Keyla Maciel Carvalho, N. Sousa, João Vicente Silva Souza
Introdução: Através do método de referência padrão desenvolvido pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) é possível realizar o teste de susceptibilidade antifúngica e determinar a concentração inibitória mínima (CIM) de leveduras que causam infecções fúngicas invasivas, incluindo as espécies de Candida e Cryptococcus neoformans. No entanto, alguns problemas limitam esse teste, como o uso do meio de cultura RPMI-1640 e o tampão MOPS [ácido3- (N-morfolino) propanosulfônico], que possuem um alto custo, tornando o teste inviável para laboratórios com recursos limitados. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi comparar a concentração inibitória mínima de Candidas spp. frente ao antifúngico fluconazol, nos meios de cultura RPMI-1640 (protocolo M27-A4) e Sabouraud dextrose modificado. Material e métodos: O meio Sabouraud dextrose modificado (glicose 5 g/L e peptona de soja 10 g/L) foi tamponado com Tris-HCl e o RPMI-1640, conforme recomendação na Norma M27-A4, tamponado com o tampão MOPS. Ambos os meios foram tamponados na concentração final de 0,165 mol/L, pH 7,0. Os microrganismos testados frente a fluconazol foram C. albicans ATCC 36232, C. glabrata ATCC 2001, C. guilliermondi ATCC 6260 e C. tropicalis ATCC 13803. A temperatura de incubação foi de 35 °C e o tempo de incubação de 24 horas. Resultados: Neste estudo, Sabouraud dextrose modificado mostrou uma capacidade equivalente ao uso do meio RPMI-1640 para determinar a concentração inibitória mínima das leveduras patogênicas testadas. Conclusão: Para o teste de microdiluição em caldo (protocolo M27-A4), ambos os meios demostraram o mesmo resultado frente ao antifúngico fluconazol, demostrando a possibilidade do uso do meio Sabouraud modificado tamponado com Tris- HCl em laboratórios com recursos limitados.
{"title":"TESTE DE SENSIBILIDADE PELO MÉTODO DE MICRODILUIÇÃO EM CALDO: PROPOSTA DE UM MEIO ALTERNATIVO","authors":"Keyla Maciel Carvalho, N. Sousa, João Vicente Silva Souza","doi":"10.51161/ii-conamic/08","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/08","url":null,"abstract":"Introdução: Através do método de referência padrão desenvolvido pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) é possível realizar o teste de susceptibilidade antifúngica e determinar a concentração inibitória mínima (CIM) de leveduras que causam infecções fúngicas invasivas, incluindo as espécies de Candida e Cryptococcus neoformans. No entanto, alguns problemas limitam esse teste, como o uso do meio de cultura RPMI-1640 e o tampão MOPS [ácido3- (N-morfolino) propanosulfônico], que possuem um alto custo, tornando o teste inviável para laboratórios com recursos limitados. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi comparar a concentração inibitória mínima de Candidas spp. frente ao antifúngico fluconazol, nos meios de cultura RPMI-1640 (protocolo M27-A4) e Sabouraud dextrose modificado. Material e métodos: O meio Sabouraud dextrose modificado (glicose 5 g/L e peptona de soja 10 g/L) foi tamponado com Tris-HCl e o RPMI-1640, conforme recomendação na Norma M27-A4, tamponado com o tampão MOPS. Ambos os meios foram tamponados na concentração final de 0,165 mol/L, pH 7,0. Os microrganismos testados frente a fluconazol foram C. albicans ATCC 36232, C. glabrata ATCC 2001, C. guilliermondi ATCC 6260 e C. tropicalis ATCC 13803. A temperatura de incubação foi de 35 °C e o tempo de incubação de 24 horas. Resultados: Neste estudo, Sabouraud dextrose modificado mostrou uma capacidade equivalente ao uso do meio RPMI-1640 para determinar a concentração inibitória mínima das leveduras patogênicas testadas. Conclusão: Para o teste de microdiluição em caldo (protocolo M27-A4), ambos os meios demostraram o mesmo resultado frente ao antifúngico fluconazol, demostrando a possibilidade do uso do meio Sabouraud modificado tamponado com Tris- HCl em laboratórios com recursos limitados.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121147082","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A difteria é uma doença aguda causada pelo Corynebacterium diphtheriae e transmitida pelo contato direto com gotículas ou secreções da nasofaringe. Embora a difteria seja uma das doenças mais estudadas atualmente, e a vacina tríplice bacteriana (DTP) seja amplamente utilizada, ainda é endêmica no Brasil. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico da difteria e da cobertura vacinal no Brasil entre os anos de 2007 e 2020. Material e métodos: Para isso os dados foram coletados do banco de informação de saúde do DATASUS referente ao período de 2007 a 2020. Resultados: Foram registrados 94 casos notificados no Brasil entre 2007 e 2020, com prevalência do gênero masculino de 51% das notificações. Destaca-se a região nordeste com 52% dos casos, sendo os principais estados Maranhão (29,7%) e Pernambuco (18%). Quanto às faixas etárias mais acometidas, foram as populações entre 1 – 9 anos e 20 – 39 anos com 42,5% e 21,2%, respectivamente. Na distribuição percentual por raça as mais afetadas foram a branca (46,8%) e a parda (38%). Do total de casos 80,8% apresentaram cura sem sequelas e 9,5% representam o número de óbitos por difteria no Brasil. Durante o período selecionado para estudo ocorreram oscilações percentuais na cobertura vacinal da DTP nas cinco regiões. Ademais, houve um declínio na cobertura das regiões Norte e Nordeste entre os anos de 2012 e 2016 onde foram encontradas as seguintes médias de coberturas: 86,16% e 92,83%, respectivamente, não atingindo o preconizado (95%). Conclusão: Tais dados evidenciam a difteria como problema de saúde pública e corroboram a relevância da cobertura vacinal e reforços vacinais, além de ações de educação em saúde.
