Pub Date : 2016-08-29DOI: 10.11606/issn.2446-7693i3p1-15
Madalena Pedroso Aulicino, D. Marcilio
O brincar é uma atividade livre e séria, possui finalidade autônoma e é um intervalo da vida cotidiana (HUIZINGA, 2005; CAILLOIS, 1990). A criança se desenvolve, adquire experiência, constrói e transmite sua cultura lúdica brincando (WINNICOTT, 1979; BROUGÈRE, 2008). Mas, que brincar é esse promovido e recomendado na atualidade? O objetivo desse artigo é refletir sobre a redução do tempo da infância em prol de uma ideologia da produção e do consumo, que valoriza a informação, o conhecimento e o aprendizado técnico e científico, e reduz o “saber de experiência” (BONDÍA, 2002). Nesse contexto, a retomada do brincar como atividade livre e uma experiência de vida seria uma possibilidade de resistência aos valores vigentes. Constatou-se que os Estudos Culturais como estratégia crítica e política podem contribuir para repensar o brincar hoje.
{"title":"O brincar e o saber de experiência","authors":"Madalena Pedroso Aulicino, D. Marcilio","doi":"10.11606/issn.2446-7693i3p1-15","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2446-7693i3p1-15","url":null,"abstract":"O brincar é uma atividade livre e séria, possui finalidade autônoma e é um intervalo da vida cotidiana (HUIZINGA, 2005; CAILLOIS, 1990). A criança se desenvolve, adquire experiência, constrói e transmite sua cultura lúdica brincando (WINNICOTT, 1979; BROUGÈRE, 2008). Mas, que brincar é esse promovido e recomendado na atualidade? O objetivo desse artigo é refletir sobre a redução do tempo da infância em prol de uma ideologia da produção e do consumo, que valoriza a informação, o conhecimento e o aprendizado técnico e científico, e reduz o “saber de experiência” (BONDÍA, 2002). Nesse contexto, a retomada do brincar como atividade livre e uma experiência de vida seria uma possibilidade de resistência aos valores vigentes. Constatou-se que os Estudos Culturais como estratégia crítica e política podem contribuir para repensar o brincar hoje.","PeriodicalId":34722,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Estudos Culturais","volume":"39 5 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2016-08-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79807946","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2016-08-29DOI: 10.11606/issn.2446-7693i3p1-18
E. W. Martins, C. Velázquez
O presente texto tem como objetivo refletir sobre a função de mediação da Mídia para o Sagrado, partindo da concepção de Mídia como novo totem nas sociedades contemporâneas. Sob a metodologia indutivoanalítica de base bibliográfica e documental, explora-se a hipótese de que a mídia, como novo totem nas sociedades midiáticas , cumpre a função organizadora, mas não a função mediadora. A mídia não liga as aspirações e necessidades humanas ao Transcendente, encerrando em si mesma a satisfação dessas aspirações através do fornecimento de bens simbólicos, mas que não têm contato com suas fontes originárias – não há relação com o Sagrado. Dessa forma, a mídia se apresenta nas sociedades midiáticas como um totem dessacralizado - oferece bens de grandes valores universais, mas desprovidos de lastro divino.
{"title":"Midia","authors":"E. W. Martins, C. Velázquez","doi":"10.11606/issn.2446-7693i3p1-18","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2446-7693i3p1-18","url":null,"abstract":"O presente texto tem como objetivo refletir sobre a função de mediação da Mídia para o Sagrado, partindo da concepção de Mídia como novo totem nas sociedades contemporâneas. Sob a metodologia indutivoanalítica de base bibliográfica e documental, explora-se a hipótese de que a mídia, como novo totem nas sociedades midiáticas , cumpre a função organizadora, mas não a função mediadora. A mídia não liga as aspirações e necessidades humanas ao Transcendente, encerrando em si mesma a satisfação dessas aspirações através do fornecimento de bens simbólicos, mas que não têm contato com suas fontes originárias – não há relação com o Sagrado. Dessa forma, a mídia se apresenta nas sociedades midiáticas como um totem dessacralizado - oferece bens de grandes valores universais, mas desprovidos de lastro divino.","PeriodicalId":34722,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Estudos Culturais","volume":"32 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2016-08-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76183907","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2016-08-29DOI: 10.11606/issn.2446-7693i3p1-4
M. M. Moreira
{"title":"Resenha do livro memória coletiva e identidade nacional, Miryam Santos","authors":"M. M. Moreira","doi":"10.11606/issn.2446-7693i3p1-4","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2446-7693i3p1-4","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":34722,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Estudos Culturais","volume":"78 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2016-08-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83634392","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2016-08-29DOI: 10.11606/issn.2446-7693i3p1-21
Agnès García Ventura
Suele decirse que el estudio del pasado siempre tiene relación con el presente y con el futuro, bien porque presente y futuro se construyen a su imagen y semejanza, bien porque no podemos imaginar un pasado sin los referentes de nuestro presente. Por este motivo, ocuparse de la historia de las mujeres en la Antigüedad y de cómo incluir a las mujeres en la historia, nos permite reflexionar acerca de la situación de las mujeres en el mundo presente en el que vivimos y en el mundo futuro en el que querríamos vivir. En este artículo propongo aproximarnos a este tema con las herramientas críticas de la investigación feminista, ilustrando la propuesta con algunos ejemplos acerca de cómo algunos sesgos pueden afectar al modo en que se aborda el estudio de las vidas de las mujeres en el Próximo Oriente Antiguo.
