Pub Date : 2023-04-15DOI: 10.14436/2358-2545.13.1.022-028.oar
Heloísa Helena Pinho Veloso, Yuri Barbosa Alves, Morgana Elizete Silva Pinto, Gabriel Garcia de Carvalho
Introdução: Artigos sugerem que o fluxo sanguíneo e a sensibilidade da polpa dentária podem ser prejudicados em pacientes submetidos à radioterapia (RT) para tratamento do câncer bucal. O oxímetro de pulso (OP) surge como uma alternativa promissora na determinação da vitalidade pulpar, fornecendo dados confiáveis para uma caracterização abrangente do estado pulpar. Objetivo: Investigar a saturação de oxigênio (%SpO2) da polpa dentária em pacientes com tumores malignos bucais imediatamente após RT e seis meses depois. Métodos: Dois estudos foram realizados para avaliar a influência da radioterapia de cabeça e pescoço na oxigenação da polpa dentária. No estudo I, a oxigenação pulpar foi avaliada por oximetria de pulso em pacientes imediatamente após RT, e o estudo II investigou o mesmo parâmetro após seis meses de RT. Sessenta pacientes foram incluídos em cada estudo: grupo experimental, pacientes em sessão final de RT (I) ou pacientes que terminaram RT há seis meses (II); e grupo controle, pacientes que nunca passaram por RT. O oxímetro de pulso foi utilizado para avaliar a %SpO2 em dois dentes (n=60) por paciente. Os dados foram submetidos à análise estatística para identificar se as taxas médias de SpO2 obtidas nos grupos testados eram diferentes entre si. Resultados: O teste t de Student mostrou diferenças estatisticamente significativas para a %SpO2 pulpar em ambos os estudos, ao comparar os grupos controle e experimental, mostrando que a RT reduz as taxas de SpO2 (12%) durante o tratamento do câncer, e a saturação de oxigênio não volta aos níveis normais após seis meses de RT (p<0,001). Também foi detectada diferença estatisticamente significativa na comparação dos grupos experimentais dos estudos I e II. Os pacientes não apresentaram qualquer efeito adverso ou qualquer queixa relacionada ao uso do oxímetro. Conclusão: A radiação ionizante utilizada no tratamento do câncer bucal leva a uma diminuição da saturação de oxigênio da polpa dentária. Esse impacto é maior imediatamente após a RT do que após seis meses da RT. Seis meses após a RT não foram suficientes para recuperar a SpO2 ao mesmo nível de um paciente que nunca foi submetido à RT.
{"title":"Oxigenação pulpar avaliada pela oximetria de pulso em pacientes submetidos à radioterapia para tratamento do câncer bucal","authors":"Heloísa Helena Pinho Veloso, Yuri Barbosa Alves, Morgana Elizete Silva Pinto, Gabriel Garcia de Carvalho","doi":"10.14436/2358-2545.13.1.022-028.oar","DOIUrl":"https://doi.org/10.14436/2358-2545.13.1.022-028.oar","url":null,"abstract":"Introdução: Artigos sugerem que o fluxo sanguíneo e a sensibilidade da polpa dentária podem ser prejudicados em pacientes submetidos à radioterapia (RT) para tratamento do câncer bucal. O oxímetro de pulso (OP) surge como uma alternativa promissora na determinação da vitalidade pulpar, fornecendo dados confiáveis para uma caracterização abrangente do estado pulpar. Objetivo: Investigar a saturação de oxigênio (%SpO2) da polpa dentária em pacientes com tumores malignos bucais imediatamente após RT e seis meses depois. Métodos: Dois estudos foram realizados para avaliar a influência da radioterapia de cabeça e pescoço na oxigenação da polpa dentária. No estudo I, a oxigenação pulpar foi avaliada por oximetria de pulso em pacientes imediatamente após RT, e o estudo II investigou o mesmo parâmetro após seis meses de RT. Sessenta pacientes foram incluídos em cada estudo: grupo experimental, pacientes em sessão final de RT (I) ou pacientes que terminaram RT há seis meses (II); e grupo controle, pacientes que nunca passaram por RT. O oxímetro de pulso foi utilizado para avaliar a %SpO2 em dois dentes (n=60) por paciente. Os dados foram submetidos à análise estatística para identificar se as taxas médias de SpO2 obtidas nos grupos testados eram diferentes entre si. Resultados: O teste t de Student mostrou diferenças estatisticamente significativas para a %SpO2 pulpar em ambos os estudos, ao comparar os grupos controle e experimental, mostrando que a RT reduz as taxas de SpO2 (12%) durante o tratamento do câncer, e a saturação de oxigênio não volta aos níveis normais após seis meses de RT (p<0,001). Também foi detectada diferença estatisticamente significativa na comparação dos grupos experimentais dos estudos I e II. Os pacientes não apresentaram qualquer efeito adverso ou qualquer queixa relacionada ao uso do oxímetro. Conclusão: A radiação ionizante utilizada no tratamento do câncer bucal leva a uma diminuição da saturação de oxigênio da polpa dentária. Esse impacto é maior imediatamente após a RT do que após seis meses da RT. Seis meses após a RT não foram suficientes para recuperar a SpO2 ao mesmo nível de um paciente que nunca foi submetido à RT.","PeriodicalId":38063,"journal":{"name":"Dental Press Endodontics","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48749825","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-15DOI: 10.14436/2358-2545.13.1.045-049.oar
