Pub Date : 2023-11-21DOI: 10.15448/1984-4301.2023.1.44333
Leonardo Gomes Bernardino, Thuany Teixeira de Figueiredo
O objetivo deste estudo é analisar a percepção subjetiva de tempo de palavras com conteúdo emocional. Para tal, 63 participantes realizaram uma tarefa de bissecção temporal com substantivos de valência emocional: neutra; positiva, divididos em emoção básica (Alegria) e social (Gratidão); e negativa, divididos em emoção básica (Raiva) e social (Vergonha). Foram traçadas funções psicométricas dos julgamentos temporais e calculou-se o ponto de bissecção. Os resultados mostraram superestimações temporais em todas as condições, mas não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre elas, com exceção de uma maior distorção temporal para as palavras do grupo Raiva em comparação com as palavras do grupo Vergonha. Os resultados corroboram estudos anteriores sobre percepção do tempo com palavras como estímulos emocionais e fornecem evidências favoráveis ao modelo bottom-up/top-down (alerta fisiológico e avaliação cognitiva, respectivamente). Assim, este estudo permitiu uma maior compreensão teórica e metodológica dos mecanismos subjacentes ao processamento de palavras emocionais e à percepção de tempo.
{"title":"Percepção subjetiva de tempo de palavras com conteúdo emocional","authors":"Leonardo Gomes Bernardino, Thuany Teixeira de Figueiredo","doi":"10.15448/1984-4301.2023.1.44333","DOIUrl":"https://doi.org/10.15448/1984-4301.2023.1.44333","url":null,"abstract":"O objetivo deste estudo é analisar a percepção subjetiva de tempo de palavras com conteúdo emocional. Para tal, 63 participantes realizaram uma tarefa de bissecção temporal com substantivos de valência emocional: neutra; positiva, divididos em emoção básica (Alegria) e social (Gratidão); e negativa, divididos em emoção básica (Raiva) e social (Vergonha). Foram traçadas funções psicométricas dos julgamentos temporais e calculou-se o ponto de bissecção. Os resultados mostraram superestimações temporais em todas as condições, mas não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre elas, com exceção de uma maior distorção temporal para as palavras do grupo Raiva em comparação com as palavras do grupo Vergonha. Os resultados corroboram estudos anteriores sobre percepção do tempo com palavras como estímulos emocionais e fornecem evidências favoráveis ao modelo bottom-up/top-down (alerta fisiológico e avaliação cognitiva, respectivamente). Assim, este estudo permitiu uma maior compreensão teórica e metodológica dos mecanismos subjacentes ao processamento de palavras emocionais e à percepção de tempo.","PeriodicalId":506119,"journal":{"name":"Letrônica","volume":"6 10","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139251698","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-21DOI: 10.15448/1984-4301.2023.1.44425
Aline Alves Fonseca, A. C. Oliveira da Silva, Júlia Greco Carvalho, Marcella Campos e Souza
Este trabalho investiga a influência da marcação de foco prosódico contrastivo e do que chamamos de “foco sintático” por meio da clivagem, na resolução de ambiguidades em estruturas elípticas replacive: “Durante o ensaio da orquestra, (foi) o violinista (que) impressionou o maestro, não o solista”. Esta pesquisa foi inspirada em Carlson (2015), que investigou sentenças similares em inglês. Conduzimos duas atividades experimentais com uma combinação de 7 condições experimentais de clivagem e foco prosódico. Após ouvirem as sentenças, os participantes (N=66) respondiam perguntas como: “O que aconteceu em...?”. A resposta podia ser uma interpretação de objeto: “Ninguém impressionou o solista”; ou uma interpretação de sujeito: “O solista não impressionou ninguém.” Os resultados apontam que ambas as estratégias de focalização (foco prosódico e clivagem) influenciaram o aumento da interpretação de sujeito. Quando as pistas de focalização são conflitivas, a clivagem exerceu um papel decisivo na interpretação final. Nossos resultados estão alinhados com os de Carlson (2015) para o inglês. O foco prosódico desempenha um importante papel na resolução de ambiguidades, como em Schafer et al. (1996). No entanto, conforme Kiss (1998), a clivagem transmite um foco contrastivo e exaustivo para a sentença, sendo, portanto, uma pista de desambiguização mais efetiva do que outras.
