O artigo apresenta uma experiência de teoria em ação na formação da autora no Instituto Familiae, de São Paulo, entre 2010 e 2014, por meio de um caso atendido no curso em dezesseis sessões. Trata do impacto provocado pela escuta da primeira sessão da terapia familiar, designada como “primeira escuta”, em contraste com as reflexões surgidas, decorridos três anos, o que está sendo nomeado como “segunda escuta”. Desde uma perspectiva sócioconstrucionista e como integrante de uma equipe reflexiva, a autora faz algumas reflexões sobre conceitos como linguagem constitutiva da realidade, empoderamento, posição de não saber e dialogismo, entremeando a discussão desses conceitos, das mudanças que eles propõem e das transformações que promoveram na escuta e no ser/estar em relações da autora com o relato de fragmentos de algumas sessões. O título Cerimônia de Definição é inspirado na abordagem narrativa de Michael White e consolida a apropriação dos recursos adquiridos no percurso da formação e também no processo de escrita deste relato. O artigo foi escrito com base em registros escritos e de áudio das sessões selecionados, mantendo a cronologia original. Os nomes dos participantes foram alterados para preservar o anonimato.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n60a02
{"title":"Cerimônia de Definição: o percurso entre a primeira e a segunda escuta no processo de formação do terapeuta","authors":"Ana Luísa Celino Coutinho","doi":"10.38034/NPS.V27I60.383","DOIUrl":"https://doi.org/10.38034/NPS.V27I60.383","url":null,"abstract":"O artigo apresenta uma experiência de teoria em ação na formação da autora no Instituto Familiae, de São Paulo, entre 2010 e 2014, por meio de um caso atendido no curso em dezesseis sessões. Trata do impacto provocado pela escuta da primeira sessão da terapia familiar, designada como “primeira escuta”, em contraste com as reflexões surgidas, decorridos três anos, o que está sendo nomeado como “segunda escuta”. Desde uma perspectiva sócioconstrucionista e como integrante de uma equipe reflexiva, a autora faz algumas reflexões sobre conceitos como linguagem constitutiva da realidade, empoderamento, posição de não saber e dialogismo, entremeando a discussão desses conceitos, das mudanças que eles propõem e das transformações que promoveram na escuta e no ser/estar em relações da autora com o relato de fragmentos de algumas sessões. O título Cerimônia de Definição é inspirado na abordagem narrativa de Michael White e consolida a apropriação dos recursos adquiridos no percurso da formação e também no processo de escrita deste relato. O artigo foi escrito com base em registros escritos e de áudio das sessões selecionados, mantendo a cronologia original. Os nomes dos participantes foram alterados para preservar o anonimato.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n60a02","PeriodicalId":53391,"journal":{"name":"Nova Perspectiva Sistemica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47909950","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
{"title":"Revisitando a IV Jornada Paulista de Psicologia em Reprodução Assistida","authors":"Neusa Ivete Geromel Borsoi","doi":"10.38034/nps.v27i60.401","DOIUrl":"https://doi.org/10.38034/nps.v27i60.401","url":null,"abstract":"","PeriodicalId":53391,"journal":{"name":"Nova Perspectiva Sistemica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46146008","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Frequentemente, em nossas práticas clínicas, nos deparamos com clientes que buscam a terapia com temas relacionados às práticas sexuais, à sexualidade e/ou ao gênero. Desenvolvemos com estes clientes um diálogo sobre os significados que acompanham estes dilemas, explorando e enriquecendo onhecimentos, favorecendo a transformação das formas como nos relacionamos com o fenômeno e a coerência da problematização. Neste artigo, gostaríamos de convidar ao diálogo algumas vozes que participam da significação do encontro sexual, desde tradições antigas e rígidas, a inteligibilidades liberais, de entendimentos culturais, a experiências situadas. Então, propomos uma nova forma de entendimento do encontro sexual, que nomeamos sexo dialógico por suas características intrinsecamente associadas ao diálogo e às transformações que ele gera.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n60a04
