O Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC) realizou o “IV Congresso Internacional do CINEICC” entre 29 de março e 1 abril de 2024. Dedicado ao tema “Inovações na psicologia básica e aplicada”, o evento científico abordou temas como saúde mental, neurociência, avaliação psicológica, personalidade e emoções, psicologia social e política, desenvolvimento infantil e adolescente, psicologia forense ou envelhecimento.
{"title":"IV Congresso Internacional - CINEICC","authors":"C. -. F. CINEICC - FPCEUC","doi":"10.14195/1647-8606_66_7","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/1647-8606_66_7","url":null,"abstract":"O Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC) realizou o “IV Congresso Internacional do CINEICC” entre 29 de março e 1 abril de 2024.\u0000Dedicado ao tema “Inovações na psicologia básica e aplicada”, o evento científico abordou temas como saúde mental, neurociência, avaliação psicológica, personalidade e emoções, psicologia social e política, desenvolvimento infantil e adolescente, psicologia forense ou envelhecimento.","PeriodicalId":41144,"journal":{"name":"Psychologica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.3,"publicationDate":"2024-05-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141114799","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O Inventário de Temperamento e Carácter – Revisto (ITC-R; Temperament and Character Inventory – Revised; TCI-R) é um instrumento de autorrelato de avaliação das quatro dimensões de Temperamento e as três dimensões de Carácter descritas pelo modelo psicobiológico da personalidade. A compreensão do grau em que as características da personalidade de um indivíduo ou de uma subpopulação de indivíduos diferem do típico da população geral requer a existência de dados normativos da população de referência. O objetivo deste estudo foi descrever as normas da versão portuguesa do ITC-R. Participaram neste estudo indivíduos adultos portugueses (n = 2442), uma amostra estratificada representativa da população portuguesa. Neste artigo, descrevemos os valores das escalas e subescalas do ITC-R para a amostra total, para o género masculino e feminino e para diferentes grupos etários. Para além disso, apresentamos tabelas das normas (percentis). Este artigo dá, portanto, uma contribuição relevante para a avaliação psicológica em Portugal, ao disponibilizar os dados normativos do ITC-R na população portuguesa, elemento fundamental para o desenvolvimento de investigação, avaliação e intervenção utilizando o modelo psicobiológico da personalidade.
{"title":"O Inventário de Temperamento e Carater Revisto (TCI-R)","authors":"Paulo Moreira, Richard Inman, C. Robert Cloninger","doi":"10.14195/1647-8606_66_1","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/1647-8606_66_1","url":null,"abstract":"O Inventário de Temperamento e Carácter – Revisto (ITC-R; Temperament and Character Inventory – Revised; TCI-R) é um instrumento de autorrelato de avaliação das quatro dimensões de Temperamento e as três dimensões de Carácter descritas pelo modelo psicobiológico da personalidade. A compreensão do grau em que as características da personalidade de um indivíduo ou de uma subpopulação de indivíduos diferem do típico da população geral requer a existência de dados normativos da população de referência. O objetivo deste estudo foi descrever as normas da versão portuguesa do ITC-R. Participaram neste estudo indivíduos adultos portugueses (n = 2442), uma amostra estratificada representativa da população portuguesa. Neste artigo, descrevemos os valores das escalas e subescalas do ITC-R para a amostra total, para o género masculino e feminino e para diferentes grupos etários. Para além disso, apresentamos tabelas das normas (percentis). Este artigo dá, portanto, uma contribuição relevante para a avaliação psicológica em Portugal, ao disponibilizar os dados normativos do ITC-R na população portuguesa, elemento fundamental para o desenvolvimento de investigação, avaliação e intervenção utilizando o modelo psicobiológico da personalidade. ","PeriodicalId":41144,"journal":{"name":"Psychologica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.3,"publicationDate":"2023-02-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76794338","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A afirmação da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCE-UC) passa por uma aposta na investigação de excelência e pela consolidação de uma cultura científica que, desde cedo, promova a interação dos/as estudantes com as suas estruturas de investigação. A valorização do desenvolvimento de competências transversais no percurso formativo é também a aposta de uma formação universitária em estreita ligação com a investigação. Neste enquadramento, a Mostra de Doutoramento em Psicologia assume uma especial importância enquanto iniciativa de promoção e valorização da investigação realizada na área da Psicologia na FPCE-UC. Esta Mostra é também um espaço privilegiado para a apresentação, pelos/as estudantes, dos seus projetos de doutoramento e para a apresentação pública dos resultados das suas investigações, oferecendo-lhes uma experiência em tudo idêntica ao de um congresso científico. E porque a Mostra de Doutoramento se insere no âmbito da unidade curricular do curso de Doutoramento em Psicologia de “Competências Científicas Transversais”, esta iniciativa permite o treino de apresentação de comunicações científicas, mas também o debate e a partilha de conhecimento numa lógica “multidisciplinar”, no denominador comum que é a disciplina da Psicologia.
