Introdução: Os Herpesvírus Humano (HHVs) pertencem à família Herpesviridae e estão relacionados aos quadros de herpes no homem. Os HHVs são divididos em oito subgrupos, porém os tipos HHV-1 (está geralmente associado a herpes labial ou situadas acima da cintura) e HHV-2 (é frequentemente associado ao herpes vaginal) são os mais prevalentes. Objetivo: Analisar o número de internações e óbitos causados pelos HHVs nas diferentes regiões do Brasil, entre janeiro de 2014 e janeiro de 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, através da análise do banco de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Considerou-se a classificação Internacional de Doenças (CID-10), capítulo I. Os critérios de elegibilidade foram: pessoas de ambos os sexos, sem restrição de idade e raças declaradas. Resultados: Verificou-se um total de casos notificados na plataforma de 11.060 internações e 88 óbitos, nas cinco regiões do Brasil no período de janeiro de 2014 a janeiro de 2022. A região de maior índice de internação foi a Sudeste, com 4.095 (37,0%), e de menor taxa a região Norte, com 894 (8,1%). Quanto a variável óbitos, observou-se também destaques para a região Sudeste 42 (47,7%) e Norte 2 (2,3%), esta última com menor índice. Considerando-se a variável sexo, identificou-se maior prevalência em mulheres, tanto na internação quanto no número de óbitos, 1.355 e 8 casos, respectivamente. Tal fato pode estar associado a transmissão sexual dos HHVs mais eficiente dos homens para as mulheres, as quais apresentam maiores índices de infecção. Conclusão: Apesar dos casos de HHVs serem clinicamente simples, verifica-se um número elevado de internações e óbitos associados, principalmente na região Sudeste. Desse modo, necessita-se que medidas de prevenção sejam intensificadas, visto que esta doença pode ficar latente durante anos e uma vez infectado, o individuo configura fonte vitalícia de transmissão. O diagnóstico clínico e tratamento devem ser adotados visando a limitação do número de casos e internações decorrentes.
{"title":"ANÁLISE DOS CASOS DE INTERNAÇÕES E ÓBITOS NO BRASIL ASSOCIADOS AOS HERPESVÍRUS HUMANO NO PERÍODO DE JAN/2014 – JAN/2022","authors":"D. S. Santos, Hirisleide Bezerra Alves","doi":"10.51161/ii-conamic/53","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/53","url":null,"abstract":"Introdução: Os Herpesvírus Humano (HHVs) pertencem à família Herpesviridae e estão relacionados aos quadros de herpes no homem. Os HHVs são divididos em oito subgrupos, porém os tipos HHV-1 (está geralmente associado a herpes labial ou situadas acima da cintura) e HHV-2 (é frequentemente associado ao herpes vaginal) são os mais prevalentes. Objetivo: Analisar o número de internações e óbitos causados pelos HHVs nas diferentes regiões do Brasil, entre janeiro de 2014 e janeiro de 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo, através da análise do banco de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS). Considerou-se a classificação Internacional de Doenças (CID-10), capítulo I. Os critérios de elegibilidade foram: pessoas de ambos os sexos, sem restrição de idade e raças declaradas. Resultados: Verificou-se um total de casos notificados na plataforma de 11.060 internações e 88 óbitos, nas cinco regiões do Brasil no período de janeiro de 2014 a janeiro de 2022. A região de maior índice de internação foi a Sudeste, com 4.095 (37,0%), e de menor taxa a região Norte, com 894 (8,1%). Quanto a variável óbitos, observou-se também destaques para a região Sudeste 42 (47,7%) e Norte 2 (2,3%), esta última com menor índice. Considerando-se a variável sexo, identificou-se maior prevalência em mulheres, tanto na internação quanto no número de óbitos, 1.355 e 8 casos, respectivamente. Tal fato pode estar associado a transmissão sexual dos HHVs mais eficiente dos homens para as mulheres, as quais apresentam maiores índices de infecção. Conclusão: Apesar dos casos de HHVs serem clinicamente simples, verifica-se um número elevado de internações e óbitos associados, principalmente na região Sudeste. Desse modo, necessita-se que medidas de prevenção sejam intensificadas, visto que esta doença pode ficar latente durante anos e uma vez infectado, o individuo configura fonte vitalícia de transmissão. O diagnóstico clínico e tratamento devem ser adotados visando a limitação do número de casos e internações decorrentes.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"55 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124002858","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Nadine dos Santos Meyer, Alexandre Ehrhardt, Talita Polyana Schimmock
Introdução: A cerveja é uma das bebidas mais antigas e mais consumidas, é produzida a partir da fermentação de grãos de cevada e lúpulo por Saccharomyces cerevisiae que são microrganismos que produzem gás carbônico e álcool etílico, entretanto, erros no processo podem levar à contaminação com metanol, que é altamente tóxico, levando a uma série de complicações graves. Em todo o mundo, indivíduos adotam como "hobbie", a produção artesanal de cerveja em sua própria residência, seguindo instruções e guias encontrados facilmente na internet. Ao contrário da produção industrial de bebidas alcoólicas, a produção artesanal não é fiscalizada e nem preparada para a remoção do metanol, podendo se formar durante o período de fermentação. Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi apontar, de forma breve, os perigos causados por uma produção caseira no qual não possui um processo de controle de qualidade. Material e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica em bancos de dados, Scielo e PubMed, tendo como critérios de inclusão artigos em português, inglês e espanhol publicados a partir de 2002. Foram descartados os artigos que não abordavam a área de interesse. Resultados: Através da maltagem, os grãos produzem enzimas que convertem o amido em açúcares fermentáveis, como as leveduras responsáveis pela fermentação, apresentam metabolismo aeróbico facultativo, ou seja, na presença de oxigênio a glicose é captada e oxidada, com objetivo de produção de energia para o metabolismo destes microrganismos que quando consumidos forma-se etanol, que é liberado para o meio extracelular. Porém quando há contaminação das misturas em tanques de fermentação por outros microrganismos que não o S. cerevisiae, o metabolismo destas outras espécies pode levar à formação de metanol como subproduto. O metanol é metabolizado a formaldeído e sua meia-vida, entretanto, é muito curta, cerca de 1 minuto, pois é rapidamente metabolizado pela enzima formaldeído-desidrogenase em ácido fórmico, que é extremamente tóxico, sendo responsável pelos efeitos graves da intoxicação. Conclusão: Não há dados consistentes na literatura quanto à morbimortalidade relacionada ao metanol, porém ela é certamente relacionada à demora na procura de atendimento médico, tendo em vista que há antídotos a serem usados, bem como tratamentos de descontaminação.