{"title":"O Sexo Dialógico: um conceito facilitador para conversações sobre práticas sexuais","authors":"Tema Lenzi, B. Lenzi","doi":"10.38034/nps.v27i60.389","DOIUrl":"https://doi.org/10.38034/nps.v27i60.389","url":null,"abstract":"Frequentemente, em nossas práticas clínicas, nos deparamos com clientes que buscam a terapia com temas relacionados às práticas sexuais, à sexualidade e/ou ao gênero. Desenvolvemos com estes clientes um diálogo sobre os significados que acompanham estes dilemas, explorando e enriquecendo onhecimentos, favorecendo a transformação das formas como nos relacionamos com o fenômeno e a coerência da problematização. Neste artigo, gostaríamos de convidar ao diálogo algumas vozes que participam da significação do encontro sexual, desde tradições antigas e rígidas, a inteligibilidades liberais, de entendimentos culturais, a experiências situadas. Então, propomos uma nova forma de entendimento do encontro sexual, que nomeamos sexo dialógico por suas características intrinsecamente associadas ao diálogo e às transformações que ele gera.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n60a04","PeriodicalId":53391,"journal":{"name":"Nova Perspectiva Sistemica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"44588184","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Este artigo visa compreender o processo de produção de sentidos sobre a mudança em terapia familiar sob a perspectiva construcionista social. A análise do processo terapêutico de uma família apontou que a construção conversacional da mudança terapêutica foi marcada pelo deslocamento do discurso inicial do problema de saúde da mãe, oriundo do trabalho, para o discurso do agenciamento com o cuidado da vida. Tal construção foi analisada em relação a três aspectos centrais: (a) a desconstrução do sentido do trabalho; (b) a redefinição da relação mãe-filha; (c) a reconstrução da vida. A análise permitiu ainda compreender um importante processo subjacente, o agenciamento como forma de promover a mudança terapêutica em terapia familiar. Concluímos que a postura aberta, ativa e engajada da terapeuta com o fluxo da conversa favoreceu a emergência desses sentidos de mudança.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n60a01
{"title":"A mudança em terapia familiar: construindo agenciamento","authors":"Berenice Araújo Dantas de Biagi, E. F. Rasera","doi":"10.38034/nps.v27i60.385","DOIUrl":"https://doi.org/10.38034/nps.v27i60.385","url":null,"abstract":"Este artigo visa compreender o processo de produção de sentidos sobre a mudança em terapia familiar sob a perspectiva construcionista social. A análise do processo terapêutico de uma família apontou que a construção conversacional da mudança terapêutica foi marcada pelo deslocamento do discurso inicial do problema de saúde da mãe, oriundo do trabalho, para o discurso do agenciamento com o cuidado da vida. Tal construção foi analisada em relação a três aspectos centrais: (a) a desconstrução do sentido do trabalho; (b) a redefinição da relação mãe-filha; (c) a reconstrução da vida. A análise permitiu ainda compreender um importante processo subjacente, o agenciamento como forma de promover a mudança terapêutica em terapia familiar. Concluímos que a postura aberta, ativa e engajada da terapeuta com o fluxo da conversa favoreceu a emergência desses sentidos de mudança.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n60a01","PeriodicalId":53391,"journal":{"name":"Nova Perspectiva Sistemica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"47612898","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-01DOI: 10.21452/2594-43632018V27N62A04
N. V. Guimarães
Tendo como base alguns pressupostos do construcionismo social, ideias da abordagem cola-borativa e dialógica, das práticas narrativas e da investigação apreciativa, apresento um caso clínico que ilustra conceitos das terapias pós-modernas através de conversações transformadoras que emergem de trocas dialógicas entre o terapeuta e o cliente. Neste artigo compartilho essa experiência clínica que amplia nossa compreensão sobre a concepção de self dialógico, a constituição polivocal de nossa identidade, considerando sermos construídos através dos relacionamentos dos quais fazemos parte e de reconhecermos as vozes de pessoas significativas de nossas vidas para restaurarmos uma versão mais apreciativa de nós mesmos.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n62a04
