Pub Date : 2021-11-16DOI: 10.15603/2176-1078/er.v35n2p221-249
Tiago de Fraga Gomes, Darlan Paulo Lorenzetti
O presente artigo aborda o pensamento eclesiológico de Agostinho de Hipona, sobretudo, nos escritos antidonatistas, mediante três seções: o donatismo como fenômeno histórico, seu contexto epocal, as razões de sua gênese enquanto acontecimento e suas linhas teológico-doutrinais; as formulações por meio das quais Agostinho discutiu a inconsistência teórica da tese cismática donatista da Ecclesia Martyrum, propondo o paradigma inclusivo da permixta Ecclesia como uma espécie de eclesiologia de comunhão que permite que santos e pecadores convivam na mesma Igreja; por fim, tomando o ideal de comunhão como pressuposto basilar, se adentra no núcleo duro da reflexão agostiniana quanto à Igreja, Corpo de Cristo.
{"title":"Ecclesia Martyrum versus permixta Ecclesia: notas histórico-conceituais a partir da eclesiologia antidonatista de Agostinho de Hipona","authors":"Tiago de Fraga Gomes, Darlan Paulo Lorenzetti","doi":"10.15603/2176-1078/er.v35n2p221-249","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v35n2p221-249","url":null,"abstract":"O presente artigo aborda o pensamento eclesiológico de Agostinho de Hipona, sobretudo, nos escritos antidonatistas, mediante três seções: o donatismo como fenômeno histórico, seu contexto epocal, as razões de sua gênese enquanto acontecimento e suas linhas teológico-doutrinais; as formulações por meio das quais Agostinho discutiu a inconsistência teórica da tese cismática donatista da Ecclesia Martyrum, propondo o paradigma inclusivo da permixta Ecclesia como uma espécie de eclesiologia de comunhão que permite que santos e pecadores convivam na mesma Igreja; por fim, tomando o ideal de comunhão como pressuposto basilar, se adentra no núcleo duro da reflexão agostiniana quanto à Igreja, Corpo de Cristo.","PeriodicalId":41867,"journal":{"name":"Estudos de Religiao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67056718","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-16DOI: 10.15603/2176-1078/er.v35n2p5-8
Paulo Augusto De Souza Nogueira, Douglas Rodrigues da Conceição
A Teologia e as Ciências da Religião possuem uma origem comum na história do mundo acadêmico; compartilham caminhos semelhantes e contém, no interior de suas reflexões, um mesmo objeto de reflexão, a saber, o fenômeno sagrado. Ainda assim, a Teologia e as Ciências da Religião se diferem metodologicamente: enquanto disciplinas do conhecimento humano, a Teologia parte do pressuposto da atitude de fé, enquanto a Ciências da Religião, de modo geral, parte do pressuposto da consciência da fé. Mesmo que para a Área 44 de avaliação da CAPES ambas se inserem num mesmo espaço didático, faz-se importante notar a identidade e especificidade de cada área, sobretudo na própria Ciências da Religião, cujas discussões remontam as contribuições mais antigas de, sobretudo, Chantepie De La Saussaye e Max Müller, no século XIX, bem como as mais variadas vertentes, como a história da religião, a fenomenologia da religião e os estudos dos textos sagrados revisitados pela fortuna crítica da literatura. Com isso, o dossiê Epistemologia das Linguagens da Religião apresenta, a despeito do debate entre Teologia e Ciências da Religião continuar ativo, uma série de trabalhos com a intenção de reler autores e métodos, contemplando a especificidade da Ciências da Religião que lida com a linguagem e as ideias envolvidas nas diferentes expressões do ser.
