Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220042.2
Nathália França de Oliveira, E. Sá, Tommaso Lombardi, Regiane da Silva Rabelo
RESUMO Objetivo: Descrever as características dos casos notificados de trabalho infantil em geral e comparar dados oficiais notificados de trabalho infantil com dados de exploração sexual e acidentes de trabalho envolvendo crianças e adolescentes entre 2017 e 2021. Métodos: Estudo descritivo com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação sobre trabalho infantil, acidente de trabalho e exploração sexual de crianças e adolescentes com idades entre 5 e 17 anos. Foram calculadas taxas de notificação anuais dos agravos e agregadas por mesorregião do estado do Amazonas. Resultados: No período de 2017 a 2021, houve 312 notificações de situações envolvendo trabalho infantil, sendo 46,8% com crianças e 53,2% com adolescentes. Dessas notificações, 20 correspondiam ao trabalho infantil propriamente dito, 141 de exploração sexual infantojuvenil e 151 casos de acidente de trabalho envolvendo crianças e adolescentes. As mesorregiões sul e centro foram as que mais subnotificaram exploração sexual infantojuvenil como trabalho infantil. Já as mesorregiões sudoeste e sul foram as que mais sub-registraram acidentes de trabalho envolvendo crianças e adolescentes como trabalho infantil. Conclusão: O trabalho infantil no Amazonas decorre basicamente de exploração sexual e, mesmo subnotificado, é de ocorrência frequente, porém desigual entre as regiões. O enfrentamento do agravo no estado passa, obrigatoriamente, pelo aperfeiçoamento do sistema de informação a fim conhecer a real dimensão do problema para, então, definir medidas e logística de intervenção.
{"title":"Trabalho infantil no estado do Amazonas: a invisibilidade do sistema de notificação","authors":"Nathália França de Oliveira, E. Sá, Tommaso Lombardi, Regiane da Silva Rabelo","doi":"10.1590/1980-549720220042.2","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220042.2","url":null,"abstract":"RESUMO Objetivo: Descrever as características dos casos notificados de trabalho infantil em geral e comparar dados oficiais notificados de trabalho infantil com dados de exploração sexual e acidentes de trabalho envolvendo crianças e adolescentes entre 2017 e 2021. Métodos: Estudo descritivo com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação sobre trabalho infantil, acidente de trabalho e exploração sexual de crianças e adolescentes com idades entre 5 e 17 anos. Foram calculadas taxas de notificação anuais dos agravos e agregadas por mesorregião do estado do Amazonas. Resultados: No período de 2017 a 2021, houve 312 notificações de situações envolvendo trabalho infantil, sendo 46,8% com crianças e 53,2% com adolescentes. Dessas notificações, 20 correspondiam ao trabalho infantil propriamente dito, 141 de exploração sexual infantojuvenil e 151 casos de acidente de trabalho envolvendo crianças e adolescentes. As mesorregiões sul e centro foram as que mais subnotificaram exploração sexual infantojuvenil como trabalho infantil. Já as mesorregiões sudoeste e sul foram as que mais sub-registraram acidentes de trabalho envolvendo crianças e adolescentes como trabalho infantil. Conclusão: O trabalho infantil no Amazonas decorre basicamente de exploração sexual e, mesmo subnotificado, é de ocorrência frequente, porém desigual entre as regiões. O enfrentamento do agravo no estado passa, obrigatoriamente, pelo aperfeiçoamento do sistema de informação a fim conhecer a real dimensão do problema para, então, definir medidas e logística de intervenção.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308910","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220007.supl.2.1
Mariana Souza Lopes, Patrícia Pinheiro de Freitas, Mary Anne Nascimento-Souza, Sérgio Viana Peixoto, Aline Cristine Sousa Lopes
RESUMO Objetivo: Descrever a situação de insegurança alimentar das famílias segundo as características socioeconômicas e dimensões do sistema alimentar em Brumadinho, Minas Gerais, Brasil, após desastre. Métodos: Estudo descritivo com foco no domicílio realizado pela linha de base do Projeto Saúde Brumadinho. A insegurança alimentar, desfecho principal, foi avaliada pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar curta. Outras variáveis investigadas foram: socioeconômicas; estrato geográfico do domicílio; ativos (bens); renda; despesas familiares; cultivo de alimentos e criação de animais para consumo. Foram realizadas análises descritivas comparando a insegurança alimentar do domicílio segundo as demais variáveis pelo teste χ2 para comparação das proporções. Resultados: Dos domicílios investigados (n=1.441), 35,1% estavam em situação de insegurança alimentar. As famílias em insegurança alimentar apresentavam: menores prevalências de domicílios de alvenaria com revestimento (91,4%; IC95% 87,7%−94,1% vs. 96,7%; IC95% 94,9%−97,8%); maior proporção de fossa rudimentar (16,9%; IC95% 13,3%−21,2% vs. 9,4%; IC95% 7,4−11,9); menor prevalência de domicílios próprios e quitados (63,9%; IC95% 56,8−70,5 vs. 77,3%; IC95% 72,3−81,7); e redução da renda após o rompimento da barragem (33,0%; IC95% 27,1−39,6 vs. 14,1%; IC95% 11,2−17,6), quando comparadas àquelas em segurança alimentar. Conclusão: A prevalência de insegurança alimentar foi elevada, com relato de redução da renda das famílias após o rompimento da barragem. Ademais, boa parte dos domicílios apresentava pior qualidade estrutural e escoamento de esgoto. Esses resultados evidenciam a vulnerabilidade das famílias e possível violação do direito humano à alimentação adequada, denotando a urgência de ações reparadoras contínuas.
