Juliana Araújo Freitas Silva, M. J. Rodrigues, M. Silva
Os estabelecimentos públicos de saúde compõem a rede pública municipal de saúde das cidades, e para que eles desenvolvam um atendimento de qualidade, que permita o acesso da população, é de fundamental importância conhecer as características desses locais. Diante disso, o trabalho proposto tem por objetivo caracterizar os estabelecimentos públicos de saúde da cidade de Jataí – Goiás por meio do sistema KoBoToolbox, de modo a testar as ferramentas que ele possui para pesquisas na área da saúde. A proposta de utilização dessa ferramenta se originou nas aulas da disciplina optativa Análise da paisagem utilizando Open Data Kit (ODK) e KoBoToolbox, no Programa de Pós-Graduação em Geografia. Para o desenvolvimento das atividades, o questionário foi estruturado no escritório e em campo utilizando-se o KoBoToolbox pelo aparelho de celular, o que possibilitou o deslocamento para os estabelecimentos de saúde. A cidade de Jataí apresenta nove unidades básicas de saúde e o Hospital das Clínicas que realiza, além dos atendimentos básicos, atendimentos de média e alta complexidade para moradores da cidade e região. O sistema se mostrou uma ferramenta bastante eficaz para o desenvolvimento de atividades em campo.
{"title":"UTILIZAÇÃO DO KOBOTOOLBOX PARA CARACTERIZAÇÃO DAS UNIDADES DE SAÚDE DA REDE MUNICIPAL DE JATAÍ-GO, 2019","authors":"Juliana Araújo Freitas Silva, M. J. Rodrigues, M. Silva","doi":"10.14393/hygeia64264","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia64264","url":null,"abstract":"Os estabelecimentos públicos de saúde compõem a rede pública municipal de saúde das cidades, e para que eles desenvolvam um atendimento de qualidade, que permita o acesso da população, é de fundamental importância conhecer as características desses locais. Diante disso, o trabalho proposto tem por objetivo caracterizar os estabelecimentos públicos de saúde da cidade de Jataí – Goiás por meio do sistema KoBoToolbox, de modo a testar as ferramentas que ele possui para pesquisas na área da saúde. A proposta de utilização dessa ferramenta se originou nas aulas da disciplina optativa Análise da paisagem utilizando Open Data Kit (ODK) e KoBoToolbox, no Programa de Pós-Graduação em Geografia. Para o desenvolvimento das atividades, o questionário foi estruturado no escritório e em campo utilizando-se o KoBoToolbox pelo aparelho de celular, o que possibilitou o deslocamento para os estabelecimentos de saúde. A cidade de Jataí apresenta nove unidades básicas de saúde e o Hospital das Clínicas que realiza, além dos atendimentos básicos, atendimentos de média e alta complexidade para moradores da cidade e região. O sistema se mostrou uma ferramenta bastante eficaz para o desenvolvimento de atividades em campo.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"11 12 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"82733669","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
J. Friestino, R. Faria, Paulo Henrique Guerra, P. M. S. Francisco
A rede de atenção oncológica deve ser norteada a partir de indicadores e de características próprias do território, fomentando a oferta de serviços condizentes com a realidade. Com isso, objetivou-se identificar a tendência temporal e os locais de atendimento de câncer na primeira infância, segundo macrorregiões do estado Santa Catarina, entre os anos de 2009 e 2019. Trata-se de um estudo ecológico exploratório, descritivo, de natureza documental, com análise de registros hospitalares de câncer em crianças de 0 a 05 anos, atendidos na rede hospitalar de Santa Catarina entre 2009 a 2019. Foram identificados 1.030 registros hospitalares de câncer em crianças com idade ≤ 05 anos no período estudado. A rede assistencial oncológica na primeira infância encontra-se concentrada nas macrorregiões de saúde da Grande Florianópolis e Planalto Norte e Nordeste, sendo estas as regiões mais populosas. Observou-se diminuição das ocorrências nas macrorregiões Grande Florianópolis e Planalto Norte e Nordeste, com importante aumento da macrorregião do Grande Oeste entre 2009 e 2019. Houve uma interiorização dos atendimentos ao longo dos anos, beneficiando regiões que se encontram mais distantes da maioria dos serviços de alta complexidade em oncologia pediátrica.
