Pub Date : 2024-05-21DOI: 10.36440/recmvz.v22.38609
Liana Thayse Ribeiro, E. D. Rosa, M. M. Colodel
A insuficiência pancreática exócrina (IPE) é uma condição funcional caracterizada pela secreção inadequada de enzimas digestivas pelas células acinares do pâncreas, levando a uma má absorção e eventual síndrome de desnutrição crônica. Nos felinos, embora seja uma das principais afecções do pâncreas exócrino, é, frequentemente, subdiagnosticada e pouco relatada. Diversos fatores foram identificados como possíveis desencadeadores dessa síndrome em felinos, sendo a pancreatite crônica considerada o estágio final mais aceito. Desde a introdução e validação do teste da imunorreatividade semelhante à tripsina felina (fTLI), aumentou-se o diagnóstico de IPE em gatos, entretanto, muitos casos permanecem sem diagnóstico, devido à inespecificidade dos sinais clínicos e alterações clínico patológicas apresentadas pelos pacientes. O tratamento dos animais acometidos, normalmente, é bem sucedido por meio da suplementação enzimática pancreática na dieta. Produtos comerciais estão disponíveis e o pó é considerado mais eficaz que a administração de comprimidos ou cápsulas. O presente relato descreve um caso clínico de IPE em um felino e discute os sinais clínicos apresentados nessa espécie, diagnóstico, tratamento e os principais diferenciais que devem ser considerados para conclusão do diagnóstico.
{"title":"Insuficiência pancreática exócrina em felinos: análise de um caso clínico e suas implicações","authors":"Liana Thayse Ribeiro, E. D. Rosa, M. M. Colodel","doi":"10.36440/recmvz.v22.38609","DOIUrl":"https://doi.org/10.36440/recmvz.v22.38609","url":null,"abstract":"A insuficiência pancreática exócrina (IPE) é uma condição funcional caracterizada pela secreção inadequada de enzimas digestivas pelas células acinares do pâncreas, levando a uma má absorção e eventual síndrome de desnutrição crônica. Nos felinos, embora seja uma das principais afecções do pâncreas exócrino, é, frequentemente, subdiagnosticada e pouco relatada. Diversos fatores foram identificados como possíveis desencadeadores dessa síndrome em felinos, sendo a pancreatite crônica considerada o estágio final mais aceito. Desde a introdução e validação do teste da imunorreatividade semelhante à tripsina felina (fTLI), aumentou-se o diagnóstico de IPE em gatos, entretanto, muitos casos permanecem sem diagnóstico, devido à inespecificidade dos sinais clínicos e alterações clínico patológicas apresentadas pelos pacientes. O tratamento dos animais acometidos, normalmente, é bem sucedido por meio da suplementação enzimática pancreática na dieta. Produtos comerciais estão disponíveis e o pó é considerado mais eficaz que a administração de comprimidos ou cápsulas. O presente relato descreve um caso clínico de IPE em um felino e discute os sinais clínicos apresentados nessa espécie, diagnóstico, tratamento e os principais diferenciais que devem ser considerados para conclusão do diagnóstico.","PeriodicalId":296475,"journal":{"name":"Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP","volume":"124 3","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-05-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"141115462","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-03-27DOI: 10.36440/recmvz.v22.38529
Aline Bertozo Cavalheiro, Tamela Caroline Messias de Oliveira Prado
A mucinose cutânea é uma doença autoimune que consiste na deposição exacerbada de mucina na pele. Acomete principalmente os cães da raça shar-pei devido a um fenótipo característico representado por pele espessada com múltiplas dobras. A mucinose cutânea pode se apresentar por meio de lesões focais, multifocais ou difusas, variando de leves a graves, além de linfedema em membros. O presente trabalho relata o caso de um cão com quatro anos de idade que manifestou alterações cutâneas, inicialmente com edema e hematoma nos membros pélvicos, as quais evoluíram, resultando na degradação da pele e exposição dos ligamentos do membro afetado. O exame histopatológico diagnosticou a mucinose cutânea. O tratamento incluiu a administração de corticoides via oral, juntamente com a realização de curativos tópicos que envolveram a limpeza das lesões e a aplicação de pomadas apropriadas. O objetivo deste relato se originou da observação da gravidade dos sinais clínicos apresentados pela paciente e da eficácia notável do tratamento aplicado, que resultou na reestruturação da pele.
