Pub Date : 2022-03-28DOI: 10.22295/grifos.v31i57.6682
Valter Bianchini, Angelita Bazotti
O texto analisa os dados dos censos agropecuários 2006 e 2017 para discutir a diminuição numérica dos estabelecimentos agropecuários da agricultura familiar nesse período no estado do Paraná. O texto traz a quantidade de estabelecimentos por tamanho de área e levanta a discussão sobre o fato de que esses estabelecimentos não desapareceram como apontam os números, mas, sim, que foram reclassificados de forma equivocada. Discute-se a reclassificação dos estabelecimentos devido às alterações metodológicas no Censo 2017 e elencam-se quatro motivos que indicam que o Paraná não perdeu 74.109 estabelecimentos familiares no período 2006/2017. A grande maioria desses estabelecimentos ou não foram levantados ou foram reclassificados por critérios não adequados, podendo esse resultado ainda ter ocorrido por alterações metodológicas entre os dois Censos.
{"title":"MUDANÇAS METODOLÓGICAS E NUMÉRICAS NOS ESTABELECIMENTOS FAMILIARES NO CENSO AGROPECUÁRIO 2017 – BRASIL E PARANÁ","authors":"Valter Bianchini, Angelita Bazotti","doi":"10.22295/grifos.v31i57.6682","DOIUrl":"https://doi.org/10.22295/grifos.v31i57.6682","url":null,"abstract":"O texto analisa os dados dos censos agropecuários 2006 e 2017 para discutir a diminuição numérica dos estabelecimentos agropecuários da agricultura familiar nesse período no estado do Paraná. O texto traz a quantidade de estabelecimentos por tamanho de área e levanta a discussão sobre o fato de que esses estabelecimentos não desapareceram como apontam os números, mas, sim, que foram reclassificados de forma equivocada. Discute-se a reclassificação dos estabelecimentos devido às alterações metodológicas no Censo 2017 e elencam-se quatro motivos que indicam que o Paraná não perdeu 74.109 estabelecimentos familiares no período 2006/2017. A grande maioria desses estabelecimentos ou não foram levantados ou foram reclassificados por critérios não adequados, podendo esse resultado ainda ter ocorrido por alterações metodológicas entre os dois Censos.","PeriodicalId":197135,"journal":{"name":"Revista Grifos","volume":"317 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132607685","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A agricultura é responsável direta ou indiretamente por parcela dos alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros. No Rio Grande do Sul, especialmente na região serrana, a economia está fortemente vinculada à produção da agricultura familiar. O objetivo deste estudo é investigar os principais riscos ergonômicos aos trabalhadores em decorrência da realização das atividades na agricultura familiar. A pesquisa caracteriza-se como aplicada e descritiva, com análise de dados no âmbito qualitativo. Como instrumentos de pesquisa aplicou-se uma entrevista semiestruturada e o Diagrama de Corlett e Manenica (1980), para identificar segmentos corporais com dor/desconforto. Realizou-se também observação direta das atividades e registros fotográficos. O campo de estudo foi uma propriedade de agricultura familiar no município de São José do Hortêncio, RS (Brasil), onde participaram 15 agricultores. Observou-se que as atividades que requerem manuseio de cargas e flexão anterior da coluna são as que mais foram consideradas desgastantes, causando dor e/ou desconforto. As regiões corporais da coluna lombar, dorsal e dos ombros são as mais afetadas durante a realização das atividades na agricultura familiar. Visando melhores condições de trabalho e saúde do trabalhador, a agricultura familiar de pequeno porte necessita de tecnologias acessíveis e adequadas ao cultivo dos produtos para que sejam minimizados os esforços físicos e problemas ergonômicos decorrentes do manuseio de cargas e flexões de coluna.
