R. Ritti-Dias, Átila Alexandre Trapé, Breno Quitella Farah, Daniel Rogério Petreça, E. Lemos, F. F. B. D. Carvalho, Lorena Lima Magalhães, Marcos Gonçalves Maciel, Paulo Sergio Chagas Gomes, Sofia Wolker Manta, P. Hallal, D. R. Andrade
Em 2020, o Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, selecionou pesquisadores e pesquisadoras para a elaboração do Guia de Atividade Física para a População Brasileira. O objetivo deste artigo foi apresentar os métodos utilizados, bem como os resultados do Guia de Atividade Física para a População Brasileira (Guia) para adultos de 18 a 59 anos de idade. A base para construção do Guia se deu a partir de quatro perguntas norteadoras: O quê, quando, por que e como praticar atividade física (AF)? Para responder essas questões, duas estratégias principais foram adotadas: revisão das evidências científicas e a “escuta” de diferentes grupos estratégicos. A partir dos procedimentos realizados, recomenda-se que os adultos acumulem entre 150 e 300 minutos de AF por semana com intensidade moderada e/ou entre 75 e 150 minutos por semana de intensidade vigorosa. Dentre os benefícios identificados, destaca-se a redução de mortalidade por doenças crônicas, melhoria na saúde mental, nos aspectos sociais (e.g. interação com outras pessoas, contato com a cultura local etc.) e emocionais (e.g. autoestima, sensação de bem-estar etc.). Além disso, as recomendações não ficaram restritas aos desfechos supracitados, buscou-se considerar as especificidades e singularidades da população adulta nas diferentes regiões do Brasil, destacando que a AF está envolvida em movimentos populares, sociais e culturais. No Guia também são apresentadas mensagens para superar as principais barreiras da AF, e as redes de apoio existentes para auxiliar a população adulta a ter uma vida fisicamente mais ativa.
{"title":"Atividade física para adultos: Guia de Atividade Física para a População Brasileira","authors":"R. Ritti-Dias, Átila Alexandre Trapé, Breno Quitella Farah, Daniel Rogério Petreça, E. Lemos, F. F. B. D. Carvalho, Lorena Lima Magalhães, Marcos Gonçalves Maciel, Paulo Sergio Chagas Gomes, Sofia Wolker Manta, P. Hallal, D. R. Andrade","doi":"10.12820/RBAFS.26E0215","DOIUrl":"https://doi.org/10.12820/RBAFS.26E0215","url":null,"abstract":"Em 2020, o Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, selecionou pesquisadores e pesquisadoras para a elaboração do Guia de Atividade Física para a População Brasileira. O objetivo deste artigo foi apresentar os métodos utilizados, bem como os resultados do Guia de Atividade Física para a População Brasileira (Guia) para adultos de 18 a 59 anos de idade. A base para construção do Guia se deu a partir de quatro perguntas norteadoras: O quê, quando, por que e como praticar atividade física (AF)? Para responder essas questões, duas estratégias principais foram adotadas: revisão das evidências científicas e a “escuta” de diferentes grupos estratégicos. A partir dos procedimentos realizados, recomenda-se que os adultos acumulem entre 150 e 300 minutos de AF por semana com intensidade moderada e/ou entre 75 e 150 minutos por semana de intensidade vigorosa. Dentre os benefícios identificados, destaca-se a redução de mortalidade por doenças crônicas, melhoria na saúde mental, nos aspectos sociais (e.g. interação com outras pessoas, contato com a cultura local etc.) e emocionais (e.g. autoestima, sensação de bem-estar etc.). Além disso, as recomendações não ficaram restritas aos desfechos supracitados, buscou-se considerar as especificidades e singularidades da população adulta nas diferentes regiões do Brasil, destacando que a AF está envolvida em movimentos populares, sociais e culturais. No Guia também são apresentadas mensagens para superar as principais barreiras da AF, e as redes de apoio existentes para auxiliar a população adulta a ter uma vida fisicamente mais ativa.","PeriodicalId":52945,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Atividade Fisica e Saude","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46323288","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Diego Orcioli-Silva, J. Sasaki, Rafael Miranda Tassitano, C. Ribeiro, D. G. D. Christofaro, E. S. Bezerra, Sofia Wolker Manta, A. Florindo, P. Hallal, F. V. Siqueira
Visando orientar a população dos benefícios da prática de atividade física à saúde, pesquisadores nacionais, em parceria com o Ministério da Saúde, elaboraram o Guia de Atividade Física para a População Brasileira (Guia). O objetivo deste estudo foi apresentar o processo de elaboração das recomendações brasileiras de atividade física para pessoas com deficiência (PCD). O processo de elaboração das recomendações específicas para PCD foi liderado por um grupo de trabalho com nove pesquisadores/profissionais que realizaram reuniões semanais, e que conduziram revisões sistemáticas e escutas com PCD, familiares, gestores, profissionais da saúde, professores e pesquisadores. Na revisão sistemática, um total de 83 estudos foram revisados e incluídos. As escutas foram