{"title":"OCORRÊNCIA DE CÂNCER NA PRIMEIRA INFÂNCIA EM SANTA CATARINA: ANÁLISE DOS REGISTROS HOSPITALARES","authors":"J. Friestino, R. Faria, Paulo Henrique Guerra, P. M. S. Francisco","doi":"10.14393/hygeia64247","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia64247","url":null,"abstract":"A rede de atenção oncológica deve ser norteada a partir de indicadores e de características próprias do território, fomentando a oferta de serviços condizentes com a realidade. Com isso, objetivou-se identificar a tendência temporal e os locais de atendimento de câncer na primeira infância, segundo macrorregiões do estado Santa Catarina, entre os anos de 2009 e 2019. Trata-se de um estudo ecológico exploratório, descritivo, de natureza documental, com análise de registros hospitalares de câncer em crianças de 0 a 05 anos, atendidos na rede hospitalar de Santa Catarina entre 2009 a 2019. Foram identificados 1.030 registros hospitalares de câncer em crianças com idade ≤ 05 anos no período estudado. A rede assistencial oncológica na primeira infância encontra-se concentrada nas macrorregiões de saúde da Grande Florianópolis e Planalto Norte e Nordeste, sendo estas as regiões mais populosas. Observou-se diminuição das ocorrências nas macrorregiões Grande Florianópolis e Planalto Norte e Nordeste, com importante aumento da macrorregião do Grande Oeste entre 2009 e 2019. Houve uma interiorização dos atendimentos ao longo dos anos, beneficiando regiões que se encontram mais distantes da maioria dos serviços de alta complexidade em oncologia pediátrica. ","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"38 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"90806634","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
De 1980 a junho de 2020, foram notificados 1.011.617 casos de AIDS no Brasil, (Ministério da Saúde, 2020) e há alguns anos que se verifica uma estabilização na taxa de incidência na América Latina, entretanto são grandes as diferenças regionais no Brasil. As regiões Norte e Nordeste ainda apresentam uma progressão nas taxas de incidência de HIV e não obstante, existe uma variante do HIV-1 do subtipo B, a variante BCAR (B Caribe), que anteriormente era conhecida por sua circulação restrita às ilhas do Caribe e em estudos recentes demonstrou-se sua alta prevalência nos países do Escudo das Guianas. São regiões intimamente ligadas ao Caribe e compartilham em suas fronteiras: culturas, construções sociais, políticas e uma evidente ascensão do HIV e novos casos de AIDS notificados. As mudanças no perfil da AIDS no Brasil vêm mostrando o aumento da transmissão por via heterossexual, uma prevalência de jovens de 15 a 39 anos infectados e uma epidemia que evidencia o desequilíbrio entre as regiões do país. Esses resultados também apontam fortes ligações epidemiológicas entre os países do extremo norte do continente sul-americano, os municípios fronteiriços brasileiros, mobilidade populacional, migração e a epidemia de HIV/AIDS.