农业直接或间接地对巴西人每天消费的食物负有部分责任。在大南州,特别是在山区,经济与家庭农业生产密切相关。本研究的目的是调查家庭农业活动对工人的主要人机工程学风险。本研究的特点是应用和描述性的,数据分析在定性的背景下。作为研究工具,采用半结构化访谈和Corlett和Manenica图(1980)来识别疼痛/不适的身体部位。还进行了活动的直接观察和摄影记录。研究领域是sao jose do hortencio, RS(巴西)的一个家庭农场,有15名农民参与。据观察,需要搬运重物和脊柱前屈的活动被认为是最累人的,会引起疼痛和/或不适。在家庭农业活动中,腰椎、背侧和肩部的身体区域受影响最大。为了改善工人的工作条件和健康,小型家庭农业需要负担得起的和适当的技术来种植产品,以最大限度地减少搬运负荷和脊柱弯曲造成的身体努力和人体工程学问题。
{"title":"AGRICULTURA FAMILIAR: CARACTERÍSTICAS DAS ATIVIDADES E RISCOS ERGONÔMICOS","authors":"Michele Barth, Júlia Daiane Heck, Jacinta Sidegum Renner","doi":"10.22295/grifos.v31i57.6713","DOIUrl":"https://doi.org/10.22295/grifos.v31i57.6713","url":null,"abstract":"A agricultura é responsável direta ou indiretamente por parcela dos alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros. No Rio Grande do Sul, especialmente na região serrana, a economia está fortemente vinculada à produção da agricultura familiar. O objetivo deste estudo é investigar os principais riscos ergonômicos aos trabalhadores em decorrência da realização das atividades na agricultura familiar. A pesquisa caracteriza-se como aplicada e descritiva, com análise de dados no âmbito qualitativo. Como instrumentos de pesquisa aplicou-se uma entrevista semiestruturada e o Diagrama de Corlett e Manenica (1980), para identificar segmentos corporais com dor/desconforto. Realizou-se também observação direta das atividades e registros fotográficos. O campo de estudo foi uma propriedade de agricultura familiar no município de São José do Hortêncio, RS (Brasil), onde participaram 15 agricultores. Observou-se que as atividades que requerem manuseio de cargas e flexão anterior da coluna são as que mais foram consideradas desgastantes, causando dor e/ou desconforto. As regiões corporais da coluna lombar, dorsal e dos ombros são as mais afetadas durante a realização das atividades na agricultura familiar. Visando melhores condições de trabalho e saúde do trabalhador, a agricultura familiar de pequeno porte necessita de tecnologias acessíveis e adequadas ao cultivo dos produtos para que sejam minimizados os esforços físicos e problemas ergonômicos decorrentes do manuseio de cargas e flexões de coluna.","PeriodicalId":197135,"journal":{"name":"Revista Grifos","volume":"8 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"128242600","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-03-28DOI: 10.22295/grifos.v31i57.6707
Paulo Henrique Pulcherio Filho, Isadora de Andrade Tronco, Vitória de Andrade Tronco, Adriana Estela Sanjuan Montebello
A pandemia de Covid-19 afetou negativamente o acesso aos mercados pela agricultura familiar. Compreender a resiliência é necessário, pois refere-se à capacidade de adaptação dos atores para minimizar os impactos das crises, assim como entender o perfil dos atores, identificando suas capacidades e limitações e observando a resiliência diante de atuais e futuras crises. Assim, o objetivo geral do presente artigo é analisar a resiliência e os impactos da pandemia de Covid-19 na agricultura familiar dos estados de São Paulo (SP) e Minas Gerais (MG). Para o primeiro objetivo específico, verificaram-se os efeitos da pandemia e a resiliência em variáveis como saúde, renda, comercialização, tipos de produção e preço de venda e de insumos. Quanto ao segundo, esquematizou-se o perfil da agricultura familiar a partir da análise SWOT. Metodologicamente, tem-se uma pesquisa exploratória descritiva, quantitativa e qualitativa, utilizando dados secundários de notas técnicas e relatórios para a construção dos resultados. A comercialização foi muito afetada em MG. Em SP, observou-se alteração na renda devido ao aumento nos preços dos insumos. A partir da análise SWOT, identificou-se o perfil desse grupo, o que possibilitará a formulação de estratégias para o aumento da resiliência frente às crises.