realizadas por meio de formulários eletrônicos enviados por e-mail para profissionais, gestores, professores e pesquisadores que trabalhavam com PCD e de escutas virtuais, as quais foram conduzidas em dois momentos: (a) com PCD, familiares e profissionais; (b) com professores, gestores; e pesquisadores da temática. Baseado nos resultados das revisões sistemáticas e das escutas, as recomendações de atividade física para PCD foram elaboradas considerando o tempo mínimo de atividade física de acordo com faixas etárias, domínio da atividade física e recomendações para redução do comportamento sedentário. Portanto, o presente trabalho apresentou as estratégias e as etapas utilizadas para a elaboração do Guia, com recomendações de atividade física para PCD, as quais podem ser aliadas a políticas públicas, ambientes e oportunidades de atividade física, tornando-se estratégia essencial para o engajamento de PCD em atividades físicas.
{"title":"Atividade física para pessoas com deficiência: Guia de Atividade Física para a População Brasileira","authors":"Diego Orcioli-Silva, J. Sasaki, Rafael Miranda Tassitano, C. Ribeiro, D. G. D. Christofaro, E. S. Bezerra, Sofia Wolker Manta, A. Florindo, P. Hallal, F. V. Siqueira","doi":"10.12820/RBAFS.26E0218","DOIUrl":"https://doi.org/10.12820/RBAFS.26E0218","url":null,"abstract":"Visando orientar a população dos benefícios da prática de atividade física à saúde, pesquisadores nacionais, em parceria com o Ministério da Saúde, elaboraram o Guia de Atividade Física para a População Brasileira (Guia). O objetivo deste estudo foi apresentar o processo de elaboração das recomendações brasileiras de atividade física para pessoas com deficiência (PCD). O processo de elaboração das recomendações específicas para PCD foi liderado por um grupo de trabalho com nove pesquisadores/profissionais que realizaram reuniões semanais, e que conduziram revisões sistemáticas e escutas com PCD, familiares, gestores, profissionais da saúde, professores e pesquisadores. Na revisão sistemática, um total de 83 estudos foram revisados e incluídos. As escutas foram realizadas por meio de formulários eletrônicos enviados por e-mail para profissionais, gestores, professores e pesquisadores que trabalhavam com PCD e de escutas virtuais, as quais foram conduzidas em dois momentos: (a) com PCD, familiares e profissionais; (b) com professores, gestores; e pesquisadores da temática. Baseado nos resultados das revisões sistemáticas e das escutas, as recomendações de atividade física para PCD foram elaboradas considerando o tempo mínimo de atividade física de acordo com faixas etárias, domínio da atividade física e recomendações para redução do comportamento sedentário. Portanto, o presente trabalho apresentou as estratégias e as etapas utilizadas para a elaboração do Guia, com recomendações de atividade física para PCD, as quais podem ser aliadas a políticas públicas, ambientes e oportunidades de atividade física, tornando-se estratégia essencial para o engajamento de PCD em atividades físicas.","PeriodicalId":52945,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Atividade Fisica e Saude","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"43195255","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
S. C. Dumith, Alcides ´Prazeres Filho, Felipe Vogt Cureau, José Cazuza de Farias Júnior, J. Mello, M. B. D. Silva, T. S. Matias, Wendell Artur Lopes, Lorena Lima Magalhães, P. Hallal
A prática regular de atividade física promove benefícios fisiológicos, psicológicos e sociais na vida de crianças e jovens. Apesar da alta prevalência de jovens que não praticam atividade física em nosso país e de termos uma boa colocação no ranking mundial de produção acadêmica sobre pesquisa na área de atividade física e saúde, ainda não havia sido publicadas as recomendações brasileiras de atividade física. O objetivo deste artigo consistiu em descrever como foi desenvolvido o capítulo para crianças e jovens de 6 a 17 anos do Guia de Atividade Física para População Brasileira e apresentar as principais recomendações para esta faixa etária. A construção do capítulo para crianças e jovens envolveu as seguintes etapas: a) revisão de literatura; b) redação da versão preliminar do capítulo; c) processo de escuta com o público alvo referente ao capítulo e especialistas da área de promoção da atividade física; d) realização de consulta pública e; e) redação da versão final do capítulo. Os tópicos apresentados abordam exemplos de atividades físicas praticadas em diferentes domínios; recomendações para a prática (tipos, intensidade, frequência, duração e as formas que a mesma pode ser estruturada). Além disso, são apresentadas orientações para jovens, pais/responsáveis e professores sobre como adotar e manter um estilo de vida mais ativo fisicamente, assim como sugestões para reduzir o tempo em comportamento sedentário. A elaboração de um guia nacional de atividade física para a população brasileira foi algo inédito, e resultou de um esforço conjunto entre diversos setores da sociedade.