{"title":"Resumos da 5ª Mostra do Doutoramento em Psicologia","authors":"PsihDay FPCE-UC","doi":"10.14195/1647-8606_65_8","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/1647-8606_65_8","url":null,"abstract":"A afirmação da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCE-UC) passa por uma aposta na investigação de excelência e pela consolidação de uma cultura científica que, desde cedo, promova a interação dos/as estudantes com as suas estruturas de investigação. A valorização do desenvolvimento de competências transversais no percurso formativo é também a aposta de uma formação universitária em estreita ligação com a investigação. Neste enquadramento, a Mostra de Doutoramento em Psicologia assume uma especial importância enquanto iniciativa de promoção e valorização da investigação realizada na área da Psicologia na FPCE-UC. Esta Mostra é também um espaço privilegiado para a apresentação, pelos/as estudantes, dos seus projetos de doutoramento e para a apresentação pública dos resultados das suas investigações, oferecendo-lhes uma experiência em tudo idêntica ao de um congresso científico. E porque a Mostra de Doutoramento se insere no âmbito da unidade curricular do curso de Doutoramento em Psicologia de “Competências Científicas Transversais”, esta iniciativa permite o treino de apresentação de comunicações científicas, mas também o debate e a partilha de conhecimento numa lógica “multidisciplinar”, no denominador comum que é a disciplina da Psicologia.","PeriodicalId":41144,"journal":{"name":"Psychologica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.3,"publicationDate":"2023-01-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83766243","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A. B. Leite, Carlos Fernandes Da Silva, Anabela Sousa Pereira, Daniel Ruivo Marques
A psicofarmacologia representa, cada vez mais, uma área de conhecimento com importantes implicações na atuação profissional dos psicólogos. Em vários países, tem-se assistido, ao longo dos últimos anos, a uma crescente importância dada à formação em psicofarmacologia para psicólogos. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento dos planos curriculares de todas as instituições de Ensino Superior portuguesas que lecionam cursos de licenciatura e mestrado em psicologia de modo a verificar quais destes incluem unidades curriculares sobre psicofarmacologia. Para tal, foram recolhidos dados através do sítio da Direção Geral do Ensino Superior (DGES) e dos sítios oficiais das instituições de Ensino Superior durante o mês de julho de 2021. Os resultados observados indicam que a formação em psicofarmacologia, apesar de existir, é em número reduzido. Num total de 97 cursos de licenciatura e mestrado em psicologia analisados, apenas 11 unidades curriculares relacionadas com psicofarmacologia foram identificadas, sendo que três destas são ministradas na mesma instituição. No geral, estes dados sugerem que a formação em psicofarmacologia dada nas formações iniciais dos psicólogos, apesar de existir, é ainda residual. No final do artigo, são referidas as implicações dos resultados para os currículos da formação dos psicólogos bem como perspetivadas consequências para a prática profissional da psicologia.