Francis Morales, Carlos Terán, A. Barboza, Monika Lamas, Alejandro Elizalde Hernández, Carla David
Introdução: Atualmente, uma nova técnica endodôntica permite o desenvolvimento apical contínuo e o espessamento das paredes radiculares. Esse efeito é obtido por meio da desinfecção adequada do sistema de canais radiculares, nos quais, posteriormente, introduz-se uma matriz extracelular natural autóloga como coadjuvante para induzir a formação do selamento apical. Esse procedimento, denominado Terapia Endodôntica Regenerativa (TER), é uma opção para o tratamento de dentes necróticos com desenvolvimento interrompido do ápice. Os concentrados de plaquetas, como o plasma rico em plaquetas (PRP) e a fibrina rica em plaquetas (PRF), são utilizados como matriz extracelular que fornece fatores de crescimento para geração de novas células diferenciadas, que podem regenerar os tecidos, estimulando a neoformação fisiológica do ápice. Objetivo: Descrever a técnica TER e relatar um caso clínico tratado com esse método e com o uso adjuvante de PRF, com acompanhamento de 18 meses. Conclusões: Radiograficamente, constatou-se resolução completa da lesão radiolúcida periapical; porém, nenhum fechamento apical foi observado durante o período de observação.
{"title":"Técnica endodôntica regenerativa para dente imaturo com periodontite apical, utilizando fibrina rica em plaquetas: relato de caso","authors":"Francis Morales, Carlos Terán, A. Barboza, Monika Lamas, Alejandro Elizalde Hernández, Carla David","doi":"10.14436/2358-2545.13.1.045-049.oar","DOIUrl":"https://doi.org/10.14436/2358-2545.13.1.045-049.oar","url":null,"abstract":"Introdução: Atualmente, uma nova técnica endodôntica permite o desenvolvimento apical contínuo e o espessamento das paredes radiculares. Esse efeito é obtido por meio da desinfecção adequada do sistema de canais radiculares, nos quais, posteriormente, introduz-se uma matriz extracelular natural autóloga como coadjuvante para induzir a formação do selamento apical. Esse procedimento, denominado Terapia Endodôntica Regenerativa (TER), é uma opção para o tratamento de dentes necróticos com desenvolvimento interrompido do ápice. Os concentrados de plaquetas, como o plasma rico em plaquetas (PRP) e a fibrina rica em plaquetas (PRF), são utilizados como matriz extracelular que fornece fatores de crescimento para geração de novas células diferenciadas, que podem regenerar os tecidos, estimulando a neoformação fisiológica do ápice. Objetivo: Descrever a técnica TER e relatar um caso clínico tratado com esse método e com o uso adjuvante de PRF, com acompanhamento de 18 meses. Conclusões: Radiograficamente, constatou-se resolução completa da lesão radiolúcida periapical; porém, nenhum fechamento apical foi observado durante o período de observação.","PeriodicalId":38063,"journal":{"name":"Dental Press Endodontics","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47566014","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-04-15DOI: 10.14436/2358-2545.13.1.016-021.oar
Elaine Bauer Alves, Josiane de Almeida, A. Rodrigues, Patricia Fernandes Avila Ribeiro, Patrícia Maria Polli Kopper, Anarela Bernardi Vassen
Objetivo: Avaliar o índice de sucesso do capeamento pulpar direto (CPD) em dentes permanentes com rizogênese completa de pacientes atendidos na Faculdade de Odontologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (FOUNESC) entre 2014 e 2017. Métodos: Após consulta aos prontuários, foram identificados 25 dentes submetidos ao CPD com cimento de hidróxido de cálcio, dos quais 17 adequavam-se aos critérios de inclusão. De cada prontuário, foram coletados os seguintes dados: idade e sexo do paciente, localização do dente na arcada, e presença ou ausência de alteração periapical nos exames radiográfico e tomográfico. Os casos em que o dente foi submetido ao tratamento endodôntico após o CPD, respondeu negativamente aos testes de sensibilidade ou apresentou alteração periapical nos exames de imagem no acompanhamento foram classificados como insucesso. Dentes vitais, assintomáticos e sem alteração periapical radiográfica ou tomográfica foram considerados como sucesso. As frequências de cada critério foram calculadas e os dados, analisados pelo teste do qui-quadrado (α = 5%). Resultados: Inicialmente, dos 17 casos submetidos ao acompanhamento, nove foram considerados como insucesso, pois o tratamento endodôntico já havia sido realizado. Dos oito casos restantes, três enquadraram-se como insucesso, por apresentarem rompimento de lâmina dura ou necrose pulpar. Cinco casos de CPD foram considerados como sucesso, correspondendo a 29,41%. Foi observada associação apenas entre sucesso do CPD e sexo feminino (p = 0,029). Conclusão: O índice de sucesso dos 17 casos de CPD em dentes com rizogênese completa dos pacientes atendidos na FOUNESC entre 2014 e 2017 correspondeu a 29,41%.