{"title":"Atividade física para crianças e jovens: Guia de Atividade Física para a População Brasileira","authors":"S. C. Dumith, Alcides ´Prazeres Filho, Felipe Vogt Cureau, José Cazuza de Farias Júnior, J. Mello, M. B. D. Silva, T. S. Matias, Wendell Artur Lopes, Lorena Lima Magalhães, P. Hallal","doi":"10.12820/rbafs.26e0214","DOIUrl":"https://doi.org/10.12820/rbafs.26e0214","url":null,"abstract":"A prática regular de atividade física promove benefícios fisiológicos, psicológicos e sociais na vida de crianças e jovens. Apesar da alta prevalência de jovens que não praticam atividade física em nosso país e de termos uma boa colocação no ranking mundial de produção acadêmica sobre pesquisa na área de atividade física e saúde, ainda não havia sido publicadas as recomendações brasileiras de atividade física. O objetivo deste artigo consistiu em descrever como foi desenvolvido o capítulo para crianças e jovens de 6 a 17 anos do Guia de Atividade Física para População Brasileira e apresentar as principais recomendações para esta faixa etária. A construção do capítulo para crianças e jovens envolveu as seguintes etapas: a) revisão de literatura; b) redação da versão preliminar do capítulo; c) processo de escuta com o público alvo referente ao capítulo e especialistas da área de promoção da atividade física; d) realização de consulta pública e; e) redação da versão final do capítulo. Os tópicos apresentados abordam exemplos de atividades físicas praticadas em diferentes domínios; recomendações para a prática (tipos, intensidade, frequência, duração e as formas que a mesma pode ser estruturada). Além disso, são apresentadas orientações para jovens, pais/responsáveis e professores sobre como adotar e manter um estilo de vida mais ativo fisicamente, assim como sugestões para reduzir o tempo em comportamento sedentário. A elaboração de um guia nacional de atividade física para a população brasileira foi algo inédito, e resultou de um esforço conjunto entre diversos setores da sociedade.","PeriodicalId":52945,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Atividade Fisica e Saude","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45072966","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
G. Mielke, Camila Tomicki, Cíntia Ehlers Botton, F. V. Cavalcante, Grasiely Faccin Borges, L. Galliano, Paula Fabricio Sandreschi, Stephanie Santana Pinto, T. A. Bezerra, P. Hallal, Roseanne Autran
Este artigo tem por objetivo apresentar as recomendações de atividade física para gestantes e mulheres no pós-parto desenvolvidas para o Guia de Atividade Física para a População Brasileira. Para isso, utilizou-se uma abordagem de métodos mistos que incluiu quatro etapas: 1) levantamento das diretrizes internacionais mais recentes; 2) revisão narrativa de literatura sobre efeitos da prática de atividade física durante a gestação para a saúde da mulher e do bebê; 3) escuta com gestantes, mulheres no pós-parto, profissionais e pesquisadores; 4) consulta pública. As evidências sumarizadas suportam que a prática de atividade física durante a gestação e no período pós-parto é segura, traz benefícios à saúde da mãe e do bebê, e reduz os riscos de algumas complicações relacionadas à gestação. Gestantes devem ser incentivadas a realizar pelo menos 150 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada. Gestantes com contraindicações devem procurar auxílio de profissionais qualificados. Em alguns casos, a prática de atividade física durante a gestação não é recomendada. Este documento servirá como ferramenta para nortear profissionais de saúde que atuam com gestantes e mulheres no pós-parto e irá orientar a população-alvo quanto a prática de atividade física.
