Carine Pacheco Alexandre, Carla Santos Almeida, Alícia Kerly da Silva Andrade, Ana Gabriela Álvares Travassos
A sexualidade humana é um conjunto de expressões e comportamentos individuais que são influenciados por múltiplos fatores. O sexo oral é uma prática sexual frequente entre os jovens, e que traz riscos pouco difundidos para infecções sexualmente transmissíveis. Objetivo: estudar a relação entre o conhecimento sobre uso de métodos para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e a prática de sexo oral seguro por jovens universitários da área da saúde. Metodologia: Estudo transversal, descritivo e analítico. A coleta foi realizada no Departamento de Ciências da Vida na Universidade do Estado da Bahia. Os universitários foram convidados a preencher um questionário anônimo e autoexplicativo com questões sobre práticas sexuais e conhecimentos sobre infecções sexualmente transmissíveis. Resultados: A amostra constou em 226 estudantes dos cursos de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina e Nutrição. Sobre as práticas sexuais dos participantes, 157 (69,8%) realizam sexo oral, porém, 70,6% (120) nunca utilizaram condom ao menos uma vez na vida e apenas 7,8% (13 estudantes) usam camisinha regularmente. Não encontramos correlações entre conhecimento sobre infecções sexualmente transmissíveis e uso regular de camisinha no sexo oral. Conclusão: O uso reduzido de preservativos na prática oral é fator de risco importante para transmissão de infecções sexualmente transmissíveis. Apenas o conhecimento sobre essas infecções não é o único fator relacionado ao uso de camisinha no sexo oral. Visto que há poucos artigos sobre essa temática, este estudo amplia o debate sobre sexo oral seguro na população jovem universitária.
{"title":"SEXO ORAL","authors":"Carine Pacheco Alexandre, Carla Santos Almeida, Alícia Kerly da Silva Andrade, Ana Gabriela Álvares Travassos","doi":"10.35919/rbsh.v33.1058","DOIUrl":"https://doi.org/10.35919/rbsh.v33.1058","url":null,"abstract":"A sexualidade humana é um conjunto de expressões e comportamentos individuais que são influenciados por múltiplos fatores. O sexo oral é uma prática sexual frequente entre os jovens, e que traz riscos pouco difundidos para infecções sexualmente transmissíveis. Objetivo: estudar a relação entre o conhecimento sobre uso de métodos para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e a prática de sexo oral seguro por jovens universitários da área da saúde. Metodologia: Estudo transversal, descritivo e analítico. A coleta foi realizada no Departamento de Ciências da Vida na Universidade do Estado da Bahia. Os universitários foram convidados a preencher um questionário anônimo e autoexplicativo com questões sobre práticas sexuais e conhecimentos sobre infecções sexualmente transmissíveis. Resultados: A amostra constou em 226 estudantes dos cursos de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina e Nutrição. Sobre as práticas sexuais dos participantes, 157 (69,8%) realizam sexo oral, porém, 70,6% (120) nunca utilizaram condom ao menos uma vez na vida e apenas 7,8% (13 estudantes) usam camisinha regularmente. Não encontramos correlações entre conhecimento sobre infecções sexualmente transmissíveis e uso regular de camisinha no sexo oral. Conclusão: O uso reduzido de preservativos na prática oral é fator de risco importante para transmissão de infecções sexualmente transmissíveis. Apenas o conhecimento sobre essas infecções não é o único fator relacionado ao uso de camisinha no sexo oral. Visto que há poucos artigos sobre essa temática, este estudo amplia o debate sobre sexo oral seguro na população jovem universitária.","PeriodicalId":34312,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Sexualidade Humana","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43622178","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Isabelle Eunice de Albuquerque Pontes, Laís Almeida de Araújo, Amanda Muniz da Silva, V. Campos, Viviane Soares Bezerra, Jairo Domingos de Morais