{"title":"Investigación feminista, historia de las mujeres y mujeres en la historia en los estudios sobre próximo oriente antiguo","authors":"Agnès García Ventura","doi":"10.11606/issn.2446-7693i3p1-21","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2446-7693i3p1-21","url":null,"abstract":"Suele decirse que el estudio del pasado siempre tiene relación con el presente y con el futuro, bien porque presente y futuro se construyen a su imagen y semejanza, bien porque no podemos imaginar un pasado sin los referentes de nuestro presente. Por este motivo, ocuparse de la historia de las mujeres en la Antigüedad y de cómo incluir a las mujeres en la historia, nos permite reflexionar acerca de la situación de las mujeres en el mundo presente en el que vivimos y en el mundo futuro en el que querríamos vivir. En este artículo propongo aproximarnos a este tema con las herramientas críticas de la investigación feminista, ilustrando la propuesta con algunos ejemplos acerca de cómo algunos sesgos pueden afectar al modo en que se aborda el estudio de las vidas de las mujeres en el Próximo Oriente Antiguo.","PeriodicalId":34722,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Estudos Culturais","volume":"5 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2016-08-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83603187","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2016-08-29DOI: 10.11606/issn.2446-7693i3p1-13
D. Cabrera
Passando por trabalhos compilatórios dos escritores paraguaios Augusto Roa Bastos e Rubén Bareiro Saguier, e a partir de discursos literários e não literários, analisa-se a ambiguidade fundada na palavra guarani; que designa, indistintamente, uma língua, uma cultura, uma etnia; e que, por metonímia, constitui-se em apelido-gentílico dos paraguaios. Relações entre literatura paraguaia e literatura Guarani são exploradas, desde a perspectiva dos autores citados; tanto conhecedores e divulgadores da mesma, como dois dos poucos paraguaios capazes de ultrapassar um cerco de isolamento cultural graças, em parte, ao exílio político; sob a luz de uma tradição crítica latino-americana hispanizante que, enquanto invisibiliza a literatura paraguaia, contribui com uma mistificação dela, fundada em sua peculiaridade linguística, seja ela real ou inventada.
{"title":"Literatura Paraguay/guaraní - transversalidades","authors":"D. Cabrera","doi":"10.11606/issn.2446-7693i3p1-13","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2446-7693i3p1-13","url":null,"abstract":"Passando por trabalhos compilatórios dos escritores paraguaios Augusto Roa Bastos e Rubén Bareiro Saguier, e a partir de discursos literários e não literários, analisa-se a ambiguidade fundada na palavra guarani; que designa, indistintamente, uma língua, uma cultura, uma etnia; e que, por metonímia, constitui-se em apelido-gentílico dos paraguaios. Relações entre literatura paraguaia e literatura Guarani são exploradas, desde a perspectiva dos autores citados; tanto conhecedores e divulgadores da mesma, como dois dos poucos paraguaios capazes de ultrapassar um cerco de isolamento cultural graças, em parte, ao exílio político; sob a luz de uma tradição crítica latino-americana hispanizante que, enquanto invisibiliza a literatura paraguaia, contribui com uma mistificação dela, fundada em sua peculiaridade linguística, seja ela real ou inventada.","PeriodicalId":34722,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Estudos Culturais","volume":"265 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2016-08-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"75001597","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2016-08-29DOI: 10.11606/issn.2446-7693i3p1-23
André Vitor Brandão Kfuri Borba
Cada momento histórico é único, mas carrega em si tensões permanentes, num paradoxo entre o novo e o velho, valendo-se de novas experiências sem, entretanto, negar toda a bagagem cultural adquirida. Assim, este trabalho busca relacionar dois momentos distintos da história do Brasil, mas com características em comum: a higienização do início da República e o momento recente, em que estava em jogo o mandato da presidente Dilma Roussef . Por ser o Brasil um país com pouca mobilidade social e sem alterações substanciais no seu controle político, veremos como os interesses das camadas superiores da sociedade se reproduzem e se perpetuam, no intuito de fazer a população aderir a essa ideologia em favor de seus interesses privados.
