Em Hacer habitable el futuro1 entramos em contato com o pensamento de um autor que atingiu a maturidade intelectual, e é preciso caracterizar bem isso, entre outras coisas, porque Jacques Lévy é geógrafo e nada mais distante de uma geografia convencional que o texto agora publicado. Que percurso intelectual ele percorreu para chegar a esse ponto é algo que deve ser comentado. É claro que não se trata apenas de um pensamento que se enriqueceu com o tempo. Na verdade, temos a oportunidade de observar em seus últimos trabalhos a consolidação de um projeto intelectual que atingiu um grau de mobilização de repertório e de articulação que impressiona. A trajetória de Jacques Lévy sempre foi marcada pela constante reflexão epistemológica. Ele sempre levou ao extremo a visão do geógrafo brasileiro Milton Santos de que os praticantes das áreas disciplinares devem ser seus próprios filósofos. Assim, desde há muito ele fazia problematizações críticas sobre os “recortes” disciplinares que deveriam evoluir para abordagens dimensionais de modo a não mutilar contextos, o que o levou a uma teoria do espaço como dimensão do social. A partir dessa abordagem suas reflexões e seus trabalhos foram se abrindo para o conjunto das ciências sociais, excedendo o campo convencional da geografia, mas incluindo e valorizando o ponto de vista do espaço nesse conjunto. Pode-se dizer que nessa trajetória Lévy foi longe, sendo ele próprio a encarnação plena do slogan da revista Espaces Temps: uma revista indisciplinar das ciências sociais (revue indisciplinaire de sciences sociales). Lévy foi um dos fundadores dessa revista em 1975, e, até hoje, é um dos seus principais animadores. Quem acompanhou suas intervenções na revista, nos editoriais, nas pesquisas, nos diversos artigos em parceria e individuais viu sua visão de mundo se construindo e sendo aplicada em diversos temas. A atuação nessa revista é uma das marcas da capacidade de trabalho em equipe, de circulação e de abertura de ideias. Seu colega Christian Grataloup testemunha
在《未来宜居》一书中,我们接触到了一位已经达到智力成熟的作家的思想,我们必须很好地描述这一点,因为雅克levy是一位地理学家,与现在出版的文本相比,与传统地理学没有什么不同。他走了什么样的智力道路才走到这一步,还有待观察。当然,这不仅仅是一种随着时间的推移而丰富的思想。事实上,我们有机会在他最近的作品中观察到一个智力项目的巩固,这个项目达到了令人印象深刻的剧目和发音动员的程度。雅克levy的轨迹一直以不断的认识论反思为标志。他总是把巴西地理学家米尔顿·桑托斯(Milton Santos)的观点发挥到极点,即学科领域的实践者应该是他们自己的哲学家。因此,很长一段时间以来,他对学科“剪报”提出了批判性的问题,这些学科“剪报”应该演变成维度的方法,以避免破坏语境,这导致了空间作为社会维度的理论。通过这种方法,他的思考和工作向整个社会科学领域开放,超越了传统的地理领域,但包括并重视这一领域的空间观点。可以说,levy在这条道路上走得很远,他自己就是《空间Temps》杂志口号的完美体现:社会科学的非学科杂志(revue indiscipline de sciences sociales)。levy是1975年该杂志的创始人之一,至今仍是该杂志的主要动画师之一。那些关注他在杂志、社论、研究、合作和个人文章中的干预的人看到了他的世界观正在建立,并被应用于各种主题。这本杂志的表现是团队合作能力、发行量和思想开放的标志之一。他的同事Christian Grataloup作证
{"title":"O futuro como recurso , mas aberto à historicidade","authors":"Fernanda Padovesi Fonseca, J. Oliva","doi":"10.34096/ps.n6.11437","DOIUrl":"https://doi.org/10.34096/ps.n6.11437","url":null,"abstract":"Em Hacer habitable el futuro1 entramos em contato com o pensamento de um autor que atingiu a maturidade intelectual, e é preciso caracterizar bem isso, entre outras coisas, porque Jacques Lévy é geógrafo e nada mais distante de uma geografia convencional que o texto agora publicado. Que percurso intelectual ele percorreu para chegar a esse ponto é algo que deve ser comentado. É claro que não se trata apenas de um pensamento que se enriqueceu