摘要目的:根据社会经济特征和粮食系统的维度描述巴西米纳斯吉拉斯布鲁马迪尼奥灾后家庭的粮食不安全状况。方法:以家庭为重点的描述性研究,由saude Brumadinho项目基线进行。粮食不安全是巴西短期粮食不安全量表评估的主要结果。其他被调查的变量有:社会经济;住所的地理层次;资产(财产);房租;家庭开支;种植食物和饲养动物供消费。根据其他变量进行描述性分析,通过χ2检验比较家庭粮食不安全的比例。结果:在接受调查的家庭中(n= 1441), 35.1%的家庭处于粮食不安全状态。粮食不安全家庭的患病率较低(91.4%),而砖砌房屋的患病率较低(91.4%)。95% ci 87.7%−94.1% vs. 96.7%;IC95% 97−94,9%,8%);基本窝比例较高(16.9%;IC95% 13.3%−21.2% vs. 9.4%;IC95% 7−11日9,4);拥有和离开住所的发生率较低(63.9%;95% ci 56.8−70.5 vs. 77.3%;IC95% 72−81);大坝决堤后收入减少(33.0%);IC95% 27.1−39.6 vs. 14.1%;与食品安全相比,IC95%为11.2−17.6)。结论:粮食不安全发生率高,大坝决堤后家庭收入下降。此外,许多家庭的结构质量和污水流量较差。这些结果突出了家庭的脆弱性和获得充足食物的人权可能受到侵犯,表明迫切需要继续采取补救行动。
{"title":"Projeto Saúde Brumadinho: insegurança alimentar e nutricional versus condições socioeconômicas e dimensões do sistema alimentar após desastre","authors":"Mariana Souza Lopes, Patrícia Pinheiro de Freitas, Mary Anne Nascimento-Souza, Sérgio Viana Peixoto, Aline Cristine Sousa Lopes","doi":"10.1590/1980-549720220007.supl.2.1","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220007.supl.2.1","url":null,"abstract":"RESUMO Objetivo: Descrever a situação de insegurança alimentar das famílias segundo as características socioeconômicas e dimensões do sistema alimentar em Brumadinho, Minas Gerais, Brasil, após desastre. Métodos: Estudo descritivo com foco no domicílio realizado pela linha de base do Projeto Saúde Brumadinho. A insegurança alimentar, desfecho principal, foi avaliada pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar curta. Outras variáveis investigadas foram: socioeconômicas; estrato geográfico do domicílio; ativos (bens); renda; despesas familiares; cultivo de alimentos e criação de animais para consumo. Foram realizadas análises descritivas comparando a insegurança alimentar do domicílio segundo as demais variáveis pelo teste χ2 para comparação das proporções. Resultados: Dos domicílios investigados (n=1.441), 35,1% estavam em situação de insegurança alimentar. As famílias em insegurança alimentar apresentavam: menores prevalências de domicílios de alvenaria com revestimento (91,4%; IC95% 87,7%−94,1% vs. 96,7%; IC95% 94,9%−97,8%); maior proporção de fossa rudimentar (16,9%; IC95% 13,3%−21,2% vs. 9,4%; IC95% 7,4−11,9); menor prevalência de domicílios próprios e quitados (63,9%; IC95% 56,8−70,5 vs. 77,3%; IC95% 72,3−81,7); e redução da renda após o rompimento da barragem (33,0%; IC95% 27,1−39,6 vs. 14,1%; IC95% 11,2−17,6), quando comparadas àquelas em segurança alimentar. Conclusão: A prevalência de insegurança alimentar foi elevada, com relato de redução da renda das famílias após o rompimento da barragem. Ademais, boa parte dos domicílios apresentava pior qualidade estrutural e escoamento de esgoto. Esses resultados evidenciam a vulnerabilidade das famílias e possível violação do direito humano à alimentação adequada, denotando a urgência de ações reparadoras contínuas.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67307949","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220003.supl.2.1
Carmen Ildes Rodrigues Fróes Asmus, Aline de Souza Santos, Renan Duarte dos Santos Saraiva, Ana Paula Natividade de Oliveira, Ivisson Carneiro Medeiros da Silva, Maíra Lopes Mazoto, Michele Alves Costa, V. M. Câmara
RESUMO: Objetivo: Apresentar o protocolo da pesquisa e descrever os resultados preliminares da linha de base da população de estudo do Projeto Bruminha. Métodos: Este projeto é parte do conjunto de ações propostas no âmbito do Programa de Ações Saúde Brumadinho. Trata-se de um estudo de coorte prospectiva, com seguimento periódico por quatro anos, cuja população elegível foi constituída de todas as crianças de 0 a 6 anos de idade residentes em quatro localidades situadas na zona rural do município afetado, com coleta de dados sociodemográficos e de saúde e de amostras urinárias para avaliação da exposição a metais. Resultados: No primeiro ano de estudo foi avaliada 62% (217) da população elegível e se coletaram 172 (79%) amostras de urina válidas. Em todas as amostras analisadas foi detectado pelo menos um metal, e em 50,6% (n=87) concentrações urinárias acima do valor de referência. Em 38% (n=82) das crianças a avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor foi considerada de risco. O relato de alergia respiratória foi quatro vezes (4,27) mais frequente e de bronquite 61% maior (1,62) nas crianças residentes nas localidades expostas à poeira de resíduos de minério, proporcionalmente àquelas residentes a mais de 10 km do local do desastre. Conclusão: O protocolo do estudo mostrou-se adequado para avaliação dos desfechos propostos. A estratégia de captação da população de estudo necessitou de reajustes quanto ao processo de sensibilização da comunidade a longo prazo com entrada de novos participantes nos próximos seguimentos (2022 e 2023).