{"title":"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DIFTERIA E COBERTURA VACINAL NO BRASIL ENTRE 2007 E 2020","authors":"Karina Raquel Guilhon Machado, Haryne Lizandrey Azevedo Furtado","doi":"10.51161/ii-conamic/42","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/42","url":null,"abstract":"Introdução: A difteria é uma doença aguda causada pelo Corynebacterium diphtheriae e transmitida pelo contato direto com gotículas ou secreções da nasofaringe. Embora a difteria seja uma das doenças mais estudadas atualmente, e a vacina tríplice bacteriana (DTP) seja amplamente utilizada, ainda é endêmica no Brasil. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico da difteria e da cobertura vacinal no Brasil entre os anos de 2007 e 2020. Material e métodos: Para isso os dados foram coletados do banco de informação de saúde do DATASUS referente ao período de 2007 a 2020. Resultados: Foram registrados 94 casos notificados no Brasil entre 2007 e 2020, com prevalência do gênero masculino de 51% das notificações. Destaca-se a região nordeste com 52% dos casos, sendo os principais estados Maranhão (29,7%) e Pernambuco (18%). Quanto às faixas etárias mais acometidas, foram as populações entre 1 – 9 anos e 20 – 39 anos com 42,5% e 21,2%, respectivamente. Na distribuição percentual por raça as mais afetadas foram a branca (46,8%) e a parda (38%). Do total de casos 80,8% apresentaram cura sem sequelas e 9,5% representam o número de óbitos por difteria no Brasil. Durante o período selecionado para estudo ocorreram oscilações percentuais na cobertura vacinal da DTP nas cinco regiões. Ademais, houve um declínio na cobertura das regiões Norte e Nordeste entre os anos de 2012 e 2016 onde foram encontradas as seguintes médias de coberturas: 86,16% e 92,83%, respectivamente, não atingindo o preconizado (95%). Conclusão: Tais dados evidenciam a difteria como problema de saúde pública e corroboram a relevância da cobertura vacinal e reforços vacinais, além de ações de educação em saúde.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"42 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130947550","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Isabela Franco Freire, Julia Leitão Cabral, Francisco Wagner Vasconcelos Freire Filho, M. Figueiredo
Introdução: A Doença de Chagas é uma antropozoonose americana predominantemente rural causada pelo protozoário intracelular facultativo Trypanosoma cruzi, cujo vetor é o Triatoma infestans, hematófago conhecido como “barbeiro”. A infecção se manifesta em duas fases. Na aguda, ocorre multiplicação parasitária no miocárdio. Na crônica, acontece um processo de miocardite focal de baixa intensidade, cuja persistência promove o desenvolvimento de cardiomiopatia dilatada. Objetivos: Demonstrar a etiopatogenia e as manifestações cardíacas da forma crônica da Doença de Chagas. Material e métodos: Trata-se de pesquisa bibliográfica realizada na base de dados PubMed, utilizando “Cardiomiopatia Chagásica” como descritor, encontrando-se 6 artigos, e em 4 livros-texto de Parasitologia, Patologia, Semiologia e Clínica Médica, datados de 2017 a 2021. Resultados: A Cardiomiopatia Chagásica (CC) consiste em lesão fibrosante progressiva ao miocárdio decorrente da presença da forma amastigota do T. cruzi nos cardiomiócitos. A infecção provoca infiltrado inflamatório de neutrófilos, linfócitos e macrófagos. A reação imune - celular e humoral - à permanência tecidual do parasita é um relevante processo etiopatogênico. Isso resulta, a longo prazo, em cardiomiopatia dilatada, que consiste na perda de cardiomiócitos e em sua substituição por tecido fibrótico, desprovido de inotropismo. A miocardite consequente dessa necrose das miofibrilas pode evoluir, após 10 a 30 anos, para insuficiência cardíaca congestiva, mais comumente à esquerda, que pode chegar a nível IV NYHA. A CC associa-se ao desenvolvimento de desordens arrítmicas, especialmente bloqueios atrioventriculares. Os mais comuns são BRD, BDAS-E e BAV Total, sendo os dois últimos marcadores de pior prognóstico. Nessa perspectiva, pacientes apresentam frequentemente a Síndrome de Stokes Adams, uma síncope bradicárdica cuja diminuição do débito cardíaco pode resultar em morte súbita. Tal fatalidade, de alta incidência em pacientes chagásicos, também pode decorrer do comprometimento da microvasculatura em consequência da resposta imune contínua, que diminui a perfusão miocárdica e resulta em fenômenos tromboembólicos. Conclusão: A CC trata-se de uma doença crônica prevenível, grave, de comprometimento progressivo da função cardíaca, limitadora da qualidade de vida e associada a morte súbita. O conhecimento da história natural da doença se faz importante para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença, podendo diminuir sua morbimortalidade.
