Pub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/1807-0310/2023v35e277385
Letícia Carolina Pereira Nascimento
Resumo Este artigo é resultado de uma cartografia de si a partir de minhas experivivências como travesti negra e gorda no processo de compreender as diversas formas de solidão que atravessam minha subjetividade, desde a solidão estética, pensada por meio da ausência de representatividade, à solidão afetiva, decorrente do esvaziamento das possibilidades relacionais, mediante uma perspectiva romântica e além. Neste sentido, objetivo analisar os efeitos da colonialidade na produção de solidões e violências em minhas experivivências, enquanto apresento o Afrotranscentramento como uma possibilidade de cura às feridas coloniais. Metodologicamente, a cartografia possibilita mergulhar de forma encarnada em minhas experivivências, desenhando um mapa das afecções que povoam em mim na relação com as solidões. As experivivências afrotranscentradas provocam a clínica psi a romper com o pacto narcísico da branquitude cisheteronormativa. Nesta medida, o afrotranscentramento é um ébo de cura à carga colonial da solidão.
{"title":"QUANTAS SOLIDÕES HABITAM A CORPA DE UMA TRAVESTI NEGRA E GORDA?","authors":"Letícia Carolina Pereira Nascimento","doi":"10.1590/1807-0310/2023v35e277385","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1807-0310/2023v35e277385","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo é resultado de uma cartografia de si a partir de minhas experivivências como travesti negra e gorda no processo de compreender as diversas formas de solidão que atravessam minha subjetividade, desde a solidão estética, pensada por meio da ausência de representatividade, à solidão afetiva, decorrente do esvaziamento das possibilidades relacionais, mediante uma perspectiva romântica e além. Neste sentido, objetivo analisar os efeitos da colonialidade na produção de solidões e violências em minhas experivivências, enquanto apresento o Afrotranscentramento como uma possibilidade de cura às feridas coloniais. Metodologicamente, a cartografia possibilita mergulhar de forma encarnada em minhas experivivências, desenhando um mapa das afecções que povoam em mim na relação com as solidões. As experivivências afrotranscentradas provocam a clínica psi a romper com o pacto narcísico da branquitude cisheteronormativa. Nesta medida, o afrotranscentramento é um ébo de cura à carga colonial da solidão.","PeriodicalId":35367,"journal":{"name":"Psicologia e Sociedade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135261009","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/1807-0310/2023v35e277141
Lucas Gabriel de Matos Santos, Arthur Barbosa da Costa, Jessica da Silva David, Rosa Maria Leite Ribeiro Pedro
Resumo Racismo e tecnologia são importantes mediadores societários, hierarquizando grupos e reproduzindo privilégios e exclusões. Podem, contudo, inviabilizar denúncias de desigualdades, seja pelo “mito da democracia racial” ou pela ideia de neutralidade da tecnologia. Discutiremos a eficácia da articulação entre racismo e tecnologia por conta de uma dupla opacidade: negação do racismo e a negação política da tecnologia. Trazemos o reconhecimento facial como aparato sociotécnico que, articulado aos corpos negros e a realidades brasileiras, ora produz invisibilidades, ora reacentua visibilidades. A pesquisa teórica reúne conceitos do pensamento social brasileiro, versando sobre relações raciais e criminologia marginal, bem como autores do campo da Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), que nos auxiliam a explicitar a não neutralidade da tecnologia e a politização da gestão algorítmica. Concluímos pela necessária ampliação das vozes dissonantes que denunciam o racismo na produção de técnicas pretensamente neutras, numa proposição cosmopolítica, de modo a poder “decidir com” as pessoas que são reconhecidas ou invisibilizadas.