{"title":"INTOXICAÇAO POR METANOL PRODUZIDO POR CONTAMINAÇÃO DE LEVEDURAS PRESENTE EM CERVEJAS ARTESANAIS","authors":"Nadine dos Santos Meyer, Alexandre Ehrhardt, Talita Polyana Schimmock","doi":"10.51161/ii-conamic/45","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/45","url":null,"abstract":"Introdução: A cerveja é uma das bebidas mais antigas e mais consumidas, é produzida a partir da fermentação de grãos de cevada e lúpulo por Saccharomyces cerevisiae que são microrganismos que produzem gás carbônico e álcool etílico, entretanto, erros no processo podem levar à contaminação com metanol, que é altamente tóxico, levando a uma série de complicações graves. Em todo o mundo, indivíduos adotam como \"hobbie\", a produção artesanal de cerveja em sua própria residência, seguindo instruções e guias encontrados facilmente na internet. Ao contrário da produção industrial de bebidas alcoólicas, a produção artesanal não é fiscalizada e nem preparada para a remoção do metanol, podendo se formar durante o período de fermentação. Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi apontar, de forma breve, os perigos causados por uma produção caseira no qual não possui um processo de controle de qualidade. Material e métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica em bancos de dados, Scielo e PubMed, tendo como critérios de inclusão artigos em português, inglês e espanhol publicados a partir de 2002. Foram descartados os artigos que não abordavam a área de interesse. Resultados: Através da maltagem, os grãos produzem enzimas que convertem o amido em açúcares fermentáveis, como as leveduras responsáveis pela fermentação, apresentam metabolismo aeróbico facultativo, ou seja, na presença de oxigênio a glicose é captada e oxidada, com objetivo de produção de energia para o metabolismo destes microrganismos que quando consumidos forma-se etanol, que é liberado para o meio extracelular. Porém quando há contaminação das misturas em tanques de fermentação por outros microrganismos que não o S. cerevisiae, o metabolismo destas outras espécies pode levar à formação de metanol como subproduto. O metanol é metabolizado a formaldeído e sua meia-vida, entretanto, é muito curta, cerca de 1 minuto, pois é rapidamente metabolizado pela enzima formaldeído-desidrogenase em ácido fórmico, que é extremamente tóxico, sendo responsável pelos efeitos graves da intoxicação. Conclusão: Não há dados consistentes na literatura quanto à morbimortalidade relacionada ao metanol, porém ela é certamente relacionada à demora na procura de atendimento médico, tendo em vista que há antídotos a serem usados, bem como tratamentos de descontaminação.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"6 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"117332365","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
N. Sousa, S. B. Pinheiro, Keyla Maciel Carvalho, João Vicente Silva Souza
Introdução: A criptococose é uma infecção oportunista causada pela inalação de leveduras pertencentes ao gênero Cryptococcus, com cerca de 181.000 mortes anualmente e, com taxas de mortalidade de 100% se as infecções não forem tratadas. Embora a grande maioria dos pacientes infectados com criptococose disseminada sejam os pacientes imunocomprometidos, C. neoformans e C. gattii podem também causar doença em hospedeiros aparentemente saudáveis. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi fazer um levantamento da criptococose em pacientes imunocompetentes nos últimos anos. Material e métodos: Foi realizado uma revisão da literatura e para o levantamento dos dados foram selecionados artigos no banco de dados US National Library of Medicine (PubMed). Como estratégia de busca, foi adotada uma pesquisa com base nas palavras-chave: cryptococcosis, Cryptococcus, immunocompetent e cryptococcal meningitis. Os critérios de inclusão foram: artigos originais publicados no período de 2002 a 2022 e os critérios de exclusão: revisões de literatura e relato de casos. Foram obtidos 112 artigos. Destes, 31 artigos se enquadraram nos critérios de inclusão propostos. Resultados: Como resultado e ao contrário do que se esperava, a espécie C. neoformans (64,5%) foi a mais citada como causadora de criptococose em pacientes imunocompetentes, seguida da espécie C. gattii (35,5%). A maioria dos indivíduos acometidos eram do sexo masculino (67,7%) e adultos (90,3%). Cefaleia, febre e náuseas eram os sinais e sintomas mais relatados. Por fim, a meningite era a principal forma de acometimento nos pacientes imunocompetentes (87,1%). A fisiopatologia da meningite criptocócica nesses pacientes ainda não é totalmente compreendida, mas a infecção parece resultar de uma resposta imune mal adaptada à exposição criptocócica. A fim de que o tratamento antifúngico seja iniciado o mais rápido possível, é de suma importância que médicos permaneçam vigilantes e suspeitem da infecção por Cryptococcus spp. também em indivíduos imunocompetentes. Conclusão: Portanto, conclui-se que a criptococose é um importante problema de saúde pública e torna-se necessário disseminar a informação que a meningite criptocócica também atinge pacientes imunocompetentes com mais frequência do que se pode imaginar.