{"title":"CARDIOMIOPATIA CHAGÁSICA: ETIOPATOGENIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS.","authors":"Isabela Franco Freire, Julia Leitão Cabral, Francisco Wagner Vasconcelos Freire Filho, M. Figueiredo","doi":"10.51161/ii-conamic/14","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/14","url":null,"abstract":"Introdução: A Doença de Chagas é uma antropozoonose americana predominantemente rural causada pelo protozoário intracelular facultativo Trypanosoma cruzi, cujo vetor é o Triatoma infestans, hematófago conhecido como “barbeiro”. A infecção se manifesta em duas fases. Na aguda, ocorre multiplicação parasitária no miocárdio. Na crônica, acontece um processo de miocardite focal de baixa intensidade, cuja persistência promove o desenvolvimento de cardiomiopatia dilatada. Objetivos: Demonstrar a etiopatogenia e as manifestações cardíacas da forma crônica da Doença de Chagas. Material e métodos: Trata-se de pesquisa bibliográfica realizada na base de dados PubMed, utilizando “Cardiomiopatia Chagásica” como descritor, encontrando-se 6 artigos, e em 4 livros-texto de Parasitologia, Patologia, Semiologia e Clínica Médica, datados de 2017 a 2021. Resultados: A Cardiomiopatia Chagásica (CC) consiste em lesão fibrosante progressiva ao miocárdio decorrente da presença da forma amastigota do T. cruzi nos cardiomiócitos. A infecção provoca infiltrado inflamatório de neutrófilos, linfócitos e macrófagos. A reação imune - celular e humoral - à permanência tecidual do parasita é um relevante processo etiopatogênico. Isso resulta, a longo prazo, em cardiomiopatia dilatada, que consiste na perda de cardiomiócitos e em sua substituição por tecido fibrótico, desprovido de inotropismo. A miocardite consequente dessa necrose das miofibrilas pode evoluir, após 10 a 30 anos, para insuficiência cardíaca congestiva, mais comumente à esquerda, que pode chegar a nível IV NYHA. A CC associa-se ao desenvolvimento de desordens arrítmicas, especialmente bloqueios atrioventriculares. Os mais comuns são BRD, BDAS-E e BAV Total, sendo os dois últimos marcadores de pior prognóstico. Nessa perspectiva, pacientes apresentam frequentemente a Síndrome de Stokes Adams, uma síncope bradicárdica cuja diminuição do débito cardíaco pode resultar em morte súbita. Tal fatalidade, de alta incidência em pacientes chagásicos, também pode decorrer do comprometimento da microvasculatura em consequência da resposta imune contínua, que diminui a perfusão miocárdica e resulta em fenômenos tromboembólicos. Conclusão: A CC trata-se de uma doença crônica prevenível, grave, de comprometimento progressivo da função cardíaca, limitadora da qualidade de vida e associada a morte súbita. O conhecimento da história natural da doença se faz importante para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença, podendo diminuir sua morbimortalidade.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"70 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124610017","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-23DOI: 10.51161/ii-conamic/6174
Leonardo Camargos Saliba, Karen Rodrigues Vieira
Introdução: A microbiota humana representa uma ampla gama de microorganismos que compõem a flora intestinal de um indivíduo. Essa comunidade microbiana se forma após o nascimento e está intimamente relacionada com a modulação do sistema imunológico. Considerada um ecossistema extremamente complexo, sua composição varia com a idade, estilo de vida e hábitos alimentares. No último século, após o advento dos antibióticos e da industrialização alimentícia, houve uma mudança significativa nos subgrupos da microbiota intestinal. Concomitantemente, elevou-se o espectro das doenças consideradas imunomediadas. Alergias, demências e distúrbios gastrointestinais prevalecem no cotidiano de grande parcela da população a nível mundial. Questiona-se, então, a relação entre nossos microorganismos intestinais com a ativação e equilíbrio do sistema imunológico. Objetivo: O presente trabalho busca relacionar as mudanças na microbiota e sua relação com a elevada incidência de doenças autoimunes no século XXI. Material e métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica das bases de dados PubMed e Scielo utilizando os descritores: Autoimmune diseases, Microbioma, Microbiota Intestinal e Simbiose Intestinal. Foram selecionados 5 artigos publicados a partir de 2017 para base deste estudo. Resultados: O equilíbrio simbiótico entre microbiota e sistema imune permite que haja tolerância imunológica às bactérias consideradas benéficas ao organismo humano. A médio e longo prazo, nota-se que esses pacientes se tornam mais protegidos de doenças autoimunes. Em contrapartida, pacientes medicados repetidamente com antibióticos apresentam uma disbiose seguida de infecções intestinais oportunistas, como a causada pelo Clostridium difficile. Outrossim, dietas ricas em carboidratos e com baixo teor de fibras mostram-se mais imunogênicas ao comprometer a homeostase de bactérias residentes no TGI. Com isso, há maiores chances de desenvolver doenças inflamatórias intestinais, como Chron e Retocolite. Conclusão: Nosso microbioma intestinal tem mostrado influência no processo de saúde e doença de seu hospedeiro. Entende-se, portanto, que a manutenção de uma microbiota autóctone é capaz de reduzir a incidência de doenças imunomediadas. Tendo isso em mente, alternativas que visem corrigir uma disbiose intestinal, como probióticos, prebióticos e até transplante de microbiota fecal, podem prevenir e tratar uma ampla gama de doenças consideradas emergentes no século XXI.
{"title":"MICROBIOTA COMO FONTE IMUNOMODULADORA: NOVOS OLHARES SOBRE AS DOENÇAS EMERGENTES DO SÉCULO XXI","authors":"Leonardo Camargos Saliba, Karen Rodrigues Vieira","doi":"10.51161/ii-conamic/6174","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/6174","url":null,"abstract":"Introdução: A microbiota humana representa uma ampla gama de microorganismos que compõem a flora intestinal de um indivíduo. Essa comunidade microbiana se forma após o nascimento e está intimamente relacionada com a modulação do sistema imunológico. Considerada um ecossistema extremamente complexo, sua composição varia com a idade, estilo de vida e hábitos alimentares. No último século, após o advento dos antibióticos e da industrialização alimentícia, houve uma mudança significativa nos subgrupos da microbiota intestinal. Concomitantemente, elevou-se o espectro das doenças consideradas imunomediadas. Alergias, demências e distúrbios gastrointestinais prevalecem no cotidiano de grande parcela da população a nível mundial. Questiona-se, então, a relação entre nossos microorganismos intestinais com a ativação e equilíbrio do sistema imunológico. Objetivo: O presente trabalho busca relacionar as mudanças na microbiota e sua relação com a elevada incidência de doenças autoimunes no século XXI. Material