Covid-19大流行对家庭农业进入市场产生了负面影响。理解弹性是必要的,因为它指的是行动者的适应能力,以尽量减少危机的影响,以及了解行动者的概况,确定他们的能力和局限性,并观察当前和未来危机的弹性。因此,本文的总体目标是分析Covid-19大流行对sao Paulo (SP)和Minas Gerais (MG)州家庭农业的恢复力和影响。对于第一个具体目标,对健康、收入、销售、生产类型、销售价格和投入等变量的影响和恢复力进行了验证。第二部分从SWOT分析中概述了家庭农业概况。在方法上,它有一个描述性的探索性研究,定量和定性,使用技术笔记和报告的二手数据来构建结果。MG的商业化受到了很大的影响。在SP,由于投入价格的上涨,收入发生了变化。通过SWOT分析,确定了这一群体的概况,这将使制定战略以提高应对危机的韧性。
{"title":"AGRICULTURA FAMILIAR, RESILIÊNCIA E COVID-19: ANÁLISE SWOT NOS ESTADOS DE SÃO PAULO E MINAS GERAIS","authors":"Paulo Henrique Pulcherio Filho, Isadora de Andrade Tronco, Vitória de Andrade Tronco, Adriana Estela Sanjuan Montebello","doi":"10.22295/grifos.v31i57.6707","DOIUrl":"https://doi.org/10.22295/grifos.v31i57.6707","url":null,"abstract":"A pandemia de Covid-19 afetou negativamente o acesso aos mercados pela agricultura familiar. Compreender a resiliência é necessário, pois refere-se à capacidade de adaptação dos atores para minimizar os impactos das crises, assim como entender o perfil dos atores, identificando suas capacidades e limitações e observando a resiliência diante de atuais e futuras crises. Assim, o objetivo geral do presente artigo é analisar a resiliência e os impactos da pandemia de Covid-19 na agricultura familiar dos estados de São Paulo (SP) e Minas Gerais (MG). Para o primeiro objetivo específico, verificaram-se os efeitos da pandemia e a resiliência em variáveis como saúde, renda, comercialização, tipos de produção e preço de venda e de insumos. Quanto ao segundo, esquematizou-se o perfil da agricultura familiar a partir da análise SWOT. Metodologicamente, tem-se uma pesquisa exploratória descritiva, quantitativa e qualitativa, utilizando dados secundários de notas técnicas e relatórios para a construção dos resultados. A comercialização foi muito afetada em MG. Em SP, observou-se alteração na renda devido ao aumento nos preços dos insumos. A partir da análise SWOT, identificou-se o perfil desse grupo, o que possibilitará a formulação de estratégias para o aumento da resiliência frente às crises.","PeriodicalId":197135,"journal":{"name":"Revista Grifos","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116767055","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-03-28DOI: 10.22295/grifos.v31i57.6693
Christiane Marques Pitaluga, Cleonice Alexandre Le Bourlegat
Os sistemas alimentares reúnem elementos e atividades relacionadas à produção, processamento, distribuição, perda, desperdício, preparo e consumo do alimento, incluindo os objetivos socioeconômicos e ambientais. Considerando tal conceito e os processos de transição visando à construção de sistemas alimentares sustentáveis, resilientes, inclusivos e que possam contribuir para a garantia da segurança alimentar/nutricional, propõe-se como objetivo apresentar as ações, discorrer a respeito delas, incluindo as contribuições desenvolvidas pela CONAB/MS e pelo COMSAN/Campo Grande por meio de políticas públicas, na promoção de iniciativas locais transformadoras para sistemas alimentares sustentáveis. Intenta-se, também, discorrer acerca dos possíveis desafios enfrentados por esses sistemas. Optou-se por uma pesquisa descritiva-exploratória e qualitativa, à qual associaram-se as fontes secundárias às entrevistas realizadas junto às informantes-chave dos órgãos. O estudo apoiou-se na técnica de análise de conteúdo, que permitiu a criação de uma categoria. Ambos os órgãos desenvolvem ações que buscam e promovem processos de transição para o alcance de sistemas alimentares sustentáveis, numa forma inicial de grandes direcionamentos. A pesquisa revelou que os órgãos não possuem orientação institucional específica para o atendimento aos ODS, embora reconheçam, mesmo que inconscientemente, que suas ações desenvolvidas caminham ao encontro destes objetivos e ao dos sistemas alimentares em transição para sustentabilidade.