{"title":"O ensino da psicofarmacologia na formação inicial dos psicólogos portugueses","authors":"A. B. Leite, Carlos Fernandes Da Silva, Anabela Sousa Pereira, Daniel Ruivo Marques","doi":"10.14195/1647-8606_65_7","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/1647-8606_65_7","url":null,"abstract":"A psicofarmacologia representa, cada vez mais, uma área de conhecimento com importantes implicações na atuação profissional dos psicólogos. Em vários países, tem-se assistido, ao longo dos últimos anos, a uma crescente importância dada à formação em psicofarmacologia para psicólogos. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento dos planos curriculares de todas as instituições de Ensino Superior portuguesas que lecionam cursos de licenciatura e mestrado em psicologia de modo a verificar quais destes incluem unidades curriculares sobre psicofarmacologia. Para tal, foram recolhidos dados através do sítio da Direção Geral do Ensino Superior (DGES) e dos sítios oficiais das instituições de Ensino Superior durante o mês de julho de 2021. Os resultados observados indicam que a formação em psicofarmacologia, apesar de existir, é em número reduzido. Num total de 97 cursos de licenciatura e mestrado em psicologia analisados, apenas 11 unidades curriculares relacionadas com psicofarmacologia foram identificadas, sendo que três destas são ministradas na mesma instituição. No geral, estes dados sugerem que a formação em psicofarmacologia dada nas formações iniciais dos psicólogos, apesar de existir, é ainda residual. No final do artigo, são referidas as implicações dos resultados para os currículos da formação dos psicólogos bem como perspetivadas consequências para a prática profissional da psicologia.","PeriodicalId":41144,"journal":{"name":"Psychologica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.3,"publicationDate":"2023-01-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81688481","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
T. Teixeira, Paula Saraiva Carvalho, Cláudia Mendes Silva, J. Gama
A literacia em saúde desempenha um papel fulcral na gestão da doença crónica e no acesso aos cuidados de saúde. O presente estudo teve como objetivo a avaliação e comparação dos níveis de literacia em saúde entre adultos com e sem Hipertensão Arterial. Foram utilizados um questionário sociodemográfico e o Inquérito em Literacia em Saúde em Portugal. Neste estudo transversal participaram 152 indivíduos, sendo 76 hipertensos e 76 indivíduos sem patologia crónica, com idades entre 35 e 65 anos. Os indivíduos sem doença crónica apresentaram níveis de literacia em saúde mais elevados nas dimensões de prevenção de doença e promoção da saúde e os participantes com hipertensão na dimensão de cuidados de saúde. Verificou-se que os indivíduos mais velhos e com menor escolaridade surgem como grupos vulneráveis com níveis problemáticos de literacia em saúde. Este estudo contribuiu para realçar a importância de uma adequada literacia em saúde para aumentar o conhecimento e compreensão sobre a doença e as suas complicações.
{"title":"Literacia em Saúde nos doentes Hipertensos e adultos sem Hipertensão Arterial","authors":"T. Teixeira, Paula Saraiva Carvalho, Cláudia Mendes Silva, J. Gama","doi":"10.14195/1647-8606_65_6","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/1647-8606_65_6","url":null,"abstract":"A literacia em saúde desempenha um papel fulcral na gestão da doença crónica e no acesso aos cuidados de saúde. O presente estudo teve como objetivo a avaliação e comparação dos níveis de literacia em saúde entre adultos com e sem Hipertensão Arterial. Foram utilizados um questionário sociodemográfico e o Inquérito em Literacia em Saúde em Portugal. Neste estudo transversal participaram 152 indivíduos, sendo 76 hipertensos e 76 indivíduos sem patologia crónica, com idades entre 35 e 65 anos. Os indivíduos sem doença crónica apresentaram níveis de literacia em saúde mais elevados nas dimensões de prevenção de doença e promoção da saúde e os participantes com hipertensão na dimensão de cuidados de saúde. Verificou-se que os indivíduos mais velhos e com menor escolaridade surgem como grupos vulneráveis com níveis problemáticos de literacia em saúde. Este estudo contribuiu para realçar a importância de uma adequada literacia em saúde para aumentar o conhecimento e compreensão sobre a doença e as suas complicações.","PeriodicalId":41144,"journal":{"name":"Psychologica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.3,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82816650","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O Inventário de Envolvimento Académico em Estudantes do Ensino Superior (ES) avalia o envolvimento académico nas dimensões comportamental, cognitiva e emocional. Este estudo, com 249 estudantes, visa contribuir para a sua validação em estudantes do ES português que ingressam pela via dos Maiores de 23 anos. A análise fatorial confirmatória evidenciou uma estrutura tri-fatorial. A inexistência de validade discriminante entre duas dimensões e as elevadas correlações entre os três fatores sugeriram um modelo de segunda ordem, que apresentou ajustamento e fiabilidade adequados. Observou-se, ainda, a invariância de medida do modelo de segunda ordem entre sexos e entre os estudantes que entraram no ES pela empregabilidade e os restantes. Estes resultados são promissores, sugerindo futuras investigações.