{"title":"RECONHECIMENTO FACIAL: TECNOLOGIA, RACISMO E CONSTRUÇÃO DE MUNDOS POSSÍVEIS","authors":"Lucas Gabriel de Matos Santos, Arthur Barbosa da Costa, Jessica da Silva David, Rosa Maria Leite Ribeiro Pedro","doi":"10.1590/1807-0310/2023v35e277141","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1807-0310/2023v35e277141","url":null,"abstract":"Resumo Racismo e tecnologia são importantes mediadores societários, hierarquizando grupos e reproduzindo privilégios e exclusões. Podem, contudo, inviabilizar denúncias de desigualdades, seja pelo “mito da democracia racial” ou pela ideia de neutralidade da tecnologia. Discutiremos a eficácia da articulação entre racismo e tecnologia por conta de uma dupla opacidade: negação do racismo e a negação política da tecnologia. Trazemos o reconhecimento facial como aparato sociotécnico que, articulado aos corpos negros e a realidades brasileiras, ora produz invisibilidades, ora reacentua visibilidades. A pesquisa teórica reúne conceitos do pensamento social brasileiro, versando sobre relações raciais e criminologia marginal, bem como autores do campo da Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), que nos auxiliam a explicitar a não neutralidade da tecnologia e a politização da gestão algorítmica. Concluímos pela necessária ampliação das vozes dissonantes que denunciam o racismo na produção de técnicas pretensamente neutras, numa proposição cosmopolítica, de modo a poder “decidir com” as pessoas que são reconhecidas ou invisibilizadas.","PeriodicalId":35367,"journal":{"name":"Psicologia e Sociedade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135262472","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Resumo O presente artigo tem como objetivo desenvolver uma discussão materialista-histórica a respeito das contradições entre o Estado e as políticas de ação afirmativa no modo de produção capitalista. Para tanto, consideramos as dinâmicas reais e concretas entre o capital, os movimentos sociais, as conjunturas políticas e econômicas, que interferem na ação do Estado, bem como o entendimento das relações sociais de classe e raça como centrais para uma análise da formação social brasileira, sem a qual não conseguimos ter melhor compreensão do tempo presente. Apresentamos brevemente algumas formulações da tradição marxista a respeito do Estado e das Relações Raciais e discutimos acerca de alguns dilemas que envolvem as políticas de ação afirmativa no Brasil, uma vez que se revelam enquanto conquista da classe trabalhadora, ao mesmo tempo em que possibilitam a manutenção da ordem do Capital.
{"title":"ESTADO, RACISMO E AÇÕES AFIRMATIVAS PARA PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL: DILEMAS NO CAPITALISMO","authors":"Thiago Laurentino, Janaiky Almeida, Isabel Fernandes","doi":"10.1590/1807-0310/2023v35e277117","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1807-0310/2023v35e277117","url":null,"abstract":"Resumo O presente artigo tem como objetivo desenvolver uma discussão materialista-histórica a respeito das contradições entre o Estado e as políticas de ação afirmativa no modo de produção capitalista. Para tanto, consideramos as dinâmicas reais e concretas entre o capital, os movimentos sociais, as conjunturas políticas e econômicas, que interferem na ação do Estado, bem como o entendimento das relações sociais de classe e raça como centrais para uma análise da formação social brasileira, sem a qual não conseguimos ter melhor compreensão do tempo presente. Apresentamos brevemente algumas formulações da tradição marxista a respeito do Estado e das Relações Raciais e discutimos acerca de alguns dilemas que envolvem as políticas de ação afirmativa no Brasil, uma vez que se revelam enquanto conquista da classe trabalhadora, ao mesmo tempo em que possibilitam a manutenção da ordem do Capital.","PeriodicalId":35367,"journal":{"name":"Psicologia e Sociedade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135260838","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/1807-0310/2023v35e277145
Carolina Nunes Ramos, Simone Mainieri Paulon
Resumo Desafiadas a pensar como a branquitude se coloca como categoria de análise para a psicologia social, duas pesquisadoras brancas tomam como pergunta disparadora de pesquisa: De que forma a branquitude se constitui como modo de subjetivação? A fim deslocar quaisquer supostas neutralidade e universalidade, ainda presentes no campo da psicologia social, o objetivo do estudo foi o de produzir efeitos de visibilidade nos processos de subjetivação racistas contemporâneos. O percurso cartográfico foi movimentado pelo recurso à produção de narrativas poéticas, a partir de vivências desde um lugar racializado das pesquisadoras. Esta estratégia metodológica buscou problematizar a branquitude engendrada às tecnologias de subjetivação. Ao final, o estudo destaca a universalidade, a invisibilidade e os pactos narcísicos entre as dimensões do racismo, que sinalizam a urgência de refletirmos acerca destas posições para a invenção de práticas antirracistas a comporem o porvir da psicologia.