{"title":"CARACTERIZAÇÃO DA EPIDEMIA DE HIV/AIDS NO ESCUDO DAS GUIANAS E POSSÍVEL INFLUÊNCIA DAS MIGRAÇÕES NA DISSEMINAÇÃO DO VÍRUS","authors":"Flavia Divino, P. Peiter","doi":"10.14393/hygeia64248","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia64248","url":null,"abstract":"De 1980 a junho de 2020, foram notificados 1.011.617 casos de AIDS no Brasil, (Ministério da Saúde, 2020) e há alguns anos que se verifica uma estabilização na taxa de incidência na América Latina, entretanto são grandes as diferenças regionais no Brasil. As regiões Norte e Nordeste ainda apresentam uma progressão nas taxas de incidência de HIV e não obstante, existe uma variante do HIV-1 do subtipo B, a variante BCAR (B Caribe), que anteriormente era conhecida por sua circulação restrita às ilhas do Caribe e em estudos recentes demonstrou-se sua alta prevalência nos países do Escudo das Guianas. São regiões intimamente ligadas ao Caribe e compartilham em suas fronteiras: culturas, construções sociais, políticas e uma evidente ascensão do HIV e novos casos de AIDS notificados. As mudanças no perfil da AIDS no Brasil vêm mostrando o aumento da transmissão por via heterossexual, uma prevalência de jovens de 15 a 39 anos infectados e uma epidemia que evidencia o desequilíbrio entre as regiões do país. Esses resultados também apontam fortes ligações epidemiológicas entre os países do extremo norte do continente sul-americano, os municípios fronteiriços brasileiros, mobilidade populacional, migração e a epidemia de HIV/AIDS.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"1070 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"76676900","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Mateus Luciani Dos Santos, Pedro Augusto Breda Fontão
O objetivo deste artigo é discutir as dualidades entre o sistema alimentar moderno, vinculado à produção de alimentos ultraprocessados por grandes corporações ligadas à alimentação, em oposição ao modelo tradicional, vinculado a produtos in natura com qualidade nutricional. Busca-se compreender as políticas do estado brasileiro quanto à garantia do direito humano à alimentação saudável (DHAA). Metodologicamente o artigo é construído a partir de uma revisão sistemática da literatura, utilizando bases Miltonianas como a de Saquet e Silva (2008) e Abrão (2010) para a compreensão do problema proposto. O resultado encontrado pelo estudo é que a capacidade de articulação da grande indústria alimentícia promove um território alimentar que está em uma disputa perene, especialmente devido ao amplo poder da grande indústria de se perpetuar pelo território inserindo seus produtos. Conclui-se portanto que o estado brasileiro dispõe de um arcabouço legislativo com intuito de garantir o DHAA. Entretanto, por fatores vinculados ao ambiente político e ao próprio interesse dos grandes grupos alimentares, as políticas públicas não são colocadas em prática de sua forma completa. O combate a esses problemas deve ser pautado politicamente, dessa forma podemos utilizar a dinâmica territorial do Sistema Único de Saúde (SUS) para solucionar esse problema.
{"title":"TERRITÓRIO ALIMENTAR EM DISPUTA: A CONSTITUIÇÃO DE DESERTOS E PÂNTANOS ALIMENTARES A PARTIR DA LÓGICA DE DISTRIBUIÇÃO DE ULTRAPROCESSADOS","authors":"Mateus Luciani Dos Santos, Pedro Augusto Breda Fontão","doi":"10.14393/hygeia64154","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia64154","url":null,"abstract":"O objetivo deste artigo é discutir as dualidades entre o sistema alimentar moderno, vinculado à produção de alimentos ultraprocessados por grandes corporações ligadas à alimentação, em oposição ao modelo tradicional, vinculado a produtos in natura com qualidade nutricional. Busca-se compreender as políticas do estado brasileiro quanto à garantia do direito humano à alimentação saudável (DHAA). Metodologicamente o artigo é construído a partir de uma revisão sistemática da literatura, utilizando bases Miltonianas como a de Saquet e Silva (2008) e Abrão (2010) para a compreensão do problema proposto. O resultado encontrado pelo estudo é que a capacidade de articulação da grande indústria alimentícia promove um território alimentar que está em uma disputa perene, especialmente devido ao amplo poder da grande indústria de se perpetuar pelo território inserindo seus produtos. Conclui-se portanto que o estado brasileiro dispõe de um arcabouço legislativo com intuito de garantir o DHAA. Entretanto, por fatores vinculados ao ambiente político e ao próprio interesse dos grandes grupos alimentares, as políticas públicas não são colocadas em prática de sua forma completa. O combate a esses problemas deve ser pautado politicamente, dessa forma podemos utilizar a dinâmica territorial do Sistema Único de Saúde (SUS) para solucionar esse problema.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"67 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85617383","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Atualmente no Brasil, há pouca produção sistemática acerca do peso da dimensão étnicoracial na expressão diferenciada dos agravos à saúde. No cotidiano, minorias vivenciam situações de exclusão, marginalidade e discriminação que as expõem a uma maior vulnerabilidade frente aos agravos à saúde. Este texto busca compreender a situação dos indígenas moradores na Reserva Indígena de Dourados-MS, a partir do Hospital Universitário da UFGD, onde índices de morbidade e mortalidade são mais elevados do que os registrados em nível nacional; fome e desnutrição, riscos ocupacionais e violência social são apenas alguns dos múltiplos reflexos sobre a saúde decorrentes da persistência da desigualdade. A pesquisa foi realizada no HU-UFGD com os pacientes indígenas internados e/ou seus acompanhantes, com um questionário semiestruturado com objetivo de entender a relação espacial com o processo saúde-doença dos mesmos. Os resultados revelaram que todos os pacientes indígenas apresentaram patologias que se relacionam ao seu espaço, cujas doenças infectocontagiosas e sociais prevalecem com índices elevados, em contraposição aos dados epidemiológicos nacional e local, demonstrando as diferentes formas de iniquidades em saúde a que população indígena está submetida.
