Nailla Byatriz Silva de Morais, Breno Figueiredo Maia, F. Costa, Maykon Leal Brandão, F. Cruz
Introdução: Durante a pandemia, houve o aumento no uso de álcool 70% para combater a contaminação e a transmissão do vírus SARS-CoV-2 entre a população, no entanto, esta utilização indiscriminada corrobora também no surgimento e na permanência de bactérias resistentes, as quais são popularmente associadas apenas ao uso inadequado da antibioticoterapia pela sociedade. Objetivo: Avaliar as implicações práticas da resistência bacteriana decorrente do uso massivo de álcool etílico 70% na higienização coletiva durante a pandemia do SARS-CoV-2 e possibilitar a prevenção de uma pandemia bacteriológica posterior ou concomitante à pandemia viral do SARS-CoV-2. Material e métodos: Foram realizadas revisões bibliográficas com o levantamento na literatura descritiva em plataformas, como SciELO, Google Acadêmico e PubMED, com critérios dos seguintes descritores científicos. Resultados: O uso desmedido do álcool etílico 70%, como produto de higiene antisséptico, age como microbicida nas bactérias sensíveis e pode induzir geneticamente o surgimento de resistência pela variação estrutural no nucleoide ou plasmídeo bacteriano após o dano em seu material genético. E uma vez que que o álcool etílico 70% é ineficaz em bactérias resistentes, que sobrevivem e se multiplicam mesmo após o seu uso, possibilita a continuidade de transferência e de recombinação de genes com fatores de resistência em bactérias que não o possuíam, passando a expressá-los como característica de cepa potencialmente patogênica ao ser humano. Conclusão: É fundamental que o álcool etílico 70% seja utilizado com moderação na comunidade e no ambiente hospitalar, visto que esse produto danifica o material genético das bactérias e pode provocar mutações genéticas com maior patogenicidade ao homem e também possibilitar recombinações genéticas por intermédio da transferência de genes codificantes de resistência bacteriana já existentes no ambiente, de forma a diminuir a efetividade farmacológica de antibióticos e propiciar um colapso na saúde da população.
{"title":"O AUMENTO DE BACTÉRIAS RESISTENTES A TRATAMENTOS FARMACOTERAPÊUTICOS DEVIDO AO USO EXCESSIVO DE ÁLCOOL ETÍLICO 70% EM GEL OU LÍQUIDO DURANTE A PANDEMIA DO VÍRUS SARS-COV-2, CAUSADOR DA DOENÇA COVID-19","authors":"Nailla Byatriz Silva de Morais, Breno Figueiredo Maia, F. Costa, Maykon Leal Brandão, F. Cruz","doi":"10.51161/ii-conamic/44","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/44","url":null,"abstract":"Introdução: Durante a pandemia, houve o aumento no uso de álcool 70% para combater a contaminação e a transmissão do vírus SARS-CoV-2 entre a população, no entanto, esta utilização indiscriminada corrobora também no surgimento e na permanência de bactérias resistentes, as quais são popularmente associadas apenas ao uso inadequado da antibioticoterapia pela sociedade. Objetivo: Avaliar as implicações práticas da resistência bacteriana decorrente do uso massivo de álcool etílico 70% na higienização coletiva durante a pandemia do SARS-CoV-2 e possibilitar a prevenção de uma pandemia bacteriológica posterior ou concomitante à pandemia viral do SARS-CoV-2. Material e métodos: Foram realizadas revisões bibliográficas com o levantamento na literatura descritiva em plataformas, como SciELO, Google Acadêmico e PubMED, com critérios dos seguintes descritores científicos. Resultados: O uso desmedido do álcool etílico 70%, como produto de higiene antisséptico, age como microbicida nas bactérias sensíveis e pode induzir geneticamente o surgimento de resistência pela variação estrutural no nucleoide ou plasmídeo bacteriano após o dano em seu material genético. E uma vez que que o álcool etílico 70% é ineficaz em bactérias resistentes, que sobrevivem e se multiplicam mesmo após o seu uso, possibilita a continuidade de transferência e de recombinação de genes com fatores de resistência em bactérias que não o possuíam, passando a expressá-los como característica de cepa potencialmente patogênica ao ser humano. Conclusão: É fundamental que o álcool etílico 70% seja utilizado com moderação na comunidade e no ambiente hospitalar, visto que esse produto danifica o material genético das bactérias e pode provocar mutações genéticas com maior patogenicidade ao homem e também possibilitar recombinações genéticas por intermédio da transferência de genes codificantes de resistência bacteriana já existentes no ambiente, de forma a diminuir a efetividade farmacológica de antibióticos e propiciar um colapso na saúde da população.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"81 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129405841","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Karen Rodrigues Vieira Carvalho, Ana Laura de Melo Silveira, J. M. Amaral, Leonardo Camargos Saliba
Introdução: A mucormicose é uma patologia infectocontagiosa rara e oportunista, causada por fungos da ordem Mucorales. Ocorre principalmente em pacientes transplantados, diabéticos e imunossuprimidos, como portadores de doenças hematológicas e em uso crônico de corticoides e quimioterápicos. Tem caráter progressivo e, se não tratada pode ser fatal. Dentre as formas de apresentação se destaca a rinocerebral, responsável por cerca de 40% dos casos e atingindo a mucosa nasal com invasão secundaria dos seios paranasais, orbita e cérebro. A cetoacidose diabética constitui o mais importante dos fatores de risco, pois acentua características patogênicas do Rhizopus spp como a angioinvasão e a captação de ferro. Recentemente a covid 19, ao causar imunossupressão, além de seu tratamento com corticoesteroides, foi responsável pelo novo aumento de casos. Objetivo: Identificar as principais abordagens e atualizações no tratamento dessa patologia. Material e métodos: Revisão bibliográfica de artigos e teses sobre o referido tema, encontrados no PubMed e Google Scholar. Foram selecionados artigos fossem em português e/ou inglês, publicados de 2004 a 2021. Resultados: O tratamento é composto por três pilares: a cirurgia, o medicamentoso e o tratamento da comorbidade de base. O tratamento farmacológico preconizado é a Anfotericina B, na dose 1.0-1.5 mg/Kg/dia durante semanas a meses. Entre seus efeitos colaterais, se destaca a nefrotoxidade. A sua forma lipossomal, em dispersão coloidal e em complexo lipídico tem mostrado um aumento na segurança e eficácia. A utilização de fatores estimuladores de crescimento de colônias granulocíticas também é uma opção. Uma atualização promissora é a oxigenioterapia hiperbárica, que exerce seus efeitos através da alta concentração de oxigênio dissolvido nos líquidos teciduais, promovendo uma proliferação de fibroblastos, neovascularização, atividade osteoclásticas e osteoblásticas, e ação antimicrobiana potencializada. A cirurgia, por sua vez, é extensa. Preconiza margem de segurança e debridamento de todo tecido necrótico, sendo preferível a realização por via aberta. Conclusão: A mortalidade de 50% mesmo com as medidas adequadas é preocupante, está relacionada principalmente à gravidade das comorbidades de base destes pacientes e à disseminação da infecção, com possível envolvimento do SNC. Isso justifica a importância de um tratamento precoce e de constantes atualizações sobre o tema.