{"title":"Índice de sucesso do capeamento pulpar direto: análise por critérios clínicos e exames de imagem","authors":"Elaine Bauer Alves, Josiane de Almeida, A. Rodrigues, Patricia Fernandes Avila Ribeiro, Patrícia Maria Polli Kopper, Anarela Bernardi Vassen","doi":"10.14436/2358-2545.13.1.016-021.oar","DOIUrl":"https://doi.org/10.14436/2358-2545.13.1.016-021.oar","url":null,"abstract":"Objetivo: Avaliar o índice de sucesso do capeamento pulpar direto (CPD) em dentes permanentes com rizogênese completa de pacientes atendidos na Faculdade de Odontologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (FOUNESC) entre 2014 e 2017. Métodos: Após consulta aos prontuários, foram identificados 25 dentes submetidos ao CPD com cimento de hidróxido de cálcio, dos quais 17 adequavam-se aos critérios de inclusão. De cada prontuário, foram coletados os seguintes dados: idade e sexo do paciente, localização do dente na arcada, e presença ou ausência de alteração periapical nos exames radiográfico e tomográfico. Os casos em que o dente foi submetido ao tratamento endodôntico após o CPD, respondeu negativamente aos testes de sensibilidade ou apresentou alteração periapical nos exames de imagem no acompanhamento foram classificados como insucesso. Dentes vitais, assintomáticos e sem alteração periapical radiográfica ou tomográfica foram considerados como sucesso. As frequências de cada critério foram calculadas e os dados, analisados pelo teste do qui-quadrado (α = 5%). Resultados: Inicialmente, dos 17 casos submetidos ao acompanhamento, nove foram considerados como insucesso, pois o tratamento endodôntico já havia sido realizado. Dos oito casos restantes, três enquadraram-se como insucesso, por apresentarem rompimento de lâmina dura ou necrose pulpar. Cinco casos de CPD foram considerados como sucesso, correspondendo a 29,41%. Foi observada associação apenas entre sucesso do CPD e sexo feminino (p = 0,029). Conclusão: O índice de sucesso dos 17 casos de CPD em dentes com rizogênese completa dos pacientes atendidos na FOUNESC entre 2014 e 2017 correspondeu a 29,41%.","PeriodicalId":38063,"journal":{"name":"Dental Press Endodontics","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-04-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49666685","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-15DOI: 10.14436/2358-2545.12.3.068-073.oar
Claudia Maia, K. S. D. Silva, Etevaldo Matos MAIA FILHO, R. G. Soares, G. Silva, Ceci Nunes Carvalho
Introdução: A Endodontia regenerativa é uma alternativa contemporânea aos tratamentos tradicionais para dentes imaturos, sendo indicada não apenas para polpas necróticas, mas também para polpas vitais. Objetivo: O objetivo do presente relato de caso foi descrever os achados clínicos e radiográficos de um dente permanente imaturo diagnosticado com pulpite irreversível sintomática, após terapia regenerativa em sessão única. Relato de caso: Menino com nove anos de idade, teve fratura no dente #21 e a polpa permaneceu exposta por duas semanas. Nenhuma instrumentação do canal radicular, nenhuma medicação intracanal e nenhum procedimento de indução de sangramento foram realizados, uma vez que o endodontista foi capaz de manter o sangramento dos tecidos periapicais dentro do canal radicular. Após a formação do coágulo sanguíneo, o cimento MTA foi inserido, e o dente foi restaurado com ionômero de vidro, seguido de restauração coronária com resina composta. Conclusões: Aos 42 meses de acompanhamento, a terapia regenerativa promoveu a continuação do desenvolvimento radicular, espessamento das paredes do canal e fechamento do ápice radicular.