{"title":"INIQUIDADES EM SAÚDE: UM OLHAR DO HU-UFGD PARA A SAÚDE NA RESERVA INDÍGENA DE DOURADOS-MS (RID)","authors":"Naara Siqueira Aragão, Alexandre Bergamin Vieira","doi":"10.14393/hygeia64210","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia64210","url":null,"abstract":"Atualmente no Brasil, há pouca produção sistemática acerca do peso da dimensão étnicoracial na expressão diferenciada dos agravos à saúde. No cotidiano, minorias vivenciam situações de exclusão, marginalidade e discriminação que as expõem a uma maior vulnerabilidade frente aos agravos à saúde. Este texto busca compreender a situação dos indígenas moradores na Reserva Indígena de Dourados-MS, a partir do Hospital Universitário da UFGD, onde índices de morbidade e mortalidade são mais elevados do que os registrados em nível nacional; fome e desnutrição, riscos ocupacionais e violência social são apenas alguns dos múltiplos reflexos sobre a saúde decorrentes da persistência da desigualdade. A pesquisa foi realizada no HU-UFGD com os pacientes indígenas internados e/ou seus acompanhantes, com um questionário semiestruturado com objetivo de entender a relação espacial com o processo saúde-doença dos mesmos. Os resultados revelaram que todos os pacientes indígenas apresentaram patologias que se relacionam ao seu espaço, cujas doenças infectocontagiosas e sociais prevalecem com índices elevados, em contraposição aos dados epidemiológicos nacional e local, demonstrando as diferentes formas de iniquidades em saúde a que população indígena está submetida. ","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"82 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"83745042","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Iara dos Reis Vaichulonis, Fernando de Oliveira Ullirsch, Andrea Heidemann, C. O. Brilinger
O presente estudo tem por objetivo descrever o perfil dos conselheiros locais de saúde (CLS) do município de Joinville/SC. Foi realizada uma pesquisa qualiquantitativa do tipo levantamento. O procedimento de coleta de dados utilizado foi um questionário on-line, com perguntas abertas e fechadas em que houve a participação de 71 CLS de um total de 264. Verificou-se prevalência de CLS do gênero feminino, casados, empregados do setor público, sem experiência na área da saúde e representantes dos usuários (sociedade civil) e do Distrito de Saúde Norte. Os CLS valorizam desse espaço de controle social e veem sua intervenção como relevante para a efetivação do SUS. A avaliação dos respondentes foi positiva quanto ao apoio e a transparência do município no que diz respeito ao apoio técnico, à infraestrutura e ao acesso às informações necessárias para a efetivação da participação e do controle social. A relação com o CMS foi vista como favorável para o fortalecimento do SUS em Joinville. A capacitação dos CLS é percebida como necessária e que requer investimento por parte do poder público. Demandas como o papel dos conselheiros, orçamento público, atuação do Ministério Público e transparência social, foram citadas como possíveis temas em futuras capacitações.
