominaram causas reduzíveis por adequada atenção à gestante (<24 horas e 1–6 dias) e ao recém-nascido (7–27 dias). No nível distal, baixa escolaridade mostrou associação significante para óbitos entre 7 e 27 dias (ORajustado=1,3), cor parda, para óbitos de 1–6 dias (ORajustado=1,3) e cor preta, para ambas as idades (1–6: ORajustado=1,5; 7–27 dias: ORajustado=1,8). Fatores assistenciais e biológicos do NV (níveis intermediário e proximal) mantiveram-se fortemente associadas aos ON, independentemente da idade. Conclusão: As causas de morte, os fatores associados ao ON e a força de associação diferiram conforme a idade do óbito. Ações preventivas do ON devem considerar vulnerabilidades sociodemográficas e intensificar uma assistência adequada pré-natal e perinatal.
{"title":"Mortalidade neonatal específica por idade e fatores associados na coorte de nascidos vivos em 2021, no estado do Rio de Janeiro, Brasil","authors":"Pauline Lorena Kale, S. C. Fonseca","doi":"10.1590/1980-549720220038.2","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220038.2","url":null,"abstract":"RESUMO Objetivo: Analisar a magnitude dos óbitos neonatais (ON), as causas de morte e os fatores associados por idade específica na coorte de nascidos vivos em 2021, no estado do Rio de Janeiro. Métodos: Coorte retrospectiva de nascidos vivos (NV) seguidos até 27 dias do parto (<24 horas, 1–6 e 7–27 dias). Dados obtidos dos Sistemas de Informações sobre Nascidos Vivos (2021) e Mortalidade (2021/2022). Foram descritas as distribuições das características maternas e do recém-nascido, causas de mortes e evitabilidade. Foram utilizados modelos de regressão multinomial com níveis hierárquicos de determinação do ON. Resultados: Dos 179.837 NV, morreram 274 até 24 horas, 447 de 1 a 6 dias e 324 de 7 a 27 dias. A taxa de mortalidade neonatal foi 5,8‰ NV (intervalo de confiança — IC95%: 5,5–6,2). Sobreviventes e ON foram heterogêneos segundo caraterísticas analisadas, exceto história reprodutiva (p<0,05). Das causas de morte, 78% eram evitáveis. Predominaram causas reduzíveis por adequada atenção à gestante (<24 horas e 1–6 dias) e ao recém-nascido (7–27 dias). No nível distal, baixa escolaridade mostrou associação significante para óbitos entre 7 e 27 dias (ORajustado=1,3), cor parda, para óbitos de 1–6 dias (ORajustado=1,3) e cor preta, para ambas as idades (1–6: ORajustado=1,5; 7–27 dias: ORajustado=1,8). Fatores assistenciais e biológicos do NV (níveis intermediário e proximal) mantiveram-se fortemente associadas aos ON, independentemente da idade. Conclusão: As causas de morte, os fatores associados ao ON e a força de associação diferiram conforme a idade do óbito. Ações preventivas do ON devem considerar vulnerabilidades sociodemográficas e intensificar uma assistência adequada pré-natal e perinatal.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308757","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}