Norbert Elias in troubled times , published in 2021 by Palgrave McMillan and still unpublished in Portuguese, is a volume in the Palgrave Studies on Norbert Elias collection, which has been gaining a prominent role for studies of the author’s theory. The work brings together articles proposing readings of current issues based on Elias’s figurational and process sociology, written by authors from different parts of the world who deal with local and global problems, and who share the experience of being part of what can be read as a moment of civilizational crisis that affects the world as a whole, although expressed in different ways in each place. This volume is carefully written and organized to fulfill the main purpose of sociology and the sociologist, according to Elias himself, which is to provide a reality-congruent understanding of the facts, so that humanity can better know itself and, based on this, have better conditions to guide its own actions – therefore, a fundamental contribution in times such as ours.
诺贝特-埃利亚斯在动荡的时代》(Norbert Elias in troubled times)于 2021 年由帕尔格雷夫-麦克米伦出版社出版,葡萄牙语版本仍未出版,是帕尔格雷夫-诺贝特-埃利亚斯研究文集中的一卷,该文集在作者理论研究方面的作用日益突出。该作品汇集了根据埃利亚斯的具象社会学和过程社会学对当前问题进行解读的文章,这些文章由来自世界各地的作者撰写,他们处理当地和全球问题,共同经历了可以被解读为影响整个世界的文明危机时刻,尽管在每个地方以不同的方式表现出来。埃利亚斯本人认为,这本书经过精心撰写和组织,旨在实现社会学和社会学家的主要目的,即提供一种与现实相一致的对事实的理解,从而使人类更好地认识自己,并在此基础上更好地指导自己的行动--因此,在我们这样的时代,这是一个根本性的贡献。
{"title":"Conduzindo o bastão: a pertinência de Norbert Elias em tempos conturbados","authors":"M. Bueno","doi":"10.1590/18070337-125017","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/18070337-125017","url":null,"abstract":"Norbert Elias in troubled times , published in 2021 by Palgrave McMillan and still unpublished in Portuguese, is a volume in the Palgrave Studies on Norbert Elias collection, which has been gaining a prominent role for studies of the author’s theory. The work brings together articles proposing readings of current issues based on Elias’s figurational and process sociology, written by authors from different parts of the world who deal with local and global problems, and who share the experience of being part of what can be read as a moment of civilizational crisis that affects the world as a whole, although expressed in different ways in each place. This volume is carefully written and organized to fulfill the main purpose of sociology and the sociologist, according to Elias himself, which is to provide a reality-congruent understanding of the facts, so that humanity can better know itself and, based on this, have better conditions to guide its own actions – therefore, a fundamental contribution in times such as ours.","PeriodicalId":52478,"journal":{"name":"Sociologias","volume":"22 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"139356850","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Resumo A análise de um arquivo formado por editoriais de dois dos mais importantes jornais brasileiros durante os dois primeiros anos da pandemia de Covid-19 identificou a predominância de um enquadramento que atribuiu as decisões do governo Bolsonaro ao negacionismo científico. A partir de fontes históricas e sociológicas, este artigo discute o que ficou de fora desse enquadramento normativo sobre ciência e saúde, em especial como a extrema-direita adaptou para o novo ecossistema midiático o uso do paradigma da desinformação criado por indústrias cancerígenas. O artigo conclui que o enquadramento jornalístico do negacionismo priorizou críticas à incompetência do Estado, dando menor visibilidade ao papel do Sistema Único de Saúde na urgência sanitária.