e métodos: Realizou-se uma revisão bibliográfica das bases de dados PubMed e Scielo utilizando os descritores: Autoimmune diseases, Microbioma, Microbiota Intestinal e Simbiose Intestinal. Foram selecionados 5 artigos publicados a partir de 2017 para base deste estudo. Resultados: O equilíbrio simbiótico entre microbiota e sistema imune permite que haja tolerância imunológica às bactérias consideradas benéficas ao organismo humano. A médio e longo prazo, nota-se que esses pacientes se tornam mais protegidos de doenças autoimunes. Em contrapartida, pacientes medicados repetidamente com antibióticos apresentam uma disbiose seguida de infecções intestinais oportunistas, como a causada pelo Clostridium difficile. Outrossim, dietas ricas em carboidratos e com baixo teor de fibras mostram-se mais imunogênicas ao comprometer a homeostase de bactérias residentes no TGI. Com isso, há maiores chances de desenvolver doenças inflamatórias intestinais, como Chron e Retocolite. Conclusão: Nosso microbioma intestinal tem mostrado influência no processo de saúde e doença de seu hospedeiro. Entende-se, portanto, que a manutenção de uma microbiota autóctone é capaz de reduzir a incidência de doenças imunomediadas. Tendo isso em mente, alternativas que visem corrigir uma disbiose intestinal, como probióticos, prebióticos e até transplante de microbiota fecal, podem prevenir e tratar uma ampla gama de doenças consideradas emergentes no século XXI.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123946147","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Leonardo Camargos Saliba, Karen Rodrigues Vieira Carvalho, Ana Laura de Melo Silveira, Julia Maria dos Santos Amaral
Introdução: Meningite bacteriana é a infecção purulenta das meninges e do espaço subaracnóideo. A faixa etária mais acometida são crianças entre 1 mês e 5 anos de idade. Elas correspondem a 90% dos casos em nosso meio. Essa infecção gera uma resposta inflamatória no SNC, acarretando crises convulsivas, rebaixamento do nível de consciência e elevação da pressão intracraniana. O atendimento precoce é de suma importância para instituir o tratamento adequado, que permite reduzir a mortalidade e evitar sequelas no desenvolvimento neuropsicomotor da criança. O agente causador da meningite varia conforme a idade do paciente e doenças de base. Por esse motivo, é necessário amplo conhecimento do perfil microbiológico da meningite em diferentes fases da vida. Objetivo: Analisar o perfil microbiológico dos agentes causadores da Meningite Bacteriana e sua consequente influência na escolha da antibioticoterapia. Material e métodos: Revisão bibliográfica das bases de dados PubMed e Scielo utilizando os descritores: Doença meningocócica, Kernig sign, Meningite e Meningite pediátrica. Foram selecionados 5 artigos publicados a partir de 2013 para base deste estudo. Critérios de inclusão: Relevância do artigo, meio de publicação e abordagem global dos descritores. Resultados: A meningite em recém-nascidos e lactentes até os três meses de idade possui como principais agentes causadores: Streptococcus agalactiae, Listeria monocytogenes e gram negativos entéricos. Aos 3 meses até os 18 anos, as bactérias mais presentes são: Neisseria Meningitidis, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae. Ao levantar suspeitas do diagnóstico, deve-se iniciar antibioticoterapia de forma empírica. Essa medida diminui drasticamente a morbimortalidade. Para crianças menores de três meses é recomendado Ampicilina + Ceftriaxona. Dos 3 meses aos 18 anos; Ceftriaxona possivelmente associada à Vancomicina. Posteriormente, com a definição do agente causador através de exames laboratoriais, parte-se para o tratamento com antibióticos específicos. Infecções causadas pela N. meningitidis requerem Penicilina G cristalina ou ampicilina. H. Influenzae; Ceftriaxona. S.pneumoniae; Vancomicina + Ceftriaxona. Estafilococo; Oxacilina. Por fim, enterobactérias também requerem ceftriaxona. Conclusão: Entende-se, portanto, que a definição da etiologia irá nortear o uso de antibióticos após a administração empírica. Esse manejo possibilita um melhor prognóstico a longo prazo para a criança, com menor número de sequelas neurocognitivas.
{"title":"MENINGITE BACTERIANA PEDIÁTRICA: ANÁLISE DO PERFIL MICROBIOLÓGICO E SUA INFLUÊNCIA NA ESCOLHA DA TERAPIA ANTIMICROBIANA","authors":"Leonardo Camargos Saliba, Karen Rodrigues Vieira Carvalho, Ana Laura de Melo Silveira, Julia Maria dos Santos Amaral","doi":"10.51161/ii-conamic/22","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/22","url":null,"abstract":"Introdução: Meningite bacteriana é a infecção purulenta das meninges e do espaço subaracnóideo. A faixa etária mais acometida são crianças entre 1 mês e 5 anos de idade. Elas correspondem a 90% dos casos em nosso meio. Essa infecção gera uma resposta inflamatória no SNC, acarretando crises convulsivas, rebaixamento do nível de consciência e elevação da pressão intracraniana. O atendimento precoce é de suma importância para instituir o tratamento adequado, que permite reduzir a mortalidade e evitar sequelas no desenvolvimento neuropsicomotor da criança. O agente causador da meningite varia conforme a idade do paciente e doenças de base. Por esse motivo, é necessário amplo conhecimento do perfil microbiológico da meningite em diferentes fases da vida. Objetivo: Analisar o perfil microbiológico dos agentes causadores da Meningite Bacteriana e sua consequente influência na escolha da antibioticoterapia. Material e métodos: Revisão bibliográfica das bases de dados PubMed e Scielo utilizando os descritores: Doença meningocócica, Kernig sign, Meningite e Meningite pediátrica. Foram selecionados 5 artigos publicados a partir de 2013 para base deste estudo. Critérios de inclusão: Relevância do artigo, meio de publicação e abordagem global dos descritores. Resultados: A meningite em recém-nascidos e lactentes até os três meses de idade possui como principais agentes causadores: Streptococcus agalactiae, Listeria monocytogenes e gram negativos entéricos. Aos 3 meses até os 18 anos, as bactérias mais presentes são: Neisseria Meningitidis, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae. Ao levantar suspeitas do diagnóstico, deve-se iniciar antibioticoterapia de forma empírica. Essa medida diminui drasticamente a morbimortalidade. Para crianças menores de três meses é recomendado Ampicilina + Ceftriaxona. Dos 3 meses aos 18 anos; Ceftriaxona possivelmente associada à Vancomicina. Posteriormente, com a definição do agente causador através de exames laboratoriais, parte-se para o tratamento com antibióticos específicos. Infecções causadas pela N. meningitidis requerem Penicilina G cristalina ou ampicilina. H. Influenzae; Ceftriaxona. S.pneumoniae; Vancomicina + Ceftriaxona. Estafilococo; Oxacilina. Por fim, enterobactérias também requerem ceftriaxona. Conclusão: Entende-se, portanto, que a definição da etiologia irá nortear o uso de antibióticos após a administração empírica. Esse manejo possibilita um melhor prognóstico a longo prazo para a criança, com menor número de sequelas neurocognitivas.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"15 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115295080","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Camila Barros Galinari, Tiago DE Paula Bianchi, Pollyanna Cristina Vincenzi Conrado, Patrícia de Souza Bonfim de Mendonça, T. Svidzinski