{"title":"Mucinose cutânea em um cão da raça shar-pei: relato de caso","authors":"Aline Bertozo Cavalheiro, Tamela Caroline Messias de Oliveira Prado","doi":"10.36440/recmvz.v22.38529","DOIUrl":"https://doi.org/10.36440/recmvz.v22.38529","url":null,"abstract":"A mucinose cutânea é uma doença autoimune que consiste na deposição exacerbada de mucina na pele. Acomete principalmente os cães da raça shar-pei devido a um fenótipo característico representado por pele espessada com múltiplas dobras. A mucinose cutânea pode se apresentar por meio de lesões focais, multifocais ou difusas, variando de leves a graves, além de linfedema em membros. O presente trabalho relata o caso de um cão com quatro anos de idade que manifestou alterações cutâneas, inicialmente com edema e hematoma nos membros pélvicos, as quais evoluíram, resultando na degradação da pele e exposição dos ligamentos do membro afetado. O exame histopatológico diagnosticou a mucinose cutânea. O tratamento incluiu a administração de corticoides via oral, juntamente com a realização de curativos tópicos que envolveram a limpeza das lesões e a aplicação de pomadas apropriadas. O objetivo deste relato se originou da observação da gravidade dos sinais clínicos apresentados pela paciente e da eficácia notável do tratamento aplicado, que resultou na reestruturação da pele.","PeriodicalId":296475,"journal":{"name":"Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP","volume":"42 16","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140373583","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-03-27DOI: 10.36440/recmvz.v22.38550
Gabriela Piovan Lima, Ana Beatriz Botto de Barros da Cruz Fávaro, Fernanda Ramalho Ramos, B. Gouveia, Paulo Henrique Leal Bertolo, Mariana Rodrigues Miotto, A. A. B. Carvalho, R. O. Vasconcelos
A leishmaniose visceral (LV) é uma antropozoonose global que afeta humanos, cães e animais silvestres. O cão é considerado o principal reservatório urbano da doença, causada pelo protozoário Leishmania infantum e transmitida pela picada do vetor Lutzomyia longipalpis. A infecção pode ser assintomática ou sintomática, apresentando alterações que incluem anemia, caquexia, febre, linfadenomegalia, esplenomegalia e hepatomegalia, lesões cutâneas e onicogrifose. O diagnóstico ocorre por meio da pesquisa direta ou indireta do parasita em amostras de sangue, lesões cutâneas, fígado, baço, aspirado de linfonodo e medula óssea. Este estudo descreve três casos de LV em cães oriundos de Pirajuí e importados para Jaboticabal, SP, Brasil. Os diagnósticos foram confirmados por testes clínicos, sorológicos, moleculares e parasitários, destacando variações nos resultados. A necessidade de múltiplos métodos diagnósticos é enfatizada devido às diferentes manifestações da doença. O artigo também ressalta a importância do controle do trânsito de cães entre regiões para evitar a disseminação da LV, sugerindo medidas de prevenção e controle para áreas não endêmicas.
{"title":"Estudo de três casos alóctones de leishmaniose visceral canina em Jaboticabal, São Paulo, Brasil","authors":"Gabriela Piovan Lima, Ana Beatriz Botto de Barros da Cruz Fávaro, Fernanda Ramalho Ramos, B. Gouveia, Paulo Henrique Leal Bertolo, Mariana Rodrigues Miotto, A. A. B. Carvalho, R. O. Vasconcelos","doi":"10.36440/recmvz.v22.38550","DOIUrl":"https://doi.org/10.36440/recmvz.v22.38550","url":null,"abstract":"A leishmaniose visceral (LV) é uma antropozoonose global que afeta humanos, cães e animais silvestres. O cão é considerado o principal reservatório urbano da doença, causada pelo protozoário Leishmania infantum e transmitida pela picada do vetor Lutzomyia longipalpis. A infecção pode ser assintomática ou sintomática, apresentando alterações que incluem anemia, caquexia, febre, linfadenomegalia, esplenomegalia e hepatomegalia, lesões cutâneas e onicogrifose. O diagnóstico ocorre por meio da pesquisa direta ou indireta do parasita em amostras de sangue, lesões cutâneas, fígado, baço, aspirado de linfonodo e medula óssea. Este estudo descreve três casos de LV em cães oriundos de Pirajuí e importados para Jaboticabal, SP, Brasil. Os diagnósticos foram confirmados por testes clínicos, sorológicos, moleculares e parasitários, destacando variações nos resultados. A necessidade de múltiplos métodos diagnósticos é enfatizada devido às diferentes manifestações da doença. O artigo também ressalta a importância do controle do trânsito de cães entre regiões para evitar a disseminação da LV, sugerindo medidas de prevenção e controle para áreas não endêmicas.","PeriodicalId":296475,"journal":{"name":"Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP","volume":"42 16","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-03-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140377127","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2024-01-31DOI: 10.36440/recmvz.v22.38507
Pamela Custodio Parra, Júlia Cecília Pirola, F. L. S. B. Varzim
As síndromes paraneoplásicas (SPN) são um conjunto de alterações decorrentes da produção de substâncias pelos tumores que causam impacto em áreas distantes da massa tumoral ou de suas metástases. Essas alterações ocorrem devido às ações não invasivas do tumor como, por exemplo, a liberação de hormônios, peptídeos, citocinas ou uma reação cruzada entre os tecidos normais. As alterações envolvidas na SPN envolvem uma série de efeitos combinados e promovidos em outros órgãos, distantes da origem tumoral, primária ou metastática. O grau de malignidade é variável de maior ou menor intensidade, cuja incidência e diagnóstico são pouco estudados. As principais síndromes paraneoplásicas descritas em pequenos animais incluem caquexia, febre, alterações neurológicas, endócrinas, tegumentares e hematológicas, que serão abordadas na presente revisão. A forma como a maioria dessas síndromes ocorre ainda não está estabelecida ou não é, completamente, compreendida.