{"title":"ABORDAGEM TERAPÊUTICA DA MUCORMICOSE FRENTE À OCORRÊNCIA DE NOVOS CASOS","authors":"Karen Rodrigues Vieira Carvalho, Ana Laura de Melo Silveira, J. M. Amaral, Leonardo Camargos Saliba","doi":"10.51161/ii-conamic/21","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/21","url":null,"abstract":"Introdução: A mucormicose é uma patologia infectocontagiosa rara e oportunista, causada por fungos da ordem Mucorales. Ocorre principalmente em pacientes transplantados, diabéticos e imunossuprimidos, como portadores de doenças hematológicas e em uso crônico de corticoides e quimioterápicos. Tem caráter progressivo e, se não tratada pode ser fatal. Dentre as formas de apresentação se destaca a rinocerebral, responsável por cerca de 40% dos casos e atingindo a mucosa nasal com invasão secundaria dos seios paranasais, orbita e cérebro. A cetoacidose diabética constitui o mais importante dos fatores de risco, pois acentua características patogênicas do Rhizopus spp como a angioinvasão e a captação de ferro. Recentemente a covid 19, ao causar imunossupressão, além de seu tratamento com corticoesteroides, foi responsável pelo novo aumento de casos. Objetivo: Identificar as principais abordagens e atualizações no tratamento dessa patologia. Material e métodos: Revisão bibliográfica de artigos e teses sobre o referido tema, encontrados no PubMed e Google Scholar. Foram selecionados artigos fossem em português e/ou inglês, publicados de 2004 a 2021. Resultados: O tratamento é composto por três pilares: a cirurgia, o medicamentoso e o tratamento da comorbidade de base. O tratamento farmacológico preconizado é a Anfotericina B, na dose 1.0-1.5 mg/Kg/dia durante semanas a meses. Entre seus efeitos colaterais, se destaca a nefrotoxidade. A sua forma lipossomal, em dispersão coloidal e em complexo lipídico tem mostrado um aumento na segurança e eficácia. A utilização de fatores estimuladores de crescimento de colônias granulocíticas também é uma opção. Uma atualização promissora é a oxigenioterapia hiperbárica, que exerce seus efeitos através da alta concentração de oxigênio dissolvido nos líquidos teciduais, promovendo uma proliferação de fibroblastos, neovascularização, atividade osteoclásticas e osteoblásticas, e ação antimicrobiana potencializada. A cirurgia, por sua vez, é extensa. Preconiza margem de segurança e debridamento de todo tecido necrótico, sendo preferível a realização por via aberta. Conclusão: A mortalidade de 50% mesmo com as medidas adequadas é preocupante, está relacionada principalmente à gravidade das comorbidades de base destes pacientes e à disseminação da infecção, com possível envolvimento do SNC. Isso justifica a importância de um tratamento precoce e de constantes atualizações sobre o tema.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"24 9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130971761","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-23DOI: 10.51161/ii-conamic/6549
Silvia maria dos passos
Introdução: A resistência microbiana nosocomial tem sido uma ameaça crescente para o tratamento efetivo de muitas infecções causadas por microrganismos. A efetividade reduzida de antibacterianos, antiparasitários, antivirais e antifúngicos, vem tornando o tratamento de muitos pacientes de complicada resolução, oneroso ou mesmo impossível, e o impacto da resistência microbiana sobre a saúde humana, os custos para os cuidados de saúde e o impacto social ainda necessitam ser investigados. As infecções por microrganismos resistentes podem ser graves, levando ao aumento da morbidade e mortalidade, aumentando o tempo de internamento hospitalar. Objetivos: O objetivo do artigo foi relatar sobre a resistência microbiana nosocomial assim conscientizar os profissionais da saúde da importância a respeito dos cuidados para evitar a resistência do microrganismo nos pacientes. Materiais e Métodos: A metodologia realizada foi a revisão de artigos presente na bases de dados Scielo, foi utilizado os descritores “Resistencia microbiana AND hospitalar”, os filtros utilizados foram, o país Brasil, o idioma português. Realizou-se a busca nos meses de janeiro a fevereiro de 2022. Foram encontrados 13 artigos sobre o tema, foram escolhidos os três primeiros artigos, pois as publicações eram mais recentes, utilizou-se pesquisas de artigos, manuais e revistas sobre o tema. Resultados: Os resultados corroboram que é necessário que os profissionais de saúde refletirem sobre as graves consequências do uso indiscriminado de antibióticos e da importância da necessidade de se adotar, as medidas de assepsia para o controle de infecção hospitalar o melhor modo de evitar o contágio é a prevenção através do uso de equipamentos de proteção individual, a fim de diminuir a corrente de contágio dos profissionais de saúde. Conclusão: é necessário conscientizar toda a equipe que trabalha no hospital, para que estes adotem as medidas preconizadas para se evitar a resistência microbiana, através de medidas básicas, para o controle das infecções hospitalares e da utilização correta dos medicamentos.