{"title":"Procedimento endodôntico regenerativo em sessão única, para tratamento de dente permanente imaturo com pulpite irreversível: relato de caso","authors":"Claudia Maia, K. S. D. Silva, Etevaldo Matos MAIA FILHO, R. G. Soares, G. Silva, Ceci Nunes Carvalho","doi":"10.14436/2358-2545.12.3.068-073.oar","DOIUrl":"https://doi.org/10.14436/2358-2545.12.3.068-073.oar","url":null,"abstract":"Introdução: A Endodontia regenerativa é uma alternativa contemporânea aos tratamentos tradicionais para dentes imaturos, sendo indicada não apenas para polpas necróticas, mas também para polpas vitais. Objetivo: O objetivo do presente relato de caso foi descrever os achados clínicos e radiográficos de um dente permanente imaturo diagnosticado com pulpite irreversível sintomática, após terapia regenerativa em sessão única. Relato de caso: Menino com nove anos de idade, teve fratura no dente #21 e a polpa permaneceu exposta por duas semanas. Nenhuma instrumentação do canal radicular, nenhuma medicação intracanal e nenhum procedimento de indução de sangramento foram realizados, uma vez que o endodontista foi capaz de manter o sangramento dos tecidos periapicais dentro do canal radicular. Após a formação do coágulo sanguíneo, o cimento MTA foi inserido, e o dente foi restaurado com ionômero de vidro, seguido de restauração coronária com resina composta. Conclusões: Aos 42 meses de acompanhamento, a terapia regenerativa promoveu a continuação do desenvolvimento radicular, espessamento das paredes do canal e fechamento do ápice radicular.","PeriodicalId":38063,"journal":{"name":"Dental Press Endodontics","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45206455","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-15DOI: 10.14436/2358-2545.12.3.061-067.oar
F. C. Ribeiro, Joseph Cotta Viana, Iandara de Lima Scardini, Claudia Mendonça Reis, Juliana Machado Barroso Xavier
Objetivo: O presente relato de caso descreve o tratamento endodôntico não cirúrgico de um incisivo central superior direito com histórico de trauma, associado a uma grande lesão periapical. Relato do caso: Paciente do sexo feminino, com 15 anos de idade, apresentou as coroas dos dentes #11, #12 e #13 deslocadas vestibularmente, e aumento de volume na região vestibular superior direita. Os dentes #11 e #21 não responderam ao teste de sensibilidade pulpar. A radiografia periapical indicou ausência do espaço referente à cavidade pulpar no dente #21, e as imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico revelaram uma área circunscrita hipodensa, com bordos bem definidos envolvendo os ápices dos dentes #11, #12, #13 e #14, com afinamento da cortical óssea vestibular da região. A região periapical do dente #21 não apresentou alterações. O tratamento endodôntico foi realizado no dente #11 em duas consultas, utilizando a técnica de Oregon modificada no preparo químico-mecânico. Um tampão apical com agregado trióxido mineral foi realizado no terço apical, e o restante do canal radicular foi obturado com guta-percha e cimento AH Plus, utilizando a técnica híbrida de Tagger. Resultados: Reavaliações clínicas e tomográficas após 12 e 24 meses revelaram regressão da lesão, neoformação óssea progressiva e manutenção da normalidade na região periapical do dente #21. As coroas dos dentes #11, #12 e #13 retornaram para a posição correta. Conclusão: O presente relato de caso confirma o uso potencial do tratamento não cirúrgico no manejo de lesões periapicais grandes causadas pela infecção do canal radicular.
{"title":"Tratamento endodôntico não cirúrgico de um dente associado a uma grande lesão periapical: relato de caso com 24 meses de acompanhamento","authors":"F. C. Ribeiro, Joseph Cotta Viana, Iandara de Lima Scardini, Claudia Mendonça Reis, Juliana Machado Barroso Xavier","doi":"10.14436/2358-2545.12.3.061-067.oar","DOIUrl":"https://doi.org/10.14436/2358-2545.12.3.061-067.oar","url":null,"abstract":"Objetivo: O presente relato de caso descreve o tratamento endodôntico não cirúrgico de um incisivo central superior direito com histórico de trauma, associado a uma grande lesão periapical. Relato do caso: Paciente do sexo feminino, com 15 anos de idade, apresentou as coroas dos dentes #11, #12 e #13 deslocadas vestibularmente, e aumento de volume na região vestibular superior direita. Os dentes #11 e #21 não responderam ao teste de sensibilidade pulpar. A radiografia periapical indicou ausência do espaço referente à cavidade pulpar no dente #21, e as imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico revelaram uma área circunscrita hipodensa, com bordos bem definidos envolvendo os ápices dos dentes #11, #12, #13 e #14, com afinamento da cortical óssea vestibular da região. A região periapical do dente #21 não apresentou alterações. O tratamento endodôntico foi realizado no dente #11 em duas consultas, utilizando a técnica de Oregon modificada no preparo químico-mecânico. Um tampão apical com agregado trióxido mineral foi realizado no terço apical, e o restante do canal radicular foi obturado com guta-percha e cimento AH Plus, utilizando a técnica híbrida de Tagger. Resultados: Reavaliações clínicas e tomográficas após 12 e 24 meses revelaram regressão da lesão, neoformação óssea progressiva e manutenção da normalidade na região periapical do dente #21. As coroas dos dentes #11, #12 e #13 retornaram para a posição correta. Conclusão: O presente relato de caso confirma o uso potencial do tratamento não cirúrgico no manejo de lesões periapicais grandes causadas pela infecção do canal radicular.","PeriodicalId":38063,"journal":{"name":"Dental Press Endodontics","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44113783","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-15DOI: 10.14436/2358-2545.12.3.005-005.edt
M. Duarte, M. P. Alcalde
Atualmente, dentro da Endodontia, há muitas divergências de opiniões e de protocolos clínicos, como, por exemplo, os tratamentos em sessões únicas ou múltiplas, aberturas coronárias conservadoras ou convencionais, diâmetro apical de dilatação, etc. Assim, vivemos uma Endodontia diversa, o que requer embasamento científico do endodontista para selecionar a melhor conduta para os pacientes. A discussão da realização do tratamento endodôntico em uma ou múltiplas sessões perdura até hoje, pois baseia-se em trabalhos clínico-radiográficos e revisões sistemáticas que não mostram diferença entre as duas modalidades. No entanto, ao analisar os resultados de trabalhos biológicos realizados em dentes de cães, o tratamento em múltiplas sessões (uso da medicação intracanal) apresenta um sucesso significativamente maior. Sendo assim, o uso da medicação intracanal é indicado, principalmente, nos casos de necropulpectomia.
