Anne Karoline Carvalho Magalhães, Ianaiê Cardoso Lopes, Priscila Martins Santos, Bárbara Quadros Tonelli, Ana Paula Lima Leal, Samuel Trezena
Problema: Experiência da intervenção de uma equipe multiprofissional da Estratégia Saúde da Família (ESF) em uma família por meio das ferramentas de abordagem familiar. Entre os problemas identificados no caso estão a sobrecarga de trabalho da paciente índice, diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos filhos dela, etilismo crônico do esposo e relacionamento hostil no ciclo familiar. Método: Estudo descritivo, qualitativo, de relato de experiência, desenvolvido em uma família da área de abrangência da equipe da ESF no segundo semestre de 2019, escolhida em razão da hiperutilização do serviço pela paciente índice. As ferramentas aplicadas foram o genograma, ecomapa, Fundamental Interpersonal Relations Outcome (FIRO), problem, roles, affect, communication, time in life, illness, coping with stress, environment/ecology (PRACTICE) e ciclo de vida familiar. Resultados: Com a aplicação das ferramentas foram identificadas as estruturas e modos de compartilhamento das relações familiares, os problemas de saúde presentes, os possíveis vínculos identificados e o estágio no ciclo de vida. Como modos de intervenção, a equipe propôs consultas de cuidado em saúde, assistência psicológica e escutas qualificadas. Além disso, por meio de reuniões intersetoriais, foi solucionado o problema escolar que afetava a condição de saúde da paciente. Conclusão: A aplicação das ferramentas foi um excelente método para realizar o estudo, pois permitiu uma visão global da família, além de identificar fragilidades a serem corrigidas ou minimizadas com recurso a intervenções pela equipe de saúde.
{"title":"Experiência no uso das ferramentas de abordagem familiar por uma equipe da Estratégia Saúde da Família","authors":"Anne Karoline Carvalho Magalhães, Ianaiê Cardoso Lopes, Priscila Martins Santos, Bárbara Quadros Tonelli, Ana Paula Lima Leal, Samuel Trezena","doi":"10.5712/rbmfc19(46)3410","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc19(46)3410","url":null,"abstract":"Problema: Experiência da intervenção de uma equipe multiprofissional da Estratégia Saúde da Família (ESF) em uma família por meio das ferramentas de abordagem familiar. Entre os problemas identificados no caso estão a sobrecarga de trabalho da paciente índice, diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos filhos dela, etilismo crônico do esposo e relacionamento hostil no ciclo familiar. Método: Estudo descritivo, qualitativo, de relato de experiência, desenvolvido em uma família da área de abrangência da equipe da ESF no segundo semestre de 2019, escolhida em razão da hiperutilização do serviço pela paciente índice. As ferramentas aplicadas foram o genograma, ecomapa, Fundamental Interpersonal Relations Outcome (FIRO), problem, roles, affect, communication, time in life, illness, coping with stress, environment/ecology (PRACTICE) e ciclo de vida familiar. Resultados: Com a aplicação das ferramentas foram identificadas as estruturas e modos de compartilhamento das relações familiares, os problemas de saúde presentes, os possíveis vínculos identificados e o estágio no ciclo de vida. Como modos de intervenção, a equipe propôs consultas de cuidado em saúde, assistência psicológica e escutas qualificadas. Além disso, por meio de reuniões intersetoriais, foi solucionado o problema escolar que afetava a condição de saúde da paciente. Conclusão: A aplicação das ferramentas foi um excelente método para realizar o estudo, pois permitiu uma visão global da família, além de identificar fragilidades a serem corrigidas ou minimizadas com recurso a intervenções pela equipe de saúde.","PeriodicalId":510439,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade","volume":"29 15","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-06-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141340294","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Danillo Alencar Roseno, Tatiana da Silva Sempé, Thanyse de Oliveira Schmalfuss, C. Giugliani, Tatiane da Silva Dal Pizzol
Introduction: The safety and effectiveness of medication use during lactation are concerns for mothers and healthcare professionals. This research analyzes the instructions on the leaflets of medications commonly prescribed for dyspepsia and constipation, which aims to provide essential information to guide therapeutic decisions during this crucial period of motherhood. Objectives: To analyze the information in package inserts about contraindications of drugs for dyspepsia and constipation during breastfeeding, verifying whether these are consistent with scientific evidence. Methods: Drugs for dyspepsia and constipation were selected according to the Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) classification and active registry in Brazil. The presence of contraindications for the use of medications in the health professional's and patient's package inserts was compared with the information in the technical manual of the Ministry of Health, Medications and Mothers' Milk, LactMed, UptoDate, Micromedex, Documento Científico da Sociedade Brasileira de Pediatria and Reprotox. Results: No information about use during breastfeeding was found in 20.0 and 24.3% of leaflets for dyspepsia and constipation, respectively. The agreement between the leaflets of medications for dyspepsia and the sources consulted was low (27.2% of the leaflets contraindicated the medication during lactation, while in the sources the percentage of contraindication varied from 0 to 8.3%). In relation to medicines for constipation, 26.3% of the leaflets contraindicated them, while in the sources the percentage ranged from 0 to 4.8%. Conclusions: The study pointed out that at least two out of every ten package inserts for dyspepsia and constipation do not provide adequate information on the use of these drugs in infants, and also shows low concordance between the text of the package inserts and the reference sources regarding compatibility of the drug with breastfeeding.