{"title":"RESISTENCIA MICROBIANA HOSPITALAR: REVISÃO DE LITERATURA","authors":"Silvia maria dos passos","doi":"10.51161/ii-conamic/6549","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/6549","url":null,"abstract":"Introdução: A resistência microbiana nosocomial tem sido uma ameaça crescente para o tratamento efetivo de muitas infecções causadas por microrganismos. A efetividade reduzida de antibacterianos, antiparasitários, antivirais e antifúngicos, vem tornando o tratamento de muitos pacientes de complicada resolução, oneroso ou mesmo impossível, e o impacto da resistência microbiana sobre a saúde humana, os custos para os cuidados de saúde e o impacto social ainda necessitam ser investigados. As infecções por microrganismos resistentes podem ser graves, levando ao aumento da morbidade e mortalidade, aumentando o tempo de internamento hospitalar. Objetivos: O objetivo do artigo foi relatar sobre a resistência microbiana nosocomial assim conscientizar os profissionais da saúde da importância a respeito dos cuidados para evitar a resistência do microrganismo nos pacientes. Materiais e Métodos: A metodologia realizada foi a revisão de artigos presente na bases de dados Scielo, foi utilizado os descritores “Resistencia microbiana AND hospitalar”, os filtros utilizados foram, o país Brasil, o idioma português. Realizou-se a busca nos meses de janeiro a fevereiro de 2022. Foram encontrados 13 artigos sobre o tema, foram escolhidos os três primeiros artigos, pois as publicações eram mais recentes, utilizou-se pesquisas de artigos, manuais e revistas sobre o tema. Resultados: Os resultados corroboram que é necessário que os profissionais de saúde refletirem sobre as graves consequências do uso indiscriminado de antibióticos e da importância da necessidade de se adotar, as medidas de assepsia para o controle de infecção hospitalar o melhor modo de evitar o contágio é a prevenção através do uso de equipamentos de proteção individual, a fim de diminuir a corrente de contágio dos profissionais de saúde. Conclusão: é necessário conscientizar toda a equipe que trabalha no hospital, para que estes adotem as medidas preconizadas para se evitar a resistência microbiana, através de medidas básicas, para o controle das infecções hospitalares e da utilização correta dos medicamentos.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"34 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122222815","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Introdução: A microbiota intestinal representa um conjunto de microrganismos que atuam na integridade da barreira celular intestinal, proteção contra patógenos, maturação do sistema imunológico, síntese de vitaminas e a absorção da energia de alimentos que não foram aproveitados pelos ácidos graxos de cadeia curta. Estima-se que a microbiota intestinal tem em sua composição maior quantidade de bactérias, leveduras, arquéias, entre outros, do que células no corpo humano. Este conjunto de seres vivos também demostra uma significante relação com o eixo cérebro-intestino, onde o desequilíbrio da microbiota pode ser fator de risco para processos fisiopatológicos que dão início as desordens neurodegenerativas como a doença de Alzheimer. Objetivo: A intenção deste resumo é informar a relação da microbiota intestinal e a doença de Alzheimer, juntamente com os possíveis acontecimentos devido à disbiose intestinal e apresentar brevemente o motivo da microbiota ser um importante aliado nas pesquisas sobre a da doença. Material e métodos: Foram realizadas pesquisas bibliográficas nas bases de dados PubMed e Google Scholar com artigos científicos nos anos de 2017 e 2019. Os artigos foram escolhidos por contemplar com detalhes ambos os assuntos e fazer uma união dos conhecimentos. Resultados: Através de estudos em animais para obter mais informações sobre o eixo cérebro-microbiota-intestino e sua relação na Doença de Alzheimer, foram feitos com: estudos livre de germes, uso de antibióticos, uso de próbioticos, em infecções bacterianas e no transplante de microbiota fecal. Observou-se alterações na neurogênese, comprometimento no comportamento cognitivo, estímulos neuroinflamatórios e até mesmo que bactérias como Escherichia coli e Staphylococcus aureus podem contribuir para a patogênese da doença de Alzheimer devido as cepas bacterianas que se gerarem amilóides em relevante quantidade, podem formar os oligômeros Aβ. Conclusão: Em razão da doença ter prevalência no envelhecimento, nessa fase a microbiota já está comprometida, o que estimula o sistema imunológico até mesmo a inflamação crônica e o comprometimento da barreira hematoencefálica. Em conexão da idade avançada e a disbiose intestinal, ocorre o aumento da permeabilidade intestinal, deslocamento da microbiota e estímulos de ativação de citocinas pró-inflamtórias, que juntos são fatores de risco significantes para o aparecimento da doença de Alzheimer.