Introdução: Infecções originadas por Microsporum canis são caracterizadas por recorrência e o fracasso no tratamento varia entre 25-40% dos pacientes tratados. Esta lacuna, promove a busca por novas alternativas terapêuticas como a Inativação Fotodinâmica (IFD). Neste contexto, vem se destacado a utilização da hipericina nanoencapsulada em P123 (Hip-P123), como fotossensibilizador (FS). A Hip-P123 quando excitada em um comprimento de onda específico, na presença de oxigênio, promove reações fotoquímicas, desenvolvendo danos celulares e inativação de microrganismos. Neste sentido, o tratamento com IFD e Hip-123 poderia ser uma alternativa para a inativação do M. canis. Objetivo: Avaliar a absorção intracelular da Hip-P123 em células planctônicas de M. canis, para posterior IFT. Materiais e Métodos: M. canis foi suspenso a concentração de 1.105 conídios/mL. Posteriormente, 100 µl de Hip-P123 (12,5; 6,25 e 3,125 µMol) foram adicionados aos poços e levado a incubação por 2h no escuro à 25°C. Após a incubação, a suspenção foi lavada 2x e ressuspensa em salina estéril. A ligação e internalização da Hip-P123 aos microconídios foi avaliada por citometro de fluxo (BD FACSCaliburTM), emitindo um espectro de excitação na faixa de 550-750 nm. Para detectar a fluorescência do FS foram contados 10.000 eventos. Microconídios somente com salina foram utilizados como controle não-tratado. Resultados: Na análise por citometria de fluxo, a intensidade de fluorescência está correlacionada a internalização do FS. Nossos resultados demonstram que intensidade de fluorescência apresentada pelos microconídios tratados com Hip-P123 foi maior quando comparada as células não tratadas. Sendo que o tratamento com 12,5 e 6,25 µMol de Hip-P123 apresentaram fluorescência similar, corroborando com os resultados preliminares de atividade antifúngica. Conclusão: Estes resultados demonstram a absorção intracelular da Hip-P123 no M. canis, indicando a atividade do FS durante a inativação fotodinâmica.
{"title":"INTERNALIZAÇÃO DA HIPERICINA NANOENCAPSULADA NO FUNGO MICROSPORUM CANIS","authors":"Camila Barros Galinari, Tiago DE Paula Bianchi, Pollyanna Cristina Vincenzi Conrado, Patrícia de Souza Bonfim de Mendonça, T. Svidzinski","doi":"10.51161/ii-conamic/26","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/26","url":null,"abstract":"Introdução: Infecções originadas por Microsporum canis são caracterizadas por recorrência e o fracasso no tratamento varia entre 25-40% dos pacientes tratados. Esta lacuna, promove a busca por novas alternativas terapêuticas como a Inativação Fotodinâmica (IFD). Neste contexto, vem se destacado a utilização da hipericina nanoencapsulada em P123 (Hip-P123), como fotossensibilizador (FS). A Hip-P123 quando excitada em um comprimento de onda específico, na presença de oxigênio, promove reações fotoquímicas, desenvolvendo danos celulares e inativação de microrganismos. Neste sentido, o tratamento com IFD e Hip-123 poderia ser uma alternativa para a inativação do M. canis. Objetivo: Avaliar a absorção intracelular da Hip-P123 em células planctônicas de M. canis, para posterior IFT. Materiais e Métodos: M. canis foi suspenso a concentração de 1.105 conídios/mL. Posteriormente, 100 µl de Hip-P123 (12,5; 6,25 e 3,125 µMol) foram adicionados aos poços e levado a incubação por 2h no escuro à 25°C. Após a incubação, a suspenção foi lavada 2x e ressuspensa em salina estéril. A ligação e internalização da Hip-P123 aos microconídios foi avaliada por citometro de fluxo (BD FACSCaliburTM), emitindo um espectro de excitação na faixa de 550-750 nm. Para detectar a fluorescência do FS foram contados 10.000 eventos. Microconídios somente com salina foram utilizados como controle não-tratado. Resultados: Na análise por citometria de fluxo, a intensidade de fluorescência está correlacionada a internalização do FS. Nossos resultados demonstram que intensidade de fluorescência apresentada pelos microconídios tratados com Hip-P123 foi maior quando comparada as células não tratadas. Sendo que o tratamento com 12,5 e 6,25 µMol de Hip-P123 apresentaram fluorescência similar, corroborando com os resultados preliminares de atividade antifúngica. Conclusão: Estes resultados demonstram a absorção intracelular da Hip-P123 no M. canis, indicando a atividade do FS durante a inativação fotodinâmica.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122639699","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Danielle Pereira Costa Silva, Ilza Xavier Pereira, Paulo Rangel Rocha Bahiano
Introdução: As infecções hospitalares (IH) também conhecidas como Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) são um dos grandes desafios de saúde pública no ambiente hospitalar, uma vez que os pacientes estão expostos com maior susceptibilidade a uma diversidade de microrganismos patogênicos, em especial bactérias multirresistentes, trazendo consequências não só para o paciente, como para a elevação dos custos assistenciais. Objetivo: O estudo tem como objetivo verificar os principais microrganismos resistentes presentes em hospitais públicos, relacionados à ocorrência de infecções hospitalares, assim como, as condições e fatores de risco que favorecem o desenvolvimento das mesmas. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), PUBMED e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Foram selecionados e analisados vinte artigos que atenderam aos critérios de inclusão: artigos originais embasados em pesquisa de campo, publicados nos últimos dez anos, nos idiomas inglês e português. Resultados: Após análise, foi possível verificar que os índices de infecções hospitalares estão elevados, principalmente em UTI, relacionados especialmente ao período de internamento hospitalar, procedimentos realizados e estado do paciente, condições higiênicas do ambiente, conduta e contato profissional/paciente, e bactérias multirresistentes à antibióticos, sendo estas as mais prevalentes: Klebsiella, Staphylococcus aureus, Acinetobacter sp., e Escherichia coli. Conclusão: Concluiu-se, que é imprescindível a adoção de medidas de controle voltadas à higienização correta do ambiente e boas condutas profissionais, e a conscientização do uso inapropriado de antibióticos, frente a elevada resistência microbiológica, visando a redução dos índices de infecções hospitalares.