导言:哺乳期用药的安全性和有效性是母亲和医护人员关心的问题。本研究分析了治疗消化不良和便秘的常用处方药宣传页上的说明,旨在提供重要信息,指导母亲在这一关键时期的治疗决策。研究目的分析说明书中有关哺乳期消化不良和便秘的药物禁忌信息,验证这些信息是否与科学证据相符。方法:根据解剖学治疗化学(ATC)分类和巴西的有效登记情况,选择了治疗消化不良和便秘的药物。将卫生部技术手册、《药物与母乳》、《LactMed》、《UptoDate》、《Micromedex》、《Documento Científico da Sociedade Brasileira de Pediatria》和《Reprotox》中的信息与卫生专业人员和患者包装说明书中的用药禁忌进行比较。结果:分别有 20.0% 和 24.3% 的消化不良和便秘药物宣传页中没有关于哺乳期用药的信息。治疗消化不良药物的宣传单与所查阅的资料之间的一致性较低(27.2%的宣传单说明哺乳期禁用药物,而资料中禁用药物的比例从 0 到 8.3% 不等)。至于治疗便秘的药物,26.3%的宣传单上有禁忌,而资料来源中的禁忌比例从 0 到 4.8%不等。结论研究指出,在每十种治疗消化不良和便秘的包装说明书中,至少有两种没有提供有关婴儿使用这些药物的充分信息,同时还显示,在药物与母乳喂养的兼容性方面,包装说明书的文字与参考资料之间的一致性很低。
{"title":"Instructions in package inserts intended for the use of medicines for dyspepsia and constipation during lactation","authors":"Danillo Alencar Roseno, Tatiana da Silva Sempé, Thanyse de Oliveira Schmalfuss, C. Giugliani, Tatiane da Silva Dal Pizzol","doi":"10.5712/rbmfc19(46)3758","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc19(46)3758","url":null,"abstract":"Introduction: The safety and effectiveness of medication use during lactation are concerns for mothers and healthcare professionals. This research analyzes the instructions on the leaflets of medications commonly prescribed for dyspepsia and constipation, which aims to provide essential information to guide therapeutic decisions during this crucial period of motherhood. Objectives: To analyze the information in package inserts about contraindications of drugs for dyspepsia and constipation during breastfeeding, verifying whether these are consistent with scientific evidence. Methods: Drugs for dyspepsia and constipation were selected according to the Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) classification and active registry in Brazil. The presence of contraindications for the use of medications in the health professional's and patient's package inserts was compared with the information in the technical manual of the Ministry of Health, Medications and Mothers' Milk, LactMed, UptoDate, Micromedex, Documento Científico da Sociedade Brasileira de Pediatria and Reprotox. Results: No information about use during breastfeeding was found in 20.0 and 24.3% of leaflets for dyspepsia and constipation, respectively. The agreement between the leaflets of medications for dyspepsia and the sources consulted was low (27.2% of the leaflets contraindicated the medication during lactation, while in the sources the percentage of contraindication varied from 0 to 8.3%). In relation to medicines for constipation, 26.3% of the leaflets contraindicated them, while in the sources the percentage ranged from 0 to 4.8%. Conclusions: The study pointed out that at least two out of every ten package inserts for dyspepsia and constipation do not provide adequate information on the use of these drugs in infants, and also shows low concordance between the text of the package inserts and the reference sources regarding compatibility of the drug with breastfeeding.","PeriodicalId":510439,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade","volume":"112 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-06-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141342392","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introduction: Communication is recognized as a central skill by various international medical education regulatory bodies. Specific teaching on communication skills is important to enhance doctors’ communication. Experiential techniques appear to be superior compared to traditional models. Real-life consultation helps trainees visualize their interview skills and reflect on them. Upgraded by technology, the use of video-recorded medical visits became the standard approach for communication teaching. However, the effectiveness pf this technique relies on trainees’ active involvement. Their inputs and peer feedback on the recorded consultation are essential to learning. Despite its importance, their perspective on the usefulness of video feedback in medical education has received limited attention. Objective: To understand the perception of learning among general practice trainees as a result of the video feedback activity in their vocational training. Methods: An exploratory, qualitative study, conducted with first-year general practice trainees from an established training program in São Paulo, Brazil. Participants were interviewed after educational session, which were analyzed using reflexive thematic analysis. Results: Self-perception of their practice, communication skills learning, and affective gains were identified by participants as learning points derived from the video feedback activity. Furthermore, for specific communication skills learning, they mentioned nonverbal and verbal communication, theory and practice connections, consultation structure and opportunities for crystallizing knowledge. Affective gains included feeling part of a group, improving self-esteem, overcoming insecurities, perception of more effective consultations, reinforcing fondness for their work, and need for more learning. Conclusions: The learning gains identified in our study led to an experience of common humanity, which allowed participants to be more technically and affectively effective with their patients. Also, we identified that the video feedback educational activity can be used for other possible educational purposes, beyond the teaching of communication.