{"title":"Separando fato de ficção","authors":"M. Duarte, M. P. Alcalde","doi":"10.14436/2358-2545.12.3.005-005.edt","DOIUrl":"https://doi.org/10.14436/2358-2545.12.3.005-005.edt","url":null,"abstract":"Atualmente, dentro da Endodontia, há muitas divergências de opiniões e de protocolos clínicos, como, por exemplo, os tratamentos em sessões únicas ou múltiplas, aberturas coronárias conservadoras ou convencionais, diâmetro apical de dilatação, etc. Assim, vivemos uma Endodontia diversa, o que requer embasamento científico do endodontista para selecionar a melhor conduta para os pacientes. A discussão da realização do tratamento endodôntico em uma ou múltiplas sessões perdura até hoje, pois baseia-se em trabalhos clínico-radiográficos e revisões sistemáticas que não mostram diferença entre as duas modalidades. No entanto, ao analisar os resultados de trabalhos biológicos realizados em dentes de cães, o tratamento em múltiplas sessões (uso da medicação intracanal) apresenta um sucesso significativamente maior. Sendo assim, o uso da medicação intracanal é indicado, principalmente, nos casos de necropulpectomia.","PeriodicalId":38063,"journal":{"name":"Dental Press Endodontics","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48600125","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-15DOI: 10.14436/2358-2545.12.3.082-089.oar
J. E. Iglesias, Fábio Herrmann Coelho de Souza, F. Grecca
Introdução: Dentes com trincas têm uma abordagem difícil e multidisciplinar. O tratamento minimamente invasivo é o novo padrão na Odontologia para manter a estrutura dentária e permitir a cicatrização tecidual. Objetivo: Relatar a abordagem conservadora e o acompanhamento de dois anos de um dente traumatizado não vital com trinca na face vestibular e com envolvimento periodontal, submetido a tratamento cirúrgico, endodôntico e restaurador. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, com 21 anos de idade, chegou ao Hospital Odontológico da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com histórico de traumatismo dentário há dez anos na região anterossuperior. O exame clínico revelou fratura da coroa e trinca na face vestibular do dente #11. A radiografia periapical mostrou que os dentes #11 e #21 apresentavam lesão periapical, e ambos tiveram resposta negativa ao teste de sensibilidade pulpar. Um retalho periodontal foi realizado para acessar e preencher a trinca com resina de baixa viscosidade. No tratamento endodôntico de ambos os dentes, utilizou-se o hidróxido de cálcio como medicação intracanal. Após a obturação do canal radicular, uma matriz de silicone foi utilizada para realizar a restauração dos dentes. Um pino anatômico de fibra de vidro foi cimentado no dente #11, juntamente com uma reconstrução em resina. No dente #21, foi realizada restauração de resina composta. Resultados: O acompanhamento clínico e radiográfico de dois anos revelou ausência de sintomas e mostrou cicatrização da região periapical. Conclusão: Até o presente momento, o sucesso do caso devolveu saúde, função e estética do dente e da paciente, de forma conservadora.