{"title":"Alterações hematológicas na síndrome paraneoplásica em caninos e felinos: uma revisão de literatura","authors":"Pamela Custodio Parra, Júlia Cecília Pirola, F. L. S. B. Varzim","doi":"10.36440/recmvz.v22.38507","DOIUrl":"https://doi.org/10.36440/recmvz.v22.38507","url":null,"abstract":"As síndromes paraneoplásicas (SPN) são um conjunto de alterações decorrentes da produção de substâncias pelos tumores que causam impacto em áreas distantes da massa tumoral ou de suas metástases. Essas alterações ocorrem devido às ações não invasivas do tumor como, por exemplo, a liberação de hormônios, peptídeos, citocinas ou uma reação cruzada entre os tecidos normais. As alterações envolvidas na SPN envolvem uma série de efeitos combinados e promovidos em outros órgãos, distantes da origem tumoral, primária ou metastática. O grau de malignidade é variável de maior ou menor intensidade, cuja incidência e diagnóstico são pouco estudados. As principais síndromes paraneoplásicas descritas em pequenos animais incluem caquexia, febre, alterações neurológicas, endócrinas, tegumentares e hematológicas, que serão abordadas na presente revisão. A forma como a maioria dessas síndromes ocorre ainda não está estabelecida ou não é, completamente, compreendida.","PeriodicalId":296475,"journal":{"name":"Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP","volume":"36 9","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2024-01-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"140479013","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-01DOI: 10.36440/recmvz.v21.38477
Maria Luiza Santos Barbosa
A homeopatia é uma especialidade dentro da Medicina Veterinária e se apresenta como um importante recurso na ciência por trabalhar no bem-estar, tratamento e equilíbrio da natureza, de forma a tratar todo o ser vivo e priorizar a saúde, dentro do conceito One Health. Neste artigo, é descrito o uso do medicamento homeopático Apis Mellifica 6 cH em quatro casos de hipersensibilidade do tipo 1 canina. O medicamento foi administrado via oral, tendo base na variável dependente da gravidade do quadro. No caso de dermatite de contato por picada de insetos, foi utilizado Apis Mellifica 6 cH pelo método plus. Já nos casos de dermatite de contato por plantas, foi utilizado Apis Mellifica 6 cH, três glóbulos, duas vezes ao dia, durante cinco dias. A homeopatia mostrou-se eficaz nos casos citados e sua aplicabilidade pode ser considerada como mais uma possibilidade de tratamento para dermatopatia alérgica.