{"title":"You are thinking, reflecting, analysing what you see and what you do all the time","authors":"Carlos Frederico Confort Campos, Nicolle Taissun","doi":"10.5712/rbmfc19(46)3928","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc19(46)3928","url":null,"abstract":"Introduction: Communication is recognized as a central skill by various international medical education regulatory bodies. Specific teaching on communication skills is important to enhance doctors’ communication. Experiential techniques appear to be superior compared to traditional models. Real-life consultation helps trainees visualize their interview skills and reflect on them. Upgraded by technology, the use of video-recorded medical visits became the standard approach for communication teaching. However, the effectiveness pf this technique relies on trainees’ active involvement. Their inputs and peer feedback on the recorded consultation are essential to learning. Despite its importance, their perspective on the usefulness of video feedback in medical education has received limited attention. Objective: To understand the perception of learning among general practice trainees as a result of the video feedback activity in their vocational training. Methods: An exploratory, qualitative study, conducted with first-year general practice trainees from an established training program in São Paulo, Brazil. Participants were interviewed after educational session, which were analyzed using reflexive thematic analysis. Results: Self-perception of their practice, communication skills learning, and affective gains were identified by participants as learning points derived from the video feedback activity. Furthermore, for specific communication skills learning, they mentioned nonverbal and verbal communication, theory and practice connections, consultation structure and opportunities for crystallizing knowledge. Affective gains included feeling part of a group, improving self-esteem, overcoming insecurities, perception of more effective consultations, reinforcing fondness for their work, and need for more learning. Conclusions: The learning gains identified in our study led to an experience of common humanity, which allowed participants to be more technically and affectively effective with their patients. Also, we identified that the video feedback educational activity can be used for other possible educational purposes, beyond the teaching of communication.","PeriodicalId":510439,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade","volume":" 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-04-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140689778","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O câncer de pulmão é uma doença grave, sendo a segunda maior causa de morte em todo o mundo, entretanto, em alguns países desenvolvidos, tornou-se já a primeira causa de morte. Cerca de 90% dos casos de neoplasia pulmonares são causados pela inalação da fumaça do cigarro. Objetivo: Correlacionar a prevalência de tabagismo e morbimortalidade por câncer de pulmão nos estados brasileiros, além de demonstrar a associação destes com sexo e faixa etária. Métodos: Estudo de caráter ecológico acerca da prevalência de tabagismo e morbimortalidade por câncer de pulmão nos estados brasileiros, nos períodos de 2013 e 2019, dividida por sexo e faixa etária. Foram utilizados bancos de coleta de dados como o Tabnet e Pesquisa Nacional de Saúde. Resultados: As maiores taxas de mortalidade e internações hospitalares foram do público masculino, em 2013, com taxa de 2,7 e 10, respectivamente, e em 2019 com 3,3 e 11,9, respectivamente. Ademais, a maior prevalência de tabagismo foi encontrada nos homens; entretanto seu índice tem caído, enquanto a quantidade de mulheres tabagistas tem aumentado. A Região Sul demonstrou maiores números de mortalidade em ambos os períodos estudados, com taxas de 4,9 e 5,8 por 100 mil habitantes, e morbidade hospitalar com 19,9 e 23,5 por 100 mil habitantes. Já a Região Norte se configurou com as menores prevalências: em 2013 apresentou taxa de óbito por câncer de pulmão de 1,0 e morbidade hospitalar de 3,5/100 mil habitantes, em 2019 apresentou taxa de mortalidade de 4,6 e internações de 1,6/100 mil habitantes. Os coeficientes de correlação de morbidade hospitalar e prevalência de tabagismo foram R2=0,0628, r=0,251 e p=0,042, enquanto os de mortalidade e prevalência de tabagismo foram R2=0,0337, r=0,183 e p=0,140. Conclusões: Na presente pesquisa, pode-se inferir que houve associação positiva na comparação entre taxa de morbidade hospitalar e prevalência de tabagismo; em contrapartida, não foi possível observar associação positiva na correlação da taxa de mortalidade por câncer de pulmão e prevalência de tabagismo.