{"title":"Muito além do negacionismo: desinformação durante a pandemia de Covid-19","authors":"Richard Miskolci","doi":"10.1590/18070337-123090","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/18070337-123090","url":null,"abstract":"Resumo A análise de um arquivo formado por editoriais de dois dos mais importantes jornais brasileiros durante os dois primeiros anos da pandemia de Covid-19 identificou a predominância de um enquadramento que atribuiu as decisões do governo Bolsonaro ao negacionismo científico. A partir de fontes históricas e sociológicas, este artigo discute o que ficou de fora desse enquadramento normativo sobre ciência e saúde, em especial como a extrema-direita adaptou para o novo ecossistema midiático o uso do paradigma da desinformação criado por indústrias cancerígenas. O artigo conclui que o enquadramento jornalístico do negacionismo priorizou críticas à incompetência do Estado, dando menor visibilidade ao papel do Sistema Único de Saúde na urgência sanitária.","PeriodicalId":52478,"journal":{"name":"Sociologias","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67174063","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Resumo Compreendendo os museus como espaços de preservação, divulgação e construção da memória, o acervo do Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC/CE) foi tomado para análise. O objetivo da pesquisa era entender quem eram os(as/es) artistas cujas produções estéticas compunham o acervo da instituição em termos raciais e de gênero. A pesquisa entrecruzou, então, a sociologia da arte com a sociologia das relações étnico-raciais e a sociologia do gênero, com especial enfoque nas teorias feministas negras, tendo como questão de trabalho, portanto, a pergunta: qual o papel da racialidade e do gênero no processo de legitimação de artistas no campo da arte contemporânea brasileira? Este artigo descreve o processo de pesquisa e seus resultados (que incluem uma exposição realizada no MAC/CE), apresentando as ausências e presenças no acervo em questão. Apesar do senso comum tomar o universo das artes visuais como um espaço de liberdade, cujas regras seriam menos rígidas e discriminatórias, a pesquisa, que contou também com a aplicação de questionário com artistas do acervo, indica que os padrões estabelecidos na sociedade envolvente também se fazem presentes no mundo da arte.
{"title":"Derrubar para edificar: presenças e ausências raciais e de gênero no Museu de Arte Contemporânea do Ceará","authors":"Guilherme Marcondes","doi":"10.1590/18070337-124311","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/18070337-124311","url":null,"abstract":"Resumo Compreendendo os museus como espaços de preservação, divulgação e construção da memória, o acervo do Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC/CE) foi tomado para análise. O objetivo da pesquisa era entender quem eram os(as/es) artistas cujas produções estéticas compunham o acervo da instituição em termos raciais e de gênero. A pesquisa entrecruzou, então, a sociologia da arte com a sociologia das relações étnico-raciais e a sociologia do gênero, com especial enfoque nas teorias feministas negras, tendo como questão de trabalho, portanto, a pergunta: qual o papel da racialidade e do gênero no processo de legitimação de artistas no campo da arte contemporânea brasileira? Este artigo descreve o processo de pesquisa e seus resultados (que incluem uma exposição realizada no MAC/CE), apresentando as ausências e presenças no acervo em questão. Apesar do senso comum tomar o universo das artes visuais como um espaço de liberdade, cujas regras seriam menos rígidas e discriminatórias, a pesquisa, que contou também com a aplicação de questionário com artistas do acervo, indica que os padrões estabelecidos na sociedade envolvente também se fazem presentes no mundo da arte.","PeriodicalId":52478,"journal":{"name":"Sociologias","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67174212","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Resumo Em Sex Dolls at Sea: Imagined Histories of Sexual Technologies, Bo Ruberg assume a genealogia foucaultiana e a leitura feminista como método para esmiuçar a nebulosa intersecção entre fabulação, história e ciência que paira as dames de voyage. A partir de análise bibliográfica e investigação em arquivos, filmes, jornais, relatos e uma diversidade de outros documentos, a pesquisadora não só desvela práticas acadêmicas viciosas e misóginas no século XX e XXI, mas também, como o imaginário em torno das bonecas de viagem moldaram a indústria do mercado sexual a criar uma série de tecnologias sexuais como bonecas infláveis, vibradores e brinquedos de borracha. Nesse processo, o limiar entre bonecas, bonecas sexuais, “ser mulher”, profissional do sexo, santas, vai sendo borrado, modelizando visões de posse, uso, descarte, pureza às corporalidades feminilizadas, ao mesmo tempo em que narrativas e estruturas de poder masculinas, colonizadoras e eurocêntricas vão condicionando as práticas sexuais, o imaginário sobre o sexo e os produtos que consumimos. Os robôs sexuais são apresentados como o futuro, e, diante de uma sociedade solidificada em discursos que segregam mulheres, pessoas queer e negras do âmbito da produção e consumo de tecnologias, sobretudo as digitais, é importante desestabilizar essas narrativas dominantes, identificando como as tecnologias sexuais foram imaginadas e agenciam as práticas sociais contemporâneas, para que possamos produzir outras perspectivas para o futuro em que a inclusão e o prazer sejam centrais.
