Pub Date : 2022-08-12DOI: 10.37002/revistacepsul.vol11.690eb2022001
Kátia Regina Sgrott Sauer Machado, Thiago Felipe De Souza
As macroalgas podem ocorrer em dois tipos de ambientes distintos na Baía Babitonga: manguezais e costões rochosos. Os estudos já realizados com macroalgas dizem respeito à sua taxonomia, distribuição, biomassa, sucessão ecológica, taxas fotossintéticas e respiratórias e potencial para cultivo. Resultados de estudos realizados mostram que as macroalgas são um componente produtor representativo dentro do manguezal e Bostrychia radicans foi a espécie que apresentou maior produtividade, seguida por B. calliptera. A maior diversidade ocorreu na região euhalina dos manguezais, a qual apresentou 15 espécies. Verificou-se a presença de 36 espécies de algas (três pardas, 14 verdes e 19 vermelhas) associadas ao cultivo de ostras. Nos costões rochosos foram obtidas medidas de diversidade, similaridade e equitabilidade e realizados estudos de sucessão ecológica. As algas vermelhas sempre apresentaram maior riqueza de espécies, seguidas pelas algas verdes. Os estudos realizados até o momento na Baía Babitonga não acusam a presença de espécies exóticas de macroalgas neste local, mas evidenciam sua grande importância na cadeia trófica marinha.
{"title":"Macroalgas da Baía Babitonga","authors":"Kátia Regina Sgrott Sauer Machado, Thiago Felipe De Souza","doi":"10.37002/revistacepsul.vol11.690eb2022001","DOIUrl":"https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol11.690eb2022001","url":null,"abstract":"As macroalgas podem ocorrer em dois tipos de ambientes distintos na Baía Babitonga: manguezais e costões rochosos. Os estudos já realizados com macroalgas dizem respeito à sua taxonomia, distribuição, biomassa, sucessão ecológica, taxas fotossintéticas e respiratórias e potencial para cultivo. Resultados de estudos realizados mostram que as macroalgas são um componente produtor representativo dentro do manguezal e Bostrychia radicans foi a espécie que apresentou maior produtividade, seguida por B. calliptera. A maior diversidade ocorreu na região euhalina dos manguezais, a qual apresentou 15 espécies. Verificou-se a presença de 36 espécies de algas (três pardas, 14 verdes e 19 vermelhas) associadas ao cultivo de ostras. Nos costões rochosos foram obtidas medidas de diversidade, similaridade e equitabilidade e realizados estudos de sucessão ecológica. As algas vermelhas sempre apresentaram maior riqueza de espécies, seguidas pelas algas verdes. Os estudos realizados até o momento na Baía Babitonga não acusam a presença de espécies exóticas de macroalgas neste local, mas evidenciam sua grande importância na cadeia trófica marinha.","PeriodicalId":201724,"journal":{"name":"Revista CEPSUL - Biodiversidade e Conservação Marinha","volume":"35 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-12","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126785323","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-06-30DOI: 10.37002/revistacepsul.vol11.1427e2022001
Isabel Lindstron de Oliveira, Juliana Rechetelo, Luiz Macedo Mestre
A Ilha do Mel é um importante ponto turístico do Paraná e também um local de descanso e forrageamento para aves migratórias e residentes do entremarés. Partindo da ideia de que a interação humano e natureza deve ser conciliatória, compreender como o público percebe a avifauna permite melhor desenvolver estratégias para gerenciar conflitos socioambientais. Este estudo visou averiguar a familiaridade de moradores e turistas com as aves do entremarés na Ilha do Mel, PR. Para isso foram aplicados dois questionários anônimos e semiestruturados nas vilas de Brasília e Encantadas entre dezembro/ 2017 e janeiro/2018. O primeiro, para registrar a familiaridade dos entrevistados com essas espécies e seus ciclos de vida. O segundo, para coletar informações sobre o conhecimento destas pessoas com os ambientes e as aves de entremarés da ilha. Foram feitas 60 entrevistas, 37 com turistas; e 23 com moradores. Os moradores antigos relataram que observam mais aves (quatro aves em média) seguidos pelos moradores novos (três), turistas frequentes (duas) e ocasionais (1,4). Observamos apenas 36 de 420 tentativas de nomeá-las - Vanellus chilensis e Larus dominicanus sendo as mais observadas e identificadas. Quando questionados sobre problemas que as aves sofrem na Ilha, 36,6% citaram o lixo, enquanto 25% afirmaram não existir ameaças. Dos 60 entrevistados, 32 não sabiam que a ilha é ponto de parada de aves migratórias. Este estudo indica que frequentadores da Ilha tem pouca familiaridade com a avifauna de entremarés local e mostra a necessidade e carência de investimentos em sensibilização ambiental na Ilha do Mel.