{"title":"Abordagem conservadora de um incisivo central com trinca na face vestibular: relato de caso com acompanhamento de dois anos","authors":"J. E. Iglesias, Fábio Herrmann Coelho de Souza, F. Grecca","doi":"10.14436/2358-2545.12.3.082-089.oar","DOIUrl":"https://doi.org/10.14436/2358-2545.12.3.082-089.oar","url":null,"abstract":"Introdução: Dentes com trincas têm uma abordagem difícil e multidisciplinar. O tratamento minimamente invasivo é o novo padrão na Odontologia para manter a estrutura dentária e permitir a cicatrização tecidual. Objetivo: Relatar a abordagem conservadora e o acompanhamento de dois anos de um dente traumatizado não vital com trinca na face vestibular e com envolvimento periodontal, submetido a tratamento cirúrgico, endodôntico e restaurador. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, com 21 anos de idade, chegou ao Hospital Odontológico da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com histórico de traumatismo dentário há dez anos na região anterossuperior. O exame clínico revelou fratura da coroa e trinca na face vestibular do dente #11. A radiografia periapical mostrou que os dentes #11 e #21 apresentavam lesão periapical, e ambos tiveram resposta negativa ao teste de sensibilidade pulpar. Um retalho periodontal foi realizado para acessar e preencher a trinca com resina de baixa viscosidade. No tratamento endodôntico de ambos os dentes, utilizou-se o hidróxido de cálcio como medicação intracanal. Após a obturação do canal radicular, uma matriz de silicone foi utilizada para realizar a restauração dos dentes. Um pino anatômico de fibra de vidro foi cimentado no dente #11, juntamente com uma reconstrução em resina. No dente #21, foi realizada restauração de resina composta. Resultados: O acompanhamento clínico e radiográfico de dois anos revelou ausência de sintomas e mostrou cicatrização da região periapical. Conclusão: Até o presente momento, o sucesso do caso devolveu saúde, função e estética do dente e da paciente, de forma conservadora.","PeriodicalId":38063,"journal":{"name":"Dental Press Endodontics","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49666679","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-15DOI: 10.14436/2358-2545.12.3.025-032.oar
Tuna Kaplan, Güzide Pelin Sezgin, Sema Sönmez Kaplan
Objetivo: O objetivo do presente estudo foi determinar a prevalência de periodontite apical e sua relação com a presença de tratamento endodôntico e diferentes tipos de restaurações em uma população turca adulta selecionada. Métodos: O estudo foi composto por 1.002 pacientes e 5.764 dentes. O estado de saúde periapical foi avaliado pelo índice periapical sugerido por Ørstavik et al. Para a análise estatística, foram utilizados os testes qui-quadrado e Exato de Fisher. Resultados: As doenças periapicais (2%) foram significativamente menores na faixa etária entre 50 e 59 anos (p = 0,000; p < 0,05). A presença de periodontite apical foi estatisticamente maior na mandíbula (6,1%) (p = 0,000; p < 0,05). A maior incidência de doença periapical foi observada nos dentes anteriores (7,3%) (p = 0,000; p < 0,05). Dentes submetidos a tratamento endodôntico apresentaram maior taxa de periodontite apical (10,8%). Com relação aos tipos de restauração, tanto os dentes com pino e coroa (13%) quanto apenas coroa (9,4%) apresentaram a maior taxa de doença periapical (p < 0,05). Conclusões: A presença de tratamento do canal radicular é o fator mais importante para o aumento do risco de periodontite apical, entre os outros parâmetros examinados. Entre os tipos de restaurações examinados, as restaurações tipo pino e coroa tiveram o maior risco de doença periapical, seguidas pelas do tipo coroa.
目的:本研究的目的是确定根尖牙周炎的患病率及其与根管治疗和不同类型修复的存在的关系。方法:对1002例患者和5764颗牙齿进行研究。根尖周的评估由索引图的健康问题提出Ørstavik et al。统计分析采用卡方检验和Fisher精确检验。结果:50 ~ 59岁人群根尖周疾病发生率(2%)显著降低(p = 0.000; p = 0.000)。p < 0.05)。下颌骨根尖牙周炎发生率较高(6.1%)(p = 0.000; p = 0.001)。p < 0.05)。根尖周疾病的发生率最高的是前牙(7.3%)(p = 0.000; p = 0.001)。p < 0.05)。接受根管治疗的牙齿根尖牙周炎发生率较高(10.8%)。在修复类型方面,有桩和冠的牙齿(13%)和只有冠的牙齿(9.4%)的根尖周疾病发生率最高(p < 0.05)。结论:在其他检查参数中,根管治疗是增加根尖牙周炎风险的最重要因素。在检查的修复类型中,柱状修复和冠状修复发生根尖周疾病的风险最高,其次是冠状修复。