{"title":"Bonecas sexuais: conexões colonizadoras entre fabulações, tecnologias e sexualidades","authors":"G. Montargil","doi":"10.1590/18070337-125976","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/18070337-125976","url":null,"abstract":"Resumo Em Sex Dolls at Sea: Imagined Histories of Sexual Technologies, Bo Ruberg assume a genealogia foucaultiana e a leitura feminista como método para esmiuçar a nebulosa intersecção entre fabulação, história e ciência que paira as dames de voyage. A partir de análise bibliográfica e investigação em arquivos, filmes, jornais, relatos e uma diversidade de outros documentos, a pesquisadora não só desvela práticas acadêmicas viciosas e misóginas no século XX e XXI, mas também, como o imaginário em torno das bonecas de viagem moldaram a indústria do mercado sexual a criar uma série de tecnologias sexuais como bonecas infláveis, vibradores e brinquedos de borracha. Nesse processo, o limiar entre bonecas, bonecas sexuais, “ser mulher”, profissional do sexo, santas, vai sendo borrado, modelizando visões de posse, uso, descarte, pureza às corporalidades feminilizadas, ao mesmo tempo em que narrativas e estruturas de poder masculinas, colonizadoras e eurocêntricas vão condicionando as práticas sexuais, o imaginário sobre o sexo e os produtos que consumimos. Os robôs sexuais são apresentados como o futuro, e, diante de uma sociedade solidificada em discursos que segregam mulheres, pessoas queer e negras do âmbito da produção e consumo de tecnologias, sobretudo as digitais, é importante desestabilizar essas narrativas dominantes, identificando como as tecnologias sexuais foram imaginadas e agenciam as práticas sociais contemporâneas, para que possamos produzir outras perspectivas para o futuro em que a inclusão e o prazer sejam centrais.","PeriodicalId":52478,"journal":{"name":"Sociologias","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67174657","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Resumo A presente resenha aborda o livro da historiadora e psicanalista francesa Elisabeth Roudinesco, uma polêmica (e necessária) reconstrução crítica de temas tabus do pensamento e da ação política vinculados aos estudos pós-coloniais, decoloniais, subalternos e aos movimentos negro, feminista radical e queer. A autora se concentra no que chama de “derivas identitárias”, consolidadas nos estudos e nas produções acadêmicas sobre gênero, raça, “pós-colonialidades” e interseccionalidade, em paralelo ao “identitarismo” de direita.
{"title":"Percorrendo labirintos: identidades fragmentadas e cultura política no divã","authors":"Francisco Thiago Rocha Vasconcelos","doi":"10.1590/18070337-123684","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/18070337-123684","url":null,"abstract":"Resumo A presente resenha aborda o livro da historiadora e psicanalista francesa Elisabeth Roudinesco, uma polêmica (e necessária) reconstrução crítica de temas tabus do pensamento e da ação política vinculados aos estudos pós-coloniais, decoloniais, subalternos e aos movimentos negro, feminista radical e queer. A autora se concentra no que chama de “derivas identitárias”, consolidadas nos estudos e nas produções acadêmicas sobre gênero, raça, “pós-colonialidades” e interseccionalidade, em paralelo ao “identitarismo” de direita.","PeriodicalId":52478,"journal":{"name":"Sociologias","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67174178","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Resumo O artigo apresenta uma interpretação da obra do sociólogo e constitucionalista Marcelo Neves como uma contribuição a uma reflexão sobre o processo de construção do Estado brasileiro desde uma perspectiva pós-colonial, não eurocêntrica. Para isso, apresentamos seu diálogo com a tradição sociológica brasileira representada no “paradigma da formação”. Argumentamos que Neves se afasta do nacionalismo metodológico dessa tradição, com críticas a seus pressupostos e funções ideológicas, mas aproveita algumas das observações sociológicas sobre as periferias descritas por essas teorias – como a infiltração de interesses privados sobre o público e a reprodução de relações sociais profundamente desiguais. Para Neves, a exclusão social surge como peça fundamental a estruturar uma ordem social estável e fundada em formas precárias de cidadania.