{"title":"CRIPTOCOCOSE: UMA REVISÃO DA INFECÇÃO NOS PACIENTES IMUNOCOMPETENTES","authors":"N. Sousa, S. B. Pinheiro, Keyla Maciel Carvalho, João Vicente Silva Souza","doi":"10.51161/ii-conamic/04","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/04","url":null,"abstract":"Introdução: A criptococose é uma infecção oportunista causada pela inalação de leveduras pertencentes ao gênero Cryptococcus, com cerca de 181.000 mortes anualmente e, com taxas de mortalidade de 100% se as infecções não forem tratadas. Embora a grande maioria dos pacientes infectados com criptococose disseminada sejam os pacientes imunocomprometidos, C. neoformans e C. gattii podem também causar doença em hospedeiros aparentemente saudáveis. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi fazer um levantamento da criptococose em pacientes imunocompetentes nos últimos anos. Material e métodos: Foi realizado uma revisão da literatura e para o levantamento dos dados foram selecionados artigos no banco de dados US National Library of Medicine (PubMed). Como estratégia de busca, foi adotada uma pesquisa com base nas palavras-chave: cryptococcosis, Cryptococcus, immunocompetent e cryptococcal meningitis. Os critérios de inclusão foram: artigos originais publicados no período de 2002 a 2022 e os critérios de exclusão: revisões de literatura e relato de casos. Foram obtidos 112 artigos. Destes, 31 artigos se enquadraram nos critérios de inclusão propostos. Resultados: Como resultado e ao contrário do que se esperava, a espécie C. neoformans (64,5%) foi a mais citada como causadora de criptococose em pacientes imunocompetentes, seguida da espécie C. gattii (35,5%). A maioria dos indivíduos acometidos eram do sexo masculino (67,7%) e adultos (90,3%). Cefaleia, febre e náuseas eram os sinais e sintomas mais relatados. Por fim, a meningite era a principal forma de acometimento nos pacientes imunocompetentes (87,1%). A fisiopatologia da meningite criptocócica nesses pacientes ainda não é totalmente compreendida, mas a infecção parece resultar de uma resposta imune mal adaptada à exposição criptocócica. A fim de que o tratamento antifúngico seja iniciado o mais rápido possível, é de suma importância que médicos permaneçam vigilantes e suspeitem da infecção por Cryptococcus spp. também em indivíduos imunocompetentes. Conclusão: Portanto, conclui-se que a criptococose é um importante problema de saúde pública e torna-se necessário disseminar a informação que a meningite criptocócica também atinge pacientes imunocompetentes com mais frequência do que se pode imaginar.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"421 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127600842","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Breno Figueiredo Maia, F.M.B Costa, Maykon Leal Brandão, F. Cruz, Nailla Byatriz Silva de Morais
Introdução: A carbapenemase produzida pela Klebsiella pneumoniae (KPC) é uma enzima que concede as bactérias Gram-negativas resistência aos antibióticos da classe dos carbapenêmicos, inativando diversos agentes da antibioticoterapia (monobactâmicos, penicilinas e cefalosporinas). Uma das características mais relevantes desta enzima é, além da resistência antimicrobiana, a alta capacidade de dispersão intra-hospitalar. Consequentemente, os riscos dessas infecções representam uma emergência à saúde pública, necessitando de intervenções eficazes no ambiente hospitalar. Objetivos: Identificar as principais características e fatores de risco relacionadas à infecção por cepas produtoras de carbapenemase. Metodologia: Foi realizada revisão bibliográfica sobre Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase, descrevendo os principais riscos de contaminação intra-hospitalar; número de casos; formas de transmissão; e identificação das principais espécies ligadas a produção da enzima carbapenemase, por meio de artigos presentes nas plataformas Scielo e Google Acadêmico. Resultados: As infecções por Klebsiella pneumoniae figuram como a maior produtora da enzima carbapenemase, sendo uma emergência pública de saúde. No mundo, os países considerados endêmicos para KPC são Estados Unidos, Israel e Grécia, os quais frequentes surtos possibilitaram a expansão de um quadro emergencial. A enzima carbapenemase já foi encontrada em outras espécies de bactérias: Klebsiella oxytoca, Salmonella enterica e Enterobacter sp. Constatou-se que os agravantes que mais intensificam e prejudicam o tratamento são idade avançada, ventilações e internações por longo período, doenças graves e excesso de outras alternativas antibióticas. Assim, as infecções nosocomiais por KPC, geram altos gastos orçamentários, favorecendo frequentes erros de tratamento, ampliando a mortalidade. Amostras isoladas nos Estados Unidos expuseram o crescimento de menos de 1% para 8% nos anos de 2000 a 2007. Conclusões: Demonstrou-se grande diversidade de cepas bacterianas produtoras de carbapenemase associadas a infecções nosocomiais. As falhas terapêuticas, cada vez mais comuns, estão associadas a fatores de risco como idade, tempo de internação, comorbidades e uso indiscriminado de antibioticoterapia, tornando essencial uma atenção maior aos fatores descritos. Desta forma, métodos de prevenção, uso correto de antibióticos e a atualização informacional contínua tornam-se cada vez mais necessárias, a fim de minimizar os casos e os índices de mortalidade por infecções resistentes.
{"title":"RISCOS DE INFECÇÕES HOSPITALARES ASSOCIADOS A KLEBSIELLA PNEUMONIAE PRODUTORA DE CARBAPENEMASE NO MUNDO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.","authors":"Breno Figueiredo Maia, F.M.B Costa, Maykon Leal Brandão, F. Cruz, Nailla Byatriz Silva de Morais","doi":"10.51161/ii-conamic/32","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/32","url":null,"abstract":"Introdução: A carbapenemase produzida pela Klebsiella pneumoniae (KPC) é uma enzima que concede as bactérias Gram-negativas resistência aos antibióticos da classe dos carbapenêmicos, inativando diversos agentes da antibioticoterapia (monobactâmicos, penicilinas e cefalosporinas). Uma das características mais relevantes desta enzima é, além da resistência antimicrobiana, a alta capacidade de dispersão intra-hospitalar. Consequentemente, os riscos dessas infecções representam uma emergência à saúde pública, necessitando de intervenções eficazes no ambiente hospitalar. Objetivos: Identificar as principais características e fatores de risco relacionadas à infecção por cepas produtoras de carbapenemase. Metodologia: Foi realizada revisão bibliográfica sobre Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase, descrevendo os principais riscos de contaminação intra-hospitalar; número de casos; formas de transmissão; e identificação das principais espécies ligadas a produção da enzima carbapenemase, por meio de artigos presentes nas plataformas Scielo e Google Acadêmico. Resultados: As infecções por Klebsiella pneumoniae figuram como a maior produtora da enzima carbapenemase, sendo uma emergência pública de saúde. No mundo, os países considerados endêmicos para KPC são Estados Unidos, Israel e Grécia, os quais frequentes surtos possibilitaram a expansão de um quadro emergencial. A enzima carbapenemase já foi encontrada em outras espécies de bactérias: Klebsiella oxytoca, Salmonella enterica e Enterobacter sp. Constatou-se que os agravantes que mais intensificam e prejudicam o tratamento são idade avançada, ventilações e internações por longo período, doenças graves e excesso de outras alternativas antibióticas. Assim, as infecções nosocomiais por KPC, geram altos gastos orçamentários, favorecendo frequentes erros de tratamento, ampliando a mortalidade. Amostras isoladas nos Estados Unidos expuseram o crescimento de menos de 1% para 8% nos anos de 2000 a 2007. Conclusões: Demonstrou-se grande diversidade de cepas bacterianas produtoras de carbapenemase associadas a infecções nosocomiais. As falhas terapêuticas, cada vez mais comuns, estão associadas a fatores de risco como idade, tempo de internação, comorbidades e uso indiscriminado de antibioticoterapia, tornando essencial uma atenção maior aos fatores descritos. Desta forma, métodos de prevenção, uso correto de antibióticos e a atualização informacional contínua tornam-se cada vez mais necessárias, a fim de minimizar os casos e os índices de mortalidade por infecções resistentes.