Ilha do Mel是parana的一个重要旅游景点,也是候鸟和潮间带居民休息和觅食的地方。从人类与自然的互动应该是调和的观点出发,了解公众如何看待鸟类,可以更好地制定管理社会环境冲突的策略。本研究旨在确定Ilha do Mel, PR的居民和游客对潮间带鸟类的熟悉程度。为此,在2017年12月至2018年1月期间,在brasilia和Encantadas的村庄进行了两份匿名和半结构化的问卷调查。首先,记录受访者对这些物种及其生命周期的熟悉程度。第二,收集这些人对岛上环境和潮间带鸟类的知识信息。进行了60次采访,其中37次是对游客的采访;23和居民。老居民报告他们观察到更多的鸟(平均4只),其次是新居民(3只),经常游客(2只)和偶尔游客(1,4只)。在420次命名尝试中,我们只观察到36次,其中智利Vanellus chilensis和Larus dominicanus是观察和鉴定最多的。当被问及岛上鸟类面临的问题时,36.6%的人提到了垃圾,25%的人说没有威胁。在60名受访者中,32人不知道该岛是候鸟的中转站。这项研究表明,岛上的游客对当地的潮间带鸟类知之甚少,并表明Ilha do Mel需要和缺乏对环境意识的投资。
{"title":"Percepção da avifauna de entremarés por moradores e turistas locais da Ilha Do Mel, litoral do Paraná","authors":"Isabel Lindstron de Oliveira, Juliana Rechetelo, Luiz Macedo Mestre","doi":"10.37002/revistacepsul.vol11.1427e2022001","DOIUrl":"https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol11.1427e2022001","url":null,"abstract":"A Ilha do Mel é um importante ponto turístico do Paraná e também um local de descanso e forrageamento para aves migratórias e residentes do entremarés. Partindo da ideia de que a interação humano e natureza deve ser conciliatória, compreender como o público percebe a avifauna permite melhor desenvolver estratégias para gerenciar conflitos socioambientais. Este estudo visou averiguar a familiaridade de moradores e turistas com as aves do entremarés na Ilha do Mel, PR. Para isso foram aplicados dois questionários anônimos e semiestruturados nas vilas de Brasília e Encantadas entre dezembro/ 2017 e janeiro/2018. O primeiro, para registrar a familiaridade dos entrevistados com essas espécies e seus ciclos de vida. O segundo, para coletar informações sobre o conhecimento destas pessoas com os ambientes e as aves de entremarés da ilha. Foram feitas 60 entrevistas, 37 com turistas; e 23 com moradores. Os moradores antigos relataram que observam mais aves (quatro aves em média) seguidos pelos moradores novos (três), turistas frequentes (duas) e ocasionais (1,4). Observamos apenas 36 de 420 tentativas de nomeá-las - Vanellus chilensis e Larus dominicanus sendo as mais observadas e identificadas. Quando questionados sobre problemas que as aves sofrem na Ilha, 36,6% citaram o lixo, enquanto 25% afirmaram não existir ameaças. Dos 60 entrevistados, 32 não sabiam que a ilha é ponto de parada de aves migratórias. Este estudo indica que frequentadores da Ilha tem pouca familiaridade com a avifauna de entremarés local e mostra a necessidade e carência de investimentos em sensibilização ambiental na Ilha do Mel.","PeriodicalId":201724,"journal":{"name":"Revista CEPSUL - Biodiversidade e Conservação Marinha","volume":"61 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-06-30","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"126506516","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-16DOI: 10.37002/revistacepsul.vol10.1944e2021007
Fernando Niemeyer Fiedler, Derien Lucie Vernetti Duarte, Paula Guimarães Salge, Rodrigo Risi Pereira Barreto, Jorge Eduardo Kotas, Antonio Alberto da Silveira Menezes, Roberta Aguiar dos Santos
Foram monitorados, entre 2015 e 2017, 225 dias de mar e 775 lances nas pescarias industriais de arrasto-de-parelha, arrasto-duplo para linguado, arrasto-duplo para abrótea/merluza e arrasto-simples para cabrinha, a partir do embarque de observadores científicos do CEPSUL/ICMBio no sul do Brasil, cujo objetivo foi obter informações sobre as operações e áreas de pesca, assim como das capturas, principalmente das espécies ameaçadas de extinção, quase ameaçadas e com dados insuficientes. No arrasto-de-parelha, foram capturadas 201,565 t (três viagens; 184 arrastos), sendo estocadas 25 espécies, principalmente corvina, castanha, goete e maria-mole. A “mistura” foi composta por 68 espécies e a captura rejeitada média em peso foi de 36%. No arrasto-duplo para linguado, capturou-se 94,350 t (duas viagens; 179 arrastos), com mais de 25 espécies estocadas; sendo as principais: linguado, castanha, maria-mole e cabrinha. A “mistura” variou em cada viagem, apresentando a captura rejeitada média em peso de 62%. No arrasto-duplo para abrótea/merluza, foram capturadas 404,087 t (quatro viagens; 306 arrastos). As principais espécies foram abrótea-olhuda, merluza, peixe-sapo e congro-rosa e a “mistura” variou entre viagens, com composição significativa de elasmobrânquios. A captura rejeitada média em peso foi de 22%. No arrasto-simples para cabrinha, foram capturadas 245,885 t (três viagens; 106 arrastos), com 17 espécies estocadas, principalmente cabrinha, emplastros (maioria Rajiformes), linguado e castanha. A captura rejeitada média em peso foi de 27%. Observou-se grande diversidade de espécies descartadas, algumas ameaçadas de extinção, indicando ser fundamental a adoção de medidas de conservação participativas e integradas com as políticas de gestão pesqueira no Brasil.