{"title":"A sociedade mundial desde a periferia: a sociologia da exclusão de Marcelo Neves","authors":"Pablo Holmes, M. Dantas","doi":"10.1590/18070337-125230","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/18070337-125230","url":null,"abstract":"Resumo O artigo apresenta uma interpretação da obra do sociólogo e constitucionalista Marcelo Neves como uma contribuição a uma reflexão sobre o processo de construção do Estado brasileiro desde uma perspectiva pós-colonial, não eurocêntrica. Para isso, apresentamos seu diálogo com a tradição sociológica brasileira representada no “paradigma da formação”. Argumentamos que Neves se afasta do nacionalismo metodológico dessa tradição, com críticas a seus pressupostos e funções ideológicas, mas aproveita algumas das observações sociológicas sobre as periferias descritas por essas teorias – como a infiltração de interesses privados sobre o público e a reprodução de relações sociais profundamente desiguais. Para Neves, a exclusão social surge como peça fundamental a estruturar uma ordem social estável e fundada em formas precárias de cidadania.","PeriodicalId":52478,"journal":{"name":"Sociologias","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67173773","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2023-05-22DOI: 10.1590/18070337-127857pt
Gisèle Sapiro
Resumo A partir dos conceitos de hegemonia de Gramsci e de violência simbólica de Bourdieu, este artigo questiona a existência de uma americanização das Ciências Humanas e Sociais (CHS) francesas. Para responder a essa interrogação, propõe-se uma cartografia dos editores franceses e estrangeiros envolvidos na exportação/importação de obras de CHS, comparando os fluxos de tradução na França a partir das três línguas mais traduzidas nessa área – inglês, alemão e italiano. Tal comparação se apoia em uma análise quantitativa e qualitativa e permite examinar a evolução da relação de hegemonia intelectual entre tradições nacionais e também as relações de força entre campos editoriais nacionais e entre intermediários interculturais, por meio de vários índices: hegemonia do inglês, capital simbólico dos autores(as) e das tradições disciplinares nacionais e concentrações geográficas e editoriais, entre outros. Os dados levam a nuançar a ideia de uma “americanização” das CHS francesas, mas indicam igualmente que o aumento dos fluxos de tradução do inglês, em detrimento do alemão, revela mais uma hegemonia estadunidense do que uma dinâmica regional, provocada por diferentes lógicas: comercial, política, acadêmica e de acumulação de capital simbólico.1
{"title":"Americanização das Ciências Humanas e Sociais francesas? Cartografia das traduções do inglês, alemão e italiano para o francês (2003-2013)","authors":"Gisèle Sapiro","doi":"10.1590/18070337-127857pt","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/18070337-127857pt","url":null,"abstract":"Resumo A partir dos conceitos de hegemonia de Gramsci e de violência simbólica de Bourdieu, este artigo questiona a existência de uma americanização das Ciências Humanas e Sociais (CHS) francesas. Para responder a essa interrogação, propõe-se uma cartografia dos editores franceses e estrangeiros envolvidos na exportação/importação de obras de CHS, comparando os fluxos de tradução na França a partir das três línguas mais traduzidas nessa área – inglês, alemão e italiano. Tal comparação se apoia em uma análise quantitativa e qualitativa e permite examinar a evolução da relação de hegemonia intelectual entre tradições nacionais e também as relações de força entre campos editoriais nacionais e entre intermediários interculturais, por meio de vários índices: hegemonia do inglês, capital simbólico dos autores(as) e das tradições disciplinares nacionais e concentrações geográficas e editoriais, entre outros. Os dados levam a nuançar a ideia de uma “americanização” das CHS francesas, mas indicam igualmente que o aumento dos fluxos de tradução do inglês, em detrimento do alemão, revela mais uma hegemonia estadunidense do que uma dinâmica regional, provocada por diferentes lógicas: comercial, política, acadêmica e de acumulação de capital simbólico.1","PeriodicalId":52478,"journal":{"name":"Sociologias","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67174230","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Gustavo Sorá, Paula Molina Ordoñez, Alejandro Dujovne
Resumen El presente artículo aborda las relaciones culturales entre Francia y Argentina configuradas por la traducción de libros. Para este referente empírico se observa extrema desigualdad en uno y otro sentido de los intercambios, tanto en término de los volúmenes de bienes exportados/importados como de las propiedades cualitativas de los libros traducidos. El análisis se concentra en el período 1990 - 2018 y en un género de ediciones en singular, delimitado por las disciplinas humanísticas y sociales. El trabajo articula demostraciones cuantitativas y cualitativas. Entre estas últimas, se esboza un modelo estructural que opone libros de mercado y libros híbridos. Los primeros son los que se originan en procedimientos estándares de los mercados de bienes simbólicos, como compra y venta de derechos. Los segundos por intereses de los propios autores y de pares que canalizan mediaciones para la traducción y edición en el exterior. El primer polo predomina entre los autores franceses de CSH editados en la Argentina, mientras que el segundo en el sentido inverso de los flujos de intercambio.