{"title":"Inventário de Envolvimento Académico em Estudantes do Ensino Superior","authors":"Cláudia Sousa, Rita Barros, A. Monteiro","doi":"10.14195/1647-8606_65_1","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/1647-8606_65_1","url":null,"abstract":"O Inventário de Envolvimento Académico em Estudantes do Ensino Superior (ES) avalia o envolvimento académico nas dimensões comportamental, cognitiva e emocional. Este estudo, com 249 estudantes, visa contribuir para a sua validação em estudantes do ES português que ingressam pela via dos Maiores de 23 anos. A análise fatorial confirmatória evidenciou uma estrutura tri-fatorial. A inexistência de validade discriminante entre duas dimensões e as elevadas correlações entre os três fatores sugeriram um modelo de segunda ordem, que apresentou ajustamento e fiabilidade adequados. Observou-se, ainda, a invariância de medida do modelo de segunda ordem entre sexos e entre os estudantes que entraram no ES pela empregabilidade e os restantes. Estes resultados são promissores, sugerindo futuras investigações.","PeriodicalId":41144,"journal":{"name":"Psychologica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.3,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86478395","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente estudo teve como objetivo analisar a perceção que os estudantes universitários têm do funcionamento das suas famílias, caracterizar a sua rede social pessoal e explorar as relações entre estas variáveis. A amostra foi composta por 247 estudantes de Ensino Superior, com idades compreendidas entre os 17 e os 55 anos, que preencheram a Escala de Avaliação da Flexibilidade e da Coesão Familiar versão IV e o Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal. Relativamente aos resultados obtidos, os estudantes percecionaram as suas famílias como equilibradas. Porém, revelaram-se pouco satisfeitos com as mesmas. Os participantes que estão com a família mais frequentemente demonstraram uma maior perceção de emaranhamento. As redes dos estudantes apresentaram um tamanho médio de oito elementos; eram constituídas por familiares e amigos; com elevada coesão e elevada perceção de reciprocidade e de suporte. O ingresso no Ensino Superior não gerou modificações no tamanho da rede dos estudantes. Verificou-se uma associação entre o tamanho da rede, a coesão e a flexibilidade na família. O estudo contribuiu para a compreensão do papel da família e da rede social na etapa de desenvolvimento individual, familiar e social dos estudantes, sublinhando os desafios normativos. Ainda contribuiu para a reflexão sobre possíveis práticas de intervenção que possam revelar-se necessárias nesta fase.