{"title":"PERFIL DOS CONSELHEIROS LOCAIS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE JOINVILLE","authors":"Iara dos Reis Vaichulonis, Fernando de Oliveira Ullirsch, Andrea Heidemann, C. O. Brilinger","doi":"10.14393/hygeia63937","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia63937","url":null,"abstract":"O presente estudo tem por objetivo descrever o perfil dos conselheiros locais de saúde (CLS) do município de Joinville/SC. Foi realizada uma pesquisa qualiquantitativa do tipo levantamento. O procedimento de coleta de dados utilizado foi um questionário on-line, com perguntas abertas e fechadas em que houve a participação de 71 CLS de um total de 264. Verificou-se prevalência de CLS do gênero feminino, casados, empregados do setor público, sem experiência na área da saúde e representantes dos usuários (sociedade civil) e do Distrito de Saúde Norte. Os CLS valorizam desse espaço de controle social e veem sua intervenção como relevante para a efetivação do SUS. A avaliação dos respondentes foi positiva quanto ao apoio e a transparência do município no que diz respeito ao apoio técnico, à infraestrutura e ao acesso às informações necessárias para a efetivação da participação e do controle social. A relação com o CMS foi vista como favorável para o fortalecimento do SUS em Joinville. A capacitação dos CLS é percebida como necessária e que requer investimento por parte do poder público. Demandas como o papel dos conselheiros, orçamento público, atuação do Ministério Público e transparência social, foram citadas como possíveis temas em futuras capacitações.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"75 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2022-02-18","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"85721526","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Julia da Rosa Tolazzi, Luís Felipe Dias Lopes, N. Kuhn, Cláudia Aline de Souza Ramser
A longitudinalidade enquanto um dos atributos da Atenção Primária em Saúde constitui um vínculo temporal existente entre usuário e o sistema de saúde. Trata-se de um importante indicador para o sistema de saúde no país. Para fins de atentar a este atributo a nível local em um município localizado na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, no presente estudo tem-se como objetivo avaliar a longitudinalidade do cuidado pela perspectiva dos usuários no município de Santa Rosa/RS. Para tal, utilizou-se de um estudo transversal, de caráter quantitativo e descritivo-analítico, desenvolvido no período de março de 2018 com 100% (n=17) das Equipes de Saúde da Família do município. Participaram do estudo 200 usuários adultos, por meio da aplicação do instrumento Primary Care Assessment Tool com 14 itens. O estudo permitiu identificar a insatisfação dos usuários quanto à longitudinalidade no serviço de saúde no município. Diante de tal realidade, ressalta-se a importância da reestruturação dos serviços de saúde, juntamente com a sensibilização dos profissionais que atuam neste intuito e que estão em contato próximo com o paciente, com o objetivo de fortalecer o vínculo com o usuário e melhorar o desempenho nas ações realizadas rotineiramente nas unidades de saúde.
{"title":"AVALIAÇÃO DA LONGITUDINALIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE PARA USUÁRIOS NO MUNICÍPIO DE SANTA ROSA/RS","authors":"Julia da Rosa Tolazzi, Luís Felipe Dias Lopes, N. Kuhn, Cláudia Aline de Souza Ramser","doi":"10.14393/hygeia17059172","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia17059172","url":null,"abstract":"A longitudinalidade enquanto um dos atributos da Atenção Primária em Saúde constitui um vínculo temporal existente entre usuário e o sistema de saúde. Trata-se de um importante indicador para o sistema de saúde no país. Para fins de atentar a este atributo a nível local em um município localizado na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, no presente estudo tem-se como objetivo avaliar a longitudinalidade do cuidado pela perspectiva dos usuários no município de Santa Rosa/RS. Para tal, utilizou-se de um estudo transversal, de caráter quantitativo e descritivo-analítico, desenvolvido no período de março de 2018 com 100% (n=17) das Equipes de Saúde da Família do município. Participaram do estudo 200 usuários adultos, por meio da aplicação do instrumento Primary Care Assessment Tool com 14 itens. O estudo permitiu identificar a insatisfação dos usuários quanto à longitudinalidade no serviço de saúde no município. Diante de tal realidade, ressalta-se a importância da reestruturação dos serviços de saúde, juntamente com a sensibilização dos profissionais que atuam neste intuito e que estão em contato próximo com o paciente, com o objetivo de fortalecer o vínculo com o usuário e melhorar o desempenho nas ações realizadas rotineiramente nas unidades de saúde.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"29 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88517288","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Ezequiel Vieira Dos Santos, L. Farias, Giovano Candiani
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a percepção de risco de trabalhadores que realizavam o manuseio de Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) de uma unidade hospitalar na região metropolitana de São Paulo. Buscando responder as seguintes questões de investigação: 1) seria a falta de conhecimento em relação ao perigo que os RSS apresentam a responsável pela menor percepção de risco, assim favorecendo a ocorrência de acidentes? e 2) ou por outro lado, seria a estrutura organizacional de controle e descarte deste material a responsável pela imprudência e a destinação incorreta? Esta pesquisa teve caráter qualitativo, na forma de um estudo de caso, sendo que foi utilizado um questionário estruturado e a observação participante como estratégia para coleta de dados. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética (CAAE 05572818.0.0000.5505/parecer n. 3318.211). Os resultados obtidos evidenciaram que a variável conhecimento teve menor impacto na percepção de risco e o que mais expunha os trabalhadores ao perigo era a infraestrutura. Portanto, concluiu-se que mesmo os trabalhadores tendo uma percepção de risco relativamente próxima ao perigo real, estes estavam sujeitos a acidentes e contaminações devido à infraestrutura disponibilizada pela organização.