{"title":"Protocolo do estudo longitudinal de saúde infantil em Brumadinho (MG): Projeto Bruminha","authors":"Carmen Ildes Rodrigues Fróes Asmus, Aline de Souza Santos, Renan Duarte dos Santos Saraiva, Ana Paula Natividade de Oliveira, Ivisson Carneiro Medeiros da Silva, Maíra Lopes Mazoto, Michele Alves Costa, V. M. Câmara","doi":"10.1590/1980-549720220003.supl.2.1","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220003.supl.2.1","url":null,"abstract":"RESUMO: Objetivo: Apresentar o protocolo da pesquisa e descrever os resultados preliminares da linha de base da população de estudo do Projeto Bruminha. Métodos: Este projeto é parte do conjunto de ações propostas no âmbito do Programa de Ações Saúde Brumadinho. Trata-se de um estudo de coorte prospectiva, com seguimento periódico por quatro anos, cuja população elegível foi constituída de todas as crianças de 0 a 6 anos de idade residentes em quatro localidades situadas na zona rural do município afetado, com coleta de dados sociodemográficos e de saúde e de amostras urinárias para avaliação da exposição a metais. Resultados: No primeiro ano de estudo foi avaliada 62% (217) da população elegível e se coletaram 172 (79%) amostras de urina válidas. Em todas as amostras analisadas foi detectado pelo menos um metal, e em 50,6% (n=87) concentrações urinárias acima do valor de referência. Em 38% (n=82) das crianças a avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor foi considerada de risco. O relato de alergia respiratória foi quatro vezes (4,27) mais frequente e de bronquite 61% maior (1,62) nas crianças residentes nas localidades expostas à poeira de resíduos de minério, proporcionalmente àquelas residentes a mais de 10 km do local do desastre. Conclusão: O protocolo do estudo mostrou-se adequado para avaliação dos desfechos propostos. A estratégia de captação da população de estudo necessitou de reajustes quanto ao processo de sensibilização da comunidade a longo prazo com entrada de novos participantes nos próximos seguimentos (2022 e 2023).","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308289","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220009.supl.2.1
Flávia Cristina Campos, Mary Anne Nascimento-Souza, Cristiane Campos Monteiro, J.O.A Firmo, Paulo Roberto Borges de Souza Júnior, S. Peixoto
RESUMO: Objetivo: Identificar fatores associados a asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e sintomas respiratórios em Brumadinho (MG), após rompimento de barragem. Métodos: Estudo transversal com amostra representativa de adultos. Verificaram-se associações entre variáveis dependentes (diagnóstico médico de asma e DPOC e os sintomas chiado no peito, tosse seca e irritação nasal) e variáveis exploratórias (sexo, faixa etária, tabagismo, ter trabalhado na Vale S.A. antes do rompimento da barragem, tempo e área de residência em relação ao rompimento da barragem). Modelos de regressão logística com cálculo da odds ratio e intervalo de confiança de 95% foram empregados. Resultados: Identificou-se prevalência de asma de 7,2%, de DPOC de 3,5%, de chiado no peito de 8,8%, de tosse seca de 23,6% e de irritação nasal de 31,8%. Maior chance de asma foi observada no sexo feminino e nos residentes em área diretamente atingida pela lama e área de mineração, enquanto maior chance de DPOC foi vista nos fumantes e naqueles com maior tempo de residência no município. Entre os sintomas, maior chance de irritação nasal foi observada no sexo feminino, e de chiado no peito e tosse seca em fumantes (atuais e no passado). Residentes em área atingida pela lama relataram maior chance de apresentarem todos os sintomas analisados. Já a escolaridade apresentou associação negativa com chiado no peito e tosse seca. Conclusão: O estudo mostrou alterações respiratórias e identificou os grupos com maior vulnerabilidade para desenvolvê-las, podendo contribuir com o direcionamento de ações para a redução de problemas respiratórios da população.