{"title":"Foco prosódico e clivagem no processamento de elipses no português brasileiro","authors":"Aline Alves Fonseca, A. C. Oliveira da Silva, Júlia Greco Carvalho, Marcella Campos e Souza","doi":"10.15448/1984-4301.2023.1.44425","DOIUrl":"https://doi.org/10.15448/1984-4301.2023.1.44425","url":null,"abstract":"Este trabalho investiga a influência da marcação de foco prosódico contrastivo e do que chamamos de “foco sintático” por meio da clivagem, na resolução de ambiguidades em estruturas elípticas replacive: “Durante o ensaio da orquestra, (foi) o violinista (que) impressionou o maestro, não o solista”. Esta pesquisa foi inspirada em Carlson (2015), que investigou sentenças similares em inglês. Conduzimos duas atividades experimentais com uma combinação de 7 condições experimentais de clivagem e foco prosódico. Após ouvirem as sentenças, os participantes (N=66) respondiam perguntas como: “O que aconteceu em...?”. A resposta podia ser uma interpretação de objeto: “Ninguém impressionou o solista”; ou uma interpretação de sujeito: “O solista não impressionou ninguém.” Os resultados apontam que ambas as estratégias de focalização (foco prosódico e clivagem) influenciaram o aumento da interpretação de sujeito. Quando as pistas de focalização são conflitivas, a clivagem exerceu um papel decisivo na interpretação final. Nossos resultados estão alinhados com os de Carlson (2015) para o inglês. O foco prosódico desempenha um importante papel na resolução de ambiguidades, como em Schafer et al. (1996). No entanto, conforme Kiss (1998), a clivagem transmite um foco contrastivo e exaustivo para a sentença, sendo, portanto, uma pista de desambiguização mais efetiva do que outras.","PeriodicalId":506119,"journal":{"name":"Letrônica","volume":"51 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139251663","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-11-16DOI: 10.15448/1984-4301.2023.1.44311
Fabiana Sena, Girlene Marques Formiga, Joselí Maria Da Silva
Este artigo tem a pretensão de atentar sobre alguns aspectos latentes em contos de fadas, nas versões produzidas pelos Irmãos Grimm e por Charles Perrault, e vistos sob a perspectiva da Psicanálise, na leitura de Bruno Bettelheim (1980). Fareos uma análise de alguns dos contos dos autores acima, sob o olhar de Bettelheim, o qual, seguindo os passos das teorias freudiana e lacaniana, investe no Complexo de Édipo, para relacionar as três fases desse complexo, manifestadas nas personagens de “Branca de Neve”, “Cinderela”, “Príncipe Sapo”, “A Moça dos Gansos”, “João e Maria”, “As Fadas”, “Rapunzel”, “Pequeno Polegar” e “Chapeuzinho Vermelho”. Trata-se de uma análise bibliográfica, cujo objetivo é o de permitir uma reflexão sobre a possível identificação das crianças com as personagens desses contos, de modo a lhes facilitar sua imersão no mundo, a partir das informações inscritas, segundo Lacan, no Imaginário, no Simbólico e no Real, estruturas que, além de não desprezarem os conceitos freudianos, conseguem ampliá-los.
{"title":"A função materna nos contos de fadas","authors":"Fabiana Sena, Girlene Marques Formiga, Joselí Maria Da Silva","doi":"10.15448/1984-4301.2023.1.44311","DOIUrl":"https://doi.org/10.15448/1984-4301.2023.1.44311","url":null,"abstract":"Este artigo tem a pretensão de atentar sobre alguns aspectos latentes em contos de fadas, nas versões produzidas pelos Irmãos Grimm e por Charles Perrault, e vistos sob a perspectiva da Psicanálise, na leitura de Bruno Bettelheim (1980). Fareos uma análise de alguns dos contos dos autores acima, sob o olhar de Bettelheim, o qual, seguindo os passos das teorias freudiana e lacaniana, investe no Complexo de Édipo, para relacionar as três fases desse complexo, manifestadas nas personagens de “Branca de Neve”, “Cinderela”, “Príncipe Sapo”, “A Moça dos Gansos”, “João e Maria”, “As Fadas”, “Rapunzel”, “Pequeno Polegar” e “Chapeuzinho Vermelho”. Trata-se de uma análise bibliográfica, cujo objetivo é o de permitir uma reflexão sobre a possível identificação das crianças com as personagens desses contos, de modo a lhes facilitar sua imersão no mundo, a partir das informações inscritas, segundo Lacan, no Imaginário, no Simbólico e no Real, estruturas que, além de não desprezarem os conceitos freudianos, conseguem ampliá-los.","PeriodicalId":506119,"journal":{"name":"Letrônica","volume":"48 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-11-16","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139267044","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}