Simone da Silva Ribeiro Gomes, Eduardo Pinheiro Urrutia
O artigo parte de um trabalho qualitativo, de inspiração etnográfica, realizado em um presídio em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, para explorar algumas dinâmicas da justiça criminal e do sistema penitenciário ocasionadas pela pandemia de Covid-19 em 2020. Nossa hipótese é que as dinâmicas recentes observadas por detrás das grades são reflexos de movimentos à frente delas, notadamente das decisões do Ministério da Justiça, mas também das facções prisionais, relevantes na análise. As conclusões dizem respeito às vivências de pessoas presas em um período de aguçamento de suas condições de visita e as moedasde troca estabelecidas: a (iminência de) rebelião de um lado e a ausência de visitas, de outro. Distintos movimentos são analisados a partir das dinâmicas do Executivo e Judiciário, na esfera estatal, e da resposta dos presídios, no escopo do disciplinamento interno das penitenciárias.
{"title":"Agora a cadeia pesou: aportes sobre os movimentos da Covid-19 no sistema prisional brasileiro","authors":"Simone da Silva Ribeiro Gomes, Eduardo Pinheiro Urrutia","doi":"10.5216/sec.v24.66100","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/sec.v24.66100","url":null,"abstract":"O artigo parte de um trabalho qualitativo, de inspiração etnográfica, realizado em um presídio em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, para explorar algumas dinâmicas da justiça criminal e do sistema penitenciário ocasionadas pela pandemia de Covid-19 em 2020. Nossa hipótese é que as dinâmicas recentes observadas por detrás das grades são reflexos de movimentos à frente delas, notadamente das decisões do Ministério da Justiça, mas também das facções prisionais, relevantes na análise. As conclusões dizem respeito às vivências de pessoas presas em um período de aguçamento de suas condições de visita e as moedasde troca estabelecidas: a (iminência de) rebelião de um lado e a ausência de visitas, de outro. Distintos movimentos são analisados a partir das dinâmicas do Executivo e Judiciário, na esfera estatal, e da resposta dos presídios, no escopo do disciplinamento interno das penitenciárias. ","PeriodicalId":38915,"journal":{"name":"Sociedade e Cultura","volume":"37 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79233800","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo tem como objetivo analisar sociologicamente as ações da ciência em busca de tratamento para a COVID-19. Para tal, este trabalho contou tanto com conhecimentos e relatos de campo elaborados por um cientista envolvido diretamente na pesquisa de um tratamento, quanto com uma análise das mediações a partir da sociologia das associações, prisma teórico proposto pelo sociólogo, antropólogo e filósofo Bruno Latour. Os esforços realizados pela ciência para buscar tratamentos para o novo coronavírus foram tomados, no presente texto, a partir de um caso específico: o trabalho de pesquisa que está sendo desenvolvido pelo Laboratório de Imunologia Molecular (MIL) da Universidade Rockefeller. A partir da descrição do caso, fomos capazes de relacionar a ação dos cientistas com os conceitos de Bruno Latour, como a mediação que envolve os artifícios utilizados para identificar, capturar e replicar as células B específicas que são capazes de combater o vírus, a ação dos não humanos necessários para isso, como o uso de uma isca proteica para “pescar” as células B, e o encadeamento desses elementos em forma de rede [RES] necessário para o desenvolvimento do tratamento. Com isso, esperamos demonstrar não só como a literaturalatouriana se manteve atual na descrição do trabalho da ciência, fornecendo ferramentas que nos ajudam a entender a dinâmica híbrida dessa atividade, mas também, como a continuidade de nossa permanência depende da articulação ou mediação criativa das descontinuidades e actantes que nos cercam.