{"title":"Apresentação do dossiê","authors":"Paulo Augusto De Souza Nogueira, Douglas Rodrigues da Conceição","doi":"10.15603/2176-1078/er.v35n2p5-8","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v35n2p5-8","url":null,"abstract":"A Teologia e as Ciências da Religião possuem uma origem comum na história do mundo acadêmico; compartilham caminhos semelhantes e contém, no interior de suas reflexões, um mesmo objeto de reflexão, a saber, o fenômeno sagrado. Ainda assim, a Teologia e as Ciências da Religião se diferem metodologicamente: enquanto disciplinas do conhecimento humano, a Teologia parte do pressuposto da atitude de fé, enquanto a Ciências da Religião, de modo geral, parte do pressuposto da consciência da fé. Mesmo que para a Área 44 de avaliação da CAPES ambas se inserem num mesmo espaço didático, faz-se importante notar a identidade e especificidade de cada área, sobretudo na própria Ciências da Religião, cujas discussões remontam as contribuições mais antigas de, sobretudo, Chantepie De La Saussaye e Max Müller, no século XIX, bem como as mais variadas vertentes, como a história da religião, a fenomenologia da religião e os estudos dos textos sagrados revisitados pela fortuna crítica da literatura. Com isso, o dossiê Epistemologia das Linguagens da Religião apresenta, a despeito do debate entre Teologia e Ciências da Religião continuar ativo, uma série de trabalhos com a intenção de reler autores e métodos, contemplando a especificidade da Ciências da Religião que lida com a linguagem e as ideias envolvidas nas diferentes expressões do ser.","PeriodicalId":41867,"journal":{"name":"Estudos de Religiao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67056782","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-16DOI: 10.15603/2176-1078/er.v35n2p37-57
José Adriano Filho
A historicidade de compreensão das Escrituras e de seus leitores, uma proposição básica da teoria da recepção bíblica, significa que um agente tem que tornar o significado do texto concreto. Como nossa pertença à história não nos permite pensar num conhecimento imparcial garantido pela aplicação de um método e nossa localização numa situação histórica específica possibilita a abertura aos legados culturais que nos precedem, a história da recepção de um texto bíblico deve ser considerada como um relato das instâncias históricas concretas da sua apropriação e impacto no mundo da vida dos seus leitores. A teoria da recepção bíblica deve ser considerada como um relato das instâncias históricas concretas da sua apropriação e impacto no mundo da vida dos seus leitores. Ela privilegia as condições de leitura do texto pelos seus leitores e leitoras, não a reconstrução de como a obra foi produzida, isto é, não procura determinar o significado original do texto pretendido pelo autor, mas demonstrar como o seu significado se desdobra historicamente.
{"title":"A teoria da recepção e a historicidade da compreensão das Escrituras","authors":"José Adriano Filho","doi":"10.15603/2176-1078/er.v35n2p37-57","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v35n2p37-57","url":null,"abstract":"A historicidade de compreensão das Escrituras e de seus leitores, uma proposição básica da teoria da recepção bíblica, significa que um agente tem que tornar o significado do texto concreto. Como nossa pertença à história não nos permite pensar num conhecimento imparcial garantido pela aplicação de um método e nossa localização numa situação histórica específica possibilita a abertura aos legados culturais que nos precedem, a história da recepção de um texto bíblico deve ser considerada como um relato das instâncias históricas concretas da sua apropriação e impacto no mundo da vida dos seus leitores. A teoria da recepção bíblica deve ser considerada como um relato das instâncias históricas concretas da sua apropriação e impacto no mundo da vida dos seus leitores. Ela privilegia as condições de leitura do texto pelos seus leitores e leitoras, não a reconstrução de como a obra foi produzida, isto é, não procura determinar o significado original do texto pretendido pelo autor, mas demonstrar como o seu significado se desdobra historicamente.","PeriodicalId":41867,"journal":{"name":"Estudos de Religiao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67056764","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-16DOI: 10.15603/2176-1078/er.v35n2p383-400
Álvaro Hauschild
Neste texto investigaremos a experiência religiosa na teurgia. Primeiramente analisaremos as principais categorias do “numinoso” segundo Rudolf Otto, a saber 1) sentimento de criatura, 2) mysterium tremendum, 3) fascinans e 4) sanctum, observando-as nos Oráculos Caldeus. Em seguida estudaremos o “miraculoso” na teurgia jambliqueana segundo Emma C. Clarke usando as categorias de Otto; neste momento observaremos aspectos como 1) transcendência da verdade, 2) crença no sobrenatural, 3) inspiração e 4) epifanias. Por fim estudaremos o “assombro” de Dacher Keltner e Jonathan Haidt, composto pela 1) vastidão e pela 2) acomodação, podendo conter 3) ameaça, 4) beleza, 5) habilidade, 6) virtude e 7) sobrenatural; veremos que a teurgia inclui o assombro associado aos demais elementos.
