Pub Date : 2022-10-10DOI: 10.9771/ccrh.v35i0.49617
Patrick Cingolani
O objetivo do artigo é mostrar como o dispositivo denominado “plataforma” é um momento do projeto construtivista do capitalismo contemporâneo. Ao mesmo tempo, relembra a inserção das plataformas na história do trabalho precário e da flexibilização da mão de obra, abordando principalmente dois aspectos do funcionamento destas: a forma como as plataformas dão continuidade ao processo de sujeição do trabalhador à demanda; a forma como ampliam esse projeto de subsunção por meio da colonização comercial de esferas vernaculares ou esferas constituídas, até então, com base na reciprocidade. Ao final desse percurso, o artigo questiona as lutas pela reapropriação de dados ou de suporte e por formas de socialização produtiva ou criativa alternativas ao modelo construtivista neoliberal.
{"title":"PLATAFORMAS, HEGEMONIA DAS NORMAS NEOLIBERAIS E RECONFIGURAÇÃO DAS LUTAS PELA REAPROPRIAÇÃO SOCIAL","authors":"Patrick Cingolani","doi":"10.9771/ccrh.v35i0.49617","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/ccrh.v35i0.49617","url":null,"abstract":"O objetivo do artigo é mostrar como o dispositivo denominado “plataforma” é um momento do projeto construtivista do capitalismo contemporâneo. Ao mesmo tempo, relembra a inserção das plataformas na história do trabalho precário e da flexibilização da mão de obra, abordando principalmente dois aspectos do funcionamento destas: a forma como as plataformas dão continuidade ao processo de sujeição do trabalhador à demanda; a forma como ampliam esse projeto de subsunção por meio da colonização comercial de esferas vernaculares ou esferas constituídas, até então, com base na reciprocidade. Ao final desse percurso, o artigo questiona as lutas pela reapropriação de dados ou de suporte e por formas de socialização produtiva ou criativa alternativas ao modelo construtivista neoliberal.","PeriodicalId":35263,"journal":{"name":"Caderno CRH","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49005926","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-10DOI: 10.9771/ccrh.v35i0.49630
Roberto Véras De Oliveira
Este artigo objetiva analisar o novo segmento da Tecnologia da Informação (TI) no Nordeste brasileiro a partir dastransformações e tendências trazidas pelos impactos da crise econômica desencadeada em 2015 e seu agravamentocom a Pandemia da Covid-19. Este trabalho se detém, especialmente, sobre indicadores da condição laboral dos profissionais de TI na região. Para isso, utiliza-se de estudos empíricos – anteriormente realizados por nós e por terceiros – e de dados secundários. Quanto a estes últimos, priorizamos a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e, com maior destaque, a Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Os dados evidenciaram que, tanto no plano nacional como regional, a crise exerceu um efeito negativo sobre esse segmento, apesar do seu estoque de vínculos formais ter continuado sua trajetória de crescimento.
{"title":"PROFISSIONAIS DE TI NO NORDESTE EM UM CONTEXTO DE CRISE PROLONGADA","authors":"Roberto Véras De Oliveira","doi":"10.9771/ccrh.v35i0.49630","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/ccrh.v35i0.49630","url":null,"abstract":"Este artigo objetiva analisar o novo segmento da Tecnologia da Informação (TI) no Nordeste brasileiro a partir dastransformações e tendências trazidas pelos impactos da crise econômica desencadeada em 2015 e seu agravamentocom a Pandemia da Covid-19. Este trabalho se detém, especialmente, sobre indicadores da condição laboral dos profissionais de TI na região. Para isso, utiliza-se de estudos empíricos – anteriormente realizados por nós e por terceiros – e de dados secundários. Quanto a estes últimos, priorizamos a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e, com maior destaque, a Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Os dados evidenciaram que, tanto no plano nacional como regional, a crise exerceu um efeito negativo sobre esse segmento, apesar do seu estoque de vínculos formais ter continuado sua trajetória de crescimento. ","PeriodicalId":35263,"journal":{"name":"Caderno CRH","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42060409","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-10DOI: 10.9771/ccrh.v35i0.49956
Henrique Amorim, Ana Claudia Moreira Cardoso, M. A. Bridi
Na contramão das teses da sociedade pós-industrial, o artigo desenvolve o argumento de que as plataformas digitais sintetizam contemporaneamente a radicalização e o espraiamento da lógica produtiva industrial. Ao analisar o capitalismo de plataforma e os mecanismos de externalização da produção, considera que as plataformas são apenas a ponta do iceberg e a comprovação empírica do desenvolvimento da lógica industrial, da produção demercadorias (produto ou serviço, material e/ou imaterial, tangível ou intangível). Trata-se, assim, de um capitalismo industrial de plataforma. Com esse processo em curso, observa-se a tendência de espraiamento da plataformização do trabalho e suas formas de exploração de trabalho, de relações de trabalho destituídas de direitos que, por sua vez, encontram resistência nas lutas dos trabalhadores e trabalhadoras que desnudam a faceta perversado trabalho plataformizado.