{"title":"mediações no desenvolvimento de um tratamento para a COVID-19: pescando actantes","authors":"B. Lorenzi, T. Cardoso, J. Lorenzi","doi":"10.5216/sec.v24.65870","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/sec.v24.65870","url":null,"abstract":"Este artigo tem como objetivo analisar sociologicamente as ações da ciência em busca de tratamento para a COVID-19. Para tal, este trabalho contou tanto com conhecimentos e relatos de campo elaborados por um cientista envolvido diretamente na pesquisa de um tratamento, quanto com uma análise das mediações a partir da sociologia das associações, prisma teórico proposto pelo sociólogo, antropólogo e filósofo Bruno Latour. Os esforços realizados pela ciência para buscar tratamentos para o novo coronavírus foram tomados, no presente texto, a partir de um caso específico: o trabalho de pesquisa que está sendo desenvolvido pelo Laboratório de Imunologia Molecular (MIL) da Universidade Rockefeller. A partir da descrição do caso, fomos capazes de relacionar a ação dos cientistas com os conceitos de Bruno Latour, como a mediação que envolve os artifícios utilizados para identificar, capturar e replicar as células B específicas que são capazes de combater o vírus, a ação dos não humanos necessários para isso, como o uso de uma isca proteica para “pescar” as células B, e o encadeamento desses elementos em forma de rede [RES] necessário para o desenvolvimento do tratamento. Com isso, esperamos demonstrar não só como a literaturalatouriana se manteve atual na descrição do trabalho da ciência, fornecendo ferramentas que nos ajudam a entender a dinâmica híbrida dessa atividade, mas também, como a continuidade de nossa permanência depende da articulação ou mediação criativa das descontinuidades e actantes que nos cercam.","PeriodicalId":38915,"journal":{"name":"Sociedade e Cultura","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83068704","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
En el presente trabajo nos proponemos indagar en los modos a través de los cuales se ha gestionado la pandemia por COVID-19 en aglomeraciones medianas y pequeñas de la provincia de Buenos Aires (Argentina) en las que los vínculos “cara a cara” son predominantes. Nuestro material etnográfico se nutre de entrevistas a habitantes de distritos rurales bonaerenses en los que venimos haciendo trabajo de campo – presencial y ahora también a la distancia – desde hace ocho años, de notas periodísticas locales, y de audios y memes difundidos en redes sociales y servicios de mensajería instantánea vía teléfono celular. A partir del análisis de este corpus etnográfico, aquí presentamos dos hipótesis. En primer lugar, que, más allá de los tan mentados cambios radicales que ha traído la pandemia, los modos de gestionarla en tanto problema social a nivel cotidiano, al menos en las aglomeraciones de las escalas aquí tratadas, se han montado sobre mecanismos sociales preexistentes, tales como la circulación de chismes y rumores – con frecuentes escaladas al escándalo, redes sociales de por medio –. En segundo lugar, que, al mismo tiempo, no todo ha sido continuidad actualizada de repertorios sociales previos; en efecto, a lo largo de la pandemia, hemos observado que situaciones de diferenciales de poder previamente “indecibles” han pasado a la esfera de lo denunciable; también, que han emergido nuevos repertorios – tales como las ideas de “auto-cuidado” o “cuidado comunitario” – movilizados para justificar o incluso para demandar al Estado la circulación de información personal de reales o potenciales enfermos, puesto que émicamente se sostiene que saber quién está infectado puede evitar la transmisión del virus. Como veremos, en estos contextos particulares, el COVID-19 ha puesto en escena nuevos intersticios – o, al menos, la demanda de nuevas articulaciones – entre nociones de persona más o menos centradas en lo relacional o en el individuo, como modos de ejercer cuidados tanto sobre la salud comunitaria como sobre las reputaciones personales.