{"title":"As influências de vozes apreciativas na nossa constituição identitária","authors":"N. V. Guimarães","doi":"10.21452/2594-43632018V27N62A04","DOIUrl":"https://doi.org/10.21452/2594-43632018V27N62A04","url":null,"abstract":"Tendo como base alguns pressupostos do construcionismo social, ideias da abordagem cola-borativa e dialógica, das práticas narrativas e da investigação apreciativa, apresento um caso clínico que ilustra conceitos das terapias pós-modernas através de conversações transformadoras que emergem de trocas dialógicas entre o terapeuta e o cliente. Neste artigo compartilho essa experiência clínica que amplia nossa compreensão sobre a concepção de self dialógico, a constituição polivocal de nossa identidade, considerando sermos construídos através dos relacionamentos dos quais fazemos parte e de reconhecermos as vozes de pessoas significativas de nossas vidas para restaurarmos uma versão mais apreciativa de nós mesmos.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n62a04","PeriodicalId":53391,"journal":{"name":"Nova Perspectiva Sistemica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"42261720","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-01DOI: 10.21452/2594-43632018V27N62A03
Lucía Pérez Sánchez, M. Ávila, Georgina Castillo Castañeda, Clara Schoham Perelis, Rosario de Jesus Zamora Pérez Correio, Sadooj Daniela López Moreno
Elaborar una reflexión con relación a la vivencia experimentada de las prácticas de sororidad, constituye el eje que articula este trabajo, analiza la necesidad de evaluar los derechos, dignidad y libertad de las mujeres en la búsqueda de acompañamiento del bien común femenino, así como voltear la mirada hacia lo que nos vincula como mujeres con el fin de comprenderlos lazos desde un nivel de semejantes. Así también, propone una forma de trabajo grupal desde las prácticas colaborativas dialógicas y narrativas para reflexionar sobre lo que han significado para las propias universitarias cada una de las mujeres que se han cruzado en sus historias de vidas, (re)significando (re escribiendo) estos vínculos, permitiendo valorar la posibilidad de visibilizar las historias de sororidad, que han ido quedando al margen, como una manera de resistir la historia restrictiva, excluyente de las alternas. También es una reflexión que busca honrar y subrayar las maneras en que las mujeres encuentran apoyo generador de empoderamiento colectivo en pro de su género, siendo el contexto universitario el que incida, a través de una propuesta en que las voces de las universitarias sean las constructoras de una identidad preferida.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n62a03
{"title":"La jubilación y la sororidad femenina: una propuesta de trabajo desde las prácticas colaborativas dialógicas y las narrativas","authors":"Lucía Pérez Sánchez, M. Ávila, Georgina Castillo Castañeda, Clara Schoham Perelis, Rosario de Jesus Zamora Pérez Correio, Sadooj Daniela López Moreno","doi":"10.21452/2594-43632018V27N62A03","DOIUrl":"https://doi.org/10.21452/2594-43632018V27N62A03","url":null,"abstract":"Elaborar una reflexión con relación a la vivencia experimentada de las prácticas de sororidad, constituye el eje que articula este trabajo, analiza la necesidad de evaluar los derechos, dignidad y libertad de las mujeres en la búsqueda de acompañamiento del bien común femenino, así como voltear la mirada hacia lo que nos vincula como mujeres con el fin de comprenderlos lazos desde un nivel de semejantes. Así también, propone una forma de trabajo grupal desde las prácticas colaborativas dialógicas y narrativas para reflexionar sobre lo que han significado para las propias universitarias cada una de las mujeres que se han cruzado en sus historias de vidas, (re)significando (re escribiendo) estos vínculos, permitiendo valorar la posibilidad de visibilizar las historias de sororidad, que han ido quedando al margen, como una manera de resistir la historia restrictiva, excluyente de las alternas. También es una reflexión que busca honrar y subrayar las maneras en que las mujeres encuentran apoyo generador de empoderamiento colectivo en pro de su género, siendo el contexto universitario el que incida, a través de una propuesta en que las voces de las universitarias sean las constructoras de una identidad preferida.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n62a03","PeriodicalId":53391,"journal":{"name":"Nova Perspectiva Sistemica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"48404479","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Pub Date : 2018-12-01DOI: 10.21452/2594-43632018V27N62A06