{"title":"Atividade física para gestantes e mulheres no pós-parto: Guia de Atividade Física para a População Brasileira","authors":"G. Mielke, Camila Tomicki, Cíntia Ehlers Botton, F. V. Cavalcante, Grasiely Faccin Borges, L. Galliano, Paula Fabricio Sandreschi, Stephanie Santana Pinto, T. A. Bezerra, P. Hallal, Roseanne Autran","doi":"10.12820/rbafs.26e0217","DOIUrl":"https://doi.org/10.12820/rbafs.26e0217","url":null,"abstract":"Este artigo tem por objetivo apresentar as recomendações de atividade física para gestantes e mulheres no pós-parto desenvolvidas para o Guia de Atividade Física para a População Brasileira. Para isso, utilizou-se uma abordagem de métodos mistos que incluiu quatro etapas: 1) levantamento das diretrizes internacionais mais recentes; 2) revisão narrativa de literatura sobre efeitos da prática de atividade física durante a gestação para a saúde da mulher e do bebê; 3) escuta com gestantes, mulheres no pós-parto, profissionais e pesquisadores; 4) consulta pública. As evidências sumarizadas suportam que a prática de atividade física durante a gestação e no período pós-parto é segura, traz benefícios à saúde da mãe e do bebê, e reduz os riscos de algumas complicações relacionadas à gestação. Gestantes devem ser incentivadas a realizar pelo menos 150 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada. Gestantes com contraindicações devem procurar auxílio de profissionais qualificados. Em alguns casos, a prática de atividade física durante a gestação não é recomendada. Este documento servirá como ferramenta para nortear profissionais de saúde que atuam com gestantes e mulheres no pós-parto e irá orientar a população-alvo quanto a prática de atividade física.","PeriodicalId":52945,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Atividade Fisica e Saude","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49029839","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Guia de Atividade Física para a População Brasileira","authors":"P. Hallal, Daniel Umpierre","doi":"10.12820/RBAFS.26E0211","DOIUrl":"https://doi.org/10.12820/RBAFS.26E0211","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":52945,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Atividade Fisica e Saude","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44497156","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Larissa Rosa da Silva, Carla Menêses Hardman, C. Martins, Paulo Henrique Guerra, Anastácio Neco de Souza Filho, Daniel da Rocha Queiroz, Daniel Umpierre, Rildo de Souza Wanderley Junior, F. V. Cavalcante, Paula Fabricio Sandreschi, P. Hallal, Mauro Virgílio Gomes de Barros
Este artigo descreve o processo de construção das recomendações de atividade física para crianças de até cinco anos incluídas no Guia de Atividade Física para a População Brasileira. O desenvolvimento destas recomendações tomou por base as diretrizes propostas pela Organização Mundial da Saúde em 2019. Complementarmente, buscou-se suporte teórico nas seguintes estratégias: 1-revisão de escopo, conduzida de modo a atualizar o corpo de evidências acerca dos correlatos de determinantes da atividade física em crianças de até cinco anos; 2-síntese de guias nacionais de atividade física; 3-escuta com pais e professores, a fim de identificar o grau de dificuldade destes em entenderem as recomendações contidas na proposta apresentada pela Organização Mundial de Saúde, além de barreiras e estratégias para maior envolvimento das crianças em atividades físicas; e, 4-consulta pública. Todas as ações foram desenvolvidas no período de maio a dezembro de 2020, por um grupo de trabalho constituído por pesquisadores com experiência na temática e representantes do Ministério da Saúde. Como resultado, foram incluídas no Guia um total de 35 recomendações, sendo 10 relacionadas aos benefícios, quatro à dose, sete aos tipos de atividades, sete às orientações para prática e outras sete relacionadas à redução de comportamento sedentário. Quando pertinente e possível, estas recomendações foram diferenciadas para crianças do nascimento até um ano de vida, de um e dois anos e de três a cinco anos. A mensagem principal é de que qualquer atividade física é melhor do que nenhuma e de que o comportamento sedentário deve ser reduzido.