{"title":"Apis mellifica em casos de dermatite de contato canina","authors":"Maria Luiza Santos Barbosa","doi":"10.36440/recmvz.v21.38477","DOIUrl":"https://doi.org/10.36440/recmvz.v21.38477","url":null,"abstract":"A homeopatia é uma especialidade dentro da Medicina Veterinária e se apresenta como um importante recurso na ciência por trabalhar no bem-estar, tratamento e equilíbrio da natureza, de forma a tratar todo o ser vivo e priorizar a saúde, dentro do conceito One Health. Neste artigo, é descrito o uso do medicamento homeopático Apis Mellifica 6 cH em quatro casos de hipersensibilidade do tipo 1 canina. O medicamento foi administrado via oral, tendo base na variável dependente da gravidade do quadro. No caso de dermatite de contato por picada de insetos, foi utilizado Apis Mellifica 6 cH pelo método plus. Já nos casos de dermatite de contato por plantas, foi utilizado Apis Mellifica 6 cH, três glóbulos, duas vezes ao dia, durante cinco dias. A homeopatia mostrou-se eficaz nos casos citados e sua aplicabilidade pode ser considerada como mais uma possibilidade de tratamento para dermatopatia alérgica.","PeriodicalId":296475,"journal":{"name":"Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP","volume":" 32","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138616763","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-12-01DOI: 10.36440/recmvz.v21.38438
Lilian Jéssica Fonseca Machado, Larissa Cristiny de Souza Ferreira, A. M. Antonucci, Bianca Gerardi, R. M. Albernaz, Tiago Ladeiro de Almeida
Os alfaherpesvírus equino constituem uma ampla gama de vírus que são conhecidos por causar sérios riscos à saúde dos cavalos. O aborto e a mieloencefalopatia por alfaherpesvírus equino são as consequências clínicas mais graves da infecção. Nos últimos anos, houve um aparente aumento na incidência da forma neurológica da doença, com graves consequências para os equinos e para a indústria equestre. A latência e a reativação viral são características críticas da epidemiologia da infecção. As vacinas disponíveis, atualmente, no mercado devem ser usadas para reduzir a disseminação viral e a duração da viremia. Atualmente, nenhuma vacina tem a capacidade de prevenir a forma neurológica da doença. Medidas de biosseguridade devem ser instituídas em todas as propriedades. A prevenção e um plano de contingência para possíveis surtos no Brasil devem ser temas discutidos entre as autoridades de atividades culturais e esportivas que envolvam equinos em todo o país.
{"title":"Alfaherpesvírus equino: medidas de controle em casos de surtos da doença","authors":"Lilian Jéssica Fonseca Machado, Larissa Cristiny de Souza Ferreira, A. M. Antonucci, Bianca Gerardi, R. M. Albernaz, Tiago Ladeiro de Almeida","doi":"10.36440/recmvz.v21.38438","DOIUrl":"https://doi.org/10.36440/recmvz.v21.38438","url":null,"abstract":"Os alfaherpesvírus equino constituem uma ampla gama de vírus que são conhecidos por causar sérios riscos à saúde dos cavalos. O aborto e a mieloencefalopatia por alfaherpesvírus equino são as consequências clínicas mais graves da infecção. Nos últimos anos, houve um aparente aumento na incidência da forma neurológica da doença, com graves consequências para os equinos e para a indústria equestre. A latência e a reativação viral são características críticas da epidemiologia da infecção. As vacinas disponíveis, atualmente, no mercado devem ser usadas para reduzir a disseminação viral e a duração da viremia. Atualmente, nenhuma vacina tem a capacidade de prevenir a forma neurológica da doença. Medidas de biosseguridade devem ser instituídas em todas as propriedades. A prevenção e um plano de contingência para possíveis surtos no Brasil devem ser temas discutidos entre as autoridades de atividades culturais e esportivas que envolvam equinos em todo o país.","PeriodicalId":296475,"journal":{"name":"Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP","volume":" 5","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"138617990","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-17DOI: 10.36440/recmvz.v21.38472
Júlia Cecília Pirola, Maria Júlia M. Camargo, Mariana R. Andrade Beraldo, Paulo E. B. Martinelli
A leishmaniose visceral canina é uma antropozoonose de notificação compulsória em diversos estados e endêmica em inúmeras regiões do País e que foi diagnosticada e notificada, pela primeira vez, na cidade de São João da Boa Vista (SP), no ano de 2022. O caso se tratava de um animal da espécie canina, macho, da raça dachshund, com 16 anos de idade, proveniente do estado do Maranhão, e que apresentou sinais clínicos e exames complementares compatíveis com a doença.