{"title":"Perceção do funcionamento familiar e rede social pessoal de estudantes universitários","authors":"M.A.A Couceiro, Joana Sequeira, S. Guadalupe","doi":"10.14195/1647-8606_65_2","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/1647-8606_65_2","url":null,"abstract":"\u0000O presente estudo teve como objetivo analisar a perceção que os estudantes universitários têm do funcionamento das suas famílias, caracterizar a sua rede social pessoal e explorar as relações entre estas variáveis. A amostra foi composta por 247 estudantes de Ensino Superior, com idades compreendidas entre os 17 e os 55 anos, que preencheram a Escala de Avaliação da Flexibilidade e da Coesão Familiar versão IV e o Instrumento de Análise da Rede Social Pessoal. Relativamente aos resultados obtidos, os estudantes percecionaram as suas famílias como equilibradas. Porém, revelaram-se pouco satisfeitos com as mesmas. Os participantes que estão com a família mais frequentemente demonstraram uma maior perceção de emaranhamento. As redes dos estudantes apresentaram um tamanho médio de oito elementos; eram constituídas por familiares e amigos; com elevada coesão e elevada perceção de reciprocidade e de suporte. O ingresso no Ensino Superior não gerou modificações no tamanho da rede dos estudantes. Verificou-se uma associação entre o tamanho da rede, a coesão e a flexibilidade na família. O estudo contribuiu para a compreensão do papel da família e da rede social na etapa de desenvolvimento individual, familiar e social dos estudantes, sublinhando os desafios normativos. Ainda contribuiu para a reflexão sobre possíveis práticas de intervenção que possam revelar-se necessárias nesta fase.\u0000","PeriodicalId":41144,"journal":{"name":"Psychologica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.3,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82980096","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
V. Morán, Victoria Curi, Nicolás Fabbro, L. Alessandrini
The feeling of social connectedness is an extremely important factor for the psychosocial well-being of individuals. Experiencing closeness, belonging, and mutual acknowledgement with the people who are part of the social circle, contributes to the establishment and maintenance of positive and stable relationships over time, as well as numerous benefits regarding the quality of life and mental health of individuals. In order to contribute to the field of study of interpersonal relationships, this study aims to adapt and validate the Social Connectedness Scale for Argentinean adults. The sample consisted of 399 individuals between the ages of 18 and 79 who completed the scale which was previously translated and submitted to expert judges. The results confirmed the one-dimensional structure of the scale, invariant by sex, with good internal consistency (ω = .92). Furthermore, evidence of convergent and discriminant validity was provided through correlations with measures of extroversion (rp=.37) and social anxiety (rp = -.61). It is concluded that the measures provided by the Argentinean version of the social connectedness scale are both valid and reliable to be used in research, as well as in clinical settings in Argentinean population.
{"title":"Validation of the Social Connectedness Scale in Argentinean adult sample","authors":"V. Morán, Victoria Curi, Nicolás Fabbro, L. Alessandrini","doi":"10.14195/1647-8606_65_3","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/1647-8606_65_3","url":null,"abstract":"The feeling of social connectedness is an extremely important factor for the psychosocial well-being of individuals. Experiencing closeness, belonging, and mutual acknowledgement with the people who are part of the social circle, contributes to the establishment and maintenance of positive and stable relationships over time, as well as numerous benefits regarding the quality of life and mental health of individuals. In order to contribute to the field of study of interpersonal relationships, this study aims to adapt and validate the Social Connectedness Scale for Argentinean adults. The sample consisted of 399 individuals between the ages of 18 and 79 who completed the scale which was previously translated and submitted to expert judges. The results confirmed the one-dimensional structure of the scale, invariant by sex, with good internal consistency (ω = .92). Furthermore, evidence of convergent and discriminant validity was provided through correlations with measures of extroversion (rp=.37) and social anxiety (rp = -.61). It is concluded that the measures provided by the Argentinean version of the social connectedness scale are both valid and reliable to be used in research, as well as in clinical settings in Argentinean population.","PeriodicalId":41144,"journal":{"name":"Psychologica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.3,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86296082","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ana Galhardo, Rute Mendes, I. Massano-Cardoso, M. Cunha
O presente trabalho pretendeu examinar a existência de associações entre variáveis sociodemográficas e clínicas, vergonha relacionada com a doença crónica, processos de regulação emocional (fusão cognitiva, evitamento experiencial, autocompaixão e autojulgamento) e sintomas de depressão, ansiedade e stresse em pessoas com psoríase. Participaram 148 indivíduos (112 mulheres e 36 homens) recrutados através da Associação Portuguesa da Psoríase. Os participantes completaram online medidas de sintomas emocionais negativos (depressão, ansiedade e stresse), vergonha relacionada com a doença crónica, fusão cognitiva relacionada com a doença crónica, evitamento experiencial, autocompaixão e autojulgamento. Realizaram-se análises de regressão hierárquica em três passos com os sintomas de depressão, ansiedade e stresse como variáveis dependentes. O evitamento experiencial, o autojulgamento e os anos de escolaridade mostraram-se associados com os sintomas de depressão, ansiedade e stresse. A vergonha relacionada com a doença crónica revelou-se associada com os sintomas depressivos. Os processos de regulação emocional e a vergonha devem ser considerados no trabalho clínico com pessoas com psoríase. Os programas baseados no Mindfulness, a Terapia da Aceitação e Compromisso e a Terapia Focada na Compaixão, ao abordarem especificamente os processos de regulação emocional, podem ser adequados para esta população.
