Pub Date : 2023-09-22DOI: 10.30554/lumina.v24.n1.4944.2023
Gloria Clemencia Amaya Castaño
El trabajo científico se ha visto debatido a lo largo de su historia. Teorías y paradigmas se han rechazado cuando llega una revolución de ideas nuevas postulando un punto de partida para el pensamiento científico. Los desafíos ahora más tecnológicos que científicos, impactan la realidad biofísica y social global. Detrás de este conglomerado se encuentra a su interior individuos trabajando arduamente intentando dar un paso adelante, inmersos en laberintos de ideas y en sueños que se quisieran, fueran reveladores. En ese campo íntimo de conversación y discusiones internas, es donde ocurre el perfeccionamiento del individuo, allí se debaten las posibilidades de lo que puede llegar a ser una nueva creación, de cómo llevarse a cabo, y de cuáles son las opciones o los caminos para poder dar solución a un cuestionamiento determinado. Es decir, el investigador se encuentra dando lugar y forma a la ciencia y la tecnología, dentro de un lugar que pueda estar al servicio de la sociedad, considerando al conocimiento como un bien común. Aquí los valores en los que se soporta el investigador se convierten en el hilo sutil que teje las bases de una pregunta; son parte de las razones para elegir, además, los soportes particulares teóricos y
metodológicos que se observan de forma prospectiva, hacia la utilidad o sentido dentro de un contexto específico.
{"title":"La ética individual y colectiva para la democratización del conocimiento y la justicia social","authors":"Gloria Clemencia Amaya Castaño","doi":"10.30554/lumina.v24.n1.4944.2023","DOIUrl":"https://doi.org/10.30554/lumina.v24.n1.4944.2023","url":null,"abstract":"
 El trabajo científico se ha visto debatido a lo largo de su historia. Teorías y paradigmas se han rechazado cuando llega una revolución de ideas nuevas postulando un punto de partida para el pensamiento científico. Los desafíos ahora más tecnológicos que científicos, impactan la realidad biofísica y social global. Detrás de este conglomerado se encuentra a su interior individuos trabajando arduamente intentando dar un paso adelante, inmersos en laberintos de ideas y en sueños que se quisieran, fueran reveladores. En ese campo íntimo de conversación y discusiones internas, es donde ocurre el perfeccionamiento del individuo, allí se debaten las posibilidades de lo que puede llegar a ser una nueva creación, de cómo llevarse a cabo, y de cuáles son las opciones o los caminos para poder dar solución a un cuestionamiento determinado. Es decir, el investigador se encuentra dando lugar y forma a la ciencia y la tecnología, dentro de un lugar que pueda estar al servicio de la sociedad, considerando al conocimiento como un bien común. Aquí los valores en los que se soporta el investigador se convierten en el hilo sutil que teje las bases de una pregunta; son parte de las razones para elegir, además, los soportes particulares teóricos y
 metodológicos que se observan de forma prospectiva, hacia la utilidad o sentido dentro de un contexto específico.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"62 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136061822","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2022.v16.38245
Luís Mauro Sá Martino
Publicado originalmente em 1960, Theory of Film, de Siegfried Kracauer, é um trabalho reconhecido dentre as teorias do cinema, tendo atraído, desde seu lançamento, tanto elogios quanto críticas dentro desse campo específico. Mas até que ponto seria possível situá-lo no âmbito das Teorias da Comunicação? Quais seriam, se há alguma, suas contribuições para a compreensão dos processos midiáticos? Este artigo propõe uma leitura de Theory of Film focada nas possibilidades de desenvolver suas proposições sobre o filme como contribuições para uma teoria da mídia. Não se trata de entender o livro como uma tentativa de criar uma “teoria dos meios”, mas fazer algumas aproximações iniciais da obra com algumas das concepções lidas sob essa rubrica nos estudos de Comunicação. Para tanto, são destacados três aspectos da obra: (1) suas concepções de “teoria” e “meio” como categorias interpretativas a partir das quais se pode situar a noção de “mídia”; (2) a aproximação dessa concepção, nas Teorias da Comunicação, com alguns aspectos da Teoria do Meio e (3) a preocupação do autor em estabelecer uma relação entre o meio e a realidade por ele capturada e “redimida”. Esses pontos são discutidos sobre o pano de fundo de algumas das discussões contemporâneas sobre Teoria da Comunicação.