简介:医院感染(IH)也叫卫生保健相关感染(ira)是一个大的医院环境的公共卫生挑战,一旦病人接触易受致病微生物多样性最高,尤其是多药耐药细菌带来的后果不仅对病人关怀和高成本。目的:本研究旨在验证公立医院中与医院感染发生相关的主要耐药微生物,以及有利于其发展的条件和危险因素。材料和方法:这是一个综合文献综述,在Biblioteca Virtual em saude (vhl),医学文献分析和检索系统在线(MEDLINE), PUBMED和科学电子图书馆在线(SciELO)。我们选择并分析了20篇符合纳入标准的文章:基于实地研究的原创文章,在过去十年中以英语和葡萄牙语发表。结果:经过分析,可以发现收视率很高,特别是在加护病房医院感染相关,尤其是在住院治疗期间,执行过程和状态的病人,卫生环境,行为和专业/病人接触,多药耐药细菌的抗生素,这些最普遍的:克雷伯氏菌,金黄色葡萄球菌,大肠杆菌、不动杆菌属高层。结论:鉴于微生物耐药性高,必须采取适当的环境卫生和良好的专业行为控制措施,并意识到抗生素的不当使用,以降低医院感染率。
{"title":"BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES E INFECÇÕES HOSPITALARES EM HOSPITAIS PÚBLICOS","authors":"Danielle Pereira Costa Silva, Ilza Xavier Pereira, Paulo Rangel Rocha Bahiano","doi":"10.51161/ii-conamic/09","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/09","url":null,"abstract":"Introdução: As infecções hospitalares (IH) também conhecidas como Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) são um dos grandes desafios de saúde pública no ambiente hospitalar, uma vez que os pacientes estão expostos com maior susceptibilidade a uma diversidade de microrganismos patogênicos, em especial bactérias multirresistentes, trazendo consequências não só para o paciente, como para a elevação dos custos assistenciais. Objetivo: O estudo tem como objetivo verificar os principais microrganismos resistentes presentes em hospitais públicos, relacionados à ocorrência de infecções hospitalares, assim como, as condições e fatores de risco que favorecem o desenvolvimento das mesmas. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), PUBMED e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Foram selecionados e analisados vinte artigos que atenderam aos critérios de inclusão: artigos originais embasados em pesquisa de campo, publicados nos últimos dez anos, nos idiomas inglês e português. Resultados: Após análise, foi possível verificar que os índices de infecções hospitalares estão elevados, principalmente em UTI, relacionados especialmente ao período de internamento hospitalar, procedimentos realizados e estado do paciente, condições higiênicas do ambiente, conduta e contato profissional/paciente, e bactérias multirresistentes à antibióticos, sendo estas as mais prevalentes: Klebsiella, Staphylococcus aureus, Acinetobacter sp., e Escherichia coli. Conclusão: Concluiu-se, que é imprescindível a adoção de medidas de controle voltadas à higienização correta do ambiente e boas condutas profissionais, e a conscientização do uso inapropriado de antibióticos, frente a elevada resistência microbiológica, visando a redução dos índices de infecções hospitalares.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"55 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126526896","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: Staphylococcus aureus é um micro-organismo presente no microbioma humano, encontrada na pele e fosas nasais de pessoas saudáveis. São classificadas como aeróbicas ou anaeróbicas facultativas, mesófilas, gram – positivas e microscopicamente são apresentadas em formato semelhante a um cacho de uva. Segundo dados do ministério da saúde, foram notificados em torno de 120 mil casos de septicemia no ano de 2021, atrelado a uma mortalidade de 46%. Objetivo: Nesse sentido, o trabalho consiste em avaliar os mecanismos moleculares relacionados à S. aureus, geralmente encontrada em pacientes nasocomiais com risco de sepse. Material e Métodos: Para isso foi realizado uma revisão integrativa da literatura, utilizando os descritores PubMed, Portais Periódicos Capes e Scielo. Resultados: A priori, S. aureus entra na corrente sanguínea através de uma infeção cutânea iniciando o ciclo de vida patogênico, utilizando de mecanismos celulares e moleculares que garantem sua sobrevivência. A adesina garante a fixação nos tecidos e sinaliza proteínas na membrana para se ligar aos anticorpos. Além disso, possuem cápsulas que evita sua fagocitose formando uma membrana externa como proteção. Contudo, alguns sintomas são apresentados quando o sistema imune reconhece S. aureus pelos seus peptídeosgliganos, ocorrendo assim uma resposta a esse imunógeno. A resposta clínica do paciente infectado depende do local da instalação, da condição imunológica e do contágio, geralmente quando há contaminação sanguínea terá a formação de vermelhidão e inchaço no tecido epitelial. Assim, o indivíduo pode apresentar um quadro clínico simples com apresentação de acnes, furúnculos e celulites, ou, ainda, em casos mais graves, evoluir para o surgimento de pneumonia. Por sua alta capacidade infectante, foi umas das primeiras bactérias a serem controladas com o uso de antibióticos. Entretanto, devido a sua enorme adaptação celular conseguiram criar resistência a fármacos já existentes, devido a mutações em seus genes ou pela aquisição de genes de outras bactérias. Conclusão: Desse modo, o combate as cepas resistentes são medidas para a redução desse contágio. Em suma, é imprescindível que a saúde pública se una ao campo científico para o desenvolvimento de alternativas medicamentosas capazes de combater esses agentes multirresistentes e reduzir o número de internações e óbitos decorrentes da infecção por S. aureus.