{"title":"Monitoramento de pescarias industriais de arrasto-de-fundo por meio de observadores científicos na Plataforma Continental e Talude do sul do Brasil entre 2015 e 2017","authors":"Fernando Niemeyer Fiedler, Derien Lucie Vernetti Duarte, Paula Guimarães Salge, Rodrigo Risi Pereira Barreto, Jorge Eduardo Kotas, Antonio Alberto da Silveira Menezes, Roberta Aguiar dos Santos","doi":"10.37002/revistacepsul.vol10.1944e2021007","DOIUrl":"https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol10.1944e2021007","url":null,"abstract":"Foram monitorados, entre 2015 e 2017, 225 dias de mar e 775 lances nas pescarias industriais de arrasto-de-parelha, arrasto-duplo para linguado, arrasto-duplo para abrótea/merluza e arrasto-simples para cabrinha, a partir do embarque de observadores científicos do CEPSUL/ICMBio no sul do Brasil, cujo objetivo foi obter informações sobre as operações e áreas de pesca, assim como das capturas, principalmente das espécies ameaçadas de extinção, quase ameaçadas e com dados insuficientes. No arrasto-de-parelha, foram capturadas 201,565 t (três viagens; 184 arrastos), sendo estocadas 25 espécies, principalmente corvina, castanha, goete e maria-mole. A “mistura” foi composta por 68 espécies e a captura rejeitada média em peso foi de 36%. No arrasto-duplo para linguado, capturou-se 94,350 t (duas viagens; 179 arrastos), com mais de 25 espécies estocadas; sendo as principais: linguado, castanha, maria-mole e cabrinha. A “mistura” variou em cada viagem, apresentando a captura rejeitada média em peso de 62%. No arrasto-duplo para abrótea/merluza, foram capturadas 404,087 t (quatro viagens; 306 arrastos). As principais espécies foram abrótea-olhuda, merluza, peixe-sapo e congro-rosa e a “mistura” variou entre viagens, com composição significativa de elasmobrânquios. A captura rejeitada média em peso foi de 22%. No arrasto-simples para cabrinha, foram capturadas 245,885 t (três viagens; 106 arrastos), com 17 espécies estocadas, principalmente cabrinha, emplastros (maioria Rajiformes), linguado e castanha. A captura rejeitada média em peso foi de 27%. Observou-se grande diversidade de espécies descartadas, algumas ameaçadas de extinção, indicando ser fundamental a adoção de medidas de conservação participativas e integradas com as políticas de gestão pesqueira no Brasil.","PeriodicalId":201724,"journal":{"name":"Revista CEPSUL - Biodiversidade e Conservação Marinha","volume":"18 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116913483","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-08-17DOI: 10.37002/revistacepsul.vol10.1969e2021006
A. Marceniuk, R. Caires, A. Carvalho-Filho, Alex Klautau, Wagner Santos, W. B. Wosiacki, L. Montag, M. Rotundo
The North Coast of Brazil is a biogeographical area of the Exclusive Economic Zone of Brazil that share environmental features with region under influence of the Plume of the rio Amazon and Orinoco. Despite the relevance of the region’s fish fauna, in biogeo-graphic, ecologic, and commercial terms, this area is poorly known. This study presents the most complete and updated list of the bony fish fauna from the North Coast of Brazil, aiming to minimize our knowledge gap on such region's biodiversity. The main sources of infor-mation were records from zoological collections, inventories obtained during the surveys of the Research and Conservation National Center of Northern Marine Biodiversity and collec-tions from the authors. A total of 787 species of the Teleostei were recorded off the North Coast of Brazil and adjacent waters, representing 156 families and 45 orders. Most (531) of these species are coastal, 256 inhabit deeper water, and 31 pelagic (oceanic) species are com-mon to both the internal and external continental shelf, of which 54 represent new records. Given the progressive intensification of fisheries and increasing incentives for the exploita-tion of the local gas and oil reserves, a more adequate inventory of the marine fish fauna of the North Coast of Brazil is fundamentally important for the management of the region’s aquatic biodiversity.