{"title":"“Acá se sabe si la gente se aísla”: (anti)anonimato, cuidado y poder en localidades medianas y pequeñas en tiempos de COVID-19","authors":"Johana Kunin, Yanina Faccio","doi":"10.5216/sec.v24.65950","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/sec.v24.65950","url":null,"abstract":"En el presente trabajo nos proponemos indagar en los modos a través de los cuales se ha gestionado la pandemia por COVID-19 en aglomeraciones medianas y pequeñas de la provincia de Buenos Aires (Argentina) en las que los vínculos “cara a cara” son predominantes. Nuestro material etnográfico se nutre de entrevistas a habitantes de distritos rurales bonaerenses en los que venimos haciendo trabajo de campo – presencial y ahora también a la distancia – desde hace ocho años, de notas periodísticas locales, y de audios y memes difundidos en redes sociales y servicios de mensajería instantánea vía teléfono celular. A partir del análisis de este corpus etnográfico, aquí presentamos dos hipótesis. En primer lugar, que, más allá de los tan mentados cambios radicales que ha traído la pandemia, los modos de gestionarla en tanto problema social a nivel cotidiano, al menos en las aglomeraciones de las escalas aquí tratadas, se han montado sobre mecanismos sociales preexistentes, tales como la circulación de chismes y rumores – con frecuentes escaladas al escándalo, redes sociales de por medio –. En segundo lugar, que, al mismo tiempo, no todo ha sido continuidad actualizada de repertorios sociales previos; en efecto, a lo largo de la pandemia, hemos observado que situaciones de diferenciales de poder previamente “indecibles” han pasado a la esfera de lo denunciable; también, que han emergido nuevos repertorios – tales como las ideas de “auto-cuidado” o “cuidado comunitario” – movilizados para justificar o incluso para demandar al Estado la circulación de información personal de reales o potenciales enfermos, puesto que émicamente se sostiene que saber quién está infectado puede evitar la transmisión del virus. Como veremos, en estos contextos particulares, el COVID-19 ha puesto en escena nuevos intersticios – o, al menos, la demanda de nuevas articulaciones – entre nociones de persona más o menos centradas en lo relacional o en el individuo, como modos de ejercer cuidados tanto sobre la salud comunitaria como sobre las reputaciones personales.","PeriodicalId":38915,"journal":{"name":"Sociedade e Cultura","volume":"19 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83847165","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este ensaio apresenta o direito à saúde como direito humano, no contexto da pandemia de COVID-19. Primeiramente, aproxima saúde e direitos humanos em termos conceituais, apresentando uma perspectiva latino-americana a partir da vulnerabilidade. Em seguida, analisa criticamente os modelos de pesquisa e intervenção em saúde, reconstruídos a partir das políticas em relação ao HIV/AIDS, para pensar o direito à saúde e as políticas de saúde em tempos de COVID-19. Na sequência, apresenta os resultados de uma investigação de abril de 2020 sobre as preocupações e demandas de profissionais de saúde em face da pandemia que estava começando na Argentina. Por fim, discute o problema da morte e recapitula desafios essenciais para considerar o direito à saúde ou, mais amplamente, o vínculo entre saúde e direitos humanos em relação à pandemia COVID-19 e o que está por vir.
{"title":"COVID-19 na perspectiva de vulnerabilidade e direitos humanos: reflexões desde Argentina","authors":"Mario Pecheny","doi":"10.5216/sec.v24.66319","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/sec.v24.66319","url":null,"abstract":"Este ensaio apresenta o direito à saúde como direito humano, no contexto da pandemia de COVID-19. Primeiramente, aproxima saúde e direitos humanos em termos conceituais, apresentando uma perspectiva latino-americana a partir da vulnerabilidade. Em seguida, analisa criticamente os modelos de pesquisa e intervenção em saúde, reconstruídos a partir das políticas em relação ao HIV/AIDS, para pensar o direito à saúde e as políticas de saúde em tempos de COVID-19. Na sequência, apresenta os resultados de uma investigação de abril de 2020 sobre as preocupações e demandas de profissionais de saúde em face da pandemia que estava começando na Argentina. Por fim, discute o problema da morte e recapitula desafios essenciais para considerar o direito à saúde ou, mais amplamente, o vínculo entre saúde e direitos humanos em relação à pandemia COVID-19 e o que está por vir.","PeriodicalId":38915,"journal":{"name":"Sociedade e Cultura","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85577403","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Philipp Altmann, R. Polo, Katiuska King, R. Maldonado
La pandemia de COVID-19 ha significado una crisis importante para el Ecuador. Afectó gravemente a la situación económica de la población e implicó decisiones inmediatas en materia educativa, así como incertidumbre y expectativas negativas en lo laboral. Como experimento social involuntario, mostró los quiebres en tres tipos de conocimientos: el conocimiento práctico y cotidiano de la población, el conocimiento científico y sobre la ciencia, y el conocimiento emocional. La formación de estos conocimientos facilita a la difusión de información falsa, la incomprensión de la ciencia, y la confusión emocional. Para esto, el artículo se basa en una encuesta de alcance nacional a más de 2.000 hogares en el Ecuador, levantada entre mayo y julio de 2020. Estos datos permiten una revisión de los impactos sociales de la pandemia, incluyendo las estructuras pre-existentes que los hicieron posibles.