{"title":"Prevalência de tabagismo e morbimortalidade por câncer de pulmão nos estados brasileiros","authors":"Silvya de Freitas Nunes, Kelser de Sousa Kock","doi":"10.5712/rbmfc19(46)3598","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc19(46)3598","url":null,"abstract":"Introdução: O câncer de pulmão é uma doença grave, sendo a segunda maior causa de morte em todo o mundo, entretanto, em alguns países desenvolvidos, tornou-se já a primeira causa de morte. Cerca de 90% dos casos de neoplasia pulmonares são causados pela inalação da fumaça do cigarro. Objetivo: Correlacionar a prevalência de tabagismo e morbimortalidade por câncer de pulmão nos estados brasileiros, além de demonstrar a associação destes com sexo e faixa etária. Métodos: Estudo de caráter ecológico acerca da prevalência de tabagismo e morbimortalidade por câncer de pulmão nos estados brasileiros, nos períodos de 2013 e 2019, dividida por sexo e faixa etária. Foram utilizados bancos de coleta de dados como o Tabnet e Pesquisa Nacional de Saúde. Resultados: As maiores taxas de mortalidade e internações hospitalares foram do público masculino, em 2013, com taxa de 2,7 e 10, respectivamente, e em 2019 com 3,3 e 11,9, respectivamente. Ademais, a maior prevalência de tabagismo foi encontrada nos homens; entretanto seu índice tem caído, enquanto a quantidade de mulheres tabagistas tem aumentado. A Região Sul demonstrou maiores números de mortalidade em ambos os períodos estudados, com taxas de 4,9 e 5,8 por 100 mil habitantes, e morbidade hospitalar com 19,9 e 23,5 por 100 mil habitantes. Já a Região Norte se configurou com as menores prevalências: em 2013 apresentou taxa de óbito por câncer de pulmão de 1,0 e morbidade hospitalar de 3,5/100 mil habitantes, em 2019 apresentou taxa de mortalidade de 4,6 e internações de 1,6/100 mil habitantes. Os coeficientes de correlação de morbidade hospitalar e prevalência de tabagismo foram R2=0,0628, r=0,251 e p=0,042, enquanto os de mortalidade e prevalência de tabagismo foram R2=0,0337, r=0,183 e p=0,140. Conclusões: Na presente pesquisa, pode-se inferir que houve associação positiva na comparação entre taxa de morbidade hospitalar e prevalência de tabagismo; em contrapartida, não foi possível observar associação positiva na correlação da taxa de mortalidade por câncer de pulmão e prevalência de tabagismo.","PeriodicalId":510439,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade","volume":" 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-04-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140688774","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Thais Mendes dos Santos, Clarisse Melo Franco Neves Costa, Lauriany Lívia Costa, Darlene da Silva, Delba Fonseca Santos
A aprendizagem baseada em projeto orientada pelos fundamentos da educação interprofissional é um modelo que pode contribuir para a formação de relacionamentos interpessoais, criatividade, empatia e colaboração na educação médica, por meio de uma colaboração mútua com profissionais de saúde da rede. Muito se fala da efetividade desse método no campo do ensino e aprendizagem médica, mas há a necessidade de incluir a importância do desenvolvimento de habilidades interprofissionais, com equipes colaborativas, em ações extensionistas, diante das necessidades locais no contexto da atenção primária, pensando na melhoria dos resultados de saúde. O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de experiência de aprendizagem baseada em projeto de estudantes de Medicina no contexto da Estratégia Saúde da Família. Participaram deste trabalho estudantes do Módulo Integração Ensino, Serviço e Comunidade da Faculdade de Medicina da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri que executaram, em colaboração com uma equipe interprofissional o projeto sobre a saúde do homem. Como resultado da análise qualitativa do feedback entre os integrantes, observaram-se mudanças no comportamento dos estudantes, com melhorias na comunicação, empatia e nas relações interpessoais, por meio do trabalho colaborativo com a equipe interprofissional. Esta experiência poderá ser adaptada para implementar o ensino e aprendizagem no projeto pedagógico orientado pela educação interprofissional na atenção primária.
{"title":"Aprendizagem baseada em projeto e a formação médica","authors":"Thais Mendes dos Santos, Clarisse Melo Franco Neves Costa, Lauriany Lívia Costa, Darlene da Silva, Delba Fonseca Santos","doi":"10.5712/rbmfc19(46)3772","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc19(46)3772","url":null,"abstract":"A aprendizagem baseada em projeto orientada pelos fundamentos da educação interprofissional é um modelo que pode contribuir para a formação de relacionamentos interpessoais, criatividade, empatia e colaboração na educação médica, por meio de uma colaboração mútua com profissionais de saúde da rede. Muito se fala da efetividade desse método no campo do ensino e aprendizagem médica, mas há a necessidade de incluir a importância do desenvolvimento de habilidades interprofissionais, com equipes colaborativas, em ações extensionistas, diante das necessidades locais no contexto da atenção primária, pensando na melhoria dos resultados de saúde. O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de experiência de aprendizagem baseada em projeto de estudantes de Medicina no contexto da Estratégia Saúde da Família. Participaram deste trabalho estudantes do Módulo Integração Ensino, Serviço e Comunidade da Faculdade de Medicina da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri que executaram, em colaboração com uma equipe interprofissional o projeto sobre a saúde do homem. Como resultado da análise qualitativa do feedback entre os integrantes, observaram-se mudanças no comportamento dos estudantes, com melhorias na comunicação, empatia e nas relações interpessoais, por meio do trabalho colaborativo com a equipe interprofissional. Esta experiência poderá ser adaptada para implementar o ensino e aprendizagem no projeto pedagógico orientado pela educação interprofissional na atenção primária.","PeriodicalId":510439,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade","volume":" 14","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-04-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140687652","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (RBMFC) agradece aos Avaliadores listados abaixo que atuaram como revisores ad hoc durante o ano de 2023, dedicando horas voluntariamente para a emissão de pareceres técnicos sobre manuscritos submetidos a esta revista.