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"16 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123528954","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A Neisseria gonorrhoeae é uma bactéria Gram-negativa que infecta cerca de 87 milhões de pessoas anualmente, sendo a gonorreia umas das infecções sexualmente transmissíveis (IST) mais comuns no mundo. Nas últimas décadas, foram evidenciadas cepas bacterianas com elevados níveis de resistência antimicrobiana (RAM), inclusive a cefalosporinas de amplo espectro e macrolídeos, fármacos de primeira linha para o tratamento da gonorreia. Essa é uma situação preocupante, uma vez que, se não tratada, a infecção pode ser responsável por elevadas taxas de morbidade entre os infectados. Objetivo: Discutir as implicações decorrentes da existência de cepas de N. gonorrhoeae resistentes a antibióticos. Metodologia: Conduziu-se uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados MEDLINE e EMBASE, utilizando-se os descritores “gonorrhea” e “drug resistance" combinados pelo operador booleano AND, para a seleção de artigos publicados de 2021 até janeiro de 2022. Aplicados os critérios de inclusão e exclusão, onze artigos foram selecionados e analisados para a produção deste trabalho. Resultados: O desenvolvimento de RAM por N. gonorrhoeae tem se mostrado crescente em todo mundo, sendo identificadas cepas resistentes ao tratamento de escolha atualmente recomendado pela Organização Mundial da Saúde para o controle da infecção: a combinação de ceftriaxona e azitromicina. Também já foi verificada resistência a ciprofloxacino, cefixima e tetraciclina, fármacos utilizados como opção no tratamento da gonorreia. Diante disso, teme-se por uma possível falta de antimicrobianos capazes de combater a bactéria, o que facilitaria sua disseminação, diminuindo o controle da infecção e tornando maiores as chances de complicações relacionadas ao quadro, como doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e infertilidade, bem como aumentando os índices de morbidade e mortalidade da doença. Conclusão: A infecção por Neisseria gonorrhoeae apresenta-se como um desafio no âmbito da saúde mundial em decorrência do desenvolvimento da RAM aos fármacos atualmente indicados para tratamento da infecção e da possibilidade de disseminação das cepas resistentes, com consequente aumento de complicações e mortalidade. Em vista disso, tornam cada vez mais importantes a necessidade de novos tratamentos eficazes no combate a este micro-organismo e de um programa de vigilância epidemiológica eficaz em todos os países do mundo.
{"title":"NEISSERIA GONORRHOEAE RESISTENTE A ANTIBIÓTICOS: UM DESAFIO MUNDIAL NO COMBATE ÀS IST","authors":"Larissa Ciarlini Varandas Sales, P. Ponte, Natan Santos Pereira, Timóteo Bezerra Ferreira, Tatiana Paschoalette Rodrigues Bachur","doi":"10.51161/ii-conamic/05","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/05","url":null,"abstract":"Introdução: A Neisseria gonorrhoeae é uma bactéria Gram-negativa que infecta cerca de 87 milhões de pessoas anualmente, sendo a gonorreia umas das infecções sexualmente transmissíveis (IST) mais comuns no mundo. Nas últimas décadas, foram evidenciadas cepas bacterianas com elevados níveis de resistência antimicrobiana (RAM), inclusive a cefalosporinas de amplo espectro e macrolídeos, fármacos de primeira linha para o tratamento da gonorreia. Essa é uma situação preocupante, uma vez que, se não tratada, a infecção pode ser responsável por elevadas taxas de morbidade entre os infectados. Objetivo: Discutir as implicações decorrentes da existência de cepas de N. gonorrhoeae resistentes a antibióticos. Metodologia: Conduziu-se uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados MEDLINE e EMBASE, utilizando-se os descritores “gonorrhea” e “drug resistance\" combinados pelo operador booleano AND, para a seleção de artigos publicados de 2021 até janeiro de 2022. Aplicados os critérios de inclusão e exclusão, onze artigos foram selecionados e analisados para a produção deste trabalho. Resultados: O desenvolvimento de RAM por N. gonorrhoeae tem se mostrado crescente em todo mundo, sendo identificadas cepas resistentes ao tratamento de escolha atualmente recomendado pela Organização Mundial da Saúde para o controle da infecção: a combinação de ceftriaxona e azitromicina. Também já foi verificada resistência a ciprofloxacino, cefixima e tetraciclina, fármacos utilizados como opção no tratamento da gonorreia. Diante disso, teme-se por uma possível falta de antimicrobianos capazes de combater a bactéria, o que facilitaria sua disseminação, diminuindo o controle da infecção e tornando maiores as chances de complicações relacionadas ao quadro, como doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e infertilidade, bem como aumentando os índices de morbidade e mortalidade da doença. Conclusão: A infecção por Neisseria gonorrhoeae apresenta-se como um desafio no âmbito da saúde mundial em decorrência do desenvolvimento da RAM aos fármacos atualmente indicados para tratamento da infecção e da possibilidade de disseminação das cepas resistentes, com consequente aumento de complicações e mortalidade. Em vista disso, tornam cada vez mais importantes a necessidade de novos tratamentos eficazes no combate a este micro-organismo e de um programa de vigilância epidemiológica eficaz em todos os países do mundo.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121646473","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: O maior de desafio do paciente diabético é evitar as complicações da doença, por ser tratar de um estado inflamatório generalizado crônico ou pelo comprometimento dessas proteínas que são proteínas glicadas, que vão acarretando uma degeneração com o passar do tempo, quando o paciente não atenta para o nível glicêmico. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo descrever os principais tratamentos dietéticos da diabetes. Material e métodos: O estudo, foi realizado através de revisões de literatura, de maneira qualitativa, optou-se por selecionar artigos sobre o tema na plataforma Pubmed. Resultados: Existem três pilares em educação, sobre o diabetes: ingestão da medicação correta, possuir uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e envolver toda a família. O diabetes não significa perda de controle e sim disciplina, mudança de comportamento, pois sem estes cuidados, as complicações serão implacáveis. A alimentação de um paciente diabético é muito parecida com a alimentação de um paciente que não possui a doença. O que deve ser levado em conta é a qualidade dos alimentos e que estes estejam adequados dentro de um planejamento alimentar de acordo com a necessidade nutricional de cada um. A quantidade dos alimentos que cada paciente vai utilizar, precisa ser calculada por um profissional nutricionista. Com relação as frutas, não existe uma restrição, mas por elas possuírem frutose, que é um carboidrato que pode sim, impactar o aumento do açúcar no sangue, é necessário ter cautela com a quantidade a ser ingerida. Conclusão: Portanto, na verdade é necessário adequar estes alimentos na dieta, ao longo do dia aos pacientes diabéticos visando melhorar sua qualidade de vida.