{"title":"TRANSIÇÕES PARA SISTEMAS ALIMENTARES SUSTENTÁVEIS: CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS DA CONAB E COMSAN NO MS","authors":"Christiane Marques Pitaluga, Cleonice Alexandre Le Bourlegat","doi":"10.22295/grifos.v31i57.6693","DOIUrl":"https://doi.org/10.22295/grifos.v31i57.6693","url":null,"abstract":"Os sistemas alimentares reúnem elementos e atividades relacionadas à produção, processamento, distribuição, perda, desperdício, preparo e consumo do alimento, incluindo os objetivos socioeconômicos e ambientais. Considerando tal conceito e os processos de transição visando à construção de sistemas alimentares sustentáveis, resilientes, inclusivos e que possam contribuir para a garantia da segurança alimentar/nutricional, propõe-se como objetivo apresentar as ações, discorrer a respeito delas, incluindo as contribuições desenvolvidas pela CONAB/MS e pelo COMSAN/Campo Grande por meio de políticas públicas, na promoção de iniciativas locais transformadoras para sistemas alimentares sustentáveis. Intenta-se, também, discorrer acerca dos possíveis desafios enfrentados por esses sistemas. Optou-se por uma pesquisa descritiva-exploratória e qualitativa, à qual associaram-se as fontes secundárias às entrevistas realizadas junto às informantes-chave dos órgãos. O estudo apoiou-se na técnica de análise de conteúdo, que permitiu a criação de uma categoria. Ambos os órgãos desenvolvem ações que buscam e promovem processos de transição para o alcance de sistemas alimentares sustentáveis, numa forma inicial de grandes direcionamentos. A pesquisa revelou que os órgãos não possuem orientação institucional específica para o atendimento aos ODS, embora reconheçam, mesmo que inconscientemente, que suas ações desenvolvidas caminham ao encontro destes objetivos e ao dos sistemas alimentares em transição para sustentabilidade.","PeriodicalId":197135,"journal":{"name":"Revista Grifos","volume":"14 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116835611","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-03-28DOI: 10.22295/grifos.v31i57.6705
William Barbosa Valadao, Junia Marise Matos de Sousa, Alair Ferreira de Freitas
O campesinato, que lutou contra a estrutura agrária latifundiária e por acesso à terra, passa, a partir da Lei 11326/06, a ser contemplado por políticas públicas, na qualidade de agricultor familiar. Mediante essa denominação, o presente artigo se propõe a refletir sobre o uso das terminologias “camponês” e “agricultor familiar” sob a perspectiva dos produtores rurais, em especial, os que ofertavam alimentos ao PNAE em Viçosa-MG [1]. A metodologia se desenvolveu por meio de uma abordagem prioritariamente qualitativa, utilizando-se de entrevistas semiestruturadas, história de vida e observação participante. Os achados foram examinados a partir da análise de conteúdo, buscando-se compreender como e porque esses agricultores se reconheciam quanto a essas terminologias. Os resultados demonstraram receio, desconhecimento e desinteresse pela identidade camponesa, sendo que apenas 13% dos entrevistados se reconheceram como tal, mesmo estando presente nas falas dos demais, características preconizadas pelo campesinato como a manutenção das tradições de cultivo, a pequena porção de terra para a produção, a relação familiar com a terra e a participação em movimentos sociais. Assim, acredita-se que a generalidade conceitual da terminologia agricultura familiar, por tratar diferentes como iguais, pode culminar na extinção, não apenas da terminologia camponês, mas também das estratégias de resistência desse grupo social. Essa extinção pode desencadear na desarticulação política desses atores que ao longo da história foram os protagonistas de muitas conquistas no campo das políticas públicas.
{"title":"“CAMPONÊS” OU “AGRICULTOR FAMILIAR”: COMO OS AGRICULTORES PARTICIPANTES DO PNAE EM VIÇOSA-MG SE RECONHECEM","authors":"William Barbosa Valadao, Junia Marise Matos de Sousa, Alair Ferreira de Freitas","doi":"10.22295/grifos.v31i57.6705","DOIUrl":"https://doi.org/10.22295/grifos.v31i57.6705","url":null,"abstract":"O campesinato, que lutou contra a estrutura agrária latifundiária e por acesso à terra, passa, a partir da Lei 11326/06, a ser contemplado por políticas públicas, na qualidade de agricultor familiar. Mediante essa denominação, o presente artigo se propõe a refletir sobre o uso das terminologias “camponês” e “agricultor familiar” sob a perspectiva dos produtores rurais, em especial, os que ofertavam alimentos ao PNAE em Viçosa-MG [1]. A metodologia se desenvolveu por meio de uma abordagem prioritariamente qualitativa, utilizando-se de entrevistas semiestruturadas, história de vida e observação participante. Os achados foram examinados a partir da análise de conteúdo, buscando-se compreender como e porque esses agricultores se reconheciam quanto a essas terminologias. Os resultados demonstraram receio, desconhecimento e desinteresse pela identidade camponesa, sendo que apenas 13% dos entrevistados se reconheceram como tal, mesmo estando presente nas falas dos demais, características preconizadas pelo campesinato como a manutenção das tradições de cultivo, a pequena porção de terra para a produção, a relação familiar com a terra e a participação em movimentos sociais. Assim, acredita-se que a generalidade conceitual da terminologia agricultura familiar, por tratar diferentes como iguais, pode culminar na extinção, não apenas da terminologia camponês, mas também das estratégias de resistência desse grupo social. Essa extinção pode desencadear na desarticulação política desses atores que ao longo da história foram os protagonistas de muitas conquistas no campo das políticas públicas.","PeriodicalId":197135,"journal":{"name":"Revista Grifos","volume":"4 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121091031","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-03-28DOI: 10.22295/grifos.v31i57.6640