{"title":"Teleostei fishes of the North Coast of Brazil and adjacent areas","authors":"A. Marceniuk, R. Caires, A. Carvalho-Filho, Alex Klautau, Wagner Santos, W. B. Wosiacki, L. Montag, M. Rotundo","doi":"10.37002/revistacepsul.vol10.1969e2021006","DOIUrl":"https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol10.1969e2021006","url":null,"abstract":"The North Coast of Brazil is a biogeographical area of the Exclusive Economic Zone of Brazil that share environmental features with region under influence of the Plume of the rio Amazon and Orinoco. Despite the relevance of the region’s fish fauna, in biogeo-graphic, ecologic, and commercial terms, this area is poorly known. This study presents the most complete and updated list of the bony fish fauna from the North Coast of Brazil, aiming to minimize our knowledge gap on such region's biodiversity. The main sources of infor-mation were records from zoological collections, inventories obtained during the surveys of the Research and Conservation National Center of Northern Marine Biodiversity and collec-tions from the authors. A total of 787 species of the Teleostei were recorded off the North Coast of Brazil and adjacent waters, representing 156 families and 45 orders. Most (531) of these species are coastal, 256 inhabit deeper water, and 31 pelagic (oceanic) species are com-mon to both the internal and external continental shelf, of which 54 represent new records. Given the progressive intensification of fisheries and increasing incentives for the exploita-tion of the local gas and oil reserves, a more adequate inventory of the marine fish fauna of the North Coast of Brazil is fundamentally important for the management of the region’s aquatic biodiversity.","PeriodicalId":201724,"journal":{"name":"Revista CEPSUL - Biodiversidade e Conservação Marinha","volume":"73 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-08-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124270672","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-06-28DOI: 10.37002/revistacepsul.vol10.884e2021005
Heitor Sunhog Orsi, L. A. M. Mestre, Juliana Rechetelo
No litoral do Paraná a coruja-buraqueira (Athene cunicularia) usa a vegetação de restinga mais próxima ao mar para fazer suas tocas, sendo este ambiente importante para a manutenção destas populações. Este estudo descreve o sítio reprodutivo das corujas-buraqueiras na restinga de Pontal do Sul, litoral do Paraná. Foram monitoradas e medidas características ambientais no entorno de 44 tocas (sendo 19 ativas) entre agosto de 2017 e abril de 2018. A maioria das tocas foi registrada com aberturas em direções opostas às pre-dominantes frentes frias. As tocas ativas apresentaram maior porcentagem de gramíneas e menor quantidade de árvores em seu entorno quando comparadas às inativas. Além disso, sugere-se que a maioria das tocas estava sobre ambientes não inundáveis, sendo a preferên-cia por determinado tipo de formação vegetacional possivelmente relacionada aos padrões de alagamento local. A conservação da restinga e suas diferentes fitofisionomias é importan-te para a manutenção da população local de corujas-buraqueiras no litoral do Paraná.