{"title":"DIETOTERAPIA NO TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS","authors":"Fellipe pereira Mourao, Cristina Pacheco Coelho","doi":"10.51161/ii-conamic/52","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/52","url":null,"abstract":"Introdução: O maior de desafio do paciente diabético é evitar as complicações da doença, por ser tratar de um estado inflamatório generalizado crônico ou pelo comprometimento dessas proteínas que são proteínas glicadas, que vão acarretando uma degeneração com o passar do tempo, quando o paciente não atenta para o nível glicêmico. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo descrever os principais tratamentos dietéticos da diabetes. Material e métodos: O estudo, foi realizado através de revisões de literatura, de maneira qualitativa, optou-se por selecionar artigos sobre o tema na plataforma Pubmed. Resultados: Existem três pilares em educação, sobre o diabetes: ingestão da medicação correta, possuir uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e envolver toda a família. O diabetes não significa perda de controle e sim disciplina, mudança de comportamento, pois sem estes cuidados, as complicações serão implacáveis. A alimentação de um paciente diabético é muito parecida com a alimentação de um paciente que não possui a doença. O que deve ser levado em conta é a qualidade dos alimentos e que estes estejam adequados dentro de um planejamento alimentar de acordo com a necessidade nutricional de cada um. A quantidade dos alimentos que cada paciente vai utilizar, precisa ser calculada por um profissional nutricionista. Com relação as frutas, não existe uma restrição, mas por elas possuírem frutose, que é um carboidrato que pode sim, impactar o aumento do açúcar no sangue, é necessário ter cautela com a quantidade a ser ingerida. Conclusão: Portanto, na verdade é necessário adequar estes alimentos na dieta, ao longo do dia aos pacientes diabéticos visando melhorar sua qualidade de vida.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130216022","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Letícia Furtado Alves, Thiago Cavalcante Ribeiro, Isadora Reigo de Castro, João Victor Araujo Tocantins, Fernanda de Melo Garcia
Introdução: A sífilis é uma doença infecciosa causada pelo Treponema pallidum, onde a transmissão ocorre, por meio, da via sexual ou pode ser transmitida pela mãe de modo vertical através da gestação. Quando esta bactéria acomete o sistema nervoso central (SNC) é denominada de neurossífilis que ocorre em qualquer estágio da doença, em 35% dos pacientes com sífilis, sendo dividida em neurossífilis precoce e neurossífilis tardia. Objetivo: Desse modo, este artigo tem como objetivo examinar as manifestações clínicas, o tratamento, bem como revisar a classificação da neurossífilis tendo como justificativa o aumento da prevalência e da incidência dos casos de neurossífilis nos últimos anos. Material e métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura fundamentada nas bases de dados SciELO, Web of Science e PubMed. Utilizaram-se artigos nas línguas portuguesa e inglesa. O período para a análise foi de dezembro de 2021 até fevereiro de 2022. Os descritores foram os presentes no Mesh/Decs e operadores booleanos, “AND” e “OR”. Os quais foram combinados com as seguintes palavras-chave: “sífilis”, “sistema nervoso central”, “terapêutica”, “quadro clínico”. Foram incluídos 11 trabalhos escritos entre 2016 e 2021. Resultados e discussão: A neurossífilis pode afetar as meninges, os hemisférios cerebrais, tronco encefálico, cerebelo, medula espinhal e a depender do local acometido o paciente terá uma determinada apresentação clínica. Achados como hipotonia muscular, tremor de extremidade, alteração psiquiátrica, disartria, convulsões, perda de controle dos esfíncteres, acidente vascular, alteração ocular intrínseca e extrínseca são frequentes na fase evoluída da doença. Sendo notório salientar que tanto nos casos assintomáticos quanto nos sintomáticos, a análise sanguínea e liquórica para sífilis, será positiva. A classificação da doença pode ser distribuída em assintomática, meníngea, parenquimatosa e gomatosa. O tratamento é realizado com Penicilina G cristalina ou Ceftriaxona. Conclusão: Sendo, portanto, fundamental que o profissional de saúde compreenda as manifestações clínicas, o tratamento e a classificação da neurossífilis.