com o tempo. Na verdade, temos a oportunidade de observar em seus últimos trabalhos a consolidação de um projeto intelectual que atingiu um grau de mobilização de repertório e de articulação que impressiona. A trajetória de Jacques Lévy sempre foi marcada pela constante reflexão epistemológica. Ele sempre levou ao extremo a visão do geógrafo brasileiro Milton Santos de que os praticantes das áreas disciplinares devem ser seus próprios filósofos. Assim, desde há muito ele fazia problematizações críticas sobre os “recortes” disciplinares que deveriam evoluir para abordagens dimensionais de modo a não mutilar contextos, o que o levou a uma teoria do espaço como dimensão do social. A partir dessa abordagem suas reflexões e seus trabalhos foram se abrindo para o conjunto das ciências sociais, excedendo o campo convencional da geografia, mas incluindo e valorizando o ponto de vista do espaço nesse conjunto. Pode-se dizer que nessa trajetória Lévy foi longe, sendo ele próprio a encarnação plena do slogan da revista Espaces Temps: uma revista indisciplinar das ciências sociais (revue indisciplinaire de sciences sociales). Lévy foi um dos fundadores dessa revista em 1975, e, até hoje, é um dos seus principais animadores. Quem acompanhou suas intervenções na revista, nos editoriais, nas pesquisas, nos diversos artigos em parceria e individuais viu sua visão de mundo se construindo e sendo aplicada em diversos temas. A atuação nessa revista é uma das marcas da capacidade de trabalho em equipe, de circulação e de abertura de ideias. Seu colega Christian Grataloup testemunha","PeriodicalId":422242,"journal":{"name":"Punto sur","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-09-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133542476","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cuando pensamos en la relación entre Geografía y Arte tal vez lo primero que se nos viene a la mente es la cartografía. Este arte milenario en el cual muchos de los que creaban los mapas eran pintores, como por ejemplo Alberto Durero y su Mapa Celeste (1515), nos lleva a percibir que el cuidado y la minuciosidad estética puestos en cada uno de ellos, sin lugar a duda, los convertían en obras maestras en sí mismas y, a su vez, hacían que funcionasen como grandes inspiradores para otras obras de arte. No puedo soslayar un libro que, en lo personal, tuvo un impacto profundo no solo por la prosa poética que el autor imprimió a sus relatos, sino y, sobre todo, por las evocaciones de lugares, espacios y paisajes –y las sensaciones y sentimientos a ellos asociados– que su lectura me provocó. El libro al que me refiero es Las Ciudades Invisibles del autor italiano Ítalo Calvino publicado por la editorial Einaudi ([1972] 2017). Si bien dichos mapas son narrados, es decir, son para ser leídos y no vistos, resulta interesante comprobar cómo estos relatos de lugares, que en principio parecen remotos, están más cerca de lo que imaginamos. De esta forma, en un juego dialéctico entre Marco Polo (el viajero) y Kublai Kan (el emperador de los tártaros), Calvino despliega en 11 categorías 55 ciudades, a razón de 5 por categoría. Propongo a quienes leerán esta reseña entablar un diálogo imaginario y sensible entre las ciudades de Ítalo Calvino y las recorridas por el libro organizado por Alessandro Dozena.