{"title":"Agradecimento aos Revisores da RBMFC em 2023","authors":"Thiago Dias Sarti, Claunara Schilling Mendonça","doi":"10.5712/rbmfc18(45)4092","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)4092","url":null,"abstract":"A Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (RBMFC) agradece aos Avaliadores listados abaixo que atuaram como revisores ad hoc durante o ano de 2023, dedicando horas voluntariamente para a emissão de pareceres técnicos sobre manuscritos submetidos a esta revista.","PeriodicalId":510439,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade","volume":"81 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140241831","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
F. M. Dourado, N. Oliveira, L. Ricardo, Leandro Lopes dos Santos, Angel De Nardi, Cíntia Ehlers Botton, Lucinéia Orsolin Pfeifer, Laura Milán Vasques, Lucas Porto Santos, Larissa Rosa da Silva, Bruna Góes Moraes, L. Helal, Daniel Umpierre
Introdução: Políticas públicas intersetoriais em saúde são intervenções populacionais (e de cunho ecológico) muito utilizadas para a redução da carga global de doença e otimização de recursos tanto financeiros quanto humanos. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar a situação de saúde de usuários idosos de uma política municipal de atividades físicas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com amostragem baseada em centros comunitários (N dispositivos comunitários=11), que disponibilizam práticas de movimentos corporais e outros, subsidiados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE), Prefeitura Municipal de Porto Alegre (RS). A amostragem de usuários foi ponderada para o total de usuários atendidos por centro, adotando seleção aleatória simples. A coleta de dados ocorreu entre abril de 2018 e fevereiro de 2019, em que a equipe de coleta se deslocou ao território adscrito dos usuários para a condução de inquérito de saúde autoaplicado e a avaliação funcional; de forma contrária, os usuários compareceram a um centro de coleta para a série laboratorial (sem jejum). Resultados: Foram incluídos e analisados 351 usuários (média±desvio padrão, 70±6 anos). Para fatores de risco cardiovasculares, a prevalência de hipercolesterolemia foi de 54,2% e de 49,3% para hipertensão arterial sistêmica — as mais elevadas. O transtorno de sono foi prevalente em 55,3% da amostra. Entre as doenças autorrelatadas, os participantes listaram as cardiovasculares (14,3%), câncer prévio (14,6%), diabetes (13,2%), artrite reumatoide/ reumatismo (29,6%) e depressão (sem discriminador de depressão maior/ menor) (18,6%). A capacidade funcional, estimada pelo teste de caminhada em 6 minutos e a força de preensão manual, preditores de mortalidade cardiovascular e agravos, tiveram valores médios encontrados de 498,05±78,96 m e 27,08±8,14 kg, respectivamente. Conclusão: Os achados do presente estudo permitem contrastar prevalências estimadas em idosos participantes de um programa público de atividades físicas com outras estimativas em grupos de comparação, possibilitando a análise de situação de saúde com base em diferentes comportamentos e fatores de risco. Por fim, o trabalho viabilizou a monitorização de intervenções públicas para idosos em nível comunitário, sendo um ponto de base para acompanhamento futuro.