{"title":"MICROBIOTA INTESTINAL E A DOENÇA DE ALZHEIMER","authors":"Victória Regina dos Santos","doi":"10.51161/ii-conamic/20","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/20","url":null,"abstract":"Introdução: A microbiota intestinal representa um conjunto de microrganismos que atuam na integridade da barreira celular intestinal, proteção contra patógenos, maturação do sistema imunológico, síntese de vitaminas e a absorção da energia de alimentos que não foram aproveitados pelos ácidos graxos de cadeia curta. Estima-se que a microbiota intestinal tem em sua composição maior quantidade de bactérias, leveduras, arquéias, entre outros, do que células no corpo humano. Este conjunto de seres vivos também demostra uma significante relação com o eixo cérebro-intestino, onde o desequilíbrio da microbiota pode ser fator de risco para processos fisiopatológicos que dão início as desordens neurodegenerativas como a doença de Alzheimer. Objetivo: A intenção deste resumo é informar a relação da microbiota intestinal e a doença de Alzheimer, juntamente com os possíveis acontecimentos devido à disbiose intestinal e apresentar brevemente o motivo da microbiota ser um importante aliado nas pesquisas sobre a da doença. Material e métodos: Foram realizadas pesquisas bibliográficas nas bases de dados PubMed e Google Scholar com artigos científicos nos anos de 2017 e 2019. Os artigos foram escolhidos por contemplar com detalhes ambos os assuntos e fazer uma união dos conhecimentos. Resultados: Através de estudos em animais para obter mais informações sobre o eixo cérebro-microbiota-intestino e sua relação na Doença de Alzheimer, foram feitos com: estudos livre de germes, uso de antibióticos, uso de próbioticos, em infecções bacterianas e no transplante de microbiota fecal. Observou-se alterações na neurogênese, comprometimento no comportamento cognitivo, estímulos neuroinflamatórios e até mesmo que bactérias como Escherichia coli e Staphylococcus aureus podem contribuir para a patogênese da doença de Alzheimer devido as cepas bacterianas que se gerarem amilóides em relevante quantidade, podem formar os oligômeros Aβ. Conclusão: Em razão da doença ter prevalência no envelhecimento, nessa fase a microbiota já está comprometida, o que estimula o sistema imunológico até mesmo a inflamação crônica e o comprometimento da barreira hematoencefálica. Em conexão da idade avançada e a disbiose intestinal, ocorre o aumento da permeabilidade intestinal, deslocamento da microbiota e estímulos de ativação de citocinas pró-inflamtórias, que juntos são fatores de risco significantes para o aparecimento da doença de Alzheimer.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"3 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"114163820","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Maykon Leal Brandão, Breno Figueiredo Maia, F. Cruz, F. A. M. Costa, Nailla Byatriz Silva de Morais
Introdução: Conhecida popularmente como açafrão-da-terra, a cúrcuma é uma espécie vegetal com gênese no continente asiático. Seu uso não se limita apenas na culinária, sendo utilizada também, há milhares de anos na Índia, como erva medicinal. Diversos trabalhos demonstraram presença de atividades biológicas diversas da cúrcuma e por apresentar atividades bactericidas e antioxidantes, dentre outros, pode ser considerado um vegetal imprescindível na medicina alternativa atual. Com isso, pesquisas desta natureza, não só com a cúrcuma, mas também com outras plantas, são importantes para maximizar as opções terapêuticas, minimizar os efeitos colaterais nas intervenções medicamentosas usualmente utilizadas no tratamento de infecções bacterianas, e ao mesmo tempo, auxiliar no controle do surgimento de super bactérias pelo uso abusivo de antibióticos, com a introdução desse fitoterápico. Objetivo: Diante do crescente desenvolvimento de bactérias resistentes, pelo uso indiscriminado de fármacos bactericidas, faz-se necessário ter como objetivo dessa pesquisa, investigar, estruturar e expor alternativas terapêuticas que driblem a evolução desses micro-organismos, e que tenha como protagonistas as propriedades biológicas desta planta. Material e metodos: A confecção do presente trabalho deu-se através de pesquisas bibliográficas, utilizando os periódicos SciELO, lume UFRGS e Google acadêmico como plataformas de pesquisas. Resultados: Os estudos nos forneceram um aparato de informações relevantes acerca das propriedades desse vegetal. Constatamos, então, que a cúrcuma in natura apresentou atividades antimicrobianas eficazes e capazes de combater infecções, sem que haja um estimulo para o desenvolvimento de super bactérias. Averiguando as tipagens com maior sensibilidade antibacteriana à cúrcuma, nesse estudo, destacaram-se a Salmonella Enteritidis e Enterococcus faecalis. A Salmonella Enteritidis, tem aparecido como destaque epidemiológico dos surtos toxinfectivos alimentares notificados nos últimos anos. Conclusão: Portanto, é imprecíndivel a ampla divulgação desse estudo no âmbito científico, para insentivar novas pesquisas e aplicabilidade das propriedades do açafrão, e clínico, introduzindo essa possibilidade de terapêutica alternativa.
{"title":"AÇAFRÃO COMO ANTIBIÓTICO NATURAL: UMA ALTERNATIVA TERAPÊUTICA PARA O COMBATE À BACTÉRIAS RESISTENTES.","authors":"Maykon Leal Brandão, Breno Figueiredo Maia, F. Cruz, F. A. M. Costa, Nailla Byatriz Silva de Morais","doi":"10.51161/ii-conamic/35","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/35","url":null,"abstract":"Introdução: Conhecida popularmente como açafrão-da-terra, a cúrcuma é uma espécie vegetal com gênese no continente asiático. Seu uso não se limita apenas na culinária, sendo utilizada também, há milhares de anos na Índia, como erva medicinal. Diversos trabalhos demonstraram presença de atividades biológicas diversas da cúrcuma e por apresentar atividades bactericidas e antioxidantes, dentre outros, pode ser considerado um vegetal imprescindível na medicina alternativa atual. Com isso, pesquisas desta natureza, não só com a cúrcuma, mas também com outras plantas, são importantes para maximizar as opções terapêuticas, minimizar os efeitos colaterais nas intervenções medicamentosas usualmente utilizadas no tratamento de infecções bacterianas, e ao mesmo tempo, auxiliar no controle do surgimento de super bactérias pelo uso abusivo de antibióticos, com a introdução desse fitoterápico. Objetivo: Diante do crescente desenvolvimento de bactérias resistentes, pelo uso indiscriminado de fármacos bactericidas, faz-se necessário ter como objetivo dessa pesquisa, investigar, estruturar e expor alternativas terapêuticas que driblem a evolução desses micro-organismos, e que tenha como protagonistas as propriedades biológicas desta planta. Material e metodos: A confecção do presente trabalho deu-se através de pesquisas bibliográficas, utilizando os periódicos SciELO, lume UFRGS e Google acadêmico como plataformas de pesquisas. Resultados: Os estudos nos forneceram um aparato de informações relevantes acerca das propriedades desse vegetal. Constatamos, então, que a cúrcuma in natura apresentou atividades antimicrobianas eficazes e capazes de combater infecções, sem que haja um estimulo para o desenvolvimento de super bactérias. Averiguando as tipagens com maior sensibilidade antibacteriana à cúrcuma, nesse estudo, destacaram-se a Salmonella Enteritidis e Enterococcus faecalis. A Salmonella Enteritidis, tem aparecido como destaque epidemiológico dos surtos toxinfectivos alimentares notificados nos últimos anos. Conclusão: Portanto, é imprecíndivel a ampla divulgação desse estudo no âmbito científico, para insentivar novas pesquisas e aplicabilidade das propriedades do açafrão, e clínico, introduzindo essa possibilidade de terapêutica alternativa.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"127655456","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Sergio Damasceno Pinto, S. Melo, Eveny Perlize Melo Marinho, Marcia Almeida de Araújo Alexandre, Michele de Souza Bastos