简介:梅毒是一种由梅毒螺旋体引起的传染病,通过性途径传播,也可以通过母亲在怀孕期间垂直传播。当这种细菌影响中枢神经系统(cns)时,被称为神经梅毒,它发生在疾病的任何阶段,在35%的梅毒患者中,分为早期神经梅毒和晚期神经梅毒。摘要目的:本文旨在探讨神经梅毒的临床表现、治疗方法及分类,并以近年来神经梅毒病例患病率和发病率的增加为依据。材料和方法:这是一个基于SciELO, Web of Science和PubMed数据库的系统文献综述。使用葡萄牙语和英语的文章。分析期间为2021年12月至2022年2月。描述符出现在Mesh/Decs和布尔运算符“AND”和“OR”中。结合以下关键词:“梅毒”、“中枢神经系统”、“治疗”、“临床图像”。其中包括2016年至2021年期间撰写的11篇论文。结果与讨论:神经梅毒可影响脑膜、大脑半球、脑干、小脑、脊髓,根据受影响部位的不同,患者会有一定的临床表现。肌肉张力减退、震颤、精神障碍、构音障碍、抽搐、括蝶肌失去控制、血管意外、内源性和外源性眼部改变等症状在疾病的发展阶段很常见。值得注意的是,在无症状和有症状的病例中,梅毒的血液和酒精分析都是阳性的。该病的分类可分为无症状、脑膜、实质和胶状。治疗方法是用结晶青霉素G或头孢曲松。结论:因此,卫生专业人员必须了解神经梅毒的临床表现、治疗和分类。
{"title":"NEUROSSÍFILIS: APRESENTAÇÃO CLÍNICA E TRATAMENTO","authors":"Letícia Furtado Alves, Thiago Cavalcante Ribeiro, Isadora Reigo de Castro, João Victor Araujo Tocantins, Fernanda de Melo Garcia","doi":"10.51161/ii-conamic/55","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/55","url":null,"abstract":"Introdução: A sífilis é uma doença infecciosa causada pelo Treponema pallidum, onde a transmissão ocorre, por meio, da via sexual ou pode ser transmitida pela mãe de modo vertical através da gestação. Quando esta bactéria acomete o sistema nervoso central (SNC) é denominada de neurossífilis que ocorre em qualquer estágio da doença, em 35% dos pacientes com sífilis, sendo dividida em neurossífilis precoce e neurossífilis tardia. Objetivo: Desse modo, este artigo tem como objetivo examinar as manifestações clínicas, o tratamento, bem como revisar a classificação da neurossífilis tendo como justificativa o aumento da prevalência e da incidência dos casos de neurossífilis nos últimos anos. Material e métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura fundamentada nas bases de dados SciELO, Web of Science e PubMed. Utilizaram-se artigos nas línguas portuguesa e inglesa. O período para a análise foi de dezembro de 2021 até fevereiro de 2022. Os descritores foram os presentes no Mesh/Decs e operadores booleanos, “AND” e “OR”. Os quais foram combinados com as seguintes palavras-chave: “sífilis”, “sistema nervoso central”, “terapêutica”, “quadro clínico”. Foram incluídos 11 trabalhos escritos entre 2016 e 2021. Resultados e discussão: A neurossífilis pode afetar as meninges, os hemisférios cerebrais, tronco encefálico, cerebelo, medula espinhal e a depender do local acometido o paciente terá uma determinada apresentação clínica. Achados como hipotonia muscular, tremor de extremidade, alteração psiquiátrica, disartria, convulsões, perda de controle dos esfíncteres, acidente vascular, alteração ocular intrínseca e extrínseca são frequentes na fase evoluída da doença. Sendo notório salientar que tanto nos casos assintomáticos quanto nos sintomáticos, a análise sanguínea e liquórica para sífilis, será positiva. A classificação da doença pode ser distribuída em assintomática, meníngea, parenquimatosa e gomatosa. O tratamento é realizado com Penicilina G cristalina ou Ceftriaxona. Conclusão: Sendo, portanto, fundamental que o profissional de saúde compreenda as manifestações clínicas, o tratamento e a classificação da neurossífilis.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133078607","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Melissa Fiuza Saboya, Maria Clara da Costa Fernandes, Natália Ponte Fernandes, Sandriele Santos Barbosa, Tatiana Paschoalette Rodrigues Bachur
Introdução: A candidíase vulvovaginal recorrente (CVVR) caracteriza-se pela ocorrência de quatro episódios de candidíase vulvovaginal no intervalo de um ano. Essa infecção é causada por fungos do gênero Candida, sendo a espécie C. albicans a mais comum. Objetivo: Realizar um levantamento bibliográfico acerca dos fatores de risco para a ocorrência da CVVR. Métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica na base de dados MEDLINE, por meio da utilização dos descritores "recurrent vulvovaginal candidiasis" e "factors", combinados pelo operador booleano AND. A partir de critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos, foram selecionados doze artigos para compor este trabalho. Resultados: Existem diferentes fatores que contribuem para o desequilíbrio da microbiota vaginal, levando à proliferação do fungo C. albicans e ao surgimento dos sintomas característicos da CVVR. Os fatores de risco podem ser comportamentais, hormonais, ambientais e genéticos, com a manifestação de polimorfismos em genes específicos. Os genes HLA-DRB1×14, MBL2 e SIGLEC15 estão envolvidos em mutações que ocasionam um menor reconhecimento de epítopos fúngicos e, consequentemente, uma menor resposta imunológica. Quanto aos fatores comportamentais, pode-se citar o uso de roupas apertadas, tecidos sintéticos e absorventes diários, pois ocasionam alterações na umidade e na temperatura na região vulvovaginal. A alimentação rica em carboidratos favorece o crescimento de C. albicans, visto que o glicogênio é o substrato energético do fungo. Em relação aos fatores hormonais, a gravidez, a menopausa e o uso de anticoncepcionais orais resultam em modificações na taxa de progesterona e, consequentemente, numa maior disponibilidade de glicogênio, o que se torna favorável ao crescimento do patógeno. Dentre os fatores ambientais, a utilização de antimicrobianos elimina bactérias comensais da microbiota vaginal, aumentando a disponibilidade de nutrientes para o fungo C. albicans naturalmente residente no local e, consequentemente, facilitando sua proliferação. Além disso, a presença de sêmen pouco viscoso no canal vaginal pode favorecer o crescimento fúngico. Conclusão: A candidíase vulvovaginal recorrente é multifatorial, com importante influência de fatores comportamentais, havendo necessidade de orientações às pacientes acerca das medidas preventivas relacionadas, especialmente, a estes fatores, que são modificáveis.