Franciele Coghetto, A. P. S. Villwock, Clayton Hillig
A multifuncionalidade do rural aborda a ampliação das funções sociais, ambientais, patrimoniais e alimentares através das funções simbólicas atribuídas ao rural, deixando-o de ser entendido apenas como produtor de bens agrícolas. Diante disso, este estudo tem como objetivo analisar os novos sentidos construídos através da ritualização do rural contemporâneo, tendo como área de estudo circunscrita à região do Alto Uruguai gaúcho e campo empírico a Choupana do Gavião. Trata-se de uma pesquisa de cunho antropológico, fundamentada na etnografia, que teve como ferramentas a observação participante, entrevistas em profundidade e questionários. Desta forma, se compreende que o meio rural, na pós-modernidade se transforma, deixa de ser um espaço meramente agrícola e passa a ser um espaço de multifuncionalidades, que se orientam em grande medida pela ritualização do espaço rural, apresentando múltiplos interesses onde circulam as novas construções do rural contemporâneo, exercendo funções sociais, ambientais e patrimoniais que podem ser acessadas através de bens simbólicos, como a religiosidade e espiritualidade. Ou seja, rural é mais que um espaço de produção de alimento para o corpo físico, ele é um espaço que nutre as relações dos seres humanos, espiritualidade e a natureza.
农村多功能通过赋予农村的象征功能,解决了社会、环境、遗产和食物功能的扩展,不再仅仅被理解为农产品的生产者。因此,本研究旨在分析通过当代乡村仪式所构建的新意义,研究区域局限于上乌拉圭gaucho地区和经验领域Choupana do gaviao。这是一项以民族志为基础的人类学研究,以参与观察、深度访谈和问卷调查为工具。农村环境,理解的角度看,在现代性转换,不再是一个纯粹的农业和空间是一个空间multifuncionalidades的体系,在很大程度上,主要的仪式化的农村,很多由当代新农村建设的利益,行使社会功能、环境和财产,可以访问通过象征性的资产,如宗教和灵性。换句话说,农村不仅仅是一个为身体生产食物的空间,它是一个滋养人类、灵性和自然关系的空间。
{"title":"A RITUALIZAÇÃO DO RURAL CONTEMPORÂNEO: NOTAS SOBRE CHOUPANA DO GAVIÃO","authors":"Franciele Coghetto, A. P. S. Villwock, Clayton Hillig","doi":"10.22295/grifos.v31i57.6640","DOIUrl":"https://doi.org/10.22295/grifos.v31i57.6640","url":null,"abstract":"A multifuncionalidade do rural aborda a ampliação das funções sociais, ambientais, patrimoniais e alimentares através das funções simbólicas atribuídas ao rural, deixando-o de ser entendido apenas como produtor de bens agrícolas. Diante disso, este estudo tem como objetivo analisar os novos sentidos construídos através da ritualização do rural contemporâneo, tendo como área de estudo circunscrita à região do Alto Uruguai gaúcho e campo empírico a Choupana do Gavião. Trata-se de uma pesquisa de cunho antropológico, fundamentada na etnografia, que teve como ferramentas a observação participante, entrevistas em profundidade e questionários. Desta forma, se compreende que o meio rural, na pós-modernidade se transforma, deixa de ser um espaço meramente agrícola e passa a ser um espaço de multifuncionalidades, que se orientam em grande medida pela ritualização do espaço rural, apresentando múltiplos interesses onde circulam as novas construções do rural contemporâneo, exercendo funções sociais, ambientais e patrimoniais que podem ser acessadas através de bens simbólicos, como a religiosidade e espiritualidade. Ou seja, rural é mais que um espaço de produção de alimento para o corpo físico, ele é um espaço que nutre as relações dos seres humanos, espiritualidade e a natureza.","PeriodicalId":197135,"journal":{"name":"Revista Grifos","volume":"44 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126992119","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-03-28DOI: 10.22295/grifos.v31i57.6738
Ricardo Marian Tiherro, Everton Lazzaretti Picolotto
A migração ocorre como uma estratégia utilizada por alguns membros das famílias rurais para manter a reprodução familiar, tendo em vista que os ganhos da propriedade não garantem o sustento da família, além de outros fatores que podem interferir nesta decisão. Sendo assim, o objetivo do estudo procurou compreender a situação do meio rural dos municípios de São Luiz Gonzaga/RS e Constantina/RS frente aos aspectos que conduzem ao processo migratório de membros das famílias agricultoras, especialmente os jovens e a dinâmica que se estabelece entre os que ficaram e os que saíram. O estudo se baseia em revisão da bibliografia sobre o tema, dados do Censos Agropecuário e Demográfico do IBGE e, no caso do município de Constantina, foi analisado um levantamento realizado pela prefeitura com os migrantes que saíram do município. Como principais resultados, é possível perceber que ambos os municípios possuem um índice de migrantes relevante, principalmente se comparado com municípios maiores de suas regiões. O sexo feminino é o que mais tem migrado do meio rural, comprovando o fato já levantado em diversos estudos anteriores. Apesar disso, são mantidos laços de quem migra com aqueles que permanecem no local de origem, seja uma relação de ajuda, dependência, ou até mesmo uma relação social e cultural.