{"title":"Análise da situação de saúde dos idosos usuários de uma política municipal de atividades físicas","authors":"F. M. Dourado, N. Oliveira, L. Ricardo, Leandro Lopes dos Santos, Angel De Nardi, Cíntia Ehlers Botton, Lucinéia Orsolin Pfeifer, Laura Milán Vasques, Lucas Porto Santos, Larissa Rosa da Silva, Bruna Góes Moraes, L. Helal, Daniel Umpierre","doi":"10.5712/rbmfc18(45)3480","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)3480","url":null,"abstract":"Introdução: Políticas públicas intersetoriais em saúde são intervenções populacionais (e de cunho ecológico) muito utilizadas para a redução da carga global de doença e otimização de recursos tanto financeiros quanto humanos. Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar a situação de saúde de usuários idosos de uma política municipal de atividades físicas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com amostragem baseada em centros comunitários (N dispositivos comunitários=11), que disponibilizam práticas de movimentos corporais e outros, subsidiados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE), Prefeitura Municipal de Porto Alegre (RS). A amostragem de usuários foi ponderada para o total de usuários atendidos por centro, adotando seleção aleatória simples. A coleta de dados ocorreu entre abril de 2018 e fevereiro de 2019, em que a equipe de coleta se deslocou ao território adscrito dos usuários para a condução de inquérito de saúde autoaplicado e a avaliação funcional; de forma contrária, os usuários compareceram a um centro de coleta para a série laboratorial (sem jejum). Resultados: Foram incluídos e analisados 351 usuários (média±desvio padrão, 70±6 anos). Para fatores de risco cardiovasculares, a prevalência de hipercolesterolemia foi de 54,2% e de 49,3% para hipertensão arterial sistêmica — as mais elevadas. O transtorno de sono foi prevalente em 55,3% da amostra. Entre as doenças autorrelatadas, os participantes listaram as cardiovasculares (14,3%), câncer prévio (14,6%), diabetes (13,2%), artrite reumatoide/ reumatismo (29,6%) e depressão (sem discriminador de depressão maior/ menor) (18,6%). A capacidade funcional, estimada pelo teste de caminhada em 6 minutos e a força de preensão manual, preditores de mortalidade cardiovascular e agravos, tiveram valores médios encontrados de 498,05±78,96 m e 27,08±8,14 kg, respectivamente. Conclusão: Os achados do presente estudo permitem contrastar prevalências estimadas em idosos participantes de um programa público de atividades físicas com outras estimativas em grupos de comparação, possibilitando a análise de situação de saúde com base em diferentes comportamentos e fatores de risco. Por fim, o trabalho viabilizou a monitorização de intervenções públicas para idosos em nível comunitário, sendo um ponto de base para acompanhamento futuro.","PeriodicalId":510439,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade","volume":"38 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140245342","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A. Gomes, Sandra de Oliveira Pereira, Lucas Lacerda Gonçalves, Polyana Mendes Maia, J. L. Pereira, Rodrigo de Barros Freitas, Taciana de Souza Bayão, Adriano Simões Barbosa Castro, R. Siqueira-Batista
A formação dos profissionais de saúde segue em discussão há tempos — no Brasil e no mundo —, assim como as mudanças dos paradigmas sanitários e dos modelos de cuidado em saúde. Com a criação do Sistema Único de Saúde e a implantação da Estratégia de Saúde da Família (ESF) como reorganizadores da atenção em saúde, brotam, neste cenário, questões e problemas bioéticos não vividos anteriormente no âmbito da prática de saúde hospitalar. Este artigo apresenta os resultados da realização de uma oficina de formação em bioética com a participação de 130 pessoas (128 profissionais da ESF no município de Viçosa, Minas Gerais, e dois convidados), promovida pela integração da universidade com o serviço de saúde local. Os referenciais utilizados incluíram o pluralismo metodológico, o trabalho em pequenos grupos, a aprendizagem significativa e o uso da arte para a construção das competências em bioética. Os resultados verificados foram otimistas quanto à efetividade da ação, tanto na ótica dos profissionais da ESF quanto dos participantes (facilitadores e docentes envolvidos), promovendo-se uma construção coletiva de saberes para a práxis.
一段时间以来,巴西和全世界都在讨论卫生专业人员的培训问题,卫生模式和医疗保健模式的变化也是如此。随着统一卫生系统(Sistema Único de Saúde)的建立和家庭保健战略(Estratégia de Saúde da Família - ESF)的实施,作为医疗保健的重组者,在这种情况下出现了以前在医院医疗实践中没有遇到过的生物伦理问题。本文介绍了 130 人(米纳斯吉拉斯州维索萨市的 128 名 ESF 专业人员和两名来宾)参加的生物伦理培训讲习班的成果,该讲习班是由大学和当地医疗服务机构共同举办的。采用的参考方法包括方法多元化、小组合作、有意义的学习和利用艺术培养生物伦理方面的能力。从 ESF 专业人员和参与者(主持人和参与教师)的角度来看,活动的效果都很乐观,促进了 实践知识的集体建设。
{"title":"Oficina de formação bioética para a Estratégia Saúde da Família","authors":"A. Gomes, Sandra de Oliveira Pereira, Lucas Lacerda Gonçalves, Polyana Mendes Maia, J. L. Pereira, Rodrigo de Barros Freitas, Taciana de Souza Bayão, Adriano Simões Barbosa Castro, R. Siqueira-Batista","doi":"10.5712/rbmfc18(45)2426","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)2426","url":null,"abstract":"A formação dos profissionais de saúde segue em discussão há tempos — no Brasil e no mundo —, assim como as mudanças dos paradigmas sanitários e dos modelos de cuidado em saúde. Com a criação do Sistema Único de Saúde e a implantação da Estratégia de Saúde da Família (ESF) como reorganizadores da atenção em saúde, brotam, neste cenário, questões e problemas bioéticos não vividos anteriormente no âmbito da prática de saúde hospitalar. Este