{"title":"A higienização do século XIX e o “contra a corrupção” do século XXI","authors":"André Vitor Brandão Kfuri Borba","doi":"10.11606/issn.2446-7693i3p1-23","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2446-7693i3p1-23","url":null,"abstract":"Cada momento histórico é único, mas carrega em si tensões permanentes, num paradoxo entre o novo e o velho, valendo-se de novas experiências sem, entretanto, negar toda a bagagem cultural adquirida. Assim, este trabalho busca relacionar dois momentos distintos da história do Brasil, mas com características em comum: a higienização do início da República e o momento recente, em que estava em jogo o mandato da presidente Dilma Roussef . Por ser o Brasil um país com pouca mobilidade social e sem alterações substanciais no seu controle político, veremos como os interesses das camadas superiores da sociedade se reproduzem e se perpetuam, no intuito de fazer a população aderir a essa ideologia em favor de seus interesses privados.","PeriodicalId":34722,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Estudos Culturais","volume":"18 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2016-08-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82643021","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2015-08-28DOI: 10.11606/issn.2446-7693i2p1-6
R. H. Silveira
Em Aceleração e alienação: Esboço de uma teoria crítica da temporalidade na Modernidade tardia, Hartmut Rosa recapitula resumidamente e amplia sua Teoria da Aceleração Social. A ampliação da teoria se dá em primeiro lugar através da análise de elementos desaceleradores da tendência aceleratória e, em seguida, da análise das consequências da aceleração para a Teoria Crítica social atual, cujos questionamentos levantados e respostas dadas até o presente momento não apresentariam uma solução para a perda da credibilidade do projeto da Modernidade, uma vez que a aceleração social teria sucumbido e instrumentalizado a possibilidade de autonomia prometida. Partindo da busca de uma resposta à questão de o que seria uma vida plena, Rosa retraça, assim, o contexto do surgimento de diferentes categorias de alienação, retratando em sua teoria uma tendência social crescente extremamente relevante e em crescimento na era moderna.
{"title":"Resenha do livro aceleração e alienação","authors":"R. H. Silveira","doi":"10.11606/issn.2446-7693i2p1-6","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2446-7693i2p1-6","url":null,"abstract":"Em Aceleração e alienação: Esboço de uma teoria crítica da temporalidade na Modernidade tardia, Hartmut Rosa recapitula resumidamente e amplia sua Teoria da Aceleração Social. A ampliação da teoria se dá em primeiro lugar através da análise de elementos desaceleradores da tendência aceleratória e, em seguida, da análise das consequências da aceleração para a Teoria Crítica social atual, cujos questionamentos levantados e respostas dadas até o presente momento não apresentariam uma solução para a perda da credibilidade do projeto da Modernidade, uma vez que a aceleração social teria sucumbido e instrumentalizado a possibilidade de autonomia prometida. Partindo da busca de uma resposta à questão de o que seria uma vida plena, Rosa retraça, assim, o contexto do surgimento de diferentes categorias de alienação, retratando em sua teoria uma tendência social crescente extremamente relevante e em crescimento na era moderna.","PeriodicalId":34722,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Estudos Culturais","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2015-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90170540","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2015-08-28DOI: 10.11606/issn.2446-7693i2p1-16
R. Levine
This paper examines the impact of temporal experience—time use, conceptions of time and temporal norms—on happiness and well-being and suggests public policies to enhance these experiences. First, it reviews literature concerning the interrelationships of time, money and happiness. Second, it reviews data and issues concerning the use of work and non-work hours around the world. Third, it describes a broader range of temporal issues to be considered in policymaking decisions, e.g. clock versus event time-keeping, monochronic versus polychronic approaches, the definition of wasted time, the pace of life, and temporal orientation. Finally, suggestions are of ered for the formulation of time-use policies intended to increase individual and collective happiness. It is a virtual truism that the way we use our time is the way we live our lives. Our time is our most valuable possession. Much of this time, however, is controlled by others, ranging from our employers to our closest family members. It is also clear that there are profound dif erences-- individual, socio-economic, cultural and national--in the degree to which people hold control over their own time (e.g., LEVINE, 1997; LEE, et al., 2007). It may be argued that public policies are needed to protect the “temporal rights” of individuals, particularly those who are most vulnerable to exploitation. This paper was sparked by an ambitious large-scale project in which I had the opportunity to participate. The project was initiated in the Spring of 2012 following a United Nations resolution, adopted unanimously by the General Assembly, placing “happiness” on the global agenda. The nation of Bhutan was asked to convene an interdisciplinary group of international “experts” to craft recommendations for policies to raise worldwide happiness; more specifically, to develop a “new paradigm for world development.” Bhutan, a small, landlocked, relatively poor Himalayan nation, was chosen for this task because of its pioneering Gross National Happiness (GNH) project. “Progress,” the GNH designers declared, “should be viewed not only through the lens of economics but also from spiritual, social, cultural and ecological perspectives.” Happiness and development, in other words, depend on more than growth and the accumulation of money. England, Canada and other countries and country-level organizations have subsequently followed Bhutan’s lead and established GNH measures of their own (LEVINE, 2013). One of the nine core domains of Bhutan’s GNH index is “time use,” which comprised my section of the report. The present paper draws heavily on that report and the insights that research of ered me. I will address four major sets of issues: I. The inter-relationships of time, money and happiness. Most importantly, what is the relevance of time use to well-being and happiness? II. Time Use: Work hour issues and policies. III. Other temporal factors that need to be considered when formulating policies to increase happine
{"title":"Time and well¬being","authors":"R. Levine","doi":"10.11606/issn.2446-7693i2p1-16","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2446-7693i2p1-16","url":null,"abstract":"This paper examines the impact of temporal experience—time use, conceptions of time and temporal norms—on happiness and well-being and suggests public policies to enhance these experiences. First, it reviews literature concerning the interrelationships of time, money and happiness. Second, it reviews data and issues concerning the use of work and non-work hours around the world. Third, it describes a broader range of temporal issues to be considered in policymaking decisions, e.g. clock versus event time-keeping, monochronic versus polychronic approaches, the definition of wasted time, the pace of life, and temporal orientation. Finally, suggestions are of ered for the formulation of time-use policies intended to increase individual and collective happiness. It is a virtual truism that the way we use our time is the way we live our lives. Our time is our most valuable possession. Much of this time, however, is controlled by others, ranging from our employers to our closest family members. It is also clear that there are profound dif erences-- individual, socio-economic, cultural and national--in the degree to which people hold control over their own time (e.g., LEVINE, 1997; LEE, et al., 2007). It may be argued that public policies are needed to protect the “temporal rights” of individuals, particularly those who are most vulnerable to exploitation. This paper was sparked by an ambitious large-scale project in which I had the opportunity to participate. The project was initiated in the Spring of 2012 following a United Nations resolution, adopted unanimously by the General Assembly, placing “happiness” on the global agenda. The nation of Bhutan was asked to convene an interdisciplinary group of international “experts” to craft recommendations for policies to raise worldwide happiness; more specifically, to develop a “new paradigm for world development.” Bhutan, a small, landlocked, relatively poor Himalayan nation, was chosen for this task because of its pioneering Gross National Happiness (GNH) project. “Progress,” the GNH designers declared, “should be viewed not only through the lens of economics but also from spiritual, social, cultural and ecological perspectives.” Happiness and development, in other words, depend on more than growth and the accumulation of money. England, Canada and other countries and country-level organizations have subsequently followed Bhutan’s lead and established GNH measures of their own (LEVINE, 2013). One of the nine core domains of Bhutan’s GNH index is “time use,” which comprised my section of the report. The present paper draws heavily on that report and the insights that research of ered me. I will address four major sets of issues: I. The inter-relationships of time, money and happiness. Most importantly, what is the relevance of time use to well-being and happiness? II. Time Use: Work hour issues and policies. III. Other temporal factors that need to be considered when formulating policies to increase happine","PeriodicalId":34722,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Estudos Culturais","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2015-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83149667","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2015-08-28DOI: 10.11606/issn.2446-7693i2p1-7
Luiz Menna-Barreto
O tema do tempo tem atraído bastante atenção no ambiente acadêmico contemporâneo. Apresentarei uma abordagem na qual são associados os conceitos de condicionamento reflexo clássico com a cronobiologia, área na qual a dimensão temporal da matéria viva é explorada. O conceito de antecipação é proposto como elo central dessa associação. Discuto a seguir os níveis de determinação que podem ser propostos a partir da observação de fenômenos temporais nos organismos. Concluo com as noções de desafios e armadilhas temporais que parecem caracterizar fortemente os dilemas humanos num mundo globalizado, conduzindo a diferentes processos de adaptação resultantes desses desafios e armadilhas.