Luciana de Oliveira Silva, Ludimila Regina Rosenthal Caetano de Oliveira, Laura Cristina Eiras Coelho Soares, R. Rapizo
O artigo refere-se à experiência em projeto de extensão, desenvolvido em parceria com o Ministério Público, voltado para o atendimento de famílias que vivenciam o contexto do pós-divórcio litigioso. O projeto teve como suporte teórico a Psicologia Jurídica e contempla diversas atividades, dentre elas, a condução de grupos compostos por pais e mães separados que se encontravam em situação de conflito. Os grupos, estruturados como proposta reflexiva, objetivaram a oferta de um espaço de diálogo para esses participantes. Dessa forma, os temas organizados em quatro encontros abordaram os atravessamentos psicológicos e sociais presentes no cotidiano de famílias que buscam auxílio junto ao sistema de justiça: relação conjugal e separação; desafios da divisão entre conjugalidade e parentalidade; exercício da parentalidade e desdobramentos para os filhos. Na análise realizada pelos participantes sobre os grupos foram observados como aspectos relevantes do grupo: o reconhecimento da importância das questões trabalhadas, o acesso e a reflexão sobre diferentes pontos de vista, a convivência com outros participantes e o reconhecimento de vivências semelhantes. Diante do exposto, sugere-se que a atividade realizada possa adquirir outros contornos teóricos e práticos, a fim de ser aplicada em diferentes espaços de atuação da Psicologia.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n62a06
{"title":"Diálogos com pais e mães separados: grupos reflexivos no sistema de justiça","authors":"Luciana de Oliveira Silva, Ludimila Regina Rosenthal Caetano de Oliveira, Laura Cristina Eiras Coelho Soares, R. Rapizo","doi":"10.21452/2594-43632018V27N62A06","DOIUrl":"https://doi.org/10.21452/2594-43632018V27N62A06","url":null,"abstract":"O artigo refere-se à experiência em projeto de extensão, desenvolvido em parceria com o Ministério Público, voltado para o atendimento de famílias que vivenciam o contexto do pós-divórcio litigioso. O projeto teve como suporte teórico a Psicologia Jurídica e contempla diversas atividades, dentre elas, a condução de grupos compostos por pais e mães separados que se encontravam em situação de conflito. Os grupos, estruturados como proposta reflexiva, objetivaram a oferta de um espaço de diálogo para esses participantes. Dessa forma, os temas organizados em quatro encontros abordaram os atravessamentos psicológicos e sociais presentes no cotidiano de famílias que buscam auxílio junto ao sistema de justiça: relação conjugal e separação; desafios da divisão entre conjugalidade e parentalidade; exercício da parentalidade e desdobramentos para os filhos. Na análise realizada pelos participantes sobre os grupos foram observados como aspectos relevantes do grupo: o reconhecimento da importância das questões trabalhadas, o acesso e a reflexão sobre diferentes pontos de vista, a convivência com outros participantes e o reconhecimento de vivências semelhantes. Diante do exposto, sugere-se que a atividade realizada possa adquirir outros contornos teóricos e práticos, a fim de ser aplicada em diferentes espaços de atuação da Psicologia.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n62a06","PeriodicalId":53391,"journal":{"name":"Nova Perspectiva Sistemica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-12-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"49226189","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Em relação ao trabalho com adolescentes em conflito com a lei no Brasil, têm-se as medidas socioeducativas como estratégias para a sua responsabilização e proteção social. Por se constituírem como um campo de atuação para psicólogos, o presente estudo objetivou articular conceitos e elementos teóricos do Modelo Bioecológico do Desenvolvimento Humano (MBDH) às demandas de intervenção do psicólogo e sua equipe no Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC), visando ao desenvolvimento de reflexões teórico-práticas que contribuam com a assistência. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, utilizando o método documental e articulação teórico-prática, baseada no MBDH. Os resultados apontam que o MBDH contribui com a compreensão do desenvolvimento dos adolescentes em conflito com a lei, bem como na reflexão sobre as práticas profissionais, em especial, do psicólogo, no contexto das medidas socioeducativas em meio aberto.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n61a06