{"title":"Los desdoblamientos artísticos de la Geografía","authors":"Agustín Arosteguy","doi":"10.34096/ps.n6.11161","DOIUrl":"https://doi.org/10.34096/ps.n6.11161","url":null,"abstract":"Cuando pensamos en la relación entre Geografía y Arte tal vez lo primero que se nos viene a la mente es la cartografía. Este arte milenario en el cual muchos de los que creaban los mapas eran pintores, como por ejemplo Alberto Durero y su Mapa Celeste (1515), nos lleva a percibir que el cuidado y la minuciosidad estética puestos en cada uno de ellos, sin lugar a duda, los convertían en obras maestras en sí mismas y, a su vez, hacían que funcionasen como grandes inspiradores para otras obras de arte. No puedo soslayar un libro que, en lo personal, tuvo un impacto profundo no solo por la prosa poética que el autor imprimió a sus relatos, sino y, sobre todo, por las evocaciones de lugares, espacios y paisajes –y las sensaciones y sentimientos a ellos asociados– que su lectura me provocó. El libro al que me refiero es Las Ciudades Invisibles del autor italiano Ítalo Calvino publicado por la editorial Einaudi ([1972] 2017). Si bien dichos mapas son narrados, es decir, son para ser leídos y no vistos, resulta interesante comprobar cómo estos relatos de lugares, que en principio parecen remotos, están más cerca de lo que imaginamos. De esta forma, en un juego dialéctico entre Marco Polo (el viajero) y Kublai Kan (el emperador de los tártaros), Calvino despliega en 11 categorías 55 ciudades, a razón de 5 por categoría. Propongo a quienes leerán esta reseña entablar un diálogo imaginario y sensible entre las ciudades de Ítalo Calvino y las recorridas por el libro organizado por Alessandro Dozena.","PeriodicalId":422242,"journal":{"name":"Punto sur","volume":"17 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-24","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121918785","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
En el año 2017, coincidiendo con la formación geológica Vaca Muerta –ubicada en las provincias argentinas de Mendoza, Neuquén, Río Negro y La Pampa–, comenzó a utilizarse en la provincia de Mendoza la técnica de fracking para la explotación de hidrocarburos no convencionales. En Mendoza, las resistencias a la megaminería basadas en la defensa del agua, un bien escaso y muy preciado, han sido de las más exitosas y trascendentes a nivel nacional. Sin embargo, el fracking tuvo una rápida autorización acompañada por la flexibilización de la legislación ambiental y un duro cuestionamiento a las voces críticas por parte del gobierno provincial. Ante este panorama, en el presente trabajo analizaremos cómo, a diferencia de lo acontecido en torno a la minería a gran escala, en el caso del fracking la protección del agua fue descuidada y la oposición social criminalizada. Por su parte, movimientos socioambientales y otros actores sociales, especialmente del sector científico-académico, han colocado en el debate público la situación de “mega-sequía” que atraviesa la provincia, la escasa evaluación de los riesgos y la incertidumbre generada por estas falencias. Una incertidumbre que se incrementa por el inicio de nuevas actividades extractivas que generan controversias y contradicciones con las políticas de cambio climático y con los objetivos de avanzar hacia una transición energética.
{"title":"Fracking en el sur de Mendoza: riesgos, incertidumbres y resistencias en contexto de una mega-sequía","authors":"L. Wagner","doi":"10.34096/ps.n5.11001","DOIUrl":"https://doi.org/10.34096/ps.n5.11001","url":null,"abstract":"En el año 2017, coincidiendo con la formación geológica Vaca Muerta –ubicada en las provincias argentinas de Mendoza, Neuquén, Río Negro y La Pampa–, comenzó a utilizarse en la provincia de Mendoza la técnica de fracking para la explotación de hidrocarburos no convencionales. En Mendoza, las resistencias a la megaminería basadas en la defensa del agua, un bien escaso y muy preciado, han sido de las más exitosas y trascendentes a nivel nacional. Sin embargo, el fracking tuvo una rápida autorización acompañada por la flexibilización de la legislación ambiental y un duro cuestionamiento a las voces críticas por parte del gobierno provincial. Ante este panorama, en el presente trabajo analizaremos cómo, a diferencia de lo acontecido en torno a la minería a gran escala, en el caso del fracking la protección del agua fue descuidada y la oposición social criminalizada. Por su parte, movimientos socioambientales y otros actores sociales, especialmente del sector científico-académico, han colocado en el debate público la situación de “mega-sequía” que atraviesa la provincia, la escasa evaluación de los riesgos y la incertidumbre generada por estas falencias. Una incertidumbre que se incrementa por el inicio de nuevas actividades extractivas que generan controversias y contradicciones con las políticas de cambio climático y con los objetivos de avanzar hacia una transición energética.","PeriodicalId":422242,"journal":{"name":"Punto sur","volume":"61 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"116595514","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Actualmente existe un consenso generalizado sobre la realidad del cambio climático y la necesidad urgente de tomar medidas inmediatas y de gran alcance. No obstante, a pesar de la preocupación científica y la retórica alarmista, las variables climáticas empeoran. En este artículo sostenemos que la negación de lo Real de los antagonismos políticos y socio-ecológicos que caracterizan el proceso (pos)politizante actual se ve claramente representada en las excentricidades del dilema ecológico en general y, específicamente, en las intervenciones climáticas inefectivas. Sostenemos que el saber sobre el clima se moviliza en un discurso posverdad que oculta aquello que da forma al problema climático y, de este modo, la mirada ambiental queda circunscrita a una cosa fetichizada, asegurando así que nada realmente cambie. Recurriremos a una mirada psicoanalítica lacaniana para salir de este impasse, en particular desde el punto de vista de los activistas y movimientos climáticos más comprometidos. Concluiremos que la base sintomática sobre la que se basa la legitimidad del discurso ambiental, su práctica y la de muchos movimientos climáticos, descansa sobre traumas reprimidos. Desplegar trayectorias político-ecológicas diferentes requiere transgredir la fantasía que oculta estos traumas.