Verificar a prevalência de disfunções intestinais, geniturinárias e sexuais, bem como a associação entre a saúde feminina e as alterações no funcionamento intestinal após COVID-19. Foi realizado um estudo de corte transversal, a amostra foi intencional composta por mulheres com idade entre 18 e 45 anos, com confirmação diagnóstica de COVID-19. As participantes foram recrutadas por meio de divulgação eletrônica e responderam a um questionário virtual, com questões relacionadas à saúde íntima. Para análise da forma do conteúdo fecal, foi utilizada a Escala de Bristol Stool Form Scale; a prevalência de Incontinência Urinária foi investigada por meio do International Consultationon Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) e para avaliação da função sexual, foi utilizado o índice de função sexual feminina (Female Sexual Function Index – FSFI). As análises estatísticas foram obtidas por meio do software Epi Info. Realizou-se a regressão logística binária através da razão de chances (Odds Ratio ajustado) com intervalo de confiança de 95% e com nível de significância de 5% (p-valor < 0,05). Foram encontrados impactos significativos na saúde da mulher após a infecção. As participantes do estudo relataram apresentar alterações no funcionamento intestinal (43,6%), a prevalência de incontinência urinária foi de 37,1%, bem como alterações nos sinais e sintomas pré-menstruais (51,1%). Observou-se também uma alta prevalência de disfunções sexuais na população estudada (77,4%).
确定肠道、泌尿生殖和性功能障碍的患病率,以及女性健康与COVID-19后肠道功能变化之间的关系。进行了一项横断面研究,样本由18至45岁确诊为COVID-19的女性组成。参与者通过电子披露被招募,并回答了一份关于亲密健康的虚拟问卷。对粪便内容物的形状进行分析,采用布里斯托尔凳形量表;采用国际失禁咨询问卷简表(ICIQ- sf)调查尿失禁的患病率,并采用女性性功能指数(FSFI)评估性功能。采用Epi Info软件进行统计分析。采用调整后的优势比进行二元logistic回归,置信区间为95%,显著性水平为5% (p- value < 0.05)。感染后对妇女健康有显著影响。研究参与者报告肠道功能改变(43.6%),尿失禁患病率为37.1%,经前体征和症状改变(51.1%)。在研究人群中性功能障碍的患病率也很高(77.4%)。
{"title":"DISFUNÇÕES NO TRATO GASTROINTESTINAL E URINÁRIO, SÍNDROME PRÉ- MENSTRUAL E DISFUNÇÕES SEXUAIS","authors":"Isabelle Eunice de Albuquerque Pontes, Laís Almeida de Araújo, Amanda Muniz da Silva, V. Campos, Viviane Soares Bezerra, Jairo Domingos de Morais","doi":"10.35919/rbsh.v33.1055","DOIUrl":"https://doi.org/10.35919/rbsh.v33.1055","url":null,"abstract":"Verificar a prevalência de disfunções intestinais, geniturinárias e sexuais, bem como a associação entre a saúde feminina e as alterações no funcionamento intestinal após COVID-19. Foi realizado um estudo de corte transversal, a amostra foi intencional composta por mulheres com idade entre 18 e 45 anos, com confirmação diagnóstica de COVID-19. As participantes foram recrutadas por meio de divulgação eletrônica e responderam a um questionário virtual, com questões relacionadas à saúde íntima. Para análise da forma do conteúdo fecal, foi utilizada a Escala de Bristol Stool Form Scale; a prevalência de Incontinência Urinária foi investigada por meio do International Consultationon Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF) e para avaliação da função sexual, foi utilizado o índice de função sexual feminina (Female Sexual Function Index – FSFI). As análises estatísticas foram obtidas por meio do software Epi Info. Realizou-se a regressão logística binária através da razão de chances (Odds Ratio ajustado) com intervalo de confiança de 95% e com nível de significância de 5% (p-valor < 0,05). Foram encontrados impactos significativos na saúde da mulher após a infecção. As participantes do estudo relataram apresentar alterações no funcionamento intestinal (43,6%), a prevalência de incontinência urinária foi de 37,1%, bem como alterações nos sinais e sintomas pré-menstruais (51,1%). Observou-se também uma alta prevalência de disfunções sexuais na população estudada (77,4%).","PeriodicalId":34312,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Sexualidade Humana","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-11-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42483017","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