{"title":"Processos relacionados com a regulação emocional e vergonha e sua associação com os sintomas de depressão, ansiedade e stresse em pessoas com psoríase","authors":"Ana Galhardo, Rute Mendes, I. Massano-Cardoso, M. Cunha","doi":"10.14195/1647-8606_65_4","DOIUrl":"https://doi.org/10.14195/1647-8606_65_4","url":null,"abstract":"O presente trabalho pretendeu examinar a existência de associações entre variáveis sociodemográficas e clínicas, vergonha relacionada com a doença crónica, processos de regulação emocional (fusão cognitiva, evitamento experiencial, autocompaixão e autojulgamento) e sintomas de depressão, ansiedade e stresse em pessoas com psoríase. Participaram 148 indivíduos (112 mulheres e 36 homens) recrutados através da Associação Portuguesa da Psoríase. Os participantes completaram online medidas de sintomas emocionais negativos (depressão, ansiedade e stresse), vergonha relacionada com a doença crónica, fusão cognitiva relacionada com a doença crónica, evitamento experiencial, autocompaixão e autojulgamento. Realizaram-se análises de regressão hierárquica em três passos com os sintomas de depressão, ansiedade e stresse como variáveis dependentes. O evitamento experiencial, o autojulgamento e os anos de escolaridade mostraram-se associados com os sintomas de depressão, ansiedade e stresse. A vergonha relacionada com a doença crónica revelou-se associada com os sintomas depressivos. Os processos de regulação emocional e a vergonha devem ser considerados no trabalho clínico com pessoas com psoríase. Os programas baseados no Mindfulness, a Terapia da Aceitação e Compromisso e a Terapia Focada na Compaixão, ao abordarem especificamente os processos de regulação emocional, podem ser adequados para esta população.","PeriodicalId":41144,"journal":{"name":"Psychologica","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.3,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"87914389","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-12-28DOI: 10.14195/1647-8606_64-2_1
M. Matos, Paul Gilbert, Elsa Gonçalves, I. Melo, Tahlia Baumann, Rebecca Xin Qi Yiu, Stanley R. Steindl
Estudos empíricos têm documentado os benefícios da compaixão para a saúde mental, bem-estar psicossocial e fisiológico. No entanto, as definições de compaixão variam entre abordagens teóricas, investigadores, clínicos e leigos. O significado e a natureza da compaixão podem ser mal compreendidos e ligados a medos, bloqueios e resistências à compaixão. O presente artigo define a compaixão a partir da perspetiva da terapia focada na compaixão (TFC) e distingue-a de outros conceitos comumente associados, usando uma abordagem metodológica qualitativa. A compreensão dos participantes sobre o que é a compaixão foi explorada através da seleção das palavras que eles associavam com compaixão e auto-compaixão, e das suas descrições de experiências passadas de dar e receber compaixão, com diferenças culturais sendo também examinadas. Uma amostra de 584 participantes adultos foi recrutada da comunidade geral na Austrália (n = 296), Portugal (n = 183) e Singapura (n = 105), e completou um questionário de auto-resposta que avaliava o significado e as experiências subjetivas de compaixão. Empatia, Bondade e Compreensão foram as três palavras que os participantes mais frequentemente associaram a ‘Compaixão’. As três palavras mais frequentemente selecionadas pelos participantes associadas à ‘Auto-compaixão’ foram Aceitação, Força e Compreensão. Várias diferenças culturais entre os países foram identificadas e discutidas. As descobertas também esclareceram as experiências dos participantes de compaixão pelos outros, receber compaixão de outros e auto-compaixão, identificaram semelhanças e diferenças entre países e revelaram que uma proporção significativa de pessoas não conseguiu lembrar/descrever experiências de compaixão. Os resultados são discutidos à luz da abordagem de TFC e são derivadas implicações clínicas para psicoterapeutas de TFC.
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