齐格弗里德·克劳考尔(Siegfried Kracauer)的《电影理论》(Theory of Film)最初出版于1960年,是公认的电影理论著作,自发行以来,在这一特定领域吸引了好评和批评。但它能在多大程度上被置于传播理论的范围内呢?如果有的话,你对理解媒体过程的贡献是什么?这篇文章提出了对电影理论的阅读,重点是发展他们关于电影的主张的可能性,作为对媒体理论的贡献。这并不是要把这本书理解为试图创造一种“媒介理论”,而是要用传播学中在这一标题下阅读的一些概念对这本书进行一些初步的近似。为此,本文强调了作品的三个方面:(1)他的“理论”和“媒介”概念作为解释范畴,“媒介”的概念可以从中定位;(2)他的“媒介”概念可以从“理论”和“媒介”的概念中定位(2)传播理论中这一概念与媒介理论的某些方面的近似;(3)作者关注建立媒介与他所捕捉和“救赎”的现实之间的关系。这些观点是在当代一些关于传播理论的讨论的背景下讨论的。
{"title":"Possibilidades e limites das contribuições de Siegfried Kracauer ao estudo da mídia: uma leitura de Theory of Film (1960)","authors":"Luís Mauro Sá Martino","doi":"10.34019/1981-4070.2022.v16.38245","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2022.v16.38245","url":null,"abstract":"Publicado originalmente em 1960, Theory of Film, de Siegfried Kracauer, é um trabalho reconhecido dentre as teorias do cinema, tendo atraído, desde seu lançamento, tanto elogios quanto críticas dentro desse campo específico. Mas até que ponto seria possível situá-lo no âmbito das Teorias da Comunicação? Quais seriam, se há alguma, suas contribuições para a compreensão dos processos midiáticos? Este artigo propõe uma leitura de Theory of Film focada nas possibilidades de desenvolver suas proposições sobre o filme como contribuições para uma teoria da mídia. Não se trata de entender o livro como uma tentativa de criar uma “teoria dos meios”, mas fazer algumas aproximações iniciais da obra com algumas das concepções lidas sob essa rubrica nos estudos de Comunicação. Para tanto, são destacados três aspectos da obra: (1) suas concepções de “teoria” e “meio” como categorias interpretativas a partir das quais se pode situar a noção de “mídia”; (2) a aproximação dessa concepção, nas Teorias da Comunicação, com alguns aspectos da Teoria do Meio e (3) a preocupação do autor em estabelecer uma relação entre o meio e a realidade por ele capturada e “redimida”. Esses pontos são discutidos sobre o pano de fundo de algumas das discussões contemporâneas sobre Teoria da Comunicação.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"46 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74674515","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2022.v16.34648
Anelise Angeli De Carli
Lançado no final de 2019, nas vésperas da pandemia da Covid-19 e da consequente pulverização de discussões sobre a convivialidade digital, a coletânea de ensaios Ver segundo o quadro, ver segundo as telas é o primeiro livro no Brasil do filósofo italiano radicado na França Mauro Carbone. Reunindo quatro textos dos últimos anos de seu trabalho, nele, o autor, de forte acento transdisciplinar, promove conversações entre teóricos do cinema, teóricos da imagem e teóricos da mídia e apresenta reflexões que colocam o fenômeno das telas como central para a filosofia contemporânea da comunicação. Partindo de uma leitura contemporânea de Merleau-Ponty, Carbone adiciona historicidade ao processo da percepção indicando que os modos de ver e de se fazer visível são mediados e condicionados pelos meios de comunicação [media] de cada período histórico. O filósofo aponta que é a tela o dispositivo visual de referência da nossa época e que, com a ajuda do cinema, podemos compreendê-la não como uma janela que tudo mostra, mas algo “[...] cuja opacidade, em vez de esconder, nos permite ver”. O livro, desafiador e ao mesmo tempo acessível, propõe conceitos como os da “arquitela” [archi-écran] e da “filosofia-cinema” [philosophie-écrans] e noções como a da precessão recíproca entre a visão e o visível.