{"title":"FATORES DE RISCO PARA A CANDIDÍASE VULVOVAGINAL RECORRENTE","authors":"Melissa Fiuza Saboya, Maria Clara da Costa Fernandes, Natália Ponte Fernandes, Sandriele Santos Barbosa, Tatiana Paschoalette Rodrigues Bachur","doi":"10.51161/ii-conamic/07","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/07","url":null,"abstract":"Introdução: A candidíase vulvovaginal recorrente (CVVR) caracteriza-se pela ocorrência de quatro episódios de candidíase vulvovaginal no intervalo de um ano. Essa infecção é causada por fungos do gênero Candida, sendo a espécie C. albicans a mais comum. Objetivo: Realizar um levantamento bibliográfico acerca dos fatores de risco para a ocorrência da CVVR. Métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica na base de dados MEDLINE, por meio da utilização dos descritores \"recurrent vulvovaginal candidiasis\" e \"factors\", combinados pelo operador booleano AND. A partir de critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos, foram selecionados doze artigos para compor este trabalho. Resultados: Existem diferentes fatores que contribuem para o desequilíbrio da microbiota vaginal, levando à proliferação do fungo C. albicans e ao surgimento dos sintomas característicos da CVVR. Os fatores de risco podem ser comportamentais, hormonais, ambientais e genéticos, com a manifestação de polimorfismos em genes específicos. Os genes HLA-DRB1×14, MBL2 e SIGLEC15 estão envolvidos em mutações que ocasionam um menor reconhecimento de epítopos fúngicos e, consequentemente, uma menor resposta imunológica. Quanto aos fatores comportamentais, pode-se citar o uso de roupas apertadas, tecidos sintéticos e absorventes diários, pois ocasionam alterações na umidade e na temperatura na região vulvovaginal. A alimentação rica em carboidratos favorece o crescimento de C. albicans, visto que o glicogênio é o substrato energético do fungo. Em relação aos fatores hormonais, a gravidez, a menopausa e o uso de anticoncepcionais orais resultam em modificações na taxa de progesterona e, consequentemente, numa maior disponibilidade de glicogênio, o que se torna favorável ao crescimento do patógeno. Dentre os fatores ambientais, a utilização de antimicrobianos elimina bactérias comensais da microbiota vaginal, aumentando a disponibilidade de nutrientes para o fungo C. albicans naturalmente residente no local e, consequentemente, facilitando sua proliferação. Além disso, a presença de sêmen pouco viscoso no canal vaginal pode favorecer o crescimento fúngico. Conclusão: A candidíase vulvovaginal recorrente é multifatorial, com importante influência de fatores comportamentais, havendo necessidade de orientações às pacientes acerca das medidas preventivas relacionadas, especialmente, a estes fatores, que são modificáveis.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"41 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"115097854","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
E. Pereira, Cássio DE Sousa Leal, Clarisse Francelino Bastos, G. E. Freire, Edlainny Araujo Ribeiro
Introdução: A pneumonia é uma doença inflamatória causada por diversos patógenos, como bactérias, vírus e fungos. Seus principais agentes etiológicos são o Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenzae, sendo mais propícia diante de fatores relacionados aos hábitos de vida e condições socioeconômicas inadequadas. Objetivos: Determinar o perfil clínico-epidemiológico da mortalidade associada a pneumonia em Redenção, Pará. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo transversal sobre a frequência de óbitos decorrentes de pneumonia no município de Redenção no estado do Pará por meio do Sistema de Informações de Agravos e Notificações do Datasus. As variáveis analisadas foram: idade, sexo e agente etiológico, notificadas no período de 2010 a 2019. Resultados: Para o período analisado, foram notificados um total de 157 óbitos causados por pneumonia, apresentando uma média anual de 16. O ano com maior número de mortes registradas foi 2019 com 19,1% (30/157). Quanto ao gênero, os homens foram mais acometidos com 60,5% (95/157) das mortes. Em relação à faixa etária, os maiores números de mortes estão entre 70-79 anos e idade ≥ 80 anos, respectivamente 24,8% (39/157) e 21,7% (34/157). Em relação aos agentes etiológicos, apenas 15,3% (24/157) dos óbitos registrados apresentaram a identificação e confirmação de seus patógenos, enquanto nos outros 84,7% (133/157) os patógenos não foram especificados. Conclusão: Logo, ressalta-se que na cidade de Redenção na maior parte dos casos não há identificação dos agentes etiológicos associados à pneumonia. Portanto, faz-se necessário a implementação de medidas que busquem a efetividade do diagnóstico, com a realização de exames microbiológicos, a fim de proporcionar um tratamento mais assertivo, principalmente considerando a vulnerabilidade da população idosa bem como, os principais agentes etiológicos e a problemática associada a resistência bacteriana aos antimicrobianos, que pode dificultar o tratamento e piorar a evolução dos pacientes, elevando a mortalidade associada.