{"title":"A experiência religiosa na Teurgia","authors":"Álvaro Hauschild","doi":"10.15603/2176-1078/er.v35n2p383-400","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v35n2p383-400","url":null,"abstract":"Neste texto investigaremos a experiência religiosa na teurgia. Primeiramente analisaremos as principais categorias do “numinoso” segundo Rudolf Otto, a saber 1) sentimento de criatura, 2) mysterium tremendum, 3) fascinans e 4) sanctum, observando-as nos Oráculos Caldeus. Em seguida estudaremos o “miraculoso” na teurgia jambliqueana segundo Emma C. Clarke usando as categorias de Otto; neste momento observaremos aspectos como 1) transcendência da verdade, 2) crença no sobrenatural, 3) inspiração e 4) epifanias. Por fim estudaremos o “assombro” de Dacher Keltner e Jonathan Haidt, composto pela 1) vastidão e pela 2) acomodação, podendo conter 3) ameaça, 4) beleza, 5) habilidade, 6) virtude e 7) sobrenatural; veremos que a teurgia inclui o assombro associado aos demais elementos.","PeriodicalId":41867,"journal":{"name":"Estudos de Religiao","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49232235","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-16DOI: 10.15603/2176-1078/er.v35n2p111-138
D. Klautau, Carlos Ribeiro Caldas Filho
O ensaio On Fairy-Stories de J.R.R. Tolkien (1892-1973) é resultado da conferência de 1939 para a Universidade de St. Andrews e revisado para publicação em 1947. Neste texto, Tolkien dialoga com duas figuras importantes para as Ciências da Religião, Max Müller (1823-1900) e Andrew Lang (1844-1912). O primeiro é um dos fundadores da ciência da religião, a partir de suas pesquisas em filologia, enfatizando as relações entre linguagem, mito e religião. O segundo foi antropólogo e folclorista, igualmente discutindo as relações entre mito e religião. Neste diálogo, Tolkien estabelece críticas a ambos, fundamentalmente relativas à concepção de alegoria, e indica uma proposta teórica que resgata elementos da filosofia perene, enfatizando elementos de Platão, Aristóteles, Agostinho e Tomás de Aquino.
{"title":"A alegoria em J.R.R. Tolkien: entre as Ciências da Religião e a filosofia perene","authors":"D. Klautau, Carlos Ribeiro Caldas Filho","doi":"10.15603/2176-1078/er.v35n2p111-138","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v35n2p111-138","url":null,"abstract":"O ensaio On Fairy-Stories de J.R.R. Tolkien (1892-1973) é resultado da conferência de 1939 para a Universidade de St. Andrews e revisado para publicação em 1947. Neste texto, Tolkien dialoga com duas figuras importantes para as Ciências da Religião, Max Müller (1823-1900) e Andrew Lang (1844-1912). O primeiro é um dos fundadores da ciência da religião, a partir de suas pesquisas em filologia, enfatizando as relações entre linguagem, mito e religião. O segundo foi antropólogo e folclorista, igualmente discutindo as relações entre mito e religião. Neste diálogo, Tolkien estabelece críticas a ambos, fundamentalmente relativas à concepção de alegoria, e indica uma proposta teórica que resgata elementos da filosofia perene, enfatizando elementos de Platão, Aristóteles, Agostinho e Tomás de Aquino.","PeriodicalId":41867,"journal":{"name":"Estudos de Religiao","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48819426","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-16DOI: 10.15603/2176-1078/er.v35n2p9-35
E. Higuet
O presente artigo pretende mostrar como a teoria semiótica da interpretação de textos nos permite acessar à leitura de textos religiosos visuais e ao conhecimento que eles contêm e pretendem transmitir. A semiologia das imagens estuda as imagens como textos ou discursos e, no caso das imagens religiosas, como textos que remetem a outro texto, isto é, à religião como sistema de comunicação e elaboração de mensagens. Em consequência, as teorias da enunciação elaboradas em função dos textos linguísticos devem poder ser transpostas para a semiótica visual. Podemos encontrar nas imagens um correspondente analógico da enunciação linguística: a enunciação visual. Serão analisadas as modalidades pessoal, temporal e espacial da enunciação enunciada, com exemplos tirados da pintura religiosa ocidental.