{"title":"Verdades y mentiras sobre la COVID-19 en Ecuador: ruptura de conocimientos y sus efectos sociales","authors":"Philipp Altmann, R. Polo, Katiuska King, R. Maldonado","doi":"10.5216/sec.v24.66048","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/sec.v24.66048","url":null,"abstract":"La pandemia de COVID-19 ha significado una crisis importante para el Ecuador. Afectó gravemente a la situación económica de la población e implicó decisiones inmediatas en materia educativa, así como incertidumbre y expectativas negativas en lo laboral. Como experimento social involuntario, mostró los quiebres en tres tipos de conocimientos: el conocimiento práctico y cotidiano de la población, el conocimiento científico y sobre la ciencia, y el conocimiento emocional. La formación de estos conocimientos facilita a la difusión de información falsa, la incomprensión de la ciencia, y la confusión emocional. Para esto, el artículo se basa en una encuesta de alcance nacional a más de 2.000 hogares en el Ecuador, levantada entre mayo y julio de 2020. Estos datos permiten una revisión de los impactos sociales de la pandemia, incluyendo las estructuras pre-existentes que los hicieron posibles.","PeriodicalId":38915,"journal":{"name":"Sociedade e Cultura","volume":"173 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"74870818","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
La percepción social del riesgo asociado al contagio, la construcción del otro como amenaza y la experiencia social del espacio público durante la pandemia de enfermedad por coronavirus 2019 (COVID-19) resultan de elementos epidemiológicos específicos, entrelos que se cuenta el elevado contraste existente entre la relativamente baja mortalidad por infección y la explosiva transmisibilidad del virus. Recurriendo a algunos elementos de la psicología social del riesgo, se argumenta que la vida mediática de esos factores nos sitúa en unas coordenadas biopolíticas similares a las del escenario post-11 deSeptiembre, favoreciendo la proliferación de solapamientos, híbridos y alternancias entre el laissez faire neoliberal y las respuestas punitivistas e hiper-securitarias a la pandemia. Como alternativa, se defiende la necesidad de evaluar críticamente las políticas de respuesta en un marco transnacional y radicalmente interpandémico.
{"title":"Riesgo y biopolítica: requiem por una pandemia","authors":"P. P. Navarro","doi":"10.5216/sec.v24.66579","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/sec.v24.66579","url":null,"abstract":"La percepción social del riesgo asociado al contagio, la construcción del otro como amenaza y la experiencia social del espacio público durante la pandemia de enfermedad por coronavirus 2019 (COVID-19) resultan de elementos epidemiológicos específicos, entrelos que se cuenta el elevado contraste existente entre la relativamente baja mortalidad por infección y la explosiva transmisibilidad del virus. Recurriendo a algunos elementos de la psicología social del riesgo, se argumenta que la vida mediática de esos factores nos sitúa en unas coordenadas biopolíticas similares a las del escenario post-11 deSeptiembre, favoreciendo la proliferación de solapamientos, híbridos y alternancias entre el laissez faire neoliberal y las respuestas punitivistas e hiper-securitarias a la pandemia. Como alternativa, se defiende la necesidad de evaluar críticamente las políticas de respuesta en un marco transnacional y radicalmente interpandémico.","PeriodicalId":38915,"journal":{"name":"Sociedade e Cultura","volume":"33 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84032518","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artículo presenta los resultados de una investigación comenzada a raíz de la declaración del estado de alarma en España (Real Decreto [RD] No. 463/2020, de 14 de marzo) después que la Organización Mundial de la Salud (OMS) declarase la enfermedad por coronavirus 2019 (COVID-19) como pandemia el día 11 de marzo de 2020. Este decreto limitaba la libre circulación de las personas, así como el derecho de reunión, tanto en lugares públicos como privados, además de imponer la obligatoriedad de mantener una distancia de seguridad entre los individuos y la limitación del aforo en aquellos establecimientos que permanecían abiertos, entre otras medidas. Todo ello supuso un cambioen las rutinas diarias, pero también en el paisaje urbano, y despertó mi interés sobre la aceptación del estado de alarma y sus consecuencias. Para llevar a cabo la investigación, realicé cuatro entrevistas grupales (adolescentes, adultos jóvenes, mujeres y adultos, residentes en sumayoría en Castelló de la Plana, España) durante las semanas tercera ycuarta de confinamiento.