Introdução: Pessoas com HIV são propensas a infecções oportunistas por vários patógenos, inclusive vírus. Entre os vírus que podem infectar o sistema nervoso central (SNC), destacam-se os vírus JC(JCPyV) e BK(BKPyV), ambos da família Polyomaviridae. JCPyV é o agente etiológico da leucoencefalopatia multifocal progressiva. BKPyV tem sido associado à cistite hemorrágica e nefropatia pós transplante renal, embora casos de encefalite tenham sido relatados. A terapia antirretroviral (TARV) evoluiu, permitindo que a infecção pelo HIV pudesse ser tratada e eficazmente controlada, induzindo a carga viral plasmática (CVHIV) a níveis indetectáveis. Objetivos: Estudar poliomavírus JCPyV e BKPyV em amostras de líquor de paciente com manifestações neurológicas portadores de HIV. Material e métodos: Este estudo foi realizado na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD). Amostras de líquor de 64 pacientes portadores de HIV com manifestações neurológicas, coletadas entre janeiro de 2018 e dezembro de 2020, foram testadas para JCPyV e BKPyV por RT-PCR em tempo real, além de testes microbiológicos e bioquímicos. Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas da FMT-HVD, sob CAAE:43123315.2.0000.0005. Resultados: JCPyV foi detectado em 6 amostras (9,38% 6/64). Em uma destas amostras, de paciente com transmissão vertical do HIV em uso regular de TARV, foi detectada uma coinfecção BKPyV/JCPyV (CVHIV=88cópias/mL, TCD4+=122células/mm3), vindo a óbito. Outros 3 pacientes com JCPyV detectado vieram a óbito: um em uso regular de TARV (CVHIV não detectada, TCD4+=174células/mm3) e dois virgens de TARV (CVHIV=488cópias/mL, TCD4+=31células/mm3; CVHIV=105003cópias/mL, TCD4+=378células/mm3). Dois pacientes em uso irregular de TARV tiveram alta hospitalar (CVHIV não detectado, TCD4+=115células/mm3; CVHIV=1922cópias/mL e TCD4+=149células/mm3). As manifestações mais frequentes foram rebaixamento do nível de consciência (60%), cefaleia (20%) e crise convulsiva (40%). As dosagens de glicose, proteínas totais e lactato no líquor apresentaram valores médios de 50mg/dL, 45,8mg/dL e 7,45mg/dL, respectivamente. Todos os 6 pacientes tiveram a citometria no líquor com contagem abaixo de 5 células/mm3, 4 deles diagnosticados com neurotoxoplamose e um com tuberculose pulmonar. Conclusão: Devido à gravidade da reativação de poliomavírus JCPyV e BKPyV no SNC, especialmente em pacientes imunocomprometidos, o diagnóstico molecular fornece relevante informação para a tomada de decisão clínica.
{"title":"DETECÃO DE POLIOMAVIRUS HUMANOS JCVYP E BKVYP EM AMOSTRAS DE LÍQUOR DE PACIENTES COM MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS PORTADORES DO VÍRUS HIV","authors":"Sergio Damasceno Pinto, S. Melo, Eveny Perlize Melo Marinho, Marcia Almeida de Araújo Alexandre, Michele de Souza Bastos","doi":"10.51161/ii-conamic/27","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/27","url":null,"abstract":"Introdução: Pessoas com HIV são propensas a infecções oportunistas por vários patógenos, inclusive vírus. Entre os vírus que podem infectar o sistema nervoso central (SNC), destacam-se os vírus JC(JCPyV) e BK(BKPyV), ambos da família Polyomaviridae. JCPyV é o agente etiológico da leucoencefalopatia multifocal progressiva. BKPyV tem sido associado à cistite hemorrágica e nefropatia pós transplante renal, embora casos de encefalite tenham sido relatados. A terapia antirretroviral (TARV) evoluiu, permitindo que a infecção pelo HIV pudesse ser tratada e eficazmente controlada, induzindo a carga viral plasmática (CVHIV) a níveis indetectáveis. Objetivos: Estudar poliomavírus JCPyV e BKPyV em amostras de líquor de paciente com manifestações neurológicas portadores de HIV. Material e métodos: Este estudo foi realizado na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD). Amostras de líquor de 64 pacientes portadores de HIV com manifestações neurológicas, coletadas entre janeiro de 2018 e dezembro de 2020, foram testadas para JCPyV e BKPyV por RT-PCR em tempo real, além de testes microbiológicos e bioquímicos. Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas da FMT-HVD, sob CAAE:43123315.2.0000.0005. Resultados: JCPyV foi detectado em 6 amostras (9,38% 6/64). Em uma destas amostras, de paciente com transmissão vertical do HIV em uso regular de TARV, foi detectada uma coinfecção BKPyV/JCPyV (CVHIV=88cópias/mL, TCD4+=122células/mm3), vindo a óbito. Outros 3 pacientes com JCPyV detectado vieram a óbito: um em uso regular de TARV (CVHIV não detectada, TCD4+=174células/mm3) e dois virgens de TARV (CVHIV=488cópias/mL, TCD4+=31células/mm3; CVHIV=105003cópias/mL, TCD4+=378células/mm3). Dois pacientes em uso irregular de TARV tiveram alta hospitalar (CVHIV não detectado, TCD4+=115células/mm3; CVHIV=1922cópias/mL e TCD4+=149células/mm3). As manifestações mais frequentes foram rebaixamento do nível de consciência (60%), cefaleia (20%) e crise convulsiva (40%). As dosagens de glicose, proteínas totais e lactato no líquor apresentaram valores médios de 50mg/dL, 45,8mg/dL e 7,45mg/dL, respectivamente. Todos os 6 pacientes tiveram a citometria no líquor com contagem abaixo de 5 células/mm3, 4 deles diagnosticados com neurotoxoplamose e um com tuberculose pulmonar. Conclusão: Devido à gravidade da reativação de poliomavírus JCPyV e BKPyV no SNC, especialmente em pacientes imunocomprometidos, o diagnóstico molecular fornece relevante informação para a tomada de decisão clínica.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"69 13","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"113992638","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Diego Oliveira Maia, J. Celestino, Lorena Agra Ramos, E. Lima, Tatiana Paschoalette Rodrigues Bachur
