Gabriela Maria Hollanda Ferreira de Farias, Márcia Maria Valle Arbex
O objetivo deste artigo é analisar A imensidão íntima dos carneiros (2019), romance autofictício do escritor Marcelo Maluf que narra a história de Marcelo e Assaad frente aos segredos de família que motivaram a emigração de Assaad do Líbano ao Brasil. Para isso, leva-se em consideração as teses “sobre o conceito de História” de Walter Benjamin, enfatizando principalmente a noção de “escovar a história a contrapelo”. Sustenta-se que, dentro da estruturação fragmentada da narrativa, composta de relatos de memória de família, o personagem Marcelo quebra o continuum do espaço tempo para encontrar seu avô Assaad já falecido, atuando como uma espécie de “historiador materialista”.
{"title":"Fragmentos e ruínas de um passado libanês: uma análise de A imensidão íntima dos carneiros à luz do conceito de história de Benjamin","authors":"Gabriela Maria Hollanda Ferreira de Farias, Márcia Maria Valle Arbex","doi":"10.5902/1679849x70762","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x70762","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é analisar A imensidão íntima dos carneiros (2019), romance autofictício do escritor Marcelo Maluf que narra a história de Marcelo e Assaad frente aos segredos de família que motivaram a emigração de Assaad do Líbano ao Brasil. Para isso, leva-se em consideração as teses “sobre o conceito de História” de Walter Benjamin, enfatizando principalmente a noção de “escovar a história a contrapelo”. Sustenta-se que, dentro da estruturação fragmentada da narrativa, composta de relatos de memória de família, o personagem Marcelo quebra o continuum do espaço tempo para encontrar seu avô Assaad já falecido, atuando como uma espécie de “historiador materialista”.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135486464","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Neste artigo, vamos analisar e interpretar o romance Meu pai, acabaram com ele, de Luiz Claudio Cardoso, que tematiza o desaparecimento forçado e seus efeitos sobre a família e o círculo social mais próximo do desaparecido. Remetendo a um fato da vida real – o desaparecimento forçado do deputado Rubens Paiva nos anos 1970 –, o romance ficcionaliza este fato e explora dramaticamente o impacto que a violência e o terrorismo de Estado têm sobre aqueles que, sobrevivendo a este tipo de catástrofe, têm de lidar com as perplexidades e angústias decorrentes de um processo de perda que nunca termina e que os instala num limiar entre o luto e a impossibilidade de sua efetivação.
{"title":"O desaparecimento forçado e seus efeitos no romance Meu pai, acabaram com ele, de Luiz Claudio Cardoso","authors":"Arnaldo Franco Junior","doi":"10.5902/1679849x70829","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x70829","url":null,"abstract":"Neste artigo, vamos analisar e interpretar o romance Meu pai, acabaram com ele, de Luiz Claudio Cardoso, que tematiza o desaparecimento forçado e seus efeitos sobre a família e o círculo social mais próximo do desaparecido. Remetendo a um fato da vida real – o desaparecimento forçado do deputado Rubens Paiva nos anos 1970 –, o romance ficcionaliza este fato e explora dramaticamente o impacto que a violência e o terrorismo de Estado têm sobre aqueles que, sobrevivendo a este tipo de catástrofe, têm de lidar com as perplexidades e angústias decorrentes de um processo de perda que nunca termina e que os instala num limiar entre o luto e a impossibilidade de sua efetivação.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135486465","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A partir do pensamento que aponta a repetição, ao longo do tempo, das opressões direcionadas a grupos menos favorecidos, nomeadamente a tradição dos oprimidos (BENJAMIN, 2012), este artigo propõe uma reflexão acerca de duas formas de estabelecer uma resistência frente a situações que não se podem tolerar: a melancolia, como forma de expressão própria da humanidade, concebida sob o escopo reativo, enquanto um sentimento inevitável diante das opressões, e a literatura, constituída como um ato de resistência, por sua força política que, em última instância, pode iluminar os caminhos e ajudar à compreensão dos povos que, paulatinamente, o poder hegemônico tentou subjugar.