本文将介绍调查结果之后开始报警》在西班牙([RD] 463/2020号皇家法令后,3月14日)世界卫生组织(世卫组织)宣告病coronavirus 2019 (COVID-19)作为流行2020年3月11日。这一法令限制人的自由流通,以及私人集会权,无论是在公共场所,此外实行强制个人之间保持一个安全距离和测量限制在那些留在设施开放,除其他措施外。这不仅改变了日常生活,也改变了城市景观,并激发了我对接受警报状态及其后果的兴趣。为了进行这项研究,我在监禁的第三和第四周进行了四次小组访谈(青少年、年轻成年人、女性和成年人,主要居住在castello de la Plana,西班牙)。
{"title":"Crónica de una pandemia: confinamiento en Castelló de la Plana, España","authors":"Reis Lloría Adanero","doi":"10.5216/sec.v24.66070","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/sec.v24.66070","url":null,"abstract":"Este artículo presenta los resultados de una investigación comenzada a raíz de la declaración del estado de alarma en España (Real Decreto [RD] No. 463/2020, de 14 de marzo) después que la Organización Mundial de la Salud (OMS) declarase la enfermedad por coronavirus 2019 (COVID-19) como pandemia el día 11 de marzo de 2020. Este decreto limitaba la libre circulación de las personas, así como el derecho de reunión, tanto en lugares públicos como privados, además de imponer la obligatoriedad de mantener una distancia de seguridad entre los individuos y la limitación del aforo en aquellos establecimientos que permanecían abiertos, entre otras medidas. Todo ello supuso un cambioen las rutinas diarias, pero también en el paisaje urbano, y despertó mi interés sobre la aceptación del estado de alarma y sus consecuencias. Para llevar a cabo la investigación, realicé cuatro entrevistas grupales (adolescentes, adultos jóvenes, mujeres y adultos, residentes en sumayoría en Castelló de la Plana, España) durante las semanas tercera ycuarta de confinamiento. ","PeriodicalId":38915,"journal":{"name":"Sociedade e Cultura","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84779154","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O ano de 2020 foi marcado pela pandemia do coronavírus. O Brasil, país particularmente atingido pela doença, figura como péssimo exemplo na cena mundial graças ao número elevado de contaminados e mortos em consequência do negacionismo e da falta de programas e políticas direcionadas à prevenção e ao combate da doença. Este artigo,por meio de análise da literatura, reportagens de mídia e postagens de redes sociais, pretende refletir, em uma perspectiva antropológica, sobre o contexto brasileiro diante da pandemia sob dois registros: o impacto das respostas governamentais relacionadas com questões ideológicas pautadas por uma necropolítica; o fato de que o isolamento e a quarentena têm gerado grande impacto na sociedade dada a mudança de rotinas. Assim, busca-se analisar os significados simbólicos que a doença produz em relação às mudanças de hábitos e comportamentos, sobretudo no que se refere ao uso de máscaras e às práticas de desinfecção dos ambientes e objetos.
{"title":"Necropolítica, poder e significados da pandemia do coronavírus: uma abordagem antropológica","authors":"Jaqueline Ferreira","doi":"10.5216/sec.v24.66274","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/sec.v24.66274","url":null,"abstract":"O ano de 2020 foi marcado pela pandemia do coronavírus. O Brasil, país particularmente atingido pela doença, figura como péssimo exemplo na cena mundial graças ao número elevado de contaminados e mortos em consequência do negacionismo e da falta de programas e políticas direcionadas à prevenção e ao combate da doença. Este artigo,por meio de análise da literatura, reportagens de mídia e postagens de redes sociais, pretende refletir, em uma perspectiva antropológica, sobre o contexto brasileiro diante da pandemia sob dois registros: o impacto das respostas governamentais relacionadas com questões ideológicas pautadas por uma necropolítica; o fato de que o isolamento e a quarentena têm gerado grande impacto na sociedade dada a mudança de rotinas. Assim, busca-se analisar os significados simbólicos que a doença produz em relação às mudanças de hábitos e comportamentos, sobretudo no que se refere ao uso de máscaras e às práticas de desinfecção dos ambientes e objetos.","PeriodicalId":38915,"journal":{"name":"Sociedade e Cultura","volume":"38 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"73908872","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Los Estudios de Ciencia y Tecnología (Science and Technology Studies [STS]) y la Teoría del Actor-Red (Actor-Network Theory [ANT]), junto con la antropología “más allá de lo humano”, promueven un enfoque no antropocéntrico en las ciencias sociales, donde las entidades no humanas hacen parte del mundo social. Desde dicha perspectiva no antropocéntrica, este artículo tiene como objetivo cuestionar el uso de “distanciamiento social” como un término preciso, donde el calificativo “social” se asocia únicamente a seres humanos. Si el distanciamiento es un concepto clave para prevenir el contagio de COVID-19 entre seres humanos, sería más correcto hablar de distanciamiento físico o corporal. Al hablar de distanciamiento social, en realidad estamos distanciando lo social, reduciendo su complejidad, ya que está compuesto por entidades que no son necesariamente humanas o incluso visibles a nuestros ojos, como el nuevo coronavirus. Este artículo invita a buscar términos alternativos al concepto de “distanciamiento social” que nos permitan expresar mejor la complejidad de lo social de una manera menos antropocéntrica.