Introdução: A febre de Lassa (FL) é uma infecção hemorrágica causada por um Mammarenavirus – o LASV – vírus de RNA de fita simples da família Arenaviridae. O principal reservatório do LASV é o camundongo Mastomys natalensis, comum no continente africano. A maioria dos casos são assintomáticos, porém a FL pode manifestar-se clinicamente através de febre, mal-estar, tosse, dor no peito, cólicas abdominais, vômitos, diarreia e dor de garganta. Casos graves evoluem com manifestações hemorrágicas e elevada taxa de mortalidade. A transmissão da infecção pode ocorrer por meio do contato com urina, fezes ou saliva do roedor ou mediante contato direto com fluidos corporais de indivíduos infectados ou superfícies contaminadas. Objetivo: Realizar uma levantamento bibliográfico acerca da epidemiologia da febre de Lassa e sua possível capacidade de disseminação global. Métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados MEDLINE e EMBASE, por meio dos descritores “lassa fever” e “epidemiology”, combinados pelo operador booleano AND. A partir de critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos, foram selecionados seis artigos para compor este trabalho. Resultados: A FL se apresenta como uma doença endêmica na África Ocidental, com comportamento sazonal, tendo incremento de casos no início e no final do período chuvoso. O primeiro caso de FL foi relatado na Nigéria na década de 1960 causando, desde então, vários surtos nesse país e em países adjacentes, com taxas de mortalidade de até 50%. Contudo, a infecção já foi descrita fora da área endêmica, tendo sido relatados pelo menos 35 casos exportados para países como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Japão, no período de 1969 a 2020, o que tem sido associado às atividades humanas de comércio e migração. Até o momento, apenas um caso de transmissão autóctone em área indene foi relatado em consequência de casos importados da África Ocidental. Conclusão: A febre de Lassa apresenta-se como uma doença endêmica no continente africano, porém com capacidade disseminativa para outras regiões do globo, o que torna necessário que haja maior vigilância epidemiológica para reconhecimento dos casos, especialmente os assintomáticos, que representam a maioria dos acometidos, visto que a doença pode ser transmitida entre indivíduos infectados.
{"title":"FEBRE DE LASSA: TERIA ESSA DOENÇA POTENCIAL PANDÊMICO?","authors":"Diego Oliveira Maia, J. Celestino, Lorena Agra Ramos, E. Lima, Tatiana Paschoalette Rodrigues Bachur","doi":"10.51161/ii-conamic/16","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/16","url":null,"abstract":"Introdução: A febre de Lassa (FL) é uma infecção hemorrágica causada por um Mammarenavirus – o LASV – vírus de RNA de fita simples da família Arenaviridae. O principal reservatório do LASV é o camundongo Mastomys natalensis, comum no continente africano. A maioria dos casos são assintomáticos, porém a FL pode manifestar-se clinicamente através de febre, mal-estar, tosse, dor no peito, cólicas abdominais, vômitos, diarreia e dor de garganta. Casos graves evoluem com manifestações hemorrágicas e elevada taxa de mortalidade. A transmissão da infecção pode ocorrer por meio do contato com urina, fezes ou saliva do roedor ou mediante contato direto com fluidos corporais de indivíduos infectados ou superfícies contaminadas. Objetivo: Realizar uma levantamento bibliográfico acerca da epidemiologia da febre de Lassa e sua possível capacidade de disseminação global. Métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados MEDLINE e EMBASE, por meio dos descritores “lassa fever” e “epidemiology”, combinados pelo operador booleano AND. A partir de critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos, foram selecionados seis artigos para compor este trabalho. Resultados: A FL se apresenta como uma doença endêmica na África Ocidental, com comportamento sazonal, tendo incremento de casos no início e no final do período chuvoso. O primeiro caso de FL foi relatado na Nigéria na década de 1960 causando, desde então, vários surtos nesse país e em países adjacentes, com taxas de mortalidade de até 50%. Contudo, a infecção já foi descrita fora da área endêmica, tendo sido relatados pelo menos 35 casos exportados para países como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Japão, no período de 1969 a 2020, o que tem sido associado às atividades humanas de comércio e migração. Até o momento, apenas um caso de transmissão autóctone em área indene foi relatado em consequência de casos importados da África Ocidental. Conclusão: A febre de Lassa apresenta-se como uma doença endêmica no continente africano, porém com capacidade disseminativa para outras regiões do globo, o que torna necessário que haja maior vigilância epidemiológica para reconhecimento dos casos, especialmente os assintomáticos, que representam a maioria dos acometidos, visto que a doença pode ser transmitida entre indivíduos infectados.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123081994","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Janyara Anny Azevedo de Andrade, Jacyara Abeacy Azevedo DE Andrade, Filipe De Almeida Agra Omena, Jéssika Natana Valeriano Andrade DE Oliveira, Ricardo Mazilão Silva
Introdução: A Punica granatum Linnaeus (romã), dentre as mais variadas finalidades do emprego de preparos derivados da mesma, tem como destaque o frequente uso no combate a Infecção do Trato Urinário (ITU). A ITU se determina pela existência de microrganismos na urina, as infecções bacterianas são mais frequentes, acometendo uma significante parcela da população, principalmente, feminina. Objetivos: Realizar uma revisão integrativa da literatura sobre a ação da Punica granatum Linnaeus (romã) no tratamento da infecção urinária feminina causada pela bactéria Escherichia coli. Material e métodos: A pergunta norteadora definida foi: “De que forma a Punica granatum Linnaeus pode agir no tratamento da infecção urinária feminina contra a Escherichia coli?”. Foi realizada uma busca da literatura através das principais bases de dados eletrônicas: ScienceDirect; LILACS, uma biblioteca eletrônica: SciELO, usando os termos (MeSH): “Urinary Infection e Pomegranate”. Os artigos foram avaliados quanto aos critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos. Resultados: A partir dessa estratégia de busca, 6 (seis) artigos científicos foram selecionados. As infecções do trato urinário constituem-se pela resposta do organismo a uma invasão bacteriana, e estima-se que 95% dos casos são causadas por bactérias Gram-negativas, sendo a Escherichia coli a mais comum. Diante disso, 60% da população feminina têm ao menos um episódio de ITU ao longo da vida. Assim, o Brasil possui uma variedade muito extensa de fitoterápicos que são comumente usados para extinguir diversos problemas de saúde de origem bacteriana e parasitária, infecções e viroses em geral. É imprescindível, pois, que a Punica granatum Linnaeus é uma planta com várias ações terapêuticas, principalmente com atividade antimicrobiana e potencialidade para combater doenças a partir dos extratos utilizados sobre as linhagens de Escherichia coli, ressaltando caso as pacientes apresentem resistência bacteriana às medicações usuais. Conclusão: Com os dados analisados, a revisão respondeu à pergunta norteadora, mas, infelizmente, a literatura escasseia de pesquisas sobre o extrato da Punica granatum Linnaeus, a fim de obter um método terapêutico alternativo, seguro, menos dispendiosa e que também atue reduzindo a ITU, visto que, estudos prévios revelaram que fitocompostos da casca do fruto induzem o aumento da liberação de IL-10, promovendo, assim, uma resposta anti-inflamatória.