{"title":"Doenças respiratórias crônicas e sintomas respiratórios após rompimento de barragem de mineração: Projeto Saúde Brumadinho","authors":"Flávia Cristina Campos, Mary Anne Nascimento-Souza, Cristiane Campos Monteiro, J.O.A Firmo, Paulo Roberto Borges de Souza Júnior, S. Peixoto","doi":"10.1590/1980-549720220009.supl.2.1","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220009.supl.2.1","url":null,"abstract":"RESUMO: Objetivo: Identificar fatores associados a asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e sintomas respiratórios em Brumadinho (MG), após rompimento de barragem. Métodos: Estudo transversal com amostra representativa de adultos. Verificaram-se associações entre variáveis dependentes (diagnóstico médico de asma e DPOC e os sintomas chiado no peito, tosse seca e irritação nasal) e variáveis exploratórias (sexo, faixa etária, tabagismo, ter trabalhado na Vale S.A. antes do rompimento da barragem, tempo e área de residência em relação ao rompimento da barragem). Modelos de regressão logística com cálculo da odds ratio e intervalo de confiança de 95% foram empregados. Resultados: Identificou-se prevalência de asma de 7,2%, de DPOC de 3,5%, de chiado no peito de 8,8%, de tosse seca de 23,6% e de irritação nasal de 31,8%. Maior chance de asma foi observada no sexo feminino e nos residentes em área diretamente atingida pela lama e área de mineração, enquanto maior chance de DPOC foi vista nos fumantes e naqueles com maior tempo de residência no município. Entre os sintomas, maior chance de irritação nasal foi observada no sexo feminino, e de chiado no peito e tosse seca em fumantes (atuais e no passado). Residentes em área atingida pela lama relataram maior chance de apresentarem todos os sintomas analisados. Já a escolaridade apresentou associação negativa com chiado no peito e tosse seca. Conclusão: O estudo mostrou alterações respiratórias e identificou os grupos com maior vulnerabilidade para desenvolvê-las, podendo contribuir com o direcionamento de ações para a redução de problemas respiratórios da população.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308340","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220009
Kamila Tiemann Gabe, Patrícia Constante Jaime
OBJECTIVE To analyze the convergent validity and invariance of a scale to measure adherence to eating practices recommended by the Dietary Guidelines for the Brazilian Population. METHODS A subsample (n=1309) of the NutriNet-Brasil cohort (self-filled web-based study) answered the 24-items scale based on the Guide, as well as socioeconomic and dietary questionnaires. The score in the scale (eGuia) was compared by Spearman's correlation with scores of fresh and minimally processed foods (eG1) and ultra-processed foods (eG4) consumption, both composed of the average number of food items consumed in three random days. Correlations' direction and strength were observed to infer convergent validity. A multi-group confirmatory factor analysis was used to assess scale invariance at the configural, factorial and metric levels, between subgroups of sex (men/women), age (≤37/>37, being 37 the median) and years of schooling (≤11/>11). The model was invariant when the goodness-of-fit indices varied within acceptable ranges compared to the previous level. RESULTS Participants were on average 39 years old (sd=13.7), 53% were women and 69% had more than 11 years of education. Correlations between eGuia and eG1, and between eGuia and eG4 were 0.56 and -0.51 (p<0.001), respectively. In all sociodemographic groups, the goodness-of-fit indices varied within acceptable ranges. CONCLUSION The correlations show that the eating practices measured by the scale are aligned with a healthy food consumption, showing its convergent validity. In this sample, the scale measured the same dimensions, showed equivalence of items' factor loadings, and generated comparable scores between subgroups of sex, age, and education.