2019年底,在2019冠状病毒病(Covid-19)大流行前夕,以及随之而来的关于数字用户友好性的讨论爆发之际,《看第二幅画,看第二幅画布》(Ver segundo o quadro, Ver segundo as telas)是驻法国的意大利哲学家毛罗·卡波尼(Mauro Carbone)在巴西的第一本书。作者汇集了他最后几年工作的四篇文本,具有强烈的跨学科重点,促进了电影理论家、图像理论家和媒体理论家之间的对话,并提出了将屏幕现象作为当代传播哲学中心的思考。从当代对梅洛-庞蒂的解读出发,卡波在感知过程中增加了历史性,指出观察和可见的方式是由每个历史时期的媒体中介和制约的。这位哲学家指出,屏幕是我们这个时代的视觉参考设备,在电影的帮助下,我们可以理解它,不是一个显示一切的窗口,而是“……它的不透明,而不是隐藏,让我们看到。”这本书既具有挑战性又易于理解,提出了“建筑师”(archi- ecran)和“哲学电影”(philosophie- ecrres)等概念,以及视觉和可见事物之间的相互进动等概念。
{"title":"Pensar com as telas: resenha crítica de Ver segundo o quadro, ver segundo as telas de Mauro Carbone","authors":"Anelise Angeli De Carli","doi":"10.34019/1981-4070.2022.v16.34648","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2022.v16.34648","url":null,"abstract":"Lançado no final de 2019, nas vésperas da pandemia da Covid-19 e da consequente pulverização de discussões sobre a convivialidade digital, a coletânea de ensaios Ver segundo o quadro, ver segundo as telas é o primeiro livro no Brasil do filósofo italiano radicado na França Mauro Carbone. Reunindo quatro textos dos últimos anos de seu trabalho, nele, o autor, de forte acento transdisciplinar, promove conversações entre teóricos do cinema, teóricos da imagem e teóricos da mídia e apresenta reflexões que colocam o fenômeno das telas como central para a filosofia contemporânea da comunicação. Partindo de uma leitura contemporânea de Merleau-Ponty, Carbone adiciona historicidade ao processo da percepção indicando que os modos de ver e de se fazer visível são mediados e condicionados pelos meios de comunicação [media] de cada período histórico. O filósofo aponta que é a tela o dispositivo visual de referência da nossa época e que, com a ajuda do cinema, podemos compreendê-la não como uma janela que tudo mostra, mas algo “[...] cuja opacidade, em vez de esconder, nos permite ver”. O livro, desafiador e ao mesmo tempo acessível, propõe conceitos como os da “arquitela” [archi-écran] e da “filosofia-cinema” [philosophie-écrans] e noções como a da precessão recíproca entre a visão e o visível.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"3 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73240224","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2022.v16.38855
Ana Silvia Lopes Davi Médola, Monielly Barbosa do Carmo
O presente trabalho tem como objeto de investigação as estratégias enunciativas utilizadas na exibição do Jornal Nacional por meio da plataforma de streaming e vídeos Globoplay. Com o desenvolvimento e a popularização da internet, o telejornalismo passou a poder ser visto de diversas formas, dentre elas, via plataformas de streaming, que são acessadas por outros dispositivos, além do meio televisivo, tais como os desktops. Partindo-se do princípio que o telejornalismo é resultante da lógica da programação televisiva e da articulação de dispositivos expressivos próprios desse meio, busca-se compreender como esse gênero tem se adaptado nesse ecossistema midiático. O Jornal Nacional no Globoplay foi tomado como objeto de investigação, tendo em vista seus históricos índices de audiência e prestígio na grade televisiva aberta nacional. O propósito é analisar de que modo as estratégias discursivas garantem efeitos de sentido de atualidade, de simultaneidade, de imediatismo, de verdade e de objetividade próprias do discurso telejornalístico também fora do meio televisivo. A partir dos referenciais teórico e metodológico da semiótica discursiva de linha francesa a análise concentrou-se nas estratégias enunciativas das projeções temporais instauradas na interface “Agora na TV” acessada via desktop durante a exibição do Jornal Nacional, tendo em vista que, pela necessidade de atualidade noticiosa, esse gênero está estreitamente atrelado à questão do tempo.