{"title":"Avaliação da saúde periapical associada à presença de tratamento endodôntico e aos tipos de restaurações coronárias, em uma população turca selecionada","authors":"Tuna Kaplan, Güzide Pelin Sezgin, Sema Sönmez Kaplan","doi":"10.14436/2358-2545.12.3.025-032.oar","DOIUrl":"https://doi.org/10.14436/2358-2545.12.3.025-032.oar","url":null,"abstract":"Objetivo: O objetivo do presente estudo foi determinar a prevalência de periodontite apical e sua relação com a presença de tratamento endodôntico e diferentes tipos de restaurações em uma população turca adulta selecionada. Métodos: O estudo foi composto por 1.002 pacientes e 5.764 dentes. O estado de saúde periapical foi avaliado pelo índice periapical sugerido por Ørstavik et al. Para a análise estatística, foram utilizados os testes qui-quadrado e Exato de Fisher. Resultados: As doenças periapicais (2%) foram significativamente menores na faixa etária entre 50 e 59 anos (p = 0,000; p < 0,05). A presença de periodontite apical foi estatisticamente maior na mandíbula (6,1%) (p = 0,000; p < 0,05). A maior incidência de doença periapical foi observada nos dentes anteriores (7,3%) (p = 0,000; p < 0,05). Dentes submetidos a tratamento endodôntico apresentaram maior taxa de periodontite apical (10,8%). Com relação aos tipos de restauração, tanto os dentes com pino e coroa (13%) quanto apenas coroa (9,4%) apresentaram a maior taxa de doença periapical (p < 0,05). Conclusões: A presença de tratamento do canal radicular é o fator mais importante para o aumento do risco de periodontite apical, entre os outros parâmetros examinados. Entre os tipos de restaurações examinados, as restaurações tipo pino e coroa tiveram o maior risco de doença periapical, seguidas pelas do tipo coroa.","PeriodicalId":38063,"journal":{"name":"Dental Press Endodontics","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46666706","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-15DOI: 10.14436/2358-2545.12.3.010-018.top
Álvaro Cruz, Claudia A. Palafox Sánchez, Cynthia R. A. Estrela, L. Cintra, Gerardo Gascón, Diana C. Salazar Camarena, Noemí Espinoza García, Carlos Estrela
Introdução: O atual surto global do vírus Monkeypox (VMP) trouxe alguma incerteza entre os dentistas, devido às escassas e muito recentes informações sobre possíveis infeções cruzadas na prática clínica. Objetivos: O presente estudo relata uma atualização sobre as informações de interesse odontológico mais relevantes sobre esse surto infeccioso, para entender sua origem, vias de transmissão, sinais e sintomas característicos, imunização e sua prevenção. Métodos: Foi realizada uma busca nos guias oficiais sobre VMP no México, Estados Unidos da América (EUA), Europa e Brasil. Também foi realizada uma busca na PubMed por artigos com o termo monkeypox, combinado com origem, dados epidemiológicos, sinais e sintomas clínicos, diagnóstico e manejo clínico. Foram selecionados aqueles com maior número de citações ou os mais recentes, que explicassem de forma relevante os subtemas supracitados sobre o VMP. Resultados: Foi feito um resumo dos artigos selecionados e das diretrizes oficiais do Ministério da Saúde do México, da PEMEX, bem como dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, Europa e Brasil, e da California Dental Association, apresentando os aspectos relativos à Odontologia. Discussão: A doença causada pelo Monkeypox virus é altamente infecciosa e transmissível. Como apenas os nascidos antes de 1980 receberam a vacina contra a varíola, a porcentagem da população imunizada é baixa, de modo que o surto atual pode sair do controle, se não forem tomadas as medidas adequadas. Conclusões: Como as primeiras manifestações do VMP ocorrem na boca, os dentistas podem detectar os casos iniciais e ajudar a interromper a transmissão desse vírus. É obrigatório que protocolos rigorosos sejam seguidos no atendimento odontológico, para evitar infecções cruzadas.