犬内脏利什曼病是一种人畜共患病,在几个州必须报告,在该国许多地区流行,并于2022年在sao joao da Boa Vista (SP)首次诊断和报告。该病例涉及一种犬种,雄性腊肠犬,16岁,来自maranhao州,表现出与该疾病兼容的临床症状和补充检查。
{"title":"Primeira notificação de leishmaniose visceral canina em município não endêmico do interior do Estado de São Paulo no ano de 2022: relato de caso","authors":"Júlia Cecília Pirola, Maria Júlia M. Camargo, Mariana R. Andrade Beraldo, Paulo E. B. Martinelli","doi":"10.36440/recmvz.v21.38472","DOIUrl":"https://doi.org/10.36440/recmvz.v21.38472","url":null,"abstract":"A leishmaniose visceral canina é uma antropozoonose de notificação compulsória em diversos estados e endêmica em inúmeras regiões do País e que foi diagnosticada e notificada, pela primeira vez, na cidade de São João da Boa Vista (SP), no ano de 2022. O caso se tratava de um animal da espécie canina, macho, da raça dachshund, com 16 anos de idade, proveniente do estado do Maranhão, e que apresentou sinais clínicos e exames complementares compatíveis com a doença.","PeriodicalId":296475,"journal":{"name":"Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP","volume":"1 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135994302","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-17DOI: 10.36440/recmvz.v21.38466
Alana Marques dos Santos, Paulo Sergio Salzo
A síndrome hepatocutânea (SHC), também conhecida por eritema necrolítico migratório (ENM), necrose epidérmica metabólica (NEM) e ainda dermatite necrolítica superficial (DNS), é uma doença rara, geralmente, relacionada a um tumor hepático ou pancreático, disfunção hepática ou má absorção de nutrientes, devido a algum acometimento gastrointestinal. As lesões dermatológicas características se apresentam hiperqueratóticas, eritematosas e crostosas em região de coxins plantares, plano nasal, região periorbital e perianal, junções mucocutâneas e em pontos de pressão. O diagnóstico se dá por meio de uma abordagem multimodal, que inclui análise bioquímica sérica, mensuração de aminoácidos, alterações hepáticas na ultrassonografia e histopatologia, contribuindo para uma análise mais assertiva. O diagnóstico diferencial deve ser realizado para outras dermatopatias, tais como demodiciose, dermatofitose, foliculite bacteriana, necrólise epidérmica tóxica, lúpus eritematoso sistêmico, pênfigo foliáceo e dermatite por contato. O tratamento é paliativo, valendo-se da administração parenteral de aminoácidos, suplementação com zinco, ácidos graxos ômega-3, bem como analgésicos e antibióticos caso haja uma infecção secundária, no intuito de melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevida do paciente.
{"title":"Síndrome hepatocutânea em cães: revisão de literatura","authors":"Alana Marques dos Santos, Paulo Sergio Salzo","doi":"10.36440/recmvz.v21.38466","DOIUrl":"https://doi.org/10.36440/recmvz.v21.38466","url":null,"abstract":"A síndrome hepatocutânea (SHC), também conhecida por eritema necrolítico migratório (ENM), necrose epidérmica metabólica (NEM) e ainda dermatite necrolítica superficial (DNS), é uma doença rara, geralmente, relacionada a um tumor hepático ou pancreático, disfunção hepática ou má absorção de nutrientes, devido a algum acometimento gastrointestinal. As lesões dermatológicas características se apresentam hiperqueratóticas, eritematosas e crostosas em região de coxins plantares, plano nasal, região periorbital e perianal, junções mucocutâneas e em pontos de pressão. O diagnóstico se dá por meio de uma abordagem multimodal, que inclui análise bioquímica sérica, mensuração de aminoácidos, alterações hepáticas na ultrassonografia e histopatologia, contribuindo para uma análise mais assertiva. O diagnóstico diferencial deve ser realizado para outras dermatopatias, tais como demodiciose, dermatofitose, foliculite bacteriana, necrólise epidérmica tóxica, lúpus eritematoso sistêmico, pênfigo foliáceo e dermatite por contato. O tratamento é paliativo, valendo-se da administração parenteral de aminoácidos, suplementação com zinco, ácidos graxos ômega-3, bem como analgésicos e antibióticos caso haja uma infecção secundária, no intuito de melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevida do paciente.","PeriodicalId":296475,"journal":{"name":"Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136032884","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-10-17DOI: 10.36440/recmvz.v21.38473
Maéli Ribeiro de Faria, Talitha Paludeto de Oliveira, Mariana Ramos Andrade Beraldo, Paulo Edson B. Martinelli
O condrossarcoma é uma neoplasia maligna, de caráter infiltrativo e agressivo, de origem primária cartilaginosa, caracterizada pela proliferação de células condroides e de matriz cartilaginosa. Seus sinais clínicos e achados radiológicos podem ser semelhantes aos apresentados no osteossarcoma. Macroscopicamente, pode apresentar-se como uma tumoração lobulada, dura, com áreas branco-azulado ou branco-amarelado. O prognóstico e tratamento são dependentes do tempo de evolução da neoplasia. O presente trabalho relata um caso de condrossarcoma em escápula em um animal da espécie canina, atendido no Hospital Veterinário Dr. Vicente Borelli do Centro Universitário Fundação de Ensino Octávio Bastos (Unifeob), em São João da Boa Vista, São Paulo.