{"title":"CAPITALISMO INDUSTRIAL DE PLATAFORMA: externalizações, sínteses e resistências","authors":"Henrique Amorim, Ana Claudia Moreira Cardoso, M. A. Bridi","doi":"10.9771/ccrh.v35i0.49956","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/ccrh.v35i0.49956","url":null,"abstract":"Na contramão das teses da sociedade pós-industrial, o artigo desenvolve o argumento de que as plataformas digitais sintetizam contemporaneamente a radicalização e o espraiamento da lógica produtiva industrial. Ao analisar o capitalismo de plataforma e os mecanismos de externalização da produção, considera que as plataformas são apenas a ponta do iceberg e a comprovação empírica do desenvolvimento da lógica industrial, da produção demercadorias (produto ou serviço, material e/ou imaterial, tangível ou intangível). Trata-se, assim, de um capitalismo industrial de plataforma. Com esse processo em curso, observa-se a tendência de espraiamento da plataformização do trabalho e suas formas de exploração de trabalho, de relações de trabalho destituídas de direitos que, por sua vez, encontram resistência nas lutas dos trabalhadores e trabalhadoras que desnudam a faceta perversado trabalho plataformizado.","PeriodicalId":35263,"journal":{"name":"Caderno CRH","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43681268","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-10DOI: 10.9771/ccrh.v35i0.49104
Mateus Mendonça, Jamie Woodcock, R. Grohmann
Este artigo analisa como a migração afeta a composição de classe dos entregadores brasileiros no Reino Unido. Embora pesquisas agora indiquem que a migração desempenha papel importante no trabalho por plataformas no Norte Global, pouco se sabe sobre as maneiras específicas como isso ocorre na prática. Demonstramos como a migração é um aspecto constitutivo desse setor no Norte Global e como a condição de migrante gera experiênciase comunidades comuns, atravessando todos os aspectos dessa indústria, desde a organização do trabalho e as experiências de vida até as formas coletivas de resistência e organização. Para isso, propomos o enquadramento da teoria marxista da composição de classe e a migração, para compreender a formação desse novo setor da classetrabalhadora e seus processos de luta e resistência. Este estudo se baseou em duas pesquisas etnográficas de longo prazo, com a organização coletiva dos entregadores em Londres, e em 13 entrevistas em profundidade.
{"title":"COMPOSIÇÃO DE CLASSE E MIGRAÇÃO PARA ENTENDER O TRABALHO POR PLATAFORMAS:","authors":"Mateus Mendonça, Jamie Woodcock, R. Grohmann","doi":"10.9771/ccrh.v35i0.49104","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/ccrh.v35i0.49104","url":null,"abstract":"Este artigo analisa como a migração afeta a composição de classe dos entregadores brasileiros no Reino Unido. Embora pesquisas agora indiquem que a migração desempenha papel importante no trabalho por plataformas no Norte Global, pouco se sabe sobre as maneiras específicas como isso ocorre na prática. Demonstramos como a migração é um aspecto constitutivo desse setor no Norte Global e como a condição de migrante gera experiênciase comunidades comuns, atravessando todos os aspectos dessa indústria, desde a organização do trabalho e as experiências de vida até as formas coletivas de resistência e organização. Para isso, propomos o enquadramento da teoria marxista da composição de classe e a migração, para compreender a formação desse novo setor da classetrabalhadora e seus processos de luta e resistência. Este estudo se baseou em duas pesquisas etnográficas de longo prazo, com a organização coletiva dos entregadores em Londres, e em 13 entrevistas em profundidade.","PeriodicalId":35263,"journal":{"name":"Caderno CRH","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48152931","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-10DOI: 10.9771/ccrh.v35i0.49416
Sidnei Machado, Alexandre Pilan Zanoni
Neste artigo exploraremos, no contexto do trabalho e regulação do trabalho das plataformas digitais, a configuração do modelo do trabalho autônomo, fora do modelo do assalariamento. O artigo apresenta um conjunto de dados empíricos produzidos no Brasil em 2021, que demonstra as demandas e percepções dos trabalhadores em plataformas sobre direitos na relação de trabalho com as plataformas digitais. Argumentaremos que essas percepções mostram que a aparente autonomia e liberdade do trabalho estão relacionadas ao modelo de gerenciamento desse trabalho. O estudo procura avaliar, numa perspectiva sociojurídica, algumas dimensões da liberdade de trabalho nas plataformas digitais, como contribuição para uma compreensão melhor dessas novas formas de governança do trabalho digital.