artigo apresenta os resultados da realização de uma oficina de formação em bioética com a participação de 130 pessoas (128 profissionais da ESF no município de Viçosa, Minas Gerais, e dois convidados), promovida pela integração da universidade com o serviço de saúde local. Os referenciais utilizados incluíram o pluralismo metodológico, o trabalho em pequenos grupos, a aprendizagem significativa e o uso da arte para a construção das competências em bioética. Os resultados verificados foram otimistas quanto à efetividade da ação, tanto na ótica dos profissionais da ESF quanto dos participantes (facilitadores e docentes envolvidos), promovendo-se uma construção coletiva de saberes para a práxis.","PeriodicalId":510439,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade","volume":"41 16","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140082737","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Jader Vasconcelos, Livia Fernandes Probst, Marcelo Viana da Costa, Marcia Naomi Santos Higashijima, Mara Lisiane de Moraes dos Santos, Alessandro Diogo De Carli
Introdução: Avaliar o clima da equipe é fundamental para identificar os desafios que as equipes de saúde enfrentam na implementação dos processos de trabalho interprofissional. Objetivo: O objetivo deste estudo foi determinar qual é o clima da equipe na APS e se há associação entre clima da equipe e a qualidade da assistência oferecida ao usuário. Métodos: Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura para definir o clima da equipe de atenção primária à saúde e determinar se existe uma associação entre o clima da equipe e a qualidade do cuidado. O protocolo foi registrado sob o número de protocolo CRD 42019133389 no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO). Uma busca de artigos sobre clima de equipe na atenção primária à saúde foi realizada usando qualquer versão do instrumento de inventário de clima de equipe em seis bases de dados. Não houve restrições quanto à data de publicação ou idioma (espanhol, inglês e português). Resultados: Dos 1.106 estudos obtidos após a remoção de duplicatas, 23 foram selecionados para uma leitura completa com base nas avaliações dos resumos. Observou-se que equipes com melhores climas de trabalho alcançaram melhores resultados de saúde. No entanto, por causa da heterogeneidade metodológica entre os estudos, não foi possível determinar um valor médio para o clima da equipe de atenção primária à saúde como proposto inicialmente. Conclusões: O estudo concluiu que, embora existam indícios de uma possível associação positiva entre o clima da equipe e a qualidade da atenção à saúde em ambientes de atenção primária à saúde, ainda não existem estudos suficientes que nos permitam afirmar categoricamente que essa associação existe.
{"title":"Clima de equipe na atenção primária à saúde","authors":"Jader Vasconcelos, Livia Fernandes Probst, Marcelo Viana da Costa, Marcia Naomi Santos Higashijima, Mara Lisiane de Moraes dos Santos, Alessandro Diogo De Carli","doi":"10.5712/rbmfc18(45)3746","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)3746","url":null,"abstract":"Introdução: Avaliar o clima da equipe é fundamental para identificar os desafios que as equipes de saúde enfrentam na implementação dos processos de trabalho interprofissional. Objetivo: O objetivo deste estudo foi determinar qual é o clima da equipe na APS e se há associação entre clima da equipe e a qualidade da assistência oferecida ao usuário. Métodos: Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura para definir o clima da equipe de atenção primária à saúde e determinar se existe uma associação entre o clima da equipe e a qualidade do cuidado. O protocolo foi registrado sob o número de protocolo CRD 42019133389 no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO). Uma busca de artigos sobre clima de equipe na atenção primária à saúde foi realizada usando qualquer versão do instrumento de inventário de clima de equipe em seis bases de dados. Não houve restrições quanto à data de publicação ou idioma (espanhol, inglês e português). Resultados: Dos 1.106 estudos obtidos após a remoção de duplicatas, 23 foram selecionados para uma leitura completa com base nas avaliações dos resumos. Observou-se que equipes com melhores climas de trabalho alcançaram melhores resultados de saúde. No entanto, por causa da heterogeneidade metodológica entre os estudos, não foi possível determinar um valor médio para o clima da equipe de atenção primária à saúde como proposto inicialmente. Conclusões: O estudo concluiu que, embora existam indícios de uma possível associação positiva entre o clima da equipe e a qualidade da atenção à saúde em ambientes de atenção primária à saúde, ainda não existem estudos suficientes que nos permitam afirmar categoricamente que essa associação existe.","PeriodicalId":510439,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade","volume":"72 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139960062","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Amanda Carriço Rodrigues, Aliny de Lima Santos, Ligia dos Santos Mendes Lemes Soares