{"title":"PERCEPÇÃO DE RISCO VERSUS PERIGO REAL: UM ESTUDO DE CASO SOBRE RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE","authors":"Ezequiel Vieira Dos Santos, L. Farias, Giovano Candiani","doi":"10.14393/hygeia17058557","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia17058557","url":null,"abstract":"O presente trabalho teve como objetivo avaliar a percepção de risco de trabalhadores que realizavam o manuseio de Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) de uma unidade hospitalar na região metropolitana de São Paulo. Buscando responder as seguintes questões de investigação: 1) seria a falta de conhecimento em relação ao perigo que os RSS apresentam a responsável pela menor percepção de risco, assim favorecendo a ocorrência de acidentes? e 2) ou por outro lado, seria a estrutura organizacional de controle e descarte deste material a responsável pela imprudência e a destinação incorreta? Esta pesquisa teve caráter qualitativo, na forma de um estudo de caso, sendo que foi utilizado um questionário estruturado e a observação participante como estratégia para coleta de dados. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética (CAAE 05572818.0.0000.5505/parecer n. 3318.211). Os resultados obtidos evidenciaram que a variável conhecimento teve menor impacto na percepção de risco e o que mais expunha os trabalhadores ao perigo era a infraestrutura. Portanto, concluiu-se que mesmo os trabalhadores tendo uma percepção de risco relativamente próxima ao perigo real, estes estavam sujeitos a acidentes e contaminações devido à infraestrutura disponibilizada pela organização.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"79557793","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Cleia Lima Rocha, R. Rodrigues, L. Menezes, P. Lopes
Objetivo: Identificar o perfil materno-infantil de recém-nascidos prematuros no estado da Bahia. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo, transversal e retrospectivo, baseados nas informações de nascidos vivos, no estado da Bahia, no período de 2008 a 2018, por meio do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC. Resultados: Houve um total de 212.720 nascimentos de recém-nascidos pré-termos, com maior prevalência para os prematuros entre 32 e 36 semanas de gestação, de mães com idade entre 15 a 24 anos, solteiras e com grau de instrução menor que 11 anos de estudo. A maioria dos recém-nascidos menores de 22 semanas de gestação tiverem entre 1 e 3 consultas pré-natais e os demais prematuros receberam entre 4 e 6 consultas, predominando o parto vaginal, com a maioria dos recém-nascidos sendo do sexo masculino, pretos e pardos, pesando menos de 2.500 Kg. Os recém-nascidos com maior grau de prematuridade apresentam valores menores de Apgar. E apenas uma parcela pequena dos prematuros uma parcela pequena dos prematuros apresentou anomalias genéticas. Conclusão: A identificação dos fatores de risco de nascimentos prematuros permite a realização de educação em saúde, planejamento familiar e pré-natal de qualidade, visando evitar ocorrência desses partos e propiciar que os recém-nascidos sobrevivam com maior qualidade de vida.