João Luis G. da Silva, Victor Lucas de Santana Cardoso, M. N. Carvalho
Objetivo: Determinar a prevalência das disfunções sexuais femininas em amostra de mulheres atendidas em ambulatório de ginecologia. Métodos: Estudo observacional, transversal e analítico de abordagem quantitativa envolvendo 170 mulheres sexualmente ativas entre 18 e 65 anos em ambulatório de ginecologia. A essa população foi aplicado o questionário Female Sexual Function Index. Resultados: Dessa amostra total, 15 pacientes não preencheram o questionário corretamente, portanto seus dados foram retirados do estudo. Das 155 pacientes que preencheram o formulário de forma completa, 53,5% tiveram pontuação abaixo de 26.5, que corresponde a 83 mulheres. A média de idade foi 40.5 anos, entre as mulheres que relataram estarem em menopausa, 60,4% delas pontuaram abaixo da nota de corte. Quanto à relação conjugal, 32 pacientes, que pontuaram abaixo de 26.5, classificaram seu relacionamento como “um pouco infeliz”, “bastante infeliz” ou “extremamente infeliz”. Dentre os domínios avaliados, o “desejo” e “excitação” foram os menos pontuados. Evidências de correlação foram estabelecidas entre “relação conjugal'' e os dados referentes à “satisfação” - “FSFI” - “excitação”; sendo os valores 0.51(p<0,001), 0.44(p<0,001) e 0.36(p<0,001), respectivamente. O domínio sexual “satisfação”, também demonstrou indicativos de correlação inversa com as variáveis “idade” e “gestações”, -0.35(p<0,001)e -0.30(p<001), consecutivamente. Conclusão: Este estudo identificou uma alta prevalência de disfunções sexuais femininas na amostra de mulheres entrevistadas, bem como diversos fatores relacionados ao maior risco de disfunção sexual. Dentre eles, destacam-se: o relacionamento conjugal, a menopausa e o número de gestações, os quais afetam a experiência sexual da mulher, comprometendo o equilíbrio e o dinamismo da saúde sexual.
{"title":"PREVALÊNCIA DE DISFUNÇÕES SEXUAIS FEMININAS EM UM AMBULATÓRIO DE GINECOLOGIA EM ARACAJU, SERGIPE","authors":"João Luis G. da Silva, Victor Lucas de Santana Cardoso, M. N. Carvalho","doi":"10.35919/rbsh.v33.1029","DOIUrl":"https://doi.org/10.35919/rbsh.v33.1029","url":null,"abstract":"Objetivo: Determinar a prevalência das disfunções sexuais femininas em amostra de mulheres atendidas em ambulatório de ginecologia. Métodos: Estudo observacional, transversal e analítico de abordagem quantitativa envolvendo 170 mulheres sexualmente ativas entre 18 e 65 anos em ambulatório de ginecologia. A essa população foi aplicado o questionário Female Sexual Function Index. Resultados: Dessa amostra total, 15 pacientes não preencheram o questionário corretamente, portanto seus dados foram retirados do estudo. Das 155 pacientes que preencheram o formulário de forma completa, 53,5% tiveram pontuação abaixo de 26.5, que corresponde a 83 mulheres. A média de idade foi 40.5 anos, entre as mulheres que relataram estarem em menopausa, 60,4% delas pontuaram abaixo da nota de corte. Quanto à relação conjugal, 32 pacientes, que pontuaram abaixo de 26.5, classificaram seu relacionamento como “um pouco infeliz”, “bastante infeliz” ou “extremamente infeliz”. Dentre os domínios avaliados, o “desejo” e “excitação” foram os menos pontuados. Evidências de correlação foram estabelecidas entre “relação conjugal'' e os dados referentes à “satisfação” - “FSFI” - “excitação”; sendo os valores 0.51(p<0,001), 0.44(p<0,001) e 0.36(p<0,001), respectivamente. O domínio sexual “satisfação”, também demonstrou indicativos de correlação inversa com as variáveis “idade” e “gestações”, -0.35(p<0,001)e -0.30(p<001), consecutivamente. Conclusão: Este estudo