{"title":"PROBLEMATIZAÇÕES ÉTICAS, ESTÉTICAS E POLÍTICAS À BRANQUITUDE COMO CATEGORIA DE ANÁLISE PARA PSICOLOGIA SOCIAL","authors":"Carolina Nunes Ramos, Simone Mainieri Paulon","doi":"10.1590/1807-0310/2023v35e277145","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1807-0310/2023v35e277145","url":null,"abstract":"Resumo Desafiadas a pensar como a branquitude se coloca como categoria de análise para a psicologia social, duas pesquisadoras brancas tomam como pergunta disparadora de pesquisa: De que forma a branquitude se constitui como modo de subjetivação? A fim deslocar quaisquer supostas neutralidade e universalidade, ainda presentes no campo da psicologia social, o objetivo do estudo foi o de produzir efeitos de visibilidade nos processos de subjetivação racistas contemporâneos. O percurso cartográfico foi movimentado pelo recurso à produção de narrativas poéticas, a partir de vivências desde um lugar racializado das pesquisadoras. Esta estratégia metodológica buscou problematizar a branquitude engendrada às tecnologias de subjetivação. Ao final, o estudo destaca a universalidade, a invisibilidade e os pactos narcísicos entre as dimensões do racismo, que sinalizam a urgência de refletirmos acerca destas posições para a invenção de práticas antirracistas a comporem o porvir da psicologia.","PeriodicalId":35367,"journal":{"name":"Psicologia e Sociedade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135261271","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/1807-0310/2023v35e276753
Paulo Vitor Palma Navasconi, Murilo dos Santos Moscheta
Resumo O presente artigo tem como objetivo discutir as contribuições teóricas de Virgínia Leone Bicudo e Neusa Santos Souza para o campo da Psicologia Social, bem como refletir sobre o modo como uma política de circulação dos conhecimentos científicos age de modo a resistir a essas contribuições. Metodologicamente, este artigo se orienta a partir de uma meta-análise qualitativa. Os resultados apontam que desnaturalizar a não-presença da população negra nos espaços de produção de conhecimento, trazer à tona suas produções intelectuais e, ainda, suas experiências enquanto sujeitos ativos da história, é urgente para a transformação desse cenário e, sobretudo, para uma democratização efetiva das universidades e do conhecimento. Por isso, conclui-se que as produções de Bicudo e Souza podem ser um recurso para se pensar sobre a emergência da construção de uma Psicologia Social Antirracista, rompendo com as matrizes colonialistas e as lógicas maniqueístas.
{"title":"CONTRIBUIÇÕES DE VIRGÍNIA LEONE BICUDO E NEUSA SANTOS SOUZA PARA UMA PSICOLOGIA BRASILEIRA ANTIRRACISTA","authors":"Paulo Vitor Palma Navasconi, Murilo dos Santos Moscheta","doi":"10.1590/1807-0310/2023v35e276753","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1807-0310/2023v35e276753","url":null,"abstract":"Resumo O presente artigo tem como objetivo discutir as contribuições teóricas de Virgínia Leone Bicudo e Neusa Santos Souza para o campo da Psicologia Social, bem como refletir sobre o modo como uma política de circulação dos conhecimentos científicos age de modo a resistir a essas contribuições. Metodologicamente, este artigo se orienta a partir de uma meta-análise qualitativa. Os resultados apontam que desnaturalizar a não-presença da população negra nos espaços de produção de conhecimento, trazer à tona suas produções intelectuais e, ainda, suas experiências enquanto sujeitos ativos da história, é urgente para a transformação desse cenário e, sobretudo, para uma democratização efetiva das universidades e do conhecimento. Por isso, conclui-se que as produções de Bicudo e Souza podem ser um recurso para se pensar sobre a emergência da construção de uma Psicologia Social Antirracista, rompendo com as matrizes colonialistas e as lógicas maniqueístas.","PeriodicalId":35367,"journal":{"name":"Psicologia e Sociedade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135311728","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/1807-0310/2023v35e277140
Ricardo Dias de Castro, Claudia Mayorga
Resumo Esta pesquisa intencionou compreender como, a partir dos relatos narrativos (auto)biográficos de três docentes negras do ensino superior público, implodem-se saberes e fazeres que decolonizam o conhecimento, a ciência e a sociedade no âmbito da UFMG. Tomou-se a experiência dessas sujeitas como analisadores das inúmeras contradições que se apresentam em uma universidade pública de histórico moderno/colonial. O que tem sido capaz de movimentar rupturas epistêmicas e políticas na reinvenção de um novo mundo que já se mostra possível apesar das armadilhas da colonialidade. Nessa direção, as estratégias de combate à colonização do ser, do saber e da sociedade são um processo constante de mobilizações e alterações dessas experiências. É, apenas e unicamente, por meio dessa ferida aberta, que essas intelectuais inventam outros horizontes na produção do conhecimento, da ciência e da própria sociedade em sua versão mais justa rumo à experiência-ciência feminista, antirracista e decolonial.