{"title":"Jornal Nacional e as estratégias enunciativas da transmissão televisiva pelo Globoplay","authors":"Ana Silvia Lopes Davi Médola, Monielly Barbosa do Carmo","doi":"10.34019/1981-4070.2022.v16.38855","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2022.v16.38855","url":null,"abstract":"O presente trabalho tem como objeto de investigação as estratégias enunciativas utilizadas na exibição do Jornal Nacional por meio da plataforma de streaming e vídeos Globoplay. Com o desenvolvimento e a popularização da internet, o telejornalismo passou a poder ser visto de diversas formas, dentre elas, via plataformas de streaming, que são acessadas por outros dispositivos, além do meio televisivo, tais como os desktops. Partindo-se do princípio que o telejornalismo é resultante da lógica da programação televisiva e da articulação de dispositivos expressivos próprios desse meio, busca-se compreender como esse gênero tem se adaptado nesse ecossistema midiático. O Jornal Nacional no Globoplay foi tomado como objeto de investigação, tendo em vista seus históricos índices de audiência e prestígio na grade televisiva aberta nacional. O propósito é analisar de que modo as estratégias discursivas garantem efeitos de sentido de atualidade, de simultaneidade, de imediatismo, de verdade e de objetividade próprias do discurso telejornalístico também fora do meio televisivo. A partir dos referenciais teórico e metodológico da semiótica discursiva de linha francesa a análise concentrou-se nas estratégias enunciativas das projeções temporais instauradas na interface “Agora na TV” acessada via desktop durante a exibição do Jornal Nacional, tendo em vista que, pela necessidade de atualidade noticiosa, esse gênero está estreitamente atrelado à questão do tempo.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90853505","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2022.v16.33512
Carla Montuori Fernandes
Este artigo tem por objetivo analisar as narrativas, que circularam no perfil do Twitter do presidente Jair Bolsonaro (PL), descredibilizando as principais orientações para prevenção, riscos de contaminação e disseminação durante a pandemia da Covid-19 no Brasil. O estudo parte do argumento hipotético que a narrativa se estruturou na lógica do populismo em oposição à ciência, que, com a expansão das redes sociais, oferece um ambiente propício para as rupturas institucionais, sobretudo quando são cooptadas por grupos políticos. No populismo anticiência, o binarismo tradicional se desloca das elites políticas e se concentra nas elites científicas, retratando-as como antagonistas das pessoas comuns. Essas elites acadêmicas são um subconjunto de uma elite geral — aqueles que têm autoridade epistêmica e podem tomar decisões relacionadas à ciência, ou seja, organizações como universidades ou institutos de pesquisa, bem como estudiosos individuais e especialistas. A pesquisa oferece um olhar para a narrativa governamental, constituída em torno da pandemia, a partir da análise das publicações de Bolsonaro no Twitter, empregando como método a Análise de Conteúdo Automatizada.
{"title":"A pandemia do Coronavírus: narrativas presidenciais e negacionismo científico","authors":"Carla Montuori Fernandes","doi":"10.34019/1981-4070.2022.v16.33512","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2022.v16.33512","url":null,"abstract":"Este artigo tem por objetivo analisar as narrativas, que circularam no perfil do Twitter do presidente Jair Bolsonaro (PL), descredibilizando as principais orientações para prevenção, riscos de contaminação e disseminação durante a pandemia da Covid-19 no Brasil. O estudo parte do argumento hipotético que a narrativa se estruturou na lógica do populismo em oposição à ciência, que, com a expansão das redes sociais, oferece um ambiente propício para as rupturas institucionais, sobretudo quando são cooptadas por grupos políticos. No populismo anticiência, o binarismo tradicional se desloca das elites políticas e se concentra nas elites científicas, retratando-as como antagonistas das pessoas comuns. Essas elites acadêmicas são um subconjunto de uma elite geral — aqueles que têm autoridade epistêmica e podem tomar decisões relacionadas à ciência, ou seja, organizações como universidades ou institutos de pesquisa, bem como estudiosos individuais e especialistas. A pesquisa oferece um olhar para a narrativa governamental, constituída em torno da pandemia, a partir da análise das publicações de Bolsonaro no Twitter, empregando como método a Análise de Conteúdo Automatizada.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"44 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85741354","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2022.v16.38614
Arthur Freire Simões Pires