{"title":"Literatura, melancolia e a resistência à ventania hegemônica","authors":"Fernanda Barboza de Carvalho Nery","doi":"10.5902/1679849x70792","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x70792","url":null,"abstract":"A partir do pensamento que aponta a repetição, ao longo do tempo, das opressões direcionadas a grupos menos favorecidos, nomeadamente a tradição dos oprimidos (BENJAMIN, 2012), este artigo propõe uma reflexão acerca de duas formas de estabelecer uma resistência frente a situações que não se podem tolerar: a melancolia, como forma de expressão própria da humanidade, concebida sob o escopo reativo, enquanto um sentimento inevitável diante das opressões, e a literatura, constituída como um ato de resistência, por sua força política que, em última instância, pode iluminar os caminhos e ajudar à compreensão dos povos que, paulatinamente, o poder hegemônico tentou subjugar.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135486460","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cintia Paula Maciel, Silvana Maria Pessôa de Oliveira
Impulsionados pelos acontecimentos de seu tempo, encontramos como ponto comum em Walter Benjamin (1892-1940) e Sigmund Freud (1856-1939) a crítica que realizam à cultura. Este artigo possui como objetivo principal examinar os conceitos de experiência (Erfahrung) e vivência (Erlebnis) pensados por Benjamin, evidenciando como as noções de consciência e memória, de Freud, estimularam a formulação desses conceitos benjaminianos e da teoria do choque. Para isso, discute-se pontos importantes de Experiência e Pobreza (1994), O Narrador (1994), Sobre alguns temas em Baudelaire (1989) e Além do Princípio do Prazer (2010). Por fim, relaciona-se a atrofia da experiência à temática do Eros, com base nas considerações de Georges Bataille (2017) e Byung-Chul Han (2017) sobre o erotismo. Como resultado, constata-se a atualidade das considerações benjaminianas e freudianas para pensarmos o atual contexto de nossas sociedades, no que diz respeito à construção de memórias coletivas e à experiência com o Outro.
{"title":"Da atrofia da experiência à impossibilidade do Eros","authors":"Cintia Paula Maciel, Silvana Maria Pessôa de Oliveira","doi":"10.5902/1679849x70770","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x70770","url":null,"abstract":"Impulsionados pelos acontecimentos de seu tempo, encontramos como ponto comum em Walter Benjamin (1892-1940) e Sigmund Freud (1856-1939) a crítica que realizam à cultura. Este artigo possui como objetivo principal examinar os conceitos de experiência (Erfahrung) e vivência (Erlebnis) pensados por Benjamin, evidenciando como as noções de consciência e memória, de Freud, estimularam a formulação desses conceitos benjaminianos e da teoria do choque. Para isso, discute-se pontos importantes de Experiência e Pobreza (1994), O Narrador (1994), Sobre alguns temas em Baudelaire (1989) e Além do Princípio do Prazer (2010). Por fim, relaciona-se a atrofia da experiência à temática do Eros, com base nas considerações de Georges Bataille (2017) e Byung-Chul Han (2017) sobre o erotismo. Como resultado, constata-se a atualidade das considerações benjaminianas e freudianas para pensarmos o atual contexto de nossas sociedades, no que diz respeito à construção de memórias coletivas e à experiência com o Outro.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135486463","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo se destina a discutir o romance O reino deste mundo, do cubano Alejo Carpentier, sob uma ótica pós-colonial. Trata-se de um romance histórico, que utiliza como matéria narrativa fatos da história do Haiti, vazados pela mirada de Ti Noel, um escravo que vivencia os conflitos que envolvem o processo de independência do país, bem como das guerras napoleônicas, do processo colonial levado em solo haitiano, tão em desacordo com os ideais franceses de igualdade, liberdade e fraternidade, e acaba seus dias, idoso e senil, vivendo nas ruinas da casa de seu antigo dono. Assim, pelos olhos de Ti Noel, o romance expõe toda a violência e as contradições envolvidas no processo colonial haitiano.