{"title":"SABERES-FAZERES FEMINISTAS DECOLONIAIS NA UNIVERSIDADE: CONTRIBUIÇÕES SUBJETIVAS, EPISTÊMICAS E POLÍTICAS DE INTELECTUAIS NEGRAS","authors":"Ricardo Dias de Castro, Claudia Mayorga","doi":"10.1590/1807-0310/2023v35e277140","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1807-0310/2023v35e277140","url":null,"abstract":"Resumo Esta pesquisa intencionou compreender como, a partir dos relatos narrativos (auto)biográficos de três docentes negras do ensino superior público, implodem-se saberes e fazeres que decolonizam o conhecimento, a ciência e a sociedade no âmbito da UFMG. Tomou-se a experiência dessas sujeitas como analisadores das inúmeras contradições que se apresentam em uma universidade pública de histórico moderno/colonial. O que tem sido capaz de movimentar rupturas epistêmicas e políticas na reinvenção de um novo mundo que já se mostra possível apesar das armadilhas da colonialidade. Nessa direção, as estratégias de combate à colonização do ser, do saber e da sociedade são um processo constante de mobilizações e alterações dessas experiências. É, apenas e unicamente, por meio dessa ferida aberta, que essas intelectuais inventam outros horizontes na produção do conhecimento, da ciência e da própria sociedade em sua versão mais justa rumo à experiência-ciência feminista, antirracista e decolonial.","PeriodicalId":35367,"journal":{"name":"Psicologia e Sociedade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135261030","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/1807-0310/2023v35e266354
Cristopher Yáñez-Urbina, Verónica López Leiva, Francisco Tirado Serrano
Resumen El artículo analiza los distintos posicionamientos y versiones sobre la sexualidad de de niños, niñas y jóvenes en la discusión en torno al del Proyecto de Ley que Establece Normas Generales en Materia de Educación sobre Afectividad, Sexualidad y Género para los Establecimientos Educacionales Reconocidos por el Estado entre marzo del 2019 y octubre del 2020 en Chile. Se realizó un estudio cualitativo con un corpus textual conformado por las transcripciones literales de las siete sesiones de audiencia en donde debatió el proyecto. Los resultados dan cuenta de cinco categorías: Liberalismo y desregulación, Desarrollo del ciclo vital, Disputa culturalista, Defensa de la familia, y Participación como acción. Se discute cómo los distintos posicionamientos se articulan desde la configuración de un modo de gobierno de las poblaciones por medio de la focalización estratégica en edades tempranas como mecanismo de preparación hacia la vida adulta.