{"title":"Atividade física para crianças até 5 anos: Guia de Atividade Física para a População Brasileira","authors":"Larissa Rosa da Silva, Carla Menêses Hardman, C. Martins, Paulo Henrique Guerra, Anastácio Neco de Souza Filho, Daniel da Rocha Queiroz, Daniel Umpierre, Rildo de Souza Wanderley Junior, F. V. Cavalcante, Paula Fabricio Sandreschi, P. Hallal, Mauro Virgílio Gomes de Barros","doi":"10.12820/rbafs.26e0213","DOIUrl":"https://doi.org/10.12820/rbafs.26e0213","url":null,"abstract":"Este artigo descreve o processo de construção das recomendações de atividade física para crianças de até cinco anos incluídas no Guia de Atividade Física para a População Brasileira. O desenvolvimento destas recomendações tomou por base as diretrizes propostas pela Organização Mundial da Saúde em 2019. Complementarmente, buscou-se suporte teórico nas seguintes estratégias: 1-revisão de escopo, conduzida de modo a atualizar o corpo de evidências acerca dos correlatos de determinantes da atividade física em crianças de até cinco anos; 2-síntese de guias nacionais de atividade física; 3-escuta com pais e professores, a fim de identificar o grau de dificuldade destes em entenderem as recomendações contidas na proposta apresentada pela Organização Mundial de Saúde, além de barreiras e estratégias para maior envolvimento das crianças em atividades físicas; e, 4-consulta pública. Todas as ações foram desenvolvidas no período de maio a dezembro de 2020, por um grupo de trabalho constituído por pesquisadores com experiência na temática e representantes do Ministério da Saúde. Como resultado, foram incluídas no Guia um total de 35 recomendações, sendo 10 relacionadas aos benefícios, quatro à dose, sete aos tipos de atividades, sete às orientações para prática e outras sete relacionadas à redução de comportamento sedentário. Quando pertinente e possível, estas recomendações foram diferenciadas para crianças do nascimento até um ano de vida, de um e dois anos e de três a cinco anos. A mensagem principal é de que qualquer atividade física é melhor do que nenhuma e de que o comportamento sedentário deve ser reduzido.","PeriodicalId":52945,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Atividade Fisica e Saude","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47185609","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
T. B. Benedetti, Lucélia Justino Borges, Inês Amanda Streit, Leandro Martin Totaro Garcia, Sofia Wolker Manta, Gerfeson Mendonça, M. Binotto, Marina Christofoletti, F. L. Silva-Júnior, P. Hallal, Camila Bosquiero Papini
Nosso objetivo foi avaliar a validade e a clareza dos conceitos e terminologias adotados na elaboração do Guia de Atividade Física para a População Brasileira (Guia). O Grupo de Trabalho Domínios da Atividade Física (GT Domínios) conduziu a avaliação da validade e da clareza dos conceitos e terminologias relacionados a atividade física (AF), comportamento sedentário, domínios (tempo livre, deslocamento, trabalho ou estudo e tarefas domésticas) e intensidades da AF (leve, moderada e vigorosa), em três etapas: 1- Proposição dos conceitos; 2- Escuta com pesquisadores (dois momentos); 3- Consulta pública. Os conceitos propostos pelo GT Domínios foram baseados em guias internacionais, artigos científicos, relatórios nacionais e conhecimentos técnico-científicos-acadêmicos dos integrantes do GT Domínios, discutidos em reuniões (etapa 1). Na escuta com pesquisadores (etapa 2) foram testadas a validade e a clareza dos conceitos em dois momentos. Participaram 70 e 40 pesquisadores vinculados aos outros GT do Guia no primeiro e segundo momentos, respectivamente. Em ambas as escutas, todos os conceitos apresentaram índice de concordância para validade e clareza igual ou superior a 80%. As sugestões convergentes indicadas na etapa 2 foram incluídas e novas versões dos conceitos foram disponibilizadas para a terceira etapa (consulta pública), realizada pelo Ministério da Saúde. Foram realizadas 14 sugestões relacionadas aos conceitos que foram aceitas e incorporadas ao texto do Guia, quando pertinentes. Conclui-se que os conceitos e terminologias relacionados a AF propostos pelo GT Domínios para compor o Guia, após a avaliação de pesquisadores especialistas e da população consultada, são válidos e claros.