{"title":"DEMANDAS DE DIREITOS NO TRABALHO POR PLATAFORMAS DIGITAIS NO BRASIL: O ENFOQUE DOS TRABALHADORES","authors":"Sidnei Machado, Alexandre Pilan Zanoni","doi":"10.9771/ccrh.v35i0.49416","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/ccrh.v35i0.49416","url":null,"abstract":"Neste artigo exploraremos, no contexto do trabalho e regulação do trabalho das plataformas digitais, a configuração do modelo do trabalho autônomo, fora do modelo do assalariamento. O artigo apresenta um conjunto de dados empíricos produzidos no Brasil em 2021, que demonstra as demandas e percepções dos trabalhadores em plataformas sobre direitos na relação de trabalho com as plataformas digitais. Argumentaremos que essas percepções mostram que a aparente autonomia e liberdade do trabalho estão relacionadas ao modelo de gerenciamento desse trabalho. O estudo procura avaliar, numa perspectiva sociojurídica, algumas dimensões da liberdade de trabalho nas plataformas digitais, como contribuição para uma compreensão melhor dessas novas formas de governança do trabalho digital.","PeriodicalId":35263,"journal":{"name":"Caderno CRH","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48458479","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-10DOI: 10.9771/ccrh.v35i0.29241
M. C. Corrêa, Karoline Coelho de Andrade e Souza
Este trabalho objetiva elucidar o perfil da cidadania circunscrita pela política híbrida desenvolvida no programa Unidades Paraná Seguro. O programa funcionou entre 2012 e 2015, instalando bases da Polícia Militar em territórios metropolitanos periféricos com altos índices de criminalidade, a fim de reduzi-los e desenvolver a cidadania de populações vulneráveis. A pesquisa documental e bibliográfica sobre a implantação do programa foi realizada à luz de referenciais pós-estruturalistas e pós-operaístas, por meio do método indutivo, a fim de avaliar a hipótese de que o policiamento foi convertido em governo bioeconômico, transformando o conceito de cidadania. Os resultados convergem para a descrição de uma cidadania governamentalizada, que não amplia a participação democrática, mas estabelece controles, regulações e técnicas de subjetivação neoliberais. Incentiva a busca ativa pelo trabalho por meio da profissionalização e do subemprego, ou do fomento à iniciativa autoempresarial precarizada, própria dos empresários de si mesmos.