{"title":"Libros híbridos vs. libros de mercado: traducciones de obras de ciencias sociales y humanidades entre Francia y Argentina (1990-2018)","authors":"Gustavo Sorá, Paula Molina Ordoñez, Alejandro Dujovne","doi":"10.1590/18070337-129340","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/18070337-129340","url":null,"abstract":"Resumen El presente artículo aborda las relaciones culturales entre Francia y Argentina configuradas por la traducción de libros. Para este referente empírico se observa extrema desigualdad en uno y otro sentido de los intercambios, tanto en término de los volúmenes de bienes exportados/importados como de las propiedades cualitativas de los libros traducidos. El análisis se concentra en el período 1990 - 2018 y en un género de ediciones en singular, delimitado por las disciplinas humanísticas y sociales. El trabajo articula demostraciones cuantitativas y cualitativas. Entre estas últimas, se esboza un modelo estructural que opone libros de mercado y libros híbridos. Los primeros son los que se originan en procedimientos estándares de los mercados de bienes simbólicos, como compra y venta de derechos. Los segundos por intereses de los propios autores y de pares que canalizan mediaciones para la traducción y edición en el exterior. El primer polo predomina entre los autores franceses de CSH editados en la Argentina, mientras que el segundo en el sentido inverso de los flujos de intercambio.","PeriodicalId":52478,"journal":{"name":"Sociologias","volume":"4 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67174301","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
M. Stella, J. C. Santos, Fernando Antonio Pinheiro Filho
Resumo O presente trabalho busca, a partir de pesquisas recentes sobre programas de apoio à tradução estatais para escritores e livros brasileiros, portugueses e demais autores de língua portuguesa no exterior, traçar um panorama sobre o alcance, os efeitos e as estruturas de tais iniciativas. Apesar de bastante falados, tais programas raramente têm sido objeto de reflexão aprofundada; comumente apenas textos de divulgação escritos por agentes estatais e de mercado é que lançam um olhar um pouco mais reflexivo sobre esse tópico. Entretanto, permanecem visões demasiado apologéticas eou apenas descritivas sobre os apoios e subsídios ofertados pelos Estados nacionais para divulgar e promover suas literaturas, autores e línguas pelo mundo. Como tentaremos mostrar, tais programas afetam não apenas a dinâmica de circulação literária de um país, mas também a de toda a área linguística em que ele se situa. Nesse ponto, o caso da língua portuguesa é emblemático e expressivo, com Portugal e Brasil atuando em um mesmo idioma, porém, muitas vezes, em relações marcadas por alto grau de assimetria e antagonismo econômico, político e simbólico. Nesse sentido, pretende-se mostrar como, para além da promoção de um conjunto de autores e obras, os programas de apoio à tradução mantidos pelos Estados nacionais são, com frequência, instrumentos de luta por visibilidade no mercado editorial global, embora, ao mirar a dimensão global, provoquem também efeitos regionais e locais.