Este artigo, sob tom ensaístico, estabelece uma discussão a partir dos conceitos de fake news e teorias da conspiração, leia-se a ornamentação contemporânea da mentira política, face ao absurdismo camusiano. O empreendimento teórico é lastreado em uma epistemologia dialógica com o intuito de estender a discussão, que está, em maioria, no efeito destes artifícios, para como os procedimentos de como a corrupção da factibilidade operam no plano da consciência. De antemão, considera-se que tanto as notícias falsas quanto as narrativas conspiratórias constituem lugar comum na mácula do campo comunicacional. Considerando as propriedades religiosas e ideológicas as quais fundamentam a morfologia atual da mentira, foi constatado que sua agência reside no eclipse ao absurdo, como maneira de fazer tábula rasa da consciência humana. A origem deste modus operandi é o fato de que os ideais são erigidos sob nome de uma utopia construída em nome de um homem que jamais existiu. Assim sendo, neste vácuo, o arrivismo emerge como método e, portanto, tudo se justifica sobre valores insustentáveis. Incute-se o defensivismo para expurgo de qualquer oposição à unidade e ao sentido artificiais provenientes da também artificial clareza da existência. Mente-se em nome do êxito da subversão, em nome do processo de destruição. A condição humana é ocultada de seus interlocutores — que possuem alguma predisposição, pois são um demográfico selecionado —, e com ela, o potencial do despertar para esta que é uma peste coletiva dos tempos atuais.
{"title":"Notícias falsas e teorias da conspiração face ao absurdo","authors":"Arthur Freire Simões Pires","doi":"10.34019/1981-4070.2022.v16.38614","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2022.v16.38614","url":null,"abstract":"Este artigo, sob tom ensaístico, estabelece uma discussão a partir dos conceitos de fake news e teorias da conspiração, leia-se a ornamentação contemporânea da mentira política, face ao absurdismo camusiano. O empreendimento teórico é lastreado em uma epistemologia dialógica com o intuito de estender a discussão, que está, em maioria, no efeito destes artifícios, para como os procedimentos de como a corrupção da factibilidade operam no plano da consciência. De antemão, considera-se que tanto as notícias falsas quanto as narrativas conspiratórias constituem lugar comum na mácula do campo comunicacional. Considerando as propriedades religiosas e ideológicas as quais fundamentam a morfologia atual da mentira, foi constatado que sua agência reside no eclipse ao absurdo, como maneira de fazer tábula rasa da consciência humana. A origem deste modus operandi é o fato de que os ideais são erigidos sob nome de uma utopia construída em nome de um homem que jamais existiu. Assim sendo, neste vácuo, o arrivismo emerge como método e, portanto, tudo se justifica sobre valores insustentáveis. Incute-se o defensivismo para expurgo de qualquer oposição à unidade e ao sentido artificiais provenientes da também artificial clareza da existência. Mente-se em nome do êxito da subversão, em nome do processo de destruição. A condição humana é ocultada de seus interlocutores — que possuem alguma predisposição, pois são um demográfico selecionado —, e com ela, o potencial do despertar para esta que é uma peste coletiva dos tempos atuais.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"52 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84958214","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2022.v16.39039
A. Santos
Com a finalidade de problematizar narrativas acríticas que creditam a ascensão do bolsonarismo ao poder como um efeito de discursos espontâneos e estrategicamente desarticulados, refletimos sobre a importância da mobilização afetiva pela manutenção das hierarquias de gênero e sexualidade para o fortalecimento desse movimento político. Nesse contexto, o trabalho examina alguns dos processos comunicacionais por meio dos quais políticas sexuais endossadas pelos governos petistas (2003-2016) foram estigmatizadas como ameaças ideológicas orquestradas por anormalidades perversas e degeneradas. O objetivo é investigar a publicação, feita por Jair Bolsonaro, de conteúdos digitais que normatizam a heterossexualidade como uma dimensão natural e constitutiva da existência humana para a midiatização do pânico sexual na cultura brasileira contemporânea. Por meio da análise histórico-processual de 12 postagens compartilhadas na página do então deputado federal no Facebook, foi observado que as formas de subjetivação que alimentam o fenômeno aqui investigado são estabelecidas por meio de três eixos discursivos: 1) os interesses perversos petistas na desconstrução da heteronormatividade; 2) os perigos da inclusão da ideologia de gênero nas escolas públicas do ensino básico; 3) a iminente ameaça pedófila encarnada pelo monstro moral contemporâneo.