{"title":"A CIDADANIA GOVERNAMENTALIZADA: um estudo de caso das Unidades Paraná Seguro em Curitiba","authors":"M. C. Corrêa, Karoline Coelho de Andrade e Souza","doi":"10.9771/ccrh.v35i0.29241","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/ccrh.v35i0.29241","url":null,"abstract":"Este trabalho objetiva elucidar o perfil da cidadania circunscrita pela política híbrida desenvolvida no programa Unidades Paraná Seguro. O programa funcionou entre 2012 e 2015, instalando bases da Polícia Militar em territórios metropolitanos periféricos com altos índices de criminalidade, a fim de reduzi-los e desenvolver a cidadania de populações vulneráveis. A pesquisa documental e bibliográfica sobre a implantação do programa foi realizada à luz de referenciais pós-estruturalistas e pós-operaístas, por meio do método indutivo, a fim de avaliar a hipótese de que o policiamento foi convertido em governo bioeconômico, transformando o conceito de cidadania. Os resultados convergem para a descrição de uma cidadania governamentalizada, que não amplia a participação democrática, mas estabelece controles, regulações e técnicas de subjetivação neoliberais. Incentiva a busca ativa pelo trabalho por meio da profissionalização e do subemprego, ou do fomento à iniciativa autoempresarial precarizada, própria dos empresários de si mesmos.","PeriodicalId":35263,"journal":{"name":"Caderno CRH","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41912250","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-10DOI: 10.9771/ccrh.v35i0.50225
Henrique Amorim, M. A. Bridi, Ana Claudia Moreira Cardoso
{"title":"TRABALHO DIGITAL E PLATAFORMIZADO NO SÉCULO XXI: reconfigurando o passado no presente","authors":"Henrique Amorim, M. A. Bridi, Ana Claudia Moreira Cardoso","doi":"10.9771/ccrh.v35i0.50225","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/ccrh.v35i0.50225","url":null,"abstract":" ","PeriodicalId":35263,"journal":{"name":"Caderno CRH","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48021652","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-10-10DOI: 10.9771/ccrh.v35i0.48366
Marina Kabat
Abordamos la emergencia del teletrabajo mediante una perspectiva histórica examinando las tendencias contradictorias a concentrar y dislocar el trabajo bajo el capitalismo. Con este enfoque estudiamos las similitudes y diferencias del teletrabajo respecto a las formas tradicionales de trabajo a domicilio. Para ello, analizamos el proceso de trabajo y la naturaleza de las actividades que se desarrollan bajo esta modalidad desde un abordaje teórico marxista. Esta perspectiva histórica contribuye a conformar una mirada de largo plazo de las transformaciones estudiadas y cuestionar algunos de los preconceptos más arraigados sobre el trabajo femenino, relativos a las supuestas preferencias de las mujeres a desempeñar actividades laborales en el ámbito doméstico. A su vez, nos permite ponderar la utilidad de incorporar dispositivos legales creados para regular el trabajo a domicilio a la legislación del teletrabajo, lo que a nuestro juicio contribuiría a evitar la flexibilidad laboral en este ámbito.
{"title":"PROCESO DE TRABAJO, LEGISLACIÓN LABORAL Y EMPLEO FEMENINO EN EL TELETRABAJO","authors":"Marina Kabat","doi":"10.9771/ccrh.v35i0.48366","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/ccrh.v35i0.48366","url":null,"abstract":"Abordamos la emergencia del teletrabajo mediante una perspectiva histórica examinando las tendencias contradictorias a concentrar y dislocar el trabajo bajo el capitalismo. Con este enfoque estudiamos las similitudes y diferencias del teletrabajo respecto a las formas tradicionales de trabajo a domicilio. Para ello, analizamos el proceso de trabajo y la naturaleza de las actividades que se desarrollan bajo esta modalidad desde un abordaje teórico marxista. Esta perspectiva histórica contribuye a conformar una mirada de largo plazo de las transformaciones estudiadas y cuestionar algunos de los preconceptos más arraigados sobre el trabajo femenino, relativos a las supuestas preferencias de las mujeres a desempeñar actividades laborales en el ámbito doméstico. A su vez, nos permite ponderar la utilidad de incorporar dispositivos legales creados para regular el trabajo a domicilio a la legislación del teletrabajo, lo que a nuestro juicio contribuiría a evitar la flexibilidad laboral en este ámbito. ","PeriodicalId":35263,"journal":{"name":"Caderno CRH","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-10-10","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42645915","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-22DOI: 10.9771/ccrh.v35i0.26872
F. Cantamutto
Este artículo discute las determinaciones estructurales para construir la hegemonía por parte de las clases dominantes en un país dependiente, a saber, la Argentina. ¿Es posible para las clases dominantes constituir un programa económico-político que convoque apoyos de las clases populares? Este artículo presenta el problema en la forma histórica actual de la dependencia argentina, en el proceso neodesarrollista (2002-2015), en que se constata la búsqueda de un orden político con intenciones hegemónicas por parte de las fracciones industriales del bloque en el poder. Se muestran las tensiones estructurales, vinculadas a las transferencias de valor y el acceso a divisas. La necesidad de capturar mayor parte de la renta de la tierra para evitar más superexplotación de la fuerza de trabajo limitó la estrategia de legitimación. Esto implicaba mayor conflicto con otras fracciones del bloque en el poder, y la industria concentrada no estaba dispuesta a ello.