identificou uma alta prevalência de disfunções sexuais femininas na amostra de mulheres entrevistadas, bem como diversos fatores relacionados ao maior risco de disfunção sexual. Dentre eles, destacam-se: o relacionamento conjugal, a menopausa e o número de gestações, os quais afetam a experiência sexual da mulher, comprometendo o equilíbrio e o dinamismo da saúde sexual.","PeriodicalId":34312,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Sexualidade Humana","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47764696","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Nathália de Sousa Freitas, Iara Garcia Silva, Karina Fideles Filgueiras
Este artigo busca expor os resultados de uma pesquisa apresentada à disciplina Estágio: Práticas Investigativas III do curso de Psicologia da PUC-MG, realizada com o objetivo de investigar como algumas religiões cristãs influenciam na formação da sexualidade feminina. As hipóteses pautaram-se principalmente pelos conceitos de reforço e punição e no modo como conjuntos de crenças se transformam em comportamentos comuns a partir da cultura. Para essa pesquisa, foi feita uma entrevista online com características de grupo focal, seguida por uma análise de conteúdo dos dados obtidos por meio das respostas das participantes. A partir desse estudo, foi possível identificar os diferentes efeitos de religiões cristãs na sexualidade de um grupo de mulheres.
{"title":"CORPO E A CULPA","authors":"Nathália de Sousa Freitas, Iara Garcia Silva, Karina Fideles Filgueiras","doi":"10.35919/rbsh.v33.998","DOIUrl":"https://doi.org/10.35919/rbsh.v33.998","url":null,"abstract":"Este artigo busca expor os resultados de uma pesquisa apresentada à disciplina Estágio: Práticas Investigativas III do curso de Psicologia da PUC-MG, realizada com o objetivo de investigar como algumas religiões cristãs influenciam na formação da sexualidade feminina. As hipóteses pautaram-se principalmente pelos conceitos de reforço e punição e no modo como conjuntos de crenças se transformam em comportamentos comuns a partir da cultura. Para essa pesquisa, foi feita uma entrevista online com características de grupo focal, seguida por uma análise de conteúdo dos dados obtidos por meio das respostas das participantes. A partir desse estudo, foi possível identificar os diferentes efeitos de religiões cristãs na sexualidade de um grupo de mulheres.","PeriodicalId":34312,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Sexualidade Humana","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41694511","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo tem como objetivo apresentar uma argumentação teoricamente fundamentada sobre o impacto do desenvolvimento da competência cultural como uma competência profissional chave nas áreas da educação e saúde para o fortalecimento da equidade e da justiça social da população LGBTQIA+. Na análise dessas circunstâncias utilizam-se estudos de gênero, queer e o conceito de dispositivos da sexualidade de Foucault. A competência cultural permite compreender e criticar os mecanismos existentes do sistema sexo/gênero sobre conhecimentos, atitudes e práticas profissionais. Ressalta-se a escassez de dados oficiais sobre a diversidade de sexo/gênero da população brasileira, o que invisibiliza a população LGBTQIA+ e dificulta o desenvolvimento de políticas públicas inclusivas de saúde e educação. Portanto, considerando os contextos de saúde e educação e os propósitos de melhorar as condições de vida para alcançar maior equidade e justiça social, bem como o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 4), presentes na Agenda 2030 das Nações Unidas, é necessário o desenvolvimento de ações estratégicas formativas contínuas e da produção de dados oficiais sobre padrões de vida das populações, considerando a diversidade de sexo e gênero e o fortalecimento dos movimentos sociais LGBTQIA+.