{"title":"Validade e clareza dos conceitos e terminologias do Guia de Atividade Física para a População Brasileira","authors":"T. B. Benedetti, Lucélia Justino Borges, Inês Amanda Streit, Leandro Martin Totaro Garcia, Sofia Wolker Manta, Gerfeson Mendonça, M. Binotto, Marina Christofoletti, F. L. Silva-Júnior, P. Hallal, Camila Bosquiero Papini","doi":"10.12820/RBAFS.26E0212","DOIUrl":"https://doi.org/10.12820/RBAFS.26E0212","url":null,"abstract":"Nosso objetivo foi avaliar a validade e a clareza dos conceitos e terminologias adotados na elaboração do Guia de Atividade Física para a População Brasileira (Guia). O Grupo de Trabalho Domínios da Atividade Física (GT Domínios) conduziu a avaliação da validade e da clareza dos conceitos e terminologias relacionados a atividade física (AF), comportamento sedentário, domínios (tempo livre, deslocamento, trabalho ou estudo e tarefas domésticas) e intensidades da AF (leve, moderada e vigorosa), em três etapas: 1- Proposição dos conceitos; 2- Escuta com pesquisadores (dois momentos); 3- Consulta pública. Os conceitos propostos pelo GT Domínios foram baseados em guias internacionais, artigos científicos, relatórios nacionais e conhecimentos técnico-científicos-acadêmicos dos integrantes do GT Domínios, discutidos em reuniões (etapa 1). Na escuta com pesquisadores (etapa 2) foram testadas a validade e a clareza dos conceitos em dois momentos. Participaram 70 e 40 pesquisadores vinculados aos outros GT do Guia no primeiro e segundo momentos, respectivamente. Em ambas as escutas, todos os conceitos apresentaram índice de concordância para validade e clareza igual ou superior a 80%. As sugestões convergentes indicadas na etapa 2 foram incluídas e novas versões dos conceitos foram disponibilizadas para a terceira etapa (consulta pública), realizada pelo Ministério da Saúde. Foram realizadas 14 sugestões relacionadas aos conceitos que foram aceitas e incorporadas ao texto do Guia, quando pertinentes. Conclui-se que os conceitos e terminologias relacionados a AF propostos pelo GT Domínios para compor o Guia, após a avaliação de pesquisadores especialistas e da população consultada, são válidos e claros.","PeriodicalId":52945,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Atividade Fisica e Saude","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42771773","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
C. Coelho-Ravagnani, Paula Fabricio Sandreschi, Thiago Silva Piola, Leandro dos Santos, D. L. Santos, G. Z. Mazo, J. Meneguci, Marília de Almeida Correia, Tânia Rosane Bertoldo Benedetti, Antônio Henrique Germano-Soares, P. Hallal, E. S. Cyrino
Por iniciativa do Ministério da Saúde, em colaboração com pesquisadores nacionais, elaborou-se o primeiro Guia de Atividade Física (AF) para a População Brasileira, incluindo recomendações para as várias fases da vida e populações especiais. O objetivo deste estudo é apresentar o processo metodológico e os resultados do capítulo de recomendações de AF para idosos. O Grupo de Trabalho Idosos (GT Idosos) contou com a participação de 11 pesquisadores/profissionais que realizaram reuniões virtuais semanais, revisão sistemática de revisões, que incluiu 50 artigos ao final, e escutas com profissionais de Educação Física (n = 143), gestores (n = 17) e com idosos (n = 22), de todas as regiões do país, por meio de entrevistas telefônicas e formulários eletrônicos. Baseado nos resultados da revisão e das escutas, elaborou-se uma primeira versão das recomendações de AF para idosos, que foi submetida à consulta pública. No total foram recebidas 46 sugestões válidas, das quais 34 foram aceitas e incorporadas ao texto final por possuírem relevância técnica e/ou social. Como resultados, o Guia destaca os principais benefícios da AF para idosos, como melhora dos aspectos físicos, mentais e sociais, e recomenda um mínimo de 150 minutos por semana de AF de intensidade moderada, ou 75 minutos de intensidade vigorosa, considerando as AF no tempo livre, no deslocamento, no trabalho/estudo ou nas tarefas domésticas. Acredita-se que o Guia auxiliará os idosos e profissionais de saúde a conhecerem os benefícios da AF, a quantidade recomendada e as diversas possibilidades de prática, por meio de mensagens e exemplos culturalmente apropriados.