{"title":"El apocalipsis es decepcionante: el punto muerto despolitizado del consenso sobre el cambio climático","authors":"E. Swyngedouw","doi":"10.34096/ps.n5.10997","DOIUrl":"https://doi.org/10.34096/ps.n5.10997","url":null,"abstract":"Actualmente existe un consenso generalizado sobre la realidad del cambio climático y la necesidad urgente de tomar medidas inmediatas y de gran alcance. No obstante, a pesar de la preocupación científica y la retórica alarmista, las variables climáticas empeoran. En este artículo sostenemos que la negación de lo Real de los antagonismos políticos y socio-ecológicos que caracterizan el proceso (pos)politizante actual se ve claramente representada en las excentricidades del dilema ecológico en general y, específicamente, en las intervenciones climáticas inefectivas. Sostenemos que el saber sobre el clima se moviliza en un discurso posverdad que oculta aquello que da forma al problema climático y, de este modo, la mirada ambiental queda circunscrita a una cosa fetichizada, asegurando así que nada realmente cambie. Recurriremos a una mirada psicoanalítica lacaniana para salir de este impasse, en particular desde el punto de vista de los activistas y movimientos climáticos más comprometidos. Concluiremos que la base sintomática sobre la que se basa la legitimidad del discurso ambiental, su práctica y la de muchos movimientos climáticos, descansa sobre traumas reprimidos. Desplegar trayectorias político-ecológicas diferentes requiere transgredir la fantasía que oculta estos traumas.","PeriodicalId":422242,"journal":{"name":"Punto sur","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"132529655","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Chroniques de géo’ virale de Michel Lussault. A epidemia da Covid-19 e o olhar do geógrafo Michel Lussault","authors":"J. Oliva","doi":"10.34096/ps.n5.11004","DOIUrl":"https://doi.org/10.34096/ps.n5.11004","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":422242,"journal":{"name":"Punto sur","volume":"22 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"124945074","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"La construcción de las realidades geográficas. Una geografía de la acción","authors":"F. Omonte, Fernando Campos Medina","doi":"10.34096/ps.n5.11005","DOIUrl":"https://doi.org/10.34096/ps.n5.11005","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":422242,"journal":{"name":"Punto sur","volume":"30 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121039648","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
La mayor frecuencia e intensidad de eventos hidrometeorológicos extremos, atribuidos al cambio climático y a la proliferación de formas inadecuadas de urbanización en áreas bajas de la Región Metropolitana de Buenos Aires, han amplificado el poder destructivo de las inundaciones. Esto colocó en la agenda pública las formas controversiales en las que esas tierras y los humedales se incorporan a la trama urbana. En este contexto, basados en los postulados del ambientalismo y de la Reducción de Riesgo de Desastres ante el cambio climático derivada del Marco de Sendai, los humedales han cobrado una nueva notoriedad. Consideramos que ese reposicionamiento se debe a una serie de procesos interrelacionados: 1) cambios en los imaginarios geográficos, en los que la trama de sentido pone en valor a los bienes y servicios brindados por estos ecosistemas; 2) la emergencia de conflictos ambientales gestados por la contraposición de intereses, visiones y acciones entre los distintos actores sociales que participan en su urbanización y en el tipo de uso otorgado a esas tierras, y 3) la elaboración de políticas públicas tendientes tanto a la conservación de los humedales como al desarrollo de medidas de mitigación y adaptación al cambio climático bajo el paradigma de la modernización ecológica. Desde una mirada crítica, este trabajo busca describir y analizar los tres procesos antes señalados, así como plantear posibles líneas de investigación sobre el desarrollo de soluciones tecnocráticas basadas en la naturaleza que favorecen nuevas formas de mercantilización; las implicancias de las incipientes políticas en la materia, y el papel que tienen los grupos de más bajos recursos ante este escenario.