{"title":"VOCÊ É LGBTQIA+ AMIGÁVEL OU COMPETENTE?","authors":"J. Alves Neto, Teresa Vilaça","doi":"10.35919/rbsh.v33.1037","DOIUrl":"https://doi.org/10.35919/rbsh.v33.1037","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo apresentar uma argumentação teoricamente fundamentada sobre o impacto do desenvolvimento da competência cultural como uma competência profissional chave nas áreas da educação e saúde para o fortalecimento da equidade e da justiça social da população LGBTQIA+. Na análise dessas circunstâncias utilizam-se estudos de gênero, queer e o conceito de dispositivos da sexualidade de Foucault. A competência cultural permite compreender e criticar os mecanismos existentes do sistema sexo/gênero sobre conhecimentos, atitudes e práticas profissionais. Ressalta-se a escassez de dados oficiais sobre a diversidade de sexo/gênero da população brasileira, o que invisibiliza a população LGBTQIA+ e dificulta o desenvolvimento de políticas públicas inclusivas de saúde e educação. Portanto, considerando os contextos de saúde e educação e os propósitos de melhorar as condições de vida para alcançar maior equidade e justiça social, bem como o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 4), presentes na Agenda 2030 das Nações Unidas, é necessário o desenvolvimento de ações estratégicas formativas contínuas e da produção de dados oficiais sobre padrões de vida das populações, considerando a diversidade de sexo e gênero e o fortalecimento dos movimentos sociais LGBTQIA+.","PeriodicalId":34312,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Sexualidade Humana","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44147671","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Caio Gibaile Soares Silva, Carolina Agostinho de Jesus, Jaiane Maria Silva, Mônica da Costa Vidal, Renata Fernandes de Matos, Aline Gabriella Trotta Provasi
A educação sexual é trabalhada por muitos professores apenas pelo viés biológico; assim, faz-se necessária a investigação de como essa transcorreu no período do ensino remoto. Além disso, a temática é permeada por princípios conservadores e controladores adotadas por muitas instituições de ensino. Nessa perspectiva, o objetivo da presente pesquisa foi identificar como a educação sexual foi trabalhada durante o ensino remoto, bem como a concepção dos professores sobre o assunto. Para isso, participaram da pesquisa 22 professores ativos da Educação Básica com atuação em diferentes disciplinas. A pesquisa de campo aconteceu por meio de um questionário anônimo adaptado, sendo divulgado por meio do Google Forms em diversas redes sociais. Diante dos resultados obtidos, foi possível identificar que a educação sexual foi trabalhada principalmente pela visão biológica-higienista, mesmo os professores reconhecendo o interesse dos alunos para a inclusão de discussões que envolvam o gênero, por exemplo. Assim sendo, conclui-se que o ensino da educação sexual mesmo no período do ensino remoto ainda seguiu embasada no silenciamento, principalmente quando envolve questões de gênero.
{"title":"EDUCAÇÃO SEXUAL NO CONTEXTO DO ENSINO REMOTO","authors":"Caio Gibaile Soares Silva, Carolina Agostinho de Jesus, Jaiane Maria Silva, Mônica da Costa Vidal, Renata Fernandes de Matos, Aline Gabriella Trotta Provasi","doi":"10.35919/rbsh.v33.1044","DOIUrl":"https://doi.org/10.35919/rbsh.v33.1044","url":null,"abstract":"A educação sexual é trabalhada por muitos professores apenas pelo viés biológico; assim, faz-se necessária a investigação de como essa transcorreu no período do ensino remoto. Além disso, a temática é permeada por princípios conservadores e controladores adotadas por muitas instituições de ensino. Nessa perspectiva, o objetivo da presente pesquisa foi identificar como a educação sexual foi trabalhada durante o ensino remoto, bem como a concepção dos professores sobre o assunto. Para isso, participaram da pesquisa 22 professores ativos da Educação Básica com atuação em diferentes disciplinas. A pesquisa de campo aconteceu por meio de um questionário anônimo adaptado, sendo divulgado por meio do Google Forms em diversas redes sociais. Diante dos resultados obtidos, foi possível identificar que a educação sexual foi trabalhada principalmente pela visão biológica-higienista, mesmo os professores reconhecendo o interesse dos alunos para a inclusão de discussões que envolvam o gênero, por exemplo. Assim sendo, conclui-se que o ensino da educação sexual mesmo no período do ensino remoto ainda seguiu embasada no silenciamento, principalmente quando envolve questões de gênero.","PeriodicalId":34312,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Sexualidade Humana","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43733165","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-01DOI: 10.35919/rbsh.v33i1.1047
André Henrique dos Santos Francisco
ALVES, Alcione Bastos. Imagens da Infância na Construção de Masculinidades na Contemporaneidade. Dissertação(Mestrado Profissional em Psicologia e Intervenções em Saúde) - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, 2021.