{"title":"As ruínas do reino","authors":"Cíntia Carla Moreira Schwantes","doi":"10.5902/1679849x70317","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x70317","url":null,"abstract":"Este artigo se destina a discutir o romance O reino deste mundo, do cubano Alejo Carpentier, sob uma ótica pós-colonial. Trata-se de um romance histórico, que utiliza como matéria narrativa fatos da história do Haiti, vazados pela mirada de Ti Noel, um escravo que vivencia os conflitos que envolvem o processo de independência do país, bem como das guerras napoleônicas, do processo colonial levado em solo haitiano, tão em desacordo com os ideais franceses de igualdade, liberdade e fraternidade, e acaba seus dias, idoso e senil, vivendo nas ruinas da casa de seu antigo dono. Assim, pelos olhos de Ti Noel, o romance expõe toda a violência e as contradições envolvidas no processo colonial haitiano.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135486468","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Neste texto questionamos como os temas da memória e da ditadura civil-militar de 1964, tendo como plano de fundo a cidade de Florianópolis, se articulam no conto Cheiro de Amor, de Edla van Steen. Para tanto, discutimos alguns aspectos da narrativa, focando, por meio da chave da repetição, nas passagens que se dedicam à vida sexual de Camila, a protagonista. Com isso buscamos perceber, pela forma da narrativa, como uma imagem de Florianópolis está associada àquela dinâmica sexual. Finalizando, cotejamos o conto com outras opções estéticas que perguntam pela cidade de Florianópolis, especialmente a do também escritor Salim Miguel.
{"title":"Edla van Steen e as imagens de Florianópolis na ditadura","authors":"Natan Schmitz Kremer, Alexandre Fernandez Vaz","doi":"10.5902/1679849x70437","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x70437","url":null,"abstract":"Neste texto questionamos como os temas da memória e da ditadura civil-militar de 1964, tendo como plano de fundo a cidade de Florianópolis, se articulam no conto Cheiro de Amor, de Edla van Steen. Para tanto, discutimos alguns aspectos da narrativa, focando, por meio da chave da repetição, nas passagens que se dedicam à vida sexual de Camila, a protagonista. Com isso buscamos perceber, pela forma da narrativa, como uma imagem de Florianópolis está associada àquela dinâmica sexual. Finalizando, cotejamos o conto com outras opções estéticas que perguntam pela cidade de Florianópolis, especialmente a do também escritor Salim Miguel.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135486461","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A partir da análise do capítulo “O esporro” da novela Um copo de cólera (1978), de Raduan Nassar, propõe-se uma reflexão sobre o instante em que o narrador-personagem, o chacareiro, aparenta dar-se por vencido após um violento embate verbal e físico com sua companheira, a jornalista. O personagem, em sua prostração, rememora uma fotografia familiar antiga, concentrando-se na imagem da matriarca e nas lições passadas por ela. A hipótese é a de que o rastro que a memória fotográfica lhe proporciona suscita ao chacareiro uma experiência aurática de um passado sem arestas. Foram resgatadas para o desenvolvimento crítico deste trabalho principalmente os conceitos benjaminianos de aura e rastro; as Teses VI e VII de Sobre o conceito de História (1940), conforme apresentadas por Löwy (2005) em “Aviso de incêndio”; e as contribuições dadas por Janz (2012), Gagnebin (2014) e Barthes (1984).
{"title":"Vestígios, fotografia e memória em Um copo de cólera, de Raduan Nassar","authors":"Sofia Maria Pires de Melo, Sabrina Sedlmayer","doi":"10.5902/1679849x70234","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x70234","url":null,"abstract":"A partir da análise do capítulo “O esporro” da novela Um copo de cólera (1978), de Raduan Nassar, propõe-se uma reflexão sobre o instante em que o narrador-personagem, o chacareiro, aparenta dar-se por vencido após um violento embate verbal e físico com sua companheira, a jornalista. O personagem, em sua prostração, rememora uma fotografia familiar antiga, concentrando-se na imagem da matriarca e nas lições passadas por ela. A hipótese é a de que o rastro que a memória fotográfica lhe proporciona suscita ao chacareiro uma experiência aurática de um passado sem arestas. Foram resgatadas para o desenvolvimento crítico deste trabalho principalmente os conceitos benjaminianos de aura e rastro; as Teses VI e VII de Sobre o conceito de História (1940), conforme apresentadas por Löwy (2005) em “Aviso de incêndio”; e as contribuições dadas por Janz (2012), Gagnebin (2014) e Barthes (1984).","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135486469","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Através da metodologia de pesquisa bibliográfica, o presente artigo estabeleceu nexo entre as características apontadas por Mills e Kendall (2016) em seu estudo sobre a manifestação de doenças físicas e mentais nas pessoas em situação de prisão e os poemas de Miguel Hernández contidos em seu livro Cancionero y romancero de ausencias. A proposta é de demonstrar que os problemas de saúde relatados pelas autoras estão textualmente presentes nos poemas do último livro do poeta oriolano. Além disso, o artigo tem a intenção de se somar àqueles trabalhos, no Brasil, que se ocuparam de investigar a obra do poeta ou propor traduções de seus poemas para a língua portuguesa.