{"title":"Reflexões sobre a importância do pânico sexual para a ascensão do bolsonarismo ao poder","authors":"A. Santos","doi":"10.34019/1981-4070.2022.v16.39039","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2022.v16.39039","url":null,"abstract":"Com a finalidade de problematizar narrativas acríticas que creditam a ascensão do bolsonarismo ao poder como um efeito de discursos espontâneos e estrategicamente desarticulados, refletimos sobre a importância da mobilização afetiva pela manutenção das hierarquias de gênero e sexualidade para o fortalecimento desse movimento político. Nesse contexto, o trabalho examina alguns dos processos comunicacionais por meio dos quais políticas sexuais endossadas pelos governos petistas (2003-2016) foram estigmatizadas como ameaças ideológicas orquestradas por anormalidades perversas e degeneradas. O objetivo é investigar a publicação, feita por Jair Bolsonaro, de conteúdos digitais que normatizam a heterossexualidade como uma dimensão natural e constitutiva da existência humana para a midiatização do pânico sexual na cultura brasileira contemporânea. Por meio da análise histórico-processual de 12 postagens compartilhadas na página do então deputado federal no Facebook, foi observado que as formas de subjetivação que alimentam o fenômeno aqui investigado são estabelecidas por meio de três eixos discursivos: 1) os interesses perversos petistas na desconstrução da heteronormatividade; 2) os perigos da inclusão da ideologia de gênero nas escolas públicas do ensino básico; 3) a iminente ameaça pedófila encarnada pelo monstro moral contemporâneo.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"49 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79094685","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2022.v16.36429
H. A. D. Valente, M. Terra
Neste artigo propomos analisar a paisagem sonora presente em uma narrativa de história de vida produzida com a metodologia adotado pelo Museu da Pessoa. Utilizando como fundamento teórico conceitos elaborados por R. Murray Schafer (2012) tomamos como estudo a história de vida do compositor Wagner Tiso (1945) presente no acervo do Museu. A partir das informações colhidas nas entrevistas registradas, coletamos referências que descrevem e circunstanciam as diversas paisagens sonoras vivenciadas pelo músico, ao longo de sua infância e juventude e que seriam fundantes para a estética do Clube da Esquina, do qual Tiso participou ativamente. Tais informações contribuem para compreender como se dá o pensamento estético e o processo criativo de Tiso. Para esta investigação, selecionamos depoimentos resultantes de entrevistas e analisamos vários “testemunhos auditivos” (SCHAFER, 2012) do músico. Paralelamente, é observada, ainda, a presença da paisagem sonora da canção das mídias (VALENTE, 2003), com o intuito de verificar algumas obras que acabaram por se incorporar à formação artística e intelectual de Tiso. O estudo conclui que a paisagem sonora e seus elementos foram fundamentais para o desenvolvimento do pensamento artístico de Wagner Tiso e de outros membros do Clube da Esquina.