{"title":"IMAGENS DA INFÂNCIA NA CONSTRUÇÃO DE MASCULINIDADES NA CONTEMPORANEIDADE","authors":"André Henrique dos Santos Francisco","doi":"10.35919/rbsh.v33i1.1047","DOIUrl":"https://doi.org/10.35919/rbsh.v33i1.1047","url":null,"abstract":"ALVES, Alcione Bastos. Imagens da Infância na Construção de Masculinidades na Contemporaneidade. Dissertação(Mestrado Profissional em Psicologia e Intervenções em Saúde) - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, 2021.","PeriodicalId":34312,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Sexualidade Humana","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44481293","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
José da Silva Oliveira Neto, J. F. Moura Júnior, Ana Ignez Belém Lima, Juliana Fernandes Eloi
A homofobia se configura como um fator que influencia as relações sociais dos sujeitos de forma negativa e que exclui pessoas LGBTQIA+, repercutindo homofobia internalizada, de modo que corrobora maior incidência de transtornos psicológicos, automutilação e suicídio. Este estudo se trata de uma revisão narrativa de literatura e objetiva compreender a natureza e a dinâmica da homofobia internalizada e suas implicações. A análise dos dados foi realizada tomando como base a Psicologia Histórico-Cultural de Lev Semenovich Vigotski, a qual evidencia que homofobia internalizada tem sua gênese nas relações sociais, tornando-se subjetiva por meio de um complexo processo de internalização que pode trazer implicações negativas para o psiquismo de pessoas homossexuais. Assim, percebeu-se que a Psicologia Histórico-Cultural pode se constituir em uma ferramenta crítica e contextualizada para a compreensão da homofobia internalizada, alijando-se de teorias psicológicas que apontam para a resolução do sofrimento psíquico apenas no campo subjetivo. Por fim, aponta-se ser urgente que intervenções psicossociais sejam elaboradas tomando como eixo de partida a complexa relação que se estabelece entre homofobia internalizada e elementos psicossociais.