摘要文章解析各posicionamientos版本对儿童和青年的性讨论围绕的一般法律规定规则草案敏感性、性和性别问题教育对于国家认可的教育机构是3月至2019和2020年10月在智利。本研究的目的是分析在墨西哥大学autonoma de mexico (unam)进行的一项研究,该研究的目的是分析在墨西哥大学autonoma de mexico (unam)进行的一项研究,该研究的目的是分析在墨西哥大学autonoma de mexico (unam)进行的一项研究。结果5类:自由和放松,意识到生命周期发展culturalista纠纷、维护家庭和参与行动。本文讨论了不同的定位是如何从人口治理模式的配置中表达出来的,通过在早期阶段的战略重点作为成年准备机制。
{"title":"GOBERNAR LA SEXUALIDAD: ANÁLISIS DE LA DISCUSIÓN DE UN PROYECTO DE LEY EN CHILE","authors":"Cristopher Yáñez-Urbina, Verónica López Leiva, Francisco Tirado Serrano","doi":"10.1590/1807-0310/2023v35e266354","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1807-0310/2023v35e266354","url":null,"abstract":"Resumen El artículo analiza los distintos posicionamientos y versiones sobre la sexualidad de de niños, niñas y jóvenes en la discusión en torno al del Proyecto de Ley que Establece Normas Generales en Materia de Educación sobre Afectividad, Sexualidad y Género para los Establecimientos Educacionales Reconocidos por el Estado entre marzo del 2019 y octubre del 2020 en Chile. Se realizó un estudio cualitativo con un corpus textual conformado por las transcripciones literales de las siete sesiones de audiencia en donde debatió el proyecto. Los resultados dan cuenta de cinco categorías: Liberalismo y desregulación, Desarrollo del ciclo vital, Disputa culturalista, Defensa de la familia, y Participación como acción. Se discute cómo los distintos posicionamientos se articulan desde la configuración de un modo de gobierno de las poblaciones por medio de la focalización estratégica en edades tempranas como mecanismo de preparación hacia la vida adulta.","PeriodicalId":35367,"journal":{"name":"Psicologia e Sociedade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135260999","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/1807-0310/2023v35e277147
Tulíola Almeida de Souza Lima, Roberta Carvalho Romagnoli
Resumo Este artigo é um desdobramento da tese de doutorado que trata das relações e processos de subjetivação entre equipes técnicas e famílias na rede de saúde mental. Neste contexto, o trabalho aborda forças conservadoras e possibilidades de resistência ao poder. O racismo está presente no cotidiano de pessoas que convivem com situações de sofrimento mental, mas poucas vezes esse marcador social é abordado nos serviços, caracterizando o silenciamento de experiências vividas. A metodologia utilizada foi a cartografia, incluindo pesquisa de campo, permitindo rastreamento de processos e considerando o posicionamento político de quem pesquisa, com orientação para práticas comprometidas com transformações sociais. A análise dos dados produzidos associa perspectiva interseccional sobre as demandas em saúde mental à esquizoanálise, buscando a construções de saída dos impasses entre familiares e equipes. Concluímos que sustentando indagações sobre modos de nos relacionar e revisitar nossa história, podemos construir práticas coletivas antirracistas na saúde mental.
{"title":"RACISMO E SAÚDE MENTAL: UMA CARTOGRAFIA DO TRABALHO COM FAMÍLIAS","authors":"Tulíola Almeida de Souza Lima, Roberta Carvalho Romagnoli","doi":"10.1590/1807-0310/2023v35e277147","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1807-0310/2023v35e277147","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo é um desdobramento da tese de doutorado que trata das relações e processos de subjetivação entre equipes técnicas e famílias na rede de saúde mental. Neste contexto, o trabalho aborda forças conservadoras e possibilidades de resistência ao poder. O racismo está presente no cotidiano de pessoas que convivem com situações de sofrimento mental, mas poucas vezes esse marcador social é abordado nos serviços, caracterizando o silenciamento de experiências vividas. A metodologia utilizada foi a cartografia, incluindo pesquisa de campo, permitindo rastreamento de processos e considerando o posicionamento político de quem pesquisa, com orientação para práticas comprometidas com transformações sociais. A análise dos dados produzidos associa perspectiva interseccional sobre as demandas em saúde mental à esquizoanálise, buscando a construções de saída dos impasses entre familiares e equipes. Concluímos que sustentando indagações sobre modos de nos relacionar e revisitar nossa história, podemos construir práticas coletivas antirracistas na saúde mental.","PeriodicalId":35367,"journal":{"name":"Psicologia e Sociedade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135262458","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/1807-0310/2023v35e275159
Jorge Lyra, Míriam Cristiane Alves, Ademiel de Sant'Anna Junior, Gioconda Sousa, Juliana Keila Jeremias da Silva, Maíne Alves Prates, Wellington Albuquerque
Resumo No presente manuscrito narramos em ficção experiências e questionamentos disruptivos que saboreamos com nossas corpas no processo de invenção e criação desse dossiê, que escuta e compartilha uma gama de possibilidades de “usos” do conceito de poder e de modos de subjetivação, seja na compreensão/vivência das relações raciais, na produção de estratégias de cuidado e de modos de existência de pessoas e comunidades negras, seja no enfrentamento ao racismo e às violências produzidas pela branquitude e pelos variados processos de atualização da lógica colonial. Caos-mundo é a encruzilhada, é a voz de criação, que protagoniza e fia conceitos diante de questionamentos sobre a Psicologia Social e do modo como tem trombado com a luta antirracista. Desde arte-fatos científicos, apresentamos o conjunto de artigos que constituem esse dossiê.