{"title":"Caracterização dos sítios reprodutivos da coruja-buraqueira (Athene cunicularia) em uma área de restinga de Pontal do Sul, litoral do Paraná","authors":"Heitor Sunhog Orsi, L. A. M. Mestre, Juliana Rechetelo","doi":"10.37002/revistacepsul.vol10.884e2021005","DOIUrl":"https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol10.884e2021005","url":null,"abstract":"No litoral do Paraná a coruja-buraqueira (Athene cunicularia) usa a vegetação de restinga mais próxima ao mar para fazer suas tocas, sendo este ambiente importante para a manutenção destas populações. Este estudo descreve o sítio reprodutivo das corujas-buraqueiras na restinga de Pontal do Sul, litoral do Paraná. Foram monitoradas e medidas características ambientais no entorno de 44 tocas (sendo 19 ativas) entre agosto de 2017 e abril de 2018. A maioria das tocas foi registrada com aberturas em direções opostas às pre-dominantes frentes frias. As tocas ativas apresentaram maior porcentagem de gramíneas e menor quantidade de árvores em seu entorno quando comparadas às inativas. Além disso, sugere-se que a maioria das tocas estava sobre ambientes não inundáveis, sendo a preferên-cia por determinado tipo de formação vegetacional possivelmente relacionada aos padrões de alagamento local. A conservação da restinga e suas diferentes fitofisionomias é importan-te para a manutenção da população local de corujas-buraqueiras no litoral do Paraná.","PeriodicalId":201724,"journal":{"name":"Revista CEPSUL - Biodiversidade e Conservação Marinha","volume":"7 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-06-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121129969","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-25DOI: 10.37002/revistacepsul.vol8.676eb2019005
Alexandre Venson Grose, D. Fink, M. Cremer
A baía Babitonga vem sofrendo forte especulação imobiliária, incluindo a construção de grandes empreendimentos, o que vem reduzindo significativamente os ambientes naturais na região. Esta ocupação necessita de esforços que busquem a gestão integrada destes impactos. O presente artigo foi elaborado seguindo um roteiro proposto pelo Grupo de Pesquisa Babitonga. Desta forma, foram abordados os assuntos: 1) principais iniciativas e projetos de pesquisa e ação em andamento ou realizados; 2) diversidade de espécies nativas, exóticas/invasoras; 3) diversidade e heterogeneidade de ecossistemas e habitats importantes para o componente na área de estudo; 4) as pressões sobre estas espécies e habitats e; 5) a relevância das populações de espécies-chave em nível regional e/ou nacional. Foram identificados 50 estudos já realizados, que tratam principalmente do levantamento de espécies (53,1%), da reprodução (28,6%), do comportamento (8,16%), da ocorrência de patógenos (6,1%), da dieta e de aspectos relacionados à história natural (2,04%). A riqueza estimada para este para a região da Babitonga foi de 474 espécies, o que representa 70% da avifauna de Santa Catarina. Devido à complexidade de ambientes o a região abriga pelo menos 40 espécies ameaçadas de extinção, assim como espécies migrantes de origem neártica e do extremo sul do Hemisfério Sul. Devido a esta grande riqueza da região, é importante a continuidade dos estudos, principalmente em municípios onde a avifauna é pouco conhecida. Vários aspectos biológicos ainda carecem de informações mais precisas para grande parte destas espécies. Ações que visem garantir a manutenção destas populações, incluindo estudos que possam ampliar o conhecimento sobre avifauna local e acompanhar as alterações a longo prazo são de grande importância. Alguns aspectos são apresentados e precisam ser considerados diante de novas intervenções na região.
{"title":"Revisão bibliométrica de estudos da avifauna no Ecossistema Babitonga, Santa Catarina, Brasil","authors":"Alexandre Venson Grose, D. Fink, M. Cremer","doi":"10.37002/revistacepsul.vol8.676eb2019005","DOIUrl":"https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol8.676eb2019005","url":null,"abstract":"A baía Babitonga vem sofrendo forte especulação imobiliária, incluindo a construção de grandes empreendimentos, o que vem reduzindo significativamente os ambientes naturais na região. Esta ocupação necessita de esforços que busquem a gestão integrada destes impactos. O presente artigo foi elaborado seguindo um roteiro proposto pelo Grupo de Pesquisa Babitonga. Desta forma, foram abordados os assuntos: 1) principais iniciativas e projetos de pesquisa e ação em andamento ou realizados; 2) diversidade de espécies nativas, exóticas/invasoras; 3) diversidade e heterogeneidade de ecossistemas e habitats importantes para o componente na área de estudo; 4) as pressões sobre estas espécies e habitats e; 5) a relevância das populações de espécies-chave em nível regional e/ou nacional. Foram identificados 50 estudos já realizados, que tratam principalmente do levantamento de espécies (53,1%), da reprodução (28,6%), do comportamento (8,16%), da ocorrência de patógenos (6,1%), da dieta e de aspectos relacionados à história natural (2,04%). A riqueza estimada para este para a região da Babitonga foi de 474 espécies, o que representa 70% da avifauna de Santa Catarina. Devido à complexidade de ambientes o a região abriga pelo menos 40 espécies ameaçadas de extinção, assim como espécies migrantes de origem neártica e do extremo sul do Hemisfério Sul. Devido a esta grande riqueza da região, é importante a continuidade dos estudos, principalmente em municípios onde a avifauna é pouco conhecida. Vários aspectos biológicos ainda carecem de informações mais precisas para grande parte destas espécies. Ações que visem garantir a manutenção destas populações, incluindo estudos que possam ampliar o conhecimento sobre avifauna local e acompanhar as alterações a longo prazo são de grande importância. Alguns aspectos são apresentados e precisam ser considerados diante de novas intervenções na região.","PeriodicalId":201724,"journal":{"name":"Revista CEPSUL - Biodiversidade e Conservação Marinha","volume":"16 Suppl 1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"125747332","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-25DOI: 10.37002/revistacepsul.vol8.680eb2019006