{"title":"PANORAMA DA MORTALIDADE ASSOCIADA A PNEUMONIA EM REDENÇÃO-PA NO PERÍODO DE 2010 A 2019.","authors":"E. Pereira, Cássio DE Sousa Leal, Clarisse Francelino Bastos, G. E. Freire, Edlainny Araujo Ribeiro","doi":"10.51161/ii-conamic/39","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/39","url":null,"abstract":"Introdução: A pneumonia é uma doença inflamatória causada por diversos patógenos, como bactérias, vírus e fungos. Seus principais agentes etiológicos são o Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenzae, sendo mais propícia diante de fatores relacionados aos hábitos de vida e condições socioeconômicas inadequadas. Objetivos: Determinar o perfil clínico-epidemiológico da mortalidade associada a pneumonia em Redenção, Pará. Metodologia: Foi realizado um estudo descritivo transversal sobre a frequência de óbitos decorrentes de pneumonia no município de Redenção no estado do Pará por meio do Sistema de Informações de Agravos e Notificações do Datasus. As variáveis analisadas foram: idade, sexo e agente etiológico, notificadas no período de 2010 a 2019. Resultados: Para o período analisado, foram notificados um total de 157 óbitos causados por pneumonia, apresentando uma média anual de 16. O ano com maior número de mortes registradas foi 2019 com 19,1% (30/157). Quanto ao gênero, os homens foram mais acometidos com 60,5% (95/157) das mortes. Em relação à faixa etária, os maiores números de mortes estão entre 70-79 anos e idade ≥ 80 anos, respectivamente 24,8% (39/157) e 21,7% (34/157). Em relação aos agentes etiológicos, apenas 15,3% (24/157) dos óbitos registrados apresentaram a identificação e confirmação de seus patógenos, enquanto nos outros 84,7% (133/157) os patógenos não foram especificados. Conclusão: Logo, ressalta-se que na cidade de Redenção na maior parte dos casos não há identificação dos agentes etiológicos associados à pneumonia. Portanto, faz-se necessário a implementação de medidas que busquem a efetividade do diagnóstico, com a realização de exames microbiológicos, a fim de proporcionar um tratamento mais assertivo, principalmente considerando a vulnerabilidade da população idosa bem como, os principais agentes etiológicos e a problemática associada a resistência bacteriana aos antimicrobianos, que pode dificultar o tratamento e piorar a evolução dos pacientes, elevando a mortalidade associada.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121849664","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Isabela Graziela Lima de Oliveira, R. Maia, Ana Beatriz da Silva Bulhões, Rayane Caroline Pinto Pinto, Taynara Cristina de Sousa Silva
Introdução: No decorrer da cronologia evolucional da terra, diversas espécies manifestaram a capacidade de cultivar seu próprio alimento. As formigas da tribo Attini em algum momento da evolução desenvolveram como prática o cultivo de fungos, de modo consequente, servindo como um dos principais alimentos nutricionais. Na complexa associação mutualística entre esses dois organismos, as formigas possuem um importante papel, sendo encarregadas por proporcionar aos fungos um ambiente apropriado para o seu desenvolvimento, e os fungos por meio de sua habilidade metabólica, viabilizam a degradação de moléculas complexas que são utilizadas como alimento por essas formigas, principalmente, pelas larvas. Objetivos: Diante disso, o escopo desta revisão é elucidar as principais características da relação simbionte entre as formigas da tribo Attini e fungos, e dar direcionamentos para possíveis estudos futuros. Material e métodos: O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura, na qual foram efetuadas buscas por trabalhos já submetidos, como por exemplo, artigos científicos, dissertações e teses, buscados através dos indexadores eletrônicos Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), tendo como base de dados a LILACS, Google Acadêmico, PubMed e SciELO (Scientific Electronic Library Online), por um período de dois meses. Resultados: Como resultados dessa relação interespecífica, constatou-se que a sobrevivência de um depende significativamente do outro. Segundo estudos, o sucesso deste vínculo associativo se deve, possivelmente, por meio da habilidade metabólica do fungo e de sua capacitação em produzir diversas enzimas despolimerases, nomeadamente como celulases e pectinases. De maneira que, essas enzimas viabilizam a degradação extracelular dos polissacarídeos que constituem a matéria vegetal, assegurando açucares simples, como a glicose. Verificou-se, também, através de análises comparativas de expressões genéticas e moleculares, que os fungos servem mais do que fonte de nutrientes, pois funcionam como uma espécie de via de síntese molecular essencial para as formigas, que dependem dos fungos para sintetizar enzimas e aminoácidos essenciais, pois essa capacidade foi perdida pelos insetos durante a evolução. Conclusão: Conclui-se então, que apesar das várias constatações feitas dos benefícios gerados tanto para as formigas Atínes quanto para seus fungos cultivados, muito se tem a ser averiguado ainda, é de suma importância haver mais estudos sobre essa interação.
{"title":"ASSOCIAÇÃO SIMBIONTE ENTRE FORMIGAS DA TRIBO ATTINI E FUNGOS: NOÇÕES E DIRECIONAMENTOS PARA POSSÍVEIS ESTUDOS FUTUROS","authors":"Isabela Graziela Lima de Oliveira, R. Maia, Ana Beatriz da Silva Bulhões, Rayane Caroline Pinto Pinto, Taynara Cristina de Sousa Silva","doi":"10.51161/ii-conamic/01","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/01","url":null,"abstract":"Introdução: No decorrer da cronologia evolucional da terra, diversas espécies manifestaram a capacidade de cultivar seu próprio alimento. As formigas da tribo Attini em algum momento da evolução desenvolveram como prática o cultivo de fungos, de modo consequente, servindo como um dos principais alimentos nutricionais. Na complexa associação mutualística entre esses dois organismos, as formigas possuem um importante papel, sendo encarregadas por proporcionar aos fungos um ambiente apropriado para o seu desenvolvimento, e os fungos por meio de sua habilidade metabólica, viabilizam a degradação de moléculas complexas que são utilizadas como alimento por essas formigas, principalmente, pelas larvas. Objetivos: Diante disso, o escopo desta revisão é elucidar as principais características da relação simbionte entre as formigas da tribo Attini e fungos, e dar direcionamentos para possíveis estudos futuros. Material e métodos: O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura, na qual foram efetuadas buscas por trabalhos já submetidos, como por exemplo, artigos científicos, dissertações e teses, buscados através dos indexadores eletrônicos Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), tendo como base de dados a LILACS, Google Acadêmico, PubMed e SciELO (Scientific Electronic Library Online), por um período de dois meses. Resultados: Como resultados dessa relação interespecífica, constatou-se que a sobrevivência de um depende significativamente do outro. Segundo estudos, o sucesso deste vínculo associativo se deve, possivelmente, por meio da habilidade metabólica do fungo e de sua capacitação em produzir diversas enzimas despolimerases, nomeadamente como celulases e pectinases. De maneira que, essas enzimas viabilizam a degradação extracelular dos polissacarídeos que constituem a matéria vegetal, assegurando açucares simples, como a glicose. Verificou-se, também, através de análises comparativas de expressões genéticas e moleculares, que os fungos servem mais do que fonte de nutrientes, pois funcionam como uma espécie de via de síntese molecular essencial para as formigas, que dependem dos fungos para sintetizar enzimas e aminoácidos essenciais, pois essa capacidade foi perdida pelos insetos durante a evolução. Conclusão: Conclui-se então, que apesar das várias constatações feitas dos benefícios gerados tanto para as formigas Atínes quanto para seus fungos cultivados, muito se tem a ser averiguado ainda, é de suma importância haver mais estudos sobre essa interação.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"29 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122058010","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}