{"title":"Atividade física para idosos: Guia de Atividade Física para a População Brasileira","authors":"C. Coelho-Ravagnani, Paula Fabricio Sandreschi, Thiago Silva Piola, Leandro dos Santos, D. L. Santos, G. Z. Mazo, J. Meneguci, Marília de Almeida Correia, Tânia Rosane Bertoldo Benedetti, Antônio Henrique Germano-Soares, P. Hallal, E. S. Cyrino","doi":"10.12820/rbafs.26e0216","DOIUrl":"https://doi.org/10.12820/rbafs.26e0216","url":null,"abstract":"Por iniciativa do Ministério da Saúde, em colaboração com pesquisadores nacionais, elaborou-se o primeiro Guia de Atividade Física (AF) para a População Brasileira, incluindo recomendações para as várias fases da vida e populações especiais. O objetivo deste estudo é apresentar o processo metodológico e os resultados do capítulo de recomendações de AF para idosos. O Grupo de Trabalho Idosos (GT Idosos) contou com a participação de 11 pesquisadores/profissionais que realizaram reuniões virtuais semanais, revisão sistemática de revisões, que incluiu 50 artigos ao final, e escutas com profissionais de Educação Física (n = 143), gestores (n = 17) e com idosos (n = 22), de todas as regiões do país, por meio de entrevistas telefônicas e formulários eletrônicos. Baseado nos resultados da revisão e das escutas, elaborou-se uma primeira versão das recomendações de AF para idosos, que foi submetida à consulta pública. No total foram recebidas 46 sugestões válidas, das quais 34 foram aceitas e incorporadas ao texto final por possuírem relevância técnica e/ou social. Como resultados, o Guia destaca os principais benefícios da AF para idosos, como melhora dos aspectos físicos, mentais e sociais, e recomenda um mínimo de 150 minutos por semana de AF de intensidade moderada, ou 75 minutos de intensidade vigorosa, considerando as AF no tempo livre, no deslocamento, no trabalho/estudo ou nas tarefas domésticas. Acredita-se que o Guia auxiliará os idosos e profissionais de saúde a conhecerem os benefícios da AF, a quantidade recomendada e as diversas possibilidades de prática, por meio de mensagens e exemplos culturalmente apropriados.","PeriodicalId":52945,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Atividade Fisica e Saude","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-21","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42623610","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Lizandra Barbosa da Silva, M. C. M. Tenório, C. Martins, Caroline Ramos de Moura Silva, R. Tassitano
Since 2011 an educational policy promulgated that public schools from Pernambuco have had to offer physical education (PE) class in the same shift where students are enrolled. This study examined the impact of the implementation of an educational policy on PE offering and students’ participation, and whether health related behaviors could be moderated by PE participation. It was a natural experiment study performed with data obtained from two cross-sectional studies (2007 and 2012) of a sample (n = 715) of high-school students from Caruaru. PE offering was assessed by asking students if they had PE class and adapted questionnaire was used to assess health-related information. It was observed that before policy implementation, most of the students (♂: 72.4%; ♀: 69.0%) was not engaged in any PE class during the week. After policy implementation the proportion of students who had at least one PE class/week increased (♂: 68.7%; ♀: 68.9%). Having ≥1 PE classes was not associated with the amount of physical activity either before (♂: OR = 1.47 (95%CI: 0.78 – 2.76)); ♀: OR = 1.02 (95%CI: 0.61– 1.72) or after (♂: OR = 0.90 (95%CI: 0.51 – 1.58)); ♀: OR = 1.06 (95%CI: 0.63 – 1.80) policy implementation. Fruit consumption was the only health-related behavior associated to PE class (♂: OR = 1.55 (95%CI: 1.01 – 2.70); ♀: OR = 1.48 (95%CI: 1.02 – 2.10). PE offering and participation of students improved and it seems that implementation of new policies for PE might impact on students’ behaviors, although, regarding to some limitations, not sufficiently to impact on overall students’ health behaviors.
{"title":"Can physical education state policies impact on youth’s health behaviors? A natural experiment study","authors":"Lizandra Barbosa da Silva, M. C. M. Tenório, C. Martins, Caroline Ramos de Moura Silva, R. Tassitano","doi":"10.12820/RBAFS.26E0207","DOIUrl":"https://doi.org/10.12820/RBAFS.26E0207","url":null,"abstract":"Since 2011 an educational policy promulgated that public schools from Pernambuco have had to offer physical education (PE) class in the same shift where students are enrolled. This study examined the impact of the implementation of an educational policy on PE offering and students’ participation, and whether health related behaviors could be moderated by PE participation. It was a natural experiment study performed with data obtained from two cross-sectional studies (2007 and 2012) of a sample (n = 715) of high-school students from Caruaru. PE offering was assessed by asking students if they had PE class and adapted questionnaire was used to assess health-related information. It was observed that before policy implementation, most of the students (♂: 72.4%; ♀: 69.0%) was not engaged in any PE class during the week. After policy implementation the proportion of students who had at least one PE class/week increased (♂: 68.7%; ♀: 68.9%). Having ≥1 PE classes was not associated with the amount of physical activity either before (♂: OR = 1.47 (95%CI: 0.78 – 2.76)); ♀: OR = 1.02 (95%CI: 0.61– 1.72) or after (♂: OR = 0.90 (95%CI: 0.51 – 1.58)); ♀: OR = 1.06 (95%CI: 0.63 – 1.80) policy implementation. Fruit consumption was the only health-related behavior associated to PE class (♂: OR = 1.55 (95%CI: 1.01 – 2.70); ♀: OR = 1.48 (95%CI: 1.02 – 2.10). PE offering and participation of students improved and it seems that implementation of new policies for PE might impact on students’ behaviors, although, regarding to some limitations, not sufficiently to impact on overall students’ health behaviors.","PeriodicalId":52945,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Atividade Fisica e Saude","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"45653340","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
S. Santos, Thiago Ferreira de Sousa, S. A. Fonseca, Mauro Virgílio Gomes de Barros, G. Farias, M. V. Nahas
Este estudo teve como objetivo estimar a validade de conteúdo e o nível de reprodutibilidade da escala “Perfil do Estilo de Vida Individual” em tempos de distanciamento social. Os itens da escala original proposta por Nahas, Barros e Francalacci, foram modificados para avaliar o estilo de vida de adultos, de forma online, durante o período distanciamento social, a exemplo, a pandemia da COVID-19. As 15 questões contemplaram comportamentos recomendados por especialistas em saúde durante a pandemia, mantendo-se os cinco domínios originais propostos na versão inicial: alimentação saudável, atividade física, controle do estresse, relacionamentos e comportamentos preventivos. Foram avaliadas a adequação e pertinência por meio do julgamento de especialistas (n = 38) e, posteriormente, os profissionais e estudantes (n = 71) de Instituições de Ensino Superior (IES) avaliaram a clareza dos itens. A reprodutibilidade foi estimada via coeficiente Kappa. O nível de significância adotado foi de 5%. A validade de conteúdo mostrou valores médios de adequação, pertinência e clareza de 92,4%, 87,1% e 78,7%, respectivamente. Participaram na etapa de reprodutibilidade 83 estudantes e profissionais de IES e o nível de concordância variou de 0,358 referente ao item “G” (Procuro ocupar a maior parte do meu dia com atividades interessantes) a 0,626 relativo ao item “N” (Mantenho o distanciamento físico e uso máscara sempre que preciso sair). Conclui-se que a escala “Perfil do Estilo de Vida Individual” em tempos de distanciamento social apresentou satisfatória validade de conteúdo e os níveis de reprodutibilidade podem ser considerados aceitáveis para escalas desta natureza.
{"title":"Validade Preliminar da Escala Perfil do Estilo de Vida Individual para uso online em tempos de distanciamento social","authors":"S. Santos, Thiago Ferreira de Sousa, S. A. Fonseca, Mauro Virgílio Gomes de Barros, G. Farias, M. V. Nahas","doi":"10.12820/RBAFS.26E0210","DOIUrl":"https://doi.org/10.12820/RBAFS.26E0210","url":null,"abstract":"Este estudo teve como objetivo estimar a validade de conteúdo e o nível de reprodutibilidade da escala “Perfil do Estilo de Vida Individual” em tempos de distanciamento social. Os itens da escala original proposta por Nahas, Barros e Francalacci, foram modificados para avaliar o estilo de vida de adultos, de forma online, durante o período distanciamento social, a exemplo, a pandemia da COVID-19. As 15 questões contemplaram comportamentos recomendados por especialistas em saúde durante a pandemia, mantendo-se os cinco domínios originais propostos na versão inicial: alimentação saudável, atividade física, controle do estresse, relacionamentos e comportamentos preventivos. Foram avaliadas a adequação e pertinência por meio do julgamento de especialistas (n = 38) e, posteriormente, os profissionais e estudantes (n = 71) de Instituições de Ensino Superior (IES) avaliaram a clareza dos itens. A reprodutibilidade foi estimada via coeficiente Kappa. O nível de significância adotado foi de 5%. A validade de conteúdo mostrou valores médios de adequação, pertinência e clareza de 92,4%, 87,1% e 78,7%, respectivamente. Participaram na etapa de reprodutibilidade 83 estudantes e profissionais de IES e o nível de concordância variou de 0,358 referente ao item “G” (Procuro ocupar a maior parte do meu dia com atividades interessantes) a 0,626 relativo ao item “N” (Mantenho o distanciamento físico e uso máscara sempre que preciso sair). Conclui-se que a escala “Perfil do Estilo de Vida Individual” em tempos de distanciamento social apresentou satisfatória validade de conteúdo e os níveis de reprodutibilidade podem ser considerados aceitáveis para escalas desta natureza.","PeriodicalId":52945,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Atividade Fisica e Saude","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-07-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47868317","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}