在这篇文章中,我们建议分析声音景观呈现在一个生活故事的叙述与Museu da Pessoa采用的方法。本文以R. Murray Schafer(2012)提出的理论概念为基础,以博物馆收藏的作曲家Wagner Tiso(1945)的生活史为研究对象。从记录的采访中收集的信息中,我们收集了描述和详细说明音乐家在童年和青年时期所经历的各种声音景观的参考资料,这些参考资料将成为蒂索积极参与的俱乐部美学的基础。这些信息有助于理解审美思维和创作过程是如何发生的。在这项研究中,我们从采访中选择了证词,并分析了几个“听觉证词”(SCHAFER, 2012)的音乐家。与此同时,我们也观察到媒体歌曲的声音景观的存在(瓦伦特,2003),以验证一些作品最终纳入了Tiso的艺术和智力训练。研究的结论是,声景及其元素对瓦格纳·提索和俱乐部其他成员的艺术思想的发展至关重要。
{"title":"Trem mineiro: paisagens sonoras presentes na história de vida de Wagner Tiso","authors":"H. A. D. Valente, M. Terra","doi":"10.34019/1981-4070.2022.v16.36429","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2022.v16.36429","url":null,"abstract":"Neste artigo propomos analisar a paisagem sonora presente em uma narrativa de história de vida produzida com a metodologia adotado pelo Museu da Pessoa. Utilizando como fundamento teórico conceitos elaborados por R. Murray Schafer (2012) tomamos como estudo a história de vida do compositor Wagner Tiso (1945) presente no acervo do Museu. A partir das informações colhidas nas entrevistas registradas, coletamos referências que descrevem e circunstanciam as diversas paisagens sonoras vivenciadas pelo músico, ao longo de sua infância e juventude e que seriam fundantes para a estética do Clube da Esquina, do qual Tiso participou ativamente. Tais informações contribuem para compreender como se dá o pensamento estético e o processo criativo de Tiso. Para esta investigação, selecionamos depoimentos resultantes de entrevistas e analisamos vários “testemunhos auditivos” (SCHAFER, 2012) do músico. Paralelamente, é observada, ainda, a presença da paisagem sonora da canção das mídias (VALENTE, 2003), com o intuito de verificar algumas obras que acabaram por se incorporar à formação artística e intelectual de Tiso. O estudo conclui que a paisagem sonora e seus elementos foram fundamentais para o desenvolvimento do pensamento artístico de Wagner Tiso e de outros membros do Clube da Esquina.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"49 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"86330241","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2022.v16.38466
Wagner Rodrigo Arratia Concha
Às 12 horas, 28 minutos e 25 segundos do dia 25 de janeiro de 2019, a Barragem 1, localizada na mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), se rompeu. A tragédia ocorreu no horário em que é apresentado o telejornal MG1, da Globo Minas. Por meio da Análise da Materialidade Audiovisual (COUTINHO, 2016; 2020), verificamos como o MG1 cobriu os três primeiros aniversários do rompimento da barragem, no que diz respeito à memória, às fontes consultadas, ao discurso de emoção e se houve a discussão de problemas públicos relacionados ao acontecimento. Os resultados indicam que as entradas ao vivo mencionaram homenagens às vítimas, como a chamada dos ausentes, o toque do silêncio e o lançamento de balões; familiares de vítima desaparecida e de vítima localizada e um bombeiro foram entrevistados; e os discursos transmitiram sentimentos de horror, pesar, compaixão, raiva e agradecimento. Além disso, o único momento em que os vídeos registraram aspectos relacionados a problemas públicos foi em 2022, quando uma repórter citou ações preventivas da Vale em outras de suas barragens. Pesquisas futuras podem investigar como o jornalismo tem tratado os problemas públicos relacionados a barragens, a emoção de jornalistas e o discurso de renovação da Vale no processo de reparação.
2019年1月25日12时28分25秒,位于Brumadinho (MG)淡水河谷公司corrego do feijao矿的1号大坝破裂。悲剧发生在Globo Minas的MG1电视新闻播出的时候。通过对视听物质性的分析(COUTINHO, 2016;2020年),我们验证了MG1如何报道大坝破裂的前三周年,包括记忆、参考来源、情感话语,以及是否有与该事件相关的公共问题的讨论。结果显示,现场参赛作品提到了对遇难者的悼念,如呼唤失踪者、敲响沉默和发射气球;采访了失踪和找到受害者的亲属以及一名消防员;这些演讲表达了恐惧、悲伤、同情、愤怒和感激的情绪。此外,这些视频唯一一次记录了与公共问题相关的方面是在2022年,当时一名记者引用了淡水河谷在其其他大坝的预防行动。未来的研究可能会调查新闻是如何处理与大坝有关的公共问题的,记者的情绪和淡水河谷在修复过程中的更新话语。