{"title":"A enunciação na semiótica visual, especialmente na pintura religiosa.","authors":"E. Higuet","doi":"10.15603/2176-1078/er.v35n2p9-35","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v35n2p9-35","url":null,"abstract":"O presente artigo pretende mostrar como a teoria semiótica da interpretação de textos nos permite acessar à leitura de textos religiosos visuais e ao conhecimento que eles contêm e pretendem transmitir. A semiologia das imagens estuda as imagens como textos ou discursos e, no caso das imagens religiosas, como textos que remetem a outro texto, isto é, à religião como sistema de comunicação e elaboração de mensagens. Em consequência, as teorias da enunciação elaboradas em função dos textos linguísticos devem poder ser transpostas para a semiótica visual. Podemos encontrar nas imagens um correspondente analógico da enunciação linguística: a enunciação visual. Serão analisadas as modalidades pessoal, temporal e espacial da enunciação enunciada, com exemplos tirados da pintura religiosa ocidental.","PeriodicalId":41867,"journal":{"name":"Estudos de Religiao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67056829","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-16DOI: 10.15603/2176-1078/er.v35n2p251-275
D. Rivera
La pandemia del COVID 19 llegó al Perú en marzo del 2020 obligando a interrumpir todo tipo de actividades colectivas, entre ellas las religiosas. En la mayoría de los países de América Latina, marcados por grandes desigualdades sociales, el impacto de la pandemia ha sido más fuerte entre la población más vulnerable por causa de su menor capacidad de respuesta y de la desprotección de parte del poder público. Este estudio analiza el impacto de la pandemia en una iglesia evangélica de la periferia de la ciudad de Lima, enfocando las diversas y creativas formas de reacción del grupo religioso. Al intentar resistir a la pandemia en condiciones adversas, la iglesia generó importantes cambios en las celebraciones y en el significado de las mismas. Los vínculos de solidaridad y la importancia de la reflexión bíblica, propia de la tradición protestante, son aspectos centrales de este estudio.
{"title":"Solidaridad religiosa y resistencia al COVID 19 en los cerros de Comas Estudio de La Iglesia Evangélica Peruana en la Periferia de Lima","authors":"D. Rivera","doi":"10.15603/2176-1078/er.v35n2p251-275","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v35n2p251-275","url":null,"abstract":"La pandemia del COVID 19 llegó al Perú en marzo del 2020 obligando a interrumpir todo tipo de actividades colectivas, entre ellas las religiosas. En la mayoría de los países de América Latina, marcados por grandes desigualdades sociales, el impacto de la pandemia ha sido más fuerte entre la población más vulnerable por causa de su menor capacidad de respuesta y de la desprotección de parte del poder público. Este estudio analiza el impacto de la pandemia en una iglesia evangélica de la periferia de la ciudad de Lima, enfocando las diversas y creativas formas de reacción del grupo religioso. Al intentar resistir a la pandemia en condiciones adversas, la iglesia generó importantes cambios en las celebraciones y en el significado de las mismas. Los vínculos de solidaridad y la importancia de la reflexión bíblica, propia de la tradición protestante, son aspectos centrales de este estudio.","PeriodicalId":41867,"journal":{"name":"Estudos de Religiao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67056722","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-16DOI: 10.15603/2176-1078/er.v35n2p59-85
J. Silva, Vitor Chaves De Souza
O artigo apresenta histórica e teoricamente o Círculo de Éranos como um modelo interpretativo para as Ciências da Religião. Trata-se, a rigor, de uma aproximação ao mesmo tempo histórica e temática ao Círculo de Éranos buscando as pluralidades nos encontros que pudessem contribuir à uma hermenêutica para as Ciências da Religião. Sabe-se que os encontros, inaugurados por Olga Fröbe-Kapteyn, colocou em conversa variados pensadores de áreas distintas, como Rudolf Otto, Carl Jung, Martin Buber, Paul Tillich, Jakob Hauer, Heinrich Zimmer, Karoly Kerenyi, Gershom Scholem, Henry Corbin e Mircea Eliade. Em uma tentativa incansável de aproximar Ocidente e Oriente, Jung, a título de contextualização, teve a oportunidade de modificar parte de suas teorias devido a convivência com os participantes, atribuindo, assim, uma renovada significação religiosa às suas reflexões. Além de Jung, Mircea Eliade, como um dos principais interlocutores com Jung, também contribuiu a respeito do significado da vida religiosa. Este artigo, portanto, busca recuperar a história do Círculo de Éranos e, ao invés de vasculhar o valor do Círculo de Éranos em si, pretende trabalhar a contribuição do Círculo de Éranos para a constituição da área das Ciências da Religião e Teologia pelo viés da linha de pesquisa Linguagens da Religião propondo uma base hermenêutica da pluralidade a partir de uma reinterpretação do significado da pesquisa em Ciências da Religião tendo no Éranos uma forma de spiritus rector original.