{"title":"PERSISTÊNCIA E MIGRAÇÃO NA AGRICULTURA FAMILIAR: ANÁLISE DOS MUNICÍPIOS DE SÃO LUIZ GONZAGA/RS E CONSTANTINA/RS","authors":"Ricardo Marian Tiherro, Everton Lazzaretti Picolotto","doi":"10.22295/grifos.v31i57.6738","DOIUrl":"https://doi.org/10.22295/grifos.v31i57.6738","url":null,"abstract":"A migração ocorre como uma estratégia utilizada por alguns membros das famílias rurais para manter a reprodução familiar, tendo em vista que os ganhos da propriedade não garantem o sustento da família, além de outros fatores que podem interferir nesta decisão. Sendo assim, o objetivo do estudo procurou compreender a situação do meio rural dos municípios de São Luiz Gonzaga/RS e Constantina/RS frente aos aspectos que conduzem ao processo migratório de membros das famílias agricultoras, especialmente os jovens e a dinâmica que se estabelece entre os que ficaram e os que saíram. O estudo se baseia em revisão da bibliografia sobre o tema, dados do Censos Agropecuário e Demográfico do IBGE e, no caso do município de Constantina, foi analisado um levantamento realizado pela prefeitura com os migrantes que saíram do município. Como principais resultados, é possível perceber que ambos os municípios possuem um índice de migrantes relevante, principalmente se comparado com municípios maiores de suas regiões. O sexo feminino é o que mais tem migrado do meio rural, comprovando o fato já levantado em diversos estudos anteriores. Apesar disso, são mantidos laços de quem migra com aqueles que permanecem no local de origem, seja uma relação de ajuda, dependência, ou até mesmo uma relação social e cultural.","PeriodicalId":197135,"journal":{"name":"Revista Grifos","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130227940","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-03-28DOI: 10.22295/grifos.v31i57.6736
Ricardo Marian Tiherro, Dionéia Dalcin, Carlos Eduardo Ruschel Anes
Os jovens rurais passaram a ser foco de estudos devido a suas particularidades, em especial pela continuidade das atividades do meio rural que depende deles, a sucessão familiar. Ao abordar os jovens rurais, é necessário considerar sua pluralidade, existência de uma polissemia de temas e abordagens como é indicado pela própria categoria plural, dentre elas a decisão após uma graduação. Os jovens provenientes do campo, agora ligados ao conhecimento e a qualificação, enfrentam um impasse entre continuar na vida do campo, ou irem em busca de novos caminhos e oportunidades de conhecimento. Assim, o estudo buscou analisar os fatores que interferem na tomada de decisão dos jovens rurais, graduandos do município de Cerro Largo/RS, em permanecer ou sair do meio rural. Metodologicamente, o estudo é constituído de uma pesquisa quantitativa, realizada por meio da aplicação de questionário com 90 estudantes. Os dados foram analisados através da estatística descritiva. Como resultado, é possível dizer que a aproximação entre o urbano e o rural despertou nos jovens a vontade de viver muitas vezes uma ligação entre os dois “mundos”. Apesar desse vínculo, ainda há uma preocupação com o êxodo rural juvenil, principalmente em relação às moças. Concluiu-se que os principais fatores para a tomada de decisão pela evasão, pelos jovens respondentes, são: a propriedade ser capaz de manter os filhos em atividade, a quantidade de hectares das propriedades, a desigualdade de gênero, e a noção de que a “vida urbana” possui mais liberdade e recursos tecnológicos.