{"title":"Convergent validity and invariance analysis of a scale to measure adherence to eating practices recommended by the Dietary Guidelines for the Brazilian Population.","authors":"Kamila Tiemann Gabe, Patrícia Constante Jaime","doi":"10.1590/1980-549720220009","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220009","url":null,"abstract":"OBJECTIVE To analyze the convergent validity and invariance of a scale to measure adherence to eating practices recommended by the Dietary Guidelines for the Brazilian Population. METHODS A subsample (n=1309) of the NutriNet-Brasil cohort (self-filled web-based study) answered the 24-items scale based on the Guide, as well as socioeconomic and dietary questionnaires. The score in the scale (eGuia) was compared by Spearman's correlation with scores of fresh and minimally processed foods (eG1) and ultra-processed foods (eG4) consumption, both composed of the average number of food items consumed in three random days. Correlations' direction and strength were observed to infer convergent validity. A multi-group confirmatory factor analysis was used to assess scale invariance at the configural, factorial and metric levels, between subgroups of sex (men/women), age (≤37/>37, being 37 the median) and years of schooling (≤11/>11). The model was invariant when the goodness-of-fit indices varied within acceptable ranges compared to the previous level. RESULTS Participants were on average 39 years old (sd=13.7), 53% were women and 69% had more than 11 years of education. Correlations between eGuia and eG1, and between eGuia and eG4 were 0.56 and -0.51 (p<0.001), respectively. In all sociodemographic groups, the goodness-of-fit indices varied within acceptable ranges. CONCLUSION The correlations show that the eating practices measured by the scale are aligned with a healthy food consumption, showing its convergent validity. In this sample, the scale measured the same dimensions, showed equivalence of items' factor loadings, and generated comparable scores between subgroups of sex, age, and education.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308051","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220002.supl.2.1
Sérgio Viana Peixoto, Josélia Oliveira Araújo Firmo, C. I. R. Fróes-Asmus, Juliana Vaz de Melo Mambrini, Carlos Machado de Freitas, Maria Fernanda Lima-Costa, Paulo Roberto Borges de Souza Júnior
RESUMO: Objetivo: Apresentar os aspectos metodológicos do Projeto Saúde Brumadinho e descrever o perfil epidemiológico dos participantes da linha de base da coorte. Métodos: Coorte prospectiva, de base populacional, em amostra representativa dos residentes (12 anos ou mais de idade) de Brumadinho, Minas Gerais, após rompimento de barragem de rejeitos de mineração. As informações para a linha de base foram coletadas em 2021, dois anos após o rompimento da barragem de rejeitos de mineração, incluindo aspectos sociodemográficos, de saúde, uso de serviços, entre outros. Foram descritas prevalências de desfechos em saúde em Brumadinho, bem como na região metropolitana de Belo Horizonte e em Minas Gerais, utilizando os dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. Todas as análises foram realizadas no Stata 17.0, considerando-se os pesos amostrais e o efeito de delineamento. Resultados: Participaram 3.080 (86,4%) moradores, sendo a maioria do sexo feminino (56,7%) e com média de idade de 46,1 anos. As doenças referidas mais frequentes foram hipertensão arterial (30,1%), colesterol alto (23,1%) e depressão (22,5%). Pelo menos uma consulta médica e uma hospitalização no último ano ocorreram em 75,2% e 9,4% dos entrevistados, respectivamente. Conclusão: É importante o monitoramento das condições de saúde, físicas e mentais, após ocorrência de um desastre dessa magnitude. Esse conhecimento poderá contribuir para a gestão de risco desses processos não só no município atingido, mas em outras áreas nas quais as populações estão sob risco de grandes desastres.
{"title":"Projeto Saúde Brumadinho: aspectos metodológicos e perfil epidemiológico dos participantes da linha de base da coorte","authors":"Sérgio Viana Peixoto, Josélia Oliveira Araújo Firmo, C. I. R. Fróes-Asmus, Juliana Vaz de Melo Mambrini, Carlos Machado de Freitas, Maria Fernanda Lima-Costa, Paulo Roberto Borges de Souza Júnior","doi":"10.1590/1980-549720220002.supl.2.1","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220002.supl.2.1","url":null,"abstract":"RESUMO: Objetivo: Apresentar os aspectos metodológicos do Projeto Saúde Brumadinho e descrever o perfil epidemiológico dos participantes da linha de base da coorte. Métodos: Coorte prospectiva, de base populacional, em amostra representativa dos residentes (12 anos ou mais de idade) de Brumadinho, Minas Gerais, após rompimento de barragem de rejeitos de mineração. As informações para a linha de base foram coletadas em 2021, dois anos após o rompimento da barragem de rejeitos de mineração, incluindo aspectos sociodemográficos, de saúde, uso de serviços, entre outros. Foram descritas prevalências de desfechos em saúde em Brumadinho, bem como na região metropolitana de Belo Horizonte e em Minas Gerais, utilizando os dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. Todas as análises foram realizadas no Stata 17.0, considerando-se os pesos amostrais e o efeito de delineamento. Resultados: Participaram 3.080 (86,4%) moradores, sendo a maioria do sexo feminino (56,7%) e com média de idade de 46,1 anos. As doenças referidas mais frequentes foram hipertensão arterial (30,1%), colesterol alto (23,1%) e depressão (22,5%). Pelo menos uma consulta médica e uma hospitalização no último ano ocorreram em 75,2% e 9,4% dos entrevistados, respectivamente. Conclusão: É importante o monitoramento das condições de saúde, físicas e mentais, após ocorrência de um desastre dessa magnitude. Esse conhecimento poderá contribuir para a gestão de risco desses processos não só no município atingido, mas em outras áreas nas quais as populações estão sob risco de grandes desastres.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308221","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220031.2
Ilana Carla Mendes Gonçalves, Ronilson Ferreira Freitas, É. Aquino, J. Carneiro, A. Lessa
OBJECTIVE To analyze the trend of mortality from falls among older adults in Brazil from 2000 to 2019. METHODS This is an epidemiological, analytical study with an ecological time-series design. A retrospective analysis was performed using secondary health data extracted from the Brazilian Mortality Information System in the specific period. Standardized rates of general and sex- and age-specific mortality were calculated. To observe the mortality trend, the Prais-Winsten model and the Annual Increase Rate (AIR) were used. RESULTS We identified 135,209 deaths resulting from falls in older adults in the period from 2000 to 2019. Mortality from falls in general, during the study period, had an upward trend (β=0.023; p<0.001; AIR=5.45%). We observed that both men (β=0.022; p<0.001; AIR=5.19%) and women (β=0.024; p<0.001; AIR=5.72%) had an upward trend. Regarding age group, the results also pointed to an upward mortality trend in all age strata, although higher in older people aged ≥80 years (β=0.027; p<0.001; AIR=6.38%). CONCLUSION There was an upward trend in mortality rates in Brazil during the time series studied. These findings suggest the importance of defining a line of care for this age group, focusing on promoting health in older adults and preventing the risk of falls, aiming at a reduction in the number of deaths from this cause and favoring the quality of life of this population.