{"title":"HOMOFOBIA INTERNALIZADA COMO UM PROCESSO PSICOSSOCIAL","authors":"José da Silva Oliveira Neto, J. F. Moura Júnior, Ana Ignez Belém Lima, Juliana Fernandes Eloi","doi":"10.35919/rbsh.v33.1040","DOIUrl":"https://doi.org/10.35919/rbsh.v33.1040","url":null,"abstract":"A homofobia se configura como um fator que influencia as relações sociais dos sujeitos de forma negativa e que exclui pessoas LGBTQIA+, repercutindo homofobia internalizada, de modo que corrobora maior incidência de transtornos psicológicos, automutilação e suicídio. Este estudo se trata de uma revisão narrativa de literatura e objetiva compreender a natureza e a dinâmica da homofobia internalizada e suas implicações. A análise dos dados foi realizada tomando como base a Psicologia Histórico-Cultural de Lev Semenovich Vigotski, a qual evidencia que homofobia internalizada tem sua gênese nas relações sociais, tornando-se subjetiva por meio de um complexo processo de internalização que pode trazer implicações negativas para o psiquismo de pessoas homossexuais. Assim, percebeu-se que a Psicologia Histórico-Cultural pode se constituir em uma ferramenta crítica e contextualizada para a compreensão da homofobia internalizada, alijando-se de teorias psicológicas que apontam para a resolução do sofrimento psíquico apenas no campo subjetivo. Por fim, aponta-se ser urgente que intervenções psicossociais sejam elaboradas tomando como eixo de partida a complexa relação que se estabelece entre homofobia internalizada e elementos psicossociais.","PeriodicalId":34312,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Sexualidade Humana","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43578700","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Letícia Reis da Silva, Ester Lima dos Santos, Helena Kellen Barbosa de Souza, Rubenyta Martins Podemelle, Renê Ribeiro Soares, Sarah de Souza Mendonça
Sabe-se que as pessoas LGBTQIA+ mais velhas vivenciam dupla carga de estigmas e preconceitos: o etarismo e a hostilização pela orientação sexual e identidade de gênero, além da maior probabilidade de sofrer maus-tratos, discriminação, depressão e, consequentemente, prejuízos à saúde física. O objetivo desta pesquisa foi descrever os impactos do ser LGBTQIA+ sobre a saúde física e mental de pessoas de meia-idade e idosos. Trata-se de uma revisão integrativa cujas buscas foram realizadas nas bases de dados Lilacs, Medline (via PUBMED), Scopus PEDRo e Web of Science, somando 1847 artigos encontrados. Após a leitura dos títulos e resumos, os artigos foram submetidos a análise qualitativa e metodológica, restando seis estudos com níveis de evidência entre 3A e 6A. A maioria evidenciou que a discriminação percebida ao longo da vida, o heterossexismo e os riscos de se assumir LGBTQIA+ para família e sociedade podem se associar a depressão e o agravamento das condições crônicas de saúde preexistentes. Sugere-se que novas pesquisas sejam realizadas, incluindo as com abordagem qualitativa, a fim de identificar os fatores que se associam ao prejuízo à saúde física e mental dessa população, com o propósito de subsidiar ações preventivas, educativas e interventoras que promovam um envelhecimento ativo, saudável e seguro a essas pessoas.
众所周知,LGBTQIA+老年人经历了耻辱和偏见的双重负担:年龄歧视和性取向和性别认同的骚扰,此外更有可能遭受虐待、歧视、抑郁,从而损害身体健康。本研究的目的是描述LGBTQIA+对中老年人身心健康的影响。这是一篇综合综述,在紫丁香、Medline(通过PUBMED)、Scopus PEDRo和Web of Science数据库中进行搜索,共发现1847篇文章。在阅读标题和摘要后,对文章进行定性和方法学分析,剩下6项证据水平在3A和6A之间的研究。大多数研究表明,终生歧视、异性恋和家庭和社会承担LGBTQIA+的风险可能与抑郁和先前存在的慢性健康状况恶化有关。建议进一步进行研究,包括用定性的方法,以确定的因素,一个受伤的身心健康人群,项预防措施的目的,和interventoras促进积极老龄化,健康和安全的人。