Mariana S. Oortman, S. Rhoden, Regina Maria Miranda Gern
Atualmente existe uma grande pressão antrópica no Ecossistema Babitonga-SC evidenciada pela a poluição de suas águas oriundas dos despejos industriais, desmatamento, esgoto doméstico, pesca predatória, ocupação ilegal de áreas públicas, aterramentos dos bosques de mangue, avanço imobiliário e exploração turística. Além destas atividades, incluem-se os atuais e os futuros empreendimentos portuários, que já possuem licenciamento ambiental e/ou têm a possibilidade de instalação . A microbiota aquática e as que estão ligadas aos biomas associados ao Ecossistema Babitonga, em especial, restinga, manguezal, marisma, planícies de maré, são complexas no seu aspecto ecológico, uma vez que, os ambientes são heterogêneos. São praticamente inexistentes dados acadêmicos na Ecossistema Babitonga sobre a biodiversidade, que compreende especialmente a presença de bactérias e de fungos. Com o sucessivo aumento da pressão humana nos últimos 40 anos, há possibilidade que parte da biodiversidade esteja sendo perdida, sem ao menos termos o conhecimento da sua existência, ou seja, a extinção de uma rica diversidade genética. Acrescenta-se a esta perda, a subtração dos possíveis produtos biotecnológicos oriundos desta diversidade, que poderiam ser aplicados na indústria farmacêutica e na agroindústria. Este estudo teve como objetivo compilar publicações a respeito de micro-organismos no Ecossistema Babitonga e destacar sua importância ecológica e biotecnológica.
{"title":"Microbiota do Ecossistema Babitonga: importância, diagnóstico de estudo e perspectivas","authors":"Mariana S. Oortman, S. Rhoden, Regina Maria Miranda Gern","doi":"10.37002/revistacepsul.vol8.680eb2019006","DOIUrl":"https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol8.680eb2019006","url":null,"abstract":"Atualmente existe uma grande pressão antrópica no Ecossistema Babitonga-SC evidenciada pela a poluição de suas águas oriundas dos despejos industriais, desmatamento, esgoto doméstico, pesca predatória, ocupação ilegal de áreas públicas, aterramentos dos bosques de mangue, avanço imobiliário e exploração turística. Além destas atividades, incluem-se os atuais e os futuros empreendimentos portuários, que já possuem licenciamento ambiental e/ou têm a possibilidade de instalação . A microbiota aquática e as que estão ligadas aos biomas associados ao Ecossistema Babitonga, em especial, restinga, manguezal, marisma, planícies de maré, são complexas no seu aspecto ecológico, uma vez que, os ambientes são heterogêneos. São praticamente inexistentes dados acadêmicos na Ecossistema Babitonga sobre a biodiversidade, que compreende especialmente a presença de bactérias e de fungos. Com o sucessivo aumento da pressão humana nos últimos 40 anos, há possibilidade que parte da biodiversidade esteja sendo perdida, sem ao menos termos o conhecimento da sua existência, ou seja, a extinção de uma rica diversidade genética. Acrescenta-se a esta perda, a subtração dos possíveis produtos biotecnológicos oriundos desta diversidade, que poderiam ser aplicados na indústria farmacêutica e na agroindústria. Este estudo teve como objetivo compilar publicações a respeito de micro-organismos no Ecossistema Babitonga e destacar sua importância ecológica e biotecnológica.","PeriodicalId":201724,"journal":{"name":"Revista CEPSUL - Biodiversidade e Conservação Marinha","volume":"25 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116634105","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-10-14DOI: 10.37002/revistacepsul.vol8.861e2019004
M. C. Santos, F. Ribeiro
O guaiamum, Cardisoma guanhumi Latreille, 1828 (Brachyura: Gecarcinidae), é um crustáceo amplamente capturado por populações tradicionais de pescadores artesanais no nordeste brasileiro. Esse crustáceo foi considerado Criticamente em Perigo (CR) e está no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Como medida de conservação, foi publicada a Portaria Interministerial do Governo Brasileiro que define regras para o uso sustentável e para a recuperação dos estoques do guaiamum. Entretanto, o conteúdo dessa Portaria tende a gerar a institucionalização de conflitos socioambientais na medida em que inviabiliza socioeconomicamente a atividade artesanal da pesca e possibilita o uso de áreas de apicum por grandes empreendimentos. Para subsidiar as discussões sobre a gestão do uso dessa espécie, este trabalho traz informações e análises de algumas publicações sobre o tamanho de captura, assim como o tamanho de primeira maturação, e sugere regionalização nas medidas de manejo para o uso sustentável do guaiamum.