{"title":"Mortality trend from falls in Brazilian older adults from 2000 to 2019.","authors":"Ilana Carla Mendes Gonçalves, Ronilson Ferreira Freitas, É. Aquino, J. Carneiro, A. Lessa","doi":"10.1590/1980-549720220031.2","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220031.2","url":null,"abstract":"OBJECTIVE To analyze the trend of mortality from falls among older adults in Brazil from 2000 to 2019. METHODS This is an epidemiological, analytical study with an ecological time-series design. A retrospective analysis was performed using secondary health data extracted from the Brazilian Mortality Information System in the specific period. Standardized rates of general and sex- and age-specific mortality were calculated. To observe the mortality trend, the Prais-Winsten model and the Annual Increase Rate (AIR) were used. RESULTS We identified 135,209 deaths resulting from falls in older adults in the period from 2000 to 2019. Mortality from falls in general, during the study period, had an upward trend (β=0.023; p<0.001; AIR=5.45%). We observed that both men (β=0.022; p<0.001; AIR=5.19%) and women (β=0.024; p<0.001; AIR=5.72%) had an upward trend. Regarding age group, the results also pointed to an upward mortality trend in all age strata, although higher in older people aged ≥80 years (β=0.027; p<0.001; AIR=6.38%). CONCLUSION There was an upward trend in mortality rates in Brazil during the time series studied. These findings suggest the importance of defining a line of care for this age group, focusing on promoting health in older adults and preventing the risk of falls, aiming at a reduction in the number of deaths from this cause and favoring the quality of life of this population.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308617","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220032.2
D. Malta, Regina T.I. Bernal, Edmar Geraldo Ribeiro, E. M. R. Ferreira, R. Pinto, Cimar Azeredo Pereira
OBJECTIVE To estimate the prevalence of chronic back pain (CBP) and its associated factors. METHODS This cross-sectional study analyzed the 2019 National Health Survey, with 88,531 adults, using logistic regression to identify associated factors. RESULTS CBP was reported by 21.6% of adults and was more likely to occur among women (odds ratio - OR=1.27; 95% confidence interval - 95%CI 1.19-1.35), increased with age: 25-34 years (OR=1.30; 95%CI 1.11-1.51), 35-44 (OR=1.78; 95%CI 1.54-2.07), 45-54 years (OR=2.23; 95%CI 1.91-2.59), 55-64 years (OR=2.47; 95%CI 2.12-2.88), and 65 years or older (OR=2.17; 95%CI 1.85-2.54); among smokers (OR=1.24; 95%CI 1.13-1.35); ex-smokers (OR=1.30; 95%CI 1.21-1.39); those who mentioned heavy housework (OR=1.41; 95%CI 1.31-1.53); obesity (OR=1.12; 95%CI 1.03-1.21); hypertension (OR=1.21; 95%CI 1.11-1.32); high cholesterol (OR=1.53; 95%CI 1.42-1.65); with self-rated health - with a very good reference - in the gradients: good (OR=1.38; 95%CI 1.23-1.55), regular (OR=2.64; 95%CI 2.34-2.98), poor (OR=4.24; 95%CI 3.64-4.94), and very poor (OR=5.24; 95%CI 4.13-6.65); its likelihood was lower in adults with complete elementary school/incomplete high school (OR=0.82; 95%CI 0.75-0.90) and complete high school/incomplete higher education (OR=0.87; 95%CI 0.81-0.95). CONCLUSION Back pain has a high prevalence and shows associations with demographic and socioeconomic factors, lifestyle, chronic diseases, and self-rated health.