{"title":"Versos encarcerados: Miguel Hernández canta a vida, o amor e a morte","authors":"Victor André Pinheiro Cantuário","doi":"10.5902/1679849x69986","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x69986","url":null,"abstract":"Através da metodologia de pesquisa bibliográfica, o presente artigo estabeleceu nexo entre as características apontadas por Mills e Kendall (2016) em seu estudo sobre a manifestação de doenças físicas e mentais nas pessoas em situação de prisão e os poemas de Miguel Hernández contidos em seu livro Cancionero y romancero de ausencias. A proposta é de demonstrar que os problemas de saúde relatados pelas autoras estão textualmente presentes nos poemas do último livro do poeta oriolano. Além disso, o artigo tem a intenção de se somar àqueles trabalhos, no Brasil, que se ocuparam de investigar a obra do poeta ou propor traduções de seus poemas para a língua portuguesa.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135486641","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
O presente trabalho tem como objetivo analisar a construção de um futuro ficcional em duas obras de Ficção Científica: Floresta é o nome do mundo (The Word for World is Forest), de Ursula K. Le Guin, e Binti, de Nnedi Okorafor. A fim de ressaltar o caráter referencial das obras, que existe independentemente da discrepância entre mundo real e mundo ficcional, pretende-se aproximar historiografia benjaminiana, a partir da noção de imagem dialética, da escrita das obras de Ficção Científica. Para isso, contrastaremos a noção de tempo em Walter Benjamin à ideia de um tríplice presente, de Agostinho, assim como seus comentários sobre a predição do futuro. A discussão sobre o futuro em obras de Ficção Científica feita por Le Guin e por Adam Roberts também se farão necessárias.
摘要本研究旨在分析乌苏拉·勒奎恩(Ursula K. Le Guin)的《森林是世界的名字》(The Word for World is Forest)和内迪·奥克拉福(Nnedi Okorafor)的《宾蒂》(Binti)两部科幻小说中虚构未来的建构。为了突出小说作品的参考特征,它独立于现实世界和虚构世界的差异而存在,我们打算从辩证意象的概念来接近本雅明的史学,科幻小说作品的写作。为此,我们将对比本雅明的时间概念和奥古斯丁的三重现在的概念,以及他对未来预测的评论。勒奎恩和亚当·罗伯茨在科幻小说中对未来的讨论也将是必要的。
{"title":"Futuro e imagem dialética na Ficção Científica","authors":"Jade Rocha Nobre","doi":"10.5902/1679849x70447","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x70447","url":null,"abstract":"O presente trabalho tem como objetivo analisar a construção de um futuro ficcional em duas obras de Ficção Científica: Floresta é o nome do mundo (The Word for World is Forest), de Ursula K. Le Guin, e Binti, de Nnedi Okorafor. A fim de ressaltar o caráter referencial das obras, que existe independentemente da discrepância entre mundo real e mundo ficcional, pretende-se aproximar historiografia benjaminiana, a partir da noção de imagem dialética, da escrita das obras de Ficção Científica. Para isso, contrastaremos a noção de tempo em Walter Benjamin à ideia de um tríplice presente, de Agostinho, assim como seus comentários sobre a predição do futuro. A discussão sobre o futuro em obras de Ficção Científica feita por Le Guin e por Adam Roberts também se farão necessárias.","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135486462","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Rosani Úrsula Ketzer Umbach, João Luis Pereira Ourique
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{"title":"Apresentação - \"Sobre a violência na história\"","authors":"Rosani Úrsula Ketzer Umbach, João Luis Pereira Ourique","doi":"10.5902/1679849x85088","DOIUrl":"https://doi.org/10.5902/1679849x85088","url":null,"abstract":"Apresentação","PeriodicalId":40985,"journal":{"name":"Literatura e Autoritarismo","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-09-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"135486467","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}