{"title":"Manejo da pesca do guaiamum: uma alternativa para conservação das áreas de apicum do nordeste oriental brasileiro","authors":"M. C. Santos, F. Ribeiro","doi":"10.37002/revistacepsul.vol8.861e2019004","DOIUrl":"https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol8.861e2019004","url":null,"abstract":"O guaiamum, Cardisoma guanhumi Latreille, 1828 (Brachyura: Gecarcinidae), é um crustáceo amplamente capturado por populações tradicionais de pescadores artesanais no nordeste brasileiro. Esse crustáceo foi considerado Criticamente em Perigo (CR) e está no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Como medida de conservação, foi publicada a Portaria Interministerial do Governo Brasileiro que define regras para o uso sustentável e para a recuperação dos estoques do guaiamum. Entretanto, o conteúdo dessa Portaria tende a gerar a institucionalização de conflitos socioambientais na medida em que inviabiliza socioeconomicamente a atividade artesanal da pesca e possibilita o uso de áreas de apicum por grandes empreendimentos. Para subsidiar as discussões sobre a gestão do uso dessa espécie, este trabalho traz informações e análises de algumas publicações sobre o tamanho de captura, assim como o tamanho de primeira maturação, e sugere regionalização nas medidas de manejo para o uso sustentável do guaiamum. ","PeriodicalId":201724,"journal":{"name":"Revista CEPSUL - Biodiversidade e Conservação Marinha","volume":"51 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-10-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133723527","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-06-13DOI: 10.37002/revistacepsul.vol8.673eb2019004
Renan Lopes Paitach, Ana Kassia Moraes Alves, Beatriz Schulze, M. Cremer
O Ecossistema Babitonga é constituído por um mosaico de habitats que favorece uma grande riqueza e abundância de espécies. Dentre os componentes deste ecossistema estão os mamíferos aquáticos, que inclui cetáceos (ex. baleias, botos e golfinhos), pinípedes (ex. focas, lobos-marinhos e leões-marinhos) e lontras. Algumas das atividades humanas podem constituir ameaças diretas ou indiretas aos mamíferos aquáticos. É necessária uma revisão de literatura para identificar os avanços e lacunas do conhecimento, visando a conservação das espécies. Foi utilizado o método de revisão sistemática da literatura para elaboração do presente estudo. Foram identificados e catalogados 85 estudos (artigos publicados e literatura cinzenta) sobre os mamíferos aquáticos do Ecossistema Babitonga, que abordam 21 linhas de investigação. Os mamíferos aquáticos foram representados por 24 espécies distribuídas em: cetáceos, famílias Delphinidae (9 spp.), Balaenopteridae (3 spp.), Kogiidae (2 spp.), Physeteridae (1 sp.), Pontoporiidae (1 sp.) e Balaenidae (1 sp.); pinípedes, famílias Otariidae (4 spp.) e Phocidae (2 spp.); e lontras, família Mustelidae (1sp.). Foram identificadas cinco espécies-chave de mamíferos aquáticos neste ecossistema: o boto-cinza (Sotalia guianensis), a toninha (Pontoporia blainvillei), o golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus), a baleia-franca-austral (Eubalaena australis) e a lontra-neotropical (Lontra longicaudis). Os principais resultados sobre estas espécies foram apresentados como subsídio à gestão. Ainda há uma lacuna no conhecimento sobre a distribuição e parâmetros demográficos da maioria das espécies. O monitoramento destes parâmetros é necessário para identificar tendências populacionais e estabelecer estratégias para mitigação de impactos.