{"title":"¿Distanciamiento social o distanciamiento de lo social? Un enfoque no antropocéntrico en antropología","authors":"C. Terry","doi":"10.5216/sec.v24.66203","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/sec.v24.66203","url":null,"abstract":"Los Estudios de Ciencia y Tecnología (Science and Technology Studies [STS]) y la Teoría del Actor-Red (Actor-Network Theory [ANT]), junto con la antropología “más allá de lo humano”, promueven un enfoque no antropocéntrico en las ciencias sociales, donde las entidades no humanas hacen parte del mundo social. Desde dicha perspectiva no antropocéntrica, este artículo tiene como objetivo cuestionar el uso de “distanciamiento social” como un término preciso, donde el calificativo “social” se asocia únicamente a seres humanos. Si el distanciamiento es un concepto clave para prevenir el contagio de COVID-19 entre seres humanos, sería más correcto hablar de distanciamiento físico o corporal. Al hablar de distanciamiento social, en realidad estamos distanciando lo social, reduciendo su complejidad, ya que está compuesto por entidades que no son necesariamente humanas o incluso visibles a nuestros ojos, como el nuevo coronavirus. Este artículo invita a buscar términos alternativos al concepto de “distanciamiento social” que nos permitan expresar mejor la complejidad de lo social de una manera menos antropocéntrica.","PeriodicalId":38915,"journal":{"name":"Sociedade e Cultura","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"81652307","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este es un artículo sobre cómo pueblos indígenas de las tierras bajas del Río Marañón, en la Amazonía peruana, han respondido a la actual pandemia de COVID-19. El análisis se sitúa en los márgenes del Estado y en medios contaminados por el petróleo, donde las comunidades Kukama Kukamiria han desarrollado acciones de cuidado como actos políticos de supervivencia. Se trata de formas de trabajo colaborativo no asalariado que no son reconocidas en un sistema capitalista, pero que se configuran en acciones políticas de sobrevivencia frente a este. El artículo describe estos cuidados en el marco de una larga relación de no reconocimiento y explotación del Estado hacia los pueblos indígenas amazónicos. También analizamos cómo el cuidado presenta desafíos metodológicos, políticos, y éticos que requieren ser considerados en la etnografía remota, a distancia, y virtual, y que nos sugieren una propuesta de trabajo colaborativo.
{"title":"¡Hemos sobrevivido a todo! Cuidado y trabajo colaborativo en los pueblos Kukama Kukamiria de la Amazonía peruana frente a la COVID-19","authors":"María Eugenia Ulfe, Roxana Vergara","doi":"10.5216/sec.v24.66318","DOIUrl":"https://doi.org/10.5216/sec.v24.66318","url":null,"abstract":"Este es un artículo sobre cómo pueblos indígenas de las tierras bajas del Río Marañón, en la Amazonía peruana, han respondido a la actual pandemia de COVID-19. El análisis se sitúa en los márgenes del Estado y en medios contaminados por el petróleo, donde las comunidades Kukama Kukamiria han desarrollado acciones de cuidado como actos políticos de supervivencia. Se trata de formas de trabajo colaborativo no asalariado que no son reconocidas en un sistema capitalista, pero que se configuran en acciones políticas de sobrevivencia frente a este. El artículo describe estos cuidados en el marco de una larga relación de no reconocimiento y explotación del Estado hacia los pueblos indígenas amazónicos. También analizamos cómo el cuidado presenta desafíos metodológicos, políticos, y éticos que requieren ser considerados en la etnografía remota, a distancia, y virtual, y que nos sugieren una propuesta de trabajo colaborativo.","PeriodicalId":38915,"journal":{"name":"Sociedade e Cultura","volume":"22 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-09-08","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"84947990","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}