{"title":"PERFIL MATERNO- INFANTIL DE RECÉM-NASCIDOS PRÉ –TERMO NO ESTADO DA BAHIA","authors":"Cleia Lima Rocha, R. Rodrigues, L. Menezes, P. Lopes","doi":"10.14393/hygeia17058686","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia17058686","url":null,"abstract":"Objetivo: Identificar o perfil materno-infantil de recém-nascidos prematuros no estado da Bahia. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo, transversal e retrospectivo, baseados nas informações de nascidos vivos, no estado da Bahia, no período de 2008 a 2018, por meio do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC. Resultados: Houve um total de 212.720 nascimentos de recém-nascidos pré-termos, com maior prevalência para os prematuros entre 32 e 36 semanas de gestação, de mães com idade entre 15 a 24 anos, solteiras e com grau de instrução menor que 11 anos de estudo. A maioria dos recém-nascidos menores de 22 semanas de gestação tiverem entre 1 e 3 consultas pré-natais e os demais prematuros receberam entre 4 e 6 consultas, predominando o parto vaginal, com a maioria dos recém-nascidos sendo do sexo masculino, pretos e pardos, pesando menos de 2.500 Kg. Os recém-nascidos com maior grau de prematuridade apresentam valores menores de Apgar. E apenas uma parcela pequena dos prematuros uma parcela pequena dos prematuros apresentou anomalias genéticas. Conclusão: A identificação dos fatores de risco de nascimentos prematuros permite a realização de educação em saúde, planejamento familiar e pré-natal de qualidade, visando evitar ocorrência desses partos e propiciar que os recém-nascidos sobrevivam com maior qualidade de vida.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"2 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-11-02","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"78966946","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Esta pesquisa tem por objetivo compreender a espacialidade da infecção por HIV e do adoecimento por AIDS no Distrito Federal, através do georreferenciamento dos dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde do DF sob recorte do período 2012-2017, utilizando softwares que possibilitem essa análise geográfica. Como metodologia, optou-se pela pesquisa documental e descritiva do boletim, aplicando uma abordagem oriunda da geografia da saúde, compreendendo que diferentes contextos socioespaciais desenvolvem diferentes processos de saúde-doença, emoldurando os elementos que produzem e acentuam as vulnerabilidades dos grupos sociais frente à pandemia. Assim, torna-se possível compreender o fenômeno espacial além de sua organização e estrutura, interpretando-o de forma integrada para o desenvolvimento de um raciocínio em saúde assertivo. Os resultados deste estudo apontam uma possibilidade do aumento da infecção por HIV estar associado a regiões administrativas de classe média e média baixa, com alto potencial de interação urbana. Já em relação à AIDS, as regiões administrativas que apresentaram maior redução se configuram como de classe média alta ou alta, indicando que o processo de adoecimento não tem acontecido com a mesma intensidade nas regiões com alto índice de desenvolvimento humano.
{"title":"ESPACIALIDADE DO HIV E DA AIDS NO DISTRITO FEDERAL - PERÍODO DE 2012 A 2017, BRASIL","authors":"Ruan Italo De Araujo, Rafael Rodrigues Da Franca","doi":"10.14393/hygeia17058544","DOIUrl":"https://doi.org/10.14393/hygeia17058544","url":null,"abstract":"Esta pesquisa tem por objetivo compreender a espacialidade da infecção por HIV e do adoecimento por AIDS no Distrito Federal, através do georreferenciamento dos dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde do DF sob recorte do período 2012-2017, utilizando softwares que possibilitem essa análise geográfica. Como metodologia, optou-se pela pesquisa documental e descritiva do boletim, aplicando uma abordagem oriunda da geografia da saúde, compreendendo que diferentes contextos socioespaciais desenvolvem diferentes processos de saúde-doença, emoldurando os elementos que produzem e acentuam as vulnerabilidades dos grupos sociais frente à pandemia. Assim, torna-se possível compreender o fenômeno espacial além de sua organização e estrutura, interpretando-o de forma integrada para o desenvolvimento de um raciocínio em saúde assertivo. Os resultados deste estudo apontam uma possibilidade do aumento da infecção por HIV estar associado a regiões administrativas de classe média e média baixa, com alto potencial de interação urbana. Já em relação à AIDS, as regiões administrativas que apresentaram maior redução se configuram como de classe média alta ou alta, indicando que o processo de adoecimento não tem acontecido com a mesma intensidade nas regiões com alto índice de desenvolvimento humano.","PeriodicalId":53302,"journal":{"name":"Hygeia Revista Brasileira de Geografia Medica e da Saude","volume":"21 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2021-10-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"88360443","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}