{"title":"PSICOLOGIA SOCIAL E ANTIRRACISMO: ARTE-FATOS CIENTÍFICOS DESDE CAOS-MUNDO","authors":"Jorge Lyra, Míriam Cristiane Alves, Ademiel de Sant'Anna Junior, Gioconda Sousa, Juliana Keila Jeremias da Silva, Maíne Alves Prates, Wellington Albuquerque","doi":"10.1590/1807-0310/2023v35e275159","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1807-0310/2023v35e275159","url":null,"abstract":"Resumo No presente manuscrito narramos em ficção experiências e questionamentos disruptivos que saboreamos com nossas corpas no processo de invenção e criação desse dossiê, que escuta e compartilha uma gama de possibilidades de “usos” do conceito de poder e de modos de subjetivação, seja na compreensão/vivência das relações raciais, na produção de estratégias de cuidado e de modos de existência de pessoas e comunidades negras, seja no enfrentamento ao racismo e às violências produzidas pela branquitude e pelos variados processos de atualização da lógica colonial. Caos-mundo é a encruzilhada, é a voz de criação, que protagoniza e fia conceitos diante de questionamentos sobre a Psicologia Social e do modo como tem trombado com a luta antirracista. Desde arte-fatos científicos, apresentamos o conjunto de artigos que constituem esse dossiê.","PeriodicalId":35367,"journal":{"name":"Psicologia e Sociedade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135314412","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-01-01DOI: 10.1590/1807-0310/2023v35e277053
Fátima Lima, Luiza Rodrigues de Oliveira, Abrahão de Oliveira Santos
Resumo Em 2020, recebíamos, no Brasil, a tradução do livro Écrits sur l´aliénation et la liberté de Frantz Fanon que, aliado a outras obras como Pele negra, máscaras brancas e Os condenados da terra, apresentava a sociogenia como condição imprescindível para compreensão das vidas negras em sua relação com o sofrimento físico e psíquico e a possibilidade de um fazer clínico que não se pautasse apenas na dimensão filogenética e ontogenética dos estados mentais e físicos. Partindo da sociogenia fanoniana como princípio e método, este artigo objetiva refletir sobre a possibilidade de construção de um processo de formação em Psicologia que tome a dimensão sociogênica como espaço vital para que o cuidado possa ser pensado em relação às comunidades negras nos diferentes contextos brasileiros. Defendemos a necessidade urgente de a formação e a práxis em Psicologia assumirem a discussão da sociogênese fanoniana como imprescindível.
{"title":"A SOCIOGENIA FANONIANA E A FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA: UMA APOSTA CLÍNICA POLÍTICA E NEGRA","authors":"Fátima Lima, Luiza Rodrigues de Oliveira, Abrahão de Oliveira Santos","doi":"10.1590/1807-0310/2023v35e277053","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/1807-0310/2023v35e277053","url":null,"abstract":"Resumo Em 2020, recebíamos, no Brasil, a tradução do livro Écrits sur l´aliénation et la liberté de Frantz Fanon que, aliado a outras obras como Pele negra, máscaras brancas e Os condenados da terra, apresentava a sociogenia como condição imprescindível para compreensão das vidas negras em sua relação com o sofrimento físico e psíquico e a possibilidade de um fazer clínico que não se pautasse apenas na dimensão filogenética e ontogenética dos estados mentais e físicos. Partindo da sociogenia fanoniana como princípio e método, este artigo objetiva refletir sobre a possibilidade de construção de um processo de formação em Psicologia que tome a dimensão sociogênica como espaço vital para que o cuidado possa ser pensado em relação às comunidades negras nos diferentes contextos brasileiros. Defendemos a necessidade urgente de a formação e a práxis em Psicologia assumirem a discussão da sociogênese fanoniana como imprescindível.","PeriodicalId":35367,"journal":{"name":"Psicologia e Sociedade","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135260992","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}