{"title":"ANÁLISE DA EFICÁCIA DA PUNICA GRANATUM LINNAEUS CONTRA ESCHERICHIA COLI","authors":"Janyara Anny Azevedo de Andrade, Jacyara Abeacy Azevedo DE Andrade, Filipe De Almeida Agra Omena, Jéssika Natana Valeriano Andrade DE Oliveira, Ricardo Mazilão Silva","doi":"10.51161/ii-conamic/29","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/29","url":null,"abstract":"Introdução: A Punica granatum Linnaeus (romã), dentre as mais variadas finalidades do emprego de preparos derivados da mesma, tem como destaque o frequente uso no combate a Infecção do Trato Urinário (ITU). A ITU se determina pela existência de microrganismos na urina, as infecções bacterianas são mais frequentes, acometendo uma significante parcela da população, principalmente, feminina. Objetivos: Realizar uma revisão integrativa da literatura sobre a ação da Punica granatum Linnaeus (romã) no tratamento da infecção urinária feminina causada pela bactéria Escherichia coli. Material e métodos: A pergunta norteadora definida foi: “De que forma a Punica granatum Linnaeus pode agir no tratamento da infecção urinária feminina contra a Escherichia coli?”. Foi realizada uma busca da literatura através das principais bases de dados eletrônicas: ScienceDirect; LILACS, uma biblioteca eletrônica: SciELO, usando os termos (MeSH): “Urinary Infection e Pomegranate”. Os artigos foram avaliados quanto aos critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos. Resultados: A partir dessa estratégia de busca, 6 (seis) artigos científicos foram selecionados. As infecções do trato urinário constituem-se pela resposta do organismo a uma invasão bacteriana, e estima-se que 95% dos casos são causadas por bactérias Gram-negativas, sendo a Escherichia coli a mais comum. Diante disso, 60% da população feminina têm ao menos um episódio de ITU ao longo da vida. Assim, o Brasil possui uma variedade muito extensa de fitoterápicos que são comumente usados para extinguir diversos problemas de saúde de origem bacteriana e parasitária, infecções e viroses em geral. É imprescindível, pois, que a Punica granatum Linnaeus é uma planta com várias ações terapêuticas, principalmente com atividade antimicrobiana e potencialidade para combater doenças a partir dos extratos utilizados sobre as linhagens de Escherichia coli, ressaltando caso as pacientes apresentem resistência bacteriana às medicações usuais. Conclusão: Com os dados analisados, a revisão respondeu à pergunta norteadora, mas, infelizmente, a literatura escasseia de pesquisas sobre o extrato da Punica granatum Linnaeus, a fim de obter um método terapêutico alternativo, seguro, menos dispendiosa e que também atue reduzindo a ITU, visto que, estudos prévios revelaram que fitocompostos da casca do fruto induzem o aumento da liberação de IL-10, promovendo, assim, uma resposta anti-inflamatória.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"60 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123236855","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ingrid Jordana Bernardes Ferreira, G. S. M. E. E. A. Ribeiro
Introdução: A resistência bacteriana é um problema de saúde pública global persistente, seja pelos altos índices de mortalidade que geram ou pelos danos econômicos, principalmente quando é associada à Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (IRAS). Os dados sobre IRAS e cepas multirresistentes (MDRs) passaram a ser mais mapeados e documentados. No entanto, essas estratégias não são executadas de maneira holística, visto que muitos hospitais apresentam dificuldades para implementação. Objetivos: Demonstrar as evidências cientificas acerca do impacto de programas que visam a mitigação de IRAS e MDR bacteriana sobre os prejuízos associados à saúde e econômicos. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, seguindo os critérios propostos pelo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), a partir de publicações científicas encontradas nas bases de dados Science Direct e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS/MEDLINE). Resultados: O estudo contou com uma amostra de 14 artigos. A ocorrência de resistência bacteriana ou de IRAS com aumento da mortalidade e morbidade foi citada em 71% (10/14) dos estudos, já relacionada aos custos econômicos a frequência foi de 64% (9/14). E 43% ressaltaram o aumento de prejuízos à saúde e econômicos concomitantemente. As bactérias gram-negativas multirresistentes 28% (4/14) foram as mais citadas com destaque para o Acinetobacter baumannii. Após a implementação de estratégias como uso racional de antimicrobianos, realização de culturas de vigilância, estudos sobre o perfil epidemiológico local de surtos causados por bactérias resistentes aos antimicrobianos, observou-se diversos benefícios, como a mitigação da incidência de bactérias multirresistentes 50% (7/14) e do tempo de internação dos pacientes 21% (3/14). Conclusão: Dessa maneira, é crucial apresentar as estratégias eficientes e mitigar os entraves relacionados aos programas de controle dessas problemáticas. Os prejuízos associados a IRAS e MDR, traz à tona a importância dos programas e estratégias desenvolvidas para evitar e mitigar esse quadro, ressaltando a necessidade de adequar essas ações considerando as boas práticas assistenciais e os conceitos de saúde única.