{"title":"Apoiar a tradução em língua portuguesa no exterior: divergências e convergências entre Portugal e Brasil","authors":"M. Stella, J. C. Santos, Fernando Antonio Pinheiro Filho","doi":"10.1590/18070337-127847","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/18070337-127847","url":null,"abstract":"Resumo O presente trabalho busca, a partir de pesquisas recentes sobre programas de apoio à tradução estatais para escritores e livros brasileiros, portugueses e demais autores de língua portuguesa no exterior, traçar um panorama sobre o alcance, os efeitos e as estruturas de tais iniciativas. Apesar de bastante falados, tais programas raramente têm sido objeto de reflexão aprofundada; comumente apenas textos de divulgação escritos por agentes estatais e de mercado é que lançam um olhar um pouco mais reflexivo sobre esse tópico. Entretanto, permanecem visões demasiado apologéticas eou apenas descritivas sobre os apoios e subsídios ofertados pelos Estados nacionais para divulgar e promover suas literaturas, autores e línguas pelo mundo. Como tentaremos mostrar, tais programas afetam não apenas a dinâmica de circulação literária de um país, mas também a de toda a área linguística em que ele se situa. Nesse ponto, o caso da língua portuguesa é emblemático e expressivo, com Portugal e Brasil atuando em um mesmo idioma, porém, muitas vezes, em relações marcadas por alto grau de assimetria e antagonismo econômico, político e simbólico. Nesse sentido, pretende-se mostrar como, para além da promoção de um conjunto de autores e obras, os programas de apoio à tradução mantidos pelos Estados nacionais são, com frequência, instrumentos de luta por visibilidade no mercado editorial global, embora, ao mirar a dimensão global, provoquem também efeitos regionais e locais.","PeriodicalId":52478,"journal":{"name":"Sociologias","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67174218","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Resumo Este artigo apresenta um estudo exploratório sobre os mercados editoriais da França e do Brasil, com ênfase na área das Ciências Humanas e Sociais (CHS), a partir dos fluxos de cessão de direitos de tradução (extradução) e de aquisição de direitos de tradução (intradução), entre 2010 e 2022. A pesquisa busca identificar como se organiza o mercado editorial francês e, nele, as editoras que comercializam obras de CHS com o mercado editorial brasileiro, para identificar, posteriormente, quais os autores mais contemplados para cessão de direitos. Em um segundo momento, o movimento inverso tenta traçar o panorama do mercado editorial brasileiro nessa área. Para tanto, compartilham-se os dados iniciais coletados em pesquisa documental e informações colhidas junto a seus principais agentes, editores comerciais e universitários. A partir da análise dos fluxos de tradução, a continuidade da pesquisa procurará estabelecer os autores e áreas que importamos e exportamos e o lugar do Brasil neste cenário.1
{"title":"Fluxos de tradução entre Brasil e França em Ciências Humanas e Sociais: estudo exploratório","authors":"Patrícia Chittoni Ramos Reuillard","doi":"10.1590/18070337-129371","DOIUrl":"https://doi.org/10.1590/18070337-129371","url":null,"abstract":"Resumo Este artigo apresenta um estudo exploratório sobre os mercados editoriais da França e do Brasil, com ênfase na área das Ciências Humanas e Sociais (CHS), a partir dos fluxos de cessão de direitos de tradução (extradução) e de aquisição de direitos de tradução (intradução), entre 2010 e 2022. A pesquisa busca identificar como se organiza o mercado editorial francês e, nele, as editoras que comercializam obras de CHS com o mercado editorial brasileiro, para identificar, posteriormente, quais os autores mais contemplados para cessão de direitos. Em um segundo momento, o movimento inverso tenta traçar o panorama do mercado editorial brasileiro nessa área. Para tanto, compartilham-se os dados iniciais coletados em pesquisa documental e informações colhidas junto a seus principais agentes, editores comerciais e universitários. A partir da análise dos fluxos de tradução, a continuidade da pesquisa procurará estabelecer os autores e áreas que importamos e exportamos e o lugar do Brasil neste cenário.1","PeriodicalId":52478,"journal":{"name":"Sociologias","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2023-05-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"67174345","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}