{"title":"OS MECANISMOS CELULARES NA INFECÇÃO POR STAPHYLOCCOCUS AUREUS:OS OBSTÁCULOS EM SEU TRATAMENTO","authors":"lara oliveira barbosa, Rainer Gaburo Garcia","doi":"10.51161/ii-conamic/30","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/30","url":null,"abstract":"Introdução: Staphylococcus aureus é um micro-organismo presente no microbioma humano, encontrada na pele e fosas nasais de pessoas saudáveis. São classificadas como aeróbicas ou anaeróbicas facultativas, mesófilas, gram – positivas e microscopicamente são apresentadas em formato semelhante a um cacho de uva. Segundo dados do ministério da saúde, foram notificados em torno de 120 mil casos de septicemia no ano de 2021, atrelado a uma mortalidade de 46%. Objetivo: Nesse sentido, o trabalho consiste em avaliar os mecanismos moleculares relacionados à S. aureus, geralmente encontrada em pacientes nasocomiais com risco de sepse. Material e Métodos: Para isso foi realizado uma revisão integrativa da literatura, utilizando os descritores PubMed, Portais Periódicos Capes e Scielo. Resultados: A priori, S. aureus entra na corrente sanguínea através de uma infeção cutânea iniciando o ciclo de vida patogênico, utilizando de mecanismos celulares e moleculares que garantem sua sobrevivência. A adesina garante a fixação nos tecidos e sinaliza proteínas na membrana para se ligar aos anticorpos. Além disso, possuem cápsulas que evita sua fagocitose formando uma membrana externa como proteção. Contudo, alguns sintomas são apresentados quando o sistema imune reconhece S. aureus pelos seus peptídeosgliganos, ocorrendo assim uma resposta a esse imunógeno. A resposta clínica do paciente infectado depende do local da instalação, da condição imunológica e do contágio, geralmente quando há contaminação sanguínea terá a formação de vermelhidão e inchaço no tecido epitelial. Assim, o indivíduo pode apresentar um quadro clínico simples com apresentação de acnes, furúnculos e celulites, ou, ainda, em casos mais graves, evoluir para o surgimento de pneumonia. Por sua alta capacidade infectante, foi umas das primeiras bactérias a serem controladas com o uso de antibióticos. Entretanto, devido a sua enorme adaptação celular conseguiram criar resistência a fármacos já existentes, devido a mutações em seus genes ou pela aquisição de genes de outras bactérias. Conclusão: Desse modo, o combate as cepas resistentes são medidas para a redução desse contágio. Em suma, é imprescindível que a saúde pública se una ao campo científico para o desenvolvimento de alternativas medicamentosas capazes de combater esses agentes multirresistentes e reduzir o número de internações e óbitos decorrentes da infecção por S. aureus.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130889986","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: Em decorrência do acúmulo microbiano, bem como de seus substratos sob os dentes, desenvolve-se o biofilme dental, o qual, se não controlado, evolui para regiões subgengivais ocasionando doenças no periodonto. Assim, visando tratá-las, mostra-se a possibilidade do uso de plantas com propriedades medicinais, devido às suas composições fitoquímicas, como a herbácea Illicium verum. Popularmente conhecido “Anis estrelado”, apresenta diversos compostos, como: α-Pineno, Felandreno, p-Cimeno, Limoneno, d-Terpineol e o principal bioativo: Anetol, que contém atividade antiviral, antifúngica, antioxidante e anticancerígena. Objetivos: O presente estudo objetiva identificar, na literatura, as propriedades, bem como as atividades antimicrobianas e antibiofilmes da herbácea Illicium verum, para que, no futuro, sejam realizados estudos práticos com essa, tendo aplicação em meios odontológicos, através de formas de controle do biofilme dentário. Metodologia: Realizaram-se pesquisas, entre novembro e dezembro de 2021, utilizando os descritores: “antimicrobial” “biofilm”, “dental plaque”, “Illicium verum” e “star anise”, juntamente aos operadores booleanos “OR” e “AND” nas bases: Cochrane Library, Embase e PubMed, sendo encontrados 86 artigos, além de buscas complementares no Google Scholar, estudos publicados até novembro do mesmo ano, os quais foram refinados em 17 artigos incluídos à presente revisão. Resultados: Os achados mostraram que o Anis contém propriedades antimicrobianas, principalmente, devido aos seus compostos fenólicos presentes em seu óleo essencial, como Flavonoides e Ácidos hidroxibenzoicos, os quais possibilitam penetração à membrana plasmática bacteriana. Sob formato de extrato, mostraram atividade antibacteriana, mesmo que pequena, à Escherichia coli, à Eikenella, à Acinetobacter baumannii multirresistente à meticilina, a Porphyromonas gingivalis, a Staphylococcus aureus, a Saccharomyces cerevisiae e a Streptococcus mutans. Além disso, fez-se eficaz à redução do sangramento gengival, principalmente, quando utilizado o extrato em concentração de 3%. Conclusão: A depender do composto e a sua relação com o tipo de bactéria apresenta maior ou menor atividade inibitória bacteriana, sendo que o Anetol se mostra como o principal bioativo presente no extrato da planta. O extrato de Anis Estrelado faz-se uma viável possibilidade ao uso fitoterápico à Odontologia, como medicamento tópico ou como forma de enxaguatórios bucais e até mesmo, alternativa aos compostos como Clorexidina visando controle da placa dental, devido apresentar atividades antimicrobianas.