{"title":"Os tempos da vida","authors":"Luiz Menna-Barreto","doi":"10.11606/issn.2446-7693i2p1-7","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2446-7693i2p1-7","url":null,"abstract":"O tema do tempo tem atraído bastante atenção no ambiente acadêmico contemporâneo. Apresentarei uma abordagem na qual são associados os conceitos de condicionamento reflexo clássico com a cronobiologia, área na qual a dimensão temporal da matéria viva é explorada. O conceito de antecipação é proposto como elo central dessa associação. Discuto a seguir os níveis de determinação que podem ser propostos a partir da observação de fenômenos temporais nos organismos. Concluo com as noções de desafios e armadilhas temporais que parecem caracterizar fortemente os dilemas humanos num mundo globalizado, conduzindo a diferentes processos de adaptação resultantes desses desafios e armadilhas.","PeriodicalId":34722,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Estudos Culturais","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2015-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"89702766","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2015-08-28DOI: 10.11606/issn.2446-7693i2p1-9
R. H. Silveira
Como diversos exemplos dados em Aceleração e alienação [1] confirmam, a condição de especialista no campo da aceleração social muitas vezes não exime o próprio autor da ação dos fenômenos por ele analisados – sobretudo por se tratar de uma das personalidades acadêmicas mais conhecidas, citadas e requisitadas na imprensa alemã atualmente. Como minha resenha da análise de Hartmut Rosa mostra, a obra está longe de ser die Entdeckung der Langsamkeit ou um éloge de la lenteur, como interpretado por alguns. No diálogo, conduzido em 23/10/2014 na cidade de Jena, Alemanha, originalmente em alemão, transcrito, editado e traduzido para o português por Rafael H. Silveira, são abordados pontos que complementam o entendimento da Teoria da Aceleração através de uma perspectiva voltada para a realidade brasileira.
一些加速度数据和经过处理[1],加快社会领域的专家的条件往往不免除自己的行动的现象为他分析—特别是因为这是一个最著名的学术人格,引用和德国媒体的要求,目前。正如我对哈特穆特·罗莎(Hartmut Rosa)分析的评论所显示的那样,这部作品远不是一些人所理解的《朗samkeit》(die Entdeckung der Langsamkeit)或《lenteur的赞美》(eloge de la lenteur)。对话于2014年10月23日在德国耶拿市进行,最初是用德语,由Rafael H. Silveira转录、编辑并翻译成葡萄牙语,通过关注巴西现实的视角来补充对加速理论的理解。
{"title":"Ordem e progresso, aceleração e alienação","authors":"R. H. Silveira","doi":"10.11606/issn.2446-7693i2p1-9","DOIUrl":"https://doi.org/10.11606/issn.2446-7693i2p1-9","url":null,"abstract":"Como diversos exemplos dados em Aceleração e alienação [1] confirmam, a condição de especialista no campo da aceleração social muitas vezes não exime o próprio autor da ação dos fenômenos por ele analisados – sobretudo por se tratar de uma das personalidades acadêmicas mais conhecidas, citadas e requisitadas na imprensa alemã atualmente. Como minha resenha da análise de Hartmut Rosa mostra, a obra está longe de ser die Entdeckung der Langsamkeit ou um éloge de la lenteur, como interpretado por alguns. No diálogo, conduzido em 23/10/2014 na cidade de Jena, Alemanha, originalmente em alemão, transcrito, editado e traduzido para o português por Rafael H. Silveira, são abordados pontos que complementam o entendimento da Teoria da Aceleração através de uma perspectiva voltada para a realidade brasileira.","PeriodicalId":34722,"journal":{"name":"Revista Lusofona de Estudos Culturais","volume":"50 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2015-08-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83950705","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}