{"title":"O legado hermenêutico do Círculo de Éranos para as Ciências da Religião","authors":"J. Silva, Vitor Chaves De Souza","doi":"10.15603/2176-1078/er.v35n2p59-85","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v35n2p59-85","url":null,"abstract":"O artigo apresenta histórica e teoricamente o Círculo de Éranos como um modelo interpretativo para as Ciências da Religião. Trata-se, a rigor, de uma aproximação ao mesmo tempo histórica e temática ao Círculo de Éranos buscando as pluralidades nos encontros que pudessem contribuir à uma hermenêutica para as Ciências da Religião. Sabe-se que os encontros, inaugurados por Olga Fröbe-Kapteyn, colocou em conversa variados pensadores de áreas distintas, como Rudolf Otto, Carl Jung, Martin Buber, Paul Tillich, Jakob Hauer, Heinrich Zimmer, Karoly Kerenyi, Gershom Scholem, Henry Corbin e Mircea Eliade. Em uma tentativa incansável de aproximar Ocidente e Oriente, Jung, a título de contextualização, teve a oportunidade de modificar parte de suas teorias devido a convivência com os participantes, atribuindo, assim, uma renovada significação religiosa às suas reflexões. Além de Jung, Mircea Eliade, como um dos principais interlocutores com Jung, também contribuiu a respeito do significado da vida religiosa. Este artigo, portanto, busca recuperar a história do Círculo de Éranos e, ao invés de vasculhar o valor do Círculo de Éranos em si, pretende trabalhar a contribuição do Círculo de Éranos para a constituição da área das Ciências da Religião e Teologia pelo viés da linha de pesquisa Linguagens da Religião propondo uma base hermenêutica da pluralidade a partir de uma reinterpretação do significado da pesquisa em Ciências da Religião tendo no Éranos uma forma de spiritus rector original.","PeriodicalId":41867,"journal":{"name":"Estudos de Religiao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67056818","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2021-11-16DOI: 10.15603/2176-1078/er.v35n2p161-180
Douglas Rodrigues da Conceição
Perguntando pelo estatuto da “religião” quando sua transparência se torna inequívoca na tessitura dos textos literários, este ensaio pretende ser uma contribuição ao campo de estudos que toma as relações entre religião e literatura como sua principal tarefa. Seguindo algumas provocações de Susan Sontag (2020) e após evocar, principalmente, o pensamento de Gérard Genette (2010), propomos, mesmo que de modo provisório e operacional, a noção de participação estética da religião como material artístico-literário. Com a finalidade de oferecer ilustrações acerca dessa possível função realizada pela “religião” quando presente nas criações literárias, empregamos três escritos de Woody Allen reunidos sob o título The Scrolls, que estão coligidos em Without Feathers (1975). Tais ilustrações são apresentadas com aportes teóricos provenientes de Gérard Genette (1982) e Dominique Maingueneau (2009).
{"title":"A presença da “religião” na literatura: uma questão de participação estética?","authors":"Douglas Rodrigues da Conceição","doi":"10.15603/2176-1078/er.v35n2p161-180","DOIUrl":"https://doi.org/10.15603/2176-1078/er.v35n2p161-180","url":null,"abstract":"Perguntando pelo estatuto da “religião” quando sua transparência se torna inequívoca na tessitura dos textos literários, este ensaio pretende ser uma contribuição ao campo de estudos que toma as relações entre religião e literatura como sua principal tarefa. Seguindo algumas provocações de Susan Sontag (2020) e após evocar, principalmente, o pensamento de Gérard Genette (2010), propomos, mesmo que de modo provisório e operacional, a noção de participação estética da religião como material artístico-literário. Com a finalidade de oferecer ilustrações acerca dessa possível função realizada pela “religião” quando presente nas criações literárias, empregamos três escritos de Woody Allen reunidos sob o título The Scrolls, que estão coligidos em Without Feathers (1975). Tais ilustrações são apresentadas com aportes teóricos provenientes de Gérard Genette (1982) e Dominique Maingueneau (2009).","PeriodicalId":41867,"journal":{"name":"Estudos de Religiao","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.1,"publicationDate":"2021-11-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67056682","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}