Introdução: O processo de acolhimento dos longevos em instituições de longa permanência de idosos (ILPI) tem se tornado uma constante por parte das famílias, principalmente ao observar-se o panorama de ageísmo atual. Dessa forma, seja pela falta de condições emocionais, seja pela praticidade em fornecer o cuidado por meio terceirizado, inúmeros idosos são obrigados a se adaptar a um novo ambiente, rotina e conviventes. Assim, faz-se clara a percepção de inúmeras dificuldades por parte desses indivíduos em lidar com os obstáculos inerentes ao processo fisiológico do envelhecimento, somada à tempestade de sentimentos advindos do abandono e da incapacidade. Além disso, por se tratar de uma porção vulnerável da população, torna-se importante trazer à tona a visão dos idosos a respeito de sua percepção de saúde e da forma como se sentem quanto à convivência nesse espaço e com suas famílias. Objetivo: Compreender a influência do contato familiar e das relações interpessoais na saúde mental de idosos residentes em ILPI no noroeste do Paraná. Métodos: Estudo descritivo exploratório, de abordagem qualitativa, realizado por meio da aplicação de um questionário associado a uma entrevista semiestruturada com idosos residentes em uma ILPI, no ano de 2021. Entre as informações abordadas estão a autoavaliação do estado mental, a forma de ingresso na instituição, o contato familiar e o relacionamento dentro da instituição. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas, segundo semelhança de conteúdos. Resultados: Por meio dos dados coletados, observou-se que o processo de ingresso da maioria dos entrevistados foi consentida e estabelecida por concordância entre idoso, família e assistente social. Também se viu que, mesmo com as adversidades da pandemia de COVID-19, os familiares buscaram estar presentes por intermédio de chamadas de vídeo, seguindo os protocolos de prevenção à doença. Outro ponto investigado foi o relacionamento entre os residentes e os profissionais da instituição, a qual foi estabelecida como não conflituosa, sendo considerada impessoal pela maioria, obtendo-se poucos relatos que a considerassem como familiar. Por fim, constatou-se pelos relatos uma boa condição cognitiva (bom estado de saúde mental), mantida por meio da boa convivência e da implementação de atividades coletivas e individuais de lazer por parte da instituição. Conclusões: Os idosos entrevistados consideraram sua estadia, convivência e rotina na ILPI de ótima qualidade. Ao contrário do esperado, a maioria dos internos apresentou boa condição cognitiva (bom estado de saúde mental), constatada no decorrer das entrevistas. Há poucos idosos residentes na instituição, e o diagnóstico de depressão é apresentado nos prontuários.
{"title":"Saúde mental do idoso institucionalizado","authors":"Amanda Carriço Rodrigues, Aliny de Lima Santos, Ligia dos Santos Mendes Lemes Soares","doi":"10.5712/rbmfc18(45)3589","DOIUrl":"https://doi.org/10.5712/rbmfc18(45)3589","url":null,"abstract":"Introdução: O processo de acolhimento dos longevos em instituições de longa permanência de idosos (ILPI) tem se tornado uma constante por parte das famílias, principalmente ao observar-se o panorama de ageísmo atual. Dessa forma, seja pela falta de condições emocionais, seja pela praticidade em fornecer o cuidado por meio terceirizado, inúmeros idosos são obrigados a se adaptar a um novo ambiente, rotina e conviventes. Assim, faz-se clara a percepção de inúmeras dificuldades por parte desses indivíduos em lidar com os obstáculos inerentes ao processo fisiológico do envelhecimento, somada à tempestade de sentimentos advindos do abandono e da incapacidade. Além disso, por se tratar de uma porção vulnerável da população, torna-se importante trazer à tona a visão dos idosos a respeito de sua percepção de saúde e da forma como se sentem quanto à convivência nesse espaço e com suas famílias. Objetivo: Compreender a influência do contato familiar e das relações interpessoais na saúde mental de idosos residentes em ILPI no noroeste do Paraná. Métodos: Estudo descritivo exploratório, de abordagem qualitativa, realizado por meio da aplicação de um questionário associado a uma entrevista semiestruturada com idosos residentes em uma ILPI, no ano de 2021. Entre as informações abordadas estão a autoavaliação do estado mental, a forma de ingresso na instituição, o contato familiar e o relacionamento dentro da instituição. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas, segundo semelhança de conteúdos. Resultados: Por meio dos dados coletados, observou-se que o processo de ingresso da maioria dos entrevistados foi consentida e estabelecida por concordância entre idoso, família e assistente social. Também se viu que, mesmo com as adversidades da pandemia de COVID-19, os familiares buscaram estar presentes por intermédio de chamadas de vídeo, seguindo os protocolos de prevenção à doença. Outro ponto investigado foi o relacionamento entre os residentes e os profissionais da instituição, a qual foi estabelecida como não conflituosa, sendo considerada impessoal pela maioria, obtendo-se poucos relatos que a considerassem como familiar. Por fim, constatou-se pelos relatos uma boa condição cognitiva (bom estado de saúde mental), mantida por meio da boa convivência e da implementação de atividades coletivas e individuais de lazer por parte da instituição. Conclusões: Os idosos entrevistados consideraram sua estadia, convivência e rotina na ILPI de ótima qualidade. Ao contrário do esperado, a maioria dos internos apresentou boa condição cognitiva (bom estado de saúde mental), constatada no decorrer das entrevistas. Há poucos idosos residentes na instituição, e o diagnóstico de depressão é apresentado nos prontuários. ","PeriodicalId":510439,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade","volume":"61 12","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-02-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139960239","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}