{"title":"PERMANECER OU SAIR DO MEIO RURAL? O DILEMA DOS JOVENS GRADUANDOS DO MUNICÍPIO DE CERRO LARGO/RS","authors":"Ricardo Marian Tiherro, Dionéia Dalcin, Carlos Eduardo Ruschel Anes","doi":"10.22295/grifos.v31i57.6736","DOIUrl":"https://doi.org/10.22295/grifos.v31i57.6736","url":null,"abstract":"Os jovens rurais passaram a ser foco de estudos devido a suas particularidades, em especial pela continuidade das atividades do meio rural que depende deles, a sucessão familiar. Ao abordar os jovens rurais, é necessário considerar sua pluralidade, existência de uma polissemia de temas e abordagens como é indicado pela própria categoria plural, dentre elas a decisão após uma graduação. Os jovens provenientes do campo, agora ligados ao conhecimento e a qualificação, enfrentam um impasse entre continuar na vida do campo, ou irem em busca de novos caminhos e oportunidades de conhecimento. Assim, o estudo buscou analisar os fatores que interferem na tomada de decisão dos jovens rurais, graduandos do município de Cerro Largo/RS, em permanecer ou sair do meio rural. Metodologicamente, o estudo é constituído de uma pesquisa quantitativa, realizada por meio da aplicação de questionário com 90 estudantes. Os dados foram analisados através da estatística descritiva. Como resultado, é possível dizer que a aproximação entre o urbano e o rural despertou nos jovens a vontade de viver muitas vezes uma ligação entre os dois “mundos”. Apesar desse vínculo, ainda há uma preocupação com o êxodo rural juvenil, principalmente em relação às moças. Concluiu-se que os principais fatores para a tomada de decisão pela evasão, pelos jovens respondentes, são: a propriedade ser capaz de manter os filhos em atividade, a quantidade de hectares das propriedades, a desigualdade de gênero, e a noção de que a “vida urbana” possui mais liberdade e recursos tecnológicos.","PeriodicalId":197135,"journal":{"name":"Revista Grifos","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129337798","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-03-28DOI: 10.22295/grifos.v31i57.6724
Regis Trentin Piovesan, Arlindo Jesus Prestes de Lima, Caroline da Silva Pettenon, Mairo Trentin Piovesan
Este estudo analisa a eficácia de sistemas de criação na bovinocultura leiteira em relação a reprodução social de agricultores familiares, no Médio Alto Uruguai/RS. Os dados foram obtidos junto ao Programa de Gestão Rural da ASCAR/EMATER-RS, correspondentes ao ano agrícola de 2019/2020. Foram analisados comparativamente três casos típicos de sistemas de criação, considerando preços diferenciados por litro de leite e preço único. Os resultados confirmam que a produção leiteira tem maior participação na composição da renda global das unidades de produção e indicadores econômicos por unidade de superfície relativamente maiores. Os rendimentos físicos do sistema confinado são relativamente maiores, especialmente em termos de litros por vaca em lactação e por unidade de superfície, seguido pelos sistemas semiconfinado e à base de pastagem. Com preços diferenciados, o sistema de criação confinada gera resultados econômicos por unidade de superfície relativamente maiores, devido ao maior preço do leite estabelecido pelas agroindústrias, basicamente em função da quantidade comercializada. No cenário de preço único, o sistema de criação à base de pastagem, com menores rendimentos físico e custo de produção, gera maior nível de renda por unidade de área. Conclui-se que o sistema de criação à base de pastagem é potencialmente mais eficaz porque assegura a reprodução socioeconômica de agricultores familiares, com menor escala de produção, quando preço do leite é único. Também reafirma a tese de que a eficácia dos sistemas de criação na bovinocultura leiteira depende mais da relação custo-benefício e menos da maximização da produção, a qualquer custo.