{"title":"Chronic back pain among Brazilian adults: data from the 2019 National Health Survey.","authors":"D. Malta, Regina T.I. Bernal, Edmar Geraldo Ribeiro, E. M. R. Ferreira, R. Pinto, Cimar Azeredo Pereira","doi":"10.1590/1980-549720220032.2","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220032.2","url":null,"abstract":"OBJECTIVE To estimate the prevalence of chronic back pain (CBP) and its associated factors. METHODS This cross-sectional study analyzed the 2019 National Health Survey, with 88,531 adults, using logistic regression to identify associated factors. RESULTS CBP was reported by 21.6% of adults and was more likely to occur among women (odds ratio - OR=1.27; 95% confidence interval - 95%CI 1.19-1.35), increased with age: 25-34 years (OR=1.30; 95%CI 1.11-1.51), 35-44 (OR=1.78; 95%CI 1.54-2.07), 45-54 years (OR=2.23; 95%CI 1.91-2.59), 55-64 years (OR=2.47; 95%CI 2.12-2.88), and 65 years or older (OR=2.17; 95%CI 1.85-2.54); among smokers (OR=1.24; 95%CI 1.13-1.35); ex-smokers (OR=1.30; 95%CI 1.21-1.39); those who mentioned heavy housework (OR=1.41; 95%CI 1.31-1.53); obesity (OR=1.12; 95%CI 1.03-1.21); hypertension (OR=1.21; 95%CI 1.11-1.32); high cholesterol (OR=1.53; 95%CI 1.42-1.65); with self-rated health - with a very good reference - in the gradients: good (OR=1.38; 95%CI 1.23-1.55), regular (OR=2.64; 95%CI 2.34-2.98), poor (OR=4.24; 95%CI 3.64-4.94), and very poor (OR=5.24; 95%CI 4.13-6.65); its likelihood was lower in adults with complete elementary school/incomplete high school (OR=0.82; 95%CI 0.75-0.90) and complete high school/incomplete higher education (OR=0.87; 95%CI 0.81-0.95). CONCLUSION Back pain has a high prevalence and shows associations with demographic and socioeconomic factors, lifestyle, chronic diseases, and self-rated health.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308672","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220039.2
Gustavo Cezar Wagner Leandro, Laiz Mangini Cicchelero, M. Procopiuk, Fernanda de Oliveira Rosa Corrêa, Pâmela Cristina Santos, Adriana Rezende Lopes, Oscar Kenji Nihei
RESUMO Objetivo: Analisar a tendência temporal e a distribuição espacial da taxa de incidência de casos de dengue no Paraná e suas regiões entre 2012 e 2021 e investigar variáveis sociodemográficas e ambientais associadas. Métodos: Estudo ecológico com análises temporais e espaciais da taxa de incidência da dengue registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, de 2012 e 2021, e investigação de variáveis sociodemográficas e ambientais. Para analisar as taxas de incidência municipais foram utilizados os testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, seguidos do teste de Dunn para múltiplas comparações. Utilizou-se para análise da tendência temporal a regressão de Prais-Winsten, e para a análise espacial, o índice de Moran Local univariado e bivariado. Resultados: Foram confirmados 548.683 casos de dengue no período, apresentando a maior taxa de incidência estadual em 2020, com 15 regionais de saúde registrando mais de 500 casos/100 mil habitantes. Maiores incidências ficaram entre mulheres, faixa etária de 20-59 anos e cor/raça branca. Apesar de variações anuais, observou-se tendência estacionária para incidência segundo sexo, faixa etária, cor e macrorregião. Mais da metade dos municípios paranaenses formou aglomerados espaciais (Moran’s 1=0,679) — 73 (18,3%) municípios com alta taxa de incidência formaram agrupamentos. Foram identificados agrupamentos da taxa de incidência da dengue com o grau de urbanização (alto-alto) e com o percentual de cobertura vegetal natural (alto-baixa). Conclusão: Determinantes sociodemográficos e ambientais relacionaram-se com as altas taxas de incidência da dengue e com a distribuição espacial heterogênea no estado do Paraná, indicando a necessidade do fortalecimento das ações de vigilância em saúde.