{"title":"Cienciometria de mamíferos aquáticos do Ecossistema Babitonga: subsídios para a conservação","authors":"Renan Lopes Paitach, Ana Kassia Moraes Alves, Beatriz Schulze, M. Cremer","doi":"10.37002/revistacepsul.vol8.673eb2019004","DOIUrl":"https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol8.673eb2019004","url":null,"abstract":"O Ecossistema Babitonga é constituído por um mosaico de habitats que favorece uma grande riqueza e abundância de espécies. Dentre os componentes deste ecossistema estão os mamíferos aquáticos, que inclui cetáceos (ex. baleias, botos e golfinhos), pinípedes (ex. focas, lobos-marinhos e leões-marinhos) e lontras. Algumas das atividades humanas podem constituir ameaças diretas ou indiretas aos mamíferos aquáticos. É necessária uma revisão de literatura para identificar os avanços e lacunas do conhecimento, visando a conservação das espécies. Foi utilizado o método de revisão sistemática da literatura para elaboração do presente estudo. Foram identificados e catalogados 85 estudos (artigos publicados e literatura cinzenta) sobre os mamíferos aquáticos do Ecossistema Babitonga, que abordam 21 linhas de investigação. Os mamíferos aquáticos foram representados por 24 espécies distribuídas em: cetáceos, famílias Delphinidae (9 spp.), Balaenopteridae (3 spp.), Kogiidae (2 spp.), Physeteridae (1 sp.), Pontoporiidae (1 sp.) e Balaenidae (1 sp.); pinípedes, famílias Otariidae (4 spp.) e Phocidae (2 spp.); e lontras, família Mustelidae (1sp.). Foram identificadas cinco espécies-chave de mamíferos aquáticos neste ecossistema: o boto-cinza (Sotalia guianensis), a toninha (Pontoporia blainvillei), o golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus), a baleia-franca-austral (Eubalaena australis) e a lontra-neotropical (Lontra longicaudis). Os principais resultados sobre estas espécies foram apresentados como subsídio à gestão. Ainda há uma lacuna no conhecimento sobre a distribuição e parâmetros demográficos da maioria das espécies. O monitoramento destes parâmetros é necessário para identificar tendências populacionais e estabelecer estratégias para mitigação de impactos.","PeriodicalId":201724,"journal":{"name":"Revista CEPSUL - Biodiversidade e Conservação Marinha","volume":"13 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-06-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129339200","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2019-03-09DOI: 10.37002/revistacepsul.vol8.874e2019003
W. Steenbock
A tainha (Mugil liza, Mugilidae) é um dos mais tradicionais recursos pesqueiros do Sudeste e Sul do Brasil. Em função do recurso ter sido considerado sobre-explotado, foi estabelecido um Plano de Gestão Governamental para a espécie, o qual prevê, entre outras medidas, a redução gradativa do esforço de pesca industrial sobre a espécie, até que se verifique a recuperação do estoque. Tal medida, criticada por diferentes setores – em especial pelo setor da pesca industrial – foi substituída, na safra de 2018, pelo estabelecimento de um limite máximo de captura considerada sustentável, com base em valores de avaliações de estoque disponíveis (regime de cotas). Neste trabalho, buscou-se disponibilizar aspectos socioeconômicos da pesca da tainha no sudeste e sul do Brasil, aspectos das discussões, estudos e deliberações para a proposição da política de cotas em 2018, aspectos biológicos e socioeconômicos relacionados especificamente à safra de 2018 e aspectos atuais da discussão acerca do ordenamento da pesca da espécie, em especial para a safra de 2019, no sentido de contribuir para a definição deste ordenamento.
{"title":"Subsídios para o ordenamento da pesca da tainha (Mugil liza, Mugilidae) uma análise histórica recente de aspectos relacionados à política de cotas","authors":"W. Steenbock","doi":"10.37002/revistacepsul.vol8.874e2019003","DOIUrl":"https://doi.org/10.37002/revistacepsul.vol8.874e2019003","url":null,"abstract":"A tainha (Mugil liza, Mugilidae) é um dos mais tradicionais recursos pesqueiros do Sudeste e Sul do Brasil. Em função do recurso ter sido considerado sobre-explotado, foi estabelecido um Plano de Gestão Governamental para a espécie, o qual prevê, entre outras medidas, a redução gradativa do esforço de pesca industrial sobre a espécie, até que se verifique a recuperação do estoque. Tal medida, criticada por diferentes setores – em especial pelo setor da pesca industrial – foi substituída, na safra de 2018, pelo estabelecimento de um limite máximo de captura considerada sustentável, com base em valores de avaliações de estoque disponíveis (regime de cotas). Neste trabalho, buscou-se disponibilizar aspectos socioeconômicos da pesca da tainha no sudeste e sul do Brasil, aspectos das discussões, estudos e deliberações para a proposição da política de cotas em 2018, aspectos biológicos e socioeconômicos relacionados especificamente à safra de 2018 e aspectos atuais da discussão acerca do ordenamento da pesca da espécie, em especial para a safra de 2019, no sentido de contribuir para a definição deste ordenamento. ","PeriodicalId":201724,"journal":{"name":"Revista CEPSUL - Biodiversidade e Conservação Marinha","volume":"2 2","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2019-03-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132071020","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}