{"title":"ENVELHECIMENTO E VELHICE LGBTQIA+","authors":"Letícia Reis da Silva, Ester Lima dos Santos, Helena Kellen Barbosa de Souza, Rubenyta Martins Podemelle, Renê Ribeiro Soares, Sarah de Souza Mendonça","doi":"10.35919/rbsh.v33.1013","DOIUrl":"https://doi.org/10.35919/rbsh.v33.1013","url":null,"abstract":"Sabe-se que as pessoas LGBTQIA+ mais velhas vivenciam dupla carga de estigmas e preconceitos: o etarismo e a hostilização pela orientação sexual e identidade de gênero, além da maior probabilidade de sofrer maus-tratos, discriminação, depressão e, consequentemente, prejuízos à saúde física. O objetivo desta pesquisa foi descrever os impactos do ser LGBTQIA+ sobre a saúde física e mental de pessoas de meia-idade e idosos. Trata-se de uma revisão integrativa cujas buscas foram realizadas nas bases de dados Lilacs, Medline (via PUBMED), Scopus PEDRo e Web of Science, somando 1847 artigos encontrados. Após a leitura dos títulos e resumos, os artigos foram submetidos a análise qualitativa e metodológica, restando seis estudos com níveis de evidência entre 3A e 6A. A maioria evidenciou que a discriminação percebida ao longo da vida, o heterossexismo e os riscos de se assumir LGBTQIA+ para família e sociedade podem se associar a depressão e o agravamento das condições crônicas de saúde preexistentes. Sugere-se que novas pesquisas sejam realizadas, incluindo as com abordagem qualitativa, a fim de identificar os fatores que se associam ao prejuízo à saúde física e mental dessa população, com o propósito de subsidiar ações preventivas, educativas e interventoras que promovam um envelhecimento ativo, saudável e seguro a essas pessoas.","PeriodicalId":34312,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Sexualidade Humana","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46383766","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Apesar do seu fácil acesso, ainda pouco se sabe atualmente acerca dos efeitos da pornografia na saúde sexual dos consumidores, o que se deve sobretudo à existência de fragilidades metodológicas e preconceitos morais latentes que enviesam os resultados dos estudos. Posto isso, várias revisões sistemáticas e meta-análises foram publicadas nos últimos dois anos acerca do impacto psicossexual da pornografia nos consumidores, sendo esses estudos revistos ao longo do artigo. Dos resultados apreende-se que existe evidência sólida de que a pornografia se associa ao aumento dos comportamentos sexuais permissivos e à diversificação das práticas sexuais por parte dos consumidores. Globalmente, o grosso da evidênciaconstata que o consumo de pornografia se associa aos efeitos psicossexuais negativos, estando esses dependentes não apenas da frequência de uso, mas também da apreciação subjetiva que o indivíduo faz do seu consumo. Contudo, nota-se que efeitos positivos também têm sido descritos, havendo ainda pouca informação acerca dos mediadores associados aos diferentes outcomes. Na discussão se reflete sobre a direção que a investigação científica deve tomar.
{"title":"IMPACTO DA PORNOGRAFIA NA SEXUALIDADE DOS CONSUMIDORES - ESTADO DA LITERATURA ATUAL","authors":"Pedro Amadeu Almeida, G. F. Santos, Z. Figueiredo","doi":"10.35919/rbsh.v33.1007","DOIUrl":"https://doi.org/10.35919/rbsh.v33.1007","url":null,"abstract":"Apesar do seu fácil acesso, ainda pouco se sabe atualmente acerca dos efeitos da pornografia na saúde sexual dos consumidores, o que se deve sobretudo à existência de fragilidades metodológicas e preconceitos morais latentes que enviesam os resultados dos estudos. Posto isso, várias revisões sistemáticas e meta-análises foram publicadas nos últimos dois anos acerca do impacto psicossexual da pornografia nos consumidores, sendo esses estudos revistos ao longo do artigo. Dos resultados apreende-se que existe evidência sólida de que a pornografia se associa ao aumento dos comportamentos sexuais permissivos e à diversificação das práticas sexuais por parte dos consumidores. Globalmente, o grosso da evidênciaconstata que o consumo de pornografia se associa aos efeitos psicossexuais negativos, estando esses dependentes não apenas da frequência de uso, mas também da apreciação subjetiva que o indivíduo faz do seu consumo. Contudo, nota-se que efeitos positivos também têm sido descritos, havendo ainda pouca informação acerca dos mediadores associados aos diferentes outcomes. Na discussão se reflete sobre a direção que a investigação científica deve tomar.","PeriodicalId":34312,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Sexualidade Humana","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44094844","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}