{"title":"RESULTADO DOS PROGRAMAS DE CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE E RESISTÊNCIA BACTERIANA.","authors":"Ingrid Jordana Bernardes Ferreira, G. S. M. E. E. A. Ribeiro","doi":"10.51161/ii-conamic/40","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/40","url":null,"abstract":"Introdução: A resistência bacteriana é um problema de saúde pública global persistente, seja pelos altos índices de mortalidade que geram ou pelos danos econômicos, principalmente quando é associada à Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (IRAS). Os dados sobre IRAS e cepas multirresistentes (MDRs) passaram a ser mais mapeados e documentados. No entanto, essas estratégias não são executadas de maneira holística, visto que muitos hospitais apresentam dificuldades para implementação. Objetivos: Demonstrar as evidências cientificas acerca do impacto de programas que visam a mitigação de IRAS e MDR bacteriana sobre os prejuízos associados à saúde e econômicos. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, seguindo os critérios propostos pelo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), a partir de publicações científicas encontradas nas bases de dados Science Direct e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS/MEDLINE). Resultados: O estudo contou com uma amostra de 14 artigos. A ocorrência de resistência bacteriana ou de IRAS com aumento da mortalidade e morbidade foi citada em 71% (10/14) dos estudos, já relacionada aos custos econômicos a frequência foi de 64% (9/14). E 43% ressaltaram o aumento de prejuízos à saúde e econômicos concomitantemente. As bactérias gram-negativas multirresistentes 28% (4/14) foram as mais citadas com destaque para o Acinetobacter baumannii. Após a implementação de estratégias como uso racional de antimicrobianos, realização de culturas de vigilância, estudos sobre o perfil epidemiológico local de surtos causados por bactérias resistentes aos antimicrobianos, observou-se diversos benefícios, como a mitigação da incidência de bactérias multirresistentes 50% (7/14) e do tempo de internação dos pacientes 21% (3/14). Conclusão: Dessa maneira, é crucial apresentar as estratégias eficientes e mitigar os entraves relacionados aos programas de controle dessas problemáticas. Os prejuízos associados a IRAS e MDR, traz à tona a importância dos programas e estratégias desenvolvidas para evitar e mitigar esse quadro, ressaltando a necessidade de adequar essas ações considerando as boas práticas assistenciais e os conceitos de saúde única.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"123366880","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-04-23DOI: 10.51161/ii-conamic/5437
Natália Chilinque Zambão da Silva, Maria Eduarda Moret
Introdução: As infecções causadas por leveduras do gênero Candida spp. apresentam grande relevância para saúde pública, visto que estão relacionadas a grande mortalidade. A taxa de mortalidade de infecções por Candida variam de 10 a 47%. Ademais, é sabido que pacientes que apresentam formas graves de Covid-19 têm maior risco de desenvolver candidemia. A infecção por SARS-CoV-2 é acompanhada de intensa cascata inflamatória e imunossupressão secundária ao uso de corticosteroides. Objetivo: Comparar as características epidemiológicas e microbiológicas das infecções de corrente sanguínea por espécies de Candida sp. pré e pós pandemia de Covid-19 em idosos e muito idosos. Metodologia: Estudo retrospectivo observacional conduzido de agosto a novembro de 2021 em um hospital quaternário de ensino no Rio de Janeiro. A coleta de dados foi realizada mediante revisão de laudos microbiológicos diários, prontuários e armazenados em planilha Excel. Foram excluídos pacientes sem dados completos para análise, pacientes menores de 18 anos e resultados de culturas que não correspondiam a candidemia. Resultados: Durante o período do estudo foram detectadas 48 candidemias, dessas 60,42% corresponderam a eventos em pacientes idosos e/ou muito idosos. A mediana de idade foi de 74 anos. A principal espécie identificada em pacientes pré-pandemia foi Candida albicans, enquanto na pós-pandemia foi Candida tropicalis. Os resultados foram condizentes com a literatura que mostram um aumento na incidência de espécies não albicans na era pós Covid-19. Conclusão: Devido à grande incidência de candidemia em pacientes idosos e sua alta mortalidade é mandatório instituir medidas que auxiliem na prevenção e controle dessa infecção, especialmente no período pandêmico.
{"title":"CANDIDEMIA EM PACIENTES IDOSOS E MUITO IDOSOS: COMPARAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA PRÉ E PÓS-PANDEMIA DA SARS-COV-2","authors":"Natália Chilinque Zambão da Silva, Maria Eduarda Moret","doi":"10.51161/ii-conamic/5437","DOIUrl":"https://doi.org/10.51161/ii-conamic/5437","url":null,"abstract":"Introdução: As infecções causadas por leveduras do gênero Candida spp. apresentam grande relevância para saúde pública, visto que estão relacionadas a grande mortalidade. A taxa de mortalidade de infecções por Candida variam de 10 a 47%. Ademais, é sabido que pacientes que apresentam formas graves de Covid-19 têm maior risco de desenvolver candidemia. A infecção por SARS-CoV-2 é acompanhada de intensa cascata inflamatória e imunossupressão secundária ao uso de corticosteroides. Objetivo: Comparar as características epidemiológicas e microbiológicas das infecções de corrente sanguínea por espécies de Candida sp. pré e pós pandemia de Covid-19 em idosos e muito idosos. Metodologia: Estudo retrospectivo observacional conduzido de agosto a novembro de 2021 em um hospital quaternário de ensino no Rio de Janeiro. A coleta de dados foi realizada mediante revisão de laudos microbiológicos diários, prontuários e armazenados em planilha Excel. Foram excluídos pacientes sem dados completos para análise, pacientes menores de 18 anos e resultados de culturas que não correspondiam a candidemia. Resultados: Durante o período do estudo foram detectadas 48 candidemias, dessas 60,42% corresponderam a eventos em pacientes idosos e/ou muito idosos. A mediana de idade foi de 74 anos. A principal espécie identificada em pacientes pré-pandemia foi Candida albicans, enquanto na pós-pandemia foi Candida tropicalis. Os resultados foram condizentes com a literatura que mostram um aumento na incidência de espécies não albicans na era pós Covid-19. Conclusão: Devido à grande incidência de candidemia em pacientes idosos e sua alta mortalidade é mandatório instituir medidas que auxiliem na prevenção e controle dessa infecção, especialmente no período pandêmico.","PeriodicalId":128123,"journal":{"name":"Anais do II Congresso Nacional de Microbiologia Clínica On-line","volume":"115 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-04-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132185542","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}