{"title":"ATIVIDADES ANTIMICROBIANAS E ANTIBIOFILMES DA HERBÁCEA ILLICIUM VERUM: UMA REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Natália Franco Brum, P. Marquezan","doi":"10.51161/ii-conamic/10","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/10","url":null,"abstract":"Introdução: Em decorrência do acúmulo microbiano, bem como de seus substratos sob os dentes, desenvolve-se o biofilme dental, o qual, se não controlado, evolui para regiões subgengivais ocasionando doenças no periodonto. Assim, visando tratá-las, mostra-se a possibilidade do uso de plantas com propriedades medicinais, devido às suas composições fitoquímicas, como a herbácea Illicium verum. Popularmente conhecido “Anis estrelado”, apresenta diversos compostos, como: α-Pineno, Felandreno, p-Cimeno, Limoneno, d-Terpineol e o principal bioativo: Anetol, que contém atividade antiviral, antifúngica, antioxidante e anticancerígena. Objetivos: O presente estudo objetiva identificar, na literatura, as propriedades, bem como as atividades antimicrobianas e antibiofilmes da herbácea Illicium verum, para que, no futuro, sejam realizados estudos práticos com essa, tendo aplicação em meios odontológicos, através de formas de controle do biofilme dentário. Metodologia: Realizaram-se pesquisas, entre novembro e dezembro de 2021, utilizando os descritores: “antimicrobial” “biofilm”, “dental plaque”, “Illicium verum” e “star anise”, juntamente aos operadores booleanos “OR” e “AND” nas bases: Cochrane Library, Embase e PubMed, sendo encontrados 86 artigos, além de buscas complementares no Google Scholar, estudos publicados até novembro do mesmo ano, os quais foram refinados em 17 artigos incluídos à presente revisão. Resultados: Os achados mostraram que o Anis contém propriedades antimicrobianas, principalmente, devido aos seus compostos fenólicos presentes em seu óleo essencial, como Flavonoides e Ácidos hidroxibenzoicos, os quais possibilitam penetração à membrana plasmática bacteriana. Sob formato de extrato, mostraram atividade antibacteriana, mesmo que pequena, à Escherichia coli, à Eikenella, à Acinetobacter baumannii multirresistente à meticilina, a Porphyromonas gingivalis, a Staphylococcus aureus, a Saccharomyces cerevisiae e a Streptococcus mutans. Além disso, fez-se eficaz à redução do sangramento gengival, principalmente, quando utilizado o extrato em concentração de 3%. Conclusão: A depender do composto e a sua relação com o tipo de bactéria apresenta maior ou menor atividade inibitória bacteriana, sendo que o Anetol se mostra como o principal bioativo presente no extrato da planta. O extrato de Anis Estrelado faz-se uma viável possibilidade ao uso fitoterápico à Odontologia, como medicamento tópico ou como forma de enxaguatórios bucais e até mesmo, alternativa aos compostos como Clorexidina visando controle da placa dental, devido apresentar atividades antimicrobianas.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"2012 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125640271","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
N. C. Silva, Angélica Caroline Ferreira, Thauane Pereira Nunes
Introdução: O combate a resistência antimicrobiana envolve não apenas medidas de controle ambiental, prevenção de infecções relacionadas a assistência em saúde, mas também uso racional de antimicrobianos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2050 mais de 10 milhões de mortes anuais ocorrerão devido ao uso inadequado de antimicrobianos. Nesse sentido, programas de Stewardship têm sido implantados com o intuito de utilizar de forma racional esses medicamentos. Os idosos, devido às alterações morfofisiológicas do envelhecimento, tais como imunosenescencia, frequentam mais os serviços de saúde e, consequentemente, são submetidos a uma maior exposição aos antimicrobianos. Nesse sentido, faz-se necessário uma abordagem específica para essa população nos programas de stewardship. Objetivo: Avaliar a conformidade de prescrição de antimicrobianos de uso restrito na população acima 60 anos. Material e métodos: Estudo realizado em um hospital no Rio de Janeiro, de janeiro a novembro de 2021. A partir do formulário eletrônico de requisição de antimicrobianos, as prescrições eram avaliadas quanto à conformidade, baseadas no protocolo institucional de antibioticoterapia. Foram considerados fármacos de uso restrito: meropenem, ertapenem, ceftazidima + avibactam, polimixina B, polimixina E, linezolida, tigeciclina, teicoplanina, ceftarolina e ceftalozone-avibactam. Foi definida população idosa aquela acima de 60 anos, baseada na classificação da OMS para países em desenvolvimento. Resultados: Foram avaliadas 1383 prescrições de uso restrito, e dessas, 782 em idosos. A mediana de idade foi de 74 anos. A taxa de conformidade na população idosa foi de 50,89%. Um estudo realizado por Zahar et al em um hospital na França apontou 65% de adequação nas prescrições de antimicrobianos. Conclusão: Frente ao aumento da resistência bacteriana, é de extrema importância o uso racional dos antimicrobianos, principalmente nas faixas etárias mais elevadas.
{"title":"AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE DE PRESCRIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS DE USO RESTRITO NA POPULAÇÃO IDOSA EM UM PROGRAMA DE USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS","authors":"N. C. Silva, Angélica Caroline Ferreira, Thauane Pereira Nunes","doi":"10.51161/ii-conamic/11","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/11","url":null,"abstract":"Introdução: O combate a resistência antimicrobiana envolve não apenas medidas de controle ambiental, prevenção de infecções relacionadas a assistência em saúde, mas também uso racional de antimicrobianos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2050 mais de 10 milhões de mortes anuais ocorrerão devido ao uso inadequado de antimicrobianos. Nesse sentido, programas de Stewardship têm sido implantados com o intuito de utilizar de forma racional esses medicamentos. Os idosos, devido às alterações morfofisiológicas do envelhecimento, tais como imunosenescencia, frequentam mais os serviços de saúde e, consequentemente, são submetidos a uma maior exposição aos antimicrobianos. Nesse sentido, faz-se necessário uma abordagem específica para essa população nos programas de stewardship. Objetivo: Avaliar a conformidade de prescrição de antimicrobianos de uso restrito na população acima 60 anos. Material e métodos: Estudo realizado em um hospital no Rio de Janeiro, de janeiro a novembro de 2021. A partir do formulário eletrônico de requisição de antimicrobianos, as prescrições eram avaliadas quanto à conformidade, baseadas no protocolo institucional de antibioticoterapia. Foram considerados fármacos de uso restrito: meropenem, ertapenem, ceftazidima + avibactam, polimixina B, polimixina E, linezolida, tigeciclina, teicoplanina, ceftarolina e ceftalozone-avibactam. Foi definida população idosa aquela acima de 60 anos, baseada na classificação da OMS para países em desenvolvimento. Resultados: Foram avaliadas 1383 prescrições de uso restrito, e dessas, 782 em idosos. A mediana de idade foi de 74 anos. A taxa de conformidade na população idosa foi de 50,89%. Um estudo realizado por Zahar et al em um hospital na França apontou 65% de adequação nas prescrições de antimicrobianos. Conclusão: Frente ao aumento da resistência bacteriana, é de extrema importância o uso racional dos antimicrobianos, principalmente nas faixas etárias mais elevadas.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"10 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124315353","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}