{"title":"Análise temporal e espacial dos casos municipais de dengue no Paraná e indicadores sociais e ambientais, 2012 a 2021: estudo ecológico","authors":"Gustavo Cezar Wagner Leandro, Laiz Mangini Cicchelero, M. Procopiuk, Fernanda de Oliveira Rosa Corrêa, Pâmela Cristina Santos, Adriana Rezende Lopes, Oscar Kenji Nihei","doi":"10.1590/1980-549720220039.2","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220039.2","url":null,"abstract":"RESUMO Objetivo: Analisar a tendência temporal e a distribuição espacial da taxa de incidência de casos de dengue no Paraná e suas regiões entre 2012 e 2021 e investigar variáveis sociodemográficas e ambientais associadas. Métodos: Estudo ecológico com análises temporais e espaciais da taxa de incidência da dengue registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, de 2012 e 2021, e investigação de variáveis sociodemográficas e ambientais. Para analisar as taxas de incidência municipais foram utilizados os testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, seguidos do teste de Dunn para múltiplas comparações. Utilizou-se para análise da tendência temporal a regressão de Prais-Winsten, e para a análise espacial, o índice de Moran Local univariado e bivariado. Resultados: Foram confirmados 548.683 casos de dengue no período, apresentando a maior taxa de incidência estadual em 2020, com 15 regionais de saúde registrando mais de 500 casos/100 mil habitantes. Maiores incidências ficaram entre mulheres, faixa etária de 20-59 anos e cor/raça branca. Apesar de variações anuais, observou-se tendência estacionária para incidência segundo sexo, faixa etária, cor e macrorregião. Mais da metade dos municípios paranaenses formou aglomerados espaciais (Moran’s 1=0,679) — 73 (18,3%) municípios com alta taxa de incidência formaram agrupamentos. Foram identificados agrupamentos da taxa de incidência da dengue com o grau de urbanização (alto-alto) e com o percentual de cobertura vegetal natural (alto-baixa). Conclusão: Determinantes sociodemográficos e ambientais relacionaram-se com as altas taxas de incidência da dengue e com a distribuição espacial heterogênea no estado do Paraná, indicando a necessidade do fortalecimento das ações de vigilância em saúde.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308802","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-01-01DOI: 10.1590/1980-549720220028.2
Natália Peixoto Pereira, João Luiz Bastos, Carolina Saraiva de Macedo Lisboa
RESUMO Objetivo: O presente estudo realizou a adaptação transcultural do Intersectional Discrimination Index (InDI) para o português do Brasil. Trata-se de um instrumento composto de 31 itens, que visa mensurar os impactos para a saúde de experiências interseccionais com discriminação antecipada (InDI-A), cotidiana (InDI-D) e maior (InDI-M). Métodos: Foram percorridas as seguintes etapas: (1) traduções independentes; (2) síntese das traduções; (3) avaliação por comitê de especialistas; (4) análise por membros da população-alvo; (5) tradução reversa; e (6) pré-teste. Calculou-se igualmente o coeficiente de validade de conteúdo (CVC) de cada um dos itens e de todo o instrumento. O CVC foi empregado por permitir identificar quais itens necessitavam de ajustes de acordo com os critérios de clareza de linguagem, relevância teórica e pertinência prática. Resultados: Dos 31 itens do instrumento, 24 foram considerados adequados e sete necessitaram de ajustes de linguagem. Os valores dos CVC foram satisfatórios para os critérios de clareza de linguagem (CVCt=0,86), pertinência prática (CVCt=0,87) e relevância teórica (CVCt=0,87), e o público-alvo considerou satisfatória a compreensão do instrumento (média=4,44; desvio padrão=1,36). O tempo médio de resposta foi de 15,5 minutos e não foram registradas dúvidas adicionais. A tradução reversa foi aprovada pelos autores originais do instrumento. Conclusão: As etapas iniciais do processo de adaptação transcultural mostraram que o InDI parece promissor para uso no Brasil. Estudos futuros ainda precisam examinar as propriedades psicométricas do instrumento para confirmar os resultados positivos do presente trabalho, bem como sua utilidade para a avaliação dos impactos para a saúde de experiências interseccionais com discriminação.
{"title":"Etapas iniciais da adaptação transcultural do Intersectional Discrimination Index para o português do Brasil","authors":"Natália Peixoto Pereira, João Luiz Bastos, Carolina Saraiva de Macedo Lisboa","doi":"10.1590/1980-549720220028.2","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1980-549720220028.2","url":null,"abstract":"RESUMO Objetivo: O presente estudo realizou a adaptação transcultural do Intersectional Discrimination Index (InDI) para o português do Brasil. Trata-se de um instrumento composto de 31 itens, que visa mensurar os impactos para a saúde de experiências interseccionais com discriminação antecipada (InDI-A), cotidiana (InDI-D) e maior (InDI-M). Métodos: Foram percorridas as seguintes etapas: (1) traduções independentes; (2) síntese das traduções; (3) avaliação por comitê de especialistas; (4) análise por membros da população-alvo; (5) tradução reversa; e (6) pré-teste. Calculou-se igualmente o coeficiente de validade de conteúdo (CVC) de cada um dos itens e de todo o instrumento. O CVC foi empregado por permitir identificar quais itens necessitavam de ajustes de acordo com os critérios de clareza de linguagem, relevância teórica e pertinência prática. Resultados: Dos 31 itens do instrumento, 24 foram considerados adequados e sete necessitaram de ajustes de linguagem. Os valores dos CVC foram satisfatórios para os critérios de clareza de linguagem (CVCt=0,86), pertinência prática (CVCt=0,87) e relevância teórica (CVCt=0,87), e o público-alvo considerou satisfatória a compreensão do instrumento (média=4,44; desvio padrão=1,36). O tempo médio de resposta foi de 15,5 minutos e não foram registradas dúvidas adicionais. A tradução reversa foi aprovada pelos autores originais do instrumento. Conclusão: As etapas iniciais do processo de adaptação transcultural mostraram que o InDI parece promissor para uso no Brasil. Estudos futuros ainda precisam examinar as propriedades psicométricas do instrumento para confirmar os resultados positivos do presente trabalho, bem como sua utilidade para a avaliação dos impactos para a saúde de experiências interseccionais com discriminação.","PeriodicalId":35426,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Epidemiologia","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67308474","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}