{"title":"Humedales, riesgo de desastres y cambio climático en la Región Metropolitana de Buenos Aires. Entre imaginarios geográficos, conflictos ambientales y políticas públicas \"","authors":"D. Ríos, S. Caruso","doi":"10.34096/ps.n5.10999","DOIUrl":"https://doi.org/10.34096/ps.n5.10999","url":null,"abstract":"La mayor frecuencia e intensidad de eventos hidrometeorológicos extremos, atribuidos al cambio climático y a la proliferación de formas inadecuadas de urbanización en áreas bajas de la Región Metropolitana de Buenos Aires, han amplificado el poder destructivo de las inundaciones. Esto colocó en la agenda pública las formas controversiales en las que esas tierras y los humedales se incorporan a la trama urbana. En este contexto, basados en los postulados del ambientalismo y de la Reducción de Riesgo de Desastres ante el cambio climático derivada del Marco de Sendai, los humedales han cobrado una nueva notoriedad. Consideramos que ese reposicionamiento se debe a una serie de procesos interrelacionados: 1) cambios en los imaginarios geográficos, en los que la trama de sentido pone en valor a los bienes y servicios brindados por estos ecosistemas; 2) la emergencia de conflictos ambientales gestados por la contraposición de intereses, visiones y acciones entre los distintos actores sociales que participan en su urbanización y en el tipo de uso otorgado a esas tierras, y 3) la elaboración de políticas públicas tendientes tanto a la conservación de los humedales como al desarrollo de medidas de mitigación y adaptación al cambio climático bajo el paradigma de la modernización ecológica. Desde una mirada crítica, este trabajo busca describir y analizar los tres procesos antes señalados, así como plantear posibles líneas de investigación sobre el desarrollo de soluciones tecnocráticas basadas en la naturaleza que favorecen nuevas formas de mercantilización; las implicancias de las incipientes políticas en la materia, y el papel que tienen los grupos de más bajos recursos ante este escenario.","PeriodicalId":422242,"journal":{"name":"Punto sur","volume":"40 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"129977958","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"El agua en la encrucijada climática: miradas críticas sobre apropiaciones desiguales e injustas, riesgos de desastre y conflictos ambientales","authors":"D. Ríos, C. Riera, A. Calvo","doi":"10.34096/ps.n5.10996","DOIUrl":"https://doi.org/10.34096/ps.n5.10996","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":422242,"journal":{"name":"Punto sur","volume":"19 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"121050414","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
A través del presente artículo proponemos reflexionar en torno a la justicia hídrica en la metrópolis de Buenos Aires. Para ello hemos desarrollado un análisis de los principales vectores de la desigualdad socio espacial en materia de agua, saneamiento y riesgo de inundaciones a escala metropolitana, concentrándonos en dos territorios hidrosociales: las cuencas de los ríos Matanza-Riachuelo y la del río Reconquista. Con relación a dichos territorios, interesa problematizar la construcción de nuevos significados en torno a la justicia hídrica y al modo en que estos disputan las concepciones prevalecientes acerca de la gestión de cuencas en diferentes escalas. Para cumplir estos objetivos, la metodología adoptada se basó en la triangulación de fuentes primarias (entrevistas en profundidad a miembros de organizaciones territoriales de las cuencas analizadas) y de fuentes secundarias (estadísticas oficiales de cobertura de servicios de agua y saneamiento, indicadores ambientales de inundación, entre otros). Entre las principales conclusiones, el trabajo permitió entrever que, si bien en los últimos años han tomado relevancia las cuencas como unidades de gestión y política ambiental, estas iniciativas no logran abordar el agua desde un enfoque integral que resguarde el derecho a la salud y a un hábitat digno.