{"title":"HEGEMONÍA Y DEPENDENCIA EN LA ARGENTINA NEODESARROLLISTA","authors":"F. Cantamutto","doi":"10.9771/ccrh.v35i0.26872","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/ccrh.v35i0.26872","url":null,"abstract":"Este artículo discute las determinaciones estructurales para construir la hegemonía por parte de las clases dominantes en un país dependiente, a saber, la Argentina. ¿Es posible para las clases dominantes constituir un programa económico-político que convoque apoyos de las clases populares? Este artículo presenta el problema en la forma histórica actual de la dependencia argentina, en el proceso neodesarrollista (2002-2015), en que se constata la búsqueda de un orden político con intenciones hegemónicas por parte de las fracciones industriales del bloque en el poder. Se muestran las tensiones estructurales, vinculadas a las transferencias de valor y el acceso a divisas. La necesidad de capturar mayor parte de la renta de la tierra para evitar más superexplotación de la fuerza de trabajo limitó la estrategia de legitimación. Esto implicaba mayor conflicto con otras fracciones del bloque en el poder, y la industria concentrada no estaba dispuesta a ello.","PeriodicalId":35263,"journal":{"name":"Caderno CRH","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43476692","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-08-22DOI: 10.9771/ccrh.v35i0.36061
F. A. M. Mattos, Lucas di Candia Ramundo
O objetivo é mostrar que a temática da distribuição de renda tem retomado importância no debate acadêmico e político. Ilustra-se a evolução da desigualdade de renda desde o pós-Segunda Guerra à atualidade, organizando dados elaborados por autores que trabalham em centros de pesquisa internacionais. A desigualdade de renda passa a aumentar a partir da ascensão do neoliberalismo, nos anos 1980, tornando-se ainda maior nos anos 2000, concentrando-se no 1% mais rico dos países. Essa realidade traz para o debate a contribuição de profissionais da Sociologia, da Ciência Política e da Economia Política. Esses autores têm demonstrado como as mudanças na ordem internacional e seus efeitos sobre o padrão de acumulação capitalista em favor do rentismo alterou a forma pela qual o funcionamento das Democracias representativas tem afetado a desigualdade econômica nos países capitalistas, contrastando o que ocorria nos “Anos Dourados” do capitalismo (1945-1980) com o que acontece desde os anos 1980.
{"title":"ASPECTOS POLÍTICOS E ECONÔMICOS ENVOLVIDOS NA RETOMADA DO DEBATE SOBRE DESIGUALDADE E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA","authors":"F. A. M. Mattos, Lucas di Candia Ramundo","doi":"10.9771/ccrh.v35i0.36061","DOIUrl":"https://doi.org/10.9771/ccrh.v35i0.36061","url":null,"abstract":"O objetivo é mostrar que a temática da distribuição de renda tem retomado importância no debate acadêmico e político. Ilustra-se a evolução da desigualdade de renda desde o pós-Segunda Guerra à atualidade, organizando dados elaborados por autores que trabalham em centros de pesquisa internacionais. A desigualdade de renda passa a aumentar a partir da ascensão do neoliberalismo, nos anos 1980, tornando-se ainda maior nos anos 2000, concentrando-se no 1% mais rico dos países. Essa realidade traz para o debate a contribuição de profissionais da Sociologia, da Ciência Política e da Economia Política. Esses autores têm demonstrado como as mudanças na ordem internacional e seus efeitos sobre o padrão de acumulação capitalista em favor do rentismo alterou a forma pela qual o funcionamento das Democracias representativas tem afetado a desigualdade econômica nos países capitalistas, contrastando o que ocorria nos “Anos Dourados” do capitalismo (1945-1980) com o que acontece desde os anos 1980.","PeriodicalId":35263,"journal":{"name":"Caderno CRH","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-08-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45927950","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}