{"title":"Modelo bioecológico do desenvolvimento humano na intervenção psicossocial com adolescentes em conflito com a lei","authors":"Mariane Comelli dos Santos, E. Böing","doi":"10.38034/nps.v27i61.421","DOIUrl":"https://doi.org/10.38034/nps.v27i61.421","url":null,"abstract":"Em relação ao trabalho com adolescentes em conflito com a lei no Brasil, têm-se as medidas socioeducativas como estratégias para a sua responsabilização e proteção social. Por se constituírem como um campo de atuação para psicólogos, o presente estudo objetivou articular conceitos e elementos teóricos do Modelo Bioecológico do Desenvolvimento Humano (MBDH) às demandas de intervenção do psicólogo e sua equipe no Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC), visando ao desenvolvimento de reflexões teórico-práticas que contribuam com a assistência. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, utilizando o método documental e articulação teórico-prática, baseada no MBDH. Os resultados apontam que o MBDH contribui com a compreensão do desenvolvimento dos adolescentes em conflito com a lei, bem como na reflexão sobre as práticas profissionais, em especial, do psicólogo, no contexto das medidas socioeducativas em meio aberto.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n61a06","PeriodicalId":53391,"journal":{"name":"Nova Perspectiva Sistemica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41936010","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Mariana Schubert Backes, A. P. Becker, M. A. Crepaldi, Mauro Luís Vieira
No cenário atual, pode-se observar uma mudança nos papéis desempenhados pelos pais e mães na interação com seus filhos. A paternidade, por exemplo, passou a ser alvo das pesquisas científicas recentemente, tendo em vista a maior participação do pai na vida dos filhos. Dessa forma, esta pesquisa teve como objetivo identificar os fatores que interferem no envolvimento paterno de pais (homens) de crianças entre quatro a seis anos. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, de natureza qualitativa, cujos dados foram coletados através de uma entrevista semiestruturada, a qual foi analisada pela técnica da análise de conteúdo categorial temática, utilizando-se o software Atlas.ti. Da análise das entrevistas emergiram quatro categorias: Vivência da paternidade; Responsabilidade; Interação pai-filho e Fatores que interferem no envolvimento paterno. Neste artigo serão apresentados os resultados da última categoria, por estarem diretamente relacionados com o objetivo deste estudo. Os resultados apontam que o modelo de paternidade que os participantes tiveram de seus próprios pais, além das relações que estabelecem com a mãe da criança, as características pessoais dos pais e dos filhos e, ainda, a rede de apoio que possuem, constituíram-se em aspectos que repercutiram no envolvimento paterno.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n61a04
{"title":"A paternidade e fatores associados ao envolvimento paterno","authors":"Mariana Schubert Backes, A. P. Becker, M. A. Crepaldi, Mauro Luís Vieira","doi":"10.38034/nps.v27i61.417","DOIUrl":"https://doi.org/10.38034/nps.v27i61.417","url":null,"abstract":"No cenário atual, pode-se observar uma mudança nos papéis desempenhados pelos pais e mães na interação com seus filhos. A paternidade, por exemplo, passou a ser alvo das pesquisas científicas recentemente, tendo em vista a maior participação do pai na vida dos filhos. Dessa forma, esta pesquisa teve como objetivo identificar os fatores que interferem no envolvimento paterno de pais (homens) de crianças entre quatro a seis anos. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, de natureza qualitativa, cujos dados foram coletados através de uma entrevista semiestruturada, a qual foi analisada pela técnica da análise de conteúdo categorial temática, utilizando-se o software Atlas.ti. Da análise das entrevistas emergiram quatro categorias: Vivência da paternidade; Responsabilidade; Interação pai-filho e Fatores que interferem no envolvimento paterno. Neste artigo serão apresentados os resultados da última categoria, por estarem diretamente relacionados com o objetivo deste estudo. Os resultados apontam que o modelo de paternidade que os participantes tiveram de seus próprios pais, além das relações que estabelecem com a mãe da criança, as características pessoais dos pais e dos filhos e, ainda, a rede de apoio que possuem, constituíram-se em aspectos que repercutiram no envolvimento paterno.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n61a04","PeriodicalId":53391,"journal":{"name":"Nova Perspectiva Sistemica","volume":" ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"46460108","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}
Com o advento do divórcio, o número de famílias constituídas a partir do recasamento tem crescido significativamente. Padrastos, madrastas e enteados estão cada vez mais presentes no cotidiano familiar. O padrasto ainda é visto com ressalvas no meio social, tanto pelos preconceitos existentes, quanto pelas incertezas sobre sua função na dinâmica familiar, especialmente nas situações em que o pai ainda participa ativamente do cotidiano dos filhos. Neste cenário, o que despertou o interesse para a reflexão descrita neste artigo é a dinâmica familiar configurada a partir da inserção do padrasto. A ideia defendida é que a função paterna e a função de padrasto não precisam entrar em conflito, uma vez que podem conviver dialogicamente, sem se sobrepor, cada uma com suas especificidades e em consonância com as características de cada família. O presente texto busca problematizar os desafios que o terapeuta de família poderá enfrentar no trabalho com famílias recasadas, com ênfase nas particularidades da função do padrasto nesta dinâmica e buscando refletir de que forma o pensamento sistêmico pode colaborar para esse entendimento. Estudos sobre os novos arranjos familiares mostram-se pertinentes, uma vez que o casamento tradicional já deixou de ser a única forma de constituição familiar aceita socialmente.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n61a03
{"title":"Divórcio, recasamento e a relação entre padrastos e enteados: reflexões endereçadas aos terapeutas de família","authors":"Marcelo Richar Arua Piovanotti, D. Duque","doi":"10.38034/nps.v27i61.415","DOIUrl":"https://doi.org/10.38034/nps.v27i61.415","url":null,"abstract":"Com o advento do divórcio, o número de famílias constituídas a partir do recasamento tem crescido significativamente. Padrastos, madrastas e enteados estão cada vez mais presentes no cotidiano familiar. O padrasto ainda é visto com ressalvas no meio social, tanto pelos preconceitos existentes, quanto pelas incertezas sobre sua função na dinâmica familiar, especialmente nas situações em que o pai ainda participa ativamente do cotidiano dos filhos. Neste cenário, o que despertou o interesse para a reflexão descrita neste artigo é a dinâmica familiar configurada a partir da inserção do padrasto. A ideia defendida é que a função paterna e a função de padrasto não precisam entrar em conflito, uma vez que podem conviver dialogicamente, sem se sobrepor, cada uma com suas especificidades e em consonância com as características de cada família. O presente texto busca problematizar os desafios que o terapeuta de família poderá enfrentar no trabalho com famílias recasadas, com ênfase nas particularidades da função do padrasto nesta dinâmica e buscando refletir de que forma o pensamento sistêmico pode colaborar para esse entendimento. Estudos sobre os novos arranjos familiares mostram-se pertinentes, uma vez que o casamento tradicional já deixou de ser a única forma de constituição familiar aceita socialmente.DOI http://dx.doi.org/10.21452/2594-43632018v27n61a03","PeriodicalId":53391,"journal":{"name":"Nova Perspectiva Sistemica","volume":"1 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0,"publicationDate":"2018-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":null,"resultStr":null,"platform":"Semanticscholar","paperid":"41771023","PeriodicalName":null,"FirstCategoryId":null,"ListUrlMain":null,"RegionNum":0,"RegionCategory":"","ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":"","EPubDate":null,"PubModel":null,"JCR":null,"JCRName":null,"Score":null,"Total":0}