{"title":"Conflictos por el agua en las cuencas de los ríos Matanza-Riachuelo y Reconquista. Claves para pensar la justicia hídrica a escala metropolitana","authors":"G. Merlinsky, Melina Tobías","doi":"10.34096/ps.n5.10998","DOIUrl":"https://doi.org/10.34096/ps.n5.10998","url":null,"abstract":"A través del presente artículo proponemos reflexionar en torno a la justicia hídrica en la metrópolis de Buenos Aires. Para ello hemos desarrollado un análisis de los principales vectores de la desigualdad socio espacial en materia de agua, saneamiento y riesgo de inundaciones a escala metropolitana, concentrándonos en dos territorios hidrosociales: las cuencas de los ríos Matanza-Riachuelo y la del río Reconquista. Con relación a dichos territorios, interesa problematizar la construcción de nuevos significados en torno a la justicia hídrica y al modo en que estos disputan las concepciones prevalecientes acerca de la gestión de cuencas en diferentes escalas. Para cumplir estos objetivos, la metodología adoptada se basó en la triangulación de fuentes primarias (entrevistas en profundidad a miembros de organizaciones territoriales de las cuencas analizadas) y de fuentes secundarias (estadísticas oficiales de cobertura de servicios de agua y saneamiento, indicadores ambientales de inundación, entre otros). Entre las principales conclusiones, el trabajo permitió entrever que, si bien en los últimos años han tomado relevancia las cuencas como unidades de gestión y política ambiental, estas iniciativas no logran abordar el agua desde un enfoque integral que resguarde el derecho a la salud y a un hábitat digno.","PeriodicalId":422242,"journal":{"name":"Punto sur","volume":"2 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"122396344","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Tradicionalmente, las narrativas construidas en torno al patrimonio cultural material e inmaterial, en cuanto oferta turística en el ámbito rural, se han centrado en destacar la figura de personajes poderosos, normalmente hombres blancos y de clases altas, y en valorizar aquellos edificios más notables, dejando en segundo plano otros casos de patrimonio vinculados a las clases populares u obreras. Partiendo de la base de que el turismo rural es una actividad que contribuye a dinamizar y diversificar la economía de estos territorios, el trabajo pretende abordar críticamente los discursos dominantes y las narrativas que se construyen sobre la historia de la inmensa mayoría de nuestras áreas rurales, especialmente, a través de aquellas iniciativas y proyectos capitalizados desde la administración pública centralizada. Como contrapunto a este análisis crítico, se muestra un ejemplo de nueva museología comunitaria desarrollada en un área rural en crisis, la comunidad autónoma de Aragón, a través del proyecto del Museo de las Masías y la Memoria Rural en la aldea de Mas Blanco en el que, tanto desde su concepción como en el relato sobre la historia de este lugar, destacan el papel de la mujer rural y de clases populares.
{"title":"Historias de quienes no aparecen en la historia. Reflexiones y narrativas sobre turismo rural a partir de un proyecto de museo comunitario en Mas Blanco (Aragón, España)","authors":"Luis Del Romero Renau","doi":"10.34096/ps.n5.11002","DOIUrl":"https://doi.org/10.34096/ps.n5.11002","url":null,"abstract":"Tradicionalmente, las narrativas construidas en torno al patrimonio cultural material e inmaterial, en cuanto oferta turística en el ámbito rural, se han centrado en destacar la figura de personajes poderosos, normalmente hombres blancos y de clases altas, y en valorizar aquellos edificios más notables, dejando en segundo plano otros casos de patrimonio vinculados a las clases populares u obreras. Partiendo de la base de que el turismo rural es una actividad que contribuye a dinamizar y diversificar la economía de estos territorios, el trabajo pretende abordar críticamente los discursos dominantes y las narrativas que se construyen sobre la historia de la inmensa mayoría de nuestras áreas rurales, especialmente, a través de aquellas iniciativas y proyectos capitalizados desde la administración pública centralizada. Como contrapunto a este análisis crítico, se muestra un ejemplo de nueva museología comunitaria desarrollada en un área rural en crisis, la comunidad autónoma de Aragón, a través del proyecto del Museo de las Masías y la Memoria Rural en la aldea de Mas Blanco en el que, tanto desde su concepción como en el relato sobre la historia de este lugar, destacan el papel de la mujer rural y de clases populares.","PeriodicalId":422242,"journal":{"name":"Punto sur","volume":"36 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-12-29","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"133674125","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}