{"title":"Prática clínica endodôntica e o vírus Monkeypox","authors":"Álvaro Cruz, Claudia A. Palafox Sánchez, Cynthia R. A. Estrela, L. Cintra, Gerardo Gascón, Diana C. Salazar Camarena, Noemí Espinoza García, Carlos Estrela","doi":"10.14436/2358-2545.12.3.010-018.top","DOIUrl":"https://doi.org/10.14436/2358-2545.12.3.010-018.top","url":null,"abstract":"Introdução: O atual surto global do vírus Monkeypox (VMP) trouxe alguma incerteza entre os dentistas, devido às escassas e muito recentes informações sobre possíveis infeções cruzadas na prática clínica. Objetivos: O presente estudo relata uma atualização sobre as informações de interesse odontológico mais relevantes sobre esse surto infeccioso, para entender sua origem, vias de transmissão, sinais e sintomas característicos, imunização e sua prevenção. Métodos: Foi realizada uma busca nos guias oficiais sobre VMP no México, Estados Unidos da América (EUA), Europa e Brasil. Também foi realizada uma busca na PubMed por artigos com o termo monkeypox, combinado com origem, dados epidemiológicos, sinais e sintomas clínicos, diagnóstico e manejo clínico. Foram selecionados aqueles com maior número de citações ou os mais recentes, que explicassem de forma relevante os subtemas supracitados sobre o VMP. Resultados: Foi feito um resumo dos artigos selecionados e das diretrizes oficiais do Ministério da Saúde do México, da PEMEX, bem como dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, Europa e Brasil, e da California Dental Association, apresentando os aspectos relativos à Odontologia. Discussão: A doença causada pelo Monkeypox virus é altamente infecciosa e transmissível. Como apenas os nascidos antes de 1980 receberam a vacina contra a varíola, a porcentagem da população imunizada é baixa, de modo que o surto atual pode sair do controle, se não forem tomadas as medidas adequadas. Conclusões: Como as primeiras manifestações do VMP ocorrem na boca, os dentistas podem detectar os casos iniciais e ajudar a interromper a transmissão desse vírus. É obrigatório que protocolos rigorosos sejam seguidos no atendimento odontológico, para evitar infecções cruzadas.","PeriodicalId":38063,"journal":{"name":"Dental Press Endodontics","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43690466","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2022-12-15DOI: 10.14436/2358-2545.12.3.054-060.oar
S. L. Mendes, C. F. Barbosa, L. C. Gonzaga, Patricia F. A. Dye, Flávia Isabela Barbosa, V. C. Machado
Objetivo: O presente relato de caso descreve a adoção da Endodontia guiada como último recurso para resolução de um caso de periodontite apical aguda em dente apresentando calcificação intrapulpar e significativa perda de estrutura dentária. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, com 29 anos de idade, apresentou-se em consultório particular queixando-se de dor na região associada ao incisivo central superior esquerdo e relatando tentativas prévias de tratamento por outros profissionais. O dente apresentou respostas negativas aos testes térmico e elétrico, e resposta positiva ao teste de percussão vertical. Nos exames radiográficos, tentativas prévias de acesso endodôntico foram identificadas. Devido à discrepância entre a informação obtida através do localizador foraminal eletrônico e das imagens radiográficas, foi solicitada à paciente uma tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Na avaliação das imagens da TCFC, foram observadas perda de estrutura dentária, perfuração dentária e imagem sugestiva de reabsorção óssea periapical. Uma nova TCFC foi, então, realizada com retração labial, para possibilitar o planejamento virtual do tratamento endodôntico guiado. A tecnologia CAD/CAM foi também adotada para auxiliar no planejamento virtual. Resultados: A perfuração foi selada e a guia teve sua adaptação verificada. O acesso guiado foi realizado para promover a recuperação da trajetória do canal radicular, assim possibilitando o tratamento endodôntico convencional do dente em questão. Conclusão: A Endodontia guiada tem sido um recurso valioso na resolução de situações desafiadoras, como calcificações severas de canais radiculares, desvios e perfurações.
{"title":"Endodontia guiada como estratégia contemporânea na resolução de canais radiculares desafiadores: relato de caso","authors":"S. L. Mendes, C. F. Barbosa, L. C. Gonzaga, Patricia F. A. Dye, Flávia Isabela Barbosa, V. C. Machado","doi":"10.14436/2358-2545.12.3.054-060.oar","DOIUrl":"https://doi.org/10.14436/2358-2545.12.3.054-060.oar","url":null,"abstract":"Objetivo: O presente relato de caso descreve a adoção da Endodontia guiada como último recurso para resolução de um caso de periodontite apical aguda em dente apresentando calcificação intrapulpar e significativa perda de estrutura dentária. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, com 29 anos de idade, apresentou-se em consultório particular queixando-se de dor na região associada ao incisivo central superior esquerdo e relatando tentativas prévias de tratamento por outros profissionais. O dente apresentou respostas negativas aos testes térmico e elétrico, e resposta positiva ao teste de percussão vertical. Nos exames radiográficos, tentativas prévias de acesso endodôntico foram identificadas. Devido à discrepância entre a informação obtida através do localizador foraminal eletrônico e das imagens radiográficas, foi solicitada à paciente uma tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Na avaliação das imagens da TCFC, foram observadas perda de estrutura dentária, perfuração dentária e imagem sugestiva de reabsorção óssea periapical. Uma nova TCFC foi, então, realizada com retração labial, para possibilitar o planejamento virtual do tratamento endodôntico guiado. A tecnologia CAD/CAM foi também adotada para auxiliar no planejamento virtual. Resultados: A perfuração foi selada e a guia teve sua adaptação verificada. O acesso guiado foi realizado para promover a recuperação da trajetória do canal radicular, assim possibilitando o tratamento endodôntico convencional do dente em questão. Conclusão: A Endodontia guiada tem sido um recurso valioso na resolução de situações desafiadoras, como calcificações severas de canais radiculares, desvios e perfurações.","PeriodicalId":38063,"journal":{"name":"Dental Press Endodontics","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-12-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49275932","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}