{"title":"25 de janeiro, 12h28: a memória da tragédia da Vale em Brumadinho, ao vivo no MG1","authors":"Wagner Rodrigo Arratia Concha","doi":"10.34019/1981-4070.2022.v16.38466","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2022.v16.38466","url":null,"abstract":"Às 12 horas, 28 minutos e 25 segundos do dia 25 de janeiro de 2019, a Barragem 1, localizada na mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), se rompeu. A tragédia ocorreu no horário em que é apresentado o telejornal MG1, da Globo Minas. Por meio da Análise da Materialidade Audiovisual (COUTINHO, 2016; 2020), verificamos como o MG1 cobriu os três primeiros aniversários do rompimento da barragem, no que diz respeito à memória, às fontes consultadas, ao discurso de emoção e se houve a discussão de problemas públicos relacionados ao acontecimento. Os resultados indicam que as entradas ao vivo mencionaram homenagens às vítimas, como a chamada dos ausentes, o toque do silêncio e o lançamento de balões; familiares de vítima desaparecida e de vítima localizada e um bombeiro foram entrevistados; e os discursos transmitiram sentimentos de horror, pesar, compaixão, raiva e agradecimento. Além disso, o único momento em que os vídeos registraram aspectos relacionados a problemas públicos foi em 2022, quando uma repórter citou ações preventivas da Vale em outras de suas barragens. Pesquisas futuras podem investigar como o jornalismo tem tratado os problemas públicos relacionados a barragens, a emoção de jornalistas e o discurso de renovação da Vale no processo de reparação.","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"65 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76517503","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-30DOI: 10.34019/1981-4070.2022.v16.39278
A. Albuquerque
O artigo apresenta perspectivas que questionam o estado da arte do debate sobre o decolonial e o modo como ele deve impactar aos estudos do jornalismo. Ele sustenta que o debate sobre o decolonial frequentemente se debruça sobre assimetrias de poder e prestígio – que afetam questões raciais, de gênero, identidade sexual, dentre outros aspectos – que seriam resultantes de um processo de colonização eurocêntrica do passado e, dessa forma, omite processos de colonização que têm lugar no presente e que são conduzidos principalmente a partir dos Estados Unidos. Sustenta-se que a lógica colonial que atua no presente está firmemente ancorada nas instituições responsáveis pela produção e circulação do conhecimento, em escala nacional e global. Uma dessas instituições é o sistema acadêmico global, que privilegia olhares produzidos a partir dos Estados Unidos e outros países do Ocidente em detrimento dos demais. O artigo sustenta que o jornalismo é outra instituição importante da estrutura de colonização que atua no presente. Nesse sentido, é importante entender as maneiras pelas quais ele se constitui tanto como objeto quanto sujeito de um processo de colonização. Finalmente, sugere-se que um olhar decolonial pode ajudar a trazer nova luz sobre o processo de modernização do jornalismo brasileiro.
{"title":"O que decolonizar o jornalismo afinal quer dizer? Um olhar a partir do Brasil","authors":"A. Albuquerque","doi":"10.34019/1981-4070.2022.v16.39278","DOIUrl":"https://doi.org/10.34019/1981-4070.2022.v16.39278","url":null,"abstract":"O artigo apresenta perspectivas que questionam o estado da arte do debate sobre o decolonial e o modo como ele deve impactar aos estudos do jornalismo. Ele sustenta que o debate sobre o decolonial frequentemente se debruça sobre assimetrias de poder e prestígio – que afetam questões raciais, de gênero, identidade sexual, dentre outros aspectos – que seriam resultantes de um processo de colonização eurocêntrica do passado e, dessa forma, omite processos de colonização que têm lugar no presente e que são conduzidos principalmente a partir dos Estados Unidos. Sustenta-se que a lógica colonial que atua no presente está firmemente ancorada nas instituições responsáveis pela produção e circulação do conhecimento, em escala nacional e global. Uma dessas instituições é o sistema acadêmico global, que privilegia olhares produzidos a partir dos Estados Unidos e outros países do Ocidente em detrimento dos demais. O artigo sustenta que o jornalismo é outra instituição importante da estrutura de colonização que atua no presente. Nesse sentido, é importante entender as maneiras pelas quais ele se constitui tanto como objeto quanto sujeito de um processo de colonização. Finalmente, sugere-se que um olhar decolonial pode ajudar a trazer nova luz sobre o processo de modernização do jornalismo brasileiro.\u0000 ","PeriodicalId":18053,"journal":{"name":"Lumina","volume":"52 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84823810","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}