{"title":"SISTEMAS DE CRIAÇÃO NA BOVINOCULTURA LEITEIRA E REPRODUÇÃO SOCIAL DE AGRICULTORES NO MÉDIO ALTO URUGUAI/RS","authors":"Regis Trentin Piovesan, Arlindo Jesus Prestes de Lima, Caroline da Silva Pettenon, Mairo Trentin Piovesan","doi":"10.22295/grifos.v31i57.6724","DOIUrl":"https://doi.org/10.22295/grifos.v31i57.6724","url":null,"abstract":"Este estudo analisa a eficácia de sistemas de criação na bovinocultura leiteira em relação a reprodução social de agricultores familiares, no Médio Alto Uruguai/RS. Os dados foram obtidos junto ao Programa de Gestão Rural da ASCAR/EMATER-RS, correspondentes ao ano agrícola de 2019/2020. Foram analisados comparativamente três casos típicos de sistemas de criação, considerando preços diferenciados por litro de leite e preço único. Os resultados confirmam que a produção leiteira tem maior participação na composição da renda global das unidades de produção e indicadores econômicos por unidade de superfície relativamente maiores. Os rendimentos físicos do sistema confinado são relativamente maiores, especialmente em termos de litros por vaca em lactação e por unidade de superfície, seguido pelos sistemas semiconfinado e à base de pastagem. Com preços diferenciados, o sistema de criação confinada gera resultados econômicos por unidade de superfície relativamente maiores, devido ao maior preço do leite estabelecido pelas agroindústrias, basicamente em função da quantidade comercializada. No cenário de preço único, o sistema de criação à base de pastagem, com menores rendimentos físico e custo de produção, gera maior nível de renda por unidade de área. Conclui-se que o sistema de criação à base de pastagem é potencialmente mais eficaz porque assegura a reprodução socioeconômica de agricultores familiares, com menor escala de produção, quando preço do leite é único. Também reafirma a tese de que a eficácia dos sistemas de criação na bovinocultura leiteira depende mais da relação custo-benefício e menos da maximização da produção, a qualquer custo.","PeriodicalId":197135,"journal":{"name":"Revista Grifos","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"130723769","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O objetivo deste trabalho consiste em analisar a situação socioprodutiva de mulheres rurais pertencentes à agricultura familiar e não familiar a partir do Censo Agropecuário de 2017. A região de estudo refere-se ao Noroeste do Rio Grande do Sul, composta por 216 municípios. As variáveis analisadas (faixa etária, escolaridade, forma de obtenção de terras e cultivos temporários e permanentes) foram manipuladas em planilhas do Microsoft Excel, para posterior análise. Com relação aos resultados visualiza-se que o maior extrato de mulheres pertence à agricultura familiar, onde é encontrado maior número de estabelecimentos. No que diz respeito à escolaridade, o percentual maior de mulheres que nunca frequentou escolas encontra-se entre as familiares, já a maior parcela com ensino superior são entre as não familiares. Quanto à idade, a maior concentração de mulheres pertencentes a agricultura familiar estão na faixa etária dos 55 anos ou mais, enquanto as faixas mais jovens (com 45 ou menos anos) estão entre as não familiares. No que se refere as características das propriedades as mulheres familiares estão concentradas em propriedades entre 10 – 50 hectares, já as não familiares entre 100 – 200 hectares. Por fim, no referente à forma de obtenção de terras por parte das mulheres, os dois segmentos registram ser através da herança ou doação. Outra semelhança são as atividades econômicas desenvolvidas pelas mulheres nas propriedades com destaque para o cultivo de grãos (soja), bovinos e outros animais.
{"title":"CARACTERIZAÇÃO SOCIOPRODUTIVA DE MULHERES RURAIS NO NOROESTE DO RS","authors":"Rosani Marisa Spanevello, Simone Bueno Camara, Denise Marques de Almeida, Mariele Boscardin","doi":"10.22295/grifos.v31i57.6695","DOIUrl":"https://doi.org/10.22295/grifos.v31i57.6695","url":null,"abstract":"O objetivo deste trabalho consiste em analisar a situação socioprodutiva de mulheres rurais pertencentes à agricultura familiar e não familiar a partir do Censo Agropecuário de 2017. A região de estudo refere-se ao Noroeste do Rio Grande do Sul, composta por 216 municípios. As variáveis analisadas (faixa etária, escolaridade, forma de obtenção de terras e cultivos temporários e permanentes) foram manipuladas em planilhas do Microsoft Excel, para posterior análise. Com relação aos resultados visualiza-se que o maior extrato de mulheres pertence à agricultura familiar, onde é encontrado maior número de estabelecimentos. No que diz respeito à escolaridade, o percentual maior de mulheres que nunca frequentou escolas encontra-se entre as familiares, já a maior parcela com ensino superior são entre as não familiares. Quanto à idade, a maior concentração de mulheres pertencentes a agricultura familiar estão na faixa etária dos 55 anos ou mais, enquanto as faixas mais jovens (com 45 ou menos anos) estão entre as não familiares. No que se refere as características das propriedades as mulheres familiares estão concentradas em propriedades entre 10 – 50 hectares, já as não familiares entre 100 – 200 hectares. Por fim, no referente à forma de obtenção de terras por parte das mulheres, os dois segmentos registram ser através da herança ou doação. Outra semelhança são as atividades econômicas desenvolvidas pelas mulheres nas propriedades com destaque para o cultivo de grãos (soja), bovinos e outros animais.","PeriodicalId":197135,"journal":{"name":"Revista Grifos","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-03-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131071793","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}