{"title":"Condrossarcoma em escápula de cão: relato de caso","authors":"Maéli Ribeiro de Faria, Talitha Paludeto de Oliveira, Mariana Ramos Andrade Beraldo, Paulo Edson B. Martinelli","doi":"10.36440/recmvz.v21.38473","DOIUrl":"https://doi.org/10.36440/recmvz.v21.38473","url":null,"abstract":"O condrossarcoma é uma neoplasia maligna, de caráter infiltrativo e agressivo, de origem primária cartilaginosa, caracterizada pela proliferação de células condroides e de matriz cartilaginosa. Seus sinais clínicos e achados radiológicos podem ser semelhantes aos apresentados no osteossarcoma. Macroscopicamente, pode apresentar-se como uma tumoração lobulada, dura, com áreas branco-azulado ou branco-amarelado. O prognóstico e tratamento são dependentes do tempo de evolução da neoplasia. O presente trabalho relata um caso de condrossarcoma em escápula em um animal da espécie canina, atendido no Hospital Veterinário Dr. Vicente Borelli do Centro Universitário Fundação de Ensino Octávio Bastos (Unifeob), em São João da Boa Vista, São Paulo.","PeriodicalId":296475,"journal":{"name":"Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP","volume":"11 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-10-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"136033377","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-08-21DOI: 10.36440/recmvz.v21.38425
Carla Tozetto, Lucas de Oliveira Castro
O hipoadrenocorticismo canino é uma endocrinopatia caracterizada, na sua forma mais comum, pela deficiência de glicocorticoides e mineralocorticoides. Pacientes não tratados podem desenvolver a forma aguda da doença (crise addisoniana), apresentação grave com risco de óbito, caso não sejam realizadas as intervenções adequadas. Entre as alterações apresentadas estão: distúrbios eletrolíticos (como hiponatremia, hipercalemia, hiperfosfatemia e hipercalcemia), desequilíbrio hídrico (desidratação e choque hipovolêmico) e acidobásico. Fluidoterapia intravenosa adequada é a base do manejo inicial da crise addisoniana, que irá reestabelecer o volume intravascular e hidratação, reduzindo a concentração sérica de fósforo e potássio, a acidose lática, a azotemia pré-renal e a acidose metabólica. A reposição de glicocorticoides também contribui para a normalização dessas alterações. Entre as possíveis complicações do tratamento está a mielinólise pontina, decorrente de aumento rápido na concentração sérica de sódio.Diante disso, o conhecimento dos distúrbios associados à essa endocrinopatia auxilia na suspeição e manejoadequado da doença.
{"title":"Distúrbios hidroeletrolíticos no hipoadrenocorticismo primário agudo em cães: uma revisão","authors":"Carla Tozetto, Lucas de Oliveira Castro","doi":"10.36440/recmvz.v21.38425","DOIUrl":"https://doi.org/10.36440/recmvz.v21.38425","url":null,"abstract":"O hipoadrenocorticismo canino é uma endocrinopatia caracterizada, na sua forma mais comum, pela deficiência de glicocorticoides e mineralocorticoides. Pacientes não tratados podem desenvolver a forma aguda da doença (crise addisoniana), apresentação grave com risco de óbito, caso não sejam realizadas as intervenções adequadas. Entre as alterações apresentadas estão: distúrbios eletrolíticos (como hiponatremia, hipercalemia, hiperfosfatemia e hipercalcemia), desequilíbrio hídrico (desidratação e choque hipovolêmico) e acidobásico. Fluidoterapia intravenosa adequada é a base do manejo inicial da crise addisoniana, que irá reestabelecer o volume intravascular e hidratação, reduzindo a concentração sérica de fósforo e potássio, a acidose lática, a azotemia pré-renal e a acidose metabólica. A reposição de glicocorticoides também contribui para a normalização dessas alterações. Entre as possíveis complicações do tratamento está a mielinólise pontina, decorrente de aumento rápido na concentração sérica de sódio.Diante disso, o conhecimento dos distúrbios associados à essa endocrinopatia auxilia na suspeição e manejoadequado da doença.","PeriodicalId":296475,"journal